Tumgik
sadixspace · 2 years
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friedaland​:
um tempo longe das preocupações acadêmicas, e da sociedade como um todo, era simplesmente tudo o que a bennet sentia estar precisando. exausta com a semana de provas que tivera na semana anterior, mal poderia esperar para gastar suas horas colocando as leituras de seu kindle em dia e explorando sua moradia temporária com os amigos: uma casa assombrada. achava um tanto curioso alguém realmente anunciar um imóvel daquela maneira, embora reconhecesse a lógica no simples fato de que atrairia um número considerável de jovens desocupados e com a curiosidade até mesmo onde não devia, da forma como seu grupo de amigos acabava sendo. nada parecia errado naquela ideia, porém, elsie não poderia ter sido mais tola ao não dar ouvidos para a intuição que lhe avisava que existia algo de muito estranho no comportamento daqueles com quem dividira o caso na ida; caso não houvesse ignorado os avisos, é provável que tivesse tido tempo de desistir da viagem antes de encontrar o próprio anticristo como um dos participantes. ethan choi era a pessoa mais detestável que já tivera a desonra de conhecer, e nada era pior que ter de se manter em um lugar afastado com ele sem poder sequer gastar o seu réu-primário, já dando um sumiço nele antes que se transformasse em uma ameaça de nível mundial. se fosse possível, a bennet seriamente teria retornado para casa no mesmo carro em que viera e deixado os amigos só em um ato de vingança por não terem contado que ele iria; entretanto, ainda gostava da ideia de sair como superior quando comparado ao diabrete com quem era obrigada a conviver pelo círculo de amizades, e isto somente lhe daria uma vitória naquela partida. poderia até parecer que estava exagerando ao falar de ethan daquela forma, mas acreditava até estar sendo muito boa ao não acusá-lo diretamente de ser o mal do mundo. honestamente, sequer deveria sentir culpa por fazê-lo, em todo caso, pois tinha a mais absoluta certeza de que o ordinário deveria fazer o mesmo consigo. por esses e tantos motivos que, de todos os lugares em que encontrá-lo a tiraria do sério, chegar e vê-lo arrumando as coisas bem naquele quarto era a pior de todos - o escolhera justamente como seu santuário, oras. “o que você acha que tá fazendo aqui, infeliz?” questionou, firmando as mãos na cintura. “vai ter que achar outro quarto, porque eu escolhi esse assim que a gente chegou. aquela garrafa ali não é do espírito santo e nem do demônio no porão, beleza? eu só não subi as minhas coisas ainda.”
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Aquilo não estava lhe cheirando bem e não era culpa do pé podre do Wade que insistia de descalçar e ainda colocar sobre o painel do carro. O clima estava pesado desde a saída de todo mundo do campus e Ethan achou estranho que a namorada do rapaz arrancou o próprio carro e saiu em disparada, tanto que ele podia ouvir muito bem Tokyo Drift tocando em sua mente a cada curva. Sabia que tinha mais gente na jogada, mas porquê a pressa toda? A casa assombrada não ia fugir de onde estivesse e ele gritava fino só de pensar em ver alguma assombração durante a noite, mas lógico que ia pagar de machão ghostbuster para não dar gostinho a ninguém, principalmente a Wade. Bem, tinha outra pessoinha a qual o coreano não desejava dar qualquer centelha de alegria, mas sabia que Elsie não estava inclusa no rolê. 
Elsie era uma fina flor da sociedade americana. Mas uma flor daquelas que você toca e fede para um caralho, mais do que as meias do Wade. Ela era simplesmente insuportável e olha que Ethan se considerava um rapaz deveras tolerante. Sabe quando falam que um menino que implica com você no parquinho faz isso porque secretamente te ama? Era o que diziam sobre a relação conturbada daquelas duas crianças de parquinho presas em corpos quinze anos mais velhos, mas não podiam estar mais enganados sobre o Choi e a Bennet. Ele a incomodava porque a ver puta dos cornos era uma diversão muito melhor que qualquer outra. 
Era tão salafrário que quando viu ela na sacada do andar de cima, quando chegaram meia hora depois do resto, devido a um Wade que não sabia usar o Maps, deu risada. A odiava, mas tinha de pensar no lado bom de ter a megera em pessoa em sua frente: pranks. Ainda bem que havia ido para lá munido. Colocou sua bolsinha nas costas e deu um tapa na cabeça do melhor amigo, pronto para causar. Foi procurando de quarto em quarto até encontrar o da sacada de onde ela foi vista. Sabia que era o quarto de Elsie porque sempre espirrava com o cheiro horrível do perfume dela. A alergia a Elsie Bennet era rela e ele poderia publicar um artigo sobre.  A namorada de Wade, Camille, ia arrumar o quarto de verdade de Ethan e ele ia brincar um pouco. Colocou sua mala na cama e começou a trocar as coisas de lugar. Quando a loira chegou na porta e começou a dar o sermão, fingiu surpresa. “Ah, mas quando o diabo não vem, ele manda a secretária.” Falou com desdém. “A garrafa ali não é do demônio do porão, mas é da prole dele, você no caso. Eu deveria imaginar. Mas saiu no vento, perdeu o assento. Quer dizer... o quarto.” Ethan mordeu o lábio. “Você pode dormir aqui comigo, olha que cama enorme. Só pra mim. Te dou o colchãozinho com cheirinho de pé de Wade.”
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sadixspace · 2 years
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friedaland​:
a maior liberdade na agenda de compromissos naquele mês era a única motivação que anthony possuía para não se sentir um péssimo pai, ao analisar a quantidade de tempo que realmente conseguia ter com a filha e a comparava com o quanto gostaria de estar ao lado de hana. sentia constantemente um aperto em sua caixa torácica quando se dava conta de que não poderia encontrar a pequena e, mais ainda, quando não podiam ter certos momentos juntos por não ser recomendado que se expusessem tanto a cenas públicas; era doloroso ter de esconder sua própria família do público, contudo, já conseguia ter a percepção consigo de que, além das questões englobando sua carreira, aquele arranjo tendia a ser justo o que permitia a menina de crescer tendo uma vida normal. estar enfim conseguindo um tempo disponível para visitá-la, assim como stella, eram o suficiente para sentir-se com os ombros mais leves ao tocar a campainha do apartamento alheio. não perdendo tempo, quando a porta foi aberta rapidamente adentrou o local para evitar olhares curiosos, então podendo dar uma melhor olhada na outra; céus, ela era linda. sentia-se até um tanto idiota quando o pensava sempre que a avistava, como se aquilo fosse uma grandíssima novidade, mas era uma reação automática que o wang desenvolveu com o decorrer dos anos sem sequer perceber. “ei, como você tá?” questionou, seu sorriso marcando os lábios ao cumprimentá-la com o abraço costumeiro. entretanto, somente de ouvir as palavras comitê de crise, o sorriso murchou automaticamente, se dando conta de que poderiam estar prestes a lidar com uma complicação. “um unicórnio?! até semana passada ela vivia me pedindo de todos os jeitos pra gente arrumar um pro aniversário dela, eu perdi alguma coisa?” para qualquer um, aquilo poderia parecer uma besteira, mas era um questionamento sério de anthony. considerando o amor da filha de ambos pelas criaturas mágicas, tinha mesmo motivos para ficar preocupado. “ai, meu deus…” murmurou, levando a mão destra até a testa. “e se a gente gravasse a apresentação e, não sei, ela fizesse uma aqui entre a gente antes? ou, não sei, fizesse algum tipo de vídeo chamada?” o wang não acreditava que realmente iria conseguir convencê-la com isso, porém, não custava a tentativa. “às vezes eu acho que ela puxou toda essa perseverança de você, na verdade. eu me lembro que quase precisamos dar um cachorro pra ela não insistir no irmãozinho de aniversário, mas não fiquei muito convencido de que não vai ter segundo round no próximo.”
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Stella era para ser a pessoa calma e centrada daquela dinâmica, ela até era, mas momentos como aquela a tiravam da casinha e não sabia para onde correr. Anthony e ela não tomavam decisões sozinhos quando o assunto era Hana, apenas em ocasiões de emergência e olhe lá. A situação do natal era crítica, mas não chegava ao ponto de resolver aquilo sozinha, ainda mais que o pai era a outra pessoa de interesse na discussão. Podia colocar ele com alguma roupa e mentir que tinha ido ver uma sobrinha ou algo assim, ele já sabia fugir de paparazzi. E tinha a Dispatch. Aquele portal de notícias, que tentava não parecer que era apenas um lugar para fofoca e mentira, feito um pedaço de maçã escondido no meio da maionese de domingo chamado de meios de comunicação. Contagem regressiva para sair a lista dos casais do ano e Stella tinha um faro apurado o suficiente para afirmar que o pai de sua filha estaria incluído no meio daqueles nomes. 
Mas uma crise por vez e a maior a se preocupar, era a de Hana. “Ela te pediu o unicórnio de aniversário? A mocinha então quer um casal, porque me pediu um também. Eu fui até ver se tem algum lugar que faça passeios de pônei...” Foco, Stella, foco! A morena pegou um boleto de conta de energia e começou a abanar o coreano quando este colocou a mão na testa, nenhum soldado poderia ser abatido naquele momento. Foi quando ela o encarou por mais momentos que o normal, e era lindo. Não tinha dúvidas do motivo pelo qual seu caso de uma temporada sexualmente extraordinária era o crush da nação. Talvez depois que resolvessem aquilo podia o convidar para beber um vinho e... FOCO, STELLA! Balançou a cabeça de um lado para o outro como se quisesse chacoalhar de si as ideias libertinas envolvendo o homem em sua frente. Ou se mantinha com os pés no chão, ou não precisariam recusar o pedido do irmãozinho. 
“A ideia da apresentação entre nós é boa. Mas primeiro a gente faz a da vídeo chamada. Coloca a culpa no seu empresário, diz que tem compromisso. No máximo ela vai chutar a canela dele quando o ver.” Suspirou. “E temos que conversar com ela sobre chutar canelas, já fui chamada três vezes na escolinha por causa disso.” Entregou um sanduíche a ele e mordeu outro. “Certeza que eu sou a perseverante? Quem levou três foras antes de eu aceitar sair com você?” Stella levantou a sobrancelha, se piscando toda depois e dando um sorriso a Anthony. 
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sadixspace · 2 years
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Stella espalhava maionese nas fatias de pão do lanche da tarde sem sequer prestar muita atenção no que fazia. Talvez por isso as fatias estavam com um buraco no centro de tanto que a faca havia passado ali. Sua cabeça passeava por todas as possibilidades para aquele arranjo de final de ano: podia fazer como fez no ano anterior e viajar para o seu país de origem, ou como no retrasado, que a filha trocou a apresentação por um presente. Mas daquela vez aquela princesinha teimosa de cinco anos de idade decidiu bater o pé que queria que o pai visse sua apresentação, já que tinha ensaiado muito. Por isso chamou Anthony para fazer uma visita naquela tarde de sábado e era algo a discutirem sem a menina por perto, se ela ouvisse sobre a possibilidade do pai não aparecer, iria começar a chorar e diferente de Stella, Thony não sabia lidar muito bem como lidar com as lágrimas da filha. Pediu para a babá ficar um tempinho com a menina no parquinho para que pudessem conversar a sós. 
Montou os sanduíches, pensando em como teria sido a vida deles se Anthony não fosse famoso. Provavelmente ela estaria morando em um lugar mais humilde, com uma aliança no dedo e Thony chegando em casa frustrado por mais um papel negado. E a filha não precisava fingir que não via o pai na televisão e muito provavelmente estaria cheia de irmãos. Ele era um homem bonito, Stella nunca havia sido facilmente saciável naquele sentido e a falta de cuidado com a pílula já tinha cobrado seu preço uma vez. Quando a campainha tocou, limpou as mãos no avental e saiu correndo na direção da porta, desviando de alguns brinquedos espalhados pelo chão. Deixou Anthony entrar e o abraçou assim que estavam seguros dos olhares curiosos da vizinhança. — Comitê de crise: ela não quer trocar a apresentação de Natal esse ano. EU PROMETI ATÉ UM UNICÓRNIO E ELA RECUSOU! Só pode que esse gene da teimosia é todo seu. — Stella gostava de chamar a sua própria teimosia (herdada do lado polonês da família) de perseverança. E a menina havia se mostrado muito mais perseverante que a própria mãe. — Anthony, eu não sei o que fazer. Não me senti perdida assim desde o aniversário que ela pediu um irmãozinho de presente.
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