salvandoapenas

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2020 foi inexplicável. difícil, confuso e pandêmico. foi o pior ano da minha vida e, em uma tentativa em vão, tentei colocar em palavras, nessa mesma época, enquanto a nostalgia de dezembro batia na porta da última vez, o que ele significou pra mim. foi inexplicável, literalmente. procurei referências em livros, poemas e filmes mas nada foi capaz de me ajudar a processar o mosaico acidental que foi aquele ano. 

agora, quase 365 dias depois me sinto na obrigação de homenagear os últimos tempos, transformadores o suficiente ao ponto de me devolverem algo jogado há muito no fundo do armário: a palavra.

2021, para mim, foi sobre lar: o ninho sobre qual nos firmamos antes de tentarmos voar pela primeira vez, e para o qual voltamos, quando o ar sopra perigoso ou a asa machuca um pouquinho. foi o ano capaz de finalmente me ensinar o sentido dessa palavra e me esclarecer que, realmente, lar não é sinônimo de casa ou morada. é o que nos conforta: é música (e, mais uma vez, faço uma menção honrosa a folklore e evermore, os álbuns que mudaram minha percepção de tudo que arde sem se ver), é cinema, é significado, é ressignificar. é, acima de tudo, cada pessoa que fica quando o tempo fecha e o temporal começa. e aqui vai mais uma menção honrosa, pra cada uma dessas pessoas que me ajudaram a reconstruir meu lar: vocês nunca vão ter ideia do quanto significa pra mim o apoio de vocês, indepedente de certo ou errado, fácil ou difícil, a presença de vocês é eterna na minha memória.

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Before Sunset/Before Sunrise + Call Me by Your Name parallels

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Fazia tempo que não me voltava a escrita como forma de conforto, partes porque não estava pronta para encarar meus problemas, partes pois não achava que isso ajudaria. Hoje, 2 meses depois e com outra perspectiva, volto a esse meu cantinho seguro para abrir meu coração na esperança de me entender um pouquinho mais.

Dispenso entrar em detalhes sobre o ocorrido em si, apenas digo que esse dia ja mudou de forma e cor tantas vezes dentro da minha cabeça graças ás diferentes perspectivas com qual o olhava. Agora, decido ter a visão mais madura e saudável possível.

Começo admitindo o inevitável. Eu errei e não há justificativas. Pode ser que tenha causas, mas elas pouco importam na minha jornada com o autoperdão. Errei feio, carrego culpa e machuquei a mim, provavelmente, mais do que qualquer outro envolvido. 

Com isso dito, se inicia minha busca pelos porques internos. Percebi que tenho uma obsessão por relacionamentos, o que acaba me cegando na hora de escolher com quem vivê-los. Por exemplo, a ideia de ter amigos me apoiando como casal e ser “a que fez diferente na vida dele” fazem meus olhos brilharem mas esse “ele” não tem face, não tem vida. Conforme a vida se desenrola e pessoas entram na minha rotina, esse rosto em branco vai tomando forma, mas não ganha vida, afinal, o que me interessa é o seu papel na minha fantasia e não seus medos, jeitos, andados, interesses, defeitos e qualidade.

Obvio que digo isso me referindo a essa questão específica, pois, no final do dia, eu me vejo dando muita importância para quem eu gosto, porém, vejo agora, pelos motivos errados, já citados. Assim, percebi que eu não me apaixonei pelo X por causa de quem ele era, e sim pelo papel que ele poderia desempenhar dentro do que eu sempre quis. Ver outros conseguindo isso me faz sentir falta o que acaba confundindo meus sentidos a ponto de pensar der a falta de alguém quando na verdade é apenas a saudade de atingir uma espécie de “meta”. Eu não estarei pronta pra me apaixonar por pessoas enquanto estiver apaixonada numa fantasia. 

Poderia entrar em milhares de detalhes sobre a construção social desse objetivo na vida das mulheres e, assim, apontar o dedo desde disney á pixar, mas, com o livro que estou lendo, venho aprendendo a tomar responsabilidade, então prefiro falar sobre seu efeito direto sobre mim. Validação. Esse é “prêmio” que todos esperamos e buscamos. É o que esperava ganhar ao fazer alguem me olhar com amor e respeito, já que eu não me olhava. 

Nem preciso voltar a comentar sobre o tapa na cara que me sujeitei né? Enfim, uns aprendem por bem e outros por mal mas todos aprendem, e comigo não seria diferente. Aprendi a importância de cuidar de nós mesmos, de resolvermos nossos próprios problemas em vez de buscar a solução em outros e de pensar antes de tomarmos decisões precipitadas. Aprendi também sobre o peso de cada ação que tomamos, e o poder da responsabilidade sob todas elas, dentre inúmeras outras coisas.

No momento, estou no caminho de colocar cada um desses ensinamentos em prática. Novamente citando meu livro, estou tentando mudar o hábito de repetir a mesma coisa para mim todos os dias. “Eu sinto falta dele, eu sinto falta dele, eu sinto falta dele”. Eu sinto mesmo? ou melhor, eu quero sentir? Não, então não tem porque ficar pensando nisso. Nosso pensamento é responsável por nossas experiências, parafraseando a autora. Logo, daqui pra frente, tentarei ao máximo trocar “Podia ser a gente” por “Não fomos, não tem problema, que eu me encontre para poder ser assim com outro” e “Eu não tenho concerto” por “Eu errei, eu admiti, eu sofri as consequências, eu me arrependi, eu pedi perdão e eu estou disposta a me perdoar para não acontecer denovo.

Sem dúvidas, a culpa é o fardo mais pesado de carregar. Me corrói e me assombra. Me faz parar de cantar a música no banho e desviar minha atenção durante as aulas (acabou de acontecer denovo). Mas, a que isso me leva? Eu ja assumi meu erro, não tem mais o que ser feito. Desse jeito eu apenas abro caminho para a culpa me prender ao problema, sendo que ele esta no passado. Se livrar desse peso, acredito eu, é um exercício diário e meu maior aliado será o tempo.

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“We belonged to each other, but had lived so far apart that we belonged to others now.”

- Call me by your name (2017)

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nós

desculpa só ter percebido que era você quando ja não era mais.

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dói. dói muito. dói em mim e em você. mesmo negando na frente do espelho, eu sei que se importa. mesmo tentando disfarçar, mesmo tentando acobertar. te conheço, mais do que imagina, e sei que dói.

o que a gente viveu foi disforme, mas foi lindo. meu deus como foi lindo. alias, troco o adjetivo. foi nosso. apesar de termos nos machucado muitas vezes e pecado em comunicação varias outras, tudo que acontecia era completamente nosso. tinha nossa cara, e só a gente sabia. isso é o que mais me fascina. só a gente sabia o que a gente vivia, o que a gente sentia, e o que a gente significava. eu realmente acho que veio do coração sabe, que tudo que vivemos foi raro de se encontrar. é algo que, mesmo depois de ano, ainda existe. ainda ta la. ainda dói.

me desculpa. me desculpa por ter tratado essa situação do pior jeito possível. me desculpa por ter te gritado tarde demais. por ter estragado tudo ha tanto tempo atras. eu prometo que dessa vez eu espero. quanto tempo for preciso. quanto tempo você precisar. eu espero tua decisão, tua coragem, teu orgulho. eu espero porque você esperou, e porque a gente merece mais do que ninguém ter uma chance de ser o que não deu tempo de ser antes.

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demorou algum tempo, mas eu finalmente percebi que

quando uma pessoa gosta de você,

você sabe.

você sente.

e você não precisa se diminuir para caber na vida dela.

ela reserva um espaço no peito exclusivamente pra você.

sem você pedir ou implorar.

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Porque? Porque você fez isso comigo? Há um ano atras eu guardei tudo em uma espécie de caixa de pandora. Tudo que eu sentia ou achava sentir por ti. Eu tranquei tudo em vez de lidar e explorar. Nem lembrava mais de ti e nem te via diferente. Voce era meu amigo, só isso. Por mais que sempre houve algo inexplicável entre nós, como um imã, que nos atraia sem nenhum conssentimento. Depois de quase 1 ano suprimindo tudo, com êxito, você me vem. Você volta. Você tenta, sabendo dos riscos, sabendo dos seus atos, sabendo. E ainda assim, eu consegui separar meu sentimental dos teus erros. Me distanciei, sem nem saber como. Então ai vem tu, me dizendo um monte. Admitindo tudo que nunca tinha me dito, como uma justificativa, ao mesmo tempo que culpava algo tão fútil e raso. Como não me confundir? Você desenterrou assuntos tão velhos, e, por coincidência, desenterrou meus sentimentos atrelados a essa época. Aqueles mesmo dentro da minha caixa de Pandora. Agora eu, com as sensações a flor de pele e com um nó na cabeça, que não tenho ideia de como desenrolar, tenho que te ver partir. Assim, o que não doeria antes, agora vai arder. Vai latejar, vai pulsar. Amanhã. Daqui algumas horas. Eu vou ter que te ver ir, mais um vez, com meu coração na mão. E tudo, absolutamente tudo que eu quero fazer é conversar contigo. Na verdade, eu quero mesmo é te pedir desculpa. Por tudo aquilo que, agora eu sei, te afetava e pelo o que não também. Principalmente, por não te dizer tudo que eu sentia, quando você também sentia o mesmo. Enfim, ha essa altura ja não sei mais oque pensar ou fazer. É tolice mas, por algum motivo, ainda espero uma mensagem sua ate o dia de amanhã, que tecnicamente, ja é hoje. Talvez, e bem provavelmente, tu não esteja passando essa noite em claro, diferente de mim. Sei la, saudades.

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“Por mais que você não admita, todo mundo tem um certo alguém que faz com que as sua pernas tremam. Entendem do que estou falando? Aquela pessoa que tem um passe livre na sua vida. Aquela que, por mais que o tempo passe, por mais que tudo mude, sempre será aquele ponto de interrogação. Aquela que você já tentou odiar várias vezes. Que você já fez de tudo para tentar esquecer. Alguém que, se algum dia aparecer do nada e disser: “Oi! Tudo bem? Chega de saudade. Dessa vez eu vim pra ficar”, irá fazer o seu coração sair pela boca. Mesmo que a resposta seja não. Mesmo que a sua vida tenha tomado um outro rumo e que não seja mais possível voltar atrás. Aquela pessoa sempre será o seu ponto fraco. O seu suspiro em uma tarde chuvosa. Aquela foto escondida no fundo da gaveta. A crise de ciúmes de um novo amor. A sua lembrança quando os dias difíceis vierem te visitar. Talvez porque você não teve a chance de conviver o suficiente com ela para que os problemas acontecessem. Ou então porque fez questão de apagar tudo de ruim e tentar lembrar só das partes boas. O fato é que, enquanto o seu coração tiver uma porta, essa pessoa terá a chave. Portas abertas para quem um dia se negou a ficar. E onde está a sua maturidade emocional? E cadê o seu poder de escolha para entregar essa chave para alguém que realmente a mereça? A verdade é que você nunca mudou a fechadura porque queria que a possibilidade do retorno continuasse viva. Você já imaginou tantas vezes aquele final feliz que ele já faz parte de você. E agora vai ter que conviver com essa dúvida aí dentro. Você vai passar o resto da vida imaginando como poderia ter sido ou sonhando com uma reviravolta. Bem, o que eu tenho para te dizer é que, talvez, essa pessoa não seja tão única assim. A verdade é que você ainda não conseguiu amar outra pessoa como a amou, não só por méritos dela, mas também por limitações suas. Porque você nunca mais se entregou da mesma forma. Um coração despedaçado jamais voltará a bater como antes. E agora o que te resta é acreditar que um dia alguém ainda vai chegar e apagar todo o resto. E lá vai você tentando acreditar novamente.”

— Precisava Escrever (@precisavaescrever)

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eu só queria entender o porque. o que eu te fiz? porque tudo isso? você nem tem ideia do quanto isso me quebrou.

só tem uma pessoa, dentre 7 bilhões, que consegue me desestruturar. que pode me fazer chorar sem olhar lugar ou hora. que é capaz de tirar meu chão em 1 segundo. que tem o poder de me cortar com palavras. eu tenho só uma pessoa nesse mundo inteiro que é o meu ponto fraco. que me quebra. e que, por coincidência, era a que eu mais achava impossivel de fazer tudo isso.

você me estilhaçou. mais que qualquer vidro jogado na parede, mais que qualquer taça caida no chão. você me rasgou o peito. me roubou os batimentos. eu confiava em ti. eu achava que era diferente. eu dava meu coração a tapa.

porque? como? oque aconteceu?

no começo, achei que de uma hora pra outra passei a significar nada. menos que isso na verdade. você me viu, me sentiu, me conheceu e cuspiu em cima. como em algo inanimado, desprovido de respeito, de empatia, de cor. e agora percebo, eu sempre signifiquei nada. sempre, do dia 1 ate este exato momento, e em daqui em diante.

eu tentei. juro que tentei. me refiz tentando ser sua idealização. quem você mais desejava. o que te faltava. o que te enlouquecia. eu tentei tanto. desculpa, inclusive, pela insistência. é tão difícil te ver e não poder te ter, por mais cliche que isso soe. eu só te queria por perto, pra bater um papo do que for que fosse que passasse pela sua cabeça desajeitada. queria conhecer suas profundezas, suas raizes. queria explorar mais que o ceu das suas pintas. eu queria você. só isso. com toda essa sua simplicidade extraordinária. apenas isso.

desculpa se, no meio de tudo isso, eu te afetei. não seus sentimentos. calma, eu não preciso mais ouvir de ninguém que eu nunca vou te afetar. EU SEI DISSO. sempre soube, desde o começo. nunca escondi que tudo foi completamente unilateral. pra minha própria surpresa, não me era um problema admitir carregar o sentimento de dois. pode dormir tranquilo que eu sei muito bem de tudo que patiu de você. sei dos 0% de compromentimento, dos 0% de ciúmes e, agora, sei das porcentagens negativas de importância. e sim, só agora. antes eu era ingênua o suficiente para achar que nossa amizade valia de algo para você. sabe, a gente não se importa só com quem a gente quer (amorosamente), assim como a gente não só ama quem nos ama de volta.

voltando as desculpas, desculpas pelas perdas de paciência. pelo meu modo incessantemente bruto de lidar com a distância, e com a vontade de fazê-la desaparecer. desculpa por todas as vezes que tentei te diminuir achando que te esqueceria. por não saber lidar com tudo que sentia, e deixar as coisas explodirem de vez em quando. desculpa por chorar na sua frente, e possivelmente te constranger. por nem sempre conseguir cumprir com minhas palavras, no meio de uma vida tão complexa e desregular. desculpa também, por tudo aquilo que não te afeta, como por todos os seus amigos. mas, principalmente, desculpa por ser o caos, e manchar um pouco da sua vida com ele.

para mim, só me peço perdão. por me perdeu tentando encontrar outro. por me diminuir para caber no mundo de alguém. por me colocar em situações abomináveis repetidamente. por desrespeitar limites afim de alheios. por me tornar algo irreconhecivel no reflexo do banheiro. por me permitir ser de qualquer outra pessoa sem ser eu. perdão por ter me deixado.

quanto mais digito mais vezes a tecla “apagar” é apertada e mais me perco. é uma confusão só.

eu vou deixar de te amar. eu vou deixar de ser sua, sem você ao menos querer. meu olho vai parar de brilhar pra ti. minha pele vai parar te de ansiar. meu coração vai deixar de erras as batidas contigo. eu vou parar de me importar com sua mera opinião. eu vou te deixar pra trás. eu sei que vou. eu preciso. eu preciso. eu preciso.

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The Great Gatsby (2013) // Locations

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Gatsby believed in the green light, the orgastic future that year by year recedes before us. It eluded us then, but that’s no matter - tomorrow we will run faster, stretch out our arms farther… And one fine morning - So we beat on, boats against the current, borne back ceaselessly into the past.

The Great Gatsby (2013) dir. Baz Luhrmann

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Movie artwork by Failunfailunmefailun

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Art By IG: @failunfailunmefailun

Instagram: @artwoonz

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The Great Gatsby (2013) dir. Baz Luhrmann

In my younger and more vulnerable years, my father gave me some advice. “Always try to see the best in people,” he would say. As a consequence, I’m inclined to reserve all judgements. But even I have a limit.

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Eu preciso focar em mim. Na minha construção como pessoa, autoestima, caráter, princípios, futuro. Tem tanta coisa que precisa da minha atenção e fico a doando para qualquer um que diga coisas legais. É impressionante. É errado também. Impressiona de tão errado. Em vez de ficar pensando e repensando em alguém que nesse exato instante nem lembra meu nome, eu tenho que aproveitar um tempo comigo mesma. Para me conheçer, desconstruir, melhorar e, de uma vez por todas, sair ganhando no final. Não é minha hora, nunca foi e, sinceramente, acho que nunca vai ser. Então pra que ficar nessa enquanto posso ficar em várias outras? Outras as quais me beneficiam. É a hora perfeita. Ja deixei boa parte do meu passado complexo para tras e tenho a chance de recomeçar do zero, mas, dessa vez, com o amor direcionado á mim mesma (ato que deveria ter sido feito desde o início).

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caralho eu fui muito ingênua e olha que nunca achei que falaria isso. não consigo acreditar que não havia percebido antes, estava tão na minha cara. todo esse tempo e eu achando que era só uma brincadeira minha e olha lá, estava certa. certa sobre tudo. meu deus é impossivel aceitar que fui usada dessa maneira, ainda mais enquanto achava que era algo diferente. chega a ser engraçada a minha tragédia. eu fui um mero preparo para o que você queria de verdade, fui uma das paradas no caminho da sua chegada. o jogo vira mesmo e, sinceramente, eu mereci.