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Count Dracula is the title character of Bram Stoker’s 1897 gothic horror novel Dracula. He is considered to be both the prototypical and the archetypal vampire in subsequent works of fiction. The character has appeared frequently in popular culture, from films to animated media.

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Brasov, 11 de novembro de 1897

Querido tio Walter:

Sei que o senhor tem ficado demasiado preocupado com meu estado de saúde recentemente, mas não quis ser um incômodo. Então por isso decidi voltar para a casa dos meus pais, e me recuperar da melhor forma possível, para então poder voltar ao trabalho. Irei a seguir contar-lhe com riqueza de detalhes o fato em que me ocorreu na última noite em que passei em sua casa.

“Meia noite, o sino da igreja tocou de forma lenta e incomum naquela noite, eu estava tentando dormir depois de um longo dia de trabalho no escritório do meu tio Walter. A casa estava silenciosa, mergulhada num sono profundo e frio. Fechei os olhos depois que o sino repentino da igreja próxima dali tocou, não sei quanto tempo se passou mas acho que devo ter caído no sono finalmente, porém tive a impressão de que algo me observava da janela do lado de fora do quarto, um olhar frio e sedento que gelou meu corpo todo.

Acordei num sobresalto com frio e o coração desparado, levantei da cama, acendi o candeeiro no criado mudo e olhei para a janela, a mesma janela que vi no meu sonho, mas não tinha ninguém lá, porém a presença ainda de fazia persistente naquele momento.

Era noite de lua cheia e ventava pouco, os únicos lugares mais próximos eram a igreja, que desde que eu cheguei na casa do meu tio, nunca vi ninguém entrando ou saindo de lá. E um cemitério que parecia que não se interrava mais ninguém ali a muitos anos, o mato cobria a maioria dos túmulos e o portão de entrada estava quebrado e enferrujado, não havia coveiro.

Olhando tudo aquilo pela janela na esperança de ver alguém, a rua estava escura. O sono ainda pesava em meu corpo, então decidi voltar para a cama, quando avistei uma silhueta no interior do quarto distante da luz do candeeiro para que eu não pudesse vê-la. Apertei os olhos para ter certeza de que não estava delirando de sono e começado a ver coisas, mas a silhueta permanecia no mesmo lugar. Então eu gelei e o medo tomou conta de mim. Não consegui me mexer ou pensar em gritar. Devagar a silhueta nas sombras foi aos poucos caminhando em minha direção, de forma silenciosa e sutil, eu sentia que aquilo me desejava, como se eu fosse a presa a espera do abate.

A medida que a silhueta se aproximava meu coração pulava mais forte dentro de minha caixa torácica, sentia todas as veias do meu corpo pulsarem de forma fria e intensa. Até que a silhueta finalmente foi iluminada pelo candeeiro e pude reconhecer aquele ser que estava absolutamente certo de me matar.

Era um homem alto, de pele branca e feições delicadas, cabelos longos e ondulados na cor negra na altura dos ombros. Suas vestes se fazia reconhecer nobreza. Era de uma beleza celestial se não fosse pela sua palidez, e os dedos das mãos alongados com unhas parecidas com garras afiadas.

Seus olhos eram da cor de sangue e lançavam um olhar penetrante para mim. Foi então num piscar de olhos que ele desapareceu de minha frente, e por um momento achei que tivesse sido coisa da minha cabeça resultante das minhas últimas leituras pertubadoras sobre um conde que vivia isolado num castelo em ruínas num vilarejo próximo.

De repente senti uma mão fria agarrando o meu pescoço e me derrubando na cama de forma abrupta e foi quando eu quis gritar para meu tio ouvir, mas ele apareceu em cima de mim e com seus dedos gélidos silenciando minha boca, e olhando profundamente em meus olhos de desespero, se aproximou do meu rosto, passou seus dedos gélidos na minha boca até minhas mãos, e as segurou acima da minha cabeça e seus lábios vermelhos como a rosa mais vistosa do jardim encostaram nos meus.

Seu beijo era doce como vinho suave, e eu fui entregue a ele sem relutar. Não sentia mais meu corpo, apenas o sabor dos seus lábios e seu hálito frio sobre minha boca.

Ele beijou meu queixo dando uma leve mordiscada e sua língua molhada desceu sobre meu pescoço, e foi quando algo pontiagudo como duas pontas de faca furavam meu pescoço que eu senti meu espírito se esvair naquele misto de prazer doloroso.

Seu beijo mortal sugou toda minha existência que restava naquele momento e simplesmente desapareceu, deixando apenas uma gota de vida que ainda me restava e que talvez eu nem conseguisse mantê-la por tanto tempo. Um uivo de um lobo foi a última coisa que ouvi naquela noite horrenda antes de apagar completamente.”

Apelo para que o senhor não divulgue o conteúdo desta carta para ninguém da cidade. Não quis perturbar o senhor com o assunto antes, pois não estava em condições para distinguir se fora obra de um pesadelo, ou de fato a vítima de uma monstruosidade como aquela. Conversaremos pessoalmente em breve.

Um abraço de seu sobrinho,

Benianim.