Tumgik
#aluguel de louças em porcelana
nisnunes · 4 months
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Tu morrestes pela mesma arte que te fazia sentir vivo
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A arte é a incoerência
O dia amanheceu colorido e morninho hoje, Iara, daquele jeitinho perfeito que tu tanto amavas. E quando acordo cedo o suficiente, religiosamente repito o teu ritual matinal. Abro as cortinas, dou um sorriso para o céu e digo “Bom dia”. Arrastando os pés pelo chão, ainda dentro das meias que não formam par algum, vou até a cozinha e coloco a água para ferver. Lá fico, por uns cinco minutos, observando as bolhinhas formarem no fundo da panela, até que todas somem gradativamente quando apago a chama do fogão. Com o sachê de chá na xícara, preencho-a com a água e, esquentando cuidadosamente as mãos na superfície de porcelana, carrego ela comigo até a sacada.
É bom sentar ali, sentir a brisa leve e fresca, enquanto o céu muda de tom de azul lentamente. Os passarinhos vão acordando também e fazem-me lembrar de como tentavas conversar com eles assobiando. Lindo e melancólico como percebemos os costumes das pessoas quando elas já não estão mais aqui; e como eles, e elas também, fazem falta, deixando um espacinho no tempo, uma sensação de vazio.
Teu vasinho com pés de alecrim continua lá, na sacada do apartamento, recebendo sol e chuva e, por vezes, um oizinho meu também. É como se eu tentasse mantê-lo vivo para te manter aqui, fresco como o cheirinho da sálvia quando esfregamos as folhas entre os dedos. Até a Margô, por vezes, dorme lá do lado das plantinhas, enroladinha como uma rosquinha, daquele jeito que tu a adoravas fotografar. Ela dorme no teu travesseiro toda noite, como que guardando o lugar quentinho para tu descansares quando voltares. O ronronar dela acalma-me bastante e ajuda-me a dormir quando sinto-me sozinha.
Eu sei que insisti muitas vezes que não era necessário oferecer-me um teto, que eu conseguiria sobreviver pagando meu aluguel mesmo sendo difícil demais viver do salário de atendente numa loja de discos e vendendo minhas fitas cassete caseiras. Mas algo arrastou-me para o teu apartamento depois daquele dia ensolarado e longo velando alguém que eu jamais imaginei que enterraria. Foi como se minhas pernas me tivessem arrastado para o teu apartamento desde o cemitério e, quando eu vi, estava procurando pelas chaves nos bolsos da minha jaqueta enquanto Margô miava um bolero daqueles bem tristes do outro lado da porta. Acho que ela já sabia. E acredito que tu também, pois o potinho de comida e o de água estavam cheios, como se, antes de sair, já tivesses previsto que demorarias a voltar. E jamais voltaste.
O mundo parece não ter dado pela tua falta, Iara. Apenas eu e Margô, imagino eu. Mesmo que tenhas morrido em rede nacional, talvez em telas de televisão fora do país, ninguém aparenta ter percebido que não estás mais aqui. Que não tomas mais chá pela manhã, não acaricias tua gata ou vais ao mercado no retorno do trabalho. Não houve saudades se não as minhas, as do teu aquecedor de travesseiros e as dos pezinhos de alecrim que já não conversam mais contigo aos domingos.
E foi hoje, ouvindo as músicas que tu gravaste para mim num CD, para o qual fizeste o encarte à mão, com uma carta de aniversário dentro e um lembrete de que músicas são nossos sentimentos, inquietações e contradições colocados em ordem, em notas, em frequências, ondas e matemática. Foi hoje, colocando a marcha na primeira e acelerando para sair com o carro quando o sinal ficou verde, que eu compreendi o que quiseste dizer quando alegaste que a arte exterioriza a contradição dos homens.
Tu morreste pela mesma arte que te fazia sentir viva.
Quando formulei essa frase em minha mente, freei o carro sem sequer perceber. Foi como um segundo Big Bang, mas dentro de minha própria cabeça, com meus neurônios estarrecidos pelo que eu acabara de compreender. Foi como se todos os anos, os curtos e longos momentos, cada frase excessivamente poética e metafórica, cada música escolhida cuidadosamente para gravar num CD e me entregar como presente; tudo isso de repente fez sentido.
Como aquela vez em que, em meio a um polêmico diálogo sobre sexualidade numa rádio suburbana daquelas que tu encontravas sabe-se lá de que forma, eu desabafei que não tinha a menor ideia de qual era a minha. Eu não era uma garota muito aberta ou desinibida a ponto de ter experienciado tantas coisas assim, mesmo que eu fosse a mais velha de nós duas. Eu nunca teria imaginado a tua reação, mas hoje eu a entendo. Entendo porque, ao ouvir-me dizer que eu não sabia ao que eu era atraída, tu viraste o rosto em minha direção e, ao contrário da risada que eu esperava — o julgamento de que não sabendo o que eu era, eu pudesse não ser heterossexual —, teus olhos apenas fixaram-se nos meus e quando dei por mim tu já me tinhas agarrado pelo pescoço e me beijado. Caso estejas realmente me ouvindo em algum lugar, não, eu ainda não sei o que diabos sou.
A aura antagônica da tua existência esclareceu-se em minha memória, recordando-me daquela vez em que, num dia extremamente quente, véspera de Natal, eu te estava observando enquanto seguia livremente a música, naquela sala que tu sempre chamavas de “laboratório de corpo”, pois lá era o ambiente perfeito para experiências novas com cada célula que te compunha. A paisagem abafada lá fora, com árvores cobertas pelos últimos raios de sol, acompanhavam o calor dentro daquela sala; as janelas embaçadas, a tua respiração acelerada, cada vez mais profunda, levando braços, pernas, tronco e quadris em direções diversas, completamente livre e recriando para ti mesmo a definição de dançar. Um calor humano que eu podia sentir mesmo a metros de distância, sem toque, sem tato e sem suor.
Na saída, fomos surpreendidas por uma tempestade de verão, de gotinhas geladas, arrepiando dos pés à cabeça, mas mesmo assim, algo em ti parecia exalar um fervor que, hoje, eu nomearia de paixão. Não uma paixão entre homens ou mulheres, mas uma genuína paixão por, simplesmente, ser e estar.
Paixão esta que também traz a mim outra evidente contrariedade da tua pessoa. Este desejo por ser quem eras, mas ao mesmo tempo, uma revolta e desordem interna, de amor e ódio por ti mesma; de querer estar dentro e fora do teu próprio corpo, ora amando-te, ora querendo rasgar-te por dentro. Fugir daquilo que nunca poderias deixar, simultaneamente desejando abraçar-te e fundir-te ao que já eras.
Ontem estava eu chegando em casa, passando em frente àquela cafeteria que tu dizias parecer uma verdadeira casinha da vovó, com a aura aconchegante, hospitaleira e quentinha, quando senti um aroma quase cruel de canela carregar-me pelo nariz. Foi o mesmíssimo perfume que tomou conta do teu apartamento no meu aniversário, quando, sabendo da minha loucura apaixonada por cravo e canela, fizeste o famosíssimo bolo sueco kanelbulle¹. Não negues que foi um jogo muito baixo arrastar-me pelo estômago para passar o resto do dia contigo e com Margô, comendo rolinhos de canela e tomando o teu adorado chá de camomila.
Tua mente, por vezes adulta e madura demais, outras vezes aparentemente recém-nascida, também me traz agora outra evidência da tua dualidade, da tua inconstância. A mesma adulta Iara Maria que organizou tudo aquilo, desde a receita, os ingredientes, os bolinhos, o chá fresco, a mesa e a decoração de aniversário com um toque pessoal — artístico e casual —, enquanto lavava a louça insistia em soprar espuma em mim toda vez que eu aproximava-me da pia.
Ah, antes que eu pareça muito analítica e tediosa, gostaria de vangloriar-me e contar-te que aprendi a acertar o ponto das panquecas de banana que tu ensinaste-me a fazer. Elas ficam absurdamente deliciosas com mel e um espumoso cappuccino gelado, daqueles que tu sempre fazias nos finais de tarde, aos sábados.
Foi na mesma semana desse meu aniversário que, pela primeira vez, presenciei o lado cruel do mundo contra a pessoa com o coração mais astronômico que conheci. Eis aí outra incongruência da tua natureza dual. Vínhamos caminhando pela Avenida Ipiranga quando um grupo de jovens nos empurrou, assim de repente, caçoando das roupas masculinas e corte de cabelo que eu usava. Eu, particularmente, esperava que tu desses de ombros, ignorando a imbecilidade daquelas pessoas, mas fui surpreendida por uma Iara que eu ainda não conhecia. Foi tão rápido que tudo que eu, efetivamente, vi foi o teu punho quebrar o nariz, logo escorrendo sangue, do garoto que me empurrou. Fiquei tão perdida que nem me lembro do que exatamente tu disseste ao grupo, puxando-me pelo braço na sequência e seguindo caminho, de expressão séria, observando a pr��pria mão lesionada, para a qual eu também olhei. Quando retornei o olhar ao teu rosto, avistei um sorriso, que logo virou-se para mim, elevando a mão e mostrando-me o resultado doloroso da pele roxa e machucada sobre os metacarpos. Era como um troféu..
A tua fascinação pelas paisagens mais contrárias e incompatíveis parece óbvia agora. Nossas pequenas e paupérrimas viagens para lugares que nada tinham em comum. Hora montanhas, no inverno, cobertas por uma geada paupérrima e rodeadas por um horizonte verdinho e macio; mas que para os teus olhos era tão lindo quanto nossa passagem pela BR-242, num calor sob o qual minhas próprias células devem ter derretido, um infinito de vegetação mediana, com as elevações da Chapada Diamantina ao redor, sem qualquer sinal de companhia além de nós mesmos. Fomos também a muitos museus quase desconhecidos, daqueles que um em cada um bilhão de turistas visita; famosas casas assombradas; jardins botânicos, zoológicos, parques de diversões. Teus programas e passeios pareciam incoerentes, e de fato o eram, mas esta era a coerência deles.
Não posso esquecer-me da tua paixão por fotografias, gastando filmes e mais filmes em todas as viagens. Porém, fugias o máximo possível de estar na frente da câmera, alegando que não achavas-te fotogênica.
A forma como eras apaixonada por cinema, teatro e apresentações diversas sobre o palco — que não era apenas uma paixão, era a tua casa, o teu lar —, mas ao mesmo tempo inquieta, hiperativa demais para manter-se parada ou sentada por tanto tempo. Apesar de pregar insistentemente que aquele que sobe ao palco também deve aprender a sentar na plateia de outros artistas, apreciá-los, o teu bumbum parecia ter um formigueiro. O dançarino no palco saltava e tu erguias o corpo, como se quem estivesse saltando fosses tu. Idem para qualquer outro movimento, que era de algum modo mimetizado de forma diminuta, discreta, no teu pequeno espaço de espectador. E foi esta inquietude na alma que te matou.
Eu conheci-te como uma das mais ativas manifestantes entre os alunos da escola de artes. Uma rebelde que, na verdade, era mais pacífica e amável que qualquer outra pessoa no mundo. Tu apenas querias o pleno direito da liberdade, da contradição e da incoerência das quais qualquer artista necessita. No mundo de Iara Maria isso significava, simplesmente, viver.
Teus protestos eram dos mais profundos, tão além do tempo que, por vezes, eu mesmo não compreendia. Houve aquele em que tu dormiste num colchão em plena praia, semi-nua, quando um evento de exposição de diferentes modalidades da dança que aconteceria ali mesmo, sobre a areia, foi cancelado pelas autoridades, alegando possível uso de drogas ilícitas, conteúdo impróprio — que nunca foi explicado por ninguém o que seria impróprio em dançar —, entre outras justificativas absurdas, mas que ninguém além de um grupo de seis dançarinos, incluindo-te, questionou ou protestou contra. Lembro-me que dormi no hotel em frente, praticamente de pé, com a toalha e a coberta em mãos, esperando que tu voltasses depois de dormir a noite toda com a maré nos pés.
Mas nem tudo foram revoltas. Lembras-te de quando eu disse que o teu presente de aniversário estava na minha mochila? Num dos muitos momentos de distração que eu tinha, tu tiraste-a do meu ombro e saíste correndo em plena estação de metrô, me fazendo correr de dentro do vagão, quase sendo prensado pela porta quando o aviso sonoro começou a soar. Corremos como crianças entre vagões e plataformas, cortando pessoas, desviando de grupos inteiros de amigos e até saltando os degraus das escadas rolantes. Por fim, o presente só foi aberto na tua casa, com a Margô apoderando-se da caixa vazia enquanto eu acendia as velas — já usadas em aniversários anteriores porque eu sou uma péssima organizadora de festas e esqueci-me de comprá-las.
Eu recordo-me de quando um grupo de valentões achou que éramos um casal. Era de noite e estávamos indo para casa, eu te busquei no teatro depois dos ensaios e tu estavas tão cansada que, por vezes, caías com a cabeça no meu ombro, mas logo acordavas com o chacoalho do trem, então voltando a piscar os olhos, fechando-os devagarzinho. Duas estações antes da nossa, o tal grupo apareceu, estavam parados na plataforma e, ao nos verem numa das tuas sonecas de cinco segundos, bateram com um taco no vidro da janela bem ao teu lado, fazendo-te saltar de susto. Minha reação foi segurar-te com os braços, abraçando, como se eu pudesse proteger-te do mundo. Felizmente, o vidro não estilhaçou, mas a marca da batida, os trincados na janela bem do teu lado, fizeram-te ficar atônita o resto da viagem até sairmos do vagão. Sem saber o que fazer ou falar, vendo que muita coisa te borbulhava nos pensamentos, minha única reação foi aproximar a minha mão da tua, que estava pendendo do banco, bem no espaço entre nossas pernas. Estiquei um de meus dedos e, quando encostei, percebi que ainda tinhas as mãos frias, como se elas continuassem assustadas e temerosas. Ao sentires que eu a tocava, lentamente tu levaste teus dedos sobre os meus e apertaste-me a mão com uma força que eu nunca te vi usar.
Naquela noite, chegando na tua casa, eu perguntei se tu querias tomar um banho, mas recebi um aceno em negação e, então, tu disseste-me para tomar primeiro. Eu já estava imersa na água quente quando vi-te entrar no banheiro. Sentaste-te ao lado da banheira, oposta a mim, colocaste uma das mãos na água e, soltando um peso do teu peito, nitidamente, esvaziaste tudo o que carregavam os teus pulmões. Teus olhos se fixaram nos meus e assim ficaste por alguns minutos. Silêncio. Agradeço por, mesmo nos momentos mais pesados e desesperançosos, tu ainda teres alguma faísca de palhaça e teres começado uma guerra de água, batendo com a palma na superfície e fazendo espirrar no meu rosto, ao que eu revidei jogando água com os meus pés na sua cara.
Diga-me, Iara, o que aconteceu na outra tarde? Eu lembro-me de ter passado pelo teatro na hora do almoço e disseram-me que tu sequer foste para lá naquele dia. Não tinha nenhuma notícia do teu paradeiro desde a noite anterior, quando eu despedi-me e fui para a minha casa. Por vezes, arrependo-me de ter ido, pois algo dentro de mim insistia que eu deveria ficar lá. Algo na despedida parecia já saber que era a última vez.
Saindo do teatro sem saber onde eu poderia procurar, ouvi em algum bar um rádio falando sobre uma manifestação ferrenha que estava acontecendo naquele momento em frente ao Museu de Arte Moderna. Talvez intuição, talvez desespero, mas tudo que consegui fazer foi correr.
Chegando o mais perto que pude devido aos bloqueios policiais, percebi que não era uma manifestação qualquer. Havia muita fumaça se espalhando e os gritos já não eram de protesto, eram de pânico. E eu também estava em pânico quando escutei as vozes se multiplicarem, repetindo que alguém tinha sido morto pela polícia em frente ao Museu. Eu não sabia quem era, não sabia sequer se tu estavas ali, mas senti a pressão despencar, o corpo amolecer e a respiração descompassar mais ainda. De repente, eu era aquela força da tua mão no trem, eu era algo muito mais intenso e inconsequente do que eu acreditava que podia ser. Eu pulei bloqueios como uma criança pula corda no parque; furei a multidão, atravessei por entre tantas pessoas que eu já nem sabia mais em que direção eu estava, para que lado o epicentro de tudo aquilo ficava, mas eu não sabia parar.
Quando a multidão acabou, quando eu voltei a respirar, a ver mais do que apenas corpos aglomerados, a fumaça perturbava os meus olhos, minha garganta ardia e meu nariz sangrava simplesmente por inalar os gases das bombas. Havia uma estátua, uma imagem daquelas gregas, quebrada no pé da escadaria do museu, bem na minha frente. A estátua nunca esteve viva, mas naquele momento estava definitivamente morta.
Havia um corpo, uma imagem daquelas que eu tinha todo dia, fosse no trem, no teatro, num parque, viagem ou no teu apartamento, quebrado e escorrendo pela escadaria, bem na minha frente. O corpo sempre esteve vivo, mas, naquele momento, naquele momento ele perpetuava. O corpo não estava munido de armas, de facas, bombas, pedras ou paus. O corpo trajava apenas roupas como qualquer outro e tinha, nas mãos, um punhado de flores. Flores estas que estavam mais vivas que o próprio corpo.
Eu não consegui parar de chorar desde aquele semáforo, Iara. Eu entendo agora o que significou cada um dos teus atos, cada uma das tuas palavras e cada uma daquelas flores. Mesmo que ninguém se recorde da jovem morta pela polícia durante um protesto contra o fechamento do museu, eu vou recordar-me dela. Vou recordar-me dela sorrindo, dela dançando, dela me explicando quem era Monet e quem era Manet, dela conversando com os pés de alecrim, dela me contando que o nome da gata era uma homenagem a Margot Fonteyn e dela assobiando tentando conversar com os passarinhos de manhã. Vou lembrar-me de como ela me fez questionar minha sexualidade milhões de vezes, mas nunca me fez sentir mal ou errada com isso. Vou lembrar-me da força que ela tinha e que eu senti naquela noite num aperto de mão.
Eu plantei alguns pezinhos de alecrim aqui e também escrevi — ou será que eu pichei uma lápide, logo eu, Lia, essa garotinha rebelde — a famosa frase do Jimi Hendrix que uma vez tu me disseste: “Quando o poder do amor for maior que o amor pelo poder, o mundo conhecerá a paz”. A tua arte era essa, Iara, amar demais — fosse a arte, a vida, as pessoas, as plantas, os bichos ou apenas assistir o sol nascer.
Ah, e a Margô te mandou um miau e uma lambida na cara.
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