Tumgik
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intoxicheart-blog · 4 years
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Pareceu um bom lugar para escrever.
Olá, se você está procurando um lugar que deixe sua cabeça mais confusa do que os dias já são capazes de fazer, você veio ao lugar certo, Eu me chamo Felipe, tenho 25 anos, e sim eu já começo a historia morto, e pelo o que parece eu fiz alguma coisa muito errada, onde estou condenado pela eternidade á ficar nessa biblioteca, devolvendo sempre o mesmo livro para a mesma bibliotecária .
 - Boa Tarde Márcia, tudo bem? Como vai a família?
 Márcia não é a primeira pessoa a trabalhar aqui, antes dela teve 7 pessoas, eu não sei dizer quanto tempo exatamente estou nessa situação, pois tudo o que eu tenho são lembranças de quando eu era vivo e depois uma multidão de memórias de dias praticamente iguais.
Comparando as minhas roupas com as pessoas que freqüentam esse lugar, eu digo que ainda estou na moda. Mas você deve estar se perguntando como eu vim parar aqui, e como eu morri.
 E para entender toda essa história, precisamos voltar e te apresentar quem eu era.
 Julho de 2018, Eu era um Garoto mediano com um emprego mediano, onde as coisas que acontecem na sua vida geralmente não são dignas de histórias espetaculares, na verdade se você espremer bem, sai algumas pequenas histórias engraçadas, ou que pelo menos eu e meus amigos mais próximos sempre conseguimos rir.
 Vamos tentar visualizar bem, Sou um Garoto nem gordo, nem magro, 1,69/70 de altura, cabelos e olhos castanhos, suas bandas favoritas são Mcfly, Fresno e All Time Low, ando muito pela cidade, toco algumas musicas no ukulele, se apaixono por alguns segundos a cada esquina, mas nunca tem coragem de dizer nem um Oi para as Meninas.
 E mano como isso o assombra, ele queria muito trocar algumas palavras, ou até manter um vinculo maior com alguma garota, mas dentro dessa cabecinha aqui existe muito uma negação que a cada dia insiste em afirmar a idéia de que ninguém que eu me interesse vai no fundo se interessar por mim também.
 E assim vão os dias, Eu acordo as 06:00 am, coloco o celular pra despertar daqui 15 Minutos novamente, pronto agora eu to um pouco atrasado, separo minhas roupas, corro pro banho, seco o cabelo, faço escova e chapinha, olha o relógio e estou quase perdendo o ônibus, engulo meu café da manhã que geralmente é um potinho de aveia com leite e açúcar, escovo os dentes, saio correndo e entro no Ônibus.
 Geralmente nessa viagem da Casa pro Trabalho eu me apaixono pelo menos uma vez por dia, imagino como seria legal se um dia desses, uma historia mágica acontecesse, onde a garota chegaria, sentaria do meu lado no ônibus e quando ela fosse descer, o Ônibus passaria por uma lombada onde balançaria tudo e ela iria se desequilibrar, mas não cairia porque eu iria segura ela, e pronto, foi ali que ela se apaixonaria por mim, acredito que se alguma coisa dessas acontecesse, eu não iria travar...
 Isso era o que eu pensava:
 Mas iremos avançar alguns Meses no tempo.
Ai estou eu, Janeiro de 2019, Um dia Calorento como qualquer outro, São 17:35, e como de costume eu estava indo embora do Meu trabalho, Peguei um Café na esquina da Casa do Cavalo Baio, e fui andando para o Ponto de Ônibus, em algum momento entre o Café e o Ponto eu senti um esbarrão forte, e foi café em tudo, inclusive na velhinha que geralmente está alimentando os Pombos no Banco, e tadinha, ela se matou de rir.
 Continuando... o Esbarrão de Tsunami de Café era uma Garota, Cabelos Castanhos, uma franjinha reta, vestido preto estilo Vandinha Addams, por incrível que pareça foi a minha primeira paixão do dia, ela passou por mim, e com uma Voz doce, disse, Desculpe amigo...
Seguiu seu percurso.. e eu fiquei admirando o balançar de seus cabelos em meio a sua correria.
 Sentei no Banco ao lado da Senhorinha que muito gentil tirou um lencinho de sua sacola, e me ofereceu para limpar as partes que o café foi, eu agradeci e me sequei..
Nesse meio tempo, olhei para o chão e vi um exemplar de Formaturas infernais, Um dos poucos livros de Histórias que eu realmente gosto, mais do que rapidamente eu fui e peguei o livro, e fiquei pensando, será que seria da Moça que esbarrou em mim e saiu correndo deixando para trás cabelos e roupas sujas de café, e um coração apaixonado por alguém que eu não sabia exatamente nada, apenas sobre seu possível bom gosto para se vestir de um jeito fofo.
 A Senhorinha do banco, que aliás se chamava Angélica, olhou pra mim e disse, Eu sei exatamente o que você está Pensando, esse Livro é sim da Garota que passou por aqui. Ela geralmente lê esse mesmo livro sentado ao meu lado, e sempre parece estar pontual ao horário do Ônibus, então Menino, eu vejo o brilho no seu olhar desde o momento que ela cruzou nossas vidas á alguns segundos atrás, é o brilho de alguém cansado de esperar mas que acredita que em algum momento uma coisa desses deveria acontecer, eu poderia muito bem ficar aqui declarando todas as emoções que eu sinto vir de você, mas ai você perderia tempo.
 Corra e vá atrás dessa garota, entregue o livro pra ela e puxe algum assunto, se for possível, pegue o mesmo ônibus que ela, Araucária é uma cidade pequena, então você sempre saberá como voltar pra casa.
Mas foi ai que eu Hesitei, fui sim com o livro em mãos sentido ao ponto de ônibus, mas tão travado e com medo, pensando em todas as coisas que eu queria ter a coragem de falar mas muito mais em toda rejeição que eu poderia ganhar em troca, que isso foi tempo o bastante pra tudo que eu visse dela novamente era o seu ônibus indo embora.
 Tão rápido que eu nem pude ler o letreiro pra saber em que altura da cidade ela vivia. E foi ai que eu fiquei mais uma vez, arrependido por desperdiçar todas as chances que eu vivo esperando que o Destino me de, mas quando chega a hora eu sempre vacilo.
 Voltei pra casa, Com o livro e a tristeza de baixo do braço, escutando Obviously – Mcfly, onde ressalta algo que o Lado negro da força da minha consciência sempre tenta me fazer acreditar sobre qualquer garota “I never will be good enough for her”, Eu sei que não é verdade, e que não existe isso de alguém ser melhor ou pior pra alguém, somos todos seres humanos falhos
que vivemos em uma melhoria constante com nós mesmos, mas o que faz sermos perfeitos uns para os outros, é o Jeito que iremos nos tratar com essa pessoa, se nos permitirmos sempre sermos verdadeiros, e nos sentirmos bem um com o outro, apoiando, não prendendo e sempre entendendo o lado de tudo que acontecer com o Maximo de empatia, isso faz de nós bons o bastante, não pra um alguém, mas para todo o mundo. Ser uma boa pessoa para si e para um todo, é ser alguém perfeito pra qualquer outro alguém que quiser estar ao seu lado. Eu sempre tive isso pra mim, mas parece que ninguém que eu me interesso, sente isso por mim, e nos últimos meses todas as minhas histórias de amor só acontecem em sonhos que meus amigos estão cansados de escutar, e eu continuo contando pois tem sido tudo o que eu tenho de mais Emocionante no decorrer dos meus dias.
 Depois desse desabafo pessoal que ocorreu, cheguei em casa, e é tão bom chegar em casa e receber um pouco de amor incondicional ao ver meus 3 Cachorrinhos pulando em mim, Julie, Maggie e Scoot, eles me lambem, mordem minha orelha com cuidado, e me sujam bem mais de terra do que o Café que já tinha sujado.
 Essa tem sido praticamente a melhor parte do meus dias em meses, o momento que eu posso ser mais EU mesmo, onde eu posso abraçar, beijar, sabendo que irei ser retribuído com o mesmo carinho, porque nesses dias calorentos de clima, mas frios em afeto, mesmo não acontecendo o pior dos males, tem sido um pouco tristes, e eu sei que eu deveria parecer mais grato, e eu sou, mas quanto a tristeza eu não posso fazer nada a respeito por enquanto, como diz em uma das minhas canções, a solidão se propaga no vazio...
 Eu abro a porta, abraço minha mãe, olho para o lado do quarto que eu dividia com meu irmão mais novo, e sinto saudade, ele cresceu tão rápido sabe? Parece que era ontem que eu levava ele para a escola no primeiro dia de aula, que eu tinha que invadir o intervalo com minha prima Marcela, e escutar escondido do lado da sala dele, se ele estava bem, e sim ele estava, cantava a Musica do meu lanchinho como se não fosse a primeira vez que ele estava ouvindo, eu sinto uma saudade boa sabe? De ter vivido muita coisa, ele é tipo um filho pra mim, pois ele nasceu quando eu tinha 5 anos, eu vi ele crescendo, dançando floribella, assistindo Mutantes caminhos do coração, mas ai um dia chegou a minha adolescência, que é normal, mas eu sinto que acabei deixando ele um pouco de lado nesses anos, tive uns relacionamentos longe, até em Canoas no RS, fui pra lá, e é por isso que eu sempre penso. Eu já vivi algumas histórias de “amor” e sempre deixei ele pra trás quando eu embarcava nessas loucuras, agora ele saiu de casa, e nada mais justo é eu sempre apoiar, por mais que a saudade doa as vezes, é normal. Eu não posso querer que as coisas nunca mudem, eu devo aceitar e aprender a gostar as mudanças, o novo sempre vem, e se eu não me habituar, eu vou acabar perdendo muita coisa boa. Mas eu acho que ele saberia animar melhor os meus dias ruins.
 Coloco um Episódio de Digimon Tri, e me jogo nessa nostalgia de um tempo que não existiam problemas, e fico nisso até cair no sono, mas dessa vez eu não sonho. O Despertador toca as 06:00 e tudo começa novamente. (Parece que ai eu já estava em um Looping infinito.)
 Ná hora da minha aveia matinal, uma lembrança vem a cabeça, Angélica me contou que a Moça misteriosa estava naquele banco todos os dias, então o sol sorri pra mim novamente naquele momento, mesmo sendo uma manhã muito fria para o Mês de Janeiro.
Vou para o trabalho e passo o dia inteiro com aquela velha esperança no Peito, digna de ser lembrada como um Clipe musical ao som de Still Into You do Paramore.
Dia que a gente se sente tão bem com essa nova fé, que tiramos o besouro que pousou no nosso ombro com cuidado e colocamos em cima do muro, vou com o livro na mão, um sorriso no rosto e o paço firme, em direção a mesma esquina que tudo havia mudado ontem, ma chegando lá... Eu não encontro a Moça, não encontro Angélica, nem um motivo pra continuar dentro desse Clipe do Paramore.
 Sigo para o ponto Cabisbaixo, pego o meu Ônibus, pensando: Amanhã talvez eu tenha mais sorte, mas com um pouco menos de esperança.
Agora é aquela hora dos filmes onde passa aquela passagem de varias Cenas, onde eu estou com varias roupas diferentes, passando por vários dias, sempre indo no mesmo lugar com o livro, e por mais que eu não encontre nada e a esperança pareça acabar, eu continuo Persistente, porque é disso que vem o meu nome Artístico né? (Dessa vez ao som de Monsoon
– Tokio Hotel).
 Passei o Final de Janeiro até Março, indo todo dia Útil naquela esquina, podia fazer chuva, frio, e eu estava lá, com o Livro dentro de Plástico A4 que peguei no meu trabalho para não estragar, Fazia tempo que nada legal acontecia, e eu não queria voltar para a vida monótona que eu estava levando desde o termino do meu ultimo relacionamento, Sabe eu me divirto muito com meus amigos, e isso me ajuda muito nos finais de semana, mas sempre falta alguma coisa para me acalentar nos 5 dias úteis que somos obrigados a viver nessa esfera que insistimos em chamar de lar.
 Eu preciso continuar sendo Persistente com algo, mesmo que seja difícil acreditar, pois se eu realmente deixar a tristeza e a desilusão dominar, acho que eu não vou mais conseguir voltar, então naqueles piores dias, eu me esforço pra acreditar um pouco mais em qualquer sinal de felicidade que pairar o momento, tem sido assim desde que eu me lembre, é assim que tenho me salvado de um coração de pedra.
 Mas um belo dia, (Realmente belo, pois fazia sol, as folhas estavam secas nas arvores, típico de outono), eu tive uma bela idéia, finalmente abrir o livro, sim esse livro ficou comigo por esses meses, e eu sequer abri ele, não sei por que eu não tive essa idéia antes...
Na ultima pagina colado junto á capa, estava um cartãozinho, com vários nomes e datas, e foi ai que eu me toquei que o livro não era da Moça, e sim emprestado da Biblioteca Pública de Araucária, e tudo o que me restava era ir lá, com esperança e o livro embaixo do braço esperando encontrar quem seria essa garota..
 Muitos não sabem mas antes da Biblioteca Pública de araucária ser ao lado do Banco do Brasil, ela era onde fica a Banda Municipal hoje em dia, e muitas tardes da minha vida foram lá, Meu Pai levava minha mãe no Dentista que é no alto do Prédio do CIEE, e enquanto isso eu e meu irmãozinho ficávamos lendo GIBIS na Biblioteca Publica, Gibis eram as únicas coisas que não podiam pegar emprestado, então eu lia os Gibis lá, e emprestava livros na hora de ir embora.
Foi nesse tempo que eu notei que existiam muitas capas de Gibis que estavam soltas e sem as suas histórias, então um pouco mais tarde nos anos, quando eu fazia curso de Informática no Centro, eu passava um pouco mais cedo na Biblioteca e pegava essas Capas que não tinham donos, para colocar em todos os meus gibis que estavam sem Capas, não eram como roubar, era apenas encontrando Moradores para Capas de gibi, assim como encontrava abrigo para os Gibi sem capa, era como se fosse um ato heróico, porque as vezes eu tenho dessas loucuras sabe?, Sinto como se os objetos ou seres inanimados realmente tivesse sentimentos, se eu tenho 3 Canetas, eu preciso comprar mais uma, pois me parece que uma delas irá ficar sem seu par, mas se no momento não tem jeito, para me contentar eu crio a história que são uma família de canetas, com os Pais e o filho... Parece meio bobo né?, Mas as vezes eu só consigo ficar bem quando algumas coisas me parecem em harmonia, e se eu não consigo encontrar um par para uma simples caneta, como vou conseguir um dia ser o par de alguém ?
 No meio do Caminho em direção á Biblioteca Pública, eu me dou conta que já passou do horário total que ela fecha, e estamos em uma Sexta-Feira, então terei de esperar o final de Semana inteiro para talvez conseguir revelar o segredo que está me assombrando a umas Semanas.. Então eu voltei pra casa.
 Em casa, na minha cama, não sei se é a força da Carência ou a inveja boa de casais que vejo nas redes sociais, mas me da uma vontade de realmente estar com alguém nos próximos dias, e eu sei que eu deveria parar com isso, e ficar conforme a minha musica autoral diz, que vai aparecer alguém quando eu menos esperar.. Mas é tão difícil, quanto tempo mais eu convivo sem ter um contato de carinho á mais com outra pessoa, eu sinto que está faltando alguma coisa, mas tudo bem, amanhã é sábado e eu irei ver meus amigos.
 Amanheço Sábado com os meus cachorros latindo, alguém esta batendo palma, nada mais é que THIGS, o menino emo de Ponta grossa, é sempre bom quando ele vem nos visitar, ele ainda não aceitou totalmente, mas Araucária é o lar de verdade dele, como se nós vivêssemos em um Fliperama, ele é o Detona Ralph, PG É o Concerta Felix Junior e Araucária é a corrida doce, No final do Detona Ralph, Vanellope diz para o Ralph que ele deveria ficar na Corrida doce, porque ninguém ali mexeria com ele ou trataria ele mal, e é o que todo mundo de Araucária quer pro Thigs, porque aqui todo mundo ama ele, e eu sei que um dia, logo, ele estará aqui com a gente.
 Pela primeira vez o Thigs veio pra cá sem intuito de ter um evento, ele veio para matar nossa saudade.
É hora do almoço, e como de costume, minha mãe fez o melhor Cachorro quente que existe, é serio, o molho que ela faz é melhor que de qualquer outro lugar, e eu escolheria ele mesmo que tivessem me entregado a melhor Lasanha (é que lasanha é minha comida favorita), entre qualquer comida eu escolheria o cachorro quente que minha mãe faz.
 Chegando para o Almoço temos a Fran, o Feh, Iza, André, Jhow, Laisla e Vanderlei, a Fran tem uma alergia muito ruim que é a tomate, eu acho que eu morreria se eu tivesse que ficar sem comer Ketchup, mas é isso, Junto com os pães, maionese e batata palha, vieram as risadas, ah essas risadas que me fazem viver, sem não fossem a alegria que os amigos juntos me trazem,
eu talvez estaria totalmente perdido, eles conseguem tirar em segundos toda a tristeza que a semana inteira acumulou, e eu espero que eu cause o mesmo efeito neles.
Eu sei que um dia assim como final de How I Met Your Mother, Friends e de tantas outras séries, iremos chegar ao fim de uma Era, onde não iremos nos encontrar todos os dias, que algumas coisas irão mudar e que iremos prometer pelo menos nos encontrarmos nos momentos especiais, e nós precisaremos fazer isso valer. Nós não podemos nunca, jamais esquecer em hipótese alguma os momentos bons que já vivemos com quem nós amamos, porque existirão tempos ruins que talvez algum de nós acabe nos magoando de alguma forma, mas que não podemos deixar que esse lado ruim de uma única coisa, apague todas as coisas boas que já vivemos juntos. (á não ser que alguém vire um assassino em série, ai é complicado não deixar as coisas ruins serem maiores)... Mas acredito que nenhum de nós jamais será algo desse tipo, então é importante sempre lembrar o quanto nós somos bons juntos e tudo que somos capazes de fazer e fazemos uns pelos outros, Nós somos a nossa salvação
.
Vamos parar o pensamento um pouquinho e tirar dessa cena bonita de amizade, eu como pessoa que aqui escrevo e narro essa história nunca entendeu o real motivo de sempre pensar em varias ocasiões onde o meu amor poderia aparecer, eu poderia muito bem em algum momento dessa minha vida ter me mudado de cidade ou simplesmente ter ido passar o verão em outro lugar distante e ter me apaixonado pela garota da cidade pequena, ou talvez ter entrado em um colégio novo e alguém de lá me notar, já mandei diversas vezes minhas inscrições para reality shows sendo que nunca penso em ganhar, apenas na esperança de alguma menina talvez me olhar e ver o jeito que eu sou no dia a dia e isso fazer ela se apaixonar por mim, já faz algum tempo que eu não gosto muito da minha aparência e acredito que isso não seja algo que alguém que vê de fora goste também, não me entenda mal, eu me amo, amo a pessoa em si que eu sou, mas não gosto muito do meu exterior, estou em guerra contra a calvície a tanto tempo que nem sei se eu já era maior de idade, fiz mil regimes, exercícios e entrei na academia pra ver se conseguia emagrecer um pouquinho, tem dias que eu nem acendo a luz do espelho pra me olhar nele para ambas coisas, pois eu odeio me ver nesse estado, e ai eu me pergunto como que alguém pode gostar de mim desse jeito?  Se eu mesmo não estou gostando, eu sou uma pessoa feliz, e em meio a quarentena que nos assola em pleno 2020 (o livro começou a se escrito quando eu tinha 25 anos, e daqui exatamente Uma semana eu faço 27, nunca terminei).  E  meio a essa quarentena, só parece que tudo piora, sabe talvez esse livro nunca termine de ser escrito, eu só queria não precisar mais me afundar nessas fantasias e sonhos que eu tenho de encontrar a pessoa que eu vou amar e ela vai me amar e em algum momento eu não vou nem me importar com o jeito que eu sou, eu sei que não precisamos nunca de outra pessoa pra nos sentirmos bonitos,  mas é tao legal saber que tem alguém ali além de amizade e família que aprendeu a lhe amar, vou adiantar para vocês, no final dessa história eu ficaria no looping temporal na biblioteca, eu nem tinha pensado ainda na forma como fui parar lá, mas eu sairia por tomar coragem de falar com a garota que vi, mas antes de tudo, antes da maldição acabar, nós apreciaríamos o Por do Sol, porque ele é tão lindo.
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