Tumgik
#só vamos conseguir atacar pelo lado esquerdo agora que bom
anditwentlikethis · 1 year
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o que vai ser da nossa ala direita agora meu deus vamos ficar ainda mais fracos do que já estamos, ainda vamos acabar em 10º
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lunamimila · 5 years
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A mulher no pântano (Final)
  Do lado de fora, a briga chegava aos seus minutos finais e logo era encerrada quando os primeiros indícios do que acontecia no Templo Principal chegavam até os combatentes.
- Donibel, acho que eles conseguiram! – Sabrina, escondida sobre um arbusto, comentou, observando alguns solitários contaminados deixarem a toca.
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- Um! O que tá fazendo aqui?! – Seis perguntou.
  Solitário, Um observava, estável, uma nuvem de gás se aproximar, tomando a sala onde os Soldados Brancos gostavam de ficar.
- Estou dando um fim a isso! – Um respondeu.
- Tá maluco?! Você vai morrer! – Seis respondeu, assustado com a calma do homem.
- Não tenho intenção melhor! – Um respondeu, ainda observando a nuvem.
- Olha, eu sei que você tá triste! Mas não precisa fazer isso! – Seis prosseguiu.
- Eu preciso, nós precisamos! Acha mesmo que há futuro depois daqui? – Um perguntou.
- Bem, eu acho! Pelo menos pra mim! – Seis respondeu, percebendo que Um não abandonaria a posição. – Olha, se quiser morrer, faça! Mas eu não vou ficar aqui pra ver isso!
- Adeus, Seis! – Um encerrou a conversa, observando Seis correr dali
- Isso tudo foi um erro... Deixamos nossa ganância ser a maior da nossa fraqueza... Então se essa é nossa punição... Vou encará-la... é melhor assim... – Um disse, extremamente pleno, permitindo a fumaça verde tocar seu rosto e invadir seu corpo.
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  Ainda pela tubulação, o grupo observava os caminhos se fecharem diante da ocupação do gás. Mais perto da saída, eles tentavam evitar olhar os montes de corpos a caírem uns sobre os outros. Da assustadora visão, nem mesmo a certeza da vitória podia livrar-lhes de sentir o maior medo de suas vidas, a proximidade tão suave da morte.
- Por aqui e já estaremos na entrada! – Selena, cansada, comentou, lembrando-se dos últimos trechos do mapa que ainda se esforçava para lembrar.
- Vamos continuar! Eu tô sentindo aqui chacoalhar! – Gregor, aproximando-se da amiga, atordoada pela aproximação dos focos do gás, respondeu.
  De repente, das séries de desventuras a prolongar o desafio, um abalo brusco desmontou o seguimento mais pesado da tubulação, pedaço onde Gregor acudia Selena.
- Gregor! – Russel, logo atrás,gritou, procurando o irmão em meio a ao monte de coisas pisoteadas.
- Estamos aqui! – Gregor gritou, balançando os braços! – Continuem!
- Tem certeza? – Russel perguntou, pronto para abandonar a segurança das tubulações.
- Sim, Selena sabe outros caminhos! – Grego respondeu.
- Nos vemos no outro lado! – Russel, hesitante, respondeu, continuando a viagem.
- Agora é só nós dois! – Selena comentou.
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- O que mais falta agora? – Seis perguntou, tentando abrir uma porta emperrada. – Abre!
  Furioso, o homem abriu a passagem e não mais surpreso como antes, ele teve mais algo a lamentar.  
- Ah, Oito, você não teve sorte, né? – Seis comentou, observando que o corpo a bloquear a porta era do companheiro, aparentemente morto.
 De repente, cara a cara com o colega ao admirá-lo, Oito abriu os olhos, vermelhos como o sangue. O soldado tentou falar, mas de sua garganta e pulmões queimados, apenas grunhidos saíram, sons que Seis sabia o significado.
- Eu gosto de você! Vou falar quem você era! – Seis respondeu, aliviando Oito para uma morte mais tranquila. – Talvez eu minta um pouco!
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 Antes um mar de pessoas em fervor, os caminhos das ramificações da mina não eram mais que um retrato distorcido do passado. Paisagem que Selena e Gregor ousavam desbravar.
- O gás tá aproximando! Temos que ir mais rápido! – Selena comentou.
- Mas nós não conhecemos essa parte aqui! – Gregor comentou, percebendo que os caminhos fugiam de tudo que tinha aprendido.
- Nós temos que tentar! – Selena respondeu, dando as mãos para Gregor.
  Do real e puro medo, a dupla encontrou apoio em si. Mesmo assustados, temerosos do que encontrariam a cada corredor e a cada sala, os dois tomaram a presença um do outro como refúgio, único e íntegro.
  A saída do Templo Principal foi marcada por muita coisa, menos o alivio. Entre um mar de pessoas, contaminados ou não, em guerra ou fugindo, o grupo da Casa Amarela surgiu em meio a terreno sem lei, sem dono e sem paz.
- Conseguimos! Vamos sair daqui! – Freddy gritou, preparado para abrir caminho.
- Atacar! – Uma voz distante ecoou entre os grupos.
*Toom*
  Subitamente, a movimentação de um disparo foi sentida pelos próximos dali. O som da arma chegou ao grupo como uma ultima ameaça, mas logo foi anestesiada pela única perda da Casa Amarela. Rápido como uma fera, uma criatura que entendia seu real propósito, Clarence foi ao chão com o disparo que não era seu.
- Argh! – Ângela gritou, rapidamente percebendo Clarence a chão, com o peito dilacerado pelo projétil explosivo.
  Tão rápido quanto Clarence frustrou o ataque, o grupo fugiu dali arrastando-o pelo chão.
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- É aqui! – Selena comentou, admirada. – É aqui onde Oliver está!
- O que? – Gregor, confuso, perguntou.
  Diante dos dois grandes portões de vidro, a dupla tomou uma única e final decisão. Em frente ao altar de Oliver, Selena sentia que muito mais que fugir deveria ser feito. Na perfeita ocasião, entre aquilo que mais admirava e aquilo que mais se arrependia, ela sabia que destino teria de separá-la do primeiro grande amigo.
  Imediata, Selena se jogou para dentro da câmara protegida do gás e antes que Gregor, mesmo mais veloz, pudesse entender os motivos de inesperada ação, ele recebeu um ultimo grande presente, uma máscara de gás que protegia a entrada do altar.
- Gregor, acho que eu vou seguir sozinha daqui em diante... – Selena comentou, observando a distancia da espessa porta de vidro.
- O que? Não, abre a porta! – Gregor respondeu, pressionando o portão.
- Russel estava certo no inicio... Eu só trouxe problemas pra vocês... – Selena, incapaz de conter o sorriso de seu esclarecimento, comentou. – Eu sou só uma mulher que envolveu uma família inteira nos seus problemas... Deixei que vocês tomassem as minhas pendências, achando que me salvaria... Mas não... pra que vocês vivam, pra que isso dê certo, sou eu que tem que resolver as coisas... não tem outro jeito...
- Está errada! Nós começamos isso, juntos, e vamos terminar juntos! – Gregor respondeu, pressionando mais forte a porta de vidro.
- Você nunca me decepciona... – Selena sorriu. – Vocês foram as melhores coisas a me acontecer... Você foi a melhor coisa a me acontecer... mas agora... você tem que ir!
- Eu não vou sair daqui, Selena! – Gregor gritou, sentindo os olhos umedecerem.
- Vi uma tubulação de ar bem na sua frente... a máscara vai te proteger o suficiente para você conseguir sair... Adeus... – Selena terminou, deixando Gregor e um rastro de lágrimas tristes e felizes.
- Eu não quero ir... – Gregor sussurrou, deixando ali.
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  - Clarence, olha pra gente! – Ângela, gélida, perguntou, enquanto o grupo sacudia o homem.
- Gente... – Sabrina tentou evitar a ação sem futuro.
- Então... essa é a sensação de morrer?- Clarence, esvaindo-se, comentou, delirando.
-Alguém ajuda! Façam alguma coisa! – Jessie gritou.
- Querida, não dá pra fazer mais nada... – Felícia abraçou a filha, tirando-a de perto do contaminado.
  Suavemente os últimos esforços se cessaram conforme a gravidade da situação era compreendida como inevitável. A agitação das tentativas de salvamento se substituía por luto. O homem a conquistar os Frantzers, não só por carisma, e sim confiança, de ter abandonado tudo que tinha, deixava o plano dos vivos, mas não sem antes receber seu pagamento.
- Olha que céu lindo, né, Clarence? – Donibel se aproximou, levando o homem até o ar livre.
- É, é muito bonito... – Clarence respondeu, embaçando a visão. – Gostei daqui... É um bom lugar pra morrer...
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- Foi difícil deixar dele? – Oliver, protegido na escuridão do altar, perguntou.
- Claro que foi! – Selena respondeu, despedindo-se das poucas lágrimas que tinha e armando-se com um pequeno revolver, a única arma a atrair sua atenção.
- É a primeira vez que eu vejo você se ligar tão bem a alguém! – Oliver comentou. – Nem comigo você teve essa ligação!
- Por que será? – Selena respondeu, atirando contra um vulto.
- Nossa! – Oliver comentou, sentindo o impacto do disparo.
- Eu aprendi algumas coisas aqui! – Selena respondeu.
- Que bom, eu também! – Oliver respondeu, empurrando Selena contra um pilar e depois voltando para as sombras. – Tive boas aulas do Um!
- Aquele instrutor do exército? Que novidade! – Selena comentou, finalmente acertando um disparo no braço de Oliver.
- Qualquer um muda com uma descoberta tão incrível! Você devia ter visto a cara dele quando eu disse que tinha descoberto a cura da Putrefação! – Oliver prosseguiu, risonho. – Ou melhor, que você, unicamente você, tinha descoberta a cura! Não me responsabilize pelo o que aconteceu depois!
- Não! Isso não vai acontecer de novo! A culpa é sua, Oliver! Sua!  – Selena gritou. – Você disse que não ia se corromper! Que não ia se corromper como eles fizeram! Você prometeu! E essa culpa eu não vou carregar mais!
  Rápida, Selena disparou, atingindo suavemente Oliver.
- Você brincou comigo todo aquele tempo! – Selena disparou mais uma vez. – Mas isso acaba aqui!
- Como acha que isso pode acabar?! – Oliver, subitamente vindo das sombras, agarrou o braço esquerdo de Selena, torcendo-o.
- Argh! – Selena gritou de dor.
- Acha que isso vai acabar agora? Hoje? Daqui a uma semana? Um mês? 20 anos? – Oliver prosseguiu, ainda tencionando o braço da ex-amiga. – A Putrefação não vai acabar só porque você quer! Achei que já soubesse disso quando seus pais morreram!
- Me solta! – Selena grunhiu, acertando uma de suas seringas no peito de Oliver.
  Os dois se soltaram, recuperando-se.
- Eu posso morrer hoje, mas quanto tempo acha que vai demorar pra aparecer outro que nem eu? – Oliver prosseguiu, arrancando a seringa do corpo.
- Por que você não morre? – Selena perguntou, assustada que o homem ainda permanecia de pé, um pouco atordoado, mas de pé.
- Esqueceu que eu também já trabalhei com isso? – Oliver respondeu. – Mas me responde! Responde!
- Eu não ligo! Porque pra cada um de você, sempre vai ter muitos outros contra! – Selena respondeu. – Não existem só os Franzters no mundo! E não existem poucos Frantzers!
- Olha, que lindo! Até parece que você é capaz de sentir alguma empatia! – Oliver respondeu, ameaçando avançar contra Selena. – Você ainda é você, Selena! A mesma mulher de Apatia Severa que odeia a tudo e todos! Não ache que só porque você passou algumas semanas com eles, você mudou!
- Eu não acho! Eu tenho certeza! – Selena acertou um disparo na perna do oponente. – Não fiquei boazinha, mas eu melhorei! – Ela continuou, aproveitando a queda do inimigo para acertar mais um disparo no tronco dele.
- Mas isso não te salvar agora! Nem mesmo vai salvar eles! – Oliver respondeu, saltando contra Selena, que desviou atordoadamente. – Você não vai estar aqui pra sempre! Mesmo que isso acabe hoje, esse problema vai continuar...
- Isso não vai me impedir! – Selena respondeu, preparando o próximo passo. – Nem mesmo essa tática de me rebaixar! Você já fez isso demais! Achou que eu não ficaria imune?
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   Da mórbida sensação do Templo Principal, a saída para os sinais mais claros de vida desembocou num brutal cenário de arena. Antes ocupado por caçadores de grupos isolados, os arredores da mina se tomaram pelo desespero. Não mais protegidos por suas regras e por seu poder, os fieis se dissipavam no pântano, procurando como sobreviver à queda de seu abrigo. Dentro desse cenário, Gregor, suportando as dores do corpo e do coração, abandonava a maior luta de sua vida, com a maior amizade que tinha criado, incerto de deveria comemorar qualquer coisa que fosse.
- Gregor! – Russel, sempre vigilante, gritou, correndo até o irmão, que libertava o rosto da máscara de gás e das lembranças que ela carregava. – Cara, você tá aqui! Merda! Eu fiquei tão preocupado. – Ele abraçou Gregor, sentindo se o irmão realmente estava vivo.
- A Selena ainda está ali dentro, Russel... – Gregor suspirou, tentando recuperar o fôlego e se afastar das lágrimas .
- Eu sinto muito... – Russel, drasticamente se entristecendo, respondeu. – Sabe que não dá pra voltar lá? Essa mina tá completamente instável...
  Próximo o suficiente para se permitir abalar, Russel abraçou o irmão. Mesmo que o homem não pudesse sentir a dor de seu amigo mais íntimo, ele se afetava ao vê-lo tão sombrio diante da perda. Cuidadoso, Russel tomou o irmão para si e o tirou de dentro da briga.
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  Á medida que a briga se aprofundou e nenhum sinal de ajuda viria mudar o incessante empate, a tensão se afiava com o silêncio do ambiente e as violentas sutilezas com que os dois lados se atingiam. Isolados, ao centro de num gigantesco cemitério tóxico, os dois aos poucos cediam a pequenos erros e deles tomavam novas conclusões de como vencer o oponente. De passos em passos, saltos em saltos, ora tiros, ora ataques, e as muitas respostas e revelações, o caminho se trilhava para uma solução inédita, em que os argumentos seriam uma vantagem.
  Pelo labirinto de pilares de pedra, que mais pareciam uma gélida e mórbida floresta, Selena, deixava-se levar palavras do antigo amigo, mas não sem antes, certificar-se de sua segurança e posição.
   "Acertei duas seringas nele, o corpo não deve agüentar tanto assim... Talvez seja hora do esteroides...”
  Selena pensou, tentando contabilizar o tempo que se perdia naquela situação.
- É muito estranho isso tudo! – Oliver comentou, fazendo sua voz ecoar por uma espécie de trilha. – Ainda é estranho pensar em como chegamos a isso! Como você chegou a isso! Quando você entrou naquele avião, eu apenas pude pensar mais ainda em você!
   A emoção ecoava da voz de Oliver, mas dela não se tinha nada mais que um propósito extremamente calculista.
- E quando você entrou aqui... – Oliver comentou, protegendo-se entre os pilares. – Não esperava que nós dois terminaríamos desse jeito!
- Achou que eu ficaria com medo? Que voltaria pra você? – Selena perguntou, atenta às mais delicadas e ínfimas movimentações. – Mesmo depois de tudo...
- Mas você voltou pra mim... – Oliver respondeu. – Você não pode negar que teve a oportunidade de fugir... Mas você escolheu aqui... sozinha... Não se esconda nesse falso heroísmo!
- É obrigação! – Selena respondeu, fixando o olhar numa sombra diferenciada.
- Não, é saudade! Você me vê como um risco, mas não o suficiente pra me matar! No fundo, você ainda acredita na nossa amizade... E eu também! – Oliver respondeu, surgindo na luz por um pequeno momento.
- É um pouco difícil de aceitar quando você quebrou meu braço! – Selena respondeu, cada vez mais ciente.
- Não me responsabilize por me defender! – Oliver respondeu. – É o que eu tenho feito esse tempo todo! Você também!
- Atacar uma família aleatória não é defesa! – Selena respondeu.
- Mas é um meio de me defender de um perigo maior! – Oliver respondeu. – Minha cabeça vale muito para nossos chefes!
- Não imagino o motivo! – Selena prosseguiu.
- Por que eu sou bom! Sou bom no que eu faço e não sou o único! – Oliver comentou. – Porque enviariam o maior prodígio da ciência para uma missão quase suicida? Já se perguntou isso?
- Tantas vezes quanto eu respiro! – Selena respondeu.
- Porque nós dois somos uma ameaça à hegemonia deles! – Oliver respondeu, concentrado no semblante de Selena. – Você sabe que eles tinham inveja da gente! E por causa disso éramos tão unidos!
- Unidos? Só se fosse você e Vinícius! Eu sei que vocês queriam me derrubar! – Selena comentou. – Sei dos planos que faziam e não me chamavam!
- E teria adiantado? Eu fiz isso pra te proteger! – Oliver respondeu.
   A resposta veio como um abalado. Por um instante Selena teve mais o que pensar e isso escureceu sua visão do presente.
- Você não seria capaz disso... – Selena respondeu, presa às muitas lembranças que rebobinavam em sua mente. – Nunca me protegeu de nada! Nenhuma vez que precisei! Sempre fui eu que fazia isso por você! Muitas vezes pra inflar seu maldito ego!
  Rapidamente a visão da mulher voltou à claridade total. De repente, a trilha que Oliver a forçava caminhar, destruía-se diante de tantas memórias e novos julgamentos, todos esses que se baseavam no que Selena tinha aprendido nessa nova experiência.
- Não diga isso! Não tenho culpa se você nunca entendeu minhas razões! Você sempre está tão presa aos seus modelos de mundo, que nunca pensa que algo depois da sua bolha! – Oliver respondeu, ainda prosseguindo o encantamento. – Minhas razões sempre foram cuidar de você! Por isso te preservei de tanta coisa!
  As doces palavras ecoaram como o veneno mais fatal. Porém, entre as doses mortais do se espalhava por ali, a mais perigosa dela se aproximava de Selena, caminhando calmamente entre os pilares, enquanto cortava seus pulsos, que fluíam em longos fluxos de sangue podre.
- Eu ainda acredito em você, mas pra isso... Pra que você entenda, eu preciso te trazer pro meu mundo! – Oliver surgiu entre a escuridão, tentando agarrar Selena mais uma vez.
- Eu não vou! – Selena respondeu, desviando do ataque ao injetar mais uma seringa no inimigo.
- Esteroide de guerra? Acha que isso vai funcionar? – Oliver respondeu, reerguendo-se de mais um ataque frustrado.
- Bem melhor que tentar me contaminar! – Selena respondeu.
- Quantas mais você tem? – Oliver perguntou.
- O suficiente pra te fazer cair! – Selena respondeu, atirando múltiplas vezes contra Oliver.
- Não vai funcionar, minha cara, você me injetou esteróides! Péssima ideia! – Oliver respondeu, protegendo o corpo.
- Nem tanto! Conflito acelera o efeito do esteróide de guerra! – Selena respondeu, observando o corpo do inimigo dar os primeiros sinais de problemas.
- Não vai funcionar! Por que insiste em ir contra mim! – Oliver, adoecendo com as doses de veneno e cura, comentou, gritou, endurecendo-se. – Eu sempre te ajudei! Sempre estive do seu lado! Sempre!
  Violentamente, Oliver, cujo corpo já não respondia mais com precisão as suas vontades, avançou contra Selena, esbarrando-se contra tudo que estivesse no caminho, num último esforço para conter a ameaçada.
  De forma surreal, Selena pode ver a situação com mais clareza ainda e enquanto se desviava das braçadas raivosas de Oliver, que levariam sua vida com o mínimo toque, o poder de decisão apresentou-se como a solução.
- Por que você não é meu amigo! – Selena respondeu, acertando a cabeça de Oliver, que pouco se controlava.
  Do tiro, todo e qualquer movimento se cessou. Imediatamente após o acerto, as funções cerebrais de Oliver foram interrompidas, desmontando sua consciência em milhares de pedaços a se destruir. Caído, o Grande Líder não apresentava mais uma ameaça. Ele não existia mais.
  Por meio da única coisa que não podia ser protegida pelos soros problemáticos ou pelos mais potentes esteróides, Selena venceu a briga. Enquanto observava o furo na testa de Oliver expurgar sangue e os restos da consciência, a mulher se deparou com a grande verdade, que aquilo tinha acabado.
  Cansada, Selena atirou-se no chão, perdida sobre o que mais a esperaria.
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  Tão rápido quanto à queda do Grande Líder, o teto da cúpula se desfez. Perdido em meio ao caos dos viajantes, dos moradores e dos sobreviventes, o pântano veio ser visitado uma última vez. Do céu, uma frota de zepelins surgiu por debaixo das nuvens e uma nova força desceu até as terras dos Frantzers, decidida a resolver a situação.
- Atenção! Vão! Vão! – Um homem, soldado do exército, gritou para os companheiros, ordenando a captura de quem quer que fosse que estivesse ali.
  De repente, do impasse violento e desesperado, o exercito tomou as rédeas da situação. Nos refúgios, os soldados invadiram as defesas da Casa Amarela, rendendo a todos ali, mesmo não contaminados.
- Ei! O que tá acontecendo?! – Sabrina, resistindo à rendição, gritou, confusa com a súbita ação.
- Mãos para o alto! – O soldado gritou, apontando a arma contra a mulher.
- Você sabe com quem tá falando? Com os Franzters, seu bosta! – Sabrina respondeu, ainda resistindo à rendição.
  Já nas caravanas que ousavam abandonar o Templo Principal, os agentes tiraram os caminhos e deles fizeram o cerco contra os fugitivos. Não mais protegidos pelas forças que ostentavam, os grupos de fieis cederam à ação, aceitando por fim sua derrotada diante de um oponente maior.
  O pântano se aquietava pela agilidade da intervenção.
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   Pelas mãos da vitória, aos poucos a ordem se fez. Na captura dos contaminados, o exército pode distinguir seus verdadeiros alvos e assim, tudo era esclarecido.
- Donibel Frantzer? – Um capitão, muito bem vestido para a ocasião, perguntou, aproximando-se de um aglomerado.
- Sim, sou eu... – Donibel, respondeu, esfregando as mãos machucadas pelas algemas.
- É um prazer conhecer sua família! – O capitão comentou.
- Eu deveria dizer o mesmo? – Donibel respondeu, cético.
- Sentimos muito pelo tratamento que demos! Infelizmente nossos alvos ainda não estavam bem travados... – O capitão respondeu. – Mas todos já foram libertados! Agora estão seguros! E...
- Deixa pra lá! Não é pior coisa que aconteceu com a gente! – Donibel respondeu, interrompendo o mar de desculpas.
- Eu vejo isso... – O capitão comentou.
- E agora? – Donibel perguntou, observando um enfileirado de contaminados serem abrigados em grandes celas a serem levadas pelos zepelins.  – Não imagino que isso vai acabar só assim...
- Oras, o pântano será devolvido a vocês! Faremos uma boa limpeza aqui, mas vamos precisar de sua cooperação! A de todos vocês! – O capitão respondeu, sorrindo.
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   Por dentro da mina os soldados avançaram e logo encontraram seus dois alvos mais preciosos.
- Atenção, o alvo foi abatido! Repito, o alvo foi abatido! – Um soldado comentou, observado, vitorioso, o cadáver de Oliver.
- Me tirem daqui... – Selena, caída, grunhiu.
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- Vamos levar o senhor para nossa maior unidade! Vai ficar bem! – Uma médica comentou, enquanto sua equipe guiava a cama de Lucas para dentro de um pequeno zepelim médico.
- Por favor... – Lucas suspirou, mais aliviado.  
- Vão salvar ele? – Rosa, seguindo a equipe, perguntou.
- Ele vai sair novinho em folha! – Um assistente respondeu.
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  O Sol aos poucos abandonava os céus quando o povo do pântano encontrou sua segurança. Das incertezas que cultivavam desde o momento que tornaram a Casa Amarela um lar, agora, a única coisa que queriam era a certeza do retorno as suas casas e o puro descanso delas, certos que não se preocupariam mais com planos mirabolantes, ou a pessoas a caçá-los, ou mesmo a Putrefação.
   Sob a luz que levemente se esvaía, os Franzters festejavam o feito e sem tardar algo mais veio como um motivo para mais alegria. Em meio aos grupos de presos apreendidos, a saída de Selena da mórbida mina veio surpreender a Casa Amarela, ainda mais Gregor, triste com a suposta perda.
- Você tá viva! – Gregor, lacrimejando, gritou, cercando a maca onde Selena repousava.
- Eu tinha que ver sua cara! – Selena, calma, respondeu, apoiando o braço imobilizado sobre o corpo.
- Eu tô tão feliz que você tá aqui! De verdade! – Gregor respondeu, atrasando a partida dos médicos.
- E eu tô feliz que você tá bem! Não conseguiria viver sabendo que eu algo te aconteceu! – Selena respondeu, sorrindo.  – Mas você está aí! E eu posso ficar feliz com isso...
- Eu também... – Gregor respondeu, sorrindo de volta.
- Agora limpe essas lágrimas de cachorrinho e vá pescar! Você tava querendo fazer isso esse tempo todo! – Selena comentou.
- Só se você vier junto! – Gregor respondeu. – Quando eu vou te ver de novo?
- Não sei... – Selena sorriu.
   Feliz, a despedida se fez. Gregor libertou a maca e deixou com que o destino fizesse o resto.
- A gente se vê por aí, Gregor Frantzer! – Selena respondeu, sendo movida até dentro do mais um zepelim.
  Diante do fim do perigo, do começo de novas amizades e do fim das desavenças, o futuro se mostrava promissor.
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