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Afundada nas drogas, perdida, utilizando tudo que aparece a minha frente que tenha a possibilidade de me fazer sentir viva.
De dar sentido pra essa existência.
Como eu vim parar aqui? E qual é o caminho?
Tudo me parece muito obscuro e pessimista no momento, embora não esteja nada ruim.
Como já dizia Raul Seixas, eu devia estar contente, agradecer ao Senhor e estar feliz por onde estou, o que conquistei, mas confesso que estou decepcionada.
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De tanto me proteger para não me machucar, acabei me isolando das companhias, demonstrações de carinho, e de ter alguém para me ajudar.
O plano, a princípio, era esse mesmo. Ser auto-suficiente para não me frustrar mais.
Que doloroso é olhar em volta agora e não ver ninguém. Machuca mais do que a dor que eu tentava a todo custo não sentir.
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“A insegurança é uma das piores pragas que podem atingir o nosso peito.”
— Flagelos de um poeta. (via emociona)
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Publicação 4000
Tenho esse refúgio a aproximadamente dez anos. Passei as sensações do meu primeiro relacionamento para as mais diversas formas de arte que me tocaram nesse caminho. Fiz das mudanças de cidade, poesias.
Fiz também das crises monólogos que me levaram a insights inesperados. E assim meu espacinho foi ganhando forma, como uma pessoa mobiliando seu novo apartamento, aos poucos, trazendo sua personalidade para as decorações.
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A expressão “como se tivesse um buraco no peito” nunca fez tanto sentido. É como se a carne tivesse sido rasgada e o coração não pertencesse mais ao que sobrou de um corpo despedaçado. A entrega por inteiro é uma sensação mágica e libertadora, mas a recusa de um sentimento tão íntimo abala as estruturas da alma.
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