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salvadoremcena-blog · 4 years
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Pesquisa Teatral
Com o objetivo de fazer uma analise mais apurada acerca da situação dos teatros em Salvador, se aprofundando na relação que o público em geral tem com seguimento, tendo em vista questões culturais e de entretenimento, foi realizada uma pesquisa sobre o tema.
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salvadoremcena-blog · 4 years
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Incentivos Públicos na Cultura
Quando se fala de políticas públicas de fomento à cultura logo vem à cabeça a lei de número 8.313, conhecida como Lei Rouanet. 
Ela foi criada a fim de incentivar a produção artística brasileira e vem ajudando atores e produtores, desde a data de sua formulação, a produzir cultura em todas as partes do país.
A Lei Rouanet, através de sua política de incentivos fiscais, permite que pessoas físicas e jurídicas tenham a oportunidade de contribuir para o desenvolvimento artístico e cultural no país. Esse mecanismo possibilita o investimento de parte do imposto de renda arrecadado, em projetos aprovados pelo Ministério da Cultura, e assim inúmeros projetos federais de fomento a cultura podem ocorrer. 
O projeto ”Eu Faço Cultura” é um deles, através da Lei Rouanet o projeto que busca expandir o consumo de cultura pelos brasileiros e garantir o alcance de produtos culturais e ingressos para atividades artísticas àqueles que normalmente não têm pleno acesso a tais benefícios.
Entrando na esfera municipal a prefeitura de Salvador vem trabalhando para expandir, democratizar e promover a diversidade cultural cada vez mais. Por isso foi criado o projeto “Arte em Toda Parte”, que prevê uma série de editais, abrangendo desde projetos de economia criativa à iniciativas comunitárias, sempre com oficinas gratuitas de orientação para elaboração das propostas. 
Através do “Arte em Toda Parte”, foram desenvolvidos por meio da Fundação Gregório de Mattos que é braço do Ministério de Cultura e Turismo de Salvador, inúmeros editais de fomento a cultura em Salvador. O Edital Fábrica de Musicais é um dos que integram o programa, juntamente com o Arte Todo Dia, que tem como objetivo conceder apoio financeiro a eventos de arte e cultura de pequeno porte, realizados em Salvador ao longo do ano. 
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Outro grande edital de incentivo a cultura financiado pela prefeitura de Salvador é o Gregórios, que completa a sequência do programa “Arte em Toda Parte”, que tem como objetivo a seleção de projetos estruturantes inovadores, com foco em Artes Visuais, Circo, Dança, Música ou Teatro. O fomento ao audiovisual abre espaço para o projeto Salvador Filmes que contempla uma série de ações estratégicas de incentivo e dinamização do setor na capital baiana, no intuito de torná-lo mais competitivo.
Outro incentivo a cultura proposta pelo município de Salvador é o Programa Viva Cultura, um edital que permite que contribuintes de IPTU e ISS possam ter isenção fiscal mediante patrocínio de projetos culturais, inscritos no Programa Viva Cultura. A partir disso, empresas e pessoas físicas podem se tornar patrocinadoras de projetos culturais aprovados pela lei. 
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 Apesar dos cortes federais nas leis de incentivo, o município de Salvador prevê aumento nos valores destinados aos editais de cultura como prevê o Plano Municipal de Cultura elaborado pela Fundação Gregório de Mattos.
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salvadoremcena-blog · 4 years
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Teatro Baiano | Artigo de Opinião
Escrito por Marcelo Prado (ator e diretor)
Para avaliar o teatro baiano, hoje, tomarei como referência a década de 90, por ter sido esse o período em que me graduei pela Escola de Teatro da UFBA e, também, pela riqueza de produções teatrais da nossa cidade, seja em relação à qualidade dos espetáculos, equipes artísticas e técnicas, além do investimento público e privado que alavancou o teatro baiano, daquela época. Tudo isso se refletiu, naturalmente, em público, fazendo com que os profissionais das artes cênicas pudessem viver de sua arte, de seu trabalho. Foi o período de grandes temporadas e de espetáculos que fizeram sucesso em todo o Brasil. Os anos 2000 chegaram trazendo outra realidade. Se por um lado, foi o período do surgimento e fortalecimento dos grupos, por outro, passamos por um esvaziamento das leis de incentivo, especialmente o Fazcultura (Lei Estadual), responsável pela relação entre as produções e as empresas privadas que investiam em teatro, através da isenção de impostos. O surgimento dos setoriais de artes – instrumento de patrocínio estadual, via fundo de cultura – proporcionou uma democratização das verbas, ao mesmo tempo em que limitou bastante a possibilidade de espetáculos mais grandiosos, ou mesmo a possibilidade de extensão das temporadas. Assim, perdemos o interesse do público, que era atraído por grandes produções e, também, pela publicidade intensa, promovida pelos grandes produtores, para fidelizar nosso público. Creio que ainda demoraremos para reverter esse quadro, especialmente com a demonização da cultura, promovida pelo governo federal. Mas, ainda assim, continuamos na batalha, para fazer o teatro baiano ocupar o lugar de destaque, que merece, no cenário brasileiro.
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Foto: Arquivo Pessoal
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salvadoremcena-blog · 4 years
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A maioridade, na maturidade | Entrevista com a atriz Edvana Carvalho
Na casa dos 50, a atriz Edvana Carvalho fala sobre sua história e seu momento atual na carreira. Novelas, filmes, documentário e peças marcaram sua trajetória de 35 anos, mas sempre há como inovar. Depois de muitas repressões durante a adolescência, a interprete resolveu “fazer o que quer” e soltar o verbo em um monólogo autoral chamado “Aos 50- Quem me aguenta?”.
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Conte um pouco de como começou sua história no teatro.
Eu comecei a fazer teatro na escola pública, no Colégio Luiz Pinto de Carvalho, no fim de linha de São Caetano. Fiz uns quatro anos de teatro, enquanto eu terminava o ginásio e o colegial. Dali eu sai e fui para o Grupo de Teatro do Sesc, que ficava no espaço do Senac do Pelourinho e fiz mais quatro anos. De lá eu fui fazer um teste para uma oficina de verão, que o Bloco Cultural Olodum estava promovendo no festival de música deles. A oficina de teatro seria com Marcio Meirelles e Chica Carelli, já conhecia o trabalho deles e me interessei. Fiz e o primeiro espetáculo acabou sendo o primeiro espetáculo do Grupo Bando de Teatro Olodum.  
Enquanto atriz, que tipo de retorno do público você recebe?
Amor. Eu acho que quando uma pessoa me abraça, me beija, ou me pede uma foto ou um autografo é porque ela está orgulhosa do trabalho que eu estou desenvolvendo. Ela se sente orgulhosa da minha representatividade na comunidade e eu fico muito feliz. Eu sempre acho que é amor!
Você acha que as pessoas tem resistência a ir ao teatro? por quê?
As pessoas não foram educadas desde a infância a irem ao teatro.  O teatro é tido como um luxo, então as pessoas no nosso país, infelizmente, estão necessitadas do básico e não se dão ao luxo de ir ao teatro, não se dão ao luxo de comprar um livro, porque essas coisas para eles são caras mesmo.
Quanto mais o governo subsidiar os artistas, melhor é, porque você tem a possibilidade de fazer espetáculos com bilheterias bem baixas, para que a população tenha acesso. Aqui no Brasil, ao invés de avançar nesse sentido, faz um retrocesso quase que medieval e vê os artistas como demônios, quase inimigos da pátria, fica mais difícil ainda.
Hoje em dia, como é sua relação com o palco?
A minha relação com o palco é de cura! O palco me cura! Eu tenho muitos amigos graças ao palco e toda minha profissão está pautada no palco porque basicamente eu sou uma atriz de teatro. Faço outros veículos, cinema, tv, série, vídeo, documentário, mas a minha base mesmo é o teatro, então a minha relação é a melhor possível.
Agora eu vou ao palco “sozinha”, mas na verdade nunca estamos sozinhos numa produção. Existem muitas pessoas trabalhando para que a gente vá sozinho ao palco. Mas na hora H, de enfrentar o público estarei sozinha, coisa que nunca tinha feito antes. Então é me colocar à prova, é experimentar como artista.  
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Conte um pouco da preparação para chegar ao dia das apresentações.
É muito difícil fazer um monólogo, é que estou me dando conta. Eu não tenho ninguém para segurar a onda comigo, para replicar. É muito difícil não tornar um monólogo de 50 minutos chato, dá nuances, dá colorido. Acho que o caminho é estudar, estudar, estudar.  
Quais você considera os melhores momentos da sua carreira?
Acho que os melhores momentos da minha carreira são sempre os atuais, é o que eu estou aprendendo. Mas é claro que ter feito parte da Fundação Bando de Teatro Olodum foi marcante na minha carreira, ter feito televisão também e agora experimentando cinema. É tudo marcante.  
Fale sobre a sua próxima apresentação e o que o público pode esperar dela.
O espetáculo “Aos 50- Quem me aguenta?” é um espetáculo completamente autoral porque foi escrito por mim. É um compilado de crônicas e poesias, faz parte também de uma pesquisa que estou pretendendo fazer na Universidade Federal, sobre escrevivência (um termo criado pela nossa literária, negra, Conceição Evaristo, que fala sobre a escrevivência da mulher preta), então estou indo por esse caminho e resolvi falar de minhas coisas.  
Eu estou me expondo muito nesse espetáculo, mas é isso mesmo, eu sei falar de mim e eu acho que falar de mim é melhor do que falar do outros, então eu escrevi esses textos.  
Marcelo Prado que é um ator maravilhoso que sempre admirei o trabalho, se jogou no campo da direção e isso foi maravilhoso porque para enfrentar essa empreitada eu precisava de muito amor e ele é um ser muito amoroso, isso me ajuda muito!
Eliete é minha amiga das antigas, dona da Coletiva, que é uma produtora artística. Ela também confiou e acreditou no meu trabalho, está praticamente tirando dinheiro do próprio bolso para bancar isso. Estamos sem nenhum patrocínio de verdade, estamos fazendo na raça, temos alguns apoios, mas dinheiro que é bom ninguém dá. É muito difícil ser mulher preta e querer ser artista nesse país, até as pessoas confiarem no meu trabalho, até a pessoa dizer “eu vou botar esse dinheiro pra essa nega fazer isso”, é um pouco difícil.
Mas o artista é guerreiro, o artista é guerrilha e a gente vai tentar fazer mesmo sem o apoio financeiro dos empresários baianos.  
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salvadoremcena-blog · 4 years
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Sem patrocínio, sem palco
Pelourinho, Farol da Barra, Baía de Todos-os-Santos, acarajé, axé, Olodum são alguns dos exemplos da riquíssima herança cultural de Salvador. No entanto, não é só de pontos turísticos, dança e culinária que vive a cultura de Salvador, pelo contrário, ela abriga espaços cênicos conceituados em todo o país e já lançou para o mundo nomes como Lázaro Ramos e Wagner Moura.
Salvador é uma das cidades que mais movimenta a cultura fora do eixo Rio - São Paulo, ficando à frente de cidades economicamente privilegiadas como Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis e Brasília. O circuito teatral de Salvador conta com uma boa quantidade de cadeiras divididas de maneira muito proporcional, além de contar com teatro de todos os tamanhos, algo fundamental para adequar-se aos vários tamanhos de produção. 
O produtor cultural Ricardo Cavalcanti, que já produziu espetáculos em inúmeros teatros de Salvador e de outras capitais brasileiras, explica que a grande dificuldade em produzir um espetáculo em Salvador, vai além da carência de mão de obra própria (técnicos, bilheteiros, limpeza), pois a questão econômica é o fator que mais prejudica os espetáculos teatrais, uma vez que a falta de interesse do público está interligada com os valores inacessíveis para a maior parte da população o que acaba diminuindo o público nos teatros ou abaixando os preços dos ingressos, gerando pouca receita para as produções.
Ricardo ainda relata que a linguagem do teatro é uma das que tem menos investimentos, tanto do poder público, quanto de patrocinadores e que o poder público a cada dia que passa limita mais os investimentos, fazendo com que grandes produções teatrais deixem de existir, referindo-se às restrições impostas pela Lei Rouanet . 
“Produzir teatro em Salvador é um milagre. Tive uma experiência com o espetáculo “Em Família”, que teve muito sucesso, se apresentando no Martín Gonçalves, Sala do Coro, Isba, Gregório de Matos, Subúrbio 360, sem patrocínio. Fazer teatro sem patrocínio é loucura, mas é a praxe do mercado, a resistência. Salvador tem grandes atores, excelentíssimos técnicos de som e de luz, maravilhosos cenógrafos e figurinistas, uma mão de obra de qualidade e excelência existe, mas não existe fluxo financeiro para essa linguagem” ressalta Ricardo. 
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salvadoremcena-blog · 4 years
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Por trás do Espetáculo
As dificuldades em se fazer teatro no brasil estão presentes em todos os aspectos que o cercam, desde a informação que não chega ao público, a falta de incentivos e estímulos para atores, produtores e diretores. Segundos dados coletados pelo IBGE em 2014, somente 23,4% dos municípios brasileiros possuem algum teatro ou sala para espetáculos. Neste mesmo ano os locais propícios a sediarem espetáculos ou eventos culturais eram de 3.422. 
Conversamos com o diretor Paulo Atto e o produtor Rafael Magalhães sobre o assunto, eles falaram um pouco sobre as dificuldades atuais, os principais desafios a serem enfrentados e um pouco da experiência pessoal de cada um deles. Abaixo você pode conferir toda a entrevista na integra, junto à um pequeno vídeo acompanhando o backstage da montagem e teste de cenário.
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