Tumgik
#exoterismo
agatharynes · 6 months
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
4 notes · View notes
falangesdovento · 3 months
Text
2 notes · View notes
Text
Venha nos conhecer.
Assine o nosso canal, curta e compartilhe nossos vídeos.
Gratidão eterna!!
2 notes · View notes
mujermedicinazenu · 6 months
Text
LA ÚLTIMA CENA Y SU ANÁLISIS ASTROLÓGICO Y ASTRONÓMICO
En el cuadro se observan cuatro grupos de personas, que hace referencia a los 4 elementos, fuego, tierra, agua y aire, presente en la astrología (hay tres signos de cada elemento). Para quienes no sepan astrología, cada uno de los 12 signos del zodiaco (curiosamente 12 comensales más Jesús, que es el Sol) representa una parte del cuerpo. A la derecha, en la cabeza de la mesa está Simón, es el…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
lalocamposhernandez · 2 years
Text
172. Satanismo en Tijuana (Parte 2 y última)
1 note · View note
dominousworld · 9 months
Text
Esoterismo: l’esatto contrario dell’Occultismo
Esoterismo: l’esatto contrario dell’Occultismo
di Vittorio Vanni Esoterismo è un termine di origine greca che significa “star dentro, interiore”, in opposizione ad essoterismo o exoterismo, che significa “star fuori, esteriore”. In realtà è un neologismo che indica la conoscenza (o anche il semplice interesse) di ciò che una volta era chiamato metafisica. Il termine fu impiegato come definizione moderna di conoscenze riservate in particolare…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
Text
Koishikawa Kōrakuen Garden - Tóquio
Maybe you are searching among the branches, for what only appears in the roots
***
Como eu havia dito anteriormente, eu odiava viagens através de chaves de portais. A viagem era muito rápida, mas nem por isso ela era confortável. É difícil explicar, mas a sensação é parecida com passar muito rápido por um espaço muito pequeno, além da sensação ferrada de vertigem e enjoo. Quando dei por mim estava me chocando contra um gramado de solo fofo atrás de alguns arbustos. Não havia mais sol e não tinha sinal de pessoas transitando por ali, o que era uma sorte nossa, ou planejamento. Muito bom, professora Priyanka. Lancei uma rápida olhada para Freya e maneei a cabeça em positivo, como se desejasse a ela boa sorte em sua empreitada apenas com um movimento e, sem mais me demorar, lançando uma olhadinha rápida para Thyme, virei e saí apressada, passando as mãos pelos meus cabelos, tirando possíveis folhas e gravetos presos ali.
-----------------------------------------------
Caminhei por alguns minutos pelas ruas de Tóquio e seguindo algumas placas. O meu plano primário era chegar ao Palácio Imperial e dali passar a bisbilhotar as ruas. Afinal, a única coisa que eu tinha era o nome do irmão da senhora Jo. Segurei com firmeza a mochila em minhas costas e atravessei a rua em direção a uma lojinha de conveniências. Haviam algumas placas com muitos Kanjis. E, subitamente, lembrei de um feitiço que havia estudado durante minhas classes de "Assuntos dos trouxas". Para nos adaptarmos aos não-magi precisávamos estar sempre um passo a frente e para isso era crucial entender o que falavam à nossa volta. Olhei para um lado, em seguida para o outro, e quando me certifiquei que ninguém veria meu encantamento, saquei minha varinha e fiz um movimento discreto enquanto mentalizava os símbolos do alfabeto japonês. — Folgian Leoden... — Os Kanji começaram a fazer sentido e esse era o sinal de que o encantamento havia funcionado. Avancei e entrei na lojinha de conveniências. Assim que a porta se abriu uma sineta anunciou minha chegada, tilintando de forma irritante. Logo um homem de meia idade e olhos puxados, como toda a população daquela região, esticou a cabeça por cima do balcão me encarou. Pude ver a sua expressão de dúvida e receio ao me ver. Eu sabia que, por sua idade, estava receoso de que eu não falasse sua língua. Apenas parei e sorri, me inclinando para frente. — Oyasumi, ojīchan. — Lhe desejei boa noite e a sua expressão pareceu suavizar um pouco. — Watashi wa Aurea desu. Hajimemashite. — Boa noite, minha jovem. — Ele respondeu e eu entendi em meu idioma, imediatamente. Sorri simpática. — Me chamo Sr. Fujimoto. Você não é daqui, é? — Ele me perguntou e eu neguei com a cabeça, enquanto andava olhando os produtos. — Não, só estou de passagem. — Olhei para ele, por cima do ombro. — Intercâmbio. Eu estou procurando pelo Sr. Hei-Ryung. Por um acaso o conhece? Peguei alguns pacotes de biscoitos e macarrão instantâneo e levei até o caixa. Ele me estudava minuciosamente e a sua forma de me encarar me fez acreditar que ele conhecia sim o irmão da Sra. Jo, mas ainda ponderava se me contava ou não. Arqueei as sobrancelhas e olhei de canto, pensando qual seria minha próxima movimentação. Professora Priyanka mencionara o seu nome com muito carinho, o que me fez acreditar que já tivessem tido um caso, o que poderia significar que tinham coisas em comum. Se ele e a Sra. Jo fossem minimamente parecidos como irmãos, certamente, não havia sido o exoterismo que o uniu à professora de Hogwarts. Tinha ele uma paixão por ensinar? Seria ele, agora, um professor? — Eu preciso da ajuda dele para um trabalho da faculdade. — Completei e o senhor sorriu. Pareceu mais tranquilo em me passar a informação. Parece que eu havia acertado. — Ah, sim! — Ele rapidamente começou a passar as compras no seu caixa e me deu o valor em Iennes japoneses. Entreguei a ele meu cartão internacional. — Gosto de viajar... — Disse apenas, quando ele me observou de cima a baixo, ao pegar meu cartão para passar em sua máquina. — Eu não sei onde o Sr. Hei-Ryung mora, mas já está quase na hora de ele passar aqui e levar alguma coisa para a sua esposa. — Ele apontou para uns fliperamas no canto da loja de conveniência. — Se quiser esperá-lo aqui, temos essas máquinas de pelúcia. Comprei algumas fichas e resolvi que esperaria pelo Sr. Hei-Ryung ali mesmo.
-----------------------------------------------
Quando o Sr. Hei-Ryung chegou eu já tinha uma pelúcia em mãos, um pequeno e feliz polvo azul que virava do avesso e ficava absolutamente pistola, e tentava pegar um Pokémon destes que eu não fazia a menor ideia do nome. O Sr. Hei-Ryung se aproximou e falou em inglês comigo. Senti algo cutucar em minha costela e, ao olhar para baixo, vi uma varinha. — Um movimento em falso e eu vou precisar explicar pro Sr. Fujimoto que a máquina de pelúcias dele explodiu por causa de um curto-circuito. — O olhei com uma expressão de surpresa, pois ainda que suas palavras fossem hostis seu tom de voz era controlado e parecia até mesmo demonstrar felicidade em me ver. Ele sorria. — Agora me diz quem é você, ou só os legistas vão poder dizer isso, amanhã. — Ãh... — Olhei para o Sr. Fujimoto de soslaio e ele fez um "joínha" para mim. Sorri para ele, como se o agradecesse. — Eu sou Aurea Woodward e eu trabalho como Magizoologista no S.I.C.P.V.M... — Ele suspirou pesadamente, como se não precisasse ligar muitos pontos para entender a situação. — Eu acho melhor irmos para um lugar mais reservado para conversarmos. Demos adeus para o Sr. Fujimoto e seguimos pelas ruas da cidade, por alguns quarteirões e vielas, mas ao contrário do que eu pensei o Sr. Hei-Ryung não me levou até sua casa e logo nos vimos em uma praça infantil. Quando chegamos ali, sem nenhuma testemunha, ele me empurrou para um pouco longe e me apontou sua varinha. Ele ainda não confiava em mim e como demonstração de confiança, puxei minha varinha pelo cabo, com dois dedos, e a joguei para ele. — Eu não to aqui pra te machucar, Jun. — Umedeci os lábios. Estava nervosa, afinal de contas. — E também eu não conseguiria se tentasse. — O estudei dos pés à cabeça. Ele não estava, de fato, em posição de combate. Só estava me confrontando. — E se me atacar pode acabar gerando sanções político-globalizadas. — Só estou me certificando... É sobre o circo dos meus pais, não é? — Maneei a cabeça em positivo e ele suspirou. — O que aconteceu dessa vez? — Um Seminviso escapou e se feriu no processo. — comecei a abaixar os braços, pois sentia que seu estado de alerta e paranoia haviam se tornado frustração e cansaço. — Eu to aqui pra resgatar ele e levar para nossa sede. Cuidar dele. — Negativei com a cabeça. — Eu não estou aqui pra tomar nenhuma ação contra o circo da sua família. — Não?! Igual à minha irmã?! Para ela foi fácil jogar a merda no ventilador e sair do país, começar uma vida nova. — Ele parecia muito irritado. — Ficamos sem prestígio na sociedade bruxa daqui, como párias que não cuidam do mundo mágico! — Engoli em seco. Precisava tomar cuidado onde pisava de agora em diante. — Então vocês cuidam? — Ele suspirou e positivou, se aproximando e me entregando minha varinha em seguida. — Quando eu estava lá eu ajudava, sim, a cuidar. — Ele desviou o olhar e voltou a me encarar. — Mas eu estou trabalhando como professor, agora, em Mahoutokoro. — Então a sua família... — Fui interrompida por Jun, que pareceu ficar um pouco mais furioso. — Seguem firmes e fortes, mas agora estão mais cuidadosos com suas contratações. — Ele se sentou num banco próximo e eu me aproximei, me sentando ao seu lado. — Quando a Jo denunciou nosso circo alegando os maus-tratos eu fui contra ela, sabe? Não queria ver o nome da nossa família na lama. Eu tinha uma visão otimista de nossos pais, mas com as denúncias a Jo foi deserdada e pessoas foram presas, mas eram todos bodes expiatórios. — Ofereci uma barra de chocolate para ele. Eu já comia a minha, pois a história era interessante. Ele negou educadamente. — Eles abafaram o caso e eu os confrontei, mas fui ameaçado de ser deserdado também... parece que aquele circo é a vida deles, e não Jo e eu. — Caramba... Você parece se sentir culpado com isso. — Ele deu de ombros. — Como primogênito, e homem, sempre recebi a maior atenção e as expectativas de seguir com o negócio, e essa pressão me fez ficar cego e não entender o lado da minha irmã. — Sua cabeça pendeu para frente e eu apoiei a bochecha em minha mão. — Se eu pudesse voltar atrás... — Ainda pode se redimir. — Me pus de pé e estendi a mão para ele. — O que acha? Prefere continuar um legado de mentiras de uma família poderosa e influente? Ou fazer algo que se orgulhe no futuro? O certo pelos animais mágicos? — Ele me encarou por vários segundos e eu sorri. — Quem me disse para falar com você não foi a Sra. Jo, mas sim a professora Priyanka. — Seu queixo caiu de leve. — Ela pode ser boa com previsões, mas tenho certeza de que me mandou aqui apenas pela sua fé em você. Ele abaixou a cabeça e eu me agachei em sua frente, olhando seus olhos uma vez mais. — Priyanka estava errada em me mandar falar com você? — Aquele era o ultimato. E após vários segundos ele se pôs de pé e respirou fundo, soltando o ar pesadamente. — Vamos fazer o certo dessa vez. Sorri e ele nos conduziu até a sua casa, onde demos início aos planejamentos para nossa empreitada futura. Feitiços usados: Nome: Folgian Leoden Classificação: Encantamento Descrição: Feitiço aprendido na aula de Estudo dos Trouxas de Salém. O bruxo(a) precisa mentalizar um elemento do idioma que quer mimetizar, uma letra do alfabeto local ou uma frase dita por alguém próximo, e profere as palavras Folgian Leoden juntamente com o movimento de varinha respectivo. Ele funciona como uma miragem para o ouvinte enquanto para o interlocutor os sons são convertidos em pensamentos que ele consegue entender.
***
Fomos ejetadas pela chave de portal em uma área escondida entre árvores, longe dos olhos dos trouxas. Me senti desnorteada por um instante: era noite e o céu já escurecia. Sempre me confundia quando viajava para um lugar distante, onde o horário era completamente diferente. Mas mesmo à noite o parque era lindo, com árvores iluminadas por luzes noturnas, mas mal tive tempo de admirar os arredores, havia trabalho para fazer. - Eu vou procurar o circo, eles devem estar abertos essa noite. - disse apressadamente enquanto soltava os amassos no chão. Me sentia nervosa por chegar no momento de entrar em ação - Me avise se tiver problemas. Boa sorte! Sage, Thyme, venham comigo. - dei um sorriso ansioso para Aurea e adentrei no parque, procurando o circo mágico. ___ O parque estava escuro, mas decorado com luzes noturnas, dessas elétricas mesmo, e depois de algum tempo caminhando entre visitantes trouxas, avistei uma trilha toda iluminada que serpenteava entre as árvores, até desaparecer em um bosque. Nenhum dos visitantes trouxas parecia notá-la, por mais bonita que fosse. Seguindo por ela vi pessoas vestidas como bruxos, conversando animadamente em japonês enquanto seguiam todas na mesma direção. Segui a massa de bruxos enquanto o caminho serpenteava pelas árvores, iluminadas por holofotes mágicos e fadinhas que flutuavam no ar, dando um ar encantado ao lugar. Já tinha certeza de que estava no caminho certo e, após mais alguns minutos caminhando, depois de uma curva, finalmente chegamos à tenda do circo. Era grande e colorida, tão iluminada que parecia ser dia. Mas mesmo impressionada com a estrutura, não perdi muito tempo admirando-a, fui me afastando para a lateral do caminho e então escapei para as árvores, com os dois amassos ainda no meu encalço. Enquanto a plateia lotava a tenda, eu segui entre as árvores, fazendo um grande arco acompanhando a estrutura. Avistei adiante, encoberta pela grandeza da primeira, uma tenda menor, de onde um bruxo puxava um cavalo alado cinzento. Mais adiante, podia ver um acampamento improvisado, com trailers dispostos em um círculo. Devia ser ali que os funcionários do circo dormiam. No momento toda a área estava fervendo de funcionários e visitantes e decidi esperar pelo fim do show. Me afastei um pouco, me escondendo atrás de uma moita e puxei os dois amassos para meu colo para lhes fazer um carinho enquanto esperava que o tempo passasse. Ali no escuro, fiquei me perguntando como seria o show do circo, se as plateia podia ver que as criaturas eram maltratadas, ou se era uma daquelas apresentações tão incríveis que as pessoas esqueciam o que estavam assistindo. A noite passou lentamente e logo Thyme adormeceu sobre minhas pernas. Sage continuava alerta, mesmo deitado ao meu lado, sempre com as orelhas em pé. Apesar de ser tarde, eu não sentia sono, ainda ajustada ao horário de Hogsmeade. Ou das Bermudas. Que dia estranho estava sendo esse… Depois do que pareceram horas, um show de fogos indicou que a apresentação do circo havia chegado ao fim. Me encolhi em meu esconderijo, quando uma onda de bruxos voltou pela trilha ao longe, rindo e conversando em voz alta. Quando finalmente a maior parte da plateia havia deixado o circo, o parque voltou a ficar quieto. Os holofotes da trilha foram apagados e eu estava sozinha no escuro. Me levantei e espreguicei, chamando os amassos em voz baixa. Voltamos para perto do circo o mais silenciosamente que podia. Agora era o pequeno acampamento de funcionário que estava iluminado. Podia ouvir conversa e cantoria, pelo visto comemorando o final do show com sucesso. Com todos comemorando, a tenda das criaturas deveria estar vazia. Já me sentia confiante de que poderia investigar o circo tranquilamente enquanto os funcionários enchiam a cara, quando dei de cara com um homem adulto trabalhando do lado de fora da tenda menor, parecendo consertar os elos de uma longa corrente de ferro com sua varinha. Ele me viu antes que pudesse me esconder e parou seu trabalho, vindo na minha direção com a varinha em punho. Congelei no lugar enquanto ele acendia a varinha e então pareceu relaxar um pouco. Senti ele me olhar de cima a baixo e então encontrar Sage e Thyme com seus olhos felinos brilhando no escuro. Eu mesma não tinha minha varinha em mãos e sabia que seria lenta demais para enfeitiça-lo. Só então me ocorreu que eu não tinha uma boa história caso fosse encontrada. Sorri para o estranho, nervosa. Só tinha uma coisa que eu era pior que duelos e era mentir para as pessoas. - Boa noite. - o homem me cumprimentou em inglês. Não era difícil de olhar para mim e adivinhar que eu não pertencia ao lugar e provavelmente era uma estrangeira. - Está perdida? - ele deu um sorriso, mas seus olhos estavam nos dois filhotes de amasso, que imediatamente começaram a chiar para o homem e me apressei em tranquilizá-los. - Mais ou menos… Sage, Thyme, se comportem! - disse, firme, e Sage ficou quieto imediatamente, mas continuou com os olhos atentos a todos os movimentos do estranho. Me abaixei e segurei Thyme em meus braços antes de voltar a olhar para o homem. Tinha traços orientais, ombros largos e era pelo menos uma cabeça mais alto que eu. Mesmo relaxado, continuou segurando sua varinha apontada na minha direção. - Esses amassos são seus? São muito bonitos. - ele falava lentamente, com um leve sotaque. Senti um arrepio desagradável quando ele pareceu me avaliar mais uma vez, seus olhos parando na varinha que carregava no cano da minha bota. - Ah. Sim… - meu coração batia depressa, enquanto tentava formular uma história que justificasse minha presença. Estávamos sozinhos ali e pensava em um jeito de despistá-lo para voltar à minha missão, sem despertar suspeitas. - Você não deveria andar sozinha por aí, no escuro. Não é seguro. - Thyme sibilou mais uma vez nos meus braços, mas o estranho apenas sorriu, sem se assustar - Você gosta de criaturas? Posso lhe dar um tour dos bastidores, o que acha? - e indicou a tenda atrás de si, hora olhando para mim, hora olhando Sage aos meus pés. Abri a boca. Parecia fácil demais, mas era exatamente isso que eu queria. Não gostava da impressão que o homem me dava e a reação dos amassos era um bom indicativo de que eu estava certa em desconfiar. Ao mesmo tempo, agora que ele sabia que eu estava ali, seria difícil despistá-lo para investigar o lugar em segredo. - Eu adoraria. - senti minha boca seca. Não era isso que havia combinado com Aurea, mas a chance era boa demais para desperdiçar. O homem acreditava que eu era uma turista perdida e era exatamente assim que eu me sentia, então deixei que ele me conduzisse para dentro da tenda das criaturas.
***
Por mais que tivéssemos alinhado os termos, Sr. Hey-Riung e eu, nosso caminho até a sua casa foi silencioso a maior parte do tempo e eu não fiz questão de importuná-lo com mais perguntas. A noite no Japão estava gelada, o que me fez questionar o estado de Freya, pois da minha parte deveria conversar com o irmão da Sra. Jo, mas Freya estaria ao relento procurando pelo Seminviso e isso me fazia sentir um pouco de culpa. Eu devia ter pedido para ela vir conversar com o Sr. Hei-Ryung. — O que houve, srta. Woodward? Algo parece inquietar sua mente. Quando ele me perguntou isso estávamos saindo de uma rua apertada repleta de sacos de lixo e bicicletas estacionadas aqui e ali, amarradas em postes, além dos sacos de lixo. A luz amarelada da iluminação pública refletia na umidade que ensopava o chão. — É que uma colega minha veio junto e eu estou um pouco preocupada se ela vai ficar bem... ela está buscando pelo Seminviso nos bosques aos arredores do circo. Jun parou alguns segundos, com as mãos nos bolsos. Seus olhos fitavam um ponto fixo na parede, como se ele tivesse dado um zoom out e, então, olhou para mim por cima do ombro, com uma expressão serena, quase apática. — Foi Jo que escolheu vocês para missão? — Maneei a cabeça em positivo e ele continuou. — Então sua colega vai se sair bem. Vamos, sem tempo a perder. — Concordei e apressei os passos. Logo chegamos à casa do Sr. Hei-Ryung, ele destrancou a porta e entramos. Antes de eu avançar ele esticou o braço, impedindo minha passagem e apontou para meus sapatos, sempre com aquela expressão fria, sem demonstrar muitas emoções. E quando ele tirou os dele, também fiz com os meus tênis. Avançamos por um corredor estreito, porém, lindamente decorado de forma minimalista e de chão de madeira reluzente. Na sala de estar encontramos a esposa do Sr. Hei-Ryung assistindo televisão. Ele se aproximou e deu um beijo em sua testa. Só então que ela reparou a minha presença e se pôs de pé, ajeitando seus cabelos e dando um olhar de desaprovação para Jun. Sorri, contendo uma risada, pois havia notado que não era um problema, necessariamente, eu estar ali, mas sim que ela não estava preparada para me receber. — Querida, essa é Aurea. Aurea, essa é Megan, minha esposa... Aurea é... — Boa noite Sra. Hei-Ryung. — Quando Jun foi começar a explicar a situação eu dei um passo à frente, me prontificando a explicar por mim mesma. Não sabia se ele mentiria ou diria a verdade, mas eu não gostaria de deixá-lo em maus lençóis com sua esposa. — Mil perdões pela intromissão a essa hora, Sra. Megan. Eu trabalho na Sociedade Internacional de Proteção à vida Mágica. Viemos requisitar a ajuda do Sr. Hei-Ryung com um animal mágico perdido. Ela olhou para Jun com um olhar esperançoso e voltou a me observar. — Foi Jo que mandou você aqui? — Maneei a cabeça em positivo. Eu preferi omitir e interpretar “aqui” como “Japão”. — Você está com problemas, querido? — Ela perguntou, preocupada, mas o Sr. Jun sorriu de forma cálida, tocando seu ombro. — sim, um problema que eu ignorei a muito tempo, mas agora tentar resolver. — Acabei por sorrir mais largamente e tive que segurar as lágrimas para não chorar de emoção.
-----------------------------------------------
As horas passaram enquanto eu e o Sr. Hei-Ryung trabalhávamos em poções em seu laboratório alquímico. O laboratório ficava no porão da casa, escondido atrás de uma estante de livros, e era equipado com várias tecnologias dos “não-magi” mas eu podia sentir, e ver, que muitas delas eram encantadas e trabalhavam praticamente sozinhas, o que facilitou muito nosso trabalho. Ele também tinha uma área dedicada apenas à confecção de vidros, também encantada. Eu tomei a liberdade de trabalhar com os recipientes das poções e havia explicado para ele o que queria, como poções de polissuco semiprontas para o caso de precisarmos nos infiltrar no circo, além de poções de cicatrização rápida e bombas de fumaça para caso fôssemos perseguidas. Produzi diversas ampolas circulares para as bombas de fumaça fedorenta que só nos demandaria arremessá-las no chão ou em alvos. Meu único medo era estourá-las em mim e precisar tomar 3 banhos por dia durante um mês inteiro. — Woodward-chan, algum problema? — Sr. Hei-Ryung me perguntou e eu o olhei rapidamente. Claro que ele me questionaria, afinal, estava super calada. Inclusive, uma coisa que eu havia reparado só agora que o efeito do encantamento que eu havia usado mais cedo já tinha passado, é que o inglês do Sr. Hei-Ryung não era muito bom, além de ele não saber muito bem usar o “L”. — Nada eu só... estou com um mau pressentimento. — Continuei tampando as pequenas ampolas de poções. — A professora Priyanka fez uma previsão para mim um tanto quanto... assustadora. Ele apenas maneou a cabeça em positivo e continuou misturando ingredientes e esquentando soluções em fogo baixo. Fiquei esperando por um minuto ou dois pela pergunta que geralmente se fazia depois de comentar algo que eu comentei, mas não, nada veio. Então resolvi eu mesma continuar, ainda que ele não tivesse perguntado. No fim aquela divagação era mais para mim mesma, para poder refletir sobre. — Ela disse que eu precisaria ser astuta como uma raposa... e que haveria luta em meu caminho. E que vermelho definitivamente era a minha cor. — Sobre previsões, Woodward-chan: são imprevisíveis. Só entendemos elas quando acontecem. — Ele suspirou. Parecia triste? — Nós não podemos mudar o futuro, podemos só... espiar. — Ele tentava procurar as palavras certas, pois seu inglês não era muito bom. — Se você recebeu essa previsão é porque  precisava dela, mas talvez só entende quando ela acontecer. — Acho que entendi... O telefone do Sr. Hei-Ryung tocou e ele começou a falar em japonês com alguém. Eu lembrava de tê-lo visto conversando com alguém mais cedo, mas a ligação partiu dele. Eles se conversaram por pouco tempo desta vez, mais ou menos 1 minuto. Ele repousou o telefone celular na mesa e me encarou com seriedade. — Woodward-chan, pedi favor ao meu auxiliar de Mahoutokoro. — Maneei a cabeça em positivo. — Ele me ligar agora e informar que bruxos ruins estão procurando na área do circo. Naquele momento meu coração parou e eu puxei o ar com força, apenas pensando em Freya lá correndo sozinha, no escuro, com nossos dois amassos. Se eles a encontrassem e a capturassem eu nem sei se conseguiria conviver comigo novamente. Peguei minha mochila e comecei a empacotar as coisas que já havíamos preparado embalada pelo sentimento de urgência. Eu não descansaria enquanto colocasse os olhos na ruiva de novo. — Woodward-chan, não deve se precipitar! — Me alertou, mas eu fechei o zíper da mochila e fui até ele. — Obrigada pelo suporte, Sr. Hei-Ryung, mas eu preciso ajudar a minha amiga, ela pode estar com sérios problemas, lidando com um monte de bandidos e... — Vamos, então! — Franzi o cenho e negativei com a cabeça. — Negativo. Se formos juntos podemos acabar os dois nas mãos destas pessoas que estão atrás do seminviso. — Quando eu dei aquele assunto por encerrado ele me segurou pelo ombro e eu o olhei uma vez mais. — Você me ligar, então. — O encarei por alguns instantes e, enfim, trocamos os telefones. — Se eu não retornar dentro de 24 horas: manda uma mensagem para a Jo. — Peguei o telefone da sua mão e, rapidamente, consultando em minha agenda, adicionei o telefone da sra. Jo ali. — Aliás, mesmo se eu retornar, você deveria ligar pra ela. — Girei nos calcanhares e saí.
-----------------------------------------------
Caminhei pelas ruas com a urgência de chegar à área do circo e sequer me dei conta de que eu estava fazendo muito barulho, devido à urgência que caminhava e àquela hora da noite, sem ninguém caminhando pelas ruas que eu passava, fazia minha presença ser facilmente notada. Quando cheguei próxima ao local da chave do nosso portal notei lá na frente contra a luz de um poste, a silhueta escura de um homem caminhando e lançando olhares para o parque. Assim que ele notou minha presença se voltou em minha direção e passou a se aproximar. A sensação que eu tive foi a que meu coração despencou para a barriga. Amedrontada pela sua presença dei dois passos para trás, girei nos calcanhares e segui na direção contrária, porém, lá estava outro homem de sobretudo e, para meu desespero, notei que ele sacava alguma coisa de dentro do seu casaco. — Merda. — Paralisei enquanto tentava pensar em uma solução rápida para aquele impasse. Todas as minhas ideias terminavam em trocação de feitiços em uma área pública contra aqueles dois homens. Me estressava também o fato do meu coração bater tão acelerado e pesado que eu sentia meu peito tremer e meus ouvidos ensurdecerem com o sangue sendo bombeado. As mãos suavam a ponto de eu temer pegar minha varinha e ela escorregar pelos meus dedos. Passos rápidos de corrida e, então, uma mão em minha nuca segurou com força meus cabelos e puxou minha cabeça para trás. Senti uma ponta em meu pescoço e deduzi que fosse uma faca, ou uma varinha. Vozes conversando em japonês e, então, alguém falou em inglês. — Inglesa? Americana? — Apenas o olhei de maneira assustada e, então, maneei a cabeça em positivo. — Kanojo no bakku pakku o kure. O outro homem, que me segurava, tirou a mochila de minhas costas após ter desencostado a varinha do meu pescoço e entregou minha sacola para o que havia falado em inglês comigo. Este, por sua vez, passou a revistar as coisas que haviam ali e pude ouvir os vidros das poções se chocando de leve. Ele sacou a sua varinha e lançou um encantamento em minha direção. Acho que era a versão asiática do “Ariannum Detectum”. Engoli em seco e, então, recebi um soco no rosto. A última coisa que me lembro foi de ver o chão e, então, todo o resto foi um borrão.
***
Entrei na tenda com o estranho atrás de mim e por um segundo não consegui disfarçar minha reação. O chão era de serragem e terra batida, e senti aquele cheiro que indicava que as gaiolas eram limpas com bem menos frequência do que o necessário. Havia pelo menos uma dezena de jaulas, com as mais diversas criaturas mágicas. A maioria delas de aparência miserável. Vi um Farosutil, ainda jovem, não maior que eu mesma. Um hipogrifo e dois cavalos alados, em jaulas tão pequenas que não podiam estender suas asas. Em uma gaiola de pássaros havia uma infinidade de fadinhas amontoadas, em outras gaiolas havia também um caranguejo-de-fogo com várias pedras faltando em sua carapaça e um crupe, que imediatamente se levantou e começou a latir quando viu os amassos. Os latidos me trouxeram de volta e percebi que estava parada no meio da tenda, olhando horrorizada para todas aquelas pobres criaturas. Por sorte, o bruxo pareceu não notar a minha reação: estava ocupado fechando a aba da lona que servia de entrada para a tenda e lançou um feitiço na área para abafar o barulho da festa lá fora, assim como o barulho das criaturas dentro da tenda, para que não fossem ouvidos do lado de fora. Ainda assim, passou por mim para dar uma pancada na gaiola do crupe, resmungando alguma coisa em japonês para que ficasse quieto. O estranho afinal tinha um nome: chamava-se Ichirou. Estava muitíssimo interessado nos amassos e me encheu de perguntas: quantos meses tinham, onde havia os encontrado, se eram obedientes, se havia pensado em treiná-los como animais de guarda ou caça, se davam trabalho e finalmente perguntou se já havia pensado em vendê-los. Também reforçou que, por mais que estivesse acompanhada dos dois, eles não seriam páreo para as ameaças que poderia encontrar lá fora. Explicou que eu não deveria andar sozinha pois havia muita gente mal intencionada nos arredores do circo, ainda mais à noite. O tempo todo, ficou tentando se aproximar para ver os filhotes de perto e chegou a estender a mão para tentar um carinho em Thyme, que sibilou e mostrou os dentes, deixando bem claro que não queria conversa nenhuma com o estranho. Por mais que adorasse falar sobre os amassos, me contive em dar respostas curtas. Não gostava daquele homem cercado de tantas criaturas tristes fazendo perguntas sobre meus filhotes. Querendo sair logo dali, corri os olhos pelas gaiolas ao meu redor, procurando algum sinal do seminviso. Em vez disso, meus olhos caíram no pobre cavalo alado que eu havia visto sendo movido para a tenda principal mais cedo. Ele parecia incomodado com uma das asas, que segurava meio esticada dentro do pouco espaço que lhe era disponível, em vez de dobrada junto ao corpo. - O cavalo alado está com uma das asas machucadas. - disse em voz baixa, interrompendo Ichirou, que comentava que amassos jovens poderiam valer um bom dinheiro, quando ainda podiam ser treinados - Se não cuidar dele, ele não vai conseguir voar mais. Posso dar uma olhada nele? - comecei a andar na direção da criatura, mas parei, olhando para Ichirou, esperando que ele concordasse. O bruxo fechou a cara por um segundo e então pareceu mudar de ideia. - Claro, mas como vai cuidar dele se não soltar seu bichinho? - ele veio até mim, estendendo as mãos para tirar Thyme dos meus braços, que sibilou mais uma vez - Melhor não. - riu, achando tudo muito engraçado - Você pode colocá-lo na gaiola vazia. - e apontou para a única gaiola vazia dentro da tenda. Hesitei um segundo, apertando Thyme contra meu peito. Não queria me separar do amasso, mas também não ia conseguir cuidar do cavalo enquanto o segurasse para evitar que ele atacasse Ichirou. Ajudar a criatura também não estava na lista de coisas que precisava fazer, mas não podia deixá-la machucada daquele jeito. Odiava tudo naquela situação, mas finalmente concordei lentamente com a cabeça. - Sage vai ficar comigo. Ele vai se comportar. - disse, firme. - Muito bem. - o bruxo baixou os olhos para o amasso colado aos meus pés, que o encarava atento, mas parecia bem menos hostil que Thyme. Finalmente encolheu os ombros, rendido e voltou a sorrir - Não se preocupe, eu não vou roubá-los de você. - ele riu mais uma vez, parecendo muito satisfeito que eu aceitei sua sugestão. Depois de alguma conversa, Thyme aceitou ficar na gaiola e Ichirou passou o cadeado na tranca - Vamos lá, agora você pode cuidar do Ginka. - e me conduziu de volta para o cavalo alado. Quando me afastei, Thyme imediatamente começou a miar em protesto, mas Sage continuou colado nos meus calcanhares, enquanto eu examinava o cavalo alado através das grades de sua jaula. Ichirou me observava atentamente e ao tentar se aproximar, o filhote de amasso começou a me circular, como tomando conta de mim. Com um suspiro irritado, o bruxo se afastou novamente e encostou-se em uma das vigas que sustentavam a tenda, em silêncio. - Porque aquela gaiola está vazia? - perguntei em voz baixa, enquanto apanhava uma das poções cicatrizantes que havia trazido em minha bolsa para cuidar do seminviso. Tentei fingir que puxava conversa, mas já suspeitava que aquela era justamente a gaiola do seminviso: tinha o tamanho certo e uma porção de folhas secas para alimentá-lo. A não ser que eles tivessem mais de uma criatura desaparecida… Ichirou confirmou minhas suspeitas: admitiu que havia deixado o seminviso escapar noites atrás e agora teria sérios problemas se não desse logo um jeito na situação. Contou que estava preocupado, pois nunca se sabe quem poderia encontrar a criatura sozinha lá fora… Mas achava que ele não havia ido muito longe, pois havia se machucado quando tentou escapar. - O problema, - completou - é que ele é esperto e sabe quando estou chegando perto. Mas acho que tenho substitutos, caso não o encontre. Tinha meus olhos na asa do cavalo alado, distraída, mas outro miado agudo de Thyme chamou minha atenção, e me virei a tempo de ver o feitiço estourar nas grades da jaula do cavalo alado, a poucos centímetros da minha cabeça. Sage abandonou meu lado e saltou sobre Ichirou, cravando as garras em sua perna. O bruxo por sua vez gritou de dor, mas continuou atacando: entre uma onda de palavrões em japonês havia um feitiço que me atingiu no peito e me jogou contra a jaula do cavalo alado. Minha cabeça bateu contra uma das barras da grade e escorreguei até o chão, vendo estrelas. A criatura na gaiola relinchou assustada e todas as outras criaturas se juntaram à cacofonia. Ouvi Ichirou continuar praguejando enquanto Sage o atacava repetidamente e soube que precisava ajudar o filhote antes que o bruxo o machucasse. Apanhei minha varinha no cano da bota e me levantei, ainda meio tonta, a tempo de ver Ichirou tentando chutar Sage para longe e errar por muito pouco um feitiço contra o amasso. Toda a repulsa que sentia pelo bruxo se transformou em fúria quando vi ele tentando machucar Sage. Antes mesmo que percebesse o que estava fazendo, apontei a varinha, querendo tirá-lo de perto do amasso imediatamente. - Não encoste no meu filhote! - vinhas brotaram do chão de terra batida e rapidamente se enrolaram em Ichirou, subindo por suas pernas em uma velocidade impressionante. Sage ainda tentou um último ataque, mas acertou apenas as vinhas, que ainda cresciam, cada vez mais grossas e fortes, agora com espinhos, subindo e se agarrando aos braços do bruxo, que se contorcia em pânico, tentando escapar. Ichirou ainda tentou algum feitiço, que piscou na ponta de sua varinha e falhou. Só então notei que as vinhas continuavam crescendo, cravando espinhos na pele do bruxo que agora tinha os braços imobilizados junto ao corpo. Ainda sentia meu corpo todo tremendo de raiva, mas cancelei o feitiço com um aceno de varinha. As vinhas pararam de crescer, mas ficaram ali, segurando-o preso, como envolto por uma grande árvore. Tomei a varinha da sua mão antes que ele tivesse a chance de tentar mais algum feitiço. O bruxo agora pedia desculpas repetidamente, balbuciando que iriam matá-lo, que precisava dos amassos, mas que não fizera por mal. Sage miou baixo, chamando minha atenção e apanhei o amasso no meu colo. Lhe dei um beijinho no topo da cabeça e o filhote se aninhou nos meus braços, me oferecendo algum conforto. Aos poucos fui recuperando a calma e atravessei a tenda até onde Thyme estava preso. Lhe murmurei um pedido de desculpas enquanto abria a gaiola com magia e também tentei segurá-lo e meus braços, mas em vez disso o filhote correu direto para a saída da tenda, miando em voz alta para me chamar. - Já vamos, eu preciso… - olhei para as outras criaturas, ainda presas. O cavalo alado estava curado, mas não podia ajudar a todos. Abrir as gaiolas e liberatá-los apenas causaria mais confusão e mais criaturas feridas. Ichirou também ainda pedia que eu o libertasse, mas só de olhar para o bruxo, sentia minhas mãos tremerem de raiva. Thyme me chamou mais uma vez, agora farejando o chão - Você achou ele?! - o amasso apenas miou em resposta. Apertei meus lábios juntos e decidindo no último segundo, corri até a gaiola de fadinhas, abrindo a porta depressa. Pelo menos essas conseguiriam voar e se esconder pelo parque sem chamar atenção dos trouxas. As fadinhas escaparam todas de uma vez como uma revoada de borboletas coloridas, ocupando toda a tenda. - Eu vou voltar para buscar vocês. - avisei as criaturas e com um aperto no coração escapei pela entrada da tenda, seguida pelos amassos e mais uma revoada de fadinhas. Joguei a varinha de Ichirou na direção das árvores, o mais longe que pude, e me afastei do circo correndo, deixando Thyme indicar o caminho enquanto farejava o seminviso.
***
O recobrar da minha consciência foi bastante estranho, principalmente porque os minutos finais de meu estado desperto me brindaram com momentos dignos de pesadelos. E para a minha infelicidade eu não havia sonhado aquilo. Sentia minhas botas arrastarem as pontas no chão de concreto e um forte cheiro de mofo e, ao me mexer um pouco toda dormência que estava sentindo, subitamente, se esvaiu. A dor em meus pulsos e braços me trouxe de volta ao estado de alerta, principalmente porque não conseguia mexê-los. Estavam acorrentados no teto por longas correntes. — Merda. — Forcei um pouco para me firmar no chão e aliviar a pressão nos pulsos, mas a altura que eu havia sido acorrentada era apenas o suficiente para que eu ficasse me equilibrando na ponta dos pés. Eu já começava a planejar uma forma de escapar, pensando que seria difícil subir pelas correntes até o teto para ver se havia uma forma de me soltar a partir de lá de cima, ao mesmo tempo que calculava a altura da queda do topo daquele, aparentemente, galpão até o chão, mas eu ouvi o som de cadeira arrastando, farfalhar de roupas e passos de alguém que se deslocava pelo ambiente. Logo um sonoro “Clack” se fez ouvir e uma luz brilhou bem acima de mim. Soltei um gemido por causa da sensibilidade em meus olhos. Não demorou para um homem se aproximar. — Finalmente acordou, gaijin. — Disse com uma voz de deboche. Naquela hora eu pude notar o cenário à volta e vi uma mesa com várias ferramentas, desde alicates e facas até agulhas e pedaços de madeira, além de cordas e tiras de couro. Franzi o cenho e voltei a olhá-lo com atenção. — Qual o seu nome? — Me perguntou e eu ponderei algumas coisas em minha mente antes de responder. Era óbvio que eu seria interrogada e informações seriam extraídas de mim a força, mas eu sabia, também, que as chances de eu ser executada ali logo depois de ser interrogada eram igualmente grandes, então... é, eu já estava perdida. Senti meu coração pesar com essa conclusão, então eu não entregaria porcaria alguma pra esse desgraçado, pois Freya ainda teria uma chance. — Vai se foder, seu merda. — Gritei, sentindo algumas lágrimas verterem de meus olhos e escorrerem pelas minhas bochechas. — Entendi... vai ser do jeito difícil, então.
------------------------------------------------------------------------------
Eu ainda não acreditava no que havia acabado de acontecer. Parecia que uma eternidade se passou, mas na verdade só meia hora foi necessário para que eu não aguentasse mais e entregasse informações para eles, por mais que eu tivesse suplicado por uma morte rápida, meu torturador disse que não me mataria e que ainda estava com paciência o bastante para seguir com os seus jogos doentios. Não haviam muitos lugares do meu corpo que eu não sentia dor. Eu podia ver sangue escorrer do meu rosto até o chão. Eu estava exausta e ferida. Não tinha certeza de quanto tempo duraria ali. A voz do homem, então, me trouxe de volta à realidade com um susto. Uma parte de mim não queria reagir a ele. Já havia mostrado que estava em uma posição superior a mim, mas dentro de mim podia sentir uma vontade primitiva e irracional de matá-lo assim que saísse daquelas algemas, como se um Hyde estivesse ali, escondido em mim, apenas esperando o melhor momento para sair. — Obrigado por cooperar conosco, Srta. Woodward. Estamos muito gratos por nos ter entregue os detalhes da sua rápida viagem até aqui. Não o respondi. Ao invés de me exigir uma resposta ele girou nos calcanhares e começou a sair. Em seu lugar chegou outro homem, mais novo e aparentemente inexperiente. Notei que seus olhos tinham um misto de pena e empatia fingida. Certamente ele não gostaria de estar em meu lugar. As palavras de Priyanka vieram a minha mente: Eu precisaria ser ardilosa. Deixei que o choro viesse para fora e comecei a soluçar. Não havia sido difícil, tampouco precisei me concentrar para tal. Eu simplesmente parei de impedir que ele viesse à tona. O capanga novato se aproximou e tocou meu ombro. Algo dentro de mim sabia que ele me levaria para o descarte, mas algo também gritava que ele queria se fazer passar por bonzinho, principalmente por causa da sua expressão facial. — Eu vou soltar você, agora, tá bem? — Maneei a cabeça em positivo e levantei o rosto, o observando. — Logo vai parar de doer. Ele sacou um molho de chaves e colocou nas algemas e girou, liberando a trava. Meu braço despencou, dormente e, por alguns segundos, me vi pendurada apenas por um dos pulsos, o que me fez sentir mais dor. Ele me abraçou, sustentando meu peso e, então, soltou meu outro braço. — O-obri... gada. — O agradeci, escondendo meu rosto em seu pescoço. — Não se preocupe, tudo vai acabar em breve. — Ele me respondeu e senti sua mão deslizar pelas minhas costas. — Assim que eu também tiver o que eu quero... — Ele soltou uma risada baixa e pervertida. — Nunca peguei uma gaijin. Era isso, ser torturada e em seguida abusada pelo capanga novato antes de ser morta e descartada no fundo da baía. Eu não sabia quão ingênuo aquele cara era, ou se as garotas que passavam por aquele tipo de situação não costumavam revidar após uma sessão de tortura, mas eu ainda tinha coisas a fazer e algo dentro de mim não me deixava desistir. Era como uma raiva intensa e primordial. Quando sua mão deslizou por baixo da minha blusa, na parte das costas, enterrei meus dentes em seu pescoço com força e raiva. Sua pele rasgou como marshmellow macio e quando puxei senti um banho quente e viscoso me encharcar de cima a baixo. As roupas colaram em meu corpo e logo aquela sensação de calor deu lugar ao frio, ao passo que o sangue quente esfriava e coagulava em mim. O local ficou em silêncio após eu e ele cairmos ao chão como sacos de batatas. A única coisa que ainda podia ouvir era um gotejar distante, o som molhado do seu sangue espirrando para fora do seu corpo e o seu afogamento engasgado enquanto ele tentava respirar com a garganta rasgada. Aguardei longos segundos ali, no chão e imóvel, até que ele não se mexeu mais. Eu havia matado uma pessoa e eu tinha a certeza de que aquilo me assombraria para a vida inteira, mas também estaria morta se não o tivesse feito. Eu esperava que essa justificativa pudesse me acalmar a alma. Me pus de pé quando não senti meus braços formigarem mais e me aproximei da mesa, pegando um bisturi para me defender, just in case. Dei uma olhada nos piercings que ele havia arrancado do meu rosto e também os peguei, guardando tudo em meu bolso. Logo na porta de saída do galpão, ao lado, vi minha bolsa e a peguei. Dentro dela busquei o frasco de poção revigorante que o Sr. Hei-Ryung havia fabricado para mim. Bebi tudo em um gole e me senti melhor, imediatamente. Um pouco mais distante notei num ponto escuro do galpão uma espécie de área de planejamento e me aproximei. Ali haviam alguns documentos e pergaminhos, além da minha varinha repousada em cima da mesa. Rapidamente a peguei e acendi sua ponta com um “Lumus”. Era um mapa com um local circulado do provável ponto onde o Seminviso estaria. Juntei tudo com urgência, coloquei tudo na bolsa com o feitiço de expansão interna, e aparatei para o nosso ponto de chegada ali.
------------------------------------------------------------------------------
Caminhei um pouco trôpega por entre os arbustos, durante a noite, e fui do nosso ponto de chegada até o circo e pude vê-la correndo com os nossos filhotes de amassos. Por algum motivo meu pequeno Thyme liderava o caminho e eu tinha a impressão de que estavam fugindo, então agi rapidamente. Aparatei até a frente deles, peguei Thyme, e toquei em Freya, que praticamente esbarrou em mim. Nos aparatei para um ponto um pouco mais distante, atrás de algumas árvores. Soltei meu filhote no chão e me afastei um pouco, umedecendo os lábios e soltando um gemidinho de dor. — Oi, Freya... — Saquei o pergaminho com o mapa e a localização provável do seminviso mapeada pela máfia que o vinha perseguindo a alguns dias. — Espero que tenha se dado melhor do que eu... — Tentei soar tranquila, aproveitando o efeito da poção revigorante, mas ainda sentia meu lábio cortado, as orelhas e nariz ardendo, um olho inchado e o sangue seco que inundava meu queixo e a frente da minha roupa até as pernas. — Tenho... boas notícias. — Estendi para ela o mapa e dei atenção para Thyme, que se esfregava em meu pé, ronronando pedindo por carinho.
***
O bosque estava tão escuro que mal enxergava meu caminho enquanto tentava seguir Thyme e dependia de Sage, que às vezes olhava para trás com seus olhos brilhantes, mostrando por onde deveria seguir. Tinha pressa em achar o seminviso ferido, sabendo que logo Ichirou seria encontrado e todos os funcionários do circo estariam atrás de mim. Estava tão preocupada com o que poderia estar atrás de mim, que só notei que não estávamos sozinhos quando esbarrei em alguém, que me segurou pelo ombro e imediatamente aparatou comigo. Antes mesmo de desaparatarmos, eu já estava tentando me libertar de quem quer que havia me segurado e quanto reaparecemos, alguns passos adiante, imediatamente me desvencilhei do estranho, pronta para enfeitiçar ou chutar quem quer que fosse necessário para me defender. Foi só quando ouvi meu nome que reconheci os cabelos claros refletindo a pouca luz que havia entre as árvores. - Aurea! - deixei escapar uma exclamação de alívio e surpresa e a segurei pela mão, puxando-a para que se abaixasse atrás de um arbusto comigo - Eu escapei - disse em voz baixa, ao mesmo tempo em que olhava ao redor, esperando ver mais alguém entre as árvores - mas acho que logo vão estar me procurando… O susto de encontrá-la só serviu para me deixar ainda mais nervosa. Sentia a urgência de partir o quanto antes e olhava ao nosso redor, ansiosa, enquanto sentia meu corpo todo tremer. Só então prestei atenção em Aurea, que me estendia um pergaminho, no escuro. Mesmo na pouca luz, consegui ver a silhueta do seu olho inchado e o corte onde deveria estar seu piercing… - O que aconteceu com você? - estreitei os olhos, tentando enxergar melhor e finalmente desisti - Lumos! - esquecendo toda a cautela, acendi a varinha para enxergar melhor o rosto da minha amiga e prendi a respiração ao vê-lo desfigurado. O corte no lábio parecia muito pior sob a luz e também havia um buraco sangrento, onde deveria estar seu piercing no nariz. Senti meu corpo todo ficar gelado e a cor deixou meu rosto ao perceber que alguém havia feito isso. A luz da varinha tremeu na minha mão enquanto eu notava o sangue meio seco, que descia pelo pescoço e se espalhava pela sua blusa - Esse sangue é seu? - perguntei, com a voz fraca. Apesar de todos os machucados, não via nenhum ferimento que justificasse tudo aquilo de sangue - Eu preciso levar você de volta. - decidi, de repente - Não, tem o seminviso… - apertei meus lábios juntos, indecisa. Também não podia deixá-lo para trás - Você consegue voltar sozinha?
***
Admito que era ótimo ver que a ruiva estava bem e, ainda que parecesse um pouco assustada, parecia bem. Quando estendi o mapa para ela e ela ativou o Lumus em sua varinha abri o mapa, mas notei que seus olhos não observavam os rabiscos no pergaminho e sim o meu rosto. — Não tá tão ruim quanto parece... — Ela me perguntou se o sangue era meu e eu negativei com a cabeça. Não dei muita abertura para continuar falando sobre aquilo e ela passou a divagar e se perguntar o que fazer naquela situação sozinha. A interrompi, quase dando uma ordem. — Vamos voltar quando estivermos com o nosso Seminviso. Não vou deixar você sozinha. Coloquei a mão na ponta de sua varinha e a abaixei para que ela focasse o mapa e, ao mesmo tempo, usei a palma para impedir que luz saísse por cima do arbusto em que estávamos escondidas. Mostrei para ela a área de busca que os traficantes de animais haviam rabiscado após muitas outras áreas de busca terem sido riscadas. — Eles me extraíram informação, Freya... — Comentei, depois de ter apontado para o mapa. — Não consegui manter segredo. Sabem que estamos aqui e o que estamos fazendo. — Engoli em seco e olhei para ela, vendo apenas sua silhueta. — E os traficantes de animais estão a caminho, mas não sabem que eu escapei. — Me inclinei um pouco para observar por trás do arbusto. Notei um homem ficando visível na curva da pequena estrada do parque, esbaforido. — Temos que ser rápidas. Me levantei e saltei para fora da moita, já sacando minha varinha e encantando o bisturi que havia pego na mesa de tortura alguns minutos atrás. Com um movimento rápido da varinha a lâmina voou como um projétil e cravou-se na coxa do perseguidor de Freya. Não precisava de muita análise para entender aquilo. Balancei a mão chamando O'Donnell enquanto o japonês gritava de dor e caía ao chão, e começamos a correr seguindo Thyme que, coincidência ou não, ia para a área rabiscada pelos traficantes no mapa. Enquanto corríamos perguntei para Freya. — Preparada para uma possível batalha? —Eu me sentia energizada pela poção Vigorosa do Sr. Hei-Ryung, mas sabia que quando o efeito passasse eu estaria fora de combate.
***
“Eles me extraíram informação”. Odiei como Aurea disse a frase, ainda pensando no corte horrível no seu lábio, com seus piercings faltando… Ainda tentava lidar com o que ela me contara, quando a bruxa saltou do nosso esconderijo para atacar um homem que surgia de entre as árvores e logo em seguida me fez sinal para segui-la. Não respondi quando Aurea me perguntou se eu estava pronta para uma batalha. Eu de forma alguma estava pronta para um conflito e em vez disso preferi continuar correndo o mais rápido que podia atrás dos amassos. Ouvindo que haviam mais pessoas atrás de nós, parei apenas por tempo o suficiente para agitar a varinha e apontá-la para o chão, fazendo mais vinhas e raízes crescerem entre nós e nossos perseguidores, fazendo o mais próximo tropeçar. Elas continuaram crescendo e crescendo, fechando o caminho atrás de nós. Continuamos correndo no escuro, com Aurea ao meu lado e os amassos logo a frente. Logo não ouvia mais ninguém no nosso encalço e achei que tínhamos conseguido criar alguma distância entre nós e seja lá quem estivesse nos procurando. Foi nesse momento que Thyme parou no lugar, olhando ao redor. - Onde ele está? - sussurrei para o amasso, ofegante - Thyme conseguiu farejar o seminviso, no circo. - disse para Aurea, enquanto também olhava de um lado para o outro, ansiosa. Esperava que Ichirou aparecesse a qualquer momento, pronto para se vingar de mim. Senti então um puxão na minha bolsa a tira colo que me fez dar um pulo no lugar, já puxando a varinha, pronta para me defender. Mas a forma que surgiu na escuridão não era humana: estava agachada junto ao chão, mas não deveria ser maior que uma criança. Tinha olhos grandes e tristes e era coberto de pelo branco que refletia fracamente a pouca luz que havia. E no momento em que eu mesma pulei no lugar, a criatura voltou a se tornar invisível e desapareceu. - Não, espera! Eu vim ajudar! - levei a mão à minha bolsa, que o seminviso conseguira abrir e tirei de dentro um dos frascos de poção cicatrizante - Era isso que você queria? - perguntei para o nada, esperando que a criatura ainda estivesse por perto. O seminviso apareceu de volta, estendendo a mão para o frasco de poções e consegui lhe dar um sorriso, por mais que meu coração batesse depressa e minha vontade fosse agarrar a criatura e fugir dali o quanto antes. Sabia que se o assustasse o bichinho desapareceria de volta e poderia cair nas mãos dos traficantes que não deveriam estar muito longe. - Você sabia que eu ia cuidar de você? - perguntei suavemente e me abaixei ao seu lado para examiná-lo de perto - Primeiro a gente precisa ir para um lugar seguro, tudo bem? - seu pelo estava mais cinzento do que branco, coberto de manchas de lama e também sangue. O pobrezinho mancava ao caminhar e segurava uma das mãos junto ao peito, sem mexê-la. Nesse momento, os dois amassos de repente se agitaram, atentos. Aurea puxou a varinha de volta, percebendo que nossos perseguidores se aproximavam. O seminviso congelou no lugar, fitando o vazio por um instante e então correu para os meus braços. - Hora de ir? - olhei para Aurea, nervosa. Segurando a criatura nos meus braços, corri para apanhar Sage, enquanto a outra mulher pegava Thyme. Dois bruxos surgiram a poucos passos de nós no mesmo momento em que ela puxava a chave de portal do seu bolso e a estendeu para que eu também a tocasse. Apertei as duas criaturas nos meus braços e toquei a chave de portal ao mesmo tempo que Aurea. Fechei os olhos quando senti o parque todo rodar ao nosso redor, seguido pela sensação de ser comprimida em todas as direções, enquanto desaparecíamos no ar.
***
Freya não me respondeu sobre estar preparada ou não e eu entendia o motivo, principalmente por conhecê-la bem o suficiente a ponto de saber que ela não devia ser boa em um combate. Ainda assim, com toda a sua insegurança, ela fez vinhas crescerem do chão, se misturando com raízes de árvores, que fizeram um dos nossos perseguidores tropeçarem e não demorou para ele ser coberto por elas. O caminho atrás de nós foi bloqueado, mas estávamos em uma praça, em um local bem aberto. Aquilo não seguraria eles por muito tempo. — Acha ele, Freya! — Gritei e saquei minha varinha. Meu coração batia forte, energizado pela poção de alguns minutos atrás. Eu sabia que qualquer trouxa que visse luzes emanando da praça poderia vir e assistir feitiços sendo trocados entre bruxos e, bem, eu não queria isso. Ainda que fosse tarde da noite aquele barulho chamaria atenção. Ergui minha varinha e murmurei dois Encantamentos, um depois do outro. Imber torrens consistia em manipular a umidade e temperatura, fazendo com que nuvens de chuva se formassem rapidamente na área entorno do conjurador. O segundo era Crios Leithlis e consistia em criar uma área de contenção para o feitiço Imber Torrens. A chuva assolaria toda a região, mas os seus raios só cairiam ali.Sorri quando os primeiros raios começaram a cair nos aparatos não-maji no topo dos prédios. Os circenses começaram a se aproximar com suas varinhas apontadas, mas eles talvez não fossem tão estudados na arte da magia como eu era. O primeiro feitiço foi lançado e um projetil brilhante e vermelho foi lançado em minha direção. Era, claramente, um "Expeliarmus" e eu só precisei conduzi-lo na direção de um bruxo que notei se esgueirar por trás de uma árvore. Era fácil ver através das vinhas de Freya, principalmente porque as luzes do circo faziam as suas silhuetas serem bem definidas. O feitiço o atingiu e ele perdeu a varinha. As gotas de chuva começavam a cair grossas em toda nossa volta, e talvez o seu barulho não me permitiu ouvir um dos nossos perseguidores me disparar um feitiço. Ele explodiu ao meu lado fazendo voar terra e pedras em todas as direções. Me senti ser arremessada para o lado tal qual uma boneca de pano. Bati meu ombro contra uma árvore e por sorte ainda conseguia mexer meu ombro. Por um momento eu mesma achei que o havia deslocado. Mais e mais deles começavam a se aproximar e foi nessa hora, quando eu já estava encharcada, que ergui minha varinha para o céu. — Riktad stråle! Imediatamente senti os pelos dos meus braços se eriçarem e os nossos perseguidores também se entreolharam nervosos. Não demorou para um raio cair próximo a um eles. Só tive tempo de proteger meus olhos para não ficar cega. Nossos perseguidores estavam todos deitados ao chão e eu, por fim, suspirei, correndo até onde Freya estava. Ela já segurava o Seminviso e eu sorri para os dois, uma cena que não deve ter sido bonita. — Vamos pra casa. — Busquei a chave de portal, um bottom escrito "I ♡ Animals" e a ativei, nos levando de volta para a ilha Bonnacord e saindo dali antes de mais pessoas chegarem.
em 2022-12-01
0 notes
tutorialesenlinea · 1 year
Link
1 note · View note
tribalisticka · 2 years
Text
Signo's Zodiacal Astral
SOL
LUA
SONHO
CHAKRA
ESTRELA
CRISTAL
ARCO-IRIS
BRISA
TEIA
COR
< Misticka do Zodiaco >
Uma lenda da criação, sobre a lei primordial do equilíbrio e ordem no caos.
Forças ocultas universais
de energias e vibrações puras essencias.
ENERGIAS
Luz | Escuridão
VIBRAÇÕES
Positivas | Negativas
ASTROLOGIA
◇ I》nato | Natureza ♡
EXOTERISMO
♤ Theia Misticka < PourRá > Hunna'cha
Tumblr media
0 notes
hunnastral · 2 years
Text
Tumblr media
《 UMA PRINESSE EM LOCKDOWN 》☆ & ♡
♡ Dôces Estações 《 by Tribalísticka 》
0 notes
agatharynes · 7 months
Text
Conectar-se com a Deusa Thary
Tumblr media
Através deste oraculo -também a célula de thary- olhe atentamente ao centro da imagem, concentre-se no meio e a chame para que ensine ou o guie aos três ensinamentos. "Cara Deusa que não se sustém a ser apenas meu guia; tenha a mim como o ponto de recebimento de seus saberes. Que de dentro para fora possa vir evoluir. suba meu E'u ao teu lar dentre o tudo e nada e por meio da força mutua tenhamos a entender o ser; a compreensão, a analise e o fruto da compaixão. Viva o novo mundo, viva a mim e a todos os seres."
0 notes
fjpineda · 3 years
Photo
Tumblr media
WWW.FJPINEDA.COM
En esta serie intimista de F.J. pineda, e inspirado e influenciado, desde su viaje a Ámsterdam, por los muchos autorretratos y vida del pintor holandés Van Gogh, nos muestra una de sus caras más profundas y fantasiosas, dándose a conocer de un modo muy personal e intimo al mundo, ya que es la primera vez que vemos al autor asumiendo un papel protagonista delante de la cámara.
La palabra inglesa self se traduce en psicología como sí mismo, y es un (concepto o categoría descriptiva) utilizado por diversas escuelas psicológicas, entre ellas, el psicoanálisis.
El “self” se estudia en función de los límites mentales del individuo a raíz de un posible problema de conducta o trastorno de personalidad.
Conceptos como el “Yo”, “Ego” o “Self” son utilizados a menudo para designar la dimensión autorreferencial de la experiencia humana. La percepción de continuidad y coherencia, y por tanto el desarrollo del sentido de la identidad, depende de que concibamos una parte de nosotros mismos como el sujeto que protagoniza nuestra vida.
El Self incluye lo inconsciente, además de la parte consciente de la experiencia.
Mediante esta serie narrativa de autorretratos F.J.Pineda nos muestra, atreves de sus imágenes, partes profunda de su self, de las cuales emergen su memoria y su identidad. Distinguiendo entre el Yo y el Mí.
Mientras que define el Yo como la dimensión corporal-emocional de la experiencia inconsciente, para F.J.Pineda el Mí es la parte del Self que observa y genera significados a través de sus imágenes. Mostrándonos unas creaciones fantasiosas pero coherentes, que son la explicación de su vida y de su obra.
8 notes · View notes
jgmail · 4 years
Text
Las raíces metafísicas de las ideologías políticas
Tumblr media
Por Alexander Dugin
Traducido por Juan Gabriel Caro Rivera
Texto escrito en 1988, publicado por primera vez en la revista Mily Angel en 1991, posteriormente publicado en el libro Konservativnaya Revolyutsiya en 1994 y el libro Konspirologia en 2005.
La confusión de definiciones en ciencias políticas.
En la ciencia política moderna, la sociología y las disciplinas que se han vuelto inseparables de ellas, como la historia de la religión, la etnología y la antropología (todas las cuales en los últimos años han cedido a las estadísticas y al economismo), el caos reina en lo que respecta a la mayoría de definiciones fundamentales de las tendencias políticas como el fascismo, el comunismo, el socialismo, la democracia, etc. Además del hecho de que los comunistas, los fascistas y los demócratas mismos, como regla general, definen sus posiciones ideológicas de forma bastante vaga y contradictoria (un hecho explicable en gran medida por objetivos puramente propagandísticos), al mismo tiempo, todas las proporciones se han distorsionado finalmente en medio de la popularidad particularmente elevada de las metodologías de la Nueva Izquierda, para quienes la misma palabra "fascismo" se ha convertido en sinónimo de todo lo malo y comunismo (léase: "libertad de voluntad ”) de todo lo bueno. Por otro lado, entre los demócratas moderados y los liberales moderados, otra definición se ha hecho popular, a saber, la presentada por los sovietólogos de que "el comunismo es fascismo". Cuando se trata de factores como la religión, el gobierno autoritario, la especificidad nacional y los cataclismos ecológicos, entonces las estructuras lógicas se desmoronan por completo y cualquier razonabilidad en las definiciones a veces es reemplaza por la pasión, la emoción y las simpatías individuales y nacionales, etc.
Todo esto es, en cierta medida, incluso característico de nuestra ciencia política rusa, cuya condición se ha deteriorado debido no solo a la considerable aleatoriedad de la ciencia política extranjera hacia la cual se orientan muchos sociólogos rusos, sino también debido a los muchos años en que era necesario "dormir" intelectualmente o simplemente ocultar la opinión propia en asuntos de política que, al final, condujeron al dominio de "declaraciones indirectas" expresadas con un ojo puesto en el dogma totalitario de cuya norma uno no podía apartarse ni un solo paso . Por lo tanto, nuestra ciencia política no solo tiene una disciplina que estudia los espectros y la proporción de las ideologías, sino también nuestra política en sí misma, es decir, el ámbito de las afirmaciones ideológicas realmente directas (no analíticas), que se han convertido en compuestos irracionales y tesis contradictorias, discusiones grotescas y absurdas, y un sistema de pistas que han formado el "argot" soviético que puede ser descifrado solo con el conocimiento de códigos particularmente sofisticados entendidos solo por nuestras "élites" y los "sociólogos occidentales". Sea como fuere, la necesidad de definiciones claras para los principios y las relaciones de los diferentes tipos de ideologías sigue siendo apremiante y relevante en la medida en que la posibilidad de declaraciones ideológicas sin censura pronto se convierta en la norma en Rusia.
En esta situación, proponemos nuestra propia variación de un esquema político fundamental que, en nuestra opinión, ayudará a cortar el nudo gordiano de las contradicciones políticas y aislar los principales complejos ideológicos irreducibles o "extremos" ideológicos cuyas variaciones y numerosas combinaciones forman el multicolor espectro de la política global contemporánea. De ninguna manera afirmamos que nuestra comprensión es absoluta, ya que sigue siendo un esquema y, por lo tanto, debe tomarse con una aproximación. Al mismo tiempo, sin embargo, estamos convencidos de que no se puede obtener una imagen sintética u holística descendiendo a detalles y matices particulares. Por el contrario, aplicar los principios a lo concreto es siempre una tarea fácil y puramente técnica. Además, en nuestra opinión, es el miedo a la esquematización y el compromiso con el método analítico lo que ha llevado a la ciencia política al estado miserable en el que se encuentra hoy, un estado de "lujosa pobreza". En nuestro estudio, emplearemos diversas esferas del pensamiento humano, comenzando naturalmente con conceptos religiosos y metafísicos, ya que es en este nivel, ya sea directa o indirectamente, afirmativa o negativamente, que las especificidades de las diferentes plataformas políticas están predeterminadas.
El dogma metafísico detrás de escena
Creemos que los orígenes de la política y la autodeterminación política del hombre surgen en primer lugar de ciertos dogmas metafísicos, y solo más tarde se convierten en consignas y clichés de la realidad social específica a través de la cual estos dogmas encuentran su expresión directa. Además, en la mayoría de los casos, estos dogmas permanecen completamente detrás de escena, y no solo de los representantes ordinarios de una ideología, sino que también sus exponentes o "creadores" a veces ni siquiera tienen la más mínima idea de esto. Estos dogmas metafísicos pueden arraigarse en una persona a través de la implicación semántica de los símbolos y signos tradicionales (el factor cultural y social), a través de actitudes psico-mentales innatas (el factor psicogenético) o a través de la reacción existencial del hombre al Ser (el factor existencialista). En cualquier caso, el hombre experimenta los dogmas metafísicos que predeterminan la ideología como algo interno, incondicional y como una especie de imperativo existencial. Quizás es por eso que los intentos de identificar este dogma en su forma pura a menudo son aborrecibles y provocan reacciones repulsivas. Esto se puede ver también en un nivel más superficial, cuando el portador de una doctrina política específica a menudo encuentra difícil determinar la esencia de su posición principal (y no alguna posición específica en relación con un tema dado), en lugar de identificar su posición como algo evidente por sí mismo. Por ejemplo, hay comunistas que desconocen el hecho de que la ideología comunista pertenece a la categoría de ideologías de "izquierda", una categorización que es consistente con su posición objetiva, en cambio creen que el comunismo no es ni de derecha ni de izquierda, sino algo "central" o naturalmente "cierto".
Independientemente de las protestas de los partidarios de ciertos puntos de vista políticos o los sofisticados análisis de los científicos políticos, no se trata de otra cosa que de la generalización de los principios ideológicos y los dogmas metafísicos de las ideologías lo que nos permite navegar de alguna manera en las complejidades de los procesos políticos contemporáneos. Libros como En pos del Milenio de Norman Cohn, El fenómeno socialista de Igor Shafarevich y las obras de Alain Besançon (escritas como intentos de hacer generalizaciones a escala global), y a pesar de todo el escepticismo mostrado hacia ellos, tarde o temprano se convertirán en puntos de referencia para la mayoría de los expertos en el campo y se construirán modelos más detallados y matizados sobre ellos. En este sentido, siempre que generalicen algo, incluso los ideólogos casi irracionales de los Nuevos Filósofos (como Lévy y Glucksmann) a menudo toman como puntos de partida para sus estudios a sociólogos y científicos políticos más "sobrios" y "racionales". Además, es precisamente en el nivel de las generalizaciones globales que los representantes de visiones del mundo diametralmente opuestas a menudo adoptan una misma imagen objetiva del espacio ideológico. A pesar del hecho de que, naturalmente, podrían poner un énfasis moral y valorar polos opuestos de este espacio, al mismo tiempo, sin estas generalizaciones, el uso de ciertos términos por un grupo político u otro es tan diferente que da la impresión de que la gente al adherirse a diferentes ideologías pertenece a universos completamente diferentes sin ningún terreno en común. Sin embargo, es precisamente el acuerdo sobre la imagen objetiva del espacio ideológico entre los antagonistas políticos y el acuerdo generado por las generalizaciones y esquematizaciones globales lo que ha dado vida al sello distintivo de la "fusión del extremismo de derecha e izquierda". Este sello, que sería completamente insensato si lo entendiéramos literalmente, no es más que un tipo distorsionado de "acuerdo sobre la generalización objetiva" entre los ideólogos más profundos de las orientaciones más diferentes que, con la mayor claridad, entienden los dogmas metafísicos que subyacen a sus propias posiciones. Esto contrasta con el portador ordinario de ideas que actúa más por inercia ideológica y no separa la causa del efecto o, en otras palabras, la idea de su portador, es decir, de sí mismo. Esto es lo que Dostoievski tenía en mente cuando describió al personaje de Kirillov en su novela Los Demonios como "devorado por sus ideas".
Por lo tanto, podemos hablar de extremismo solo en el sentido etimológico de la palabra, es decir, como la penetración "última" ("extrema", "límite") de la esencia de las posiciones propias y ajenas. En lugar de una "coincidencia" o "fusión" de los opuestos, en realidad estamos tratando con los defensores de la "comprensión" de las ideologías opuestas (o la falta de ella, que ya no sería "extremismo") de los orígenes profundos y los dogmas metafísicos que emergen a través de los lemas propagandísticos, ideas y doctrinas pragmáticamente avanzadas de fuerzas políticas específicas. En la vida ideológica real, como en la realidad en general, los opuestos no coinciden, porque de lo contrario la lucha espiritual de las posiciones metafísicas y la realidad misma serían espectáculos ilusorios sin ningún significado último.
Paradigmas en las sociedades tradicionales
Al buscar términos que sean adecuados para caracterizar esas tendencias filosóficas fundamentales que emplearemos en nuestro esquema, sería mejor recurrir a la historia de las sociedades tradicionales, es decir, aquellas sociedades en las que los dogmas metafísicos se expresan directamente en un idioma metafísico. En nada menos que en las sociedades tradicionales es más fácil encontrar "casos límite" de esos principios que siempre han sido, fuera del tiempo, los factores impulsores en la historia ideológica de la humanidad, aquellos que no caducan ni desaparecen, sino que simplemente cambian sus formas a lo largo de la historia, muy parecido a las proporciones de un cuerpo humano que no cambia según el estilo de la moda, pero sin embargo es diferente en sus proporciones como lo que sucede, por ejemplo, entre distintas razas.
Ideología del Polo-Paraíso
El primer tipo de ideología que podemos distinguir es la ideología del Polo-Paraíso que históricamente se ha manifestado en la tradición gnóstica, el esoterismo y la doctrina secreta interna de las enseñanzas religiosas, y en el plano político se manifestó en el imperialismo sagrado de los gibelinos en la Edad Media europea y, en última instancia, en el nacionalsocialismo alemán en el siglo XX. La esencia de esta posición equivale a afirmar el Sujeto de la Naturaleza Divina que yace en el corazón (en el Polo o en el medio) y que domina completamente (por lo tanto, "paradisíaco") el cosmos sacralizado, el cosmos-espejo, en el que nada se refleja excepto el Sujeto mismo, la sal de la Tierra y el Cielo. El Sujeto Divino no tiene nada fuera de sí mismo, sobre él, alrededor o debajo de él, no tiene un principio metafísico superior que pueda tener en cuenta espiritualmente, y por lo tanto es absolutamente libre e inseparable de Dios. Dios está dentro de él. Esta posición corresponde a la afirmación de Cristo que retoma la máxima del Antiguo Testamento en el Evangelio: "Yo dije, sois dioses". No hay Dios fuera de él. Por lo tanto, en el cosmos, en la naturaleza y en la Tierra solo existe el reflejo del Sujeto Divino, por lo que la naturaleza es sinónimo del Paraíso, no un obstáculo para su Voluntad, sino la extensión de su Voluntad, la realización de su Voluntad, su "gran cuerpo”. Tales son los principios esenciales de la cosmovisión paradisíaca polar.
Dondequiera que surja esta cosmovisión, de inmediato surgen temas del Sujeto Divino como el Héroe, la Encarnación Divina, el Santo Emperador, el Líder Angélico y el Profeta, por un lado y, por el otro, el Cosmos Sagrado y la sombra y la extensión del sujeto sin oposición. “Otro mundo”, “mundo mejor”, el “Reino de Dios en la Tierra”, el “Sagrado Imperio”, el “Cielo Nuevo y la Tierra Nueva”, el “Nuevo Paraíso”, el “Reich de mil años”, etc., todos estos pueden ser sinónimo de un cosmos sagrado. Cualesquiera que sean las formas históricas de este tipo de ideología, todas se desarrollan a partir de este paradigma intrínseco de Polo-Sujeto y Cosmos-Paraíso. El énfasis siempre recae en la ausencia de una distancia intermedia entre este polo inmanente y el Absoluto, el Principio Trascendental que se abre desde dentro del Sujeto-Polo como este Sujeto mismo, como su dimensión interna.
Como regla, la cosmovisión del Polo-Paraíso está orientada de forma monárquica, es decir, en la historia real se esfuerza por elevar al máximo la figura del Gobernante, que necesariamente es Uno y es Angelizado del "lado polar". Junto con esto, tiende a "horizontalizar” la distribución del poder de este Gobernante a través de la expansión imperial y atrayendo todas las cosas a la esfera de las cosas sujetas al Gobernante, y a la esfera del reflejo de su personalidad, una cantidad máxima de espacio cósmico, que se convierte en Paraíso (el Sagrado Imperio) o en el campo de la restaurada dimensión sacra celestial. Aquí, sin embargo, debe enfatizarse que tal monarquismo e "imperialismo" no siempre se corresponden con las monarquías e imperios históricos en la medida en que el fundamento de esta cosmovisión polar-paradisíaca está necesariamente en conjunción con la totalidad. La falta de subjetividad de un monarca o la falta de una dimensión celestial del cosmos, incluso en medio de su presencia nominal, conduce a la revolución gnóstica que a su vez se esfuerza por restaurar el Polo y el Paraíso en toda su dimensión metafísica sin dejar espacio para lo relativo, las circunstancias o un "acuerdo colectivo."
Como tendencia fundamental, la ideología de Polo-Paraíso nunca se ha limitado únicamente a la esfera política, sino que se ha proyectado en el ámbito de la pura especulación, las enseñanzas religiosas y las "ciencias sagradas". En particular, en la tradición hermética del Occidente medieval, su símbolo principal era el "Rey Alquímico, el "Azufre Rojo". En la tradición hindú, existe toda una escuela de prácticas iniciáticas y realización espiritual llamada Raja Yoga, o "Yoga Real". Además, los términos "Rey", "Monarca" o "Zar" son más comunes en la mayoría de escuelas esotéricas, como entre los místicos cristianos (el Rey celestial), los musulmanes (especialmente los chiítas), los lamaístas, los gnósticos judíos (cabalistas), etc. De hecho, estos dos lados de la ideología, la política y la religión paradisíaco-polares, nunca se separaron por completo ni en la Antigüedad, cuando los sacerdotes participaban en el proceso de gobierno monárquico en los antiguos estados de Oriente, ni en la Modernidad, como en Alemania en los años 1910 y 1920 cuando los esoteristas de las sociedades herméticas secretas se caracterizaron por particularidades raciales (los herederos de los portadores de la ideología polar-paradisíaca en la Edad Media-templarios y gibelinos) participaron activamente en la formación del nacionalsocialismo. Lo mismo se puede decir con respecto a la gnosis chiíta centrada en la persona del Imam Oculto, un análogo al Sujeto Divino que es inseparable de los acontecimientos políticos contemporáneos que se desarrollan en Oriente Medio y especialmente en Irán.
También se puede presentar el ejemplo de los Rosacruces europeos, cuyos símbolos fundamentales, la Rosa y la Cruz, significaban los cuatro ríos del Paraíso en la Tierra (la Cruz) y el espíritu del Iniciado que se encuentra en el Polo, en el centro de Paraíso, en el punto de convergencia de los cuatro ríos (la rosa). El mismo jefe de la organización Rosacruz tenía el título de "Imperator", que hace que todo el sistema de correspondencias sea totalmente genuino. La influencia de los rosacruces en el proceso político en Europa fue extremadamente considerable, como en el caso de los auténticos rosacruces hasta 1648 que participaron activamente en la Reforma y otros fenómenos políticos posmedievales importantes, así como en el caso de las organizaciones pseudo-rosacruces como las Societas Rosicruciana en Anglia, Golden Dawn in the Outer, HB de L., A.M.O.R.C., etc., que a fines del siglo XIX y principios del XX participaron en todos los eventos políticos y geopolíticos más importantes de la política occidental.
La ideología Creador-Creación
El segundo tipo de ideología es la ideología de " Creador-Creación ", que se puede llamar puramente conservadora. Esta ideología corresponde al lado externo exotérico de las enseñanzas religiosas, pero también puede manifestarse y predominar en sociedades no religiosas en virtud de la inercia. La forma más pura de esta ideología se puede ver en las organizaciones eclesiásticas del tipo católico o en la Ummah islámica (principalmente los sunitas). Como regla, sería más preciso aplicar los términos "teocracia" o "clericalismo" a tales. Este tipo también puede definirse como la cosmovisión del "Paraíso perdido" donde, a diferencia del principio polar-paradisíaco, este tipo de cosmovisión coloca al sujeto no en el centro del mundo (en el polo), sino en su periferia. El mundo mismo se equipara aquí no con el cielo o el paraíso, sino con la Creación que separa al sujeto del Creador. Por supuesto, este sujeto periférico, este sujeto posterior a la caída que ha sido expulsado del Paraíso, ya no es reconocido como el Divino Maestro al que el cosmos está completamente subordinado como una extensión de su voluntad. Se convierte en un Paria separado del Creador por la Creación la cual es considerada un territorio ambiguo en la medida en que, por un lado, esta Creación oculta al Creador (el aspecto negativo), mientras que por el otro lleva el sello del Creador, lo que significa que indirectamente lo revela (el aspecto positivo). Es con este postulado que el pensamiento religioso comienza a desarrollarse y puede desarrollarse de las maneras más diferentes, desde lo puramente apofático (negando la posibilidad de conocer al Creador a través de la Creación) hasta lo puramente catafático (afirmando la posibilidad de conocer al Creador en la Creación hasta el punto en que los panteístas igualan a los dos).
La ideología del Creador-Creación o "creacionismo" (del latín creare - crear) está en todas sus formas y variaciones, siempre opuesta al enfoque gnóstico de la ideología polar-paradisíaca para la cual el tema de la Creación o la separación del Creador y la Criatura es completamente extraño. De hecho, el frente principal de la lucha ideológica en la historia se extiende entre estos dos tipos de ideologías. Examinemos esto con mayor detalle.
El sujeto divino se encuentra en el centro del mundo, y el mundo está sujeto y subordinado a él. En este caso, si se viola este estado de cosas, la ideología paradisíaca polar no cambia sus principios, sino que simplemente, al reconocer una desviación de las circunstancias normales, se esfuerza por restaurar la normalidad. En la ideología polar-paradisíaca, el sujeto divino no puede ser expulsado del Paraíso en la medida en que morar en el Paraíso es una categoría inalienable de su identidad. Esto significa que el Sujeto Divino nunca se puede convertir en un sujeto marginado. El primero simplemente puede esconderse, junto con el Paraíso (el Imam Oculto de los chiítas, el Emperator dormido de los gibelinos, etc.). Aquellos seres que no conocen ni al Sujeto Divino ni al Paraíso, desde el punto de vista de la cosmovisión paradisíaca polar, simplemente carecen de realidad fundamental, están llenos de ficción y, por lo tanto, no tienen derecho a establecer una nueva metafísica como la del Creador-Creación en la medida en que no existe un sujeto marginado o, en otras palabras, un marginado no puede ser el sujeto. De ahí surge la forma extrema de anticlericalismo gnóstico y la noción del Creador malvado, el Demiurgo malvado. La noción del malvado Demiurgo se basa en la suposición de que la separación del Creador y la Creación no puede aceptarse por ninguna razón, entonces ni el Creador ni la Creación son espiritualmente positivos. Por lo tanto, siguiendo esta lógica, el Creador no es otro que el malvado usurpador (para los gnósticos Awtad o el Samail de los albigenses) y la creación es, por consiguiente, nada más que una ilusión temporal malvada, un velo sobre el paraíso. También vale la pena señalar que aquellos que defienden la cosmovisión polar-paradisíaca se oponen al sujeto no polar y al cosmos no paradisíaco (de cuya totalidad las nociones de Dios-dentro-y-fuera, el-Dios-Objeto y el Creador distante surgen), no la idea del Espíritu o de Dios mismo.
Por otro lado, la ideología exotérica y clerical del Creador-Creación considera que los portadores de la doctrina del Polo-Paraíso son subversivos en contra de los fundamentos mismos de la Religión y la Fe en la medida en que rechazan ambas figuras fundamentales de esta ideología: el sujeto marginado y el Creador detrás de la Creación. Además, son vistos como poniéndose lógicamente (en virtud de estar involucrados directa o indirectamente con el Sujeto Divino) en el mismo nivel que el Creador mismo, y en ocasiones por encima de él. Tales conclusiones lógicas permiten que la conciencia clerical identifique a los adherentes de las cosmovisiones paradisíaco-polares como luciferinos, satanistas, como enemigos de Dios y del Hombre. De hecho, estas mismas nociones están destinadas a caracterizar típicamente el "orgullo polar-paradisíaco".
La negación fundamental de los gnósticos de un sujeto marginado, sin embargo, no impide el reconocimiento de tal figura, aunque sin postularlo como portador de subjetividad. Esto lleva lógicamente a los gnósticos a un dualismo antropológico y una afirmación de la desigualdad irremediable. Todas las personas, para el Sujeto Polar, se dividen en dos categorías: los Dioses del Hombre, Sujetos Divinos y Superhombres (la élite, la aristocracia espiritual, las personas superiores, "Sonnenmenschen", "Hijos de la Luz", etc.) y animales sin-subjetividad (plebeyos, personas inferiores, subhumanos, "Tiermenschen", "Hijos de la oscuridad"). Aquí surgen las diferencias de casta, raciales o intelectuales que se encuentran en todas las enseñanzas puramente esotéricas. El tema marginado de la ideología del Creador-Creación es entendido naturalmente por los gnósticos como pertenecientes a la categoría de las personas inferiores. Tal enfoque confirma todas las sospechas de los exoteristas sobre el gnosticismo.
Sin embargo, debe tenerse en cuenta que la tradición cristiana en sí misma fue originalmente polar-paradisíaca en relación con el clericalismo judío, en el que la ideología del Creador-Creación se expresa de manera más evidente y pronunciada, debido a su afirmación del "Hombre Nuevo" de los Apóstoles de reconocer la encarnación de la Palabra de Cristo-Emanuel (es decir, "Dios está con nosotros"). En unos pocos siglos, la gnosis cristiana, que insiste en el dominio polar-paradisíaco, entró en conflicto con la ortodoxia puramente cristiana, no judía, que ya estaba floreciendo, es decir, la versión clerical del cristianismo en la que el tema del Creador-Creación llegó a tomar cada vez más el lugar del "Paraíso recuperado". El complejo gnóstico fue gradualmente desplazándose y retirándose al ámbito de las organizaciones esotéricas secretas y, a veces, a las sectas heterodoxas. Los albigenses y los cátaros fueron los últimos representantes de la corriente principal del "cristianismo polar" en la Edad Media. Este complejo polar-paradisíaco reapareció más tarde en el anabaptismo y la Reforma, aunque en forma considerablemente distorsionada.
Varios aspectos esenciales de la ideología del Creador-Creación son su característica catolicidad, fe y estabilidad conservadora. Su catolicidad (del griego katolikos que significa "todos juntos") es el resultado de la no divinidad del sujeto marginado que, después de haber perdido la posición central en el mundo, ya no es autosuficiente y, por lo tanto, necesita de la integración social, es decir, entrar en diálogo con otros sujetos marginados. Los partidarios del Creador-Creación necesitan esta catolicidad ya que solo a través de la participación de un número extremadamente grande de marginados individuales del Paraíso en el proceso de búsqueda del camino de regreso, la conciencia clerical ve una oportunidad para cambiar el estado del sujeto no divino. El catolicismo puede y debe asumir la jerarquía, pero esta jerarquía se construye desde abajo, mientras que la persona más "católica" debe estar en la cima. En contraste, la jerarquía de la conciencia paradisíaca polar se construye desde arriba, comenzando con el Sujeto Divino que no es católico o compuesto, sino absolutamente integral, con el grado de no integralidad que aumenta con la distancia en la escala jerárquica. Estas diferencias se pueden rastrear en el ejemplo de las posiciones de los sunitas y chiítas sobre el poder político. Los sunitas (la rama exotérica del Islam) representan el poder electoral en el que la mayoría evalúa las cualidades religiosas de un candidato determinado, mientras que los chiítas insisten en el derecho del poder hereditario diseñado para garantizar la continuidad genética de la raza desde el primer Santo Imam, Ali.
La necesidad de la fe se deriva del hecho de que el Creador está escondido detrás de la Creación, lo que para el creyente supone una conciencia puramente religiosa como una especie de acto volitivo de afirmación de lo invisible. La fe es una cualidad integral del sujeto marginado. La posición del Polo-Paraíso, por el contrario, se basa en el conocimiento. De ahí el título característico "gnosis" ("conocimiento") y "gnóstico" (conocimiento). El conocimiento presupone un contacto directo y ya establecido con el Dios interior y la evidencia del Dios interno que hace que la fe sea redundante. La conciencia exotérica cree que la afirmación de los gnósticos de poseer el "conocimiento" es satanismo y la auto-exaltación sin reservas.
Finalmente, la estabilidad conservadora de la ideología Creador-Creación descansa en su actitud neutral hacia el Ser en su conjunto. Esta actitud no presupone ninguna transformación repentina, traumática o abrupta, y esta neutralidad se basa en una actitud fundamentalmente ambivalente hacia la Creación. Los enfoques apofáticos y catafáticos asumen una duración indefinida que es tan indefinida como los límites de la Creación misma. En otras palabras, uno puede arbitrariamente y siempre que lo desee considerar el aspecto positivo del cosmos y encontrar en él las marcas del Creador, e igualmente distinguir indefinidamente los contrastes de la Creación con el Creador, ya que ella no puede cambiar el estado esencial del sujeto marginado o el Dios Creador. El principio de catolicidad es, por definición, incapaz de convertirse en el principio de indivisibilidad, y el principio de Fe no puede convertirse en el principio de Conocimiento sin ir más allá del marco de la ideología Creador-Creación. Tal es, de hecho, el caso en la historia con aquellos clérigos que trataron la noción del Creador-Creación como algo transitorio, diseñada solo para darse cuenta del verdadero nacimiento del Sujeto y el verdadero descubrimiento del Paraíso. Si querían cumplir intelectual y doctrinalmente sus aspiraciones espirituales y no estaban contentos con la misteriosa realización espiritual "eremita", entonces instantáneamente "caían en herejía", es decir, terminaban fuera de la ideología religiosa exotérica y fueron excomulgados.
También debe notarse que la cosmovisión polar-paradisíaca está lejos de ser conservadora, en cambio es escatológica ya que la supuesta ausencia de polaridad paradisíaca en el Ser se siente como un Mal absoluto. De la siguiente manera, se librará una lucha profunda e intransigente contra cualquier condición no paradisíaca (mientras que la condición del Creador-Creación no es paradisíaca a los ojos de los conservadores). La cosmovisión paradisíaco-polar que se esfuerza por poner fin al Ser no paradisíaco, es decir, el Fin del Mundo (por lo tanto, la escatología, la "ciencia del fin"), representa una tendencia constante desestabilizadora dirigida en última instancia contra el enfoque conservador en sí mismo, contra el mantenimiento del statu quo religioso. Encontramos este pathos escatológico en todos los tipos de cosmovisión polar-paradisíaca, desde los gnósticos cristianos y los chiítas extremos (islamistas) hasta la Reforma luterana y el levantamiento nacionalsocialista que proclamó el comienzo del Reich de mil años, el Tercer Reich o el Tercer Reino, o el cristianismo místico de Joaquín de Fiori, el Reino del Espíritu Santo (el primer reino es el del Padre, el segundo es el del Hijo y el tercero del Espíritu Santo).
Ambas posiciones ideológicas, Creador-Creación y Polo-Paraíso, a menudo coexisten dentro de una misma sociedad, la misma tradición o dentro de un sistema político. Sin embargo, esto de ninguna manera niega la enorme diferencia entre ellos. Estos tipos ideológicos son irreconciliables, como el fuego y el agua y la luz y la oscuridad, y es entre ellos que las batallas han estallado (la cruzada albigense, el califato fatimí, la guerra de los guelfos y los gibelinos, la revolución francesa, etc.) tan ferozmente que de lo contrario sería impensable entre tradiciones, religiones o sistemas políticos diferentes.
La forma política de la ideología Creador-Creación encontró su expresión en la "teocracia" exotérica, así como en el estado jacobino, el Estado-nación. Como demostró el brillante politólogo Carl Schmitt, la "teología del estado" se conserva independientemente de si las organizaciones estrictamente religiosas mantienen posiciones centrales en la sociedad o no. El principio del Creador-Creación en su forma también determina la especificidad tipológica de la teocracia wahabí de Arabia Saudita o el "estado absoluto" fascista de Giovanni Gentile, que desarrolló las tesis hegelianas a sus conclusiones finales y lógicas. Una de las características más características de esta posición ideológica particular y arquetípica es su anti-escatologismo obligatorio y fundamental, que es igualmente común tanto para los regímenes seculares como para las ideologías con connotaciones religiosas acentuadas. De hecho, el anti-escatologismo religioso de la ideología del Creador-Creación tiene su lugar incluso cuando la religión en sí misma es escatológica de manera explícita e inequívoca, como es el caso del cristianismo, en el que se afirma doctrinalmente que Cristo viene al mundo inmediatamente antes del Fin del Mundo, así como en el caso del Islam, que los musulmanes consideran la última Revelación pre-escatológica. Esto también explica en particular el "anti-nazismo" de muchos países occidentales, como Inglaterra y los Estados Unidos, por un lado, y el anti-iranismo contemporáneo de muchos regímenes del Medio Oriente y África del Norte por el otro. En ambos casos, la cuestión fundamental es rechazar el pathos escatológico, ya sea del Superhombre ario en el primer caso o la Revolución Islámica Mundial asociada con la aparición del Imam del Tiempo en el otro.
La ideología de la "materia mágica"
La tercera posición fundamental es la del "materialismo místico", la ideología de la "Materia Mágica" o "panteísmo absoluto". Este tipo de ideología niega tanto los pares del Polo-Paraíso como los del Creador-Creación. También se puede equiparar con el ateísmo puro. Aquí el sujeto no es visto como el Señor Polar, cuyo yo interno es Dios mismo, ni es un paria del Paraíso separado de un Dios externo, el Objeto de Dios o la Creación. En este caso, se considera que el sujeto forma parte del cosmos en el que se refleja el cosmos mismo, y nada más. En otras palabras, el sujeto no tiene un Dios interno o externo, y en sí mismo no es más que un espejo del mundo externo y, al mismo tiempo, un elemento de este mundo. Por lo tanto, el ateísmo puro o el "materialista místico", de hecho, asigna al cosmos la calidad de la divinidad en la medida en que las nociones de razón y Dios convergen esencialmente. Esto nos da bases para identificar esta ideología como "panteísmo" o "todo-dios", la identificación de todo el cosmos y el mundo con Dios. Una de las variedades más llamativas de esta posición es el cosmismo, que en principio puede considerarse sinónimo de panteísmo.
Inseparable de este tercer tipo ideológico es el concepto de evolución, es decir, la mejora gradual y unidireccional de la calidad del cosmos hasta el punto de la perfección. Si los adherentes al ideal del Polo-Paraíso se esfuerzan por lograr el salto de una vez por todas desde el no paraíso y el no sujeto al Paraíso y al Sujeto, y si los adherentes de la idea del Creador-Creación están interesados ​​en preservar el ontológico status quo (en el que el enfoque apofático sería equilibrado por el catafático), entonces la "materia mágica" está sobre todo interesada en mejorar continua y gradualmente el cosmos cuyo curso inercial es, en última instancia, la superación personal en sí misma. En el nivel de la ideología, el significado de la evolución y el progreso puede reducirse no a un tipo de creatividad particularmente excesiva, sino simplemente a seguir el flujo natural de los eventos, eliminando en el camino aquellos obstáculos encarnados ante todo por los conservadores clericales e imperialistas escatológicos. Estrictamente hablando, el tema de la ideología místico-materialista es el de ser "servidores de la evolución", es decir, un espejo que refleja el proceso evolutivo con la máxima distinción y claridad.
A pesar de su intransigencia, el conflicto entre el gnosticismo y el conservadurismo siempre (o casi siempre) tiene lugar dentro de las enseñanzas religiosas. Después de todo, no cabe duda de que incluso los peores herejes nunca rechazaron la idea misma de Dios. En el nivel de la "teología del estado", ni los gnósticos ni los "exoteristas" niegan la necesidad de la existencia del estado. Los primeros insisten inflexiblemente en el Imperio, mientras que los últimos están satisfechos con el estado-nación. Por su parte, el materialismo místico es esencialmente no religioso o ateo en la medida en que la razón (Dios) no solo no está oculta (detrás del cosmos o dentro del ego humano), sino que es simplemente obvia y siempre visible para los portadores de la idea de la Materia Mágica, la cual los rodea con toda razón en el cosmos y por lo cual no hay necesidad de buscar en otro lado. Lo mismo ocurre con la idea del estado, que es extraño en sus raíces al materialista místico (como la tesis de Marx de la extinción del estado bajo el comunismo, etc.).
Mientras que la ideología del Polo-Paraíso habla de lo Divino, el Sujeto Central y el mundo subordinado a él, y la ideología del Creador-Creación presenta un sujeto marginado a la periferia donde se encuentra alejado, pero que aún es indicativo de la existencia de Dios (mientras lo esconde al mismo tiempo), los "materialistas místicos" no conocen ningún tema parecido. Según la revelación del famoso marxista, György Lukács, el sujeto y el objeto coinciden dentro del proletariado, es decir, la figura central de las doctrinas materialistas más radicales. El proletariado es la máquina-humana ideal o espejo humano. Lo mismo puede decirse esencialmente de la noción de "noosfera" que "deduce" la mente del desarrollo evolutivo de la materia. Sin duda, esta mente es un espejo del mundo externo.
Tal enfoque del sujeto produce una catolicidad particularmente materialista que idealmente implica la abolición de la jerarquía por completo, pero en la práctica crea una jerarquía especial basada en grados de "cosmicidad", es decir, la clasificación basada en la mayor afinidad con la naturaleza material del cosmos externo... Aquí surge la necesidad de poner un objeto o máquina en la parte superior del colectivo ateo como una concentración de pobreza espiritual. De ahí la doctrina más bien característica de la "dictadura del proletariado".
La característica de los "sirvientes de la materia mágica" es el agnosticismo puro, es decir, una tercera vía entre la gnosis y la fe. El agnosticismo del materialismo místico está condicionado por la inadmisibilidad del sujeto que cuestiona el conocimiento, ya que el sujeto, como parte integral del cosmos, es simplemente uno de los hechos de este cosmos y nada más, por lo tanto, la capacidad reflexiva del sujeto (su mente) no puede sumar ni restar nada del flujo del cosmos. Desde este punto de vista, el conocimiento es idéntico al hecho cósmico, pero en la medida en que el cosmos está en movimiento, el conocimiento se identifica con la práctica, es decir, simplemente se descarta. En otras palabras, el agnosticismo es el resultado de la ausencia del par de "conocedor" y "conocido" que es necesario para el conocimiento mismo. Para los defensores de la materia mágica, la superficie absoluta del mundo coincide con su profundidad absoluta. Aquí sería interesante recordar el aforismo de Nietzsche con respecto a como "una mujer necesita encontrar profundidad en su superficialidad". Tal analogía no es accidental, ya que la ideología de la Materia Mágica tiene un carácter abiertamente gineocrático y matriarcal, en cierto sentido es una proyección del subconsciente femenino cerrado a sí mismo.
A pesar del hecho de que, en su forma más pura, la ideología de la materia mágica apareció recientemente (el materialismo doctrinal verdadero y abierto es relativamente joven, alrededor de dos o tres siglos), la tendencia "panteísta" existió antes como una especie de realidad antirreligiosa oculta dentro de una cosmovisión religiosa. De vez en cuando, el materialismo estaba presente dentro de esta cosmovisión solo indirectamente, ya sea en forma de exégesis panteísta o "cosmisistas" de la religión como el opuesto absoluto de la exégesis polar-paradisíaca, gnóstica y puramente iniciática. La tradición cristiana, por ejemplo, podría convertirse de inmediato en la base del gnosticismo histórico cristiano (hasta los cátaros de la Edad Media), el judeocristianismo canónico (creación del creador) y, finalmente, el absoluto cosmismo de las doctrinas neo-espiritistas de Fedorov y de Chardin en el que el panteísmo evolutivo puramente ateo es respaldado en una lectura puramente nominal de los símbolos cristianos. Sin embargo, lo que Fedorov y de Chardin expresaron explícita y claramente, puede ser velado en otros pensadores pseudo-religiosos. En cualquier caso, desde el comienzo de la expansión del cristianismo (y en el budismo antes, que se convirtió en la doctrina favorita de los panteístas orientales), los teólogos individuales han intentado reinterpretar la religión en un espíritu panteísta. En el cristianismo, esto se manifestó en el énfasis puesto en la humanidad del Verbo Encarnado y, de la siguiente manera, en la "nueva sacralización" del mundo material después de la Encarnación a pesar del absurdo de tales ideas de "nueva sacralización total" que fueron completamente refutado en los Evangelios y las Epístolas de los Apóstoles, donde se afirma claramente que el "mundo yace en el mal" y donde se discute que un nuevo cosmos sagrado será inminente no después de la Primera, ¡sino de la Segunda  Venida de Cristo! En una nota similar, si uno realmente puede hablar de algún tipo de continuidad entre el comunismo ruso y la ortodoxia rusa (como lo hacen algunos autores, en particular Berdyaev), entonces esto solo puede estar relacionado con el cristianismo cosmisista, panteísta y el materialismo mágico que completamente no tiene en cuenta el dogma esencial tanto en las dimensiones esotéricas (Polo-Paraíso) como en las exotéricas (Creador-Creación) y desarrolla un tipo especial de cosmovisión materialista y finalmente atea que no tiene la más mínima relación con el cristianismo genuino.
Este mismo cosmismo se puede ver en el budismo Hinayana, que enfatiza la naturaleza reflejante y compuesta del sujeto como un "coágulo" temporal de energías cósmicas o "dharmas" que no posee ninguna autonomía espiritual (ni siquiera el estado de un sujeto marginado). Es precisamente esta rama del budismo lo que se puede llamar "ateísmo místico". Sin embargo, el budismo Hinayana, en contraste con la ideología total y completa de la materia mágica, carece del evolucionismo que es necesario para el cosmismo ortodoxo, lo que lo hace algo diferente de otras formas de cosmovisiones tipológicamente cercanas.
El aspecto cosmisista está extremadamente desarrollado en otra doctrina mística, a saber, la masonería europea. Las doctrinas masónicas son los descendientes de las formas occidentales de gnosticismo, es decir, la ideología paradisíaco-polar, que en cierta etapa histórica fueron reinterpretadas en una vena cosmisista y sujetas al ateísmo y al materialismo. La cosmovisión masónica tuvo un enorme impacto en la conciencia europea en general, pero estaba más oculta y latente que la influencia directa del cristianismo. Gradualmente, a lo largo del siglo XVIII y especialmente en el siglo XIX, la Masonería alteró drásticamente sus orientaciones espirituales e ideológicas y, manteniendo algunos atributos externos, cambio completamente su contenido interno diametralmente. A partir de este momento, el evolucionismo, el panteísmo, el materialismo y el cosmismo comenzaron a desempeñar un papel extremadamente importante en la cultura y la ciencia occidentales. El hecho mismo de que casi todas las figuras culturales y científicas prominentes hayan sido miembros de logias masónicas se pasa por alto o se considera una simple formalidad, una especie de moda. Pero, de hecho, la masonería cuenta con una doctrina fundamental que corresponde a un tipo particular de conciencia religiosa que no puede sino conformar las posiciones específicas de los masones. Muchos de los desarrollos culturales y científicos en Occidente en los siglos XVII, XVIII y XIX tuvieron correlaciones definitivas en las modificaciones realizadas en las doctrinas y estados masónicos, ya sea en ciertas ramas de la masonería o en la masonería en general. La ateización de los estatutos masónicos al instante dio lugar a la difusión del cosmismo "científico" europeo y el evolucionismo tanto en el ámbito puramente metodológico, científico, como en la forma de movimientos neo-ocultistas, esencialmente panteístas (como la teosofía, el ocultismo, el neo -espiritualismo, etc.).
Así como la cosmovisión paradisíaco-polar puede reinterpretar cualquier forma religiosa en su espíritu, la doctrina de la materia mágica, a pesar de su carácter esencialmente antirreligioso, puede usurpar una forma religiosa para afirmar sus principios. Mientras tanto, la posición del Creador-Creación, por regla general, evita la exégesis radical de las doctrinas religiosas para mantenerlas intactas incluso a costa de convertirlas en reliquias y caparazones sin vida.
Las implicaciones políticas de los dogmas metafísicos
Ahora podemos resumir las posiciones sociopolíticas del siglo XX en las tres ideologías principales que hemos distinguido. Los defensores del Polo-Paraíso representan un nuevo Imperio escatológico celestial formado alrededor del Líder-Polo sobrehumano (el Tercer Reich y el Führerprinzip del nacionalsocialismo alemán). Los partidarios de la posición de Creador-Creación están del lado de la democracia moderada y el liberalismo, buscando preservar el status quo social de los individuos autónomos "marginados del Paraíso" sin abandonar la búsqueda del Principio perdido, pero sin insistir en tal esfuerzo (esto es especialmente cierto para los regímenes democráticos centroeuropeos y los estados norteamericanos de los siglos XVIII y XIX). Finalmente, la doctrina de la Materia Mágica, abierta y originalmente atea, se ha manifestado en sistemas políticos socialistas y comunistas cuyos tipos varían desde el cosmismo totalitario absoluto, como el Juche Coreano y el experimento Camboyano Pol Pot (en el que la noción pavloviana de los reflejos adquiridos del hombre-objeto encontró su aplicación más amplia), a los modelos contemporáneos estadounidenses y suecos de la "sociedad de consumo" en los que el cosmos natural y burdo de los "socialistas primitivos" ha sido reemplazado por un "cosmos" industrial, tecnológico, artificial y socializado: un verdadero sueño hecho realidad para los materialistas místicos.
Estas tres posiciones que hemos distinguido nos permiten explicar ciertas contradicciones en la historia de las ideologías que hasta el día de hoy han intrigado a muchos eruditos. En primer lugar, está claro en nuestra clasificación que estas posiciones son esencialmente incompatibles entre sí y, al estar involucradas en una y la misma forma ideológica tradicional, es seguro que tarde o temprano derivarán hacia un conflicto interno en el que cada una de estas posiciones afirmará su independencia. La cosmovisión del Polo-Paraíso pudo pasar desapercibida durante un largo período de tiempo en la tradición cristiana general, pero tarde o temprano la Cruzada albigense y los cátaros gnósticos fueron quemados en sus iglesias cristianas, encendidas por las manos de los portadores de la idea del Creador-Creación. En cuanto a otro ejemplo, los socialistas pueden permanecer convenientemente indistinguibles de los liberales o los demócratas moderados, pero tarde o temprano, si los socialistas logran tomar el poder, entonces los demócratas y los liberales serán los primeros en ser enviados a la guillotina o las mazmorras de la Cheka por ser fundamentalmente incompatibles con las ideas de "servir a la Evolución" y por desear preservar el status quo y obstruir el progreso. Por supuesto, las cámaras de tortura incendiarias y chekistas son extremas, pero es un hecho que estos tres tipos de ideologías no pueden sino estar en conflicto entre sí, y tarde o temprano esto siempre se manifestará de una forma u otra.
En este punto, nos queda abordar otro aspecto más. ¿Cuáles de estos tres tipos de protoideologías, o como dirían los alemanes, Urideologien, son fundamentalmente incompatibles entre sí y cuáles pueden formar una alianza? En principio, sus interrelaciones no son del todo simétricas. Se puede decir, por ejemplo, que la ideología del Polo-Paraíso es la ideología de la Derecha Absoluta, mientras que la ideología del Creador-Creación es el Centro Absoluto, y el materialismo místico es la Izquierda Absoluta. Aquí la palabra "absoluto" se emplea para traducir estas definiciones de la esfera de la política concreta al ámbito de sus orígenes metafísicos. También podemos proponer esta relación en el siguiente orden:
Derecha Absoluto - Sujeto sobre el Objeto
Centro Absoluto: Sujeto junto al Objeto
Izquierda Absoluta: Objeto sobre el Sujeto
O
Derecha Absoluta: la historia como caída; la necesidad de restauración instantánea; la primacía de la escatología.
Centro Absoluto: la historia como continuidad; la necesidad de preservar el equilibrio entre lo espiritual y lo material.
Izquierda Absoluta: la historia como progreso; la necesidad de contribuir a la continuación y aceleración del progreso por todos los medios.
Estos rangos metafísicos determinan la posibilidad de coaliciones entre estas tres posiciones. El Centro Absoluto y la Izquierda Absoluta pueden unirse contra la Derecha Absoluta (por ejemplo, las fuerzas aliadas en la Segunda Guerra Mundial). Pero para la Izquierda Absoluta, el Centro Absoluto también es "fascismo" (como en la propaganda estalinista o para los Nuevos Filósofos). Por lo tanto, la Izquierda Absoluta es en última instancia incompatible con el Centro Absoluto y busca destruirlo. A veces, la lucha contra el Centro Absoluto puede llevar a la Izquierda Absoluta a establecer una alianza pragmática con la Derecha Absoluta, pero, por regla general, se disipa muy rápidamente (como con el Pacto Molotov-Ribbentrop, o la alianza nacional-bolchevique entre Lauffenberg y el nazi Strasser en Alemania en la década de 1930).
Todo esto nos permite comprender la lógica de quienes inflan el nazismo (la Derecha Absoluta) y el comunismo (Izquierda Absoluta). Tal identificación es posible solo para una persona del Centro Absoluto, un partidario del concepto de Creación-Creador. Curiosamente, pensadores políticos tan diametralmente opuestos como el patriota ruso Shafarevich y el famoso ruso-soviético, judío y sovietólogo, Besançon, a pesar de divergir por completo en prácticamente todos los temas concretos, pueden exhibir una asombrosa unanimidad en su odio mutuo hacia el socialismo soviético (la Izquierda Absoluta) y el nacionalsocialismo alemán (la Derecha Absoluta). Para Shafarevich, tanto el primero como el segundo son esencialmente manifestaciones de un impulso suicida, tanatofílico y escatológico en la civilización, cuyas fuentes ve en los babilonios, Platón y más tarde en los cátaros y anabaptistas. Una mezcla similar del Polo-Paraíso con la Materia Mágica es característica de los autores patrióticos rusos (como Lev Gumilev y Yuri Boroday). Incluso podemos ver lo mismo en el trabajo de Besançon cuando llama tanto a los socialistas soviéticos como a los nazis alemanes representantes del "marcionismo", es decir, seguidores de las emblemáticas tendencias anti-judaicas, anti-creacionistas y gnósticas del cristianismo primitivo encarnado en la figura de Marción de Sinope. Los movimientos escatológicos medievales también son vistos como los precursores de los regímenes comunistas y nazis por el intrigante politólogo, historiador y judío, Cohn. Por lo tanto, tanto los judíos rusos como los patriotas rusos pueden encontrar la unidad en la ideología metafísica más allá de la oposición extrema de sus puntos de vista políticos particulares. Esperamos haber explicado suficientemente los aspectos esenciales de las raíces metafísicas de la ideología para descartar las coincidencias o aleatoriedad de este o aquel autor. Además, se puede decir algo similar de otros intelectuales cuya metafísica (a veces ni siquiera percibida conscientemente) establece vínculos de principios, incluso cuando los detalles políticos suponen una brecha insalvable.
Hablar de un posible equilibrio o armonización entre estas tres proto-ideologías es imposible sobre la base de relatos históricos, ya que en realidad la relativa armonía surge solo cuando los proponentes de una de estas posiciones se apoderan de los reinados del gobierno ideológico presionando o expulsando a la periferia a los otros dos. Todas las recetas para la reconciliación son utópicas y poco realistas. Lo que es más, tales iniciativas a menudo provienen de círculos cosmistas que están tan convencidos de la razonabilidad y, lo más importante, la positividad de la evolución que incluso pueden dar paso a la justificación de la necesidad de barreras a la evolución en interés de la evolución (este es básicamente el caso en algunos proyectos neo-masónicos, ciertas organizaciones mundialistas como el Club de Roma, la Comisión Trilateral, etc., así como algunas de las ideas de De Chardin que propone que los demócratas, fascistas y comunistas se unan en un solo sistema político).
Por otro lado, existe algún tipo de continuidad en la historia entre estos tres tipos de proto-ideologías. Cuanto más se adentra en la antigüedad, más claro y más "totalitario" es el tipo de ideología de la Derecha Absoluta, el complejo polar-paradisíaco. En la Antigüedad tardía, el tipo de Creador-Creación comenzó a adquirir predominio y recibió su forma doctrinal más pronunciada en el judaísmo tardío y las otras religiones abrahámicas. También en este período de "totalidad", las estructuras de la ideología del Creador-Creación irradiaron cíclicamente las tendencias paradisíaco-polares, esta vez por el deseo de una "Revolución desde la derecha" coloreada con todo un creciente escatologicismo. Finalmente, con la Modernidad y en el período contemporáneo, las tendencias de la Izquierda Absoluta han llegado a disfrutar de la mayor propagación, envolviendo y desnaturalizando los vestigios de las formas tradicionales anteriores (cristianismo cosmisista, hinduismo y budismo cosmisista, socialdemocracia, neo-masonería atea, "judaísmo ilustrado", etc.). Sin embargo, incluso bajo el dominio de la Materia Mágica, las tendencias del Centro Absoluto y la Derecha Absoluta nunca se han borrado por completo, y en cada primera oportunidad acumulan energía de oposición que produce una revolución teocrática o paradisíaco-polar. Por lo tanto, a pesar de los períodos y reinados cambiantes, nuestras tres tendencias o tipos de cosmovisiones no pueden fusionarse ni reducirse en número. Por el contrario, las oportunidades que ofrecen las formas externas que pueden tomar estas proto-ideologías según las circunstancias no son limitadas. Sin embargo, incluso los modelos sincréticos más complejos diseñados para fusionar elementos de la Derecha Absoluta, el Centro Absoluto y la Izquierda Absoluta, no pueden relevar al proponente de tal esfuerzo de pertenecer intrínseca e invariablemente a una proto-ideología cuyas variaciones ideológicas o formas alternativas serían precisamente lo que comprende este modelo sincrético.
Si bien no queremos terminar con una nota de completa relatividad y pluralidad, nos gustaría expresar nuestra creencia de que el secreto de la historia de las ideologías globales todavía tiene una solución bastante directa. Tarde o temprano, una de estas tres posiciones metafísicas se revelará como la única verdadera y verdadera. Cuál exactamente, sin embargo, el tiempo lo dirá.
3 notes · View notes
Text
Formação em Terapeuta Holístico Esotérico e Astroterapeuta
Formação em Terapeuta Holístico Esotérico e Astroterapeuta
Formação em Terapeuta Holístico Esotérico e Astroterapeuta! Trinta técnicas pelo preço de uma, com Certificado Válido para te habilitar a atender seus pacientes. Aprenda a fazer análises de mapas astrológicos ou atendimentos terapêuticos através da Astrologia, do zero ao avançado. Descubra todos os segredos da Astrologia com esse curso registrado na Biblioteca Nacional, sob o nº 04206BN. Agora a…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
elverbo · 3 years
Text
Esoterismo y Exoterismo ¿Cuál es la diferencia?.
0 notes
Text
Esoterismo ou Exoterismo?
Boa tarde, meus caros e minhas caras! Como sempre venho expondo pra vocês, e acho importante relembrar, a disponibilidade de sempre estar por aqui para escrever algo, o que me requer uma grande pausa para vários outros aspectos da minha vida, como a dedicação e o aprendizado com a espiritualidade, o meu trabalho, do qual ganho meu provento, os estudos e aperfeiçoamento, as redes sociais, a…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes