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#insetos alimentação do futuro
dicasverdes · 2 years
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Supermercados do Reino Unido planeja vender Insetos como alimento para pessoas Pobres no Inverno
Supermercados do Reino Unido planeja vender Insetos como alimento para pessoas Pobres no Inverno
Uma grande rede de supermercados do Reino Unido está finalizando planos para estocar insetos em suas prateleiras e comercializá-los como uma fonte de comida barata para pessoas que lutam para alimentar suas famílias em meio à inflação crescente e à crise do custo de vida. O Daily Mail informa que a Aldi está considerando estocar insetos ‘comestíveis’ e fornecer kits de receitas para os pais…
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arquivosmagnusbr · 1 year
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MAG045 — Bolsa de Sangue
Caso #0110209: Depoimento de Thomas Neill a respeito de sua experiência de trabalho pesquisando a malária durante a primavera de 2010.
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Aviso de conteúdo: entomofobia, insetos
Tradução: Lia
ARQUIVISTA
Depoimento de Thomas Neill a respeito de sua experiência de trabalho pesquisando a malária durante a primavera de 2010. Depoimento original prestado em 9 de fevereiro de 2011. Gravação de áudio por Jonathan Sims, arquivista chefe do Instituto Magnus, Londres.
Início do depoimento.
ARQUIVISTA (DEPOIMENTO)
Espero que você me perdoe pela caligrafia. A tremedeira melhorou nos últimos meses, mas ainda é... bem difícil de ler. Meu terapeuta também mudou minha medicação recentemente, então se eu ficar um pouco confuso é por causa disso. Só pra deixar claro, a medicação e a terapia foram consequência dos eventos que vou descrever aqui. Eu não estava usando nenhum remédio antes ou durante o evento que estou registrando. Só comecei a terapia depois da morte do Neil.
Trabalho como assistente de pesquisa há mais ou menos seis anos. Qualquer um que tente fazer propaganda da carreira com promessas de dinheiro, realização ou grandes descobertas é um mentiroso. O trabalho é longo e repetitivo, as descobertas são creditadas aos seus colegas — pelo menos até que sejam refutadas ou irrelevantes cinco anos depois —, e o dinheiro é... uh, bem... o dinheiro não é tão ruim, pelo menos não até que a verba acabe no meio do projeto.
Acho que o que eu quero dizer é que, quando eu finalmente consegui entrar em um projeto para fazer algo em que realmente acreditava, eu estava preparado para ignorar muita coisa. Era pesquisa de malária na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres. Eu trabalhava com o Dr. Neil Thompson. Eu tenho certeza de que ele me contratou só porque os nossos nomes são parecidos: Thomas Neill e Neil Thompson. Sempre tinha um pequeno momento de confusão toda vez que alguém chamava o ‘Neil’. Acho que ele se divertia com isso. Ele era esse tipo de pessoa — não mesquinho ou maldoso, ele só gostava de um pouquinho de caos inofensivo de vez em quando. Ele equilibrava sua seriedade no laboratório, eu acho, porque lá ele era o tipo de cientista rigoroso e meticuloso que eu não pensava que existia fora dos dramas médicos fictícios. Pensa assim: ele usava um jaleco branco que estava sempre imaculado. Eu não sei se você faz ideia do quão impressionante isso é quando você trabalha em um laboratório, principalmente porque o nosso trabalho fazia sujeira. Bastante sujeira.
Nós não trabalhávamos diretamente com a malária, sabe? Nosso trabalho era nos próprios mosquitos anofelinos capazes de transmitir, mas... não eram infectados, apesar das medidas que seriam tomadas caso algum deles fugisse. Estamos falando de pânico se espalhando, quarentena e funcionários treinados vindo matar a coisa. Eu sempre achei que aquele nível de cautela era ridículo já que nossos mosquitos não tinham malária de verdade. Não acho mais.
Nós estávamos tentando sintetizar uma espécie de "substituto do sangue", uma combinação dos açúcares e proteínas que os mosquitos precisam pra sobreviver, mas que seria mais atraente do que um humano cheio de sangue. A ideia era criar uma espécie de isca que manteria os mosquitos distraídos e longe das pessoas e que poderia potencialmente ser usada para envenená-los, embora essa parte fosse mais pro futuro. Naquele ponto, a maior parte da pesquisa foi direcionada às tentativas de aperfeiçoar o "gosto" do negócio, por assim dizer.
O cheiro também era um grande fator, pois precisávamos que os mosquitos o escolhessem como fonte de proteína em vez de um humano, e à medida que progredíamos, descobrimos que a textura e a composição da própria bolsa de alimentação ajudava a atraí-los, então acabou ficando cada vez mais parecida com, er... pele humana. As bolsas que vieram depois tinham até pequenos pedaços de cabelo humano embutidos nelas, o que tornava o negócio todo grotesco demais pra mim, mas os mosquitos ficavam loucos por aquilo, e para o Neil isso era tudo o que importava.
Depois de mais ou menos seis meses nós já tínhamos aperfeiçoado o negócio, pra ser sincero. Tínhamos uma bolsa isca que os mosquitos preferiam a uma amostra humana em 98% dos casos, na qual eles demonstravam consistentemente uma vontade de retornar do que ir às outras alternativas. O problema era o custo. O nosso substituto sanguíneo sintetizado, que gostávamos de chamar de "hemoglobisca", não era barato o suficiente para produção em massa, principalmente levando em conta os materiais necessários para a bolsa, e como estávamos estudando prevenção em vez de cura sempre seríamos comparados ao custo-benefício de apenas comprar um monte de mosquiteiros. E essa não seria uma comparação na qual nós sairíamos ganhando. Mas nós continuamos tentando recriar o efeito com materiais mais baratos e mais fáceis de encontrar, mas foi aí que o Neil começou a murmurar sombriamente sobre financiamento.
Agora eu provavelmente deveria te contar um pouco sobre a seringa do Neil. O nosso Dr. Thompson alegava ser descendente do médico do século XIX, John Snow, sobrinho-neto ou tataraneto ou algo assim. Não sei o quanto você sabe sobre epidemiologia na década de 1850, e certamente esse é um nome bem comum, mas o Snow foi fundamental para estabelecer as bases da teoria dos germes na transmissão de doenças, e é muito creditado por ter ajudado a acabar com o surto de cólera em 1854. Eu só mencionei isso porque o Neil tinha... bem, acho que você pode chamar aquilo de totem. Era uma seringa vitoriana antiga que ele alegava ter pertencido a esse ilustre ancestral dele.
Não sei se era verdade ou não, mas o Neil sem dúvidas tratava o negócio como uma relíquia. Ele a mantinha muito bem cuidada, com o vidro brilhando e o metal polido, e a carregava em uma caixinha enfiada no bolso de seu jaleco. Sempre que ele era chamado para fazer algum cálculo ou analisar algum resultado sua mão deslizava para o bolso e ele apertava delicadamente aquela caixa. Então você pode imaginar que foi uma surpresa quando ele veio até mim e pediu a minha ajuda para vendê-la.
Aí, de acordo com o Neil, o dinheiro da verba do nosso projeto tinha acabado e sem fontes alternativas de financiamento não seríamos capazes de continuar o trabalho. Não sei até que ponto eu acreditava nele, já que os boatos no laboratório eram de que o Neil tinha um vício em jogos de azar. Pra ser justo com ele, eu já tinha ouvido todo tipo de fofoca infundada sobre todo mundo, e pra ser sincero eu não sei como o dinheiro funcionava no nosso projeto. Eu tinha só assinado o contrato e pegado os cheques de pagamento, e eu nunca tinha pensado em investigar sobre o nosso financiamento, então ele poderia estar dizendo a verdade. Ele poderia estar tentado salvar o projeto. Isso não importava muito, já que a essa altura o Neil e eu éramos bem próximos, então... se ele me pedisse um favor, eu não iria recusar.
Quando eu disse que ele me pediu ajuda para vender o negócio, não era exatamente isso. Ele já tinha encontrado um comprador, algum comerciante de antiguidades que, segundo o Neil, tinha oferecido seis dígitos por ela. Aquilo parecia loucura pra mim. Quer dizer, era uma bugiganga valiosa, claro, mas... era só isso. O Neil também não parecia totalmente convencido de que o cara estava naquele nível, e foi por isso que ele me pediu para ir junto.
Eu sou um cara grande, um metro e 80, 92 quilos, então eu consigo ser uma figura bem intimidadora se eu precisar, especialmente se você não sabe que eu nunca dei um soco na minha vida. Era isso que o Neil queria que eu fizesse — só estar lá, o protegendo enquanto ele ia encontrar aquele cara, para que ele soubesse que não deveria tentar nada. Infelizmente, não lembro o nome dele, mas ele era estrangeiro — indonésio, eu acho, ou samoano.
Eu achava que a reunião seria depois de escurecer em algum estaleiro sujo, mas no fim das contas eles combinaram de se encontrar no pub The Three Greyhounds em Soho na tarde seguinte. Eu queria me vestir de forma intimidadora, mas eu realmente não tinha nenhuma roupa para aquilo, então só vesti um terno. No final das contas, eu nem precisava ter me incomodado — aquele comerciante de antiguidades excessivamente generoso era quase tão grande quanto eu, e ao contrário de mim, parecia poder cuidar de si mesmo.
Ele nem olhou para mim quando entrou no bar, que estava quase deserto naquela horário em uma tarde de terça-feira. Ele se sentou em frente ao Neil enquanto eu fiquei de pé desajeitadamente ao lado da mesa deles. Eles conversaram de forma rápida e silenciosa, e eu não consegui entender muita coisa, mas parecia que eles estavam só discutindo o preço da seringa. Eventualmente eu vi duas maletas irem de uma mão para outra e foi isso. O comerciante se levantou e saiu, segurando uma maleta que parecia muito mais leve do que aquela com a qual ele havia entrado. Neil me deu um aceno aliviado e voltou para o laboratório com a sua própria maleta, que só consegui imaginar estar cheia de dinheiro.
Foi aí que as coisas começaram a dar errado. Que as coisas começaram a ficar estranhas. Não sei se teve algo a ver com o Neil ter vendido aquela seringa — quer dizer, eu não sei como isso poderia estar relacionado, mas foi aí que o problema começou.
A primeira coisa que notei foi o calor. Bem, os mosquitos precisam ser mantidos a uma temperatura de cerca de 23 a 24 graus Celsius, o que pode não parecer muito quente, mas isso aconteceu no final de maio e estávamos começando a entrar no verão, então em um dia ensolarado o quarto onde mantínhamos as gaiolas ficava sufocante. Mas, com o passar dos dias, o calor começou a se espalhar pelo resto do laboratório, até que ficávamos pingando de suor na maior parte do dia.
Ligamos para o gerente do prédio para verificar o aquecimento e ele nos disse que tudo estava funcionando bem. Ele até concordou em ligar o ar-condicionado para nós, mas não fez diferença nenhuma. O laboratório estava quente e úmido, tudo ficava pegajoso, e eu comecei a trazer uma camisa extra pra me trocar quando eu saísse no final do dia. Felizmente nenhum dos produtos químicos que estávamos misturando nas bolsas de sangue falsas eram particularmente sensíveis à temperatura, ou só Deus sabe quanto trabalho poderíamos ter perdido.
Aquilo era desagradável, é claro, mas não tinha nenhum indício real de que fosse algo paranormal. Não, isso só veio algumas semanas depois. Os mosquitos começaram a agir de um jeito incomum. Nós os mantínhamos em gaiolas de malha metálica para que ficassem visíveis o tempo todo. Tem um buraco na frente forrado com gaze que pode ser retirada e colocada para vedar ou permitir o acesso à gaiola. Normalmente, eles ficam contentes só de ficar voando em suas gaiolas. Mas aí, do nada eles pararam. Eles pousaram na gaiola e só ficaram lá. Eles se distribuíam de forma quase completamente uniforme lá dentro, a ponto de quase parecerem alinhados, e aí ficavam assim por horas. Era perturbador, e mais de uma vez os pesquisadores pegaram alguns para serem examinados, procurando por qualquer mudança que pudesse ter resultado naquele comportamento alterado, mas tudo parecia normal.
Mas às vezes, quando eu ficava trabalhando até tarde, eu olhava para aquele quarto e eu juro que via uma massa de mosquitos em cada gaiola, amontoados em uma massa espessa em torno da gaze que cobria a entrada. Eu deveria ter contado pra alguém, mas na época eu não sabia o que estava vendo.
A atitude dos mosquitos em relação às bolsas de sangue falsas também mudaram. Em vez de rondarem por um tempo, pousarem, se alimentarem, voarem e se alimentarem de novo algumas vezes, agora, assim que a bolsa era colocada lá dentro, todos os mosquitos desciam até ela imediatamente, de uma só vez, até que a bolsa estivesse completamente coberta de bocas de agulha e asas esvoaçantes. Isso realmente começou a me assustar.
O que realmente me assustou, no entanto, e a todos na equipe, foi o que saiu da bolsa de sangue depois. Pouco depois de eles começarem a exibir esse comportamento, um dos outros assistentes de pesquisa, George Larson, estava recolhendo uma das bolsas vazias e a devolvendo para descarte no laboratório quando ele tropeçou e ela caiu no chão. Quando atingiu o chão com um baque molhado, ficou imediatamente claro que a bolsa não estava tão vazia quanto parecia.
A substituta de sangue, a "hemoglobisca", era de um laranja claro e xaroposo, quase da cor de um mel escuro, mas um pouco mais fino. O que escorria da bolsa agora era um vermelho escuro e turvo. Naquela altura, ninguém se opôs a chamar os agentes de biossegurança. Eles pegaram amostras da substância e nos fizeram uma descontaminação básica, e aí eu fui pra casa. É estranho pensar agora que meus pensamentos naquela época tendiam mais para a curiosidade do que para o medo.
Os resultados dos testes vieram e foram alarmantes na mesma medida em que eram impossíveis. Era sangue. Sangue de verdade. O- e infectado com malária. Não só malária, mas também febre amarela, hepatite B e sinais de cólera. Havia outras substâncias na amostra também que eles não foram capazes de identificar. Nos avisaram que ficaríamos em quarentena imediatamente e que nosso projeto havia sido encerrado até segunda ordem. Eu me lembro de estar lá no laboratório quando disseram isso. Ouvi um grito estrangulado atrás de mim e me virei para ver o Neil balançando a cabeça repetidamente, o rosto coberto de raiva e ódio. Ele não estava olhando para as pessoas que vieram nos colocar em quarentena, no entanto. Não, ele estava olhando para a sala cheia de mosquitos como se eles tivessem planejado aquilo, como se fosse puramente por conta da intenção maliciosa deles que ele estava vendo sua carreira ir por água abaixo.
Antes que alguém pudesse detê-lo, ele pegou um extintor de incêndio e correu para a sala dos mosquitos. Só Deus sabe o que ele estava tentando fazer. Pulverizar algumas gaiolas até a morte em um ato mesquinho de vingança, talvez? Ele nunca teve a chance.
Enquanto ele se atrapalhava com o pino de segurança, um zumbido horrível encheu o ar e, de repente, eu percebi o que eles estavam fazendo em cima da gaze naquelas noites. Não havia tempo para tirar o Neil de lá, então fiz a única coisa que eu poderia ter feito. Eu fechei a porta.
Milhares de mosquitos irromperam daquelas gaiolas, muito mais do que eu achei que poderíamos ter naquele lugar. Mas não tinha como contá-los enquanto eles se aglomeravam no pobre Neil; primeiro suas mãos e seu rosto, depois debaixo de suas roupas, até que não tivesse uma parte dele que não estivesse coberta com aquelas coisas. Ele batia neles, matando alguns, mas havia muitos — depois de alguns segundos ficou claro que ele estava entrando em choque. Ele tentou gritar, mas isso só deu a eles mais lugares para beberem seu sangue.
Foi aí que eu me virei. Não havia uma única gota de sangue derramada, mas todos nós sabíamos que o Dr. Neil Thompson estava morto. Não me lembro de muita coisa depois disso. Houve muitos gritos e muito barulho, depois testes. Acadêmicos confusos e preocupados me fazendo perguntas que, é claro, eu não conseguia responder. Demorou quase um mês até que o mundo estivesse em foco novamente.
O corpo docente tem sido legal comigo, na verdade, então eu provavelmente deveria ser grato. Eles estavam tão ansiosos para varrer isso para debaixo do tapete que me liberaram com uma carta de recomendação tão brilhante que arrumei uma vaga de técnico de laboratório na Universidade do Rei. A maior parte do trabalho é ajudar os alunos, mas tudo bem. Acho que cansei de pesquisar.
ARQUIVISTA
Fim do depoimento.
Odeio mosquitos. Bichos horríveis. Qualquer solução para a questão da malária que não se concentre em eliminá-los não é algo que me interesse. Ainda assim, esse relato grotesco não nos dá muitas pistas para seguir. Obviamente tem a própria Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, mas a investigação do Tim nos trouxe pouca informação significativa. Aparentemente, os funcionários que estão por lá há tempo suficiente para se lembrar do evento ou não sabiam sobre detalhes ou foram bem avisados para manter a boca fechada.
Além do fato de que o Dr. Neil Thompson morreu em um acidente de laboratório em 30 de maio de 2010, não tem muito mais para procurar. A Sasha conseguiu obter uma cópia do relatório do inquérito, que é irritantemente vago, mas lista a causa da morte como perda de sangue e o veredicto oficial como "morte por desventura".
Eu acho que não temos muita dúvida de que o comerciante de antiguidades é o curioso Sr. Salesa. Ele agora apareceu vezes suficientes para que eu não possa mais descartá-lo como uma coincidência, e estou conversando com a Rosie para ver se podemos contatá-lo. Aparentemente ele não é visto há quase dois anos, e os rumores no comércio correm para todos os lados, desde "ele teve uma aposentadoria tranquila" até "ele está tentando se esquivar de uma sentença de prisão", ou até mesmo "ele foi morto a tiros na Colômbia por roubar um artefato inestimável de um traficante de drogas". Seja lá qual for o motivo, não parece que ele responderá perguntas tão cedo, embora eu tenha insistido para a Rosie continuar tentando.
Além disso, não tem nada mais que possamos fazer com esse depoimento. O próprio Sr. Neill faleceu no ano passado. Martin não foi capaz de obter a causa oficial da morte, mas a julgar pelo número de antibióticos que o relatório da polícia descreve terem encontrado em sua casa na época deve ter sido alguma coisa realmente bem desagradável.
Fim da gravação.
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ARQUIVISTA
Complemento.
Estive investigando o Tim — o observando. Ele certamente está fazendo o trabalho dele, muito melhor do que eu esperaria, dadas suas experiências recentes. Tem só uma coisa que eu não entendo: por que ele trabalha pro Instituto? Um diploma de Antropologia da Universidade Trinity, cinco anos de sucesso ascendente em uma grande editora e, então, do nada, ele decide vir trabalhar para nós.
Por quê? Não consigo encontrar nenhuma outra indicação de um interesse pelo paranormal, nada que indique que essa área de estudo tenha atraído ele. E por que ficar aqui depois de tudo que aconteceu com a Prentiss? É só por lealdade ou poderia ser algo...
[PORTA ABRE]
Martin: Ei, você quer uma xícara de chá?
Arquivista: Uh...
Martin: Ah, desculpa, você tá gravando? Eu pensei que você tinha terminado por hoje.
Arquivista: Eu tinha. Eu terminei. É...
Martin: Por que você tem fotos do Tim?
Arquivista: É... é pra uma avaliação de desempenho, tô revisando alguns arquivos pra fazer isso.
Martin: Mas isso parece uma foto da casa dele?
Arquivista: Arquivos confidenciais que você... legalmente você não deveria estar vendo. Por favor, saia, Martin.
Martin: Certo, certo. certo... Você quer aquele chá?
Arquivista: Não. Obrigado, Martin.
[PORTA FECHA]
Preciso encontrar um lugar melhor pra fazer essas gravações.
Fim do complemento.
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ambientalmercantil · 3 months
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pacosemnoticias · 2 years
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Fogo provocou "danos enormes" na biodiversidade da Serra da Estrela
O incêndio que deflagrou no sábado no concelho da Covilhã provocou "danos enormes" na biodiversidade da Serra da Estrela, afetando várias áreas de grande relevância para a conservação da natureza, afirmou ontem biólogo do Centro de Interpretação.
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"Este é um dano enorme na biodiversidade da Serra da Estrela, porque o incêndio atinge uma área muito vasta e também em diferentes altitudes -- há áreas destruídas em zonas situadas a 600 metros até pontos situados nos 1.500 metros. Esta heterogeneidade de espaços afetados resulta numa enorme perda, porque afeta muitos habitats diferentes", disse à agência Lusa José Conde, biólogo do Centro Interpretação da Serra da Estrela (CISE), estrutura da Câmara de Seia.
Ressalvando que a avaliação no terreno ainda não foi feita, o especialista realçou que, face à extensão do incêndio, "todos os grupos de fauna e flora terão uma perda verdadeiramente severa".
Pela área afetada, o processo de luto "será muito longo e penoso" e a recuperação lenta, alertando que "algumas perdas poderão ser mesmo irreparáveis porque altera-se o equilíbrio do ecossistema".
"Houve vários habitats de maior importância ecológica que foram afetados, em particular, bosques de azinheiras, bosques de castanheiros, algumas áreas de carvalhais e ainda áreas de mato, nomeadamente caldoneirais", formações arbustivas raras no país dominadas pela planta caldoneira, que são um habitat importante para várias comunidades de insetos, répteis e aves, frisou.
Para além da importância destes habitats para a conservação da flora, há "a lamentar uma perda correspondente ao nível da fauna, que é muito significativa, em particular algumas espécies mais raras, com distribuição mais local", salientou.
Répteis como a víbora cornuda, o sardão, ou espécies de grilos e escaravelhos que apenas existem na Serra da Estrela, assim como pequenos carnívoros como as fuinhas e as ginetas terão sido afetados, referiu.
"Estamos a falar de impactos transversais a todos os ecossistemas terrestres", salientou.
No caso das aves, em que a Serra da Estrela também apresenta uma grande diversidade, haverá espécies com menor capacidade de expressão que poderão ter sido fortemente atingidas, enquanto aves de maior porte, apesar de terem a capacidade de "escapar às chamas e de se deslocar para zonas não atingidas, muito rapidamente não terão alimento disponível", notou.
Também as espécies aquáticas terão a sua sobrevivência "muito condicionada" num futuro próximo, face à possibilidade de contaminação das águas com sedimentos e cinzas resultantes dos incêndios, apontou.
Toda a fauna que sobreviver às chamas "vai ter grandes dificuldades, porque os habitats já não lhes vão oferecer a mesma disponibilidade de refúgios e de alimentação", referiu o biólogo.
"Todos temos a lamentar as perdas económicas e sociais, que são a prioridade, mas, no futuro, devemos procurar adotar um conjunto de medidas de gestão que permita, da melhor forma, compatibilizar as atividades humanas com a conservação da natureza. Teremos que ir de mãos dadas -- o desenvolvimento local e a conservação. Só dessa forma podemos ambicionar ter um sistema mais resiliente ao fogo e às perdas que ele implica", salientou José Conde.
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oomesmodesempre · 2 years
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tiba
Dentro do meu (tosco) coração de cientista sempre foi ocupado por 3 cientistas; Ernst Götsch, Johan Van Lengen, Valdely Ferreira Kinupp: JESUS, BUDA E MAOMÉ.
E SAI DA MINHA CASA QUEM NÃO CONCORDAR.
E do nada eu tava ali, sentado, chapado em meio de uma refeição escutando valdely e johan discutir sobre o universo, e em silencio absorvi tudo, só que um dos voluntários tinha me oferecido uns pega na marvada, e infelizmente; a erva era da melhor qualidade, ae virei uma amoeba.
Então o Johan comentou algo sobre o futuro seria comer insetos, e ri dele (mano, veja o grau de sem noção) e o interrompi;
“Acho que o senhor ta errado, o futuro da comida no brasil não é inseto não...”
Os mais jovens me olharam em espanto um idiota como eu interrompendo os ensinamentos de “Buda”...
Ele me perguntou de forma serena sem levar pra o pessoal o fato de um guri que nem nasceu pelos no rosto o corrigindo; “sobre qual seria o futuro da alimentação? ”
Eu fiquei em silencio, eu meio que sabia a resposta da pergunta dele, mas eu não tinha argumentos, então fiquei em silencio.
Hoje infelizmente o Johan se foi :/. Gostaria muito de poder discutir com ele sobre as coisas que eu descobri, mas fica aí talvez o dia mais importante como cozinheiro,
Hey @tiba logo mais to de volta.
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portals4 · 3 years
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Programa do Ratinho 21/05/2021: André Vasco, Paula Fernandes, Rafael Cortez e Renata Kuerten são convidados
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Programa do Ratinho traz mais uma edição da Resposta Premiada O Programa do Ratinho desta sexta-feira, 21 de maio, traz mais uma edição da divertida Resposta Premiada. Com convidados sempre especiais, o quadro 'Resposta Premiada' desta semana conta com a participação da cantora Paula Fernandes, da modelo e apresentadora Renata Kuerten, do humorista Rafael Cortez e do apresentador André Vasco. Os artistas concorrem a prêmios em dinheiros ao responderem corretamente as questões de conhecimentos gerais trazidas por Ratinho.  Quem também marca presença na atração é Arthur Veríssimo, que fala sobre a 'Comida do Futuro'. O repórter traz uma matéria sobre a alimentação à base de insetos, exibe uma entrevista com o chef Alex Atala falando sobre o tema e também uma conversa com um criador de insetos para a alimentação humana. O programa vai às ruas para saber o que o povo acha das comidas 'inovadoras' e, no palco, o chef Casé Bugs Cook traz pratos dessa culinária diferenciada para que Ratinho e o elenco experimentem.  O Programa do Ratinho começa logo após mais um capítulo de Chiquititas, não perca! Assista o Programa do Ratinho no SBT: https://www.youtube.com/watch?v=ABVQXgr2LW4 Read the full article
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petfilho · 3 years
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Como animais encontram remédios na natureza
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Pesquisas sobre automedicação animal começaram há 35 anos, quando cientista se surpreendeu ao encontrar um chimpanzé mastigando uma planta amarga. Pesquisas sobre automedicação animal começaram há 35 anos, quando cientista se surpreendeu ao encontrar um chimpanzé mastigando uma planta amarga Getty Images via BBC Algo estranho aconteceu há 35 anos, quando o primatologista Mike Huffman estava estudando um grupo de chimpanzés no oeste da Tanzânia. Chausiku, uma das fêmeas, deixou seus filhotes com outros animais da espécie, subiu em uma árvore e deitou-se em um ninho. “É incomum que chimpanzés durmam durante o dia”, explica Huffman. Então aconteceu algo extraordinário. Chausiku desceu da árvore, pegou seu filho, caminhou devagar e com dificuldade, seguida pelo grupo, até que se sentou em frente a um arbusto. “O nome do arbusto é mjonso”, explicou Mohamedi Seifu Kalunde, assistente de pesquisa de Huffman. Kalunde é um renomado especialista na selva local. Ele foi treinado por seus pais e avós na arte da fitoterapia, estudo das plantas medicinais. “É um medicamento muito poderoso e importante para nós”, ele diz. A planta, que em português é chamada de vernonia (Vernonia amygdalina), é usada na Tanzânia para tratar malária, parasitas intestinais, diarreia e dores de estômago. Muitos outros grupos na África tropical e na América Central — que conhecem a erva por vários nomes, mas geralmente como “folha amarga” — também a usam para tratar doenças como malária, esquistossomose, disenteria amebiana e outros parasitas intestinais e dores de estômago. A chimpanzé Chausiku arrancou alguns galhos e removeu a casca e as folhas, que se ingeridas em grandes quantidades podem ser letais. A Vernonia amygdalina pode ser tóxica, mas alguns chimpanzés da Tanzânia sabem que ela pode ter efeitos curativos Getty Images via BBC O interessante — além de não ser uma planta que faça parte da alimentação desses primatas — é que Chausiku mastigou o miolo e depois cuspiu as fibras. Será que a chimpanzé fazia isso não para se alimentar, mas para se sentir melhor? Em outras palavras, Chausiku estava usando a erva deliberadamente como um medicamento? Mjonso Chausiku foi dormir em seu ninho mais cedo do que de costume. No dia seguinte, Huffman e Kalunde notaram que ela continuava se sentindo mal: ela precisava descansar com frequência, movia-se devagar e comia pouco. Mas tudo mudou cerca de 24 horas após a ingestão da seiva amarga de mjonso. A chimpanzé correu pela floresta até chegar a um prado pantanoso, onde devorou ​​grandes quantidades de figos, tutano de gengibre e capim elefante. Chausiku com seu filho Chopin MIKE HUFFMAN As observações que Huffman e Kalunde fizeram durante aqueles dois dias em novembro de 1987 se tornaram a primeira evidência documentada de um animal consumindo uma planta com propriedades medicinais e se recuperando posteriormente. Eles teriam descoberto a medicina animal? Conexão profunda Embora seja verdade que esta foi a primeira evidência científica de automedicação em animais, Huffman enfatiza que não é uma descoberta, mas uma “redescoberta” de algo que algumas culturas deixaram cair no esquecimento. Mas nem todas. Na Tanzânia, por exemplo, aquela profunda conexão com a natureza ainda estava viva. “Sabemos por nossa tradição que animais doentes procuram plantas para melhorarem, então usamos essas plantas para tratar nossas doenças também”, explicou Kalunde. O episódio com os chimpanzés não foi a primeira vez que cientistas observaram o que parecia ser automedicação no reino animal. Mais de uma década antes, o primatologista Richard Wrangham e seus colegas viram que os chimpanzés muitas vezes engoliam folhas inteiras sem mastigar. Na época, os cientistas se perguntaram se os animais faziam isso para curar infecções parasitárias. A equipe até cunhou o termo zoofarmacognosia — do grego zoo (“animal”), farmaco (“droga ou remédio”) e gnosy (“conhecimento”) — para descrever o comportamento. Mike Huffman (à dir.) descreve seu relacionamento com Mohamedi Seifu Kalunde (à esq.) como ‘uma parceria intelectual mútua’ Mike Huffman Mas eles não conseguiram provar que essas folhas continham produtos químicos tóxicos para os parasitas, ou que os chimpanzés estavam doentes antes ou que foram curados após se automedicar. Ou seja, ainda não havia elementos para provar a automedicação. Sabendo disso, Huffman conseguiu que seus colegas bioquímicos analisassem a Vernonia amygdalina. Eles descobriram mais de uma dúzia de novos compostos com propriedades antiparasitárias. Além disso, o primatologista coletou amostras fecais do grupo Chausiku e descobriu que, depois de mastigar a planta, os ovos do parasita nas fezes diminuíram em até 90% em um dia. E mais, observações subsequentes mostraram que eles tendiam a mastigar folhas mais amargas durante a estação chuvosa, quando os parasitas eram mais abundantes. “Esse foi o início desta jornada que embarquei há 35 anos ou mais”, diz Huffman, professor da Universidade de Kyoto, no Japão. Ele acabou se tornando um dos maiores especialistas em automedicação animal. Chowsiku e sua planta de folha amarga foram a chave para estudos posteriores, que mostraram que o evento estava longe de ser único. Na verdade, agora sabemos que esse tipo de comportamento vai muito além dos chimpanzés. Outros mamíferos, pássaros e até insetos tratam suas próprias doenças de maneiras diferentes. Huffman precisava provar que os chimpanzés sabiam o que estavam fazendo ao consumir remédios naturais Getty Images via BBC Hábito estranho O próprio Huffman começou a investigar relatos de outro lugar na Tanzânia, onde macacos tinham “o estranho hábito de pegar folhas ásperas, dobrá-las na boca e engoli-las”. “Durante anos procurei um sistema para estudar adequadamente esse tipo de comportamento”, até que descobri “que na verdade eles estavam expulsando parasitas”. Como as folhas são difíceis de digerir, elas “diminuem a quantidade de tempo que o alimento leva para passar pelo trato intestinal”. Eles estavam limpando seu sistema digestivo. “Em exatamente seis horas, eles expulsaram os parasitas.” Depois de discutir o assunto com os colegas, um grupo de cientistas começou a investigar. Hoje se sabe que existem 40 espécies diferentes de folhas que 17 populações diferentes de chimpanzés, bonobos e gorilas usam para se livrar de parasitas. E os primatas não são os únicos a usar essa técnica. “Agora sabemos que pequenos mamíferos como a civeta também dobram e engolem folhas e expelem parasitas, e grandes mamíferos como o urso pardo e o urso preto fazem parecido”, diz o cientista. Algumas araras e papagaios usam argila para tratar dores de estômago; a argila se liga às toxinas e as remove do corpo Getty Images via BBC “Também os gansos da neve canadenses, geralmente os mais jovens, se automedicam antes de migrar no inverno, quando vão para o sul e têm um longo caminho a percorrer. Eles limpam seus sistemas antes de passar por esse longo e estressante período sem poder se alimentar”. As borboletas usam remédios? “No ano passado, uma observação realmente interessante foi feita em Bornéu (ilha no sudeste asiático): orangotangos estavam mastigando certas plantas, mas sem engoli-las, apenas triturando-as com os dentes até formar uma pasta que depois era esfregada por 15 a 45 minutos”, disse Kim Walker, do Royal Botanic Gardens, em Londres. “O que é realmente interessante é que era a mesma planta que a população humana local usava para dores nas articulações.” “Há muitos, muitos animais que usam todos os tipos de drogas para tratar seus próprios patógenos e infecções”, diz Jaap De Rhoda, biólogo da Emory University, em Atlanta, nos Estados Unidos. “Mas eu estava interessado em entender se animais com cérebros menores e mais diferentes do ser humano também poderiam usar formas de medicação.” Quando está doente, a borboleta-monarca protege seus filhotes com compostos químicos Getty Images via BBC Os insetos são um grupo de animais que desenvolveram uma ampla gama de diferentes estratégias de medicação. Um exemplo é a borboleta-monarca que, quando ainda é lagarta, só pode comer erva-leiteira ou as plantas leiteiras. Essas plantas tóxicas contêm substâncias químicas chamadas cardenólidos. As borboletas são imunes a esses compostos tóxicos, que se acumulam em seu sistema e as protegem de predadores. Mas, além disso, as espécies de erva-leiteira que apresentam maiores concentrações desses elementos acabam defendendo esses insetos de um parasita mortal: Ophrycocystis Electroscirrha. A questão a se descobrir é se a borboleta-monarca procura especificamente essas espécies medicinais de erva-leiteira quando já estão doentes. “Para nossa grande surpresa, descobrimos uma forte preferência entre as borboletas-monarca infectadas em colocar seus ovos nessas plantas medicinais que reduzirão a infecção em seus descendentes futuros. Já aquelas que não estão infectadas, escolheram plantas ao acaso.” E há outra criatura frágil e pequena que tem conhecimento médico. As abelhas espalham um remédio na colmeia, mas o composto também é usado na alimentação Getty Images via BBC O remédio das abelhas “As abelhas têm maneiras diferentes de tratar suas infecções”, diz De Rhoda. “Por exemplo, elas coletam resinas das árvores, a substância pegajosa que as árvores produzem como defesa. As abelhas misturam a resina com sua cera, usam em suas colmeias e está comprovado que esse composto reduz o crescimento de todos os tipos de patógenos”, explica. Não apenas serve como uma defesa em suas casas, mas “agora elas também podem consumi-lo, para reduzir as doenças em seu próprio corpo”. Para De Rhoda, “uma das coisas interessantes sobre isso é pensar que a medicina é uma profissão que pode evoluir com o tempo, mas que também pode se perder. E é isso o que estamos vendo com as abelhas”. “A viscosidade é irritante, então, ao longo dos anos, os apicultores eliminaram inadvertidamente essa droga, selecionando as abelhas que usavam menos resina.” “Agora devemos repensar as coisas e deixar as abelhas escolherem os próprios remédios, medicamentos que elas usam há milhões de anos, porque isso pode realmente beneficiar as colônias e, portanto, os apicultores”. VÍDEOS: Mais vistos do G1 nos últimos dias
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A digestão do Sistema
Há uma barreira entre o justo e o correto
Falta de interpretação de mérito
Vencedores e parasitas
Guerras infinitas
Soberania do dinheiro
Falta de respeito
Dito e mal feito
Por esses cantos eu me espreito
Educação é um direito
Alimentação é um direito
Amor é um direito
Moradia é um direito
O sistema que não está direito
Alienação Mecânica
Predação savânica
Vocês não entendem
Vocês que aguentem
Miragens do futuro
Decisões em cima do muro
Você nunca é demais
Tem sempre alguém á frente
Tem sempre alguém atrás
O que é politicamente correto?
Prisão feita de concreto
Maleável e incerto
Inseticida nos insetos
Rebelião e facção
Punição para o ladrão de pão
Estendem a opinião
Mas não estendem a mão
Olhos de vidro
Ideal perdido
Se não foi visto não foi vivido
Achismo movediço
Diversidade monocular
Somos iguais sob a luz do luar
Interpretação do reinventar
Política do pão e circo
Concretização do espírito 
Conhecimento empírico
Preconceito intrínseco
Lábia que engana
Você ainda se acha bacana?
Quem são os verdadeiros heróis?
Tubarões jogando anzóis
Incas e espanhóis
Apoio o plantio de Girassóis
Desvalorização da valorização
Revolucionários no caixão
Poetas lancem sua canção
No Estado é tiro de canhão
Em meio as serenatas e os tiros na madrugada
Influencers vocês não influenciam nada
Inocentes não são escada
Literatura espada afiada
A população a se dividir
Idolatrados vão cair
O luxo vai se demitir
Intelectuais irão subir
Manifesto poeta
Queda do profeta
Lanças ultravioleta
Esperem o som da trombeta
História é religião
Aprendizado e convicção
Contra o governo e sua aniquilação
Pessoas más sendo recompensadas
Pessoas boas sendo injustiçadas
Mantenham suas mãos levantadas
Resistam a todas as estacas
Abram alas para a filosofia
Repense quem te inspira
Censuradores estão na mira
Soberanos estão na mira
Salva de panelas nas varandas
Conscientização nas propagandas
Os males a cultura espanta
Governantes para a janta
Queda do apogeu
Minorias tomem o que é seu
O futuro esclareceu
E quem é sábio reconheceu
Bem - Vindos a uma nova era
A plateia tá na espera
Hércules contemporâneos matando a Quimera
Ancestrais na espera
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carlospereirajunior · 3 years
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OS RISCOS DO ANTI TABAGISMO RADICAL
Até os anos 80 do último século, a prática tabagista gozou de certo prestigio no imaginário coletivo, foi um símbolo de gramour, refinamento e estética. A partir da chamada “década perdida” e o advento da “geração saúde”, entretanto, isso começou a mudar, o status social deu gradativamente lugar ao estigma mediante uma massiva e apelativa propaganda anti-tabagista centrada nos malefícios do hábito de fumar. Neste inicio de século, tal propaganda começou a fomentar, a nível global, políticas de saúde pública e uma legislação anti tabaco de caráter profundamente coercitivo que já atinge lugares de franca tradição liberal como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França. Mas diante de tal sombrio conjunto de leis, cujo objetivo último é a inibição e coerção daqueles indivíduos que teimosamente, apesar da cruzada anti-tabagista imperante, insistem na manutenção do seu hábito, é pertinente questionar até que ponto estamos falando apenas de políticas públicas de saúde. Colocando em segundo plano os efeitos do tabaco sobre o organismo humano, o que me parece alarmante é o fato de ganhar legitimação legislações consagradas a impor controle social sob o direito de escolha e a liberdade dos indivíduos como se disso realmente dependesse o futuro de toda a civilização supostamente saudável. Há por traz desse tenebroso fato uma tendência perigosa para desconstrução ou questionamento dos valores libertários estabelecidos pelos modernismos e pela contemporaneidade, ao longo do séc. XX,  inicialmente através das vanguardas literárias, politicas e estéticas, por exemplo, passando pelo psicodelismo, o feminismo e o poder jovem dos anos 60, até chegar a nova liberdade sexual, identidária e étnica hoje  em gestação . Tudo que afirmo aqui é que, por traz das bem intencionados discursos de nossas autoridades de saúde, dos populares aconselhamentos sobre a necessidade de uma boa dieta alimentar, fazer exercícios físicos e tudo o mais ligado a caricatas versões de “vida saudável”, ganha terreno no mundo ocidental um novo “realismo”, uma volta as “convenções” e uma pseudo estética do belo humano que apenas revela um ideal de controle social ao qual, as cada vez mais frágeis estruturas de poder definidas pelos nossos carcumidos “estados nações”, mostram-se perigosamente permeáveis, diante de um mundo cada vez mais plural, global, diverso e complexo que lhes “foge ao controle”. Hoje em dia, portanto, quando a própria idéia de que vivemos em uma sociedade é relativizada através da imagem de que existimos como indivíduos imersos em múltiplas sociabilidades (pessoais, impessoais, concretas e simbolicas) formando uma complexa rede de relacionamentos diretos e indiretos, aqueles que ainda deliram o ideal de uma boa sociedade, inventam suas caças a bruxas. Evidentemente, estou aqui falando sobre tabagismo, quando poderia estar falando sobre muitas outras coisas... Mas a própria critica ao tabagismo constitui hoje uma perigosa metáfora. E, o fato é que metáforas, como já notou a feminista americana Susan Sontag, são bastante perigosas, quando consideramos as políticas de saúde ou controle público de nossas sociabilidades e rituais diários de vida e morte. A mais comum dentre elas é significativamente a da guerra, e sabemos pela História o quanto imagens e sentimentos de guerras santas e cruzadas revelam o que há de pior na condição humana... “... A metáfora mais generalizada sobrevive nas campanhas de saúde pública, que rotineiramente apresentam a doença como algo que invade a sociedade, e as tentativas de reduzir a mortalidade causada por uma determinada doença são chamadas de lutas e guerras. As metáforas militares ganharam destaque no início do século, nas campanhas de esclarecimento a respeito da sífilis realizadas durante a Primeira Guerra Mundial, e nas campanhas contra a tuberculose do pós-guerra. Um exemplo, extraído da campanha italiana contra a tuberculose nos anos 20, é o cartaz intitulado Guerre alle Mosche ( Guerra às moscas ), que mostra os efeitos letais das doenças transmitidas pela mosca. Os insetos aparecem como aviões inimigos soltando bombas de morte sobre uma população inocente. As bombas trazem inscrições. Uma delas é rotulada Microbi, micróbios; a outra, Germi della tisi, germes da tuberculose; a outra, simplesmente Malattia, doença. Um esqueleto de capa e capuz negrosd aparece no primeiro avião, como passageiro ou piloto. Em outro cartaz, “ Com estas armas conquistaremos a tuberculose”, a figura da morte aparece presa à parede por espadas desembainhadas, cada uma das quais tem uma inscrição referente a uma medida contra a doença. Numa das lâminas lê-se “limpeza”, na outra “sol”, nas outras “ar”, “repouso”, “boa alimentação”, “higiene”. (Evidentemente, nenhuma dessas armas era realmente importante. O que conquista- ou seja, cura- a tuberciulose são os antibióticos, que só foram descobertos cerca de vinte anos depois, na década de 1940.)”
Carlos Pereira Jr (Susan Sontag. AIDS e suas metáforas/ tradução de Paulo Henrique Britto. SP: Companhia das Letras, 1989, p. 14 e 15)
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vitorab · 3 years
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MAG045 - #0110209 Bolsa de Sangue
Aviso: Médico, academia, anti-higiênico, insetos (mosquitos), doenças, sangue, morte por insetos, seringas, hemofobia
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ARQUIVISTA Depoimento de Thomas Neill a respeito de suas experiências de trabalho na pesquisa sobre malária durante a primavera de 2010. Depoimento original concedido em 9 de fevereiro de 2011. Gravação de áudio por Jonathan Sims, Arquivista-chefe do Instituto Magnus, Londres.
Início do depoimento.
ARQUIVISTA (DEPOIMENTO)
Espero que você perdoe a minha letra. O tremor melhorou nos últimos meses, mas ... ainda é muito difícil de ler. Além disso, meu terapeuta mudou recentemente minha medicação, então se eu ficar um pouco confuso, é por isso. Só para ficar claro, minha medicação e tratamento foram em resposta aos eventos que estou descrevendo aqui. Eu não estava tomando nenhuma droga antes ou durante o evento que estou contando. Eu só comecei meu tratamento após a morte de Neil.
Trabalho como assistente de pesquisa há cerca de seis anos. Quem tenta te vender a carreira com promessas de dinheiro, realização ou grandes descobertas é um mentiroso. O trabalho é longo e repetitivo, as descobertas serão creditadas aos bolsistas, pelo menos até que sejam refutadas ou irrelevantes cinco anos depois, e o dinheiro seja ... uh, bem ... o dinheiro na verdade não é tão ruim, pelo menos não até que o subsídio se esgote na metade do projeto.
Acho que o que quero dizer é que, quando finalmente consegui entrar em um projeto fazendo algo em que realmente acreditava, estava preparado para ignorar muita coisa. Era uma pesquisa sobre malária na London School of Hygiene and Tropical Medicine. Eu estava trabalhando com o Dr. Neil Thompson. Tenho certeza de que ele me contratou apenas por causa de como nossos nomes são semelhantes: Thomas Neill e Neil Thompson. Sempre havia um pequeno momento de confusão sempre que alguém perguntava por ‘Neil’. Acho que ele gostou disso. Esse é o tipo de pessoa que ele era, não mesquinho ou desagradável, ele apenas gostava de um pouco do caos inofensivo de vez em quando. Equilibrou sua precisão no laboratório, suponho, porque lá ele era o tipo de cientista rigoroso e meticuloso que eu não achava que existisse fora dos dramas médicos fictícios. Colocando assim, ele usava um jaleco branco e estava sempre imaculado. Eu não sei se você percebe o quão genuinamente impressionante é trabalhar em um laboratório, especialmente considerando que nosso trabalho era confuso. Muito bagunçado.
Não estávamos trabalhando diretamente com a malária. Nosso trabalho foi nos próprios mosquitos anofelinos, capazes de transmissão, mas ... não infectados, embora você dificilmente saberia pela reação se um se soltasse. Estamos falando de uma fuga em pânico, quarentena e uma equipe treinada chegando para matar a coisa. Sempre achei que esse nível de cautela era ridículo, já que nossos mosquitos não tinham malária. Não tanto mais.
Estávamos tentando sintetizar uma espécie de "substituto do sangue", uma combinação dos açúcares e proteínas de que os mosquitos precisam para sobreviver, mas que era mais atraente do que um ser humano cheio de sangue. A ideia era criar uma espécie de isca, que mantivesse os mosquitos concentrados longe das pessoas e pudesse ser usada para envenená-los, embora essa parte ainda fosse no futuro. Neste ponto, a maior parte da pesquisa foi gasta tentando aperfeiçoar o "sabor" da coisa, por falta de um termo melhor.
O cheiro também foi um grande fator, pois precisávamos que os mosquitos o escolhessem como fonte de proteína em vez de um ser humano e, à medida que avançava, descobriu-se que a textura e a composição da própria bolsa de alimentação ajudavam a atraí-los, então acabou ficando mais e mais como, eh ... pele humana. As últimas bolsas tinham até pequenos pedaços de cabelo humano embutidos nelas, o que tornava a coisa toda em vários tons grotescos para mim, mas os mosquitos enlouqueceram por isso, e para Neil, isso era tudo que importava.
Depois de cerca de seis meses, nós o havíamos aperfeiçoado, para ser honesto. Tínhamos um saco de isca que os mosquitos-machos preferiram a uma amostra humana em 98 por cento dos casos, nos quais eles demonstraram consistentemente uma vontade de usar alternativas. A questão era o custo. Nosso substituto de sangue sintetizado, que gostávamos de chamar de 'hemoglobina', simplesmente não era barato o suficiente para produção em massa, especialmente considerando os requisitos de bolsa, e como estávamos lidando com prevenção em vez de cura, sempre seríamos comparados ao custo eficácia de apenas comprar um barco cheio de redes mosquiteiras. E isso não seria uma comparação em que saímos por cima. No entanto, continuamos tentando recriar o efeito com materiais mais baratos e mais facilmente disponíveis, mas foi quando Neil começou a murmurar sombriamente sobre o financiamento.
É aqui que eu provavelmente deveria falar um pouco sobre a seringa de Neil. Agora, nosso Dr. Thompson afirmava ser descendente do médico do século 19, John Snow, um sobrinho ou tataraneto, ou algo assim. Não tenho certeza de quanto você sabe sobre epidemiologia na década de 1850, e certamente é um nome bastante comum, mas Snow foi fundamental para lançar as bases para a teoria dos germes na transmissão de doenças e é amplamente reconhecido por ajudar a acabar com o surto de cólera em 1854. Só menciono isso porque Neil tinha ... bem, suponho que você possa chamar de algo como um totem. Era uma velha seringa vitoriana, que ele afirmava ter pertencido a seu ilustre ancestral.
Não sei se era verdade ou não, mas Neil certamente tratou a coisa como uma relíquia. Ele o mantinha em excelentes condições, com o vidro brilhando e o latão polido, e o carregava em uma pequena caixa enfiada no bolso do jaleco. Sempre que ele era chamado para fazer cálculos ou examinar os resultados, sua mão escorregava para dentro do bolso e ele segurava suavemente a caixa. Então, você pode imaginar que foi uma surpresa quando ele veio até mim e pediu minha ajuda para vendê-lo.
Agora, de acordo com Neil, o dinheiro da concessão do nosso projeto acabou e, sem fontes alternativas de financiamento, não seríamos capazes de continuar o trabalho. Não tenho certeza do quanto acreditei nele, já que o que se dizia no laboratório era que Neil tinha o hábito de apostar. Para ser justo com ele, eu tinha ouvido todos os tipos de fofocas sem fundamento circulando sobre todo mundo e, honestamente, não sei como o dinheiro funcionou para o nosso projeto. Eu tinha acabado de assinar o contrato e receber os cheques de pagamento, nunca me ocorreu investigar o nosso financiamento sozinho, então ele poderia estar dizendo a verdade. Ele pode estar tentando salvar o projeto. Realmente não importava, já que a essa altura Neil e eu éramos muito próximos, então ... se ele me pedisse para lhe fazer um favor, eu não iria exatamente recusar.
Quando digo que ele pediu minha ajuda para vendê-lo, isso não é exatamente correto. Ele já havia encontrado um comprador, um negociante de antiguidades que Neil disse ter lhe oferecido seis dígitos. Isso parecia loucura para mim. Quero dizer, era uma bugiganga valiosa, claro, mas ... isso é tudo o que era. Neil também não parecia totalmente convencido de que o cara estava no nível, e foi por isso que ele me pediu para ir junto.
Eu sou um cara grande, 1,98 m, 100 kg, então posso ser uma figura bastante intimidante se precisar, especialmente se você não sabe que eu nunca dei um soco na minha vida. Isso é o que Neil queria que eu fizesse, apenas estar lá, protegê-lo enquanto ele ia encontrar esse cara, para que ele soubesse que não deveria tentar nada. Não me lembro do nome, receio, mas ele era estrangeiro; Indonésio, eu acho, ou samoano.
Eu esperava que o encontro fosse depois de escurecer em algum estaleiro sujo, mas eles combinaram de se encontrar no pub The Three Greyhounds no Soho na tarde seguinte. Eu queria me vestir para intimidar, mas na verdade não tinha nenhuma roupa apropriada, então usei apenas um terno. No fim das contas, não precisava ter me dado o trabalho - esse negociante de antiguidades excessivamente generoso era quase tão grande quanto eu e, ao contrário de mim, parecia que poderia cuidar de si mesmo.
Ele nem olhou para mim quando entrou no pub, quase deserto naquela hora de uma tarde de terça-feira. Ele se sentou em frente a Neil, enquanto eu fiquei sem jeito do lado de fora de sua cabine. Eles conversaram apressada e baixinho um com o outro, e eu não consegui entender muitas das palavras, embora parecesse que eles estavam apenas discutindo o preço da seringa. Por fim, vi algumas pastas trocando de mãos e foi isso. O traficante se levantou e saiu, segurando uma mala que parecia muito mais leve do que a que ele havia trazido. Neil acenou com a cabeça aliviado para mim e voltou para o laboratório com sua própria mala, que só posso supor estar cheia de dinheiro.
Foi quando as coisas ... começaram a dar errado. Quando as coisas começaram a ficar estranhas. Não sei se teve alguma coisa a ver com Neil vender aquela seringa. Quer dizer, eu não sei como ... poderia ter, mas foi aí que o problema começou.
A primeira coisa que notei foi o calor. Agora, os mosquitos precisavam ser mantidos a uma temperatura de cerca de 23 a 24 graus Celsius, o que pode não parecer muito quente, mas neste ponto era final de maio e estávamos começando a ir para o verão, então, em um dia ensolarado, a sala onde estávamos manteve as gaiolas parecia ... sufocante. Mas com o passar dos dias, o calor começou a se espalhar para o resto do laboratório, até que ficamos todos cobertos de suor pela maior parte do dia.
Chamamos o gerente do prédio para verificar o aquecimento e ele nos disse que tudo estava funcionando bem. Ele até concordou em ligar o ar-condicionado para nós, mas não fez diferença. O laboratório estava quente e úmido, tudo parecia pegajoso, e resolvi trazer uma troca de camisa para quando saísse no final do dia. Felizmente, nenhum dos produtos químicos que estávamos misturando nas bolsas de sangue falsas eram particularmente sensíveis à temperatura, ou só Deus sabe quanto trabalho poderíamos ter perdido.
Isso foi desagradável, é claro, mas não havia nenhuma evidência real de que fosse paranormal. Não, isso não aconteceu até algumas semanas depois. Os mosquitos começaram a agir de forma incomum. Nós os mantínhamos em gaiolas de malha de metal para que estivessem sempre visíveis. Há um orifício na frente que é forrado com gaze que pode ser recolhida para fazer uma vedação ou permitir o acesso à gaiola. Normalmente, eles ficam felizes o suficiente para voar sobre suas gaiolas. Mas então, sem aviso, eles pararam. Eles pousaram na gaiola e ficaram lá. Eles eram distribuídos quase completamente uniformemente por dentro, a ponto de quase parecerem arregimentados, e então eles ficavam assim por horas. Foi inquietante, e mais de uma vez os pesquisadores recuperaram alguns para teste, procurando por alguma mudança que pudesse ter resultado nesse comportamento alterado, mas tudo voltou ao normal.
Às vezes, porém, quando eu estava trabalhando até tarde, eu olhava para aquela sala e juro que via uma massa de mosquitos em cada gaiola, amontoados em um grosso aglomerado ao redor da gaze que cobria a entrada. Eu deveria ter contado para alguém, mas na hora não sabia o que estava vendo.
As atitudes dos mosquitos em relação às bolsas de sangue falsas também mudaram. Em vez de girar em volta, pousar, alimentar, voar, alimentar novamente, algumas vezes, agora, assim que o saco fosse colocado dentro, cada mosquito cairia nele imediatamente, de uma vez, até que o saco estivesse completamente coberto de bocas de agulha e asas esvoaçantes. Isso realmente começou a me assustar.
O que realmente me assustou, porém, e a todos os outros da equipe, foi o que saiu da bolsa de sangue depois. Pouco depois de começarem a exibir esse comportamento, um dos outros assistentes de pesquisa, George Larson, estava recuperando uma das sacolas vazias e devolvendo-a para descarte no laboratório, quando tropeçou e ela caiu no chão. Quando bateu no chão com um baque úmido, ficou imediatamente claro que o saco não estava tão vazio quanto parecia a princípio.
O substituto do sangue, o ‘hemoglobina’, era uma laranja límpida e melosa, quase como mel escuro, mas ligeiramente mais ralo. O que escorria da bolsa agora era um vermelho profundo e turvo. Nesse ponto, ninguém se opôs a chamar um risco biológico. Eles pegaram amostras da substância, nos colocaram em uma descontaminação básica e depois fui para casa. Estranho pensar agora que meus pensamentos naquela época estavam mais cheios de curiosidade do que de medo.
Os testes voltaram e foram tão alarmantes quanto impossíveis. Era sangue. Sangue de verdade. O Negativo e infectado com malária. Não apenas malária, mas também febre amarela, hepatite B e sinais de cólera. Havia também outras substâncias na amostra, que eles não conseguiram identificar. Todos nós fomos informados de que deveríamos ser colocados em quarentena imediatamente e que nosso projeto estava encerrado até novo aviso. Lembro-me de estar lá no laboratório enquanto eles falavam isso. Eu ouvi um grito estrangulado atrás de mim e me virei para ver Neil, balançando a cabeça repetidamente, seu rosto era uma máscara de raiva e ódio. Ele não estava olhando para as pessoas que vieram nos colocar em quarentena. Não, ele estava olhando para a sala cheia de mosquitos, como se eles tivessem planejado isso, como se fosse puramente por suas más intenções que ele estivesse assistindo sua carreira se esvair.
Antes que alguém pudesse detê-lo, ele pegou um extintor de incêndio e correu para a sala do mosquito. Deus sabe o que ele esperava alcançar. Pulverizar algumas gaiolas até a morte em algum ato mesquinho de vingança, talvez? Ele nunca teve a chance.
Enquanto ele se atrapalhava com o mecanismo de liberação, um zumbido tremendo encheu o ar, e de repente eu percebi o que eles estavam fazendo agrupados em volta da gaze aquelas noites. Não houve tempo para tirar Neil, então fiz a única coisa que pude. Eu fechei a porta.
Milhares de mosquitos saíram dessas gaiolas, muito mais, pensei, que poderíamos ter tido no local. Não havia como contá-los enquanto eles enxameavam sobre o pobre Neil; primeiro suas mãos e seu rosto, então sob suas roupas, até que não houvesse nenhuma parte dele não coberta com as coisas. Ele os golpeou, matando alguns, mas eram muitos, e depois de alguns segundos ficou claro que ele estava entrando em choque. Ele tentou gritar, mas isso só deu a eles mais lugares para beber.
Foi quando me afastei. Não houve uma única gota de sangue derramado, mas todos nós sabíamos que o Dr. Neil Thompson estava morto. Não me lembro de muito depois disso. Houve muitos gritos e muito barulho, depois testes. Acadêmicos confusos e preocupados me fazendo perguntas que, é claro, eu não consegui responder. Passou-se quase um mês antes que o mundo estivesse em foco novamente.
O corpo docente tem sido bom para mim, na verdade, então eu provavelmente deveria ser grato. Eles estavam tão ansiosos para varrer isso cuidadosamente para baixo do tapete que me deixaram ir, com uma referência tão brilhante que acabei de entrar em um cargo de técnico de laboratório no King’s College. Principalmente fico ajudando os alunos, mas tudo bem. Acho que terminei a pesquisa.
ARQUIVISTA
Fim do depoimento.
Não suporto mosquitos. Coisas horríveis. Qualquer solução para o problema da malária que não se concentre em eliminá-los não é aquela para a qual tenho muito tempo. Ainda assim, esse relato grotesco não nos dá muitas pistas a seguir. Obviamente, existe a Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, mas a investigação de Tim rendeu poucas informações significativas. Aparentemente, aqueles funcionários que estão trabalham lá há tempo suficiente para se lembrar do evento, ou não sabiam dos detalhes ou foram bem informados para manter a boca fechada.
Além do fato de que o Dr. Neil Thompson morreu em um acidente de laboratório em 30 de maio de 2010, há pouco mais a ser descoberto. Sasha conseguiu uma cópia do relatório do inquérito, que é ... irritantemente vago, mas lista a causa da morte como perda de sangue e o veredicto oficial como "morte por infortúnio".
Não creio que haja muitas dúvidas de que o antiquário é o curioso Sr. Salesa. Ele tem aparecido tanto nos casos que não posso mais considerar isso uma coincidência, e tenho conversado com Rosie sobre se podemos entrar em contato com ele. Aparentemente, ele não é visto há quase dois anos, com rumores no comércio que vão de 'ele teve uma aposentadoria tranquila' a 'ele está tentando se esquivar de uma sentença de prisão', ou mesmo 'ele foi morto a tiros na Colômbia por roubar um artefato inestimável de um traficante'. Seja qual for o motivo, não parece que ele responderá a perguntas tão cedo, embora eu tenha insistido com Rosie para continuar tentando.
Além disso, há pouco mais que podemos fazer com este depoimento. O próprio Neill faleceu no ano passado. Martin não conseguiu saber a causa oficial da morte, mas a julgar pelo número de antibióticos que o relatório policial lista como estando em sua casa no momento, deve ter sido algo muito desagradável.
Fim da gravação.
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ARQUIVISTA
Suplemento.
Tenho investigado Tim, observando-o. Ele certamente está fazendo seu trabalho, muito melhor do que eu esperava, dadas suas experiências recentes. Há apenas uma coisa que não entendo: por que ele está trabalhando para o Instituto? Primeiro em antropologia pelo Trinity College, cinco anos bem-sucedidos subindo de cargo em uma grande editora e então, do nada, ele decide trabalhar para nós.
Por quê? Não consigo encontrar qualquer outra indicação de interesse pelo paranormal, nada que indique esta área de estudo o atraiu. E por que ficar depois de tudo o que aconteceu com Prentiss? É apenas lealdade ou pode ser algo -
(PORTA SE ABRE)
MARTIN Ei, eu só queria saber se você quer uma xícara de chá.
ARQUIVISTA Uh…
MARTIN Oh, oh, desculpe, você está gravando? Eu, eu pensei que você tivesse terminado por hoje...
ARQUIVISTA Eu estava. Eu tinha... Está…
MARTIN Por que você tem fotos do Tim?
ARQUIVISTA É ... é uma coisa de análise de desempenho, estou revisando alguns arquivos para isso.
MARTIN Mas isso parece uma foto da casa dele?
[BARULHO DO ARQUIVISTA MEXENDO NOS PAPEIS]
ARQUIVISTA
[Abruptamente] Arquivos confidenciais que você ... legalmente, você não deveria realmente estar olhando para eles. Por favor, er, por favor, saia, Martin.
MARTIN Certo, certo. Certo, certo…
Você vai querer o chá?
ARQUIVISTA Não. Obrigado, Martin.
[PORTA SE FECHA] Preciso encontrar um lugar melhor para fazer essas gravações.
Fim do suplemento.
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informarbem · 3 years
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ATENÇÃO: NOTÍCIA PUBLICADA PELO DN EM 02/01/2019
Sobrinho Simões, médico, 71 anos, investigador na área do cancro, e Elsa Logarinho, 46 anos, especialista em genética e líder da equipa que descobriu o gene da juventude, falam sobre as doenças e a sociedade que aí vem.
Uma hora e dois minutos. Foi quanto bastou para que Sobrinho Simões e Elsa Logarinho lançassem algumas questões sobre o futuro. Poderiam ter sido duas, quatro, quantas pudessem levar-nos a esmiuçar o sentido de cada palavra, de cada pensamento de um e de outro, para melhor aprofundarmos o que de inquietante aí vem. Mas sempre no pressuposto de que o que dizemos hoje pode não ser verdade em 2064. Tudo vai depender dos políticos que mandarem no mundo e das políticas que definirem. Fala-se muito do esgotamento dos recursos naturais mas, na opinião dos cientistas, a política, a comunicação e os relacionamentos também se esgotaram. «Hoje já não somos só o que comemos, somos muito mais e seremos cada vez mais aquilo que os políticos definirem para o nosso bem-estar, desde as políticas ambientais, de saúde, de trabalho, de natalidade, de compensação, etc.», diz Sobrinho Simões.
Seremos tudo o que conseguirmos prevenir e fazer para mudar a nossa vida. Sem medos nem receios da palavra envelhecimento, porque este é o caminho a partir do momento em que se nasce. «Começamos a envelhecer assim que nascemos», diz Elsa Logarinho. Afinal, é esta a doença que aí vem, de forma crónica, não aguda, e para todos, «se não dermos antes cabo do mundo», alerta o professor.
Hospital de São João, no Porto, numa manhã de terça-feira antes do Natal. As agendas dos dois cientistas estão recheadas de compromissos, mas um e outro adaptaram-nas. Para a conversa levaram pensamentos, ideias para discutir, mas também uma só pergunta: o que vai acontecer? O DN lançou outra.
Que doenças vamos ter em 2064? «Muitas, não tenho dúvidas, e a Elsa? Não sabemos o que nos vai acontecer, isso é impossível. Sabemos que vamos ficar muito velhinhos, vamos esticar tanto a idade das pessoas que vamos ter mais doenças, mas de outro tipo. Os cancros, por exemplo, serão pequeninos. O corpo de um velhinho não tem energia para que um cancro se desenvolva. Vão aparecer na mesma, até mais, mas quanto mais velhinhos ficarmos mais pequeninos serão.»
"Os políticos podem decidir que a partir de hoje ninguém come carne, ninguém anda de carro e ninguém usa plásticos. Nós obedecemos e assim acredito que possa haver mudanças."
«O que tem graça é que os cancros vão aumentar muito como incidência, mas não como causa de mortalidade», completa Elsa. «Vamos morrer de outras coisas. Em relação às doenças neurodegenerativas e ao Alzheimer, está previsto que em 2050 dupliquem, mas a esperança média de vida também vai aumentar para os 80 e muitos anos. Se hoje uma pessoa com 65 é capaz de procurar um geriatra, em 2064 projeto que só o faremos com 75 ou mais anos.»
Mas quais são as doenças que nos vão atacar mais?, insistimos. As que já existem, como o cancro, a diabetes, a artrite reumatoide, ou outras? Para o professor Sobrinho Simões, «vamos ter é insuficiência cardíaca, doenças cardiovasculares, insuficiência sistémica, essas vão ser as grandes doenças». Elsa Logarinho fala em «infeções e doenças virais. «Nem vai ser preciso que sejam vírus de estirpes muito raras, podem até ser de estirpes banais, mas se atacarem alguém em idade mais avançada será difícil dar a volta à infeção. Consegue fazer-se isso em pessoas mais jovens, mas com idade avançada não, porque já houve uma perda de resposta autoimune.»
O professor olha para a doutora e explica: «O que a Elsa está a dizer é muito importante. Vêm aí as doenças por falência da capacidade de resposta do organismo, porque vamos chegar a muito velhinhos e perder cada vez mais a eficiência na reparação de erros no nosso organismo, os erros que se vão acumulando ao longo do tempo. Só que seremos tão velhinhos que nada disto será dramático.»
Não? Nem assustador ou doloroso? O envelhecimento não nos fará sentir assim? «Não. Nada será dramático», responde o professor já reformado. Pelo contrário, «vai ser a possibilidade que temos de sobreviver com uma qualidade de vida muito longa».
"Vêm aí as doenças por falência da capacidade de resposta do organismo, porque vamos chegar a muito velhinhos e perder cada vez mais a eficiência na reparação de erros no nosso organismo."
Lado a lado na sala de reuniões do serviço de patologia, o diálogo entre os dois faz-nos perceber que vamos chegar a velhos, a muito velhinhos, com cancros, infeções e sem resposta imunitária para algumas situações. «À medida que temos envelhecimento vamos tendo ou não resposta imunitária à inflamação. Por isso, hoje usamos muito uma palavra, inflammaging», diz Sobrinho Simões.
O que é o envelhecimento senão um estado inflamatório? A diferença, diz Elsa Logarinho, «é que é um estado inflamatório crónico e não agudo. Não é como uma gripe». A bioquímica, que aos 15 anos soube que queria seguir investigação, esclarece: «O nosso organismo vai acumulando células velhinhas, zombies, senescentes, e essas células são pró-inflamatórias, enviam para o sistema imunitário químicos e proteínas que provocam estados inflamatórios. Mesmo as células saudáveis que estão vivas e na vizinhança acabam por estar sujeitas a essa inflamação. Daí o inflammaging.»
Sobrinho Simões interrompe: «Em 2064, as pessoas vão ter mais de 100 anos. A doutora sabe disto muito mais do que eu. Ela estuda o envelhecimento. Mas há algo que eu sei: temos muito pouca tradição de começarmos a cuidar-nos desde o nascimento.»
A conversa toca num ponto essencial: «Temos a palavra cuidar, mas ao contrário do que se pensa o cuidar não é compaixão - que também é importante. Mas este cuidar tem que ver com a ética do care. É o cuidar desde o nascimento. Portanto, a primeira coisa a fazer para se ter um velhinho razoável, saudável, é que seja cuidado desde recém-nascido, para já não falar da gravidez», afirma o patologista, acrescentando que se há mudanças que temos de fazer no futuro esta é uma delas. «As pessoas têm de começar a pensar em cuidar-se muito antes. As crianças têm de brincar, saltar à corda, têm de se mexer e têm de se relacionar.»
"A falta de atenção, de tempo, de ausência de relacionamentos, pode levar-nos a doenças ainda mais graves: às sociopatias. Serão estas as doenças do futuro? Não, Estas já são doenças do presente."
Elsa Logarinho interrompe-o também: «Isso é muito interessante. Os estudos sobre o envelhecimento estão a tentar perceber qual é o impacto a nível celular de todas as receitas que conhecemos, como as dietas, a restrição calórica, os períodos de jejuns, a importância do sono, o respeitar o ciclo circadiano, o exercício físico. Todos estes fatores estão a ser testados no modelo animal para se perceber a nível celular e molecular como podem influenciar e aumentar a esperança de vida no modelo animal e, depois, certamente no humano.»
Sobrinho Simões lança a dica da fome à investigadora e ela responde: «A fome é um aspeto muito curioso. Quando ficamos doentes, o que nos acontece logo? Deixamos de comer. É uma resposta ao estado inflamatório do nosso organismo. Faz-nos jejuar para baixarmos a inflamação.»
Ele acrescenta: «É uma resposta inteligente do organismo. As pessoas têm de dormir, as crianças têm de brincar, de aprender a lavar os dentes, não podem ter cáries, tudo isto importa.» E ela garante: «O pior no envelhecimento é o açúcar.»
Sobrinho Simões continua: «Há dietas que podem associar-se a certos tratamentos de doenças. Não são aquelas em que nos dizem que podemos comer muitos brócolos. Gostam de brócolos? Comam, mas não se encham disso. Temos é de ter esta noção: diminuir os hidratos de carbono. Os portugueses fazem uma alimentação hipercalórica, encharcam-se em açúcar.» Neste momento, e de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), trinta por cento das nossas crianças sofrem de obesidade. Não pode ser, algo tem de mudar. E a carne? Há que eliminá-la de vez da alimentação?, perguntamos. «Isso não, mas consumi-la com bom senso», defende o professor.
«A carne também tem o problema da sustentabilidade ambiental. A sua produção está a destruir o ambiente», argumenta a investigadora. O professor brinca: «As vacas é que estão a dar cabo disto tudo, mas nós gostamos tanto de carne... A grande descoberta é que em dois milhões de anos o ser humano ficou muito esperto. É algo extraordinário, e não sou crente. Saiu melhor do que as encomendas, mas agora podemos dar cabo de tudo.»
Dar cabo do mundo? «Claro», responde o professor. «Não é o capitalismo que vai dar cabo disto. Muito antes de acabar o capitalismo acaba o mundo, literalmente. As pessoas não fazem ideia do que está a acontecer com o clima ou com a biodiversidade.» A investigadora do I3S, que integra o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup), interrompe-o: «O desequilíbrio da biodiversidade compromete o futuro e, em termos de projeções de doenças, podemos dizer que os grandes predadores - ratos, insetos, mosquitos -, que estão a ter migrações muito atípicas, são os maiores portadores de vírus. Na pior das projeções para 2064, posso prever que apareçam novas estirpes de vírus que não conseguiremos controlar. Estirpes com outras temperaturas, humidades. Por exemplo, o degelo do Ártico. Está tudo preocupado com o aumento do nível do mar, e com o que está no gelo? É que ali também estão vírus e bactérias que desconhecemos e que podem chegar cá.»
O ambiente e a biodiversidade entram na conversa. «Havia uma diversidade brutal de espécies e um equilíbrio que nos mantinha, mas se rebentarmos com ele ninguém consegue prever o que vai acontecer... e certamente que não é bom. Depois, em 2064, não vamos caber todos, seremos uns dez mil milhões a ocupar o solo, a usar a água e todos os outros recursos. Não vamos aguentar.»
Mas se há doenças que prevê para o futuro são as infeções e a falência do sistema. Todas as outras já nos acompanham e vão ser tratadas ou retardadas. «Estamos a esquecer-nos de uma coisa: os implantes», alerta Elsa. «Os ciborgues», ataca o professor. «Mas tudo quanto é prótese e implante só irá funcionar para cinco por cento da população. Pode haver um ciborgue para um Simões, mas para um milhão será difícil.» Ri-se: «Gosto muito dela porque pensa muito bem. Está a pensar melhor do que eu pensava [riem-se]. Nós cientistas devíamos conversar mais vezes.»
Como cientistas muito têm falado do fim dos recursos naturais - da água, do esgotamento dos solos, mas há outros dois pontos que se esgotaram: «A política esgotou-se. Por isso temos um desequilíbrio brutal. Veja a erupção dos populismos disparatados. E há outra coisa que queria discutir : a pouca disponibilidade para termos atenção. Ninguém tem atenção, não acha?», questiona o patologista.
«Acho. Isso é o que algumas pessoas chamam de personalidade computorizada. Estamos a tornar-nos pessoas do yes, no, like, delete. Transpondo isso para as doenças, serão as que implicam questões psicológicas.»
Sobrinho Simões vai mais longe e defende que a falta de atenção, de tempo, de ausência de relacionamentos, pode levar-nos a doenças ainda mais graves. «Às sociopatias.» Serão estas as doenças do futuro? Não, diz, estas já são doenças do presente, mas «podem agravar-se no futuro».
A cientista concorda: «Serão mais graves porque há a perda de contacto com a natureza, com a comunicação. As pessoas sabem cada vez menos relacionar-se. Já não contam histórias uns aos outros», comenta o professor, contador nato de experiências vividas. «A falta dessa componente afetiva e emotiva vai refletir-se social e economicamente», argumenta Elsa Logarinho. «Às vezes penso que quando há grandes desequilíbrios na sociedade aparecem medidas retificativas. No futuro, quero acreditar que vai acontecer o mesmo e que alguma coisa será feita.»
«Tem de ser feita alguma coisa, quanto mais não seja por medo», argumenta o cientista. A investigadora reforça: «Tem de haver uma mobilização mundial. Independentemente dos políticos doidos ou não, tem de haver algo que permita convergir no sentido de medidas retificativas e eficazes, quer no ambiente quer no trabalho ou em todas as outras políticas. Os políticos podem decidir que a partir de hoje ninguém come carne, ninguém anda de carro e ninguém usa plásticos. Nós obedecemos e assim acredito que possa haver mudanças...»
A sociedade de que falam, a que não tem disponibilidade para a atenção, tempo para relacionamentos, deixará de ser competitiva?
«Não sei», responde o professor. Será uma sociedade repleta de personalidades computorizada? «Já é uma sociedade do imediatismo, em que acabou toda e qualquer forma de nos expressarmos que não seja por uma emoção. Não há tempo para os sentimentos, já ninguém os quer. O imediatismo trouxe a recompensa imediata para tudo. Por isso pergunto à Dra. Elsa: o que vai acontecer? Como serão estes miúdos dos computadores? Serão competidores? O que vão eles trazer-nos?»
«Eles podem ser competidores ou não, mas a adição à tecnologia é um comportamento aditivo e isso nunca é saudável. Ou seja, pode acontecer que muitas das pessoas desta geração, ao terem este comportamento aditivo, percam uma certa noção da responsabilidade com o trabalho, com a família e isso...» O professor interrompe e lança mais uma certeza: «A família acabou. E não só. E o sexo? Como vai ser? É que isto também tem importância.»
«O sexo será virtual», diz Elsa Logarinho a rir. O professor insiste: «Isto é muito importante. Há muitos estudos que dizem que os jovens fazem cada vez menos sexo.» E isso vai tornar-se uma doença? Vai influenciar o envelhecimento? «Vai afetar a demografia», responde Sobrinho Simões. «Acabaram as crianças nas sociedades desenvolvidas, eu não vejo crianças, só vejo corpos velhinhos. Mas não sei o que vai acontecer, sou de uma geração em que o sexo era das melhores coisas que havia. Agora, parece que dá um trabalhão, que é uma chatice.»
O sexo será ou não uma compensação para o ser humano? Uma expressão de afeto? Será só uma necessidade? Poderá ser substituído por outros estímulos? As perguntas ficam no ar. Elsa ri-se. «Eu tenho miúdos pequenos e fico passada quando me dizem que não têm nada para fazer, se a televisão está desligada ou se estão sem o tablet. Digo-lhes logo: vão brincar. Mas isto é o que acontece hoje, tanto crianças como jovens têm pouco contacto com o exterior. E isso vai influenciar também a forma como vamos envelhecer.»
Vivemos a geração das crianças superesterilizadas. Onde é que isso irá levar-nos? A mais autoimunidades? Sobrinho Simões reage: «As alergias estão a aumentar extraordinariamente, em parte por isso. É assustador. Os pais e os professores têm medo de que as crianças brinquem, que se sujem, que tenham contacto com a água ou com a terra. Eu não queria acreditar quando li que um terço das crianças portuguesas não sabiam saltar à corda.»
Para os cientistas, esta questão é importante e faz-nos regressar às doenças. Quais vão ser piores? Quais as que são o mal menor? Como as prevenir? O investigador não tem dúvida: «Para mim, as piores, se não estiver diminuído mentalmente, serão as que estão associadas à falta de mobilidade, visão e audição. E o mais engraçado é que estas aparecem em grande parte porque não temos a tal ética do cuidar, do care, de um estilo de vida que nos leve a viver muito mais fora do que dentro.»
A investigadora do I3S, também nascida e criada no Porto, curso feito na universidade da cidade, relembra que «o envelhecimento é contínuo, nós próprios adiamos a nossa idade desde o dia em que nascemos». Por isso, tudo o que se fizer para o nosso bem-estar «tem de ser preventivo e não retificativo. Espero que em 2064 a sociedade esteja mais informada sobre qualidade de vida, acredito que haverá maior tendência para seguir boas dietas, para se fazer exercício físico regularmente e que tudo isto ajude a aumentar a esperança média de vida, porque a que se alcançou até agora foi pela melhoria dos cuidados médicos.»
Agora é a vez da medicina. O que nos trará no futuro a área que progrediu à velocidade da luz no último século - da penicilina à robótica? «Vamos ter mais capacidade para tratar, prestar cuidados médicos», diz Sobrinho Simões.» O mais interessante vai ser perceber «quanto mais a medicina e a investigação poderão estender a nossa longevidade pelo tratamento dos órgãos», lança a bioquímica.
«Se nos mantivermos todos com os nossos órgãos, se não fizermos substituições de peças, até onde poderemos ir? Há um estudo sobre a esperança média de vida para indivíduos com 100 anos que é igual tanto para o início do século xx como para o xxi. Parece que os 100 anos são a nossa base genética. O que acha?» Sobrinho Simões responde: «A espécie tem limites. Individualmente, poderemos ir até aos 110 ou 120, mas no geral não.»
Sendo o cérebro o órgão mais difícil de tratar e estando as doenças neurodegenerativas a aumentar, o futuro é assustador? «Não. O que é preciso é estimular a regeneração», explica o patologista. «Sabemos que as células pró-inflamatórias no cérebro estão a contribuir para a incidência ou para o agravamento das doenças neurodegenerativas, como Alzheimer ou Parkinson. Se conseguirmos retificar estes estados inflamatórios, através de melhor qualidade de vida, ou de medicação que se descubra entretanto, talvez possa adiar-se a neurodegeneração», diz a investigadora.
O que envelhece primeiro no nosso organismo? É possível saber? Não, dizem-nos. Os órgãos comunicam uns com os outros. Mas o que é pior? Ter um fígado velho com um cérebro jovem ou um cérebro mais velho e um fígado novo? Isto será inevitável? «Não, mas é uma verdade», diz o professor. «Pode haver assimetrias em que nem a cabeça nem o corpo funcionam», adianta Elsa Logarinho, que espera que o futuro traga «terapias antienvelhecimento eficazes».
E a depressão? O tempo que tinham para conversar está a terminar e ainda não se falou da doença que dizem ser a epidemia deste século. Portugal é dos países da Europa onde mais se consome ansiolíticos e antidepressivos. A perspetiva de uma sociedade computorizada levará a que a doença aumente ainda mais? Para a investigadora, «a depressão vai crescer», mas diz que esta não é a sua área e que tem muita dificuldade em classificar as doenças. «O que me preocupa é o rótulo dado a estas doenças.» Sobrinho Simões comenta: «Há muitas demências, mas não sei se há mais depressão. O que sei é que somos dos povos do mundo que mais medicamentos tomamos para a depressão. Somos grandes consumidores de pastilhas, pingos e TAC.»
«Eu tomo algumas. Só de pensar que vou ter uma dor de cabeça tomo logo uma pastilha», confessa. Elsa assume: «Não tomo nada. Mas no caso do professor parece funcionar, pelo menos previne.»
Depois do riso, a preocupação. «Ninguém sabe se a depressão está a aumentar, o que está a aumentar são os velhinhos. E voltamos ao mesmo, às doenças do futuro, que, no fundo, será uma só: o envelhecimento.»
Doenças previsíveis como artrite reumatoide, artroses, diabetes, cancro e Alzheimer vão acompanhar-nos. Disto não há que duvidar. Poderemos ser surpreendidos pelas imprevisíveis: as virais. E a surpresa pode chegar pelo simples facto de se rejeitar a vacinação. «Podemos voltar a ter doenças que pensávamos estarem erradicadas», alerta Elsa. «Mas podem trazer algo mais sério, como o que aconteceu na viragem do século xxi, o vírus HN1, ou até uma peste. É catastrófico, eu sei, mas é o imprevisível.»
Para 2064, Sobrinho Simões tem um grande receio: «Como vai ser o poder? Vai ser mais concentrado, mais capitalista, de face chinesa ou americana? Vão ser poucos a mandar e o resto a trabalhar? Vão querer que sejamos muito saudáveis e felizes para sermos mais produtivos? Ou vão querer apenas mão-de-obra barata e tratar-nos à bruta? Esta é a grande questão: como vai ser a política?»
«Se não forem parvos, vão querer que sejamos civilizados, magrinhos, saudáveis, simpáticos, bem-educados», diz a rir-se. Elsa acrescenta: «E põem-nos a trabalhar até aos 80 anos.» «Exatamente. Não tenho dúvidas de que as doenças do futuro serão aquelas que os políticos quiserem, aquelas que surgirão das políticas que aprovarem quer a nível ambiental quer de trabalho, natalidade, lazer, prazer. Tudo isto importa.»
No final, ainda há tempo para elogios, perguntas e comentários entre os dois. «Aprendi imenso com ela. Pensa muito bem. Ainda está na fase em que pensa que é praticamente imortal. Eu já estou na fase em que não estou assustado, mas triste com a velhice. A Dra. Elsa ainda tem o olho brilhante quando fala de tudo.»
Elsa Logarinho contra-argumenta: «Eu é que continuo a aprender com o professor. É um exemplo do que é o envelhecimento ativo. Portanto, não pode estar pessimista. É o que todos deveríamos projetar para nós em 2064.» Ele, que já passou por um acidente vascular cerebral, confessa: «Sabe, tenho uma toxicodependência: o trabalho. É uma fuga em frente.» Ela responde de forma positiva: «Apesar de tudo, não é bom estar aqui?» «Sim, é bom. Se pudermos levantar-nos de manhã», responde o professor a rir-se. O tempo acabou. Agora esperava-o uma reunião em Coimbra.
Será esta a receita para 2064?
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fefefernandes80 · 4 years
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Pragas de gafanhotos na África, Ásia e Argentina são iguais?
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Nos três continentes, são gafanhotos ‘primos’ do tipo Schistocerca que amedrontam os agricultores. Imagem de arquivo mostra nuvem de gafanhotos ataca lavouras na Argentina Divulgação/Governo da Província de Córdoba As imagens das pragas de gafanhotos que atingem o leste africano, o Oriente Médio, o sul da Ásia e a região norte da Argentina são assustadoras: milhões de insetos tomam conta de árvores e devoram tudo que veem pela frente. O que, afinal, os fenômenos têm em comum? Os gafanhotos estão invadindo o hemisfério sul? Uma consulta aos livros de história mostra que as nuvens de gafanhotos são mais antigas do que se pensa. “É preciso ressaltar que, desde os mais remotos tempos, eles se multiplicam. O gafanhoto do deserto, da África, já é documentado desde a época dos faraós do Egito. Invasões como as que vemos hoje são normais naturalmente, naquele ambiente”, observa o pesquisador francês Cyril Piou, especialista em controle de populações do inseto do Centro de Cooperação Internacional de Pesquisas Agronômicas para o desenvolvimento (Cirad). “Da mesma forma, na Argentina, há registros de problemas com gafanhotos desde a colonização do país. É por isso que a Argentina desenvolveu um serviço de proteção das plantações, para evitar a espécie.” Nos três continentes, são gafanhotos “primos” do tipo Schistocerca que amedrontam os agricultores. Na América do Sul, a espécie cancellata é conhecida como migratória. “São espécies bastante especializadas em se desenvolver de maneira solitária, em meios desérticos. Elas vivem em baixa densidade, poucas por quilômetro quadrado”, explica Piou. “Mas quando as boas condições favorecem a multiplicação da população, acontece uma mudança de comportamento. Elas passam da fase solitária para fase que chamamos de gregária.” Coincidência? É aí que vem o problema. Com um clima chuvoso, rapidamente, esses poucos gafanhotos se transformam em praga se não forem controlados por pesticidas. Foi o que ocorreu, quase ao mesmo tempo, nos três continentes – uma situação que, nos países mais pobres, ameaça a segurança alimentar em um contexto já fragilizado pela pandemia de Covid-19. O pesquisador sênior da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) Keith Cressman, um dos maiores especialistas do mundo em gafanhotos do deserto, avalia que é “uma coincidência” o fenômeno se repetir em tantos lugares, praticamente no mesmo momento. “Acontecem chuvas favoráveis com frequência, em partes diferentes do mundo, no mesmo momento. E isso acabou de acontecer em partes onde os gafanhotos gostam de estar presentes”, nota Cressman. “Eles estão reagindo muito bem às chuvas, que providenciam ao solo a umidade necessária para os ovos deles e para o crescimento da vegetação, que traz a comida e os esconderijos deles.” Os especialistas ressaltam que, no caso africano, foi a ocorrência de repetidos ciclones que favoreceu a multiplicação do inseto. Já na América do Sul, o pesquisador francês diz que, ao que tudo que indica, houve falhas no monitoramento das populações. “Acho que se deve sobretudo a uma baixa da vigilância. O melhor método para controlar esses gafanhotos é a prevenção. Temos de identificar gafanhotos solitários e observar quando eles começam a mudar de fase e, neste momento, podemos tratá-los em pequena escala, com bem menos produtos químicos. Até pesticidas orgânicos podem funcionar bem”, destaca Piou. “Esse método sempre funcionou muito bem na América do Sul: o sistema da Argentina era o melhor do mundo para fazer esse tipo de prevenção.” Mudanças climáticas podem aumentar a recorrência de pragas Os dois pesquisadores também têm ressalvas sobre o papel das mudanças climáticas na ocorrência das nuvens de gafanhotos – que, como mostram os registros, é milenar. Entretanto, o aumento dos fenômenos naturais extremos, como ciclones, pode levar os países a terem de enfrentar o problema com cada vez mais frequência. “Independentemente da razão, se são as mudanças climáticas ou uma anomalia do clima durante um certo período, algo está mudando. Se continuar acontecendo desta maneira e tivermos mais ciclones no futuro, vai afetar o gafanhoto do deserto no leste da África: haverá mais nuvens como as que eles estão tendo neste ano”, afirma o especialista da FAO. Neste contexto, Cressman observa que os desequilíbrios ambientais provocados pela devastação das florestas podem fazer com que o Brasil passe a sofrer com infestações de gafanhotos. “Quando você muda o meio ambiente, seja pelo desmatamento, ou por abrir um canal ou plantar em uma área desértica, você muda o habitat dos seres vivos – e pode criar novos habitats que você nem imaginava.  Essas mudanças, claro, incluem os gafanhotos”, frisa. “No caso do desmatamento, você abre grandes áreas abertas – e gafanhotos gostam de áreas assim para depositar seus ovos.”
Artigo Via: G1. Globo
Via: Blog da Fefe
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carolinagoma · 4 years
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Pragas de gafanhotos na África, Ásia e Argentina são iguais?
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Nos três continentes, são gafanhotos 'primos' do tipo Schistocerca que amedrontam os agricultores. Imagem de arquivo mostra nuvem de gafanhotos ataca lavouras na Argentina Divulgação/Governo da Província de Córdoba As imagens das pragas de gafanhotos que atingem o leste africano, o Oriente Médio, o sul da Ásia e a região norte da Argentina são assustadoras: milhões de insetos tomam conta de árvores e devoram tudo que veem pela frente. O que, afinal, os fenômenos têm em comum? Os gafanhotos estão invadindo o hemisfério sul? Uma consulta aos livros de história mostra que as nuvens de gafanhotos são mais antigas do que se pensa. “É preciso ressaltar que, desde os mais remotos tempos, eles se multiplicam. O gafanhoto do deserto, da África, já é documentado desde a época dos faraós do Egito. Invasões como as que vemos hoje são normais naturalmente, naquele ambiente”, observa o pesquisador francês Cyril Piou, especialista em controle de populações do inseto do Centro de Cooperação Internacional de Pesquisas Agronômicas para o desenvolvimento (Cirad). “Da mesma forma, na Argentina, há registros de problemas com gafanhotos desde a colonização do país. É por isso que a Argentina desenvolveu um serviço de proteção das plantações, para evitar a espécie.” Nos três continentes, são gafanhotos “primos” do tipo Schistocerca que amedrontam os agricultores. Na América do Sul, a espécie cancellata é conhecida como migratória. “São espécies bastante especializadas em se desenvolver de maneira solitária, em meios desérticos. Elas vivem em baixa densidade, poucas por quilômetro quadrado”, explica Piou. “Mas quando as boas condições favorecem a multiplicação da população, acontece uma mudança de comportamento. Elas passam da fase solitária para fase que chamamos de gregária.” Coincidência? É aí que vem o problema. Com um clima chuvoso, rapidamente, esses poucos gafanhotos se transformam em praga se não forem controlados por pesticidas. Foi o que ocorreu, quase ao mesmo tempo, nos três continentes – uma situação que, nos países mais pobres, ameaça a segurança alimentar em um contexto já fragilizado pela pandemia de Covid-19. O pesquisador sênior da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) Keith Cressman, um dos maiores especialistas do mundo em gafanhotos do deserto, avalia que é “uma coincidência” o fenômeno se repetir em tantos lugares, praticamente no mesmo momento. “Acontecem chuvas favoráveis com frequência, em partes diferentes do mundo, no mesmo momento. E isso acabou de acontecer em partes onde os gafanhotos gostam de estar presentes”, nota Cressman. “Eles estão reagindo muito bem às chuvas, que providenciam ao solo a umidade necessária para os ovos deles e para o crescimento da vegetação, que traz a comida e os esconderijos deles.” Os especialistas ressaltam que, no caso africano, foi a ocorrência de repetidos ciclones que favoreceu a multiplicação do inseto. Já na América do Sul, o pesquisador francês diz que, ao que tudo que indica, houve falhas no monitoramento das populações. “Acho que se deve sobretudo a uma baixa da vigilância. O melhor método para controlar esses gafanhotos é a prevenção. Temos de identificar gafanhotos solitários e observar quando eles começam a mudar de fase e, neste momento, podemos tratá-los em pequena escala, com bem menos produtos químicos. Até pesticidas orgânicos podem funcionar bem”, destaca Piou. “Esse método sempre funcionou muito bem na América do Sul: o sistema da Argentina era o melhor do mundo para fazer esse tipo de prevenção.” Mudanças climáticas podem aumentar a recorrência de pragas Os dois pesquisadores também têm ressalvas sobre o papel das mudanças climáticas na ocorrência das nuvens de gafanhotos – que, como mostram os registros, é milenar. Entretanto, o aumento dos fenômenos naturais extremos, como ciclones, pode levar os países a terem de enfrentar o problema com cada vez mais frequência. “Independentemente da razão, se são as mudanças climáticas ou uma anomalia do clima durante um certo período, algo está mudando. Se continuar acontecendo desta maneira e tivermos mais ciclones no futuro, vai afetar o gafanhoto do deserto no leste da África: haverá mais nuvens como as que eles estão tendo neste ano”, afirma o especialista da FAO. Neste contexto, Cressman observa que os desequilíbrios ambientais provocados pela devastação das florestas podem fazer com que o Brasil passe a sofrer com infestações de gafanhotos. “Quando você muda o meio ambiente, seja pelo desmatamento, ou por abrir um canal ou plantar em uma área desértica, você muda o habitat dos seres vivos – e pode criar novos habitats que você nem imaginava.  Essas mudanças, claro, incluem os gafanhotos”, frisa. “No caso do desmatamento, você abre grandes áreas abertas – e gafanhotos gostam de áreas assim para depositar seus ovos.” Artigo originalmente publicado primeiro no G1.Globo
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mateusbportfolio · 4 years
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EXAME / VIP: Insetos na alimentação: eles podem ser a comida do futuro
Insetos são apreciados há anos em algumas culinárias. Agora a ONU quer que entremos na onda para garantir alimentos a todos.
(clique no título para ler)
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leonardoas06 · 4 years
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Nadine Ann Jonet Amberty
NOME DO/DA PERSONAGEM : Nadine Ann Jonet Amberty - Curiosamente, suas iniciais formam o nome de uma cobra peçonhenta.
DATA DE NASCIMENTO : 23 de abril de 1997
IDADE : 22 anos
SEXUALIDADE : Hetero
PERCEPÇÃO DA SEXUALIDADE : Ela nunca se perguntou se teria outra sexualidade da qual ela pertence, ela é mais o tipo de que tem sentimentos por homens, mas sexualmente falando, ela pode ter relações com qualquer pessoa que tiver vontade.
APARÊNCIA FÍSICA : Interpretada pela incrível Margot Robbie, ela tem cabelos loiros com mechas roxas, porte físico magro, olhos verdes e é extremamente bonita, mas chama atenção pelo sorriso.
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ESTILO DE VESTUÁRIO : Jaqueta de couro, camiseta branca com um desenho de cobra como estampa, calças pretas de couro e botas. Vestimenta alternativa: regata branca, shorts preto, meia-calça e botas de couro.
PERSONALIDADE : Antes do acidente, ela era uma jovem dócil e tranquila, nunca tinha pressa em fazer suas coisas mesmo que levassem pouco tempo fazer fazer, ela era simpática e amável. Após o acidente, ela se tornou uma pessoa fria e amarga, tendo como a principal arma, o sarcasmo, ela olha as pessoas como submissas atualmente e não se importa com o que as pessoas dizem e são.
ADJETIVOS QUE DEFINEM O/A PERSONAGEM : Antes simpática, inteligente, bondosa, carinhosa e determinada. Atualmente é irônica, sarcástica, um pouco preconceituosa e má.
FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE : Ela teve uma séria decepção com o homem que ela mais amava e isso a tornou mais forte e obcecada em acabar com a vida daquele que ela já amou.
TRAUMAS/ABUSOS/DRAMAS : Empurrada pelo homem que amava em uma cova com duas serpentes, que poderiam ter matado ela, mas apenas deu uma nova vida.
MUTAÇÃO : Após ser empurrada pelo então namorado em uma vala com cobras, ela aparentemente havia morrido decorrente da queda, mas dentro do buraco haviam cobras que a picaram e misteriosamente ela retornou à vida, o sangue dela se misturou com o veneno, fazendo com que ela adquirisse os poderes e até mesmo agir como uma cobra, tendo inclusive o veneno e a percepção do ser humano através de ondas de calor.
PERCEPÇÃO DA MUTAÇÃO : Ela percebeu que não estava morta mediante à queda e sentiu que estava se comunicando com as cobras e que, de alguma maneira, as cobras estavam respondendo ela.
PONTO FRACO FÍSICO : Quando está exposta em temperaturas  amenas, o organismo dela fica mais lento e isso se torna um problema.
PONTO FRACO EMOCIONAL : Quando ela se lembra do namorado que cometeu o ato de ter empurrado ela em uma vala, ela fica extremamente furiosa, já que ele foi muito importante para ela.
HISTÓRIA FAMILIAR :
Nadine sempre teve uma infância feliz e uma família unida. Ela cresceu em uma vila humilde e sua família sempre a encorajou a ser forte e ter sua importância no mundo. Aos 17 anos, durante o término do ensino médio, conheceu Robert DeFalco e começaram a namorar, eram o casal mais feliz da escola e isso colocava inveja em todas as pessoas que os cercam.
Quando Nadine completou 22 anos, Robert começou a sentir um ciúme exacerbado da moça, muitas vezes estava impedindo a garota de ter uma vida social estável, com medo de que ela pudesse trocá-lo por alguém melhor do que ele.
Durante um passeio noturno, Robert comentou que Nadine não poderia nem ao menos visitar os seus pais e isso enfureceu a moça à um ponto crítico e fez com que ela terminasse o namoro com ele, deixando-o enfurecido e no ímpeto de fúria, ele a empurrou em uma cova profunda e com remorso do que fez, fugiu do local.
Dias se passaram e Nadine acordou do seu sono profundo e percebeu que havia duas cobras ao seu lado, sibilando carinhosamente em seu ouvido, ao perceber que estava dentro de uma cova, todos os seus pensamentos se voltaram ao principal causador de tudo: Robert.
Ela conseguiu sair da cova e libertou as duas cobras que estavam com ela, Nadine tem um objetivo muito claro e comum: matar o seu namorado.
COMPORTAMENTO SOCIAL : Costuma ser uma pessoa com espírito de liderança mas ela tem um pouco de dificuldade em se relacionar com outras pessoas e isso faz com que ela viva sozinha, algo que ela acha muito interessante, partindo do princípio de que às vezes é melhor estar sozinha do que em companhia de pessoas que não agregam nada em sua vida.
HISTÓRICO AMOROSO : Namorou apenas Robert, que conhecera em seu ensino médio.
HISTÓRICO SEXUAL :  Namorou apenas Robert, que conhecera em seu ensino médio.
COMPORTAMENTO AMOROSO : No início do namoro, ela estava apaixonada e estava predestinada a ser esposa de Robert no futuro, ela sempre foi carinhosa e o respeito era mútuo. No final do relacionamento, quando Robert começou a demonstrar sinais de ciúme extremo, ela começou a se chatear até terminar o namoro.
OBJETOS DE VALOR : Um colar com a letra N dada por seus pais em seu aniversário de 15 anos e um anel de prata dado por Robert.
ALIMENTAÇÃO : Ela tem uma alimentação balanceada, ela come quase tudo, menos insetos.
GOSTOS NO GERAL : Apaixonada por livros, séries e filmes que envolvam os livros que ela já tenha lido, tem um fascínio por arte e é obcecada por palavras cruzadas.
DESGOSTOS NO GERAL : Após o acidente, passou a odiar tudo o que é relacionado ao amor e também odeia dias ensolarados.
AFINIDADE SOCIAL : Pessoas determinadas
DESAFETO SOCIAL : Imaturidade
FRASES QUE SEU PERSONAGEM FALA COM FREQUÊNCIA : Você nunca vai ser tão esperta quanto o meu dedo mindinho!
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dinnhobeduzupo · 4 years
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A Terra existe há vários milhões de anos e passou por muitas mudanças durante este tempo. Isso inclui eras glaciais, mudanças polares, mudanças na massa da terra, eventos climáticos extremos e extinções em massa de animais que ocorreram durante longos períodos de tempo e trouxeram nova vida ao planeta em ondas. devolução.O planeta Terra continuou a evoluir de maneiras que colocaram muitos desafios para a raça humana. Enquanto os animais, insetos e plantas se adaptaram a ambientes hostis e condições extremas por meio de mudanças físicas e corporais, os humanos tradicionalmente adaptaram seu comportamento, ao invés de seus corpos, a fim de existir em ambientes severos..Com o tempo, os efeitos do habitat humano na Terra tornaram-se muito evidentes, sendo a mudança climática um excelente exemplo. É bem conhecido dos viajantes e pessoas espiritualmente despertas que a Terra é o estágio onde o despertar para o corpo de luz é mais benéfico em termos de evolução espiritual para a maestria, para as aulas, o ambiente, os desafios emocionais , mental e físico e o custo de vida na dualidade são os mais difíceis do Universo. Uma vez que os humanos são despertados, a generosidade do Universo se torna disponível para eles e as pessoas começam a se sentir fortalecidas para mudar suas vidas para melhor..A humanidade agora se encontra na encruzilhada da Ascensão. Enquanto coisas vivas, exceto humanos, e matéria não viva existem em simbiose e harmonia, permitindo que animais, plantas e insetos evoluam e se adaptem a todas as mudanças naturais, os humanos são permaneceu em grande parte inativo e preso na dimensão do ego e do materialismo..Os humanos tiveram muitas oportunidades de despertar para sua própria divindade, mas nenhuma foi mais do que agora. A humanidade está literalmente em uma encruzilhada enquanto milhares morrem do vírus Corona, a mudança climática é uma ameaça real e constante, a economia global está de joelhos e o controle do medo mantém a maioria das pessoas vivas. bem e verdadeiramente preso na terceira dimensão. O que precisa ser mudado? O que você pode fazer, como indivíduo, para fazer a diferença em um mundo que parece estar se matando lentamente, dia após dia? Você pode fazer muitas coisas porque é muito mais poderoso do que pensa. É hora de parar de viver com medo e assumir o seu direito de co-criador e retomar o seu poder..Conforme o mundo afunda mais e mais nas profundezas do desespero, aparentemente desmoronando sob o peso do medo, corrupção, violência e raiva, as almas da humanidade estão despertando e aumento de vibração e consciência. A consciência humana teve que chegar ao fundo do poço para despertar para as possibilidades que a vida além do corpo físico oferece. Portanto, é com muito amor e esperança por todos vocês que nós, os mestres da luz, agora imploramos que olhem além de sua própria bolha de problemas e pensem, não globalmente, mas universalmente..A alma em um corpo humano reencarnou muitas vezes, mas a Terra não é o único planeta que abriga vida. A maioria das almas experimentou vida em outros planetas em sistemas solares distantes e galáxias. Esta é uma das razões pelas quais tantas pessoas acham a vida na Terra muito difícil de prosseguir e a abandonam muito antes de seu contrato de alma permitir. Esta é também a razão pela qual a Terra foi inundada pelo nascimento de pequenos mestres no século passado, especialmente nas últimas três décadas..Essas almas evoluídas concordaram em encarnar mais uma vez para conduzir a humanidade à nova era de Aquário, a Deusa, a fim de equilibrar a energia masculina que dominou a Terra por tanto tempo. Muitos bebês são tão equilibrados nas energias masculina e feminina que é difícil prever seu gênero! Seja menino ou menina, essas almas dotadas e sensíveis trazem ao planeta uma nova energia evoluída que as gerações mais velhas têm dificuldade em compreender. Suas visões alternativas, sua natureza empática e amorosa, bem como seu desejo de proteger o mundo natural desafiam aqueles que ainda não estão em contato com sua própria divindade. Em suma, as novas gerações são os novos guias e as almas mais antigas..A vontade dos dobradores de luz de reencarnar, bem como o despertar dos mestres já na Terra no tempo designado, é a única maneira da humanidade evoluir além do ego humano no corpo físico sem tomar mais uma eternidade para fazer isso! Embora o plano sempre tenha sido que as almas retornassem aos seus corpos de luz, a atração do materialismo, riqueza e poder tem levado muitas almas a se desviarem de seu caminho e manter a humanidade no escuro, energias mais baixas, por muito mais tempo..O preço a pagar por um despertar prematuro, isto é, na infância, é alto se o professor-criança não tem pais ou adultos que o possam orientar e proteger. Mestres iluminados que vivem em um corpo humano podem sentir grande ansiedade, pois seus dons psíquicos e fortes conexões espirituais os capacitam a ver, sentir e ouvir a energia etérica e espiritual desde tenra idade. Os bebês podem estar tão ligados ao reino angélico que seu sono e alimentação podem ser gravemente perturbados e, à medida que envelhecem, seus dons podem ser interpretados como doenças mentais ou emocionais. Eles podem ter alergias graves, ser extremamente sensíveis a palavras ásperas, produtos químicos, alimentos não naturais e conservantes..Trate seus filhos com bondade e ouça suas vozes, pois eles são os futuros governantes do planeta. Sua preocupação com os outros e com o meio ambiente é O QUE SÃO, não apenas uma moda passageira. Eles são os professores e guias do futuro, mas devem ser nutridos no presente para que possam acreditar em si mesmos e permanecer no caminho que escolheram. Os mestres que já amadureceram e despertaram agora estão ajudando outros a fazer isso. Eles também ajudam os pais de jovens professores que não entendem o que há de “errado” com seus filhos..Enquanto isso, se você estiver lendo isso, estou falando com você agora. Ao trabalhar consigo mesmo, você está ajudando a elevar as energias do mundo, minuto a minuto, hora a hora, dia a dia. A vida mudará para melhor se você acreditar que pode. A ajuda virá quando você pedir, talvez não da maneira que você espera, mas ela virá da melhor maneira quando você permitir que o Universo o ajude. O Universo sempre responderá ao seu chamado, não importa o que você pergunte: positivo ou negativo, bom ou mau, escuro ou claro, para ajudá-lo ou atrapalhar. Sua mente é um criador poderoso e o que você envia ao Universo como pensamento e intenção é devolvido a você com a mesma frequência de energia..O poder da mente é incrível; tudo o que você precisa fazer é se concentrar no que é importante, no que você precisa e no que deseja e criá-los com uma intenção positiva. Então, agora é a hora de ser diligente e vigilante em monitorar sua mente para que você possa se tornar um farol de luz para o mundo por meio da geração de positividade, esperança e inspiração que transbordarão para os outros. e ajudar a Terra a abraçar totalmente a nova era de unidade, tolerância e solidariedade..Amor e luz sempre vencerão as trevas e o ódio. No momento, pode parecer muito difícil ver uma saída para as energias que mantêm o mundo com medo. Compreendemos o seu pesar e a dor pelas perdas que sofreram e as angústias que sentem, mas chegou a hora de criar, meus queridos, apesar das realidades que enfrentam. Queremos que saiba que estamos sempre com você e que sempre atenderemos seus pedidos de ajuda. Voce apenas tem que perguntar..Há esperança quando você acredita que é assim. Sempre há amor e Deus está em cada um de vocês. Abrace Sua luz e traga a Terra para a Nova Era. Esteja você seguindo ou liderando, a humanidade precisa de você.
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EU SOU Mestre Kuthumi.
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