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Obliterado
I’m so tired of same people, in differents bodies
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Pra quem pensa que namorar é fácil só pode estar vivendo fora dessa realidade que é individualidade do casal.
Precisa de tanto esforço e carinho. Um pouquinho de psicologia e paciência pra compreender que algumas mazelas não eram sobre você, era calo do outro.
Precisa de respirar fundo, porque não é fácil conviver com outra pessoa, nunca foi assim, nem com seus pais, porque esperar que seja diferente com o outro? A gente se desentende o tempo todo com os amigos e a amizade continua, porque não dá pra normalizar isso nos relacionamentos?
Brigas acontecem. Desentendimentos sempre fizeram e ainda fazem parte da construção de uma relação. Esses desentendimentos por causa do “singular” do outro ou seu, é justamente o que constrói um nós melhor. Com entendimento e acolhimento a gente sempre consegue se encaixar, mesmo nas diferenças, pq na verdade as vezes elas se completam se você for parar pra pensar com carinho sobre isso.
É preciso de muito amor, porque é ele que faz a gente continuar tentando construir e evoluir com o outro.
É preciso colocar esforço nessa construção que não é individual, é uma parceria.
Nunca foi simples amar, é muito mais fácil se apaixonar pelas projeções que você inventa do outro.
Só que muito mais difícil permanecer em um lugar que não é nada do que você imaginava e queria pra você.
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Estou cansada de esconder as minhas pernas porque vocês não estão satisfeitos com os corpos de vocês e julgam o meu que não tem nada a ver com os seus problemas
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Dores de entendimento parecem doer mais fundo que outras dores.
Pra mim no momento existem dois tipo de dores, que apesar de virem de um mesmo lugar nunca serão a mesma coisa.
A dor de quem teve a sua voz silenciada. A solidão do oprimido.
A dor do oprimido que percebe ter sido o opressor com um outro alguém.
Pra mim, a segunda dor pesa mais que a primeira. Porque você sabe que o que fez com o outro, é o que te fizeram a sua vida inteira, então você sabe como te atinge, onde te atinge, o quanto que machuca, o tanto que te muda e deixa cicatrizes irreparáveis.
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Eu gosto dessa sensação quentinha de quando o sol reflete no rosto e te acolhe o corpo inteiro com aqueles bracinhos de luz que acariciam a pele e a alma em dias muito frios. Calor é sempre super convidativo, do sol, das pessoas, e pra mim, dos animais.
As vezes eu sei a hora do dia só por causa da força do calor daqueles bracinhos invisíveis, ou pela intensidade que o verde da paisagem da nossa janela toma quando o sol está desse jeito. E as vezes quando ele clareai dourado assim, iluminando só um canto da casa e meu olhinho miúdo não consegue abrir mais que três quartos, eu nunca sei dizer com exatidão as horas.
Mas quando você cruza a sala, e me beija o pescoço, e eu sinto o calor morno da cama em você… eu sinto o convite do seu calor querendo me acolher. E embora ainda não saiba as horas exatas, sei que é manhã, pois você me observa da cozinha
Cê tá pensando em quê quando olha assim pra mim?
Aqui, bem aqui nesse momento eu sei que você me ama.
Porque me vejo no seu sorriso quando você sorri dessa forma, pra mim. Porque sinto o seu carinho quando você me beija pelas manhãs. E mais que tudo, porque te vejo vestido com o roupão surrado que eu dei há milênios atrás, e você o usa como se ele não estivesse um lixo, desgastado e furado em vários lugares por causa dos seus cigarros e dos meus também, ou manchado com a coletânea de vinhos que o seu amigo trouxe para você de todas as viagens para Portugal. E imediatamente eu vejo um sorriso no seu rosto porque eu estou te observando e você sabe.
Você sabe no que eu estou pensando?
(Risos)
Você sempre parece saber
A sua cara está tão amassada quanto a bagunça do seu cabelo, cheio de coisinhas de cobertor, os olhos ainda sonolentos por trás do vapor espiralando da borda da caneca do seu desenho preferido, que também te dei. E eu estou em você em coisas pequenas assim, como no colar que você nunca mais tirou do pescoço. São partes minhas em você. Tô dentro do seu peito, e cê tá morando no meu também.
E é nesse momento que eu sei que é manhã ainda, porque o cheiro fresco do seu café ondulou pelo ambiente e fez tudo se tornar mais um vez familiar. E quando eu olho para o relógio, são 8:59 da manhã. Bom dia
Inacabado.
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Parece que nunca mais vou ser feliz de novo. Essa é a sensação
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