@lilysnotaflower
snape: right, so what’s the plan? we’re just going to hide in here forever?
lily: not forever. just until petunia has calmed down a bit.
snape: right, so we’ll be hiding in here forever.
343 notes
·
View notes
snape: i live in constant fear that someone will off my father who lives in spinners end at the last house on the street, about 3 blocks down, and who doesn't lock the doors at night
463 notes
·
View notes
mrlnmckinnon:
Severus até podia tentar parecer como quem estava com o controle da situação, mas Marlene não era nada boba, não, e enxergava por trás de toda aquela pose do rapaz. É claro que ela também não estava com controle nenhum, mas saber que ele também estava desestabilizado era muito mais confortante – Prestando atenção em mim, Snape? Estou lisonjeada – Marlene perguntou, erguendo uma sobrancelha, apenas pelo prazer de vê-lo mais irritado. Quem sabe quanto mais incomodado ele ficasse, mais iria querer sair dali e mais fácil seria arrancar a informação sobre o feitiço – Eu vou contar pra quem eu precisar contar, se eu precisar contar. Sabe, eu não gosto de fofoca. Acho uma perda de tempo. Mas eu acho pior ainda não conseguir o que eu quero, então se eu precisar colocar seu nome no vento… – Deu de ombros, igualando-se a ele na expressão de desafio. Cerrou os olhos quando ele mencionou o desempenho pífio de Marlene em poções, e prensou os lábios, assimilando o que ele insinuava – Bem, você tem um ponto. Eu preciso da sua expertise. Mas você precisa que eu fique quieta, porque bem, pra se formar, você precisa não ser expulso. E eu tenho a sensação de que isso aqui é só uma de muitas coisas… Interessantes que você faz nas suas horas livres. O que será que algumas pessoas iriam achar dessas suas atividades extracurriculares, hm? Vamos lá, Snape, é quid pro quo. Eu só quero saber do feitiço. Você me diz o que é, eu guardo com carinho pra mim, e esse assunto desaparece.
Marlene era, sem dúvidas, uma das pessoas mais insistentes que conhecera; e Snape odiara. Era observador e, por razões óbvias, mantinha-se sempre a alerta, sabia que ela era uma boa duelista, como também sabia que Sirius Black era um tremendo estúpido. Quando há características notáveis, não é preciso quebrar a cabeça para raciocinar. ‘ Lá de onde venho dizem que dedo-duro morre cedo. Conhece a expressão? ’ não iria matá-la, é claro, só intimidá-la. Respirou fundo, estressado. Seus olhos em nenhum momento deixaram a face alheia, mantendo a postura. ‘ Não é tão simples assim, McKinnon. Se eu te ensinar sobre o feitiço, você terá que me dar algo equivalente. ’ como um sonserino nato, estava disposto a negociar a troca de informações desde que conseguisse algo favorável a ele. ‘ E, por favor, não se preocupe com as minhas extracurriculares. Já me perseguiu até aqui, agora quer saber até o quê eu faço no meu tempo livre? ’ o canto esquerdo da boca se ergueu minimamente. ‘ Obsessão não é algo que eu curta, Marlene. ’ disse de maneira cínica. Não seria expulso, se os marotos não haviam sido expulsos após lhe causarem tanto sofrimento, também não seria por praticar um simples feitiço. ‘ Vamos lá, pense em algo. Nós temos o dia todo afinal, não é mesmo? ’
11 notes
·
View notes
SAMEDI | 11H44
skam france (2018-)
243 notes
·
View notes
sirivs-o:
Fazia seu caminho para o salão comunal quando a discreta porta de madeira apareceu a poucos metros de si. Conhecia cada canto daquele castelo, cada arcatura desgastada pelo tempo e o número de rachaduras nas absides. Aprendera a notar detalhes e padrões para distrair-se na infância, quando entediava-se nas reuniões familiares e precisava dum entretenimento sutil; outras vezes serviam para guiá-lo de volta pelos corredores inacabáveis das mansões antes que os adultos notassem sua falta — em Hogwarts haviam servido o mesmo propósito antes da existência do valioso mapa. Fora seu conhecimento extenso sobre aquelas paredes que o haviam feito notar a salaprecisa pela primeira vez. O cômodo mágico aparecera como um simples armário de vassouras quando ele e James haviam precisado se esconder de Filch há muitos anos — mas seu conhecimento o apontara que não haviam armários pela região em questão. Demoraram alguns testes entre eles, em outra ocasião, para aprenderem como ela funcionava. E ali, a porta de madeira também não pertencia. Sorriu, olhando para os lados antes de se aproximar e abrir a porta devagar, curiosamente espiando dentro. Botou a cabeça para dentro a tempo de ouvir a gargalhada que ecoava pelo local. Não teria estranhado alguém expressando a felicidade, talvez tivesse se juntado, se não tivesse reconhecido o dono de tal demonstração de alegria. Arqueou uma sobrancelha, dando alguns passos para dentro. “Quem diria que o Ranhoso sabe rir. As vozes em sua cabeça são tão engraçadas assim?” Levantou as mãos como se estivesse a render-se, sorrindo. “Venho em paz. Se soubesse que era você, não teria entrado.” Murmurou olhando ao redor até os olhos caírem no boneco-alvo mutilado e, então, para a figura desarrumada em sua frente. Não conseguia imaginar porquê a sala havia o deixado adentrar; aquele não parecia um momento que o outro gostaria de compartilhar. Pendeu a cabeça para o lado, observando os estragos deixados no metal. Qualquer fosse aquele feitiço, certamente não deveria estar muito longe duma maldição imperdoável. Talvez fosse a sala se desdobrando para os desejos do outro? De querer certos alvos mais vivos. “Aposto que você adoraria se fosse o boneco.” Sorriu em escárnio, embora não devesse. Levou as mãos aos bolsos, suspirando. Era inteligente virar em seus calcanhares e sair dali. Sirius era bom duelista mas se Severus decidisse usar algo como aquilo, o que quer que fosse, suas habilidades não importariam; e detinha, ainda, algum apreço pela própria vida (mesmo que não por si). "Pela primeira vez preciso reconhecer seus talentos. Mas não se acostume, não vai acontecer novamente.“ O ofereceu uma exagerada e falsa reverência antes de virar-se e refazer o caminho em direção à porta. “Pode continuar com seus planos malignos. Quem sabe você não finalmente arruma uns amigos.”
Massageou o cenho, já precipitando um possível início de dor-de-cabeça. Severus não sabia a razão, talvez devesse ter cheiro de cachorro também, Sirius parecia sempre estar no seu pé. Se Merlín, ou Deus até, pudessem-no ouvir, retirariam a má companhia de lá e, com isso, conseguiria existir com alegria. . . na medida do possível. ‘ Você não faz ideia de o quão eu gostaria de escutar vozes. Em comparação à sua, seria como uma melodia. ’ retrucou, contragosto. Lentamente, abaixou a varinha, mas não a guardou, mantendo-a em mãos. Com sorte, o outro seria seu primeiríssimo experimento humano; sabia de algumas pessoas que o agradeceriam em cheio por tal. ‘ Leu meus pensamentos. ’ concordou, um tanto irônico, embora realmente cogitasse a ideia. Porém, ainda não havia perdido completamente a sanidade. ‘ Obrigado, mas rejeito seu elogio. ’ retribuiu o sorriso carregado de escárnio, optando por não se esconder atrás de um faixada desinteressante. Toda vez que o Black mencionava algo relacionado à amigos ou amizades, seu sangue borbulhava; deixava-o tão quente que era até capaz de explodir, talvez o pescoço e as maças do rosto coradas o denunciassem. ‘ Black, você não tem nenhum osso pra desenterrar por aí? ’ a recém-aparição havia o deixado completamente desarmado, jamais poderia praticar seus feitiços com o outro ali, lhe enchendo a paciência. Animal nojento, sussurrou ao observá-lo caminhar em direção à porta e, embora fosse mais para si, esperava que tivesse sido audível o suficiente para que Sirius pudesse ouvir também.
11 notes
·
View notes
lilysnotaflower:
Estando no seu terceiro ano de monitoria, era apenas natural que Lily já tivesse se deparado com mais de uma companhia desagradável nos corredores desde que começara a patrulha-los sistematicamente. Sabia conscientemente que haviam pessoas piores para encontrar, mais cruéis ou com maiores motivações para serem um completo inconveniente, mas Severus representava um assunto pessoal para ela. Desnecessário dizer que o clima entre os dois não era nada além de gélido desde o desastroso fim da amizade anos antes, pontuado somente pelas pouquíssimas palavras que haviam trocado desde então. “Eu…” Começou, condenando-se de imediato por ter dito qualquer coisa antes de ter seus pensamentos perfeitamente em ordem; havia perdido o foco e detestava fazer papel de idiota, especialmente em frente de alguém que sabia sobre suas fraquezas de forma tão difundida. “Você sabe que não deveria estar andando por aqui a essa hora.” Olhou para o relógio em seu pulso, embora os ponteiros estivessem se movendo de maneira confusa; isso era o que Lily ganhava por tentar enfeitiçar o objeto por si própria, mesmo sabendo que apetrechos trouxas não funcionavam corretamente em Hogwarts. De qualquer forma, a luz pálida e fraca que entrava pelas janelas representava indicativo o suficiente que já era tarde da noite. “Não tenho garantia nenhuma que vai voltar ao dormitório depois de virar o corredor.” Seus instintos de autopreservação insistiam para que Lily negligenciasse o dever só daquela vez e simplesmente o deixasse ir, mas detestava a sensação do que aquilo pareceria; não podia fazer vista grossa, por mais que até mesmo falar com ele lhe trouxesse memórias conflitantes e desagradáveis. “Vou te acompanhar de volta,” Declarou a contragosto, pronta para dar-lhe as costas e liderar o caminho.
Severus parou por alguns segundos, que mais pareceram horas, ponderando sobre a ideia de segui-la ou não. Poderia muito bem apenas ignorar e continuar andando solitário pela torre ou, um caminho certamente mais calmo, acompanhá-la para seja lá aonde. Lily não se importaria, então, a primeira opção certamente parecia muito mais tentadora; e, de certa maneira, ele estava doido para arrancar qualquer reação que fosse dela. ‘ Você tem a minha palavra. ’ ele comentou, como se isso bastasse de algo. Quase doeu falar aquilo, precisou engolir em seco para não se amaldiçoar por inteiro. Ele deu dois passos para frente, preparando-se para andar até o dormitório, mas desistiu. ‘ Não. ’ comentou, meio sussurrado. Não se mexeria, pelo menos não até a Evans sumir de sua vista. Precisava daquele momento para ele, para pensar na vida extremamente fodida e, de certa forma, a outra não ajudava nenhum pouco naquilo; pelo contrário, o deixava ainda mais melodramático. Abriu e fechou a boca, engolindo as próprias palavras — o ressentimento era recíproco, a única diferença era quê Snape, com toda certeza, vinha sofrendo muito mais por isso. Assumindo quê a interação morreria ali mesmo, naquele corredor mal iluminado, o rapaz deu-lhe as costas e começou a retornar de onde viera, com um pouquinho de esperança de que a menina fosse atrás, ou até mesmo lançasse um feitiço em sua direção, qualquer indicação de que ele importava, de maneira ruim ou boa.
3 notes
·
View notes
mrlnmckinnon·:
Assistiu ao rapaz cruzando os braços, e continuou com uma expressão impassível. E Severus, por sua vez, parecia tão firme quanto ela (e Marlene sabia bem reconhecer uma pessoa firme quando via uma) – Não tem uma horda de primeiranistas pra você aterrorizar com seus amiguinhos? Hm. Surpreendente. Bom, eu também tenho todo o tempo do mundo – Pensou na pilha de exercícios que a esperava em seu quarto, em seu último “Aceitável” em poções e em seu cronograma perfeitamente organizado de deveres que ficaria arruinado. Tinha muito o que fazer, mas sua nova prioridade era aquela. Se distraiu por mais alguns instantes olhando o boneco, imaginando o tipo de magia necessária para deixá-lo daquele jeito, e ficando mais curiosa ainda. Observou-o se sentar, e rolou os olhos com toda aquela encenação – Call me old-fashioned, mas prefiro ouvir da sua boca, mesmo – Caminhou com sua botas barulhentas até a cadeira a frente de Snape e sentou-se, cruzando as pernas confortavelmente e o encarando – Sabe, você deveria aproveitar que eu sou uma pessoa bem discreta e me dizer logo como é que você fez tudo isso. Antes que eu tenha que apelar pra modos menos discretos de descobrir, colocando seu nominho no meio.
Deu com os dentes na língua, louco para dar uma resposta malcriada e acusar os amigos dela de serem os verdadeiros malvados da história. Oh, sabia muitíssimo bem daquilo, havia sentido na própria pele. Severus acompanhava Marlene com os olhos, não perdendo nenhum movimento. Por dentro, ele ardia de angústia, a companhia era desagradável, ou estava sendo, e odiava ser pressionado. Cruzou as pernas longas, apoiando o braço e, em seguida, o queixo sobre a mão, fingindo de desinteressado — muito pelo contrário, se a menina conseguisse lê-lo, perceberia o quão incomodado se encontrava. ‘ Você é um destaque em feitiços, McKinnon. Sei que vai conseguir descobrir uma hora ou outra. ‘ mas essa hora não é agora, quis completar. Porém, com a ameaça, o rapaz assumiu outra postura; endireitou as costas, cruzou os braços em frente ao corpo, levantou ligeiramente o queixo e deixou uma expressão desafiadora tomar conta de seu rosto. Um jogo perigoso, certamente. ‘ Contará para Dumbledor? ’ embora o homem tivesse o ajudado em inúmeras situações, ainda guardava um enorme ressentimento no peito. ‘ Bem, pra se formar, acredito que precisa passar em Poções, certo? ’ e, mais uma vez, encarou-a com olhos atrevidos. ‘ E você é excelente na matéria, é claro. ’ Aquele era um feitiço para ele e seus aliados apenas.
11 notes
·
View notes
Severus arqueou uma das sobrancelhas, surpreendido pela audácia alheia em lhe tirar o cigarro dos dedos. Sem jeito, recostou-se na parede de pedra e guardou as mãos nos bolsos das calças, procurando, agora, um abrigo. O isqueiro que haviam usado para acender o cigarro não era seu, em outras palavras, havia pego emprestado — sem o consentimento do dono, é claro. Coisinhas como aquela eram quase uma lembrancinha, um souvenir. Gostava de pensar que os pequenos delitos que cometia vinham de uma força maior, uma luta de classes. ‘ Não me compare a vocês. ‘ disse, ríspido. Sua expressão mantinha-se impassível, gélida, porém, seu interior quase queimava em desgosto. Preferia morrer do quê ser comparado a um daqueles meninos estúpidos. Limitou-se a semicerrar os olhos e encarar Peter, como se pudesse o fuzilar. ‘ Você não me conhece, Pettigrew. ‘ Severus era bem centrado, sim, na frente dos outros, é claro. Poucos conheciam seu lado melancólico e carente, um tanto quanto sensível à comentários e brincadeiras. Com o tempo, aprendeu a esconder muitíssimo bem os próprios sentimentos, socando-os no fundo da alma, se é que tivesse uma. ‘ Me impressiona você estar aqui, sempre me pareceu tão. . . puxa-saco? ’ com a provocação, deu um pequeno sorriso, mas completamente embebido em deboche. Deu de ombros, roubando o cigarro da posse alheia. ‘ Depende. ‘ deu de ombros, levando-o até os lábios. Snape gostava de queimar um, com mais frequência do quê o pretendido, e de criar feitiços, estudar poções e xingar o mundo. Segurou a fumaça, deixando-a sair lentamente enquanto falava. ‘ O quê você acredita que eu faço? Que eu mato criancinhas trouxas? ’ questionou, irônico. Também não duvidou de que Peter realmente achava aquilo, havia muitos boatos a respeito do sonserino, alguns verdadeiros, outros não. ‘ Cadê os seus amiguinhos? ’
With: @halfbldprinc
“that is… literally illegal. you’re describing something illegal” falou como se fosse óbvio, pegando o cigarro enrolado da mão do outro e passando para a sua rapidamente. Levou-o até os lábios tragando de uma só vez. Quando sua garganta começou a arder soltou a fumaça. “Se o isqueiro foi concedido sem a permissão de alguém, se estamos aqui fora em período e se essa folha não é hortelã, então sim Snape, você está tão corruptível quanto os marotos!” soltou uma risada anasalada, contando nos dedos os seus argumentos. Aos poucos sentia a tensão muscular natural se dissipar com o Aliquente, mas os pensamentos frenéticos por ansiedade ainda rodopiavam em sua cabeça, tanto que não havia mensurado o possível impacto que aquela frase poderia causar. Não era nem de longe uma boa ideia misturar Severus e seu grupo de amigos em uma mesma frase, por motivos óbvios. Mordiscou o lábio inferior fazendo uma careta ao se dar conta, encolhendo os ombros de imediato. Não precisavam ser os mais comunicativos para Peter saber que mesmo que não tivesse sido ele a provocar Snape alguns anos atrás, ainda fazia parte daquela cena em particular. E isso lhe causava um certo frio na barriga, não exatamente pelo outro, mas porque já tinha sido insultado e exposto vezes demais na infância para que hoje fosse quem era. “Hm” pigarreou para limpar a garganta do ato falho e também do gosto queimado. “Me desculpa, é que estou acostumado com coisas ilícitas do lado de lá” referiu-se aos grifinórios que tinha como companhia “e você sempre me pareceu bem… centrado?“ e um pouco intimidante também, poderia adicionar. Mas não o fez, contentando-se em exibir o sorriso mais aberto e falso que tinha. Sabia que o garoto sacava de suas artimanhas melhor do que demonstrava, afinal, apenas um ardiloso para reconhecer o outro. “Isso que faz no tempo livre?” fora provavelmente estocar venenos, mas era outra coisa que não era bom adicionar ao assunto.
2 notes
·
View notes
all i could think about were the bad thoughts.
1K notes
·
View notes
˛ ⠀ ⠀ * ⠀ ⠀ 𝐌𝐈𝐑𝐑𝐎𝐑 𝐎𝐅 𝐄𝐑𝐈𝐒𝐄𝐃 〳 𝐓𝐀𝐒𝐊 𝟎𝟏 ˛
erised stra ehru oyt ube cafru oyt on wohsi .
Desde sua infância, Severus sempre teve medo do bicho-papão — para que não saísse na rua durante a noite, Tobias gostava de aterrorizá-lo com a ideia de que, caso aprontasse, um monstro assustador o pegaria para si. E, pelas barbas de Merlin, ele morria de medo. Quando cresceu, entendeu quê não existia nenhum bicho aterrorizante, mas sim, pessoas tão aterrorizantes quanto qualquer história de terror; seu pai era aterrorizante. Em Hogwarts, seu bicho-papão nunca chegou a se materializar na sua frente. Deveria tê-lo enfrentado em uma das aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas, mas nunca o fez, fugiu, como um covarde; naquele fatídico dia, o rapaz fingira estar doente e, comprometido com a própria mentira, bebericara de inúmeras poções achadiças. Embora ele fosse um tanto imprevisível, a imprevisibilidade também o assustava. O quê seria seu bicho-papão? James e seus amigos lhe pendurando pelas pernas no meio do saguão? Ou seria Lily Evans morta? Ou, simplesmente, o seu pai. De qualquer maneira, Severus jamais se colocaria em um lugar como aquele, não viraria piada na frente de uma classe inteira, não mais.
Hoje em dia, já não pensa mais assim. Talvez seu bicho-papão fosse o Espelho de Osejed; um desejo tão profundo que o aterrorizaria para sempre. Nunca foi um menino de muitos desejos, seus pais fizeram questão de esmagar suas esperanças de um futuro melhor — então, tristemente, nunca foi sonhador. Também supunha a respeito do quê apareceria no tão magnífico espelho. Com sorte, seria ele, morto. E, supondo que não quisesse morrer tanto assim, o espelho o mostraria os marotos, também mortos. Ou não, quem sabe o mostrasse abraçando a ex-melhor amiga? Eram tantas suposições que sua cabeça chegava a doer.
Quando parou de frente para o espelho, cabelos bagunçados, olheiras escuras debaixo dos olhos e roupas meio amassadas, Snape quis correr para longe, correr até acabar o ar de seus pulmões, correr até desmaiar de cansaço. Mas, não pode, não conseguiu. Suas pernas pareciam blocos de tijolo, duras e imóveis. Caso algo ou alguém o atacasse, ele estaria ferrado. Fechou os olhos com força, evitando qualquer coisa que pudesse aparecer naquele objeto mágico. O pior de tudo era: Severus já havia encarado muita coisa pior do quê um espelhinho estúpido.
Em uma súbita coragem, o rapaz abriu os olhos. E lá estava seu mais profundo desejo.
Snape, criança, com seus longos cabelos — que haviam sido cortados anos depois por conta de piadinhas infelizes — e um belíssimo sorriso no rosto e roupas enlameadas. Atrás da criança, ele conseguia ver um cenário aconchegante; grama bem verde, árvores grandes e saudáveis, algumas borboletas voando por todas as direções. E, do seu lado, uma menininha ruiva que tão bem conhecia, rindo, com as roupas também enlameadas.
Não soube dizer se seu maior desejo era a amizade de Lily ou, de uma forma intragável, dizer que seu maior desejo era voltar no tempo, viver novamente os anos em que foi mais alegre. Despido de palavras e apenas com início de lágrimas nos olhos, Severus precisou dar as costas ao espelho e respirar profundamente, enquanto aguentava aquele soco no estômago.
Sentiu ódio, raiva, de si mesmo, de Lily, dos pais, de Hogwarts, do mundo.
5 notes
·
View notes
remuslwpins:
Não esperava menos da reação de Severus, praticamente inexistente, já estando acostumado com tal. O problema era se exibir em tamanha vulnerabilidade sem saber o que aconteceria quando as portas da Sala Precisa se fechassem, imaginando que ele comentaria para algum outro aluno peçonhento de sua casa. Apenas o seguiu com o olhar após abaixar a cabeça, sem muita arquitetura em uma resposta já que seu corpo o fervia de cima a baixo. Respirou fundo uma vez, agradecendo à Merlin por ter tido o desejo atendido da água e a mesma fornecida pelo… não sabia como categorizar Snape. “Obrigado.” Respondeu baixo antes de dar um gole único que o gelou nas costelas e conseguiu ser um tanto restaurador ao mesmo tempo. “Água é bom. Vai funcionar. É só… Febre.” Mentiu sem se importar se pareceria convencedor ou não. “Sim, eu acho. É só que” começou e parou. “não quero. Não agora. A sala demorou para aparecer e, hm, não sei se existe algum antídoto pra febre que ande funcionando. Me acostumei com os da Madame Pomfrey e os de Lily…” Mencionou a amiga e engoliu em seco, sabendo que a relação do bruxo diante de si e a melhor amiga não era das melhores. “It’s fine. Don’t bother yourself, I already did it. O que você estava fazendo aqui, aliás? Não sabia que gostava de bonecos.” Olhou para o objeto despedaçado pelo chão, e nada ali continha ironia. Lupin estava mesmo comprando que era apenas algo inocente da parte do outro.
Assentiu com a cabeça, dispensando palavras. Snape não era um monstro, apesar de da insistência em o pintarem como tal; de certa maneira, até gostava de ajudar as pessoas, os mais necessitados. Cresceu em meio à miséria e de certa maneira, talvez nunca conseguisse negar ajuda à alguém — excluindo Sirius e James, é claro. Se dependessem dele, poderiam definhar lentamente que Severus pouco ligaria, até ficaria alegre. Como a companhia, também deu um gole na água, umedecendo os lábios que antes estavam secos. ‛ Ok. ‚ limitou-se a dizer. Sabia, muitíssimo bem, que água não amenizaria a febre; oras, era estupidez até sugerir tal ideia. Com a honrosa menção ao nome da antiga amizade, a feição do sonserino nublou. Lembrou dela e dos momentos felizes que haviam compartilhado, momentos que perderam assim que o maldito quarteto apareceu em sua vidinha patética. Até cogitara a comentar sobre suas novas poções e misturas que vinha criando e experimentando, porém, Lily o deixara em um péssimo humor. ‛ Conhece aquele ditado trouxa, Lupin? ‚ perguntou, olhando para os bonecos. ‛ A curiosidade matou o gato. ‚ virou-se para fitar o grifano novamente, arqueando uma sobrancelha. ‛ Você não veio até aqui para conversar, então, pare de rodeios. ‚ foi direto, querendo interromper aquela espécie de cordialidade esquisita e desconfortável. ‛ O quê tem tomado para a febre? ‚
11 notes
·
View notes
mrlnmckinnon:
– Sim, você, como eu já disse – Marlene repetiu, e se não fosse aquele feitiço que a intrigava tanto, já estaria entediada com aquela conversa – Ah, com isso eu concordo. Grifanos são mesmo enxeridos. Mas às vezes, as coisas caem no nosso colo. Tipo isso aqui – Disse, apontando para o boneco destruído mais uma vez, e seus olhos brilhando levemente… Havia um interesse um pouco mórbido, era como se Marlene conseguisse sentir o poder da magia no ar, e não saber do que se tratava a corroía por dentro – Não, eu não sei mesmo, porque eu sempre consigo o que eu quero. Então, pode começar a falar. Nenhum de nós vai sair daqui enquanto eu não souber exatamente o que você fez – Ergueu o rosto para observá-lo melhor, e cerrou os olhos, num misto de desconfiança e curiosidade – Era sobre a aula de Poções. Agora é sobre esse feitiço.
Severus, por muitíssimo pouco, não implorou para que um dementador aparecesse ali mesmo e sugasse toda sua vontade de viver, embora já fosse escassa. Cruzou os braços em frente ao corpo, um ato de resistência — em hipótese alguma contaria sobre o feitiço à Marlene, ainda não havia perdido a sanidade. ‛ Bem, não tenho nada para fazer hoje. ‚ o quê era uma mentira, ele precisava estudar; era apenas isso, ninguém sentiria sua falta, de qualquer maneira. Snape se orgulhava do psicológico forte, apesar de contar com uma oclumência brilhante e intacta. Era vivido, um fato, incontestável . . . e, por esse exato motivo, jamais sucumbiria à pressão alheia. Poderia até rir com escárnio, mas não o fez, manteve a feição desinteressada e distante. ‛ Se minha palavra te serve de algo, aconselho a desistir do feitiço, você nunca irá saber. ‚ a encarou duramente. ‛ Não da minha boca, pelo menos. ‚ sentou, preguiçosamente, em uma das cadeiras disponíveis ali, apoiando a cabeça na madeira escura. Passaria minutos, horas e até dias naquela sala, mas não abria a boca para denunciar seus segredos.
11 notes
·
View notes
Snape adorava se aventurar pelos corredores, principalmente a noite. Era uma atividade pacífica e, durante as caminhadas, conseguia os próprios pensamentos — agora, para obter completa paz de espírito, precisaria cruzar a Inglaterra de hemisfério à hemisfério. Bem, talvez precisasse cruzar continentes inteiros para isso acontecer. Seus passos eram quietos e calmos, evitando qualquer categoria de perturbação, embora soubesse que não encontraria ninguém. . . ou, pelo menos, contava com a sorte. Ele pensava em tudo que não devia, Lord Voldemort era uma constante, impregnado em seu cérebro; e, veja bem, Severus já era um tanto perturbado sozinho, não precisava de companhia. Imerso em divagações, não percebera a chegada de outra pessoa, mas, assim que a ouviu falar, reconheceu de imediata. Gelou no lugar, sentindo uma sensação estranha lhe preencher. Girou os calcanhares, virando para encarar Lily com um semblante frívolo estampado no rosto. Engoliu em seco, esperando alguns segundos antes de se pronunciar. ‛ E o quê estou fazendo de errado exatamente? ‚ indagou, arqueando a sobrancelha. Era estranho falar com ela, desde o fatídico episódio, conseguia contar nos dedos das mãos a quantidade de vezes em que trocaram uma palavra sequer; pouquíssimas, lhe adianto. ‛ Bem, se não se importa, estarei continuando. ‚ contudo, não andou de imediato, uma parte de si, implorava para que a ex-amiga o impedisse de sair de lá.
Antes um caminho tão familiar que parecia estar gravado em brasa em sua mente até a biblioteca, Lily agora se pegava memorizando os corredores e esquinas que formavam o trajeto até a nova instalação na Torre, uma tarefa que parecia mais simples do que de fato era na prática. Assim como muitos passadiços do castelo, não havia nada de marcante no caminho e por isso era uma tarefa praticamente impossível para um recém-chegado se localizar sem prestar atenção ativa no percurso. Na opinião de Lily, já estava mais do que na hora de alguma boa alma considerar a dificuldade alheia e elaborar um mapa coletivo de cada novo lugar encontrado. O fato de ser tremendamente ruim com novas direções realmente não ajudava em nada. Depois de dobrar dois ou três corredores enganados sem sucesso em chegar ao destino pretendido, finalmente pensou estar de frente a um local vagamente familiar, o que deveria significar que estava no caminho certo. Aquilo seria um bom sinal, é claro, se não tivesse perdido totalmente o foco logo em seguida. “Ei!” Exclamou para pessoa ao final do corredor, sua voz ecoando ligeiramente nas paredes de pedra. “Você definitivamente não deveria estar fazendo isso.”
3 notes
·
View notes
mrlnmckinnon:
– Eu estou procurando você – Respondeu como se fosse óbvio, ainda sem tirar os olhos do boneco, passando os dedos pelos cortes profundos – E você, hm? O que você está fazendo aqui com esse boneco bizarro e esse feitiço? – Perguntou, virando-se e aproximando-se dele com as sobrancelhas arqueadas, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, Snape a puxou pelo braço – Você ficou maluco de vez?! – Marlene exclamou, desvencilhando-se com algum esforço do aperto do garoto – Pode parar com esse tom, você não me assusta, essa sua marra de Sonserino só vai funcionar com os Lufanos. Vou dar um soco nessa sua cara se tentar me arrastar de novo – Disse, defensiva, cruzando os braços e parecendo bastante firme como quem não sairia dali tão cedo – Eu quero saber que feitiço é esse – Perguntou mais uma vez, entredentes. Estava extremamente curiosa, um tanto quanto chocada com a brutalidade e parcialmente fascinada com o poder do feitiço. E claro, com muita inveja de que ele tinha aquela informação e ela não.
‛ Me procurando? ‚ indagou, curioso e não tão convencido. Sem dúvidas, Marlene estava dando-lhe nos nervos com sua ladainha irritante, além de querer meter o nariz em assuntos que obviamente não lhe diziam respeito. ‛ Por Merlin, vocês grifanos são todos enxeridos. ‚ bufou, já sentindo o rosto avermelhar em frustração. Com a ameaça, Snape tratou de aumentar a distância entre eles, não querendo levar um soco no rosto e piorar ainda mais sua situação. Xingou-se mentalmente por ter sido tão irresponsável. ‛ Ha! ‚ riu falsamente, um tanto debochado. ‛ É como dizem, querer não é poder. Não que você saiba o quê signifique, é claro. ‚ por muitíssimo pouco não adicionou um mimadinha no fim da fala. Talvez ele pudesse, finalmente, lançar o feitiço em um ser vivo; a menina parecia o alvo perfeito, tiraria as dúvidas da melhor pior maneira possível, experimentando. ‛ O quê você queria comigo mesmo? ‚ perguntou, inclinando a cabeça levemente para o lado. ‛ É sobre a aula de Poções, certo? ‚ deduzira enquanto tentava mudar de assunto.
11 notes
·
View notes
severus snape , a moodboard .
“he was abominable…and the most alluring, tortured soul i’d ever met.”
4 notes
·
View notes
remuslwpins:
Nem sempre Remus frequentava a Sala Precisa já que A Casa dos Gritos havia se tornado seu infeliz refúgio para os momentos de maior necessidade. Como Hogwarts reconhecia o perigo pela magia, seu sangue misturado era um dos sensores que não alertavam boa coisa, e assim ficava de mãos vazias em seus piores ciclos. Em todos, para dizer a verdade. É claro que em dias ruins, ou quando começava a sentir os sintomas febris e amargos debaixo da língua pelo sangue que vez ou outra acabava aparecendo durante as noites em que ele mordia a própria boca pela tensão durante os sonhos esquecíveis, as grandes portas da Sala apareciam para si. Outro fato curioso é que já havia visto Severus Snape vez ou outra, da mesma forma que havia sido notado. A relação entre os dois era tão esquisita e silenciosa que nunca falaram sobre; Severus nunca o havia interrogado da mesma forma que Remus jamais tinha debochado para os amigos.
Ouviu o feitiço, que não lhe era estranho, mas duvidava que ele ou Severus haviam se notado tão próximos. Quando tentou se afastar, foi enganado pelos entulhos que arruinavam atalhos e a sala o mandou de volta para a frente do sonserino. Engoliu em seco quando viu a varinha apontada para si, e já não estava na melhor das aparências. O suor estava presente em Remus, assim como os lábios pálidos e os olhos levemente avermelhados, sinais da febre que viria com toda força logo. “Feitiço legal. Também sei inventar alguns.” Disse por puro impulso até finalmente olhar para a espuma e tecidos arrebentados no chão. “Não quero nem saber o que ele faz.” Tentou fazer uma piada, mas sua aparência não o ajudava. “Você não viu uma jarra de água por acaso, certo? Certo. Vou procurar.” Usou sua própria pergunta como desculpa para se afastar, limpando uma gota do suor que escorria na testa.
Severus abaixou a varinha lentamente, enfiando-a dentro do bolso de sua calça, embora não fosse o melhor lugar para tal. Ignorando a piada e se recusando a minimamente sorrir, encarou o rapaz em sua frente com o semblante franzido. ‛ Já está para acontecer, hm? ‚ perguntou, apesar de não precisar de uma resposta. Suspirou, passando a mão pelos cabelos, todos os dias alguém daquela escola o fazia passar por situações estressantes — e, mais revoltante ainda, teimavam em culpá-lo por ser do jeito que era. ‛ Sente-se, Lupin. ‚ arregaçou ainda mais as mangas. Fechou os olhos e focou no necessário: uma jarra cheia de água e copos. E, como uma passe de mágica, a sala precisa atendeu aos seus anseios, mais uma vez. Pegando a jarra que havia aparecido sobre a mesa no canto, o sonserino despejou o líquido nos copos, mas entregando-o primeiro a Remus. ‛ Embora aqui seja um bom lugar, as Leis de Gamp não permitem que se crie o quê preciso pra te ajudar. ‚ foi sincero. Até cogitou a levá-lo até sua sala secreta, onde criava as próprias poções, mas relembrou de quem o outro era amigo e, sem mais delongas, desistiu. Talvez pudessem ir até a Sala de Poções e lá, repetir o mesmo ritual de sempre. ‛ Consegue andar? ‚
11 notes
·
View notes