Escritores e gatos (101)
Péter Nádas
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Escrito quando Clarice Lispector tinha vinte anos, “Perto do coração selvagem”, publicado em dezembro de 1943 pela editora carioca A noite (imagem 1), foi o primeiro livro da escritora. Logo associado, pelo estilo introspectivo, a Virginia Woolf e a James Joyce, o romance foi lido com entusiasmo por boa parte da crítica literária do seu tempo.
Antonio Candido, por exemplo, então autor de rodapés no jornal “Folha da Manhã”, escreveu a 16 de julho de 1944 que, “se deixarmos de lado as possíveis fontes estrangeiras de inspiração, permanece o fato de que, dentro de nossa literatura, é uma performance da melhor qualidade.” Também Lêdo Ivo, Sérgio Milliet e Adonias Filho são outros autores que se referiram positivamente sobre a estreia de Clarice.
O romance premiado pela Fundação Graça Aranha como Melhor Livro de Estreia e nomeado por sugestão de Lúcio Cardoso, amigo de Clarice, tem como narrativa em dois planos — entre um fragmentado passado e um presente repleto de interesse pelo trivial — a história da protagonista Joana; sob um perspectiva da interioridade e do olhar excepcional, entramos em contato com uma travessia entre as fronteiras do eu e sua relação enquanto consciência de si e do mundo.
“Perto do coração selvagem” alcança 80 anos neste dezembro de 2023 como um marco da literatura brasileira — “um romance que faltava”, repetindo os termos de Candido — dentro e fora do seu tempo.
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Todos os grandes já foram, um dia, pequenos (172)
Urbano Tavares Rodrigues
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Os escritores e suas mães
1. Gabriel García Márquez e a mãe Luisa Santiaga Márquez Iguarán;
2. Federico García Lorca e a mãe Isabel García Lorca;
3. Roald Dahl e a mãe Sofie Magdalene Dahl;
4. Octávio Paz e a mãe Josefina Lozano de Paz;
5. Jorge Amado e a mãe Eulália Leal Amado (e o pai João Amado de Faria);
6. Orhan Pamuk e a mãe Hümeyra Pamuk;
7. Sylvia Plath e a mãe Aurelia Frances Plath;
8. Yukio Mishima e a mãe Shizue;
9. James Joyce com a mãe Mary Jane Murray (ao centro);
10. Italo Calvino e a mãe Eva Mameli Calvino.
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Escritores e gatos (100)
Philip Roth
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Escritores e gatos (99)
Colette
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Todos os grandes já foram, um dia, pequenos (171)
Osman Lins aos três anos.
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Escritores e gatos (98)
Giorgio Bassani
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Todos os grandes já foram, um dia, pequenos (170)
José Juan Tablada
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Todos os grandes já foram, um dia, pequenos (169)
Cesare Pavese
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Escritores e gatos (97)
Toni Morrison
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Parte de uma série de ilustrações realizada por Elena Trofimova para uma edição russa de 1985 de Vita nuova, de Dante. Vimos aqui.
[A] Vida nova foi escrito provavelmente entre 1292 e 1293 e o que Dante faz aqui é selecionar uma parte de sua obra lírica de variada forma (canções, baladas, sonetos) muito ao sabor do dolce stil nuovo. O livro alterna essa seleta de poesia com fragmentos em prosa que ora narram a história ora comentam sobre o conteúdo dos versos. A figura principal dos textos é a amada Beatriz, que, como sabemos, fundamental em A divina comédia. Assim, este é um livro que traz qualquer coisa de prenúncio do grande poema, sobretudo, na compreensão sobre as múltiplas feições que a musa assume em sua obra, símbolo metafísico, místico e sexual.
Como a Comédia, esta é uma obra que tem despertado interesse de variadas expressões artísticas; além da pintura, a música, como se pode ler neste texto Fernando Álvarez del Castillo traduzido aqui.
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