Tumgik
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“Você também não conhece o bom povo de Hell’s Kitchen. Não subestime o poder de um bairro que já é representado nos quadrinhos como precisando de um herói que trabalhe só lá pra manter a merda em ordem. E, até onde eu vi, vocês, coreanos, são... Polidos demais.” — Hwanbi fez uma careta e então sacudiu a cabeça, como se pudesse evitar que a 'polidez coreana' grudasse nela. E então revirou os olhos, os braços apertados firmemente e os lábios crispados ao voltar a encará-lo. — "É realmente difícil pra você perceber que nem tudo o que parece do seu ponto de vista é a verdade absoluta, né? Eu fui abortada, não uma ameaça por interesse quando eu não tinha nem consciência de verdade, mas quando eu tinha idade suficiente para ter dedicado anos idolatrando a minha querida mamãe." — Ela voltou a retorcer os lábios finos em um sorriso sem humor. — "As pessoas me veem dando um jeito nas minhas coisas e cuidando dos meus problemas que precisam de atenção, não reclamando da vida como um perdedor."
"Você nunca conheceu um velho de Busan. Eles ganham de qualquer um. E fazem isso na velocidade Outsider” - respirou fundo jogando o resto do seu punhado de pedrinha no lago. - “Sua mãe ameaçou abortar se você e do seu irmão só para extorquir dinheiro do seu pai? Ela ultrapassa qualquer limite de filhadaputagem existente no mundo”
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“Se não é droga, deve ser algo pior...”
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“É alguma doença contagiosa! Se você me passar esse treco e eu morrer, juro que vai ter volta. Juro que eu roubo as infinity gems, mas volto pra me vingar."
Na verdade… não, não pode. Acho que para o meu estado não tem nenhuma solução.
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Beber? Não, nenhuma gota de nada.
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“Como eu não pareço ter muita escolha... vamos lá. O que houve? Eu posso te ajudar? E bla bla bla.”
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"Você bebeu algo que alguém estranho te deu ou o quê?"
Acho que… sim? Realmente não sei.
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“Eu já vi advogados muito mais brutos que você em Hell’s Kitchen. Acho que pode imaginar como somos gentis tendo ‘inferno’ no nome do lugar.” — Arqueou a sobrancelha, encarando a água por um breve momento. Observou a superfície perturbada enquanto o ouvia e pensava no pouco que ainda lembrava da própria mãe. —“Você devia conhecer a minha mãe. Só aposto que a minha e a sua não cabem no mesmo lugar... Deve existir um limite de 'filhadaputagem' por metro quadrado." — Ela se interrompeu, a cabeça inclinada para o lado ao se corrigir. — "Não... exceder o limite disso seria mais como agora, eu e você no mesmo lugar."
“Bem, em Busan se xinga por qualquer coisa, então eu sou um poço sem fundo de brutalidade” - puxou um dos cantos dos lábios em um sorriso sarcástico antes de voltar afazer o que estava fazendo desde o início. - “Junta os dois, o problema fica bem maior porque minha mãe é uma baita de uma vadia que sabe se aproveitar dos momentos”
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“Brincadeira? Claro que não! Tudo pelas crianças, porque eu sou uma pessoa super boa. Como todos os idols, perfeitos e altruístas. Essa totalmente sou eu. Nah, esquece o lenço, melhor deixar aqui por enquanto, valeu mesmo assim.”
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“Só precisa falar que OneB foi bem legal e gentil se alguém te perguntar. Porque nem é mentira, right? Vou estar meio na merda se você não me ajudar então... Por favor?”
“Isso era algum tipo de brincadeira? Eu… não sou muito bom com piadas. E eu acho que eu tenho algum lenço por aqui…”
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“Uh, claro! No que eu puder ajudar.”
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“Tripas na sua cabeça, achamos a fonte dos seus problemas, son. Quando me passar o seu número, me lembra de salvar como ‘cabeça de nuvem’, ok? E vamos pintar o seu cérebro de vermelho, vai ficar bonito.”
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“Esquece, se eu te bater até você ficar menos bobo, vai estragar essa sua cara fofa e eu nunca me perdoaria. Só para de me chamar de 'noona', deuses, eu sou de Hell’s Kitchen. Não sei lidar com isso nem com 'aegyo'. Me chama de Hwan, e pronto.”
Toda não, noona. Tem umas coisas além disso, tipo umas tripas e meu cérebro, ele é todo rosinha, é sim.
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“Nasce? Então… é da minha cabeça que vem o vento? Eu sou fazedor de vento? Wooooow, isso é meio que legal. Se fazer o vento parar de nascer não quero. Isso só eu consigo.” Theodore fez um bico, chutando pedrinhas que não existiam de verdade, e cruzou os braços, numa óbvia demonstração de que estava emburrado.
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“É oficial, sua cabeça é toda de vento, só tem brisa nessa cabecinha. 'Tô começando a achar que você não se faz de bobo, que você é assim mesmo.”
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"Você diz que não entra brisa na sua cabeça, eu digo que ela nasce aí dentro. E, olha, sei um jeito infalível de você melhorar, quer ver?"
Não entra brisa na minha cabeça, noona. Pelo menos… dá pra entrar pelo nariz? Quando eu fico na frente do ventilador, entra muito vento que eu até fico tonto.
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“De onde eu vim não é tão normal assim falar um monte de idiotice só porque algo dá errado... Ok, nova-iorquinos não são bem o ideal zen, uma merda numa escala de zero a namaste.” — Hwanbi deu de ombros, limpou as mãos na lateral das calças jeans e cruzou os braços firmemente a frente do corpo, como de costume. — "Eu não conheço 'a porra do seu feitio', então, pra mim você só parece uma criança chorona reclamando dos problemas que estão no seu caminho como se resmungar fosse resolver. O que uma revista pode dizer que seja tão ruim? É uma revista, né? Não alguém que vai te fazer mal de verdade. Agora... mães? Essas sim ferram, I'm dead ass."
“Correção: Só mostra o quão fodido eu estou por estar falando merda que não é da porra do meio feitio” - por mais que achasse que havia algo estranho em aceitar aquelas pedrinhas, acabou o fazendo e voltando a joga-las no lago, fazendo-as quicar na água várias vezes antes de afundarem. - “É só a porra da minha mãe e essa revista de merda aparecendo só para foder com a minha vida.”
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“Que gracinha, você continua ficando mais e mais bobo a cada vez que eu te vejo.”
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“Sem essa de ‘pesquisa’. Quase quero mesmo entender o que passa nessa sua cabeça além de uma brisa constante.”
Noona, eu não consigo evitar. Meus olhos estão tendo espasmos de tanto que fiz isso.
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“Acredite, se eu quisesse que você entendesse, você entenderia. Ou talvez não, considerando o monte de idiotice que você acabou de jogar no mundo pela boca.” — Resmungou enquanto se abaixava para pegar algumas pedras ao redor e ofereceu uma para ele. — “Você não queria ser autista, ninguém quer. Não é algo que você vai pra fila e compra, é algo que as pessoas dariam tudo pra estar livres. Não importa quanto o seu dia tenha sido uma merda, ficar defecando pela boca não vai resolver nada. Falar isso só mostra como você não deve fazer a menor ideia do que fala.”
“Claro, claro. E eu não entendi uma palavra sequer” - meteu uma das mãos no bolso da calça e suspirou pesadamente ao perceber que não tinha mais pedrinha para jogar no lago. - “Sendo sincero, eu queria ser autista para poder me desligar do mundo, pelo o que eles falaram eu sou, então vai que meu grau piora e eu consigo”
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“Oh my goddess... Minha voz é fina? Podia tentar ouvir a sua própria voz um pouco.”
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“Não sei se notou, mas eu ‘tô mais ocupada que você, bonitinha.”
Okay, seja o que for que nós combinamos. Agora pode ir?! Sua voz é fina demais.
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“Você acreditou mesmo nisso?! Wow, não achei que alguém fosse cair nessa história de órfãos... Então, beleza! Acho que eu preciso de um pouco de ajuda, sim, valeu.”
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"Pode só me fazer um favor extra?"
“Você quer ajuda para tirar? Não tem tanta tinta, então…”
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“Acho que os órfãos devem estar felizes por ter alguém com quem brincar.”
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“Oh my goddess... Shame on me ‘n shame on my mad easy life. Juro, son. Acredite ou não, todo mundo tem umas merdas pra cuidar.”
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“Como assim investigando? Autismo é crime agora?”
“Jura? Tente ser piloto de corrida desde os… doze anos? Nem lembro mais quando comecei” - jogou outra pedrinha. - “E, o mais legal de tudo, estão me investigando por causa de um filho da mãe que acha que eu sou autista”
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"Now, I need to know is this real love / Or is it just madness / Keeping us afloat", foi a última coisa que Hwanbi ouviu antes de tirar os fones de ouvido, mas não olhou para Orion; por falta de coragem e pela certeza que acabaria voltando a parecer uma idiota se o fizesse. E Lim Hwanbi, criada em Hell's Kitchen, no meio da confusão entupida com neon, não poderia parecer idiota na frente de alguém como ele. Por mais que tudo tendesse ao oposto, porque nem ela mesma era capaz de definir qual a categoria que o garoto poderia se encaixar. Em sua cabeça, Hwan se xingava por não ter percebido que ele era ele. E lições de moral e ética e atitude para si mesma, que era esse tipo de situação que acontecia se ela não fosse cuidadosa o bastante.
Hwanbi cruzou os braços a frente do corpo, uma das sobrancelhas erguidas e um sorriso de escárnio nos lábios finos. A garota Lim havia aprendido anos antes que cruzar os braços daquela forma era uma das melhores maneiras de parecer impassível. Era uma postura defensiva, claro, mas nem todo mundo levava isso em consideração ao vê-la daquele jeito. Com o tempo, se tornou um hábito inevitável. "É claro que eu mudei, Haruka." Suspirou, com falso tédio e alguma leve irritação, quando na verdade estava com os batimentos cardíacos ecoando nos ouvidos e os olhos ardendo. "Que tipo de rachet eu seria se ainda fosse aquela mesma garota idiota que você conheceu?" Riu soprado e sem a menor sombra de humor. Queria poder juntar coragem e encarar Orion, era isso que a forte e tóxica OneB faria em uma situação como aquela. Hwanbi desejava poder pensar que ele era só mais uma pessoa que precisava ofender e manter longe, mas as coisas não pareciam querer ser manipuladas e tomarem aquela forma.
"Então você é de verdade? Isso é uma surpresa. Achei que estivesse morto, Konoha. Isso dificulta as coisas." — Ela resmungou, e já estava arrependida assim que terminou de falar. Ao olhar para Orion, para os mesmos olhos escuros que costumava conhecer tão bem e sentir o calafrio na base das costas. Por mais perguntas que Hwanbi tivesse em sua cabeça, a maior parte delas envolviam a saúde de Pyo Orion, seu bem estar e as novidades em sua vida desde que pararam de se ver, ou melhor, desde que Hwanbi abandonara Orion. Parecia muito mais gelado dentro de sua pele que fora dela. Apenas uma pequena parte das perguntas parecia suficientemente imparcial para ser feita. "O que você 'tá fazendo aqui? Como me achou?"
It’s ok if I see you in my dreams. 우리 다시 만나. || @hwarion
Mesmo com os olhos ardendo levemente, Orion se esforçava para não chorar, prometera nunca mais fazer isso, já o fizera até demais. A primeira coisa que o garoto pensou foi voltar diretamente para seu apartamento, rezando para que Harleen não estivesse em casa no momento, mesmo que pudesse confiar sua vida a garota, aquilo era diferente. Sua primeira tentativa de confiança suprema não dera certo, mas sabia que podia confiar em Har, somente em Har. A cabeça de Orion girava e a lembrança da garota correndo na direção contrária tomou sua cabeça novamente, tudo o que precisava naquele momento era do livro de colorir que a melhor amiga dera de presente a alguns dias atras. Algumas páginas estavam coloridas, mas outras ainda estavam monótonas. Precisava daquilo urgentemente.
Passou algumas horas largado no sofá da sala até o ar do pequeno apartamento não parecer suficiente na atual confusa cabeça do jovem coreano, se esforçou para parecer normal, até que estivesse sozinho na silenciosa sala novamente. Orion pegou seu celular e seu fone que já estava conetado e saiu pela única porta, o horário não importava para o garoto que ainda pensava no reencontro inesperado da tarde. Com somente uma fina blusa e um casaco que ninguém aguentaria com o frio do exterior, mas Orion não se importava. Em seus ouvidos, See You Again do Wiz Khalifa começou a tocar e confirmou que o mundo estava em uma profunda rebelião.
Chegando ao lago, a música estava praticamente na metade. O menino praticamente se arrastou para um dos bancos e voltou a colorir o pequeno livro. As flores espalhadas pela página o deixava cada vez mais calmo, cada vez mais entretido, Orion não percebeu a aproximação da mais baixa até que o último refrão chegou e toda a calma que tinha reunido estorou em sua cabeça, mas não deixou transparecer, precisava continuar do mesmo que jeito que estava a alguns segundos atrás. “Its been a long day without you my friend / And I’ll tell you all about it when I see you again”. Isso seria o que Orion faria mesmo, se o resultado daquela noite desastrante ainda não estivesse marcada em sua pele na região do Serrátil Anterior. As palavras de Hwanbi pareciam duras e egocêntricas, sua voz teria falhado se não tivesse impedido a si mesmo, precisava ficar calmo. “Não vou mandar você sair, mas fique sabendo que cheguei aqui primeiro” falou com um tom frio, fazendo valer a pena todo o tempo que passou usando aquele mesmo tom com os trainees da empresa “Você mudou, Ene-chan”
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“Vocês se multiplicam mais que coelhos... Um viva aos imbecis da tecnologia.”
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Gostei muito desse efeito de celular.
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“Eu posso dar um jeito nisso. E parece que você devia andar com essas coisas também, o que quer que ‘tivesse fazendo... Mas tem um preço.”
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Será que um deles tem um kit de primeiros-socorros? Eu realmente estou precisando de um…
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“O chocante é: o que te faz pensar que eu queria essa porcaria de urso?”
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Hahaha. Eu não vou lhe dar esse urso.
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