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ptdrumm · 6 years
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Quis Custodiet Ipsos Custodes?
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Não é de hoje que cultivo o gosto por frases em latim. Meu pai gostava de citar, vez por outra, as célebres palavras de Catão, o Velho, ao terminar um discurso no Senado Romano: Delenda est Carthago. De fato, a dita frase é uma redução da sentença Ceterum autem censeo Carthaginem esse delendam, parte de uma campanha feroz contra Cartago, a cidade rival de Roma à época.
Gosto muito de uma que ouvi durante a cena final do filme Masque of the Red Death, de Roger Corman. A morte, conduzindo uma menina por um campo repleto de cadáveres e corpos agonizantes, diz: Sic transit gloria mundi. A cena me impressionou e nunca mais esqueci da frase.
Gosto também de Castigat Ridendo Mores, de Jean de Santeul, presente em alguns pedimentos e frisas de teatros. Gosto de Mens sana in corpore sano, Crescit amor nummi, quantum ipsa pecunia crescit e Panem et circenses, estas de Decimus Iunius Iuvenalis, o poeta satírico Juvenal. E gosto ainda, e não menos que de outras, da famosa —e sempre atual— Corruptissima re publica plurimæ leges, do senador e historiador Publius Cornelius Tacitus.
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Recentemente, a rede Facebook, num processo tosco de expiação de pecados aflorados no episódio Cambridge Analytica, decidiu contratar duas empresas de fact-checking no Brasil. Serão as 'vigias da verdade', para 'ajudar' o cidadão-eleitor a não se deixar levar pelas notícias falsas neste ano eleitoral, carimbando-as convenientemente.
Ao fim e ao cabo, fica a pergunta: quem atestará a veracidade, a lisura, a honestidade do 'verdadeiro ou falso' determinado pelas fact-checkers?
Essa atitude do Facebook e, provavelmente, de outras redes que adotarão processos parecidos, me lembra novamente o poeta Juvenal e mais uma de suas famosas frases: Quis custodiet ipsos custodes?, que pode ser traduzida em Quem vigiará nossos vigias?
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ptdrumm · 6 years
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Falta de Educação
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Temos excelentes educadores no Brasil, educadores de verdade, mas temos também uma ciumeira profissional capaz de destruir o legado de toda uma gestão anterior em poucos meses. A falta de continuidade do bom legado e os enormes egos envolvidos, associados a uma falta de sentido prático nos currículos modernos, tem nos empurrado sistematicamente para os planos abissais da Educação do planeta.
Os exemplos dados pela imprensa, todos os dias durante décadas, longe de estimular um crescimento intelectual sistemático, nos coloca junto com as piores economias do mundo, nos mais variados índices de competitividade. Ao negar a possibilidade de formação de cabeças pensantes em boa quantidade, produz apenas um colossal magote de analfabetos funcionais.
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ptdrumm · 7 years
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França hoje: o islam é aqui
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Macron é aquele sujeito de mil faces que sobrou para se votar no segundo turno contra Le Pen. Ex-socialista, ministro do inútil do Hollande, banqueiro da casa Rothschild & Cie Banque, disse que vai endurecer contra o fanatismo islâmico. Entretanto, há documentos vazados, hackeados de emails do rapaz, que indicam o contrário. Dentre estes documentos está uma proposta intitulada (Re)organization de l'islam de France, francamente favorável a uma iniciativa a ser patrocinada pelo Estado que incui a incorporação gradual do islam na cultura francesa com, dentre outras pérolas, o ensino do Árabe nas escolas primárias.
Nesse meio tempo, muçulmanos fanáticos celebram a vitória do garoto, berram ❝Allahu Akbar!❞, afiam as facas e riem de orelha a orelha.
A Europa está a um passo de um colapso fiscal se não agir rápido e incorporar novos trabalhadores contribuintes à sua população economicamente ativa. O valor da rubrica dos custos sociais nos orçamentos nacionais é altíssimo e a França não é exceção no conjunto. Portanto, incorporar mão-de-obra imigrante não é generosidade, é planejamento estratégico.
A isto chamo de: A Necessidade faz o Cagaço.
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ptdrumm · 7 years
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A imigração e os custos sociais
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A política de imigração da União Europeia não tem nada de caridosa nem condescendente; nem mesmo é uma espécie de expiação por atos passados. Sendo um continente demograficamente velho, a imigração de gente jovem e potencialmente contribuinte, é uma necessidade urgente para manter o alto custo da previdência e outras grandes despesas sociais. O maior problema está na capacidade de filtrar.
Não se iludam os contrários à pretendida política brasileira de imigração. O país está indo pelo mesmo caminho: passamos de pirâmide demográfica para 'navio' em menos de uma década. Isso em termos globais é quase instantâneo. Não conseguimos aproveitar as várias janelas de oportunidades que passaram debaixo de nossos narizes e ainda somos essencialmente um país de mão-de-obra intensiva.
Agora, com Inês já morta, e sem ajuda do Rhum Creosotado, teremos uma população em declínio a partir de 2040 e seremos um país velho com altíssimos custos sociais. Dada a carência de jovens potencialmente produtivos (e contribuintes), países mais pobres da AL e lusófonos da Africa já são as nossas Sírias, Libias, Iraques... Aqui, novamente, não sabemos filtrar.
Sic transit gloria mundi
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ptdrumm · 7 years
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A greve que não houve
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O que houve não foi uma greve, e jamais poderia ser chamada como tal. Foi uma demonstração violenta e desqualificada da mais baixa estupidez, pura e simplesmente. As centrais sindicais e seus mais de dezessete mil sindicatos amestrados estão perdendo as boquinhas, o pingo fácil da contribuição sindical, e é exatamente por ser contra isso que fazem o que fizeram. Não foi, nem de longe, uma manifestação pacífica contra as reformas ou contra o governo; isso foi, como se dizia antigamente, "pra inglês ver". Foi mesmo contra as perdas que ELES, os sindicatos, terão, e as muito prováveis extinções que obvia e necessariamente virão. Aliás, manifestação pacífica possou a ser um eufemismo para o jornalismo aparelhado amenizar, pela tv, a vagabundagem explícita imediatamente anterior a baderna escancarada.
Eu vi pessoas serem impedidas de circular, ou terem seus direitos de ir e vir cereceados sem a menor consideração, vi a pelegada e a milícia contratada pelos sindicatos ameaçar vidas de trabalhadores, sem remorso algum. Eu vi ônibus e carros depredados e queimados sem motivo aparente, salvo pelo prazer vil da maldade. Eu vi depredação de bens públicos e privados. Eu vi ataques violentos, gratuitos e covardes a trabalhadores de várias profissões. Eu vi muita coisa que me enoja.
Nada justifica o que aconteceu. Absolutamente NADA.
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ptdrumm · 7 years
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Sometimes I feel like running away is the only way
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ptdrumm · 8 years
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ptdrumm · 8 years
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ptdrumm · 8 years
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O adeus da feroz torturadora da verdade e do idioma
Por Augusto Nunes*
Neste 29 de agosto, o país verá em ação a Dilma que diz frases sem pé nem cabeça até quando lê e a Dilma que não diz coisa com coisa quando desanda no improviso.
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A pior oradora de todos os tempos protagoniza derrapagens espetaculares até quando está lendo discursos encomendados a quem consegue juntar sujeito e predicado. Foi assim em dezembro de 2009, durante a Conferência do Clima promovida em Copenhague, quando a chefe da Casa Civil do governo Lula surpreendeu o mundo com a notícia assombrosa: “O meio ambiente é, sem dúvida, uma ameaça ao desenvolvimento sustentável”, recitou Dilma Rousseff sem tirar os olhos do papel. E foi em frente. Como não se corrigiu, não se explicou e nem pediu desculpas, continua valendo o que disse.
Em agosto de 2013, numa visita a Campinas, Dilma começou a ler à tarde o discurso escrito para ser lido à noite. Ela contava a sofrida saga de “uma mulher que estudou até a quinta série do curso fundamental porque vivia na roça com mais nove irmãos e não teve condições de continuá estudano” quando se deu conta de que aquilo era para mais tarde. “Mas essa mulher eu vou tratá dela no próximo… na próxima cerimônia que eu vou participá aqui em Campinas que é a formação do Bolsa Família”, informou. Dado o aviso, desandou a explicar por que “a casa própia é muito importante”. Isso mesmo: “própia”.
Se a Dilma dos discursos escritos é uma oradora de alta periculosidade, a Dilma dos palavrórios de improviso é uma selvagem serial killer da retórica. Neste 29 de agosto, a transmissão pela TV Senado do depoimento da presidente agonizante permitirá que milhões de brasileiros acompanhem ao vivo a primeira e última apresentação conjunta dessas duas Dilmas. A que diz frases sem pé nem cabeça até quando lê vai caprichar num falatório fantasiado de Auto da Injustiçada. A que não diz coisa com coisa quando improvisa vai responder a perguntas dos senadores.
Dilma garante que foi ela quem resolveu defender-se pessoalmente no Senado. Como nenhum dos áulicos que seguem frequentando o palácio assombrado ousou apresentar-lhe os perigos da ideia de jerico, a performance da segunda-feira vai atestar que o impeachment livrará o Brasil, simultaneamente, de uma recordista mundial de incompetência, de uma mentirosa compulsiva e de uma torturadora da língua portuguesa.
Ela seria poupada desse vexame derradeiro se a missão impossível fosse repassada aos senadores que permanecem a bordo da embarcação condenada cujo piloto é José Eduardo Cardozo. O texto que inunda com lágrimas de esguicho os golpistas cruéis, por exemplo, deveria ser berrado por Lindbergh Farias, uma gritaria a serviço da pouca vergonha. As réplicas aos senadores favoráveis ao impeachment ficariam por conta dos integrantes da tropa, devidamente municiados com vídeos que registram alguns dos melhores piores momentos da chefe.
Gleisi Hoffmann cuidaria de mostrar que a presidente reincidiu em pedaladas criminosas por ter compreendido que a Lei de Responsabilidade Fiscal é mesquinharia de avarento shakespeariano diante da grandiosidade de um Minha Casa, Minha Vida. Vale tudo para impedir que tão esplêndido programa definhe por falta de verbas — até raspar o cofre do Banco do Brasil. Quem discordar de Gleisi será calado pela exibição do vídeo em que Dilma ensina que uma casa é muito mais que uma casa: “Porque casa é primeiro sinônimo de segurança. Casa, depois, é sinônimo de uma outra coisa muito importante. Um lugar para a gente construir laços afetivos. É ali na casa que o pai e a mãe amam as crianças, dão instruções para as crianças, educam as crianças… e os jovens. É ali na casa também que cumeça… né? Os encontros, os namoros, os noivados, os casamentos”.  
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Em seguida, Vanessa Grazziotin explicaria que a gastança ilegal com obras de infraestrutura só é coisa de meliante juramentado aos olhos de gente que não sabe direito, por exemplo, para que serve uma ponte. É só ouvir o que a presidente diz no vídeo: “Por que o que que é uma ponte? Uma ponte é geralmente, e é algo que nós devemos nos inspirar, porque uma ponte é um símbolo muito forte. Pensem comigo, uma ponte ela une, uma ponte fortalece, uma ponte junta energia, uma ponte permite que você supere obstáculos”.
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Kátia Abreu provaria que só uma estadista dotada de um sexto sentido pode enxergar as coisas que só Dilma vê — quem mais seria capaz de ver um cachorro oculto por trás de cada criança? No desfecho da contra-ofensiva, Humberto Costa apresentaria o vídeo em que a Mãe do Brasil Maravilha, numa única frase, saúda a mandioca, exalta o milho e anuncia a descoberta da mulher sapiens.
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Publicado na coluna de Augusto Nunes em Veja online em 27/08/2016
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ptdrumm · 8 years
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O juiz de Brasília que transformou Lula em réu confirma que o exemplo de Sérgio Moro se alastra pelo Brasil
Por Augusto Nunes
O ex-presidente que sonhava com a secretaria-geral da ONU agora se contenta com a ajuda da entidade para escapar da Operação Lava Jato.
Às vésperas do encerramento do segundo mandato, Lula imaginava que em 31 de dezembro de 2010, ao despedir-se do Planalto, encontraria no fim da rampa um grupo de dignatários estrangeiros incumbidos de convidá-lo a assumir o cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas, com a aprovação unânime dos países que compõem a entidade. Depois de ter resolvido todos os problemas pendentes desde 1500, sobretudo os insolúveis, o inventor do Brasil Maravilha não poderia recusar-se a consertar o resto do mundo.
Como o prêmio Nobel da Paz, a promoção oficial ao posto de Conselheiro do Planeta e tantos outros devaneios delirantes, o secretário-geral que não se expressa corretamente em nenhum idioma, começando pelo português, nunca existiu fora da cabeça baldia do ex-presidente. Nesta quinta-feira, representado por seus advogados, Lula voltou à ONU. Não para salvá-la, como ocorreria há seis anos, mas para salvar-se da cadeia, livrar-se do juiz Sérgio Moro e escapar da cada vez mais provável temporada na República de Curitiba.
Os doutores argumentam que “falta imparcialidade a Sérgio Moro” para julgar o cliente enredado numa teia de delinquências. Pelo teor da petição encaminhada ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, o campeão nacional de honestidade nada fez de errado. Quem necessita de enquadramento é o magistrado que, com o apoio da Polícia Federal e da força-tarefa de procuradores, vem mostrando como se faz para ensinar que todos são iguais perante a lei a gente que se achava condenada à perpétua impunidade.
Lula deu azar. Também na quinta-feira, o juiz federal Ricardo Leite, de Brasília, aceitou a denúncia do Ministério Público segundo a qual Lula comandou um atrevido esquema montado para sabotar a Operação Lava Jato e, portanto, deve ser julgado por obstrução da Justiça. Pela primeira vez, o ex-presidente que tudo sabe e faz de conta que nada vê se tornou réu numa ação penal. O que dirão agora os advogados do acusado? Remeter outra petição à ONU alegando que também Ricardo Leite sofre de falta de imparcialidade?
Lula sabe que é perseguido não por Sérgio Moro, mas pelo Código Penal. Logo aprenderá que, no Brasil redesenhado pela Lava Jato, não estaria a salvo mesmo se conseguisse escapar do juiz que hoje é um símbolo do combate à corrupção. O exemplo de Curitiba vai se alastrando pelo país. Já são muitos os Sérgios Moros espalhados pelos tribunais do Brasil. Lula acabou de descobrir que um deles se chama Ricardo Leite.
Publicado em Veja.com na Coluna Augusto Nunes
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ptdrumm · 8 years
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Não há descanso, apenas hiatos.
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John Singer Sargent, ww1 paintings Há uma tendência inegável e inexorável de "endireitamento" político de grande parte do mundo ocidental, com um notável cansaço do chamado politicamente correto. O processo civilizatório tem sido pendular, com incontáveis forças de todos os lados, ora se concentrando e fazendo improváveis alianças, ora afrouxando laços. Penso que assim deve permanecer, mirando um equilíbrio geral que jamais acontecerá. Aliás, não tenho expectativa alguma que isso mude nos próximos cinco, ou cinco mil anos.
O evento Brexit é uma sacudida pontual e exemplar neste processo.
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ptdrumm · 8 years
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Cooper-Maserati Type 61 "Monaco" (1964)
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ptdrumm · 8 years
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ptdrumm · 8 years
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Bright Angel, GCNP
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ptdrumm · 8 years
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Port Angeles, WA by tabiaguilar
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ptdrumm · 8 years
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ptdrumm · 8 years
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by Shapiev
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