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#América pré-colombiana
blogdorogerinho · 7 months
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Críticas — Enterrem Meu Coração na Curva do Rio (2007), Assassinos da Lua das Flores (2023), Primeiro, Mataram o Meu Pai (2017)
Em terra de cego quem tem um olho é Rei Desde a imaculada América pré-colombiana os índios americanos possuíam uma profunda afinidade espiritual com a natureza; surpreendentemente cuidadosos com o bem-estar ambiental, cuja terra era sagrada devido a sua ligação religiosa com os ancestrais. No entanto, o choque físico e cultural inevitável com os invasores logo após a promulgação da Independência…
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comunicologia · 1 year
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Descobertas sobre a origem dos povos indígenas da América do Sul reveladas pela genética
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Como os primeiros seres humanos chegaram ao continente americano? Como se expandiram por regiões tão diferentes, desde as geleiras canadenses ao litoral brasileiro? E qual era a relação entre os povos que dividiram territórios próximos, mas completamente distintos, como os Andes e a Amazônia?
Muitas dessas perguntas começaram a ser respondidas com mais precisão na última década, graças ao avanço da genética e das técnicas que permitem avaliar e comparar a ancestralidade de duas ou mais pessoas. Mais especificamente na América do Sul, essas ferramentas de análise do DNA estão causando uma verdadeira revolução no conhecimento — e permitem entender melhor as origens e as histórias dos povos originários. Esse trabalho é liderado por um grupo de cientistas do Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP).
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Nos últimos anos, a equipe coordenada pela geneticista Tábita Hünemeier publicou pelo menos três trabalhos que modificaram o que se sabia sobre as populações que já habitavam o continente bem antes da chegada dos europeus nos séculos 15 e 16. "Graças à genética e à capacidade de processamento de dados pelos computadores, conseguimos hoje estudar essas populações de uma maneira muito mais profunda. A partir disso, detectamos mutações e traçamos a história desses indivíduos", resume Hünemeier. "Saber tudo isso é muito importante, porque temos praticamente um apagão da história indígena brasileira. Nas escolas, o estudo da época pré-colombiana não é obrigatório e, mesmo quando existem aulas sobre o tema, elas focam de forma superficial apenas nos incas, nos maias e nos astecas." "O DNA talvez seja a única maneira de reconstruir a história dessas populações", completa.
Conheça a seguir as principais descobertas sobre o passado dos povos indígenas do Brasil e da América do Sul até agora — e o que ainda falta descobrir.
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Os primeiros humanos nas Américas
Nas aulas de História na escola, aprendemos que a chegada dos primeiros indivíduos às Américas se deu pelo Estreito de Bering, um canal de gelo e terra firme que conectou a Sibéria, na Rússia, ao Alasca, nos Estados Unidos. E esse trajeto continua a ser encarado como a principal — e talvez a única — porta de entrada para o continente. A partir dali, os grupos "desceram" até chegar à Patagônia, ao sul. "Mas nossos trabalhos mostram que o povoamento das Américas é muito mais complexo do que se imaginava", aponta Hünemeier.
Um dos conceitos que caiu por terra a partir das pesquisas da USP é a ideia de uma entrada única — ou seja, a teoria de que houve apenas uma incursão de seres humanos pelo novo território, que deu origem a todas as populações ameríndias dali em diante. "Hoje em dia, vemos que foram vários fluxos migratórios. As populações vieram da Ásia e chegaram nessa região conhecida como Beríngia, que se conectava com as Américas. Mas elas permaneceram ali por cerca de 10 mil anos", calcula a pesquisadora. Depois, com a mudança nas condições climáticas locais — como a inundação desses territórios —, essas populações tiveram que sair da Beríngia e foram em direção ao que conhecemos hoje como Alasca e Canadá.
Outra vantagem dessa mudança de território pode ter sido a maior quantidade de recursos em terras americanas. Embora a porção norte do continente seja tão fria quanto a Sibéria, ela apresenta uma umidade maior, o que facilita o desenvolvimento da fauna, com mais possibilidade de caça e alimentos. "Também vimos que essas ondas migratórias da Beríngia não aconteceram todas ao mesmo tempo. Elas ocorreram em levas, e grupos foram chegando aos poucos às Américas", explica Hünemeier.
Outra descoberta interessante das pesquisas foi a de que algumas populações nativas da América do Sul, como os suruí, os karitiana, os xavante e os guarani-kaiowá, no Brasil, e os chotuna, no Peru, ainda trazem no genoma uma pequena, mas estável semelhança com povos da Austrália e da Oceania. Segundo o trabalho, eles compartilham 3% do genoma. Isso indica, segundo Hünemeier, que esses indivíduos seriam descendentes de uma daquelas primeiras levas que cruzaram a Beríngia há cerca de 15 mil anos. Esse grupo antepassado é conhecido entre os cientistas como população Y (a letra inicial de ypykuéra, ou "ancestral" em tupi).
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Que fique claro: não há nenhuma evidência de que povos da Oceania cruzaram o Pacífico e chegaram diretamente à América do Sul. O que muito provavelmente aconteceu, segundo os dados mais recentes, foi a migração deles para a Ásia e depois para a Beríngia. Ali, eles se relacionaram com as populações que já habitavam o local — e uma fração do DNA desses indivíduos se preservou até hoje.
A (intensa) troca entre povos andinos e amazônicos
O biólogo Marcos Araújo Castro e Silva, que faz parte da equipe de Hünemeier, explica que, durante muito tempo, acreditava-se que as dinâmicas populacionais eram muito diferentes na América do Sul. "Por um lado, teríamos grandes populações conectadas nos Andes, que teriam dado origem a impérios, como os incas. Do outro, acreditava-se que os povos da Amazônia eram pequenos e isolados", contextualiza.
Em tese, essa teoria poderia ser explicada pelo DNA. Se isso fosse de fato verdade, a tendência era que a diversidade genética dos andinos fosse vasta — já que eles estariam em maior número e com comunidades conectadas —, enquanto os amazônicos teriam uma menor variabilidade genômica — porque seriam poucos e sem muita relação entre os grupos. "Só que não foi isso o que vimos na prática. Com base na diversidade genética que encontramos entre os habitantes da Amazônia, podemos inferir que existiam grandes populações ali, com milhões de indivíduos", pontua Castro e Silva. Esse achado, aliás, vai ao encontro do que é observado em outras áreas do conhecimento. Em trabalhos publicados recentemente pelo arqueólogo Eduardo Góes Neves, também da USP, há estimativas de que a Amazônia teria abrigado entre 8 e 10 milhões de pessoas no passado, antes da chegada dos europeus.
Outro mito que cai por terra a partir das últimas pesquisas é a chamada "divisão Andes-Amazônia". Segundo essa noção, existiria uma pretensa separação entre os povos que habitavam essas duas regiões, de modo que eles não se relacionavam. "As análises genéticas revelam que isso não acontecia, e essas populações tiveram trocas e contatos", afirma Hünemeier.
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A grande expansão Tupi
"A expansão tupi é uma das maiores migrações da história da humanidade", diz a geneticista. "Em resumo, eles saíram do noroeste da Amazônia e andaram mais de 4 mil quilômetros para vários cantos da América do Sul. E isso tudo aconteceu em cerca de mil anos."
De acordo com as pesquisas, essas populações tupi estavam em franco crescimento e foram margeando os rios ou a costa litorânea, em busca de terras férteis para a agricultura. Esse fenômeno começou mais ou menos há 2,1 mil anos e teria atingido o seu pico no ano 1000, quando a população tupi teria de 4 milhões a 5 milhões de indivíduos. "Antes, acreditava-se que essa onda migratória tinha acontecido por uma rota só", diz Hünemeier.
Os trabalhos da USP mostram que a expansão se iniciou no noroeste amazônico e, já na origem, se desmembrou em três ramos principais. A primeira parte seguiu até a Ilha de Marajó, no Pará, e desceu pela costa do Atlântico até o litoral sul de São Paulo — no caminho, deu origem aos tupinambá, tupiniquim e tamoios, grupos que se tornaram os senhores da costa litorânea e fizeram os primeiros contatos com os portugueses. "Um segundo grupo foi em direção ao sul, na borda da Bolívia e Paraguai, e deu origem aos Guarani. O terceiro, por sua vez, seguiu para o oeste, na região da fronteira entre Brasil e Peru", completa. A pesquisadora entende que esse é um feito notável, já que falamos de uma sociedade que não tinha acesso a metalurgia ou exércitos organizados. "Os tupis se locomoveram em grupos grandes e, conforme encontravam outros indivíduos, lutavam ou desviavam o caminho", explica.
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As descobertas sobre origem e história dos povos indígenas da América do Sul reveladas pela genética (msn.com)
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claudiosuenaga · 2 years
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Os 75 anos da Expedição Kon-Tiki: homenagem e tributo a Thor Heyerdahl nos 20 anos de sua morte (parte 5)
Por Claudio Tsuyoshi Suenaga
O incansável Heyerdahl ainda envolveu-se na investigação da povoação inicial das Ilhas Maldivas, no Oceano Índico, a sudoeste do Sri Lanka e da Índia e ao sul do continente asiático, constituído por 1.196 ilhas. Em Tenerife, a maior ilha do Arquipélago das Canárias, descobriu uma pirâmide com orientação solar datada do tempo dos guanches, o povo nativo de tez e olhos claros, cabelos por vezes loiros e elevada estatura que faria parte dos povos protoberberes que colonizaram o norte de África, desde o Egito à atual Mauritânia há treze mil ou quinze mil anos atrás.
Inspirado em Heyerdahl, em 1984 o advogado, explorador e aventureiro argentino Alfredo Barragán, junto com mais quatro compatriotas (Jorge Iriberri, Horacio Giaccaglia, Daniel Sánchez Magariños e Félix Arrieta), organizou e empreendeu o que batizou de “Expedición Atlantis”.
Com fervor romântico e muita bravura, em 22 de maio partiram do Porto de Tenerife, nas Ilhas Canárias, e 52 dias depois, em 12 de julho, tendo percorrido 3.200 milhas náuticas (5.000 quilômetros), chegaram em La Guaira, capital do estado e do município de Vargas, no centro-norte da Venezuela, a 30 quilômetros de Caracas, provando que 3.500 anos antes de Colombo, navegantes africanos poderiam perfeitamente ter chegado às costas da América levados apenas pelas correntes marítimas. A travessia foi feita com uma balsa de troncos muito semelhante ao Kon-Tiki, medindo 13,60 metros de comprimento por 5,80 metros de largura, dotada de uma cabana de bambu, sem timão e com somente uma vela.
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De 1988 a 1992, Heyerdahl liderou amplas escavações em Túcume, a maior concentração de pirâmides em todo o mundo, com 250 estruturas piramidais construídas de tijolos de barro (adobe) por volta do ano 1100 e espalhadas em uma área de 220 hectares a 33 quilômetros ao norte da cidade de Chiclayo, noroeste do Peru.
Ao lado do sítio arqueológico (chamado pela população local de “El Purgatorio”) se encontra a pequena cidade de Túcume, no centro da província de Lambayeque, o maior vale do litoral norte do Peru. A fundação da cidade entre 1000 e 1100, coincidiu com a queda de Batán Grande – que acabou queimada e abandonada – ao longo do Rio Chancay. Acredita-se que o local foi ocupado primeiramente pelo povo de Sicán ou Lambayeque entre 1000 e 1370, seguido pelo de Chimú entre 1370 e 1470, e finalmente pelos incas entre 1470 e 1532 (data da chegada dos espanhóis). Em 1547, o local foi abandonado.
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Bastante erodidas devido a abundante chuva que cai nesta parte da costa peruana, as pirâmides teriam servido de centros de cultos religiosos e/ou palácios residenciais para a elite aristocrática. Das 26 grandes pirâmides, a principal delas é a Pirâmide do Sol (Huaca del Sol), com uma base de 345 metros, 160 metros de largura e 50 metros de altura. Usada para rituais, cerimônias e como tumba real, foi construída pela cultura Mochica (100-800) perto do pico vulcânico de Cerro Blanco, próximo a Trujillo, no Vale do Moche. Por volta do ano 450, oito plataformas haviam sido concluídas. A técnica consistia em ir adicionando novas camadas de tijolos diretamente sobre as antigas. Mais de uma centena de diferentes comunidades contribuíram na confecção dos 130 milhões de tijolos de adobe que a compõem e que faz dela a maior estrutura de adobe pré-colombiana construída nas Américas.
A segunda maior pirâmide é Huaca de la Luna, com uma base quadrada de 87 metros e 21 metros de altura. A 5 quilômetros ao sul de Trujillo e a 500 metros da Huaca del Sol, foi construída  pela mesma cultura Moche ou Mochica (100-800 d.C.) em época posterior. Composta de três plataformas sobrepostas (construídas ao longo de seiscentos anos), delimitada por grandes paredes de adobe com áreas de interconexão, a Huaca de la Luna era um centro de culto da fertilidade agrícola.
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Em um altar cerimonial do último templo construído, foram descobertos os restos de quarenta soldados sacrificados. As esculturas retratam divindades com cabeça de condor e raposa, pescadores, uma cobra, enormes caranguejos com facas cerimoniais, personagens de mãos dadas e sacerdotes. Huaca Larga ou Grande Pirâmide, construída entre 1000 e 1350, mede 450 metros de comprimento, 100 metros de largura e 40 metros de altura. A leste de Huaca Larga, o Templo da Pedra Sagrada é pequeno e tem a forma de U. Dentro de Huaca I, na ala sudeste, com 32 metros de altura e rampa de acesso longa, alta e estreita, se encontra Huaca las Balsas. Um pássaro mítico é representado de muitas maneiras em Huaca las Balsas: de pé na crista de uma onda, segurando um objeto redondo ou remando em jangadas. A figura do pássaro é tão importante que é decorado com um grande cocar em forma de meia-lua, símbolo de poder. Essas imagens são recorrentes nas sete camadas sobrepostas, cada uma cobrindo a camada anterior. As cenas relacionadas com jangadas e criaturas do mar perfazem a quase totalidade das encontradas em Huaca las Balsas.
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Bastou ouvir a lenda de que o lugar foi fundado pelo rei Naymlap, um herói mítico que teria partido do México com sua corte de servos e soldados em uma grande frota de jangadas de balsa e construído a cidade com a ajuda de camponeses locais em torno de Cerro La Raya, uma elevação rochosa que fica no meio da planície, para que Heyerdahl rumasse sem demora para lá. Ao ver aquela paisagem que lhe “parecia de outro planeta”, ficou tão fascinado que não se limitou a armar uma tenda nos arredores, mas construiu ali um casarão. Todos os dias ele ia a cavalo ao local das escavações para supervisionar os trabalhos que estavam sendo patrocinados conjuntamente pelo Museu do Kon-Tiki[27] e pelo Instituto Nacional de Cultura do Peru (atual Ministério da Cultura). O seu maior colaborador era o arqueólogo peruano Walter Alva (1951-), especialista em cultura Moche que em 1987 descobriu em Sipán o corpo intacto de um senhor Moche cheio de joias e ouro que a National Geographic Society descreveu como “o mais rico túmulo pré-colombiano intacto do Hemisfério Ocidental”.
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Walter Alva, Thor Heyerdahl e Guillermo Ganoza em Tucume.
Heyerdahl pretendia descobrir os segredos enterrados naquele que foi o centro de um vasto império que permaneceu inatacado durante mil anos até cair nas mãos dos incas. As escavações encontraram vários túmulos contendo fantásticos objetos funerários, incluindo belas estatuetas de prata. Ta.bém foram achados indícios de que ali se praticava um comércio inter-regional com o Equador, o Panamá e o Chile (donde se originariam objetos de lápis-lazúli). Uma bem preservada parede de adobe estava decorada com o desenho de homens a bordo de dois navios de grande porte feitos de junco e rodeados por peixes e aves marinhas. Também foi encontrado um pote de cerâmica negra que mostrava dois homens a bordo de um barco de junco. O projeto de Heyerdahl culminou com a criação de um museu em Túcume ao lado de Huaca I.
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Leia as partes 1, 2, 3 e 4 e confira a parte 6
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vira-borboleta · 3 days
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Disciplina Infância e Educação do campo.
Pesquisa e Escrita: Nathiele Rodrigues Dos Santos
Titulo: Maternar em todos os espaços para estar em todos os espaços.
A humanidade só existe em sua plenitude por conta de um útero, essa frase pode soar de forma impactante porém nos faz refletir sobre como a vida tem se desenvolvido em nossa sociedade quais princípios tem sido contado quando a vida acontece e o que um útero representa na sociedade, esse órgão tão poderoso humano capaz de permitir o desenvolvimento da vida foi venerado por civilizações antigas desde as americas, Europa, Oceania e Asia.
essas mesmas civilizações que desenvolveram enumeras formas de aprimorar a forma de trazer a vida para esse planeta.
técnicas de partos.
Os registros históricos a respeito do parto são muito antigos, datando de 6 a 7 mil anos a/C. São as esculturas encontradas na Turquia e que representam uma deusa sentada no trono e dando à luz, estando o recém-nascido visível entre suas coxas. Na Índia, na China e no Japão, as posições mais utilizadas eram verticais
(em pé, ajoelhada, sentada e de cócoras), de acordo com os dados coletados por historiadores.
As cenas de parto no Antigo Egito são muito numerosas, e algumas delas célebres, como a do parto de Cleópatra, ajoelhada, ou de uma mulher que é auxiliada por Bès, considerado um deus protetor das mulheres em trabalho de parto. As estatuetas helênicas mostram que na Grécia Antiga a posição de cócoras era a mais usada. A mitologia Greco-latina faz alusão à posição ajoelhada como no nascimento de Artemis e Apolo, e também ao parto de Eileitia,
A parteira divina, a quem numerosos templos e santuários foram consagrados.
Na América Pré-Colombiana predominavam também as posições verticais, entre os índios do México, Equador, Peru e Brasil. Em algumas tribos da América do Norte a posição em pé era a mais utilizada.
vemos ao longo dos anos como o olhar sob parir vem mudando, deixamos de ser deusas parideiras para nos tormarmos maquinas para o capital, de doulas passamos a ter médicos médicos homens, que na medicina deram visão ao parto de posição ginecologica para melhor visão do médico e não da parturiente.
Quando pesquisamos sobre qual o conceito de maternidade, logo nos deparamos com a seguinte frase, Estado ou qualidade de mãe, ou Vínculo de parentesco entre a mãe e o filho ou os filhos, segundo a visão do sus sobre gestação e puerpério diz que Uma atenção pré-natal e puerperal de qualidade e humanizada é fundamental para a saúde materna e neonatal e, para sua humanização e qualificação, faz-se necessário: construir um novo olhar sobre o processo saúde/doença, que compreenda a pessoa em sua totalidade corpo/mente e considere o ambiente social, econômico, cultural e físico no qual vive; estabelecer novas bases para o relacionamento dos diversos sujeitos envolvidos na produção de saúde – profissionais de saúde, usuários(as) e gestores; e a construção de uma cultura de respeito aos direitos humanos, entre os quais estão incluídos os direitos sexuais e os direitos reprodutivos, com a valorização dos aspectos subjetivos envolvidos na atenção.
No Brasil, vem ocorrendo um aumento no número de consultas de pré-natal por mulher que realiza o parto no SUS, partindo de 1,2 consultas por parto em 1995 para 5,45 consultas por parto em 2005. Entretanto, esse indicador apresenta diferenças regionais significativas: em 2003, o percentual de nascidos de mães que fizeram sete ou mais consultas foi menor no Norte e Nordeste, independentemente da escolaridade da mãe, Apesar da ampliação na cobertura, alguns dados demonstram comprometimento da qualidade dessa atenção, tais como a incidência de sífilis congênita, o fato de a hipertensão arterial ainda ser a causa mais frequente de morte materna no
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Brasil, e o fato de que somente pequena parcela das gestantes inscritas no Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN) consegue realizar o elenco mínimo das ações preconizadas.
e a OMS diz que, Em todo o mundo, mais de três em cada 10 mulheres e bebês atualmente não recebem cuidados pós-natais nos primeiros dias após o nascimento - o período em que ocorre a maioria das mortes maternas e infantis. Enquanto isso, as consequências físicas e emocionais do parto – de lesões a dores e traumas recorrentes – podem ser debilitantes se não forem gerenciadas, mas geralmente são altamente tratáveis quando a atenção é prestada no momento certo.
“A necessidade de atenção de qualidade à maternidade e recém-nascidos não acaba quando o bebê nasce”, afirmou Anshu Banerjee, diretor do Departamento de Saúde da Mãe, do Recém-nascido, da Criança e do Adolescente e Envelhecimento da OMS.
“De fato, o nascimento de um bebê é um momento de mudança de vida, que está ligado ao amor, esperança e emoção, mas também pode causar estresse e ansiedade sem precedentes. Os pais precisam de sistemas de saúde e apoio fortes, especialmente as mulheres, cujas necessidades são muitas vezes negligenciadas quando o bebê nasce”.
O início da maternidade é um momento de grandes desafios e adaptações para muitas mulheres, traz Mudanças físicas e recuperação pós-parto, o corpo passa por diversas mudanças, tanto internas quanto externas. O processo de recuperação física pode ser desafiador, especialmente após um parto vaginal ou cesárea. As mulheres podem lidar com desconforto, dor, fadiga e flutuações hormonais enquanto se recuperam e se ajustam às mudanças em seus corpos.
O cuidado e a atenção constantes exigidos por um recém-nascido podem ser desafiadores, especialmente para mães de primeira viagem. Questões como amamentação, troca de fraldas, estabelecimento de uma rotina de sono e atender às necessidades do bebê podem ser intensas e demandar energia e paciência. Distúrbios do sono: A privação de sono é um dos desafios mais comuns no início da maternidade. Os bebês têm necessidades frequentes de alimentação e conforto durante a noite, o que pode levar a interrupções constantes no sono das mães. A falta de sono adequado pode afetar negativamente a saúde física e mental, tornando esse período ainda mais desafiador.
A maternidade traz uma montanha-russa de emoções. Algumas mulheres podem experimentar sentimentos de alegria, amor intenso e realização, enquanto outras podem enfrentar momentos de tristeza, ansiedade ou sentimentos contraditórios. Essas oscilações emocionais são comuns e podem estar relacionadas a mudanças hormonais, ajustes à nova identidade de mãe e à pressão social e expectativas. Isolamento e solidão: O início da maternidade pode levar a sentimentos de isolamento e solidão. As demandas intensas do cuidado com o bebê, juntamente com a falta de tempo e energia para atividades sociais, podem fazer com que algumas mulheres se sintam isoladas e com dificuldades para manter conexões sociais.
Equilíbrio entre maternidade e vida pessoal: Encontrar um equilíbrio entre ser mãe e manter a própria identidade e vida pessoal pode ser um desafio. A dedicação integral aos cuidados com o bebê pode levar a sentimentos de perda de autonomia e falta de tempo para atividades e interesses pessoais.
É importante lembrar que cada mulher vivencia a maternidade de forma única, e os desafios podem variar de acordo com as circunstâncias individuais. O apoio da família, amigos, grupos de apoio e profissionais de saúde é fundamental para ajudar as mães a enfrentar esses desafios e promover uma transição mais suave para a maternidade.
O Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil reconhece a importância do puerpério e estabelece diretrizes para o cuidado pós-parto, visando garantir a saúde e o bem-estar das mulheres nesse período.
De acordo com o SUS, o puerpério é uma fase fundamental que requer atenção especial, pois envolve a recuperação física e emocional da mulher após o parto. O sistema destaca a importância do acompanhamento adequado da saúde da mulher durante esse período, promovendo ações que visam prevenir complicações e oferecer suporte integral.
O SUS preconiza o atendimento humanizado, respeitando a individualidade e as necessidades de cada mulher. Isso inclui o acesso a serviços de saúde de qualidade, como consultas pós-parto, orientações sobre cuidados com o recém-nascido, apoio na amamentação e atenção à saúde mental.
Entre as diretrizes do SUS para o puerpério, destacam-se:
1- Acompanhamento pós-parto: O SUS preconiza a realização de consultas de puerpério para avaliar a saúde da mulher, verificar a recuperação física, discutir métodos contraceptivos, orientar sobre amamentação e esclarecer dúvidas.
2- Cuidados com a saúde mental: O sistema reconhece a importância de identificar e tratar possíveis alterações na saúde mental das mulheres no pós-parto, como a depressão pós-parto. Nesse sentido, são oferecidos serviços de acolhimento, escuta qualificada e encaminhamento para profissionais especializados.
3- Apoio à amamentação: O SUS promove ações para incentivar e apoiar a amamentação, reconhecendo os benefícios para a saúde da mãe e do bebê. São oferecidos serviços de orientação, apoio técnico, grupos de apoio à amamentação e acesso a bancos de leite humano.
4- Planejamento familiar: O sistema oferece orientação sobre métodos contraceptivos e planejamento familiar, permitindo que as mulheres possam tomar decisões informadas sobre a sua saúde reprodutiva.
A visão do SUS sobre o puerpério é baseada na promoção da saúde integral da mulher, considerando suas necessidades físicas, emocionais e sociais. Ao oferecer serviços de qualidade, acesso a informações e apoio adequado, o sistema busca garantir que as mulheres tenham uma experiência positiva no pós-parto e possam iniciar essa nova fase de suas vidas com saúde e bem-estar.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o puerpério como um período importante na vida de uma mulher, que se inicia logo após o parto e pode durar até cerca de seis semanas. Durante esse período, ocorrem diversas mudanças físicas e emocionais no corpo da mulher, à medida que ela se recupera do parto e se adapta ao novo papel de mãe.
A OMS enfatiza a importância de proporcionar apoio adequado às mulheres durante o puerpério, tanto em termos de cuidados físicos quanto emocionais. Isso inclui garantir acesso a serviços de saúde de qualidade, informações precisas sobre cuidados pós-parto, apoio psicossocial e acompanhamento profissional, quando necessário. A organização ressalta que o puerpério pode ser um momento de vulnerabilidade para as mulheres, com possíveis impactos na saúde mental, como o surgimento de sintomas de depressão pós-parto. Portanto, é fundamental que os serviços de saúde estejam preparados para identificar e tratar essas questões, oferecendo suporte adequado às mulheres durante essa fase de transição.
Além disso, a OMS destaca a importância do apoio da família, parceiro/a e da comunidade no período pós-parto. O suporte emocional, prático e informativo oferecido por esses indivíduos pode desempenhar um papel crucial no bem-estar da mulher e no estabelecimento de uma relação saudável com o bebê. A visão da OMS sobre o puerpério é voltada para promover uma abordagem holística e centrada na mulher, reconhecendo suas necessidades físicas, emocionais e sociais nesse período de transição. Ao oferecer suporte adequado e informação de qualidade, é possível contribuir para a saúde e o bem-estar das mulheres no pós-parto, fortalecendo-as nessa nova fase de suas vidas.
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A saúde mental e a rede de apoio são componentes essenciais no período pós-parto
saúde mental das mulheres após o parto é fundamental para o seu bem-estar e o vínculo saudável com o bebê. Algumas mulheres podem enfrentar desafios emocionais, como a tristeza pós-parto, a ansiedade e, em casos mais graves, a depressão pós-parto. É crucial que as mulheres recebam apoio e atenção adequados à sua saúde mental, tanto durante a gravidez quanto no período pós-parto.
Identificação precoce de problemas: Identificar precocemente sinais de problemas de saúde mental pós-parto é fundamental. Profissionais de saúde, incluindo médicos, enfermeiras e parteiras, desempenham um papel importante na triagem e no acompanhamento da saúde mental das mulheres durante as consultas pós-parto. Além disso, familiares e parceiros próximos também devem estar atentos a mudanças de comportamento e emoções da mãe.
Rede de apoio: Ter uma rede de apoio sólida é fundamental para as mães no período pós-parto. Essa rede pode incluir parceiro/a, familiares, amigos, grupos de apoio de mães ou profissionais de saúde especializados. O apoio emocional, prático e informativo desempenha um papel importante na promoção da saúde mental e no bem-estar geral da mãe. A rede de apoio pode ajudar nas tarefas diárias, fornecer suporte emocional, ouvir e compartilhar experiências semelhantes, reduzindo a sensação de isolamento e sobrecarga.
Serviços de saúde mental: É fundamental que os serviços de saúde ofereçam suporte adequado à saúde mental das mães pós-parto. Isso pode incluir o acesso a profissionais de saúde mental especializados, como psicólogos, psiquiatras ou terapeutas, que possam fornecer avaliação, diagnóstico e tratamento adequados, como terapia individual, terapia em grupo ou, em casos mais graves, intervenção medicamentosa.
Educação e conscientização: Promover a educação e a conscientização sobre a importância da saúde mental pós-parto é fundamental para eliminar o estigma e garantir que as mulheres se sintam à vontade para buscar ajuda. Isso pode incluir a divulgação de informações sobre os sinais de alerta de problemas de saúde mental pós-parto e a disponibilização de recursos adequados para as mães.
A saúde mental e a rede de apoio pós-parto desempenham um papel crucial na transição para a maternidade e no bem-estar geral da mãe. É importante que as mulheres sejam incentivadas a buscar apoio e cuidados adequados, para que possam enfrentar quaisquer desafios emocionais com o suporte necessário, promovendo um início saudável e positivo nessa nova fase de suas vidas.
Maternidade Solo no Brasil    
A maternidade solo, também conhecida como maternidade monoparental, é uma realidade que vem crescendo no Brasil e em diversos países ao redor do mundo. Refere-se à situação em que uma mulher assume a responsabilidade de criar e educar seus filhos sozinha, sem a presença de um parceiro ou cônjuge.
Muitos são os desafios enfrentados pelas mães solteiras no Brasil e como elas superam as barreiras em busca de uma maternidade plena e bem-sucedida.
No Brasil, o número de mães solteiras vem aumentando ao longo dos anos, seja por escolha, divórcio, viuvez ou outras circunstâncias. Essas mulheres enfrentam uma série de desafios, como o estigma social, dificuldades financeiras, sobrecarga de responsabilidades e a necessidade de conciliar trabalho e cuidados com os filhos.
As mães solteiras muitas vezes enfrentam estigma e preconceito, sendo alvo de julgamentos e discriminação. Além disso, elas podem lidar com a pressão emocional de criar os filhos sem um parceiro presente, bem como desafios financeiros, já que a ausência de uma renda adicional pode tornar a maternidade ainda mais desafiadora.
Apesar dos desafios, muitas mães solteiras encontram força e determinação para superar as barreiras. Elas buscam apoio em suas redes sociais, como familiares, amigos e grupos de apoio.
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A troca de experiências e o compartilhamento de desafios e conquistas com outras mães solteiras podem trazer conforto e encorajamento.
É fundamental que o governo e a sociedade reconheçam as necessidades das mães solteiras e ofereçam suporte adequado. Políticas públicas que promovam o acesso a serviços de saúde, educação, creches, programas de capacitação profissional e assistência financeira podem fazer uma diferença significativa na vida dessas mulheres.
A maternidade solo no Brasil é uma realidade enfrentada por muitas mulheres corajosas e determinadas. Embora as mães solteiras possam enfrentar desafios significativos, é importante reconhecer sua resiliência e capacidade de superação. É fundamental que a sociedade promova um ambiente inclusivo, livre de estigma, e que as políticas públicas ofereçam suporte e oportunidades para que essas mulheres possam criar seus filhos de maneira plena e satisfatória. Ao valorizar e apoiar as mães solteiras, estaremos construindo uma sociedade mais justa e igualitária.
No entanto, gostaria de compartilhar algumas experiências comuns relatadas por mulheres que assumem a maternidade solo. Lembrando sempre que cada experiência é única e pode variar de acordo com as circunstâncias individuais de cada mãe
Sobrecarga de responsabilidades: Ser mãe solo significa assumir todas as responsabilidades relacionadas à criação dos filhos, desde as tarefas diárias até as decisões importantes. Essa sobrecarga pode ser física, emocional e financeira, exigindo equilíbrio entre trabalho, cuidados com os filhos e a própria vida pessoal.
Desafios financeiros: A maternidade solo muitas vezes implica em lidar com desafios financeiros, pois uma única renda pode ser insuficiente para suprir todas as necessidades da família. As mães solo podem enfrentar dificuldades para conciliar as despesas com moradia, alimentação, educação e cuidados com os filhos.
Rede de apoio limitada: A ausência de um parceiro ou cônjuge pode resultar em uma rede de apoio limitada. As mães solo podem sentir falta de alguém com quem compartilhar as responsabilidades e dificuldades da maternidade, tornando o apoio de familiares, amigos ou grupos de apoio ainda mais importante.
Autoempoderamento e resiliência: Muitas mulheres mães solo desenvolvem um senso de empoderamento e resiliência ao enfrentar os desafios diários. Elas se tornam fortes e determinadas a proporcionar uma vida boa e amorosa para seus filhos, buscando soluções criativas e superando obstáculos.
Amor incondicional: Apesar dos desafios, a maioria das mães solo relata uma conexão profunda e um amor incondicional pelos seus filhos. Essa relação especial é uma fonte de motivação e força para enfrentar qualquer adversidade.
Esses são apenas alguns aspectos comuns relatados por mulheres que vivem a maternidade solo. Cada experiência é única e pode variar de acordo com as circunstâncias individuais. É importante lembrar que o apoio e a compreensão da sociedade são fundamentais para ajudar as mães solo a superar os desafios e criar seus filhos com sucesso.
A perspectiva infantil diante do olhar para a realidade de suas mães pode variar dependendo da idade da criança e de suas experiências individuais. No entanto, existem alguns pontos comuns que podem ser considerados.
Para a criança, sua mãe é uma figura central e significativa em sua vida.
Elas podem ter um forte vínculo emocional com suas mães e olhar para elas com afeto, amor e confiança, As crianças são observadoras atentas do comportamento de suas mães no que diz respeito ao cuidado delas mesmas e das crianças. Elas podem notar a dedicação, o esforço e o carinho que suas mães têm ao cuidar delas, tanto nas tarefas diárias quanto na atenção emocional.
Dependendo da idade da criança, elas podem começar a perceber as responsabilidades que suas mães têm. Elas podem observar suas mães realizando múltiplas tarefas, gerenciando a casa, trabalhando e cuidando delas. Essa percepção pode variar de acordo com o nível de compreensão e maturidade da criança.
As crianças podem notar quando suas mães estão passando por desafios ou enfrentando dificuldades. Elas podem ser sensíveis às emoções de suas mães e podem sentir empatia ou preocupação quando percebem que suas mães estão estressadas, tristes ou cansadas.
As crianças podem desenvolver um senso de apreciação e respeito pelas suas mães à medida que crescem e compreendem melhor as responsabilidades e os desafios envolvidos na maternidade. Elas podem admirar a força, a resiliência e o amor incondicional de suas mães.
É importante ressaltar que cada criança é única e terá uma perspectiva individual em relação à sua mãe e à realidade que a cerca. A idade, a personalidade, as experiências de vida e a qualidade do relacionamento entre a mãe e a criança também influenciam a forma como a criança percebe e interpreta a realidade de sua mãe. O diálogo aberto e a escuta atenta são essenciais para compreender as perspectivas infantis e apoiar o desenvolvimento saudável das crianças.
Cartas para jahmall..
Meu filho, amado escrevo essa carta em quanto embalo você no carrinho de bebê logo o embalo te faz pegar no sono rápido e tem sido nesses momentos que eu tenho lavado suas roupas, preparado minha comida, esterilizado suas mamadeiras, tenho me dedicado ao máximo para poder cumprir minhas responsabilidades com você, as ansiedades e preocupações sobre nosso futuro me pegaram, me vi emergindo de momentos de dor e choros com você em meus braços, filho agora que já nos adaptamos um ao outro sinto que tudo valeu apena, cada insistida em acalentar seu choro, cada momento em que me senti perdida e o pensamento de que estávamos sozinhos batiam a nossa porta me fez continuar insistindo em você, em nós, ele pode ter ido embora mas permaneceremos sempre pois você me tem, quando eu ainda era uma pequena menina, refletia sobre como seria minha família meus filhos e qual nome eu daria a eles.. eu via a maternidade como um um filme de comedia romântica, porém a vida me mostrou que o verdadeiro amor e a verdadeira comédia está na resiliência, dedico essa escrita e pesquisa não só a você meu filho, mas também a todas as mamães solo e a minha mãe que criou eu e minhas cinco irmas de forma solo, mas sempre muito acompanhada de amor!
E para finalizar um trecho de uma musica que cantava sempre para você em quanto estava em meu ventre..
Mas é claro que o sol vai voltar amanhã, mais uma vez eu sei, escuridão já vi pior de endoidecer gente sã.. espera que o sol já vem.
REFERÊNCIAS
01- Seis Estudos de Piscicologia Jean Piaget.
02- Mães-estudantes: a luta pelo direito à educação por -Ana Paula Rosa da Silva e -Juliano Agapito.
03- MANUAL TÉCNICO – SUS – E OMS.
7 / 7
04- livro Gestação, Parto e Nascimento – Uma Visão Holística – de Emerson Godoi Machado.
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ascasasdeles · 13 days
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Uma breve introdução aos Incas
No século XV, o império Inca (ou, em quéchua — sua principal língua—, Tawantinsuyu) foi um dos maiores impérios da América do Sul pré-colombiana do século XV, tendo se concentrado principalmente nas regiões montanhosas Andinas, tomando parte das áreas hoje conhecidas como Equador, Bolívia e Chile. Os incas eram um povo agricultor e engenhosos militares, com sua habilidade de assimilar e administrar os povos conquistados — muitas vezes incorporando elementos da cultura desses povos em sua própria sociedade. Seu império era dividido entre quatro suyu (região; território): Cuzco (Capital, no centro) Chinchaysuyu (norte), Antisuyu (leste), Qullasuy (sul) e Kuntisuyu (oeste) e, portanto, Tawantinsuyu significaria “Reino das Quatro Partes”.   A última fortaleza Inca foi conquistada e o último governante, Túpac Amaru, foi capturado e executado. Isto acabou com a resistência à conquista espanhola sob a autoridade política do estado Inca. Após a queda do Império, muitos aspectos da cultura foram sistematicamente destruídos, incluindo o seu sofisticado sistema agrícola, conhecido como modelo de agricultura do arquipélago vertical.
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capixabadagemabrasil · 2 months
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O que fazer no Peru: OS 4 MELHORES Pontos Turísticos em 2024 Embarque conosco em uma expedição repleta de história, cultura e paisagens deslumbrantes no coração do Peru. Este país sul-americano reserva experiências únicas, desde as misteriosas ruínas de Machu Picchu até a vibrante vida urbana de Lima. Prepare-se para se encantar com a antiga capital inca de Cusco, maravilhar-se com a grandiosidade de Machu Picchu e explorar a diversidade cultural e natural que o Peru tem a oferecer. Vamos descobrir juntos o que torna este destino tão especial e por que deve estar no topo da sua lista para a próxima viagem. 4. Descubra Machu Picchu Machu Picchu, a joia do Peru, é uma experiência que transcende qualquer expectativa. A energia que emana de suas ruínas históricas é palpável, oferecendo aos visitantes uma conexão profunda com o passado. Além do Templo do Sol e das Três Janelas, a trilha de Wayna Picchu adiciona um elemento de aventura ao explorar este local sagrado. https://youtu.be/Jcd3zrkbu_c 3. Cusco: O Coração da Civilização Inca Cusco é muito mais do que um ponto de partida para Machu Picchu; é uma cidade que fala através de suas pedras e ruínas. A Plaza de Armas, o tour arqueológico e os sítios incas como Saqsayhuaman revelam a riqueza histórica e a importância cultural que Cusco mantém até hoje. https://youtu.be/iD0-W92tT5Y Benefícios do cartão do Santander Select Programa Esfera: 2,6 pontos a cada US$ 1 em compras internacionais e 2 pontos a cada US$ 1 em compras nacionais Ganhe cashback, descontos e mais pontos com a Esfera: Compre no shopping Esfera e receba parte do valor de volta. Aproveite também, descontos em parceiros, opções para juntar mais pontos e trocar por produtos, viagens, experiência, vales-compra e muito mais. Até 5 cartões adicionais Sem anuidade. Acesso a salas VIP 2 acessos gratuitos por cartão ao ano para utilizar nas salas VIP LoungeKey.Saiba mais 2. A Diversidade de Lima A capital peruana, Lima, é um caldeirão de cultura, história e gastronomia. O bairro de Miraflores, junto com Barranco, oferece uma experiência urbana vibrante, enquanto o Museu Larco guarda tesouros da arte pré-colombiana. https://youtu.be/EUeYah2C73Q 1. Aventuras em Arequipa De Arequipa a Huaraz, o Peru surpreende com sua geografia variada e vistas impressionantes. O mirante de Yanahuara e o Parque Nacional de Huascarán são apenas alguns dos pontos que ilustram a beleza natural do país. https://youtu.be/nlRukM5vrxI Conclusão: O que fazer no Peru O Peru é uma caixa de surpresas, onde cada cidade, cada ruína e cada paisagem conta uma história. Além de ser um banquete para os olhos, é um convite à introspecção e ao aprendizado. A hospitalidade de seu povo, a riqueza de sua cultura e a magnificência de sua natureza fazem deste destino um local que toca a alma. Seja testemunha da história, saboreie a culinária excepcional e viva experiências que ficarão gravadas em sua memória para sempre. O Peru não é apenas um lugar para visitar; é um mundo para ser vivido. Veja: Os 5 Lugares baratos para conhecer na América do Sul em 2024
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cearanewss · 3 months
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Descoberta arqueológica em Crato revela civilização perdida:
Arqueólogos anunciaram a descoberta de vestígios de uma civilização até então desconhecida na região de Canindé, Ceará. As escavações revelaram artefatos antigos, estruturas arquitetônicas complexas e até mesmo inscrições em uma língua misteriosa.
A descoberta está intrigando a comunidade científica internacional, levantando questões sobre a história pré-colombiana da América do Sul. Os pesquisadores acreditam que esta civilização perdida pode ter tido um papel significativo na região antes da chegada dos colonizadores europeus. O achado promete reescrever os livros de história e atrair atenção para o patrimônio arqueológico do Ceará.
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Autor da notícia: Zion Siebra 9° C CPP
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edisonblog · 5 months
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Museum of America. Madrid, Spain. "The arrival of the Spanish conquerors in America was marked by violence"
Through unique pieces, the visitor will travel through a broad period that goes from American Prehistory to the present day.
The sections dedicated to pre-Columbian archaeology, ethnography and colonial art stand out, with extraordinary gems such as La Cabeza Viracicha and the treasure of the Quimbayas.
The permanent exhibition is structured into five major areas, which are: knowledge of America, the reality of America, society, religion and communication. The history of this museum dates back to the 16th century, when Felipe II created, at the suggestion of the Viceroy of Peru, an Indian Museum.
Within this context, it is common to find works that portray historical events, including the arrival of the Spanish conquerors in America.
It was a landmark moment in history, but it was also a period of great controversy and conflict.
Many works of art and historical representations from this period show the violence and negative impacts that this conquest had on indigenous populations.
These artistic and historical representations often seek to portray the brutal reality of the Spanish conquest, seeking to generate reflection and understanding about past events and their lasting effects on American societies, with works that address this theme.
image - Conquistadores cutting off the hands of two Xicotencatl spies, 1698 - Xicotencatl II Axayacatl, (died 1521), was a prince and warrior leader, or Tlacochcalcatl, of the pre-Columbian state of Tlaxcallan at the time of the Spanish conquest of Mexico
source: https://encurtador.com.br/cdel8
edisonmariotti @edison
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Museu da América. Madri, Espanha. "A chegada dos conquistadores espanhóis à América foi marcada por violência"
Através de peças únicas, o visitante percorrerá um amplo período que vai desde a Pré-História americana até a atualidade.
Destacam-se as seções dedicadas à arqueologia pré-colombiana, à etnografia e à arte colonial, com extraordinárias joias como La Cabeza Viracicha e o tesouro dos Quimbayas.
A exposição permanente é estruturada em cinco grandes áreas, que são: o conhecimento da América, a realidade da América, a sociedade, a religião e a comunicação. Os antecedentes deste museu são do século XVI, quando Felipe II criou, por sugestão do vice-rei do Peru, um Museu Indiano.
Dentro desse contexto, é comum encontrar obras que retratam eventos históricos, incluindo a chegada dos conquistadores espanhóis à América.
Foi um momento marcante na história, mas também foi um período de grande controvérsia e conflito.
Muitas obras de arte e representações históricas desse período mostram a violência e os impactos negativos que essa conquista teve sobre as populações indígenas.
Essas representações artísticas e históricas frequentemente buscam retratar a realidade brutal da conquista espanhola, buscando gerar reflexão e entendimento sobre os eventos passados e seus efeitos duradouros nas sociedades americanas, com obras que abordam essa temática.
image - Conquistadores cortando as mãos de dois espiões de Xicotencatl, 1698 - Xicotencatl II Axayacatl, (falecido em 1521), foi um príncipe e líder guerreiro, ou Tlacochcalcatl, do estado pré-colombiano de Tlaxcallan na época da conquista espanhola do México @edisonblog
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kabalajoias · 6 months
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Miçanga: origem, utilização e variedades
As miçangas são pequenas contas de vidro, plástico, madeira ou metal que se destacam pela variedade de cores, formas e tamanhos. Elas são amplamente utilizadas em diferentes culturas e encontram seu lugar nas mais diversas formas de artesanato e joalheria.
A vida é como uma miçanga colorida, cada uma representando momentos únicos e preciosos. Fonte: Unsplash.
Portanto, nesse guia, exploraremos a origem da miçanga, suas várias aplicações e os tipos mais populares disponíveis no mercado.
Origem da miçanga
A miçanga tem uma longa história, remontando a milhares de anos atrás. Acredita-se que as primeiras miçangas tenham sido feitas de pedras, conchas, ossos e sementes. Elas eram usadas como enfeites pessoais, símbolos de status, objetos religiosos e até mesmo como moedas em algumas culturas.
Dessa forma, com o passar do tempo, a produção de miçangas evoluiu. No antigo Egito, por exemplo, eram produzidas miçangas de vidro colorido usando uma técnica chamada “enrolamento em varas”. Na América pré-colombiana, as civilizações asteca, maia e inca também utilizavam miçangas em suas vestimentas e joias, muitas vezes feitas de pedras preciosas e metais.
Utilização da miçanga
Atualmente, a miçanga é amplamente utilizada em diversas formas de artesanato e joalheria. Elas são essenciais para a criação de pulseiras, colares, brincos, chaveiros e até mesmo bordados. A versatilidade das miçangas permite que sejam combinadas com outros materiais, como fios, linhas, couro e tecidos, criando peças únicas e personalizadas.
Além disso, as miçangas também são usadas em projetos de decoração, como enfeites de cortinas, acessórios para móveis e detalhes em objetos artesanais. Sua variedade de cores e texturas proporciona um toque especial e delicado a esses itens.
Variedades de miçangas
Existem inúmeros tipos de miçangas disponíveis no mercado, cada uma com suas características e aplicações específicas. Entre as variedades mais populares, destacam-se:
Vidro: São as mais comuns e amplamente utilizadas em diferentes projetos. Elas estão disponíveis em uma infinidade de cores, tamanhos e formas, permitindo a criação de peças diversificadas.
Acrílico: Leves e duráveis, as miçangas de acrílico são uma opção econômica para projetos maiores, como decoração de eventos, fantasias e bijuterias.
Madeira: Conhecidas pelo seu aspecto rústico e natural, as miçangas de madeira são frequentemente usadas em projetos de estilo boho e artesanato com temáticas relacionadas à natureza. Elas podem ser pintadas, tingidas ou gravadas, adicionando um toque orgânico às criações.
Metal: Feitas de metais como latão, cobre, prata ou bronze, essas miçangas oferecem um visual elegante e sofisticado. São frequentemente utilizadas em joalheria fina, como colares e pulseiras de alta qualidade.
Pedras preciosas: Miçangas feitas de gemas naturais, como ágata, jade, ametista e turquesa, trazem uma beleza única às criações. São apreciadas por sua energia e significado espiritual, sendo usadas tanto em joias quanto em objetos de decoração.
Como usar miçanga em artesanato e acessórios
Pulseiras: Uma das aplicações mais populares, as pulseiras de miçangas permitem combinações infinitas de cores e estilos. Podem ser feitas com técnicas de trançado, fios elásticos ou fios encerados, resultando em peças únicas e personalizadas.
Colares: Os colares de miçangas oferecem a oportunidade de criar peças chamativas e elaboradas. Podem ser utilizadas diferentes técnicas de montagem, como a técnica de entrelaçamento, onde as miçangas são entrelaçadas em fios ou linhas para formar padrões complexos.
Brincos: Os brincos de miçangas são uma forma versátil de expressar a criatividade. Podem ser feitos usando fios de metal, argolas ou até mesmo fios de pesca, combinando miçangas de diferentes tamanhos e cores para criar designs únicos.
Bordados: As miçangas podem ser utilizadas para adicionar detalhes brilhantes e texturas interessantes a projetos de bordado. Podem ser aplicadas em diferentes técnicas de ponto, como o ponto cruz, ponto cheio ou ponto atrás, para criar efeitos visuais impressionantes.
Em suma, a miçanga é um elemento versátil e cativante que tem um lugar importante no mundo do artesanato e da joalheria. Sua história rica, variedade de materiais e ampla gama de aplicações tornam-nas indispensáveis para aqueles que desejam criar peças únicas e expressar sua criatividade. 
Portanto, explore a diversidade das miçangas e deixe sua imaginação voar ao incorporá-las em seus projetos de artesanato e acessórios. Dessa forma, esperamos que este guia completo sobre miçangas tenha sido informativo e inspirador para você. Desfrute da jornada criativa ao explorar as infinitas possibilidades que as miçangas oferecem.
Gostou das dicas sobre miçangas e ainda não conhece a kabala joias? Na Kabala Joias você encontra tudo o que precisa para deixar o seu visual ainda mais atraente, temos vários modelos de semijoias feitas de miçangas, entre no site e escolhe o seu modelo favorito - www.kabalajoias.com.br.
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learncafe · 7 months
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Curso online com certificado! História da América
Proporcionar ao aluno uma visão global sobre o processo de expansão marítima e o encontro da civilização europeia com as antigas civilizações pré-colombianas. Identificar as formas de ocupação e estruturação do trabalho nas colônias entre portugueses, espanhóis e ingleses. Promover uma reflexão sobre os aspectos simbólicos presentes na conquista e questão das identidades nas Américas. […]
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Visitei hoje o Museu de Arqueologia, que tem várias coisas relacionadas ao Egito Antigo e da América Pré-Colombiana.
Tirei essa foto porque achei legal retratar uma percepção que tive do dia de ontem, quando fui buscar pão na padaria e dois cachorros me morderam. Aí depois que eu passei de carro próximo aos cachorros, um deles parecia um hipopótamo.
Quando me deparei com a mostra do museu, fiquei muito emocionado, sentia uma coisa boa em meu coração.
Aí a senhora que me acompanhou me mostrou um souvenir de hipopótamo e o que estava escrito atrás. Fiquei feliz. Era sobre fertilidade.
Enfim, aqui estou e como diz o Papa Francisco, com nossas misérias. É um pouco forte falar isso, dependendo do volume da voz etc, não querendo dizer do cristianismo, mas da realidade que "bate em nossa porta", como se fosse assim. Pra dizer que ou estamos em um lugar, outra hora em outro lugar. E a cabecinha a mil. Entende?
Foi muito legal ter ido lá, pelo conhecimento, pelo que vi, pelo que senti, por tudo.
Muito legal a iniciativa do Professor Doutor Moacir Elias Santos.
Brigado.
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manolo-ssa · 1 year
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Estou precisando de algum livro que sirva como introdução às pesquisas acadêmicas mais recentes em História, Antropologia, Arqueologia, etc., sobre a América pré-colombiana e Brasil pré-cabralino. Tem de ser livro físico (é presente). Sugestões?
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escritorasms · 1 year
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Sara Beatriz Guardia
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É escritora, jornalista, e pesquisadora da Faculdade de Ciências da Comunicação da Universidade de San Martín de Porres, em Lima, Peru.
É Diretora do Centro de Estudos sobre Mulheres na História da América Latina, CEMHAL.
Possui uma vasta área de pesquisas: Historiografia da mulher: Condição da mulher pré-colombiana. Impacto da conquista; Literatura escrita por mulheres; Usos da literatura como fonte histórica; História oral, seus usos para a história das mulheres; História social e política da América Latina no século XIX; história intelectual. O Iluminismo e sua influência na América Latina; História das mentalidades; Impressão e comunicação; Papel das mulheres; Processos de formação de gênero e participação política na América Latina; Comida e patrimônio; diálogo intercultural.
É autora da obra Viajeras entre dos mundos.
Onde ler a obra:
Referências:
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claudiosuenaga · 2 years
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Os 75 anos da Expedição Kon-Tiki: homenagem e tributo a Thor Heyerdahl nos 20 anos de sua morte (parte 1)
Por Claudio Tsuyoshi Suenaga
Há 75 anos, em 1947, Thor Heyerdahl (1914-2002), biólogo, geógrafo, antropólogo, arqueólogo, explorador e escritor norueguês, junto de cinco conterrâneos (Knut Haugland, Bengt Emmerik Danielssen, Erik Hesselberg, Torstein Raaby e Herman Watzinger), realizava o feito de percorrer 8 mil quilômetros de Oceano Pacífico a bordo da “Kon-Tiki” (nome do herói mítico polinésio da solitária Ilha de Fatuhiva, pertencente ao grupo das Ilhas Marquesas, que segundo a tradição oral teria trazido os antepassados ​​dos ilhéus desde o leste),[1] réplica de uma jangada primitiva de pau-de-balsa que construiu com materiais e técnicas pré-colombianas, demonstrando que os mares não se constituíam em barreiras intransponíveis, como se pensava, mas antes em autênticas “vias expressas” a interligar povos e continentes.
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Knut Haugland, Bengt Emmerik Danielssen, Thor Heyerdahl, Erik Hesselberg, Torstein Raaby e Herman Watzinger.
A tese de Heyerdahl, publicada pela primeira vez em 1941 enquanto trabalhava no Museu da Colúmbia Britânica,[2] era a de que os traços etnológicos e linguísticos comuns entre a Polinésia e a América do Sul eram o resultado de duas ondas migratórias. A primeira, de povos incaicos, teria ocorrido por volta do ano 500, ou seja, os primitivos povoadores das Ilhas dos Mares do Sul teriam partido do Peru – em balsas de madeira – e não da Indonésia, no sudeste asiático, como era consenso entre a comunidade científica da época, tanto mais porque, conforme Heyerdahl observara, o vento e as correntes oceânicas fluíam do leste para oeste. Centenas de anos depois, um segundo grupo étnico teria chegado ao Havaí em canoas duplas provenientes da Colúmbia Britânica.
O principal argumento contra as ideias de Heyerdahl era a de que os pré-colombianos não possuíam barcos capazes de cruzar o Oceano Pacífico, o que se constituía em falácia ou ignorância, já que bastou uma simples ida à biblioteca para que Heyerdahl desenterrasse relatórios deixados pelos primeiros europeus que haviam atingido a costa do Pacífico na América do Sul repletos de esboços e descrições das enormes jangadas manobráveis dos indígenas, os quais possuíam vela quadrada, quilha corrediça e um comprido remo de direção na popa.[3]
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Thor Heyerdahl segurando o modelo do que viria a ser a jangada de balsa, o Kon-Tiki.
Uma vez que os cientistas receberam a sua tese com frieza e cepticismo, Heyerdahl decidiu lançar-se em uma expedição marítima para prová-la. A tosca embarcação, uma balsa de junco totora similar às utilizadas pelos mochicas (cultura que floresceu no norte do Peru entre 100 a.C. e o ano 800), foi construída no Peru com troncos de pau-de-balsa (Ochroma pyramidale, madeira leve e resistente, mais leves do que a cortiça, encontrada entre as matas tropicais ao norte da América do Sul até o sul do México) cortados nas florestas ao sopé da Cordilheira dos Andes, no Equador (trazidos para o Peru flutuando rio abaixo), e amarrados uns aos outros com cordas de cânhamo, sem um único prego, cravo ou cabo.
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Fotos do livro de Thor Heyerdahl, A Expedição Kon-Tiki: 8.000 km numa jangada através do Pacífico (7ª ed., São Paulo, Melhoramentos, 1959).
Nos nove dos mais grossos troncos de balsa selecionados para serem os toros mestres, fundos sulcos foram escavados para impedir que as cordas que passavam por eles para amarrar toda a jangada não escorregassem. Os nove troncos foram então colocados lado a lado na água para que pudessem todos cair livremente na sua posição natural flutuante antes de serem fortemente amarrados uns aos outros. O toro mais longo, de 13,70 metros de comprimento, foi colocado no centro e se projetava bem além dos outros numa e na outra ponta. Toros cada vez mais curtos foram postos simetricamente a um e a outro lado de modo que os lados da jangada tivessem 9 metros de comprimento e a proa emergisse como um arado grosseiro. Depois que os nove troncos de balsa foram fortemente amarrados uns aos outros com corda de cânhamo de 1 polegada e de ¼ de polegada, de comprimentos diferentes, os toros finos de balsa medindo 30 centímetros por 5,50 metros foram amarrados de través sobre aqueles, com intervalos de cerca de 90 centímetros.
Sobre a estrutura foi posta uma coberta de proa medindo 3,60 metros por 5,50 metros feita de taquaras amarradas à jangada na forma de sarrafos separados e cobertos com esteiras soltas de bambu trançado.
No meio da jangada, perto da popa, ergueram uma pequena cabana aberta feita de bambu com paredes também de bambu e telhado de fasquias de bambu com folhas de bananeira que se encaixavam umas nas outras como se fossem telhas. Media 2,40 metros por 4,20 metros, e para diminuir a pressão do vento e do mar era de altura tão baixa que não podiam ficar em pé sem bater a cabeça no teto. As paredes e a coberta eram feitas de fortes hastes de bambu amarradas e eram tapadas por uma sebe de varas também de bambu. À frente da cabana levantaram dois mastros de mangueiro (de uma dureza de ferro) de 8,80 metros de altura que se inclinavam um para o outro e no topo eram amarrados em cruz.
A enorme vela quadrada de lona medindo 4,60 metros de altura por 5,50 metros de largura, tendo ao centro a cara barbada de Kon-Tiki (uma cópia fiel da cabeça do rei sol esculpida em pedra vermelha sobre uma estátua nas ruínas da cidade de Tiahuanaco), pintada de vermelho pelo artista Erik, foi carregada numa verga feita de dois paus de bambu amarrados.
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Os nove enormes toros de madeira afilavam-se ligeiramente nas extremidades à moda indígena, para poderem deslizar com mais facilidade na água, e tábuas bem baixas para proteção contra borrifos foram ligadas à proa acima da superfície do mar. Em vários lugares onde existiam grandes fendas entre toros, introduziram ao todo cinco sólidas pranchas de abeto cujas pontas imergiam na água sob a jangada. Foram postas mais ou menos a esmo e penetraram a 1,50 metros na água, tendo 25 metros de espessura e 60 centímetros de largura. Ficavam seguras no respectivo lugar por meio de cunhas e cordas e serviam de pequeninas quilhas paralelas. Quilhas deste tipo eram usadas em todas as jangadas de pau-de-balsa no tempo dos incas e eram destinadas a evitar que as jangadas chatas de pau vogassem para qualquer lado à mercê do vento e das ondas. Não puseram nenhuma grade ou proteção em volta da jangada, mas tinham um toro de balsa, comprido e delgado, que de cada lado oferecia apoio aos pés. A construção toda era uma cópia fiel das antigas embarcações do Peru e do Equador, com exceção dos guarda-borrifos, colocados nas proas, que posteriormente se verificou serem inteiramente desnecessários.[4]
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Respeitadas as linhas gerais, a tripulação estava livre para arrumar os demais detalhes a bordo como lhe aprouvesse. Embaixo da cabana, entre as vigas transversais, oito caixotes foram amarrados. Dois foram reservados para instrumentos científicos e filmes, e os outros seis foram distribuídos a cada um dos tripulantes, tendo cada um sido inteirado de que poderia trazer consigo coisas de seu uso privado que coubessem no seu caixote. Sobre os caixotes foram postas esteiras de junco trançado e os colchões de palha.
Knut e Torstein reservaram um canto da cabana de bambu para o transmissor de ondas curtas que com os seus 13.990 kc (kilociclos por segundo ou milhares de ciclos por segundo, um termo obsoleto para kilohertz) não emitia mais do que 6 watts, tendo mais ou menos a mesma potência de um maçarico elétrico. Durante a viagem, a dupla sempre esteve às voltas para manter em funcionamento a pequena estação de rádio de 30 centímetros acima da superfície da água. Todas as noites eles se revezavam para enviar ao éter informações e observações acerca da viagem que radioamadores avulsos captavam e retransmitiam ao Instituto Meteorológico de Washington e a outros centros.
Do lado externo da parede da cabana, Bengt instalou um fogareiro “Primus” no fundo de um caixote vazio solidamente amarrado ao convés. Este caixote, abrigado contra os ventos alísios de sudeste que, via de regra, sopravam do lado oposto, era a “cozinha” onde fritavam os peixes e preparavam outros pratos.[5]
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Cozinhando no fogareiro “Primus”.
O Kon-Tiki levava provisões para quatro meses na forma de sólidas caixinhas de papelão impermeabilizadas com uma camada uniforme de asfalto e dispostas lado a lado sob a coberta de bambu entre as nove baixas vigas transversais que sustentavam a coberta. Numa fonte cristalina jorrando de uma alta montanha, encheram 56 latinhas de água, contendo ao todo 250 galões de água potável, as quais foram amarradas entre as vigas transversais de maneira que a água do mar pudesse sempre borrifá-las. Sobre a coberta de bambu amarraram o resto do material e grandes cestos de vime cheios de frutas frescas que comeram dentro de poucas semanas antes que apodrecessem. Dos duzentos cocos que levaram, a metade que havia sido posta entre as provisões especiais abaixo do convés, com as ondas a banhá-las incessantemente, se estragaram devido ao contato com a água salgada. Foram os olhos dos cocos que absorveram a água e os amoleceram, ocasionando a invasão da água salgada.[6]
Como os antigos navegadores incas, por sua vez, se preparavam para suas viagens há mil anos atrás? Heyerdahl forneceu-nos um quadro bastante factível:
“Fossem quais fossem os planos desses adoradores do Sol, ao fugirem de sua pátria eles certamente se proveram de mantimento para a viagem. Carne seca, peixe e batata doce eram a parte mais importante de seu primitivo regime alimentar. Quando os navegantes em jangada daqueles tempos se fizeram ao mar, ao longo da erma costa do Peru, dispunham de amplo abastecimento de água a bordo. Em vez de vasilhas de barro, geralmente usavam enormes cabaças que resistiam a golpes e choques, enquanto ainda mais próprias ao uso em jangada eram as grossas hastes de gigantescos bambus; furavam todos os nós e introduziam a água por um buraquinho no fundo, que vedavam com um batoque ou com breu ou resina. Trinta ou quarenta dessas grossas hastes de bambu ficavam à sombra e se conservavam frias – a uns 26º C, na corrente equatorial – graças à água fresca do mar que as estava sempre banhando. Um depósito dessa espécie continha duas vezes a quantidade de água que nós usamos em toda a nossa viagem, e podia ser levada quantidade ainda maior simplesmente amarrando mais hastes de bambu na água, por baixo da jangada, onde, além de não ocuparem espaço, nada pesavam. Verificamos que, volvidos dois meses, a água doce começou a alterar-se e ter um gosto ruim. Mas, a esse tempo, a gente já deixou bem atrás a primeira área do oceano onde há pouca chuva, e já chegou, há muito, a regiões nas quais grossas pancadas de chuva podem equilibrar a provisão de água. Distribuímos diariamente para cada homem um bom litro de água, e raro era o dia em que a dose se esgotava. Ainda mesmo que os nossos predecessores tivessem partido de terra sem provisões adequadas, enquanto vogavam pelo mar, ter-se-iam arranjado com a corrente, na qual havia peixe em abundância. Não se passou um dia em toda a nossa viagem em que não houvesse peixes em redor da jangada e que não pudessem ser facilmente apanhados. Mal houve um dia sem que ao menos peixes-voadores viessem espontaneamente cair a bordo. Sucedeu até que grandes bonitos, comida deliciosa, subiam à jangada com as massas de água que entravam pela popa, e ficavam a rabear na embarcação quando a água escorria por entre os toros como num crivo. Morrer de fome era impossível.” [7]
Continua na partes 2, 3, 4, 5 e 6
Notas
[1] Ao estudar as lendas do deus sol Viracocha [em quíchua, Apu Kun Tiqsi Wiraqutra, sendo que tiqsi significa “fundamento, base, início”, enquanto wiraqutra provém da fusão dos vocábulos wira (gordo) e qutra (lago, lagoa)], o ser supremo, criador do Universo e de tudo o que existe, equivalente ao deus judaico-cristão, Heyerdahl se deu conta de que o nome original de Viracocha usado no Peru em tempos idos era Kon-Tiki ou Illa-Tiki, que significa Sol-Tiki ou Fogo-Tiki: “Kon-Tiki era sumo sacerdote e rei-sol dos lendários ‘homens brancos’ dos incas que tinham deixado as enormes ruínas nas margens do Lago Titicaca. Reza a lenda que Kon-Tiki foi atacado por um chefe chamado Cari que veio do Vale Coquinho. Numa batalha travada numa ilha do lago Titicaca, os misteriosos brancos barbados foram trucidados, mas Kon-Tiki e seus companheiros mais chegados escaparam e, mais tarde, aportaram à costa do Pacífico, de onde finalmente desapareceram sobre o mar para as bandas do ocidente. Já eu não tinha dúvida de que o branco deus-chefe Sol-Tiki que, segundo os incas, havia sido, pelos pais destes, expulso do Peru para o Pacífico, era idêntico ao branco deus-chefe Tiki, filho do sol, quem os habitantes de todas as ilhas orientais do Pacífico reconheciam como o primitivo fundador da sua raça” [Heyerdahl, Thor. A Expedição Kon-Tiki, 7a ed., São Paulo, Melhoramentos, 1959, p.16-17].
[2] New York, International Science, 1941.
[3] Heyerdahl, Thor. A Expedição Kon-Tiki: 8.000 km numa jangada através do Pacífico, 7a ed., São Paulo, Melhoramentos, 1959, p.20 e 22.
[4] Ibid., p.55 e 56, 61 e 115.
[5] Ibid., p.60, 67, 86, 87 e 130.
[6] Ibid., p.16, 91, 59 e 60.
[7] Ibid., p.88.
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edurun · 1 year
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Cumbia Calavera •//(🎭) O Grupo latinoamericano @cumbia.calavera propõe uma releitura instrumental de cumbias clássicas e apresenta também composições próprias, difundindo melodias e elementos rítmicos da cumbia chica, da cumbia colombiana e da música folclórica andina 💃🏿 O PURO SUCO da América do Sul, na versão Bloco de Carnaval desfila todo sábado pós Festa Monesca, na Vila Anglo, Região da Pompéia, Zona Oeste de SP 🖤 Ah!! Ao longo do ano a Cumbia faz diversas apresentações pelo Estado de São Paulo, Brasil e algumas apresentações internacionais 🚀🚀🚀 Ficarei por aqui, na saudade, com esse #TBT❤️ de 2020, um dos mais loucos, revolucionários, oposicionistas e pré fase das trevas, que enfrentamos no Brasil, em todos os sentidos ☠☠☠ . . 📸 @rita_antonascio . . . . . #EduRun 👊🏿 #Carnaval 🎭 #AsicsBrasil 🖤 #CorridadeRua 🏃🏿‍♂️ #CumbiaCalavera 🔥 #ASICSFrontRunner 🇧🇷 #SoundMindSoundBody 🧘🏿‍♂️ (em Vila Anglo Brasileira) https://www.instagram.com/p/CpAwOfsrDO7/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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capixabadagemabrasil · 2 months
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