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#Casa Velha Reserva 2021
tastingforall · 10 months
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Adega de Favaios lança branco de casta rara e esquecida do Douro
Premiados e originais, os brancos do planalto de Favaios estão incontornáveis O novo branco da Adega de Favaios recupera uma casta rara e esquecida do Douro, a Samarrinho, mas não só. O mais recente rótulo da gama de topo Casa Velha confirma a vitalidade da cooperativa na produção de grandes vinhos brancos. Favaios já não é só dos moscatéis. Esta aldeia vinhateira do planalto do Douro e a…
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raulmottajunior · 5 years
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Depois de dez anos na fila de espera, Paraty e Ilha Grande receberam, na manhã desta sexta-feira, o título de Patrimônio Cultural e Natural Mundial pela Unesco . Após a recusa em 2009, o município se tornou candidato no ano passado e conquistou agora o reconhecimento de primeiro sítio misto do Brasil nessa seleta lista. O dossiê apresentado na 43ª sessão do Comitê do Patrimônio Mundial em Baku, no Azerbaijão, foi aceito graças ao incremento de uma palavra-chave em relação à tentativa anterior: biodiversidade. Feito inédito na América Latina Unindo os destaques culturais e ambientais em um só planejamento, que agora promoverá um plano de integração entre os dois setores, Paraty realiza um feito inédito na América Latina. O lugar é o primeiro sítio misto da região onde se encontra uma cultura viva. Todos os demais sítios mistos do continente, como Machu Picchu, no Peru, são sítios arqueológicos em uma paisagem natural. — Nós, orgulhosamente, voltamos para casa com esse título na bagagem. Em Paraty e Ilha Grande, uma área com diversas reservas ecológicas, vemos de maneira excepcional e única uma conjunção de beleza natural, biodiversidade ímpar, manifestações culturais um fabuloso conjunto histórico, e importantes testemunhos arqueológicos para a compreensão da evolução da Humanidade no planeta Terra — comemora a presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa. Secretário estadual de turismo, Otávio Leite destacou o orgulho proporcionado pela conquista: - Agora, temos que pensar em preservar, enaltecer, trazer turistas e o mundo para desfrutar desse encanto, que está sendo reconhecido por esta instituição. O prefeito de Paraty também comentou o título concedido à cidade: - Receber hoje o título de Patrimônio da Humanidade da Unesco é a demonstração de que construímos algo importante em relação à conservação da nossa história e biodiversidade. Buscamos este título há muitos anos e apenas agora foi possível. Este é um momento único e especialmente importante para todos os moradores de Paraty - afirmou Valceni Teixeira. Comerciantes e moradores do município veem com bons olhos o reconhecimento dado pela Unesco. A expectativa é de mais força na preservação do meio ambiente. — Imagino que com os olhos do mundo voltados para cá, a preservação vá ganhar força. É importante que a gente consiga manter nossas preciosidades — exalta a comerciante local Mônica Woltin, de 55 anos. Anteriormente não citadas pelo projeto, que exaltava apenas o lado histórico da pequena cidade, as áreas do Parque Nacional da Serra da Bocaina, do Parque Estadual da Ilha Grande, da Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul e da Área de Preservação Ambiental de Cairuçu tomam o protagonismo do ambicioso estudo. Juntas formam um cinturão de mata nativa de quase 150 mil hectares permeados por registros arqueológicos de diferentes idades que abraça o Centro Histórico de Paraty e o Morro da Vila Velha. A área espalhada por seis municípios — quatro de São Paulo - contabiliza 36 espécies vegetais raras, como a caixeta, também chamada de pau-paraíba por muitos, e de suma importância ambiental. A árvore tem uma madeira bastante maleável e é muito utilizada pelos caiçaras, povo tradicional da região, para produção de instrumentos musicais. OS TESOUROS NATURAIS DE PARATY E ILHA GRANDE 1 de 4   Parque Estadual da Ilha Grande Cenário exuberante da Ilha Grande Foto: Alex Ferro em 23.07.2003 / Agência O GloboFoto: Alex Ferro em 23.07.2003 / Agência O Globo Considerada uma joia de mar azul, rios e cachoeiras, também tem muito verde: as florestas ocupam mais de 90% de sua área APA de Caiçuru O Saco do Mamanguá é uma entrada de mar. Tem 8 quilômetros de extensão e 2 quilômetros de largura Foto: Custódio Coimbra / Agência O GloboFoto: Custódio Coimbra / Agência O Globo Com 63 ilhas, tem entre as atrações a Praia do Sono, Trindade e o Saco do Mamanguá, além da cultura caiçara, quilombola e indígena Parque Nacional da Serra da Bocaina Na Serra da Bocaina, beleza natural de tirar o folêgo Foto: Marizilda Cruppe em 23/07/2003 / Agência O GloboFoto: Marizilda Cruppe em 23/07/2003 / Agência O Globo Além de observar a rica biodiversidade, visitantes podem percorrer parte do Caminho do Ouro e apreciar a vista da Ilha Grande Reserva Biológica da Praia do Sul Vista aérea da Ilhota do Leste, que separa as praias do Sul e do Leste Foto: Custódio Coimbra / Agência O GloboFoto: Custódio Coimbra / Agência O Globo Na Ilha Grande, esse paraíso bem preservado é guardado a sete chaves e só pode ser visitado com autorização do Inea — Recebemos em maio deste ano, do Icomos e da IUCN, órgãos assessores da Unesco, parecer técnico favorável ao reconhecimento de Paraty e Ilha Grande, em Angra dos Reis, como sítio misto de excepcional valor universal. A candidatura defendia que, além de sua riqueza cultural, o sítio encanta por sua exuberante beleza natural e biodiversidade — afirma o diretor de Patrimônio Mundial do Iphan, Andrey Rosenthal. Há onze áreas-chave para preservação da biodiversidade da região, de acordo com relatório da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, em inglês). A própria Unesco destacou como fundamental o registro cultural atrelado ao meio ambiente. Os povos tradicionais se mantêm preservados graças ao trabalho de conservação da vegetação local, o que cria um efeito dominó em prol da biodiversidade da área. Na Serra da Bocaina, os visuais deslumbrantes da "parte alta" atraem turistas. Por lá, há trilhas de diferentes níveis de dificuldade para mirantes, picos e cachoeiras. A visão oposta é o litoral, onde ficam as famosas praias da Caixa D'Aço, além de piscinas naturais. O deslumbrante visual tem acesso fácil e é cercado pelo verde da Mata Atlântica.  — Ainda há como se explorar turísticamente muito essa região. Temos uma joia natural aqui, um presente do mundo para toda a população e os visitantes. Aliar o turismo com a preservação ambiental é fundamental — comenta o guia local Ubirajara Fernandes, de 36 anos.  No que se refere à fauna, um detalhe que chama a atenção é o total de répteis e anfíbios encontrados: 125 espécies de anuros, o que significa 34% do total de espécias já registradas na Mata Atlântica. Há também 27 espécies de répteis conhecidos, além de um total de 150 mamíferos.  Funcionários do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) comemoram o reconhecimento para a região. Segundo eles, o trabalho que vem sendo feito na área tem dado muita atenção aos povos tradicionais — indígenas, caiçaras e quilombolas. — Antes não existia o diálogo aberto, uma ponte de contato entre os responsáveis pela preservação por parte do governo e quem sempre viveu aqui. Foi sendo construído esse diálogo, e apresentamos um grande registro que abrange os sítios arqueológicos e esses grupos — comenta uma das pesquisadoras. Ambientação de séculos passados A pacata cidade de Paraty tem o potencial de imersão ao levar os turistas a uma ambientação digna de séculos passados no caminhar pelo Centro Histórico. As ruas de pedras com construções coloniais bem preservadas entregam um cenário atípico de ser  visto no mundo contemporâneo. A "Veneza fluminense", como chamam alguns moradores devido aos momentos de maré alta, encanta a todos. — A natureza é assim. Ela pega de volta o que a pertence sempre que pode, mas logo nos devolve. A maré vem, faz o charme e vai embora — brinca o barqueiro Omerandino Carvalho de 65 anos, que fala com orgulho dos mais de 50 anos de vida no mar. O novo estudo não se tratava apenas de um planejamento maior e sim de uma nova ótica e percepção das áreas para criação do estudo. O processo é parte de uma longa reestruturação de mapeamento de toda região.  Em contrapartida, o governo brasileiro prestará contas do monitoramento que já vem sendo feito. A Unesco, por conta própria, fiscalizará questões além do detalhado pelo Ministério do Meio Ambiente.  — Quando concedem um Patrimônio Mundial, é para o longo prazo, é importante uma visão mais clara disso. Não acontecerá uma mudança imediata com o título. A cidade não enriquecerá, novas equipes não serão enviadas. A fórmula do sucesso é manter o trabalho — explica uma pesquisadora do Instituto.  Todas as candidaturas a Patrimônio Mundial começam com a inscrição na lista indicativa, depois há uma missão de assessoramento do Icomos ou IUCN, órgãos técnicos da Unesco, construção do dossiê preliminar, missão de avaliação, entrega do dossiê final e por fim o parecer dos avaliadores, que serão enviados ao relator do Comitê da Unesco, junto ao dossiê. A avaliação dos órgãos técnicos é o que subsidia a votação dos membros do Comitê. A cada ano, um bem brasileiro é submetido à avaliação do Comitê do Patrimônio Mundial. Em 2020, será o Sítio Roberto Burle Marx, no Rio de Janeiro. Em 2021, será a vez dos Lençóis Maranhenses (MA), como Patrimônio Natural. — O Brasil tem tudo para ter mais um bem reconhecido como Patrimônio Mundial — afirma Andrey Rosenthal. De acordo com o Iphan, o título da Unesco cria um compromisso internacional de preservação do local. O plano de gestão compartilhada do sítio, construído com representações locais, mapeia riscos e aponta ações para minimizar possíveis ameaças ao valor universal excepcional do sítio. Conheça a história da região de Paraty e Ilha Grande A região escolhida pela Unesco como patrimônio mundial era originalmente habitada por indígenas. Paraty era dominada pelos guaianases, enquanto tamoios habitavam a Ilha Grande. Com a chegada dos colonizadores no século XVI, os dois locais seguiram caminhos distintos. O núcleo urbano que originaria Paraty foi estabelecido no entorno da Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, erguida em 1646. A localidade foi a primeira do Brasil a ser oficializada em função de uma demanda popular, já que se separou da vila de Angra dos Reis em 28 de fevereiro de 1667. No século XVIII, o local funcionou como porto de escoamento para o ouro e as pedras extraídos em Minas Gerais e iniciou a produção de cana-de-açúcar. A região chegou a abrigar mais de 250 engenhos. Entre 1720 e 1726, Paraty deixou de pertencer à capitania do Rio de Janeiro e integrou o território da capitania de São Paulo. O início do cultivo de café no Vale do Paraíba no século XIX mudou o tipo de mercadoria escoada pelo porto de Paraty para a Europa. A mudança do status de vila para condado em 1813 e de condado para cidade em 1844 mostram o prestígio crescente do atual município à época, quando 16 mil pessoas viviam ali. A criação de uma ligação ferroviária entre Rio e São Paulo via Vale do Paraíba na segunda metade do século XIX diminuiu a importância de Paraty, embora tenha permitido que sua estrutura arquitetônica ficasse preservada. A partir de 1973, a abertura da rodovia Rio-Santos começaria um novo ciclo de prosperidade em Paraty, que hoje tem o turismo como uma de suas principais atividades econômicas. Já no caso da Ilha Grande, é marcante a presença de tribos nativas nos primeiros anos de colonização. Descoberta em 06 de janeiro de 1502 pelo navegador Gonçalo Coelho, a ilha já era chamada de grande pelos tamoios que viviam ali. Eles a denominavam "Ipaum Guaçu" ("Ilha Grande", na língua deles). Entre 1554 e 1567, a região foi um dos principais núcleos de resistência da chamada Confederação dos Tamoios, revolta que opôs portugueses a uma aliança formada por indígenas brasileiros e franceses. A ocupação não teve grandes avanços até o século XIX, quando Dom Pedro II esteve na atual Vila do Abraão. Existe no local até hoje um banco onde o então imperador descansava durante sua passagem pela região. Na década de 1940, a criação do Instituto Penal Cândido Mendes transformaria Ilha Grande em sinônimo de um dos presídios mais temidos do país. Por lá, passaram personalidades como o escritores Graciliano Ramos e Nelson Rodrigues, o transformista Madame Satã e o político Luiz Carlos Prestes. Durante a ditadura militar, a mistura de presos políticos com criminosos comuns no local daria origem ao crime organizado no Brasil. A desativação definitiva do espaço se deu em 1994. Fonte: O Globo Postado por: Raul Motta Junior Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
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alvaromatias1000 · 4 years
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Poupança face à Pandemia
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Planejamento da vida financeira exige Educação Financeira para disciplinar o cérebro e evitar erros recorrentes, apontados nos vieses heurísticos levantados pelas Finanças Comportamentais. Os investimentos financeiros planejados, em “débito automático” de determinado percentual da renda recebida, se diferenciam dos acasos: sobrar renda em relação ao consumo. Este caiu em tempos de isolamento social com “gastos na rua”: comer fora-de-casa, vestuário, transporte, etc. Logo, cresceu a “poupança” de maneira involuntária.
Anaïs Fernandes (Valor, 25/06/2020) entrevistou Daniel Leichsenring, economista-chefe da Verde Asset Management, em Live do Valor.
A política fiscal brasileira na pandemia tem sido marcada pela transferência de recursos do setor público às famílias “em nível inacreditavelmente alto”, o que exige atenção das autoridades para a âncora fiscal não ser perdida, mas também pode contribuir para uma recuperação um pouco mais rápida da atividade. Essa é a típica visão neoliberal ou “liberista”, onde se coloca o combate ao risco da eutanásia dos rentistas acima de tudo, inclusive da sobrevivência das famílias pobres.
Nos últimos três meses, a renda das famílias oriunda do trabalho caiu em torno de R$ 70 bilhões, mas só o auxílio-emergencial de R$ 600 gerou uma transferência ao redor de R$ 150 bilhões. “Na prática, as famílias – na média, não é verdade para todos os indivíduos -, têm, hoje, mais renda do que no pré-coronavírus.”
A taxa de poupança das famílias pode mais do que dobrar neste ano. “Isso é uma diferença brutal em relação à crise anterior, quando elas estavam na sua menor taxa de poupança.”
Para o conservador, isso coloca o país em uma situação em que, uma vez normalizado o quadro da pandemia, pode haver melhora em indicadores de consumo e confiança, o que traz um viés de recuperação um pouco mais forte para atividade, segundo Leichsenring. A Verde Asset espera queda ao redor de 6,5% no Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2020, com avanço de cerca de 4% em 2021. O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou projetar uma queda do PIB brasileiro de 9,1% em 2020.
Em linha com outros países, a queda do consumo no Brasil foi muito forte no primeiro momento das restrições nos Estados, mas as pessoas foram procurando novos meios de consumir e, com relativa flexibilização do isolamento, “o consumo tem se recuperado de maneira significativa”, disse Leichsenring.
O próprio grau de mobilidade observado hoje sugere uma retomada mais rápida do que era assumido meses atrás, ele afirmou. Indicadores mostram que estamos “muito longe de zerar o jogo”, disse ele, “mas a situação já está muito melhor”. “Olhava o cenário como assimétrico para ser pior, e não melhor. De lá para cá, a grande surpresa é que aparece hoje no nosso cenário uma certa assimetria para ser melhor.”
A perspectiva, segundo Leichsenring, é continuar nessa trajetória, desde que não haja uma segunda onda de contágio muito forte. O economista disse acreditar ser possível relaxar restrições de maneira gradual sem mudanças “muito abruptas” nesse avanço. Ele cita evidências – do exterior, mas também no Brasil – de como medidas de quarentena se mostraram importantes e como melhoras nos protocolos médicos e até o surgimento de alguns tratamentos ajudam a aumentar a efetividade dos hospitais e conter a mortalidade.
“É o que a gente falava de achatar a curva, ajustar a capacidade do sistema hospitalar e poder ir voltando à normalidade mesmo sem o controle da epidemia”, disse. “Mesmo que haja uma segunda onde e problemas com capacidade hospitalar, esperaria que a gente voltasse apenas alguns degraus nas políticas de quarentena e, portanto, os efeitos econômicos seriam menores do que no começo da pandemia.”
A dificuldade de fazer o crédito chegar às empresas menores, que concentram boa parte dos empregos, ainda é “o principal nó, a principal vulnerabilidade que o país tem na recuperação”, afirmou Leichsenring. Para ele, é compreensível o temor, entre bancos, de que pequenas empresas não sobrevivam. “Medidas para oferecer um ‘seguro’ sobre esse crédito são importantes nesse sentido, de criarem pelo menos um conforto.”
Leichsenring demonstrou preocupação também com a prorrogação do auxílio- emergencial nos mesmos termos atuais. “Não temos condições fiscais de manter, que dirá de tornar um benefício permanente.”
Soma-se a esse receio a questão política. “Se você tem uma crise institucional, permanente, que leva ao esgarçamento da relação entre os Poderes, fica difícil imaginar que vamos ter a capacidade e maturidade de avançar no tema da solvência do Estado.”
Para ele, o momento era de “ter união para conseguirmos combater o vírus o quanto antes, com repercussão sobre a economia o quanto antes beneficiando a todos”, disse. “Infelizmente, não é o que a gente tem visto, atrapalhou, tem atrapalhado.”
Isabel Filgueiras (Valor, 26/06/2020) informa sobre a evolução dos depósitos de poupança.
No meio de uma pandemia, quando 7 em cada 10 brasileiros perdessem alguma parte da renda mensal, houve registro de recorde de depósitos na caderneta de poupança. Os aportes mensais de março, abril e maio foram, de longe, os maiores da série história do Banco Central, iniciada em 1995.
As políticas de isolamento social ao reduzir alguns gastos, a injeção bilionária de recursos por conta do auxílio emergencial e a aversão a perdas explicam tal comportamento.
Só em maio, a captação líquida foi de R$ 37,20 bilhões, mais que o dobro de tudo que entrou em 2019 (R$ 17,21 bilhões). Isso num contexto em que com o atual patamar da Selic, a 2,25% ao ano, a poupança rende só 1,58% ao ano.
Com facilidade para sacar o dinheiro, a caderneta é um dos principais destinos da reserva de emergência, aquele recurso separado para momentos de imprevisibilidade e escassez como o atual. Ela pode até ser mal falada, mas ainda é a forma mais comum de guardar dinheiro. E num momento de pânico, perdas e incertezas, o brasileiro voltou para a velha conhecida.
“As pessoas buscam o mais seguro historicamente. Isso explica também por que ouro é tão buscado em tempos de crise e talvez por que o brasileiro sempre foi apegado à poupança. Então, ela acaba sendo esse porto seguro num momento de instabilidade em que já houve perdas em outras aplicações mais sofisticadas”, diz Claudia Yoshinaga, professora de finanças comportamentais da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Em março, a captação da poupança bateu o primeiro de seguidos recordes mensais, com R$ 12 bilhões em depósitos. Naquele mês, também o primeiro da quarentena, a bolsa derreteu com perdas de 30%. A volatilidade estava na máxima e as quedas bruscas levaram a vários “circuit breakers” na bolsa, ou seja, a interrupção temporária de negociações quando o Ibovespa cai 10%.
“Não duvido que tenha dinheiro de investidores importantes na poupança neste período de nervosismo. No passado, ela era o patinho feio, mesmo pagando o rendimento líquido (livre de imposto). Agora, não é qualquer fundo que vai bater a poupança”, diz um economista e administrador de investimentos.
A razão mais direta para a alta captação é a aversão à perda com preferência por liquidez. Depois do mês de março em que as aplicações de renda variável caíram e com toda a chacoalhada e receio de que economia pudesse ter recuperação lenta, a poupança sinaliza um investimento mais familiar e seguro.
As altas mais acentuadas de depósitos foram em abril e maio, quando a poupança atraiu R$ 30 bilhões e R$ 37 bilhões, respectivamente. O volume mensal cresceu 150% entre março e abril. O salto ocorreu em meio ao pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 a R$ 1.200 para trabalhadores informais, autônomos e microempreendedores individuais impactados economicamente pela pandemia.
De acordo com o Tesouro Nacional, até o momento, foram depositados R$ 95,57 bilhões nas contas dos brasileiros elegíveis ao auxílio emergencial. O benefício começou a ser pago em abril.
Em maio, no entanto, uma mudança na distribuição do benefício pode ter contribuído para o massivo aumento de estoque de poupança. Na hora de pagar a segunda parcela do auxílio, a Caixa estipulou que os beneficiários receberiam o dinheiro numa poupança social, aberta especialmente para o programa. Além disso, o banco estabeleceu uma regra de saques fracionados com um calendário que não permitiu retiradas por praticamente todo o mês de maio.
Outra injeção bilionária de dinheiro público na poupança dos brasileiros foi o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEM), para complementar o salário de quem teve suspensão de contrato ou redução de carga horária. Por essa via, o Tesouro pagou R$ 11,72 bilhões.
Os saques dos fundos de renda fixa também podem ter sido uma das fontes do dinheiro que foi parar na poupança. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), essas carteiras acumulam resgates de R$ 120 bilhões neste ano. Os sucessivos cortes da Selic foram um golpe para os fundos de renda fixa, o custo ficou mais pesado.
Com a queda da taxa Selic para os padrões atuais, isso fez com que os fundos DI e renda fixa ficassem em desvantagem em função da taxa de administração que cobram e dos descontos de impostos. Para quem tem valores pequenos, o rendimento desses produtos ficou pequeno.
Ele lembra que muitos fundos DI não tinham só títulos públicos, mas uma parte em crédito privado. Esses papéis de empresas (debêntures) acabaram se desvalorizando. “Com a queda da taxa Selic, a poupança começou a ficar mais competitiva em relação aos fundos DI e de renda fixa. Quando o investidor vê, nos extratos, que o investimento está indo mal, pensa em voltar a poupança.”
Há desvantagens na poupança. Como a rentabilidade é mensal, sacar fora da data de aniversário resulta na perda do ganho do período todo. Pela regra atual, a remuneração se limita a 70% dos já mirrados 2,25% ao ano da Selic.
Há outros investimentos mais rentáveis, mas têm imposto de renda, IOF se sacar com menos de 30 dias. As pessoas sabem que as poupança rende pouco, mas percebem redução mês a mês de rentabilidade em outras aplicações como Tesouro Selic e que dão mais trabalho de movimentar.
Por mais que as plataformas de investimentos estejam cada vez mais simples e acessíveis, elas ainda têm características naturalmente excludentes para algumas pessoas. Existem alternativas melhores, como bancos digitais que oferecem 100% do CDI com liquidez diária ou Tesouro Direto. Mas não sei dizer se isso alcança todos os brasileiros. Até um banco digital exige um smartphone, ter conhecimento mínimo para usar a tecnologia e internet boa para fazer essa conta.
Apesar da baixa rentabilidade, a caderneta não deixa de ser uma porta de entrada para uma vida financeira mais saudável, diz a especialista em Finanças Comportamentais e colunista do Valor Investe, Vera Rita de Mello.
Para Vera, o progresso nos investimentos depende do amadurecimento e onde você se sente seguro de deixar o seu dinheiro. No fim das contas, é melhor colocá-lo em um produto conhecido em vez de arriscar em produtos financeiros desconhecidos.
Poupança face à Pandemia publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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alimentoseguro · 4 years
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Miolo comunica mais uma safra lendária
Qualidade das uvas colhidas nas unidades do Rio Grande do Sul impressiona a marca e projeta 2ª edição da série dos Sete Lendários. Ao todo, serão mais de 10 milhões de quilos de uvas em todas as vinícolas do Grupo
A Safra 2020, realizada de janeiro a março nas três unidades da Miolo instaladas no Rio Grande do Sul, foi vibrante e intensa, repetindo a qualidade de 2018. A exceção surpreendente é o Vale dos Vinhedos, que superou a performance consagrando a safra deste ano como a melhor da história. Esta grande operação envolveu 413 colhedores, num trabalho quase que artesanal. Agora, toda força se volta para o Vale do São Francisco (BA), com o início da colheita ainda em abril. Como lá acontecem dois ciclos por ano, a safra se estenderá até fevereiro de 2021. Assim, a produção anual final ficará em 10,57 milhões de quilos de uva e, aproximadamente, 10 milhões de garrafas.
Inspirada na Safra 2018, que o enólogo Adriano Miolo denomina ‘Safra Lendária’, a Miolo já confirma a 2ª edição da série The 2018´s Seven Legendaries of Miolo – Sete Lendários. “2018 foi um marco para a consolidação da vinícola como especialista na elaboração de vinhos tintos nobres, todos de guarda. E agora, 2020 nos presenteia novamente, nos impondo um novo desafio, de seguir superando para mostrar ao mundo que a Miolo, genuinamente brasileira, elabora grandes vinhos. Isto significa que durante 5 anos teremos vinhos nobres no mercado”, comemora.
A Miolo é a única vinícola brasileira a viver a colheita da uva durante todo o ano. Isso porque a organização tem unidades em quatro diferentes regiões produtoras do Brasil – Miolo, Vale dos Vinhedos (RS), Terranova, Vale do São Francisco (BA), Seival, Candiota – Campanha Meridional (RS) e Almadén, Santana do Livramento, Campanha Central (RS).
Colheita no Vale dos Vinhedos Em 72 dias de safra, de 8 de janeiro a 19 de março, foram colhidos 407 mil quilos de uvas. Foram 343 horas de frio, com temperatura igual ou inferior a 7,2°C, concentrado nos meses de julho e agosto, atrasando em 15 dias a brotação se comparada a safra lendária de 2018, quando foram registradas 187 horas de frio. Uma primavera chuvosa – 247mm contra 215 mm de 2018 - ocasionou o abortamento de cachos, diminuindo a produção. Entretanto, a forte estiagem do verão, que começou ainda em dezembro de 2019, com picos de temperaturas médias a altas e noites amenas, contribuiu para a qualidade superior das uvas.
As variedades Chardonnay e Pinot Noir se destacaram para excelentes vinhos base para espumante. Já as castas Merlot e Cabernet Sauvignon garantem vinhos tintos nobres. Entre os destaques os lendários Lote 43 e Merlot Terroir, além do Cuvée Giuseppe Merlot/Cabernet Sauvignon, Cuvée Giuseppe Chardonnay e dos espumantes Íride e Milesime (branco e rosé).
Colheita na Campanha Meridional Em perfeita sincronia, a Miolo entrou em operação com a colheita no Seival (200 ha) dois dias depois. Em 10 de janeiro começava a safra na Campanha Meridional, onde foram colhidos 2,1 milhões de quilos de uvas até o dia 20 de março. As 450 horas de frio foram suficientes para que todas as variedades lá cultivadas, inclusive as mais exigentes, pudessem superar em sua totalidade o período de dormência. A diferença é que na Safra 2020 estas horas se concentraram nos meses de julho a setembro, enquanto em 2018, as mesmas horas se distribuíram entre maio e agosto. Por isso, este ano a colheita foi mais tardia, em pelo menos três semanas. A primavera nos dois anos foi parecida, mas choveu mais nesta última safra, que registrou 125 mm, enquanto em 2018 foi de apenas 65 mm. Mesmo assim, a intensa seca de dezembro último com uma amplitude térmica ideal para o cultivo das uvas, traz entre os destaques as tintas Gamay, Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Tannat, além da rainha das brancas, Chardonnay.
Todo este desempenho, antecipa o que vem por aí. Rótulos incríveis como os lendários Sesmarias, Quinta do Seival Cabernet Sauvignon e Quinta do Seival Castas Portuguesas, além do recém lançado Miolo Wild Gamay, que além de 100% vegano como todos os demais, também é livre de alergênicos, não contém SO2 e é elaborado com leveduras selvagens. Mas do Seival também nascem os excepcionais Single Vineyards Touriga Nacional e Single Vineyards Pinot Noir, ambos feitos de um micro lote de único vinhedo. Para completar a seleção, o Miolo Reserva Sauvignon Blanc Colheita Noturna, que nasce de uvas colhidas à noite, também deverá surpreender.
Colheita na Campanha Central A última região gaúcha da Miolo a entrar na safra foi a Almadén, em Santana do Livramento, na Campanha Central. É lá que estão localizados os vinhedos de uvas viníferas mais antigos do Brasil e de onde a vinícola colheu 4,3 milhões de quilos de uva em 450 hectares, de 20 de janeiro a 25 de março. Acompanhando o comportamento climático da região, a cidade registrou 313 horas de frio nos meses de julho e agosto, o que atrasou a brotação em 20 dias. Mesmo com uma primavera chuvosa, a floração e formação dos cachos foram perfeitas. A amplitude térmica no verão, em média 15ºC, típica de regiões desérticas, foi determinante para a sanidade e maturação das uvas.
As tintas Merlot, Tannat e Cabernet Sauvignon e a branca Gewurztraminer se sobressaíram, mas o grande destaque ficou com a Cabernet Franc, tanto que a Miolo já projeta o lançamento do Single Vineyards desta variedade. Ainda é indicado aguardar o lendário Vinhas Velhas Tannat e o Single Vineyards Riesling Johannisberg.
Colheita no Vale do São Francisco Encerrada no Rio Grande do Sul, a vindima da Miolo agora segue para o nordeste brasileiro. Ainda em abril, começa a colheita na Terranova, no Vale do São Francisco. Em 200 hectares estão previstos colher em dois ciclos anuais, 3,25 milhões de quilos de uvas, estendendo-se até fevereiro de 2021. De clima tropical árido, a região tem variabilidade intra-anual, permitindo duas colheitas por ano. Tanto a poda quanto a colheita se dão praticamente durante todos os meses.
Alimentadas pelo Velho Chico, as uvas lá cultivadas germinaram no sertão, fruto da perfeita união entre a tradição Miolo e o solo particular. De lá nascem o Testardi e o Single Vineyards Syrah.
SAFRA 2020 NA MIOLO WINE GROUP
Total de kg de uvas: 10,057
Total de funcionários envolvidos na colheita: 413 colhedores
Total de garrafas: aproximadamente 10 milhões
Vale dos Vinhedos – Miolo – 407 mil quilos de uvas (100 ha)
Bento Gonçalves (RS)
Campanha Meridional – Seival – 2,1 milhões de quilos de uvas (200 ha)
Candiota (RS)
Campanha Central – Almadén – 4,3 milhões de quilos de uvas (450 ha)
Santana do Livramento (RS)
Vale do São Francisco – Terranova - Projeção de 3,25 milhões de quilos de uvas (200 ha)
Casa Nova (BA)
alimento seguro, mai/20. Com Conceito - [email protected]
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