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O Brasil tem 245 milhões de hectares dedicados a lavoura e pastagens  (ou seja, 29% do território nacional, Bolsonaro falou 8% na ONU). "Quando a gente soma a essa área os campos naturais (que são utilizados com pastos em regiões como Pantanal e Pampas), a área total utilizada pela agropecuária brasileira chega a 295 milhões de hectares (34% do território, muito parecido com a média mundial)", explica o engenheiro florestal Tasso Azevedo do Observatório do Clima (link abaixo). Cultivando um pouco mais de 1/3 do território brasileiro, somos o 4o. maior produtor de alimentos do mundo, ficando apenas da China, EUA e Índia. "Estamos desmatando à toa, parte está sendo mal utilizada e parte está sendo abandonada", explica. "Nos últimos 30 anos, perdemos mais de 70 milhões de hectares de florestas e vegetação nativa (equivale a área de duas Alemanhas, ou 7% de toda área de florestas tropicais do planeta). A gente tem que usar melhor as áreas desmatadas. A Embrapa e o INPE fizeram o Terraclass para avaliar o que aconteceu com as áreas que foram desmatadas nas últimas três décadas: 63% da área desmatada da Amazônia estão ocupadas por pecuária de baixíssima produtividade (1 cabeça de gado por hectare), outros 23% foram abandonados. É possível triplicar a produção pecuária brasileira na mesma área ocupada por ela hoje". Saiba mais: "Fatos Florestais: caem mitos que opõem produção à conservação no Brasil", Observatório do Clima, https://youtu.be/rM4SktDid2Q "Seis gráficos mostram por que floresta no chão é sinônimo de retrocesso", Observatório do Clima: http://bit.ly/2liFzTS #desmatamentozero #245milhõesdehectares #terrasdegradadas #terrasabandonadas #SalveAFloresta #SaveTheForest #Amazon #Amazonia

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A Amazônia em pé protege a maior reserva de água subterrânea do planeta. O Sistema Aquífero Grande Amazônia (SAGA), também conhecido como Aquífero Alter do Chão, é 3,5 vezes maior que o Aquífero Guarani e começou a ser formado mais de 100 milhões de anos atrás. Interligada à floresta, a reserva é fundamental para a segurança hídrica da humanidade. Parte do ciclo da água, os aquíferos subterrâneos permitem que as águas fluam lentamente desde a zonas de recarga até verterem-se em rios, lagos, pântanos e mar. Hoje em dia, por falta de controle e fiscalização, as águas do Aquífero SAGA/Alter do Chão sofrem imensos riscos, com o crescente desmatamento de áreas de proteção, com a mineração e captação irregular e ilegal de suas águas. Saiba mais: "The groundwater storage in the Amazon" - de F. Frappart, F. Papa, A Gunter, J. Tomasella, D Medeiros Moreira entre outros em Advances in Water Resources/Elsevier, 2019: https://bit.ly/2U6PQlm "Amazônia has an underground ocean" - FAPESP, 08/2014: https://bit.ly/2OzJEgF "Oceano subterrâneo descoberto na Amazônia: ele é estimado em mais de 160 trilhões de metros cúbicos" Instituto Humanitas Unisinos, 16/03/2019: https://bit.ly/2HERogJ #aquiferoSAGA #aquiferoAlterdoChão #aguasubterrânea #aguasualinda #chegadeDesmatamento #DesmatamentoZero #AmazoniaemPé #AmazoniaAquífero

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[arvoresertecnologico]

Qual o problema de Bolsonaro tirar da gaveta um projeto do tempo da ditadura militar para a Amazônia? O problema disso é elementar: nos anos 70 não tínhamos os desafios que temos hoje na Amazônia, no Brasil e no planeta. Tais megaobras são completamente fora da realidade no século XXI. Nos anos 70, a destruição da floresta e o aumento do desmatamento não entravam na conta. Hoje entram. Todos, inclusive setores produtivos, sabem disso. O projeto militar tratava a Amazônia como um deserto populacional. Com esse discurso, matou milhares indígenas falando da necessidade de ocupar a floresta. Aos dados, que sempre são nossos melhores conselheiros: na Amazonia Legal vivem 30 milhões de pessoas. As megaobras previstas no antigo projeto afetam 27 terras indígenas, afetam todo o rio Tapajós e suas comunidades ribeirinhas, afetam parques nacionais, afetam o rio Amazonas, afetam as populações tradicionais de Trombetas e causam um desmatamento sem precedentes na última porção amazônica do oeste paraense que ainda está em pé. A região leste e sul do Pará lideram o desmatamento há mais de uma década com o avanço da agropecuária, construção de grandes projetos rodoviários  e implementação de grandes obras como Belo Monte. Não deu certo desmatar. Desenvolver a Amazônia não é destruir a Amazônia. Desenvolver a Amazônia é justamente impulsionar caminhos para a bioeconomia que mantém a floresta em pé. Saiba mais: "Que ideia é essa de salvar a Amazônia destruindo a Amazônia?" - O BOTO, 21/09/2019: http://bit.ly/2mCsq89 "Nota técnica sobre o Projeto Barão do Rio Branco" - Racismo Ambiental, 17/05/2019: http://bit.ly/2lbnqqS "Comissão da Verdade: Ao menos 8,3 mil índios foram mortos na ditadura militar" - Amazonia Real, 11/12/2014: http://bit.ly/2kFzCQt "Documentos vazados mostram que Bolsonaro tem planos devastadores para a Amazônia", OpenDemocracy, 21/08/2019: http://bit.ly/2laakKk "Movido a Paranoia: povoar a Amazonia contra chineses, ONGs e Igreja Católica" - The Intercept, 20/09/2019: http://bit.ly/2mePRnU #Amazonia #SalveAAmazonia #SaveTheForest #AmazoniaemPe #Bioeconomia #ProjetoBarãodoRioBranco

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Criminosos fortemente armados estão invadindo terras indígenas demarcadas na Amazônia. "As leis no Brasil não estão sendo respeitadas nem pelas autoridades brasileiras", Davi Kopenawa alertou o mundo hoje no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra. Segundo ele, uma milícia de 20 mil garimpeiros está invadindo todos os territórios indígenas. Essa semana: AMAPÁ, Terras Wajãpi - cerca de 50 garimpeiros com metralhadoras invadiram e ocuparam aldeia Mariry a 200km de Macapá, matando dois caciques. Essa é a primeira invasão violenta desde a demarcação, há 30 anos. RORAIMA, TI Raposa do Sol - centenas de garimpeiros estão ocupando ilegalmente a área que fica na fronteira com Guiana. Essa é a primeira invasão depois de 11 anos, quando a terra indígena foi  demarcada. Saiba mais: "Garimpeiros invadem aldeia Waiãpi e matam indígena - conflito pode levar a um banho de sangue", 01/03/2020:  http://bit.ly/39rTw5L "Raposa Serra do Sol registra primeira invasão garimpeira desde demarcação", Folha de S. Paulo, 28/02/2020: http://bit.ly/2wpGoPy "ONU e indígenas pressionam por veto a projeto de mineração de Bolsonaro" - UOL, 02/03/2020: http://bit.ly/38m6qAU #garimpeiros #milícianaAmazônia #criminosos #TerrasIndígenas #AmazoniaEmPé #PovosDaFloresta #direitosConstitucionais #direitosIndígenas

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Diminuir o consumo de carne vermelha é uma decisão muito difícil. A questão é que não podemos mais fazer vista grossa para o fato que o principal motor do desmatamento da Amazônia é a ampliação de pastos para o setor da carne. Se estamos juntos pedindo mais cuidado do governo pela floresta, um passo importante que cada um pode tomar individualmente é diminuir o consumo de boi. Se ainda gostamos de carne, há opções de proteína animal que causam menos impacto ambiental: frango, porco, cordeiro, cabra, peixes, frutos do mar, ovos, queijos... Estudo publicado pela Academia Nacional Americana de Ciências compara o impacto ambiental da criação de boi com a criação de outras carnes (referência abaixo). Segundo a pesquisa, a produção atual de boi no mundo é a maior responsável por desmatamento no mundo, com extinção de espécies, poluição das águas e 1/5 das emissões de gases de efeito estufa. Quem está junto nessa bandeira em defesa pela Amazônia em pé, convidamos para essa guinada juntos. Também estamos nesse processo de transição, por uma questão de coerência de discurso e ideais <3 Saiba mais: "Burdens of meat" - PNAS - pesquisa da Academia Nacional Americana de Ciências: https://www.pnas.org/content/early/2014/07/17/1402183111 STOP DEFORESTATION - Beef Cattle: http://bit.ly/2lQTwIk #desmatamentoZero #AmazoniaEmPé #Coerência #MudançadeHábito #CarneVermelha #Beef #Amazonia

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