Tumgik
#vou traduzir dps para quem quiser e não sabe pt
sorvete-de-pacoca · 1 year
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@kaimaciel Foi feito apressado mas é de coração. Queria retribuir aquela ask do meu aniversário. Espero que doa em você tanto quanto doeu em mim escrever isso 🥲💕💕
Neste universo quando uma nação muda, sua forma antiga se torna humana e passa a envelhecer normalmente. Portugal se torna humano após deixar de ser um império e Inglaterra vem para cuidar dele (ou pelo menos tentar)
Era estranho vê-lo envelhecer tão rápido. Ou, talvez, Inglaterra não estava acostumado vê-lo mudar tão depressa. Portugal, agora somente Afonso, já marcava os 80 anos de idade. Agora vivendo em sua pequena casa a beira mar. No começo havia um grande fluxo de agentes do governo e outras nações que o visitavam. Mas todos então começaram a respeitar seu desejo de viver só com sua nova vida.
Todos menos Inglaterra, que passou a visitá-lo todos os dias. Com a idade e o tempo lhe tirando parcialmente a visão, Afonso necessitava de cuidados. Mas o velho português não colaborava. Resmungava quando Inglaterra estava perto e fazia pirraça para atos básicos. Como comer e se trocar. Quando o pobre inglês tentava puxar conversa ele lhe dava uma resposta rude. A nação não se dava por vencida e continuava a voltar. As vezes podia até jurar que Afonso dava falta dele. Como no dia em que, por causa de uma reunião, se atrasou, e encontrou o velho sentado na porta. Seus olhos com boca visão o procurava. Quando ouviu ele chegar voltou a resmungar.
"Pensei que não viria"
"Ficou com saudade" Inglaterra perguntou. Afonso o xingou.
Um dia caiu uma tempestade. Inglaterra decidiu ficar a noite na casa. Afonso estava mais silencioso que o costume. Falou pouco até a hora de dormir. Inglaterra ficou com o sofá quando terminou de o preparar para a cama. Sempre foi alguém com hábitos noturnos, então ficou até a madrugada lendo. Ao se levantar para pegar água ele passou pelo quarto do português, e parou quando ouviu um choro baixinho. Afonso derramava lágrimas enquanto deitado. Tentou se esconder quando Inglaterra veio preocupado.
"Afonso! O que houve?"
"Por favor...saia"
"Não vou sair! O que aconteceu?!"
Afonso soluçava "Você é terrível, um verdadeiro monstro"
Inglaterra não entendia, sentou-se ao lado dele.
"Eu já havia aceitado minha situação, aceitado a morte. E então, você vem, me faz me apaixonar por você novamente, me faz desejar viver só mais um pouquinho para ficar com você. Porque diabos você está aqui?! Porque não volta para o França?!"
"Afonso..." Inglaterra tenta o acariciar, felizmente Afonso não o rejeita "nunca deixei de te amar."
"Mentira..."
"É verdade! Sei que nós tivemos nossas desavenças, sei que nosso casamento esfriou, mas nunca deixei de te amar. Você foi meu primeiro amor e melhor amigo" Inglaterra percebe as lágrimas escapando pelo seu rosto "eu...eu também não quero te perder, mas eu seria egoísta se não estivesse aqui para você" ele segura sua mãos enrugada.
"Não quero perdão, só quero que se sinta bem antes de partir"
"Arthur..." Afonso o procura no escuro com a outra mão. Arthur o deixa tocar em seu rosto. Na escuridão, por um momento, ele é o homem com quem uma vez compartilhou uma vida inteira. O inglês o beija os lábios e Afonso retribui.
O antigo Imperio Português, na sua forma humana, viveu por mais uma década até seu eventual falecimento. Um grande e cerimonial enterro foi feito. Vários chefes de estado e nações compareceram para prestar condolências. Inglaterra permaneceu perto do caixão quase o tempo todo. Afonso dormia com serenidade, algo que somente alguns deles irão experimentar.
Em sua mente disse 'adeus' quando viu o caixão ser enterrado. Viu forte emoção em alguns dos presentes. Espanha chorava muito e Brasil tentava consolar seus irmãos, mesmo que também tivesse lágrimas a correr.
Inglaterra pegou um ramo de lavanda dos arranjos de flores, pôs em no bolso da lapela e voltou para casa sozinho.
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