Vista Monumental é um ato de amor e paixão de torcedores gremistas para torcedores gremistas.
Uma tentativa de torcedores apaixonados pelo Grêmo e pelo Estádio Olímpico Monumental de manter a história viva e disponível a todos o Gremistas do mundo.
NADA PODE SER MAIOR.
“As pessoas me perguntam, às vezes de forma debochada, o motivo de ter me tornado gremista, um time tricolor, cuja cor predominante é azul, bem contraditório, pelo menos aqui, à cor alvi-rubra do meu time de berço.
A resposta se resume ao Olímpico Monumental.
Foi bem na “frente” dele em que eu fui morar, aos sete anos, e foi para ele que eu olhei sempre ao chegar em casa durante estes quase 17 anos em solo gaúcho.
Foi olhando para ele, deslumbrada, que eu corria toda vez que tinham fogos de artifício antes dos jogos.
Foi falando dele que eu dizia, cheia de orgulho, um ponto de referência perto da minha casa.
Foi dele que eu ouvia, bem perto e alto, os gritos de gol, de apoio, de paixão!
Eu posso tê-lo frequentado muito menos do que eu gostaria. Mas não consigo me imaginar sem ele…
Porque a minha alma é azul celeste graças a este monte de concreto!”
Em 1995 fiz minha ficha de sócio no grêmio, meu filho queria jogar na escolinha. Começava ali uma história de angústias e alegrias. Eu, marxista, materialista deixava de ser um gremista ocasional e me entregava ao ópio de povo.
Que ópio, que delícia de vicio...sentir aquela torcida vibrar, chorar...a adrenalina a mil. O Palco, sim um Palco maiúsculo, OLIMPICO MONUMENTAL, lindo, acolhedor, só em entrar no portão 1 já muda meu animo, minha disposição.
Aplaudimos, vaiamos mas mesmo na vaia expressávamos nosso amor pelo GRÊMIO. Idolatramos Felipão, Renato...aguentamos Celso Buroth, mas no cimento duro do Olímpico sob sol, chuva, frio, calor estávamos ao lado do GRÊMIO.
Vou guardar lembranças, o gol do Ailton, cabeça do Jardel, jogo com Boca, meu filho sobre a mureta da geral – não sabia se assistia o jogo ou ficava olhando ele, misto de orgulho e medo, vai que caí...saí daí piá.
Nos últimos anos raros foram os jogos que não pude ir, vou sentir falta do velho Monumental. Durante anos fomos eu e o Leo, este ano o Lucas se juntou a nós. No Olímpico tenho vivido momentos lindos ao lado dos meus filhos.
Era Gremista já na minha infância em Pedro Osório (se jogasse Grêmio e Piratini o bicho ia pegar, teria que torcer pelo time de infância onde arrisquei jogar de lateral direito no infanto, Piratini glorioso, com as cores do Penharol), vivenciei ao máximo meu gremismo no Olímpico, continuarei gremista na Arena....mas sentirei falta do Monumental.
Abraço velho estádio, este pedaço de concreto que tornou concreto nossos sonhos.