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warlocks-yuri · 5 years
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warlocks-yeri‌:
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grande novidade, você nunca acredita em nada que eu digo mas dessa vez estou sendo sincera quando digo que estava só tentando deixar esse colar pra você.
Será que é porque da última vez que você disse que estava tentando fazer algo por mim, e eu acreditei, você tentou me matar?
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warlocks-yuri · 5 years
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Então você realmente acredita que eu vou cair nessa? Arranja outra desculpa, vai.
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warlocks-yuri · 5 years
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warlocks-mikhail‌:
Ouvir a voz da ex-namorada fez com que o rapaz imediatamente quisesse se esconder ou sair correndo dali. Não era como se não quisesse vê-la, muito pelo contrário. Porém toda vez que se encontravam ele se deparava com aquele tratamento distante e respeitoso, que só evidenciava o fato de que estavam cada vez mais distantes um do outro, o que definitivamente o incomodava e o deixava triste. Ele abriu a boca para responder, mas acabou não dizendo nada por um par de segundos, encarando-a enquanto pensava no que dizer. Não era mais novidade que Ian fizesse aquele papel de idiota na frente de Yuri, mas ainda assim ele sempre se constrangia. “Imagina, não estou com pressa nem nada.” respondeu. “Não vejo problema em pagar outro pra você, a não ser que te incomode…” continuou, ainda ligeiramente defensivo. 
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Era fato que estar na presença de Ian após ele terminar consigo deixava Yuri desconcertada, não por não aceitar o fim do relacionamento - apesar de ter ficado triste - mas sim por não entender quais as intenções do mais velho, o que a deixava sem saber como agir ou o que fazer e acabava refletindo nas suas atitudes distantes e frias. Contudo, a mesma presença que a deixava desconcertada também descompassava seus batimentos cardíacos, e a vontade de fugir dali vinha com força. Com o nervosismo e vontade de sair correndo a única coisa que ainda prendia Yuri ali era a curiosidade. “Tem certeza? Você parecia um pouco apressado.” indagou de forma automática. “De todo modo eu estou com pressa.” respondeu, levando algum tempo para ponderar as palavras seguintes. “Mas já que derrubou minha comida não me incomoda que a devolva.” disse por fim, ainda um tanto insegura quanto aquilo.
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warlocks-yuri · 5 years
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Yuri era naturalmente alguém com uma expressão fechada e nada amigável, tornando difícil a aproximação de outras pessoas e isso era algo que ela agradecia muito já que não tinha tanta paciência para lidar com gente. Estar naquele festival foi um acaso, desde que fora obrigada a cobrir a parte externa da área do galpão onde as gangues se reuniam e não havia outro caminho para fazer ao voltar pra casa. Naquela noite a Moon estava especialmente mal humorada e sua cara emburrada mostrava o desgosto por estar no meio de todas aquelas pessoas festivas, pensando em como todo mundo conseguia estar tão nem aí para os acontecimentos recentes. Parou para comprar comida apenas porque sabia que em casa não acharia nada pronto pra comer, e após alguns minutos aguardando seu pedido ficar pronto um esbarrão acabou derrubando o pote com jjajjangmyun inteiro no chão. Respirou fundo até que a voz extremamente familiar soou num pedido meeiro de desculpas. “Tranquilo.” respondeu ao direcionar o olhar para o mais alto. “Não precisa tomar seu tempo com isso, eu arranjo outra coisa pra comer.” a fala soou respeitosa, como um funcionário que dirige a palavra ao seu superior.
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Ian destoava completamente do ambiente, o péssimo humor evidente na cara fechada. Se fosse em outras circunstâncias, talvez ele até aproveitasse um pouco o festival, mas naquela noite estava estressado e sem paciência nenhuma para nada. Como poderia não estar assim? Aquela reunião havia deixado-o mais aborrecido do que gostaria de admitir. Às vezes tudo o que ele queria era não ter tantas responsabilidades com o comando da gangue, porém sabia que tinha uma missão à cumprir ali, precisava estar ao lado de Heejun caso alguma coisa desse errado, precisava ajudar a manter a gangue nos eixos para que o trabalho deles pudesse ser minimamente seguro. Não podia se dar ao luxo de ter o pessoal da Orion e da Phoenix pegando no pé deles, não àquela altura. (pelo menos sempre podia contar com o líder da Cygnus que não tinha o costume de se meter nas brigas pessoais das outras gangues) Saiu do galpão emburrado, pensando em como precisava comer alguma coisa pra ver se espantava pelo menos um pouco do péssimo humor e então seguiu para uma barraca de churrasco coreano e saiu andando sem prestar muita atenção ao caminho, até que esbarrou em alguém, fazendo a pessoa derrubar alguma comida que segurava. “Opa, foi mal!” arqueou as sobrancelhas “Desperdiçar comida é quase um crime… Quer que eu te compre outro? É o mínimo que posso fazer.”
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warlocks-yuri · 5 years
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This song is a blessing for mankind
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warlocks-yuri · 5 years
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“ is it bad i really want to kiss you right now? ” (mikhail)
to @warlocks-mikhail
Brigas eram naturais em um relacionamento, em todo tipo de relacionamento. Afinal nem só de flores era constituída uma relação, ela precisava das tempestades para serem fortalecidas. Brigas pequenas, brigas grandes, por besteira ou por motivos sérios; era inevitável e apareceria uma hora ou outra. No caso de Yuri e Ian as brigas não eram tão frequentes, mas quando aconteciam vinham intensas. A coreana conseguia se lembrar com clareza de todas as vezes que acabaram gritando um com o outro, ou que uma porta foi batida com raiva e com o intuito de expulsar. Recordava do sentimento de irritação que os faziam agir tão impulsivamente, mas se lembrava também do arrependimento que assolava em questão de segundos, da vontade de voltar atrás e desculpar-se, porque a partir do momento em que a porta se batia o medo de que nunca mais fosse aberta novamente era a única coisa mais forte que o amor que ela sentia por ele.
Mas tão intensas quanto as brigas eram as reconciliações, porque no final eles ainda eram fogo, e eles ainda queimavam um pelo outro. Então toda a raiva acabava se transformando em arrependimento, todas as palavras cuspidas eram enterradas pelas declarações que os faziam se lembrar que ainda se pertenciam, e toda a tensão se transformava em desejo. Quando o ouviu fazer aquela pergunta Yuri teve um breve momento de choque, onde seu estado de fúria era interrompido. E de repente ela sabia que dar continuidade àquela briga seria uma decisão babaca; por essa razão o riso veio, meio sem humor mas a trazendo de volta para ele. “Filho da puta.” O tom era de repreensão, mas ela não estava mais brigando, porque, como o esperado, o arrependimento se fazia presente e a tensão se transformava em desejo. E então ela o beijou, um beijo que desde o encostar dos lábios já se fazia extremamente intenso, assim como os dois eram extremamente intensos. Porque não havia problema naquilo, porque a reconciliação era o estágio mais esperado de uma briga, e ela o amava afinal.
Ela o amava. Porra. Na garganta se fez um nó, os olhos começaram a arder, o coração apertou dentro do peito e o corpo levantou-se rapidamente antes que aquelas recordações a fizesse chorar de novo; no entanto o espaço vazio ao seu lado na cama trouxe as lágrimas ainda que ela lutasse contra aquilo. Eram memórias dolorosas, eram sentimentos dolorosos. Mas Yuri não conseguia evitar pensar sobre ele todas as vezes que deitava para dormir, ela não conseguia deixar de se lembrar de todos os momentos que viveram, de todas as brigas que superaram, e questionar-se o porquê de ter acabado tão de repente. Por que ele não voltava? Por que o estágio da reconciliação estava demorando tanto de chegar daquela vez? A cada dia que se estendia desde o término ela se convencia cada vez mais de que não chegaria. A cada dia que se estendia desde o término ela se convencia cada vez mais de que aquela porta não abriria novamente.
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warlocks-yuri · 5 years
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ℒ Pulling them into a hall/alley to kiss them passionately. (mikhail)
to @warlocks-mikhail {flashback}
Estava ridiculamente apaixonada pelo Park. Se envolver com alguém dentro da gangue foi algo que Yuri prometeu para si mesma que não faria, e ela realmente acreditou que não teria problemas quanto aquilo, mas lá estava ela namorando com o segundo no comando. Definitivamente havia perdido a cabeça, mas estranhamente não se arrependia. Ela gostava. Estava ridiculamente apaixonada pelo Park, e era grata por ter se permitido quebrar as regras que havia imposto à si mesma, agradecia porque era tão bom dividir aquilo com ele. Estava ridiculamente apaixonada pelo Park, e se em algum momento esperou que as pessoas não fossem notar que havia algo de diferente com eles estava muito enganada, porque qualquer um era capaz de perceber os olhares que direcionavam um ao outro, os sorrisos que trocavam e a nova confidencialidade que pareciam dividir. Estava ridiculamente apaixonada pelo Park, e podia sentir que ele também estava ridiculamente apaixonado por ela, porque era tudo tão especial, até os poucos minutos que passavam juntos, porque ele era sempre o primeiro a ligar quando não podiam se ver e a saudade apertava. Estava ridiculamente apaixonada pelo Park, e continuava se apaixonando a cada dia que passava, porque não conseguia o ver sorrir e evitar que seu coração batesse mais forte dentro do peito sabendo que aquele sorriso era somente para si. Estava ridiculamente apaixonada pelo Park, e também mal acostumada devia admitir, porque quando eles não podiam se ver e ele não ligava a tristeza tomava conta de si, e a saudade gritava mais alto que nunca. Estava ridiculamente apaixonada pelo Park, e quando ele a puxou para aquele corredor ela não hesitou, porque estava com tanta saudade que não ligava para a possibilidade de alguém da gangue vê-los ali, não se importava em ser vista vivendo aquela paixão, afinal todos sabiam que ela estava ridiculamente apaixonada pelo Park. “Eu amo você.” Interrompeu o beijo apenas para sussurrar aquilo, porque tinha a necessidade de esclarecer em todo momento que estava ridiculamente apaixonada pelo Park.
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warlocks-yuri · 5 years
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“Have I entered an alternate universe or did you really just crack a smile for me?” (mikhail)
to @warlocks-mikhail {flashback}
Faziam muitos anos desde que Yuri havia deixado de ser o tipo de pessoa que sorri por qualquer coisa, na realidade ela havia deixado de ser o tipo de pessoa que sorri, já que não tinha motivos para tal. Todo mundo dentro do Warlocks sabia que Ivy jamais sorria. Ela era uma pessoa solitária, e desde que fora tão traída por todo mundo ao seu redor realmente preferia ser assim, estar sempre na própria companhia e evitar qualquer aproximação. Contudo, faziam algumas semanas que aquela tarefa vinha se tornando difícil, a tarefa de não deixar ninguém se aproximar. Não sabia de fato quais eram as intenções daquele ruivo que gastava muito mais tempo na oficina do que deveria, mas sabia que ele queria entrar em sua vida, e era tão idiota e dedicado à tal missão que acabou entrando sem que ela percebesse. Era tarde demais quando a morena se deu conta, ela já estava muito entretida em sua companhia, suas piadas e suas histórias. Estava entretida demais nele, e viciada demais em passar seu tempo com ele. Não sabia dizer exatamente em qual momento se desarmou para que Ian se aproximasse tanto, mas lá estava ela desarmada e com um sorriso genuíno nos lábios, sorriso esse que também não sabia explicar o motivo de estar ali. Tentou disfarçar mas era tarde demais, e o jeito bobo com que ele fizera aquela pergunta só a deu ainda mais vontade de sorrir. Desviou o olhar, sabendo que não queria ter chegado naquele nível, mas tinha a consciência de que de fato não tinha mais volta. Então só a restou aceitar, aceitá-lo em sua vida de uma vez por todas, e admitir para si mesma que gostava dessa ideia. “Talvez o inferno esteja congelando nesse exato momento, mas é, eu sorri pra você.” Respondeu, voltando a olhá-lo. “É o que fazemos quando gostamos de estar com alguém, não é?” Indagou retoricamente, uma leve careta se formando em seu semblante apenas porque assim se tornava mais fácil admitir aquelas coisas. “Parabéns, Alexeev, você conseguiu.”
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warlocks-yuri · 5 years
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                    As palavras saíam da boca de Yuri contra sua vontade, rasgando a garganta e quase a fazendo engasgar. Jamais pensou que pudesse ser tão difícil manter-se indiferente com alguém, mas desde que Mikhail terminara consigo ela se deu conta do quanto aquilo poderia ser um trabalho árduo. Olhando-o ali, naquele instante, ela buscava encontrar aquele mesmo rapaz que há alguns anos a importunava diariamente na oficina, aquele que havia tentado aprender espanhol apenas para se comunicar consigo e que trouxe pela primeira vez desde sua infância um sorriso genuíno ao seu rosto. No entanto, quanto mais ela procurava mais convencida ficava de que aquele rapaz estava ali, mas para ele era como se nada entre os dois jamais tivesse existido; isso era o que mais doía. Não conseguia, por mais que se esforçasse, vê-lo como apenas seu superior. Não conseguia, por mais que quisesse, desfazer-se daquelas memórias e sentimentos que permaneciam tão vivos dentro de si. Por que aquilo machucava tanto? Não deveria machucar. Ela não deveria se importar, não deveria sentir. Mas machucava, e se importava, e sentia, com cada vez mais intensidade. E como sempre as palavras dele lhe acertaram como um soco no estômago, tirando-lhe o ar e a fazendo perder a fala. Se ele se importava como parecia se importar então por que a deixou? Por que ele sempre voltava mas nunca o suficiente para que ela pudesse agarrar? Por que ele parecia tão perto mas ainda assim tão distante? A resposta vinha clara: ela o perdera. "Não diga esse tipo de coisa." Pediu, um pouco menos ofensiva do que estava há alguns minutos. E de repente todas as palavras cuspidas por si voltaram, e mais uma vez ela sentia a tristeza tornando-se maior que a raiva. Era mentira, aquilo obviamente era mentira. Ela precisava dele, precisava tanto. Como ele podia não saber daquilo? Como ele podia acreditar naquelas palavras quando nem ela mesma acreditava? "É. Alguns dias são mais frios que outros." Concordou, recordando-se de como suas noites eram melhores quando o tinha ao seu lado, notando que as frases conotativas sobre frio nunca fizeram tanto sentido. E foi o vendo insistir tanto que Yuri aceitou o que há muito tempo já estava óbvio: ela não queria superá-lo. Por mais que dissesse para si mesma que sim no fundo ela sabia que não. Não importava o quanto tentasse se afastar a verdade era que ela ainda o queria por perto, mesmo que não pudesse tê-lo de verdade e mesmo que aquilo a machucasse. "Tudo bem então." Aceitou finalmente. Não sabia exatamente o porquê dele querer levá-la em casa mas queria estar perto dele por mais alguns minutos e não se negaria aquilo, afinal aquele poderia ser o último encontro dos dois. Deu as costas para que pudesse desfazer-se da sacola que havia levado para deixar lá, voltando poucos minutos depois. "Podemos ir agora." Disse tomando a liberdade de se direcionar até o carro alheio, evitando olhar diretamente para os olhos dele novamente. "Como vou ter certeza que você chegou em casa bem depois de me deixar?" Indagou repentinamente, sua voz soando mais baixa e menos firme, a preocupação explícita mas encobrindo os verdadeiros questionamentos que ela não se permitia externalizar.
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warlocks-yuri · 5 years
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Fazer trabalho sujo durante a noite até parecia coisa de filme mas Yuri sabia que era muito mais eficaz, ao menos para si. Além de estar em ação servir como uma distração para sua mente, que trabalhava mais do que deveria durante a madrugada e não a deixava dormir, era também naquele turno que ela se sentia mais segura e livre. Quando sua missão foi concluída mais rápido do que ela esperava, se viu obrigada a voltar para casa, no entanto a inquietação que já começava a abordá-la antes mesmo de chegar ao seu destino não permitiu que ela concluísse o trajeto até o apartamento; e dessa forma ela desviou o caminho, optando por se enfiar num bar feio e mal-frequentado que ficava há algumas quadras do seu prédio e que era visitado por ela mais vezes do que gostaria.
Quando avistou uma pessoa, que com toda certeza estava perdida, Yuri pediu internamente para não se arrepender de ter saído à pé, e decidiu continuar andando como se não tivesse visto o rapaz sentado no meio-fio, esperando que ele não a incomodasse. No entanto, por mais que quisesse ignorar por completo e fingir que não tinha visto nada, a coreana não pôde evitar a curiosidade. O que alguém como ele estaria fazendo num bairro como aquele? Seguiu, passando direto pelo rapaz, andando sob o chuvisco que começava a cair com as mãos enfiadas nos bolsos da jaqueta de couro que estampava o chapéu de feiticeiro da gangue a qual era pertencente. 
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Três anos na Coreia, três anos indo de um lado para o outro em Seul, e William ainda conseguia a façanha de se perder no pior cenário possível: meia-noite, numa rua escura com o céu trovejando, o celular sem sinal e a gasolina dando seus últimos suspiros. Só podia ser azar, karma, alguma praga muito forte ou os três juntos — porque como se não bastasse a série de infortúnios daquela noite, William também tinha uma prova importante na tarde seguinte. Ele esperava chegar em casa, revisar algumas anotações e descansar até o horário da aula… mas não, claro que não, as coisas nunca podiam ser fáceis para William, algo tinha que acontecer com ele. 
Estacionou o carro antes que acabasse parado no meio da rua e ponderou se deveria procurar a ajuda de algum morador naquela vizinhança, embora já se passasse da meia-noite e sair de porta em porta acordando as pessoas fosse contra os seus princípios. Soltou um suspiro exasperado e desceu do carro uma vez que não via nenhuma outra opção, precisava de sinal para ligar para o hotel e checar o GPS. Sentou-se, então, no fio da calçada, encarando um ponto fixo enquanto esperava pelo bendito sinal. Talvez os pingos da chuva pudessem ajudá-lo a clarear a mente preocupada com a situação; talvez Deus estivesse o assistindo e pudesse enviar-lhe um anjo…
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warlocks-yuri · 6 years
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warlocks-mikhail‌
Ian não estranhou a hostilidade na fala dela. Era totalmente compreensível que ela o tratasse daquela forma depois de… Ele nem sabia dizer exatamente depois do quê. Só sabia que tinha errado com ela e que cada vez parecia mais longe de consertar. Arqueou as sobrancelhas com o que ela disse sobre ele não ter que dar explicações. Talvez ele não lhe devesse explicações sobre o porquê de estar ali, afinal aquela oficina era tão território dele quanto dela, mas sabia que devia sobre outras coisas. Explicações essas que ele sinceramente não sabia como dar. “Não preciso, mas…” deixou a frase morrer pela metade, simplesmente porque não sabia o que dizer. Toda a rudeza na voz feminina ainda o assustava, mesmo que já fosse esperada, porque parte dele nunca se acostumaria a tê-la tratando daquele jeito, não quando há poucas semanas eles estavam indo tão bem. E doía saber que ela culpa exclusivamente dele, que mais uma vez estava tirando de si mesmo algo que o fazia bem, talvez a única pessoa que o tinha feito se sentir feliz e amado de verdade na vida toda. Mas o que mais doeu foi ouvi-la dizer que ele não se importava. Porque, céus, se tinha uma coisa que ele fazia todos os dias era se importar com ela. Se importava, se preocupava, acompanhava de longe todas as missões dela porque não saberia o que fazer se ela se machucasse; Se importava enquanto olhava o número dela na discagem rápida do celular, e pensava em ligar absolutamente todas as noites só pra saber se ela completou mais um dia viva e bem; Se importava enquanto fazia qualquer coisa, enquanto falava com qualquer pessoa, enquanto bebia, enquanto saía, enquanto se envolvia com quem quer que fosse apenas para esquecê-la. Mas não podia dizer nada disso a ela, então limitou-se a um dar de ombros meio contido. “Se estou perguntando é porque me importo, Yuri.” respondeu, ainda tomado pelo constrangimento de ter sido pego ali. “Você parece cansada, me deixa pelo menos te levar em casa.” ofereceu, antes que pudesse se controlar, mesmo que sua mente gritasse incessantemente que ela devia odiá-lo e que ele devia deixá-la em paz. “Está frio lá fora. Deixei o carro aqui mais cedo, posso te levar com ele.”
Era em momentos como aquele em que se encontrava, sozinha com ele, que Yuri se lembrava do quanto ele a afetava; e ela não sabia se em algum momento deixaria de afetar. Mesmo que fossem obrigados a conviver em quase-harmonia por conta da gangue eles mal ficavam apenas na companhia um do outro, e quando isso acontecia era como se batessem na sua ferida em cicatrização e a abrissem novamente. Era assim que ela se sentia em relação à ele, como se estivesse tentando cicatrizar uma ferida que constantemente era aberta. Seus olhos e ouvidos se atentaram quando ele fez menção em tentar se justificar, mas novamente desapontou-se quando ele encerrou a fala pela metade. Não conseguia nem mesmo fazer aquilo. Um nó se formou em sua garganta, a vontade de colocar pra fora todas as coisas acumuladas desde que ele terminou consigo vindo à tona novamente. Era ridículo, e talvez a única palavra melhor que aquela para definir a situação dos dois seja patético. Patético a forma como haviam terminado, patético a forma como ele pareceu esquecer tudo o que viveram da noite pro dia, patético o fato de sequer conversarem sobre o que aconteceu para esclarecer as coisas como dois adultos fariam… simplesmente patético, tudo aquilo. Quando a fala dele veio novamente a morena deixou que um riso breve e carregado de sarcasmo soasse. “Se importa?” Indagou, totalmente descrente. “Ah é, sou um bom soldado, seria ruim perder uma mira como a minha.” Disse, quase sendo capaz de sentir o amargo das suas palavras em sua boca. Esforçava-se para manter uma faceta inexpressiva, a fim de neutralizar toda a mágoa, raiva e tristeza que se fundiam dentro de si. Novamente patético. Patético a forma como mesmo irritada ela não conseguia odiá-lo, patético como não conseguia odiá-lo por mais que quisesse, e como a menor das ações que fizesse parecer que ele estava minimamente preocupado com ela a enchia tanto de esperança... e como ela não era capaz de simplesmente mandá-lo embora. “Eu não preciso da sua ajuda.” Mentiu. Mesmo que não precisasse da ajuda dele para ir pra casa, ela sabia que precisava para muitas outras coisas. “Eu estou me acostumando com o frio, Ian. Faz frio todos os dias. Pra você não?” Por um instante o olhar dela encontrou o dele novamente e sua armadura tornou-se um pouco mais permeável, fazendo-a ceder brevemente. “Por que a súbita vontade de me levar em casa agora?”
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warlocks-yuri · 6 years
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                    A rotina de Yuri poderia ser muito mais cansativa quando ela tinha trabalhos para fazer em nome da Warlocks, mas não era como se sair tarde da noite para matar alguém fosse alterar alguma coisa na regulação do seu sono; desde que as horas dormidas eram cada vez menores ela até agradecia quando tinha trabalhos como aquele, ao menos assim poderia manter a mente distraída e suas madrugadas não seriam tão longas. Mas a merda começava quando era obrigada a trabalhar em conjunto, ainda mais com gente que não conhecia direito ou não tinha muita experiência, como foi o caso da sua dupla daquela noite. Ter que limpar a bagunça dos outros sempre foi algo que a Moon detestou, no entanto não era a primeira vez que ela fazia aquilo, afinal sabia que um trabalho mal feito acabaria afetando à si também, e foi por ter que limpar a bagunça de outra pessoa que ela acabou com suas roupas cobertas de sangue, e como se já não bastasse as coisas terem saído do seu controle durante a missão ela ainda teria que lidar com Ian. Foi nítida a surpresa estampada em sua face quando chegou à oficina e o encontrou lá, e mesmo com o aperto que surgia em seu peito sempre que ela o via, ao menos havia conseguido disfarçar seu semblante antes que ele pudesse olhar para si, ou pelo menos assim acreditava. “Pode voltar a ouvir sua música, eu não vou demorar, só vim deixar algo.” Disse assim que o viu arrancar os fones do ouvido. “Você é o chefe aqui, não tem que me dar explicações.” Cortou, um pouco mais rude do que pretendia, mas apenas porque ainda não sabia como lidar com a presença dele após o término de ambos. Por mais que tentasse evitar o contato direto do seu olhar com o alheio ela não pôde resistir ao ouvir o questionamento dele, sentindo-se mais uma vez idiota por acreditar momentaneamente que a preocupação contida ali era verdadeira. “Não que você se importe.” Corrigiu os últimos ditos do mais velho, abrindo um sorriso forçado e sem mostrar os dentes. “Mas não foi nada, estou bem.” Respondeu um tanto apática. “E eu já disse, pode voltar a ouvir sua música. Estou de saída.”
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Por mais que gostasse de ficar sozinho, Ian tinha aprendido desde cedo que algumas noites solitárias são mais difíceis que outras. Que em certos momentos o silêncio só servia para encher a cabeça de pensamentos que não deveriam estar ali e que com esses pensamentos vinha a angústia e consequentemente a abstinência. Já tinha feito tudo o que precisava fazer naquele dia, mas mesmo sendo tarde da noite não estava afim de encarar o vazio do próprio apartamento, sabendo que lá ele terminaria a noite com um novo furo na veia e mais certeza ainda de que nunca sairia daquilo. Então estacionou a moto nos fundos da oficina, ainda que lá estivesse tão vazio quanto sua casa. No fundo ele sabia que a única diferença entre esses dois lugares é que parte de si esperava que ali ela pudesse aparecer, embora nunca fosse admitir isso. Acendeu um cigarro, e colocou os fones de ouvido para escutar uma playlist aleatória, repassando mentalmente as batidas da música enquanto inclinava a cadeira que estava sentado levemente para trás e encarava os coturnos sujos de barro. Tinha certeza de que terminar com @warlocks-yuri era a coisa certa, que a relação era um relógio cheio de engrenagens tortas que nunca funcionariam. Que ele era uma engrenagem torta que nunca funcionaria; ela merecia mais do que isso. Mas mesmo com a certeza, a saudade que sentia dela nunca parecia diminuir e mais uma vez ele se via pensando no que aconteceria se tivesse coragem de conversar com ela, se tentasse resolver. No entanto, era difícil acreditar que ela o quereria de volta quando ele tinha tanto nojo de si mesmo. Tentando afastar aqueles pensamentos o rapaz suspirou pesadamente,jogando a cabeça para trás para soprar a fumaça do cigarro e fechando os olhos por alguns instantes para se concentrar na canção. Porém, quando os abriu novamente, ela estava lá, com as roupas manchadas de sangue e o coração dele disparou, tomado pela adrenalina do reencontro e pelo medo de qualquer coisa ter acontecido com ela. “Eu…” começou, sem saber o que dizer, tirando os fones dos ouvidos e enfiando-os de qualquer jeito no bolso da jaqueta junto com o celular. “Estava só matando tempo aqui. Er… Alguma parte desse sangue é seu ou…” limpou a garganta, constrangido, sem conseguir esconder a preocupação no olhar. “Não que seja da minha conta.”
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warlocks-yuri · 6 years
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                     --- Se você parasse de ser dramático e calasse a boca pra me ouvir falar não estaria me mandando à merda.
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       ◜:・゚* 🔥 ———— não, não, não! hoje é meu dia de folga e ninguém vai atrapalhar o meu dia de folga .. escuta, se você não veio me oferecer uma chance de ter um pouco de diversão não importa o quanto eu gosto de você mas eu estou oficialmente te mandando a merda porque eu preciso dessa folga.
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warlocks-yuri · 6 years
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               --- Eu não sei... dificilmente me engano. Você tem certeza que nunca nos vimos?
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“Hmmm, não, acho que você se enganou, nunca te vi antes.”
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warlocks-yuri · 6 years
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