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aindasaturno · 22 hours
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“Bem Aqui, Em Lugar Nenhum.” Moema Franca. 2011
“Depois que você partiu, um muro caiu, não o de Berlim, também o de Berlim..”
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aindasaturno · 27 days
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“O dia hoje começou com o pé esquerdo, devido à chuva da noite passada eu acordei tarde, também estava cansado porque fui dormir tarde trabalhando, mas a chuva sempre me faz ficar preguiçoso, e recluso. Quando acordei pela manhã pude ouvir de longe o resto de chuva que caia sobre o telhado da casa. Me enrolei de volta nos lençóis, sem me preocupar com o atraso numa sexta-feira de dia nublado. Todavia eu tinha esquecido que quando chove a cidade para, de modo que é impossível chegar no horário. Sair de casa nas pressas, bebi um café rápido que tinha gosto de café velho, e sair. Tentei pensar na melhor rota para chegar no trabalho não muito atrasado, mesmo que fosse impossível. As ruas congestionadas, barulho de buzinas, pessoas nos passeios se esbarrando, um verdadeiro pandemônio. Fiquei preso no engarrafamento da via principal, ainda sonolento liguei o rádio na tentativa de não apagar sob o volante. De forma costumeira eu não ouço nada pela manhã e não é um tipo de ritual prosaico, eu só preciso de silêncio porque não funciono pela manhã. Mas era um dia incomum, eu precisava ouvir algo ou dormiria, troquei de estações várias vezes, a maioria das rádios estavam falando do engarrafamento da sexta e de como a cidade estava um caos, e eu não precisava dessa informação, estava visível, até eu deitado na cama sabia que a cidade estaria um caos. Desliguei a rádio, não tinha nada de interessante e aquele ruído constante e diálogos infinitos e a entonação entusiasmada me cansaram. O dia estava nublado, um cinza imenso cobria o céu e a estrada até onde a vista podia alcançar estava poluída de faróis e buzinas, e para piorar o sol que parecia estar escondido atrás de algum outro planeta começou a aparecer, aparecer com seu calor porque o céu continuava cinza. Comecei a suar, e sentir o mormaço tomar conta do interior do carro, sentir vontade de morrer instantaneamente, morrer de uma vez por todas e ir para a outra vida descansar de tudo isso, mas isso era apenas o calor falando por mim. Eu odeio o calor, e nasci numa das cidades mais quentes do nordeste, acho que Deus errou nos cálculos. Tirei os sapatos, inclinei o banco para trás, e tentei descansar, mas era impossível, o barulho, o mormaço, a luz que atravessava o para-brisa do carro, a inquietação, o desconforto, a vida, tudo me era penoso. Em plena uma sexta-feira de dia nublado eu desejei desesperadamente não estar vivo, mas era um desejo antigo que já andava comigo como amigo, como um sentimento afetuoso, o desejo de não ser, de não ter que existir, era antes de tudo um desejo escondido que eu alimentava no interior do meu eu, todavia hoje eu confessei isso para mim mesmo. Era cansaço, um cansaço que não tinha fim, um cansaço que cobria toda a minha carne humana, nervos, e conseguia ir mais fundo atravessando aquilo que chamamos de alma humana, sim, eu estava por completo vencido por um mal-estar e não havia o que ser feito. Assim como não se tinha o que fazer no transito sem espaço. Só aceitar, e esperar que a estrada ficasse livre e que a chuva cessasse, e o sol aparecesse, mas que não me judiasse.”
Cotidiano.
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aindasaturno · 2 years
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aindasaturno · 2 years
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Ardo de desejos por ti como ardes de desejos pela vida. Existir é pra mim estar em você. Ainda saturno,
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aindasaturno · 2 years
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aindasaturno · 2 years
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Rather than love, than money, than faith, than fame, than fairness, give me truth.
David Thoreau.
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aindasaturno · 2 years
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boris vian, canções e poemas
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aindasaturno · 2 years
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aindasaturno · 2 years
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~.
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