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Mais uma vez naquela conversa, Yasemin estava certa. Tudo que viviam como semideuses era impossível e, ainda assim, muito possível. A hipótese dela também era interessante — um morto-vivo, um fantoche para Hades controlar dentro do Acampamento Meio-Sangue —, e a adição sobre o controle tornou-a ainda mais convincente, porque estava claro que Quíron não sentia-se satisfeito com a presença de Petrus ou tudo que ele havia feito. Talvez Hades fosse seu Victor Frankenstein.
“É, eu soube dessa também.” Bishop assentiu. Recordava-se da informação sendo partilhada na reunião secreta de conselheiros organizada por Gilbert Rockbell. “Como ele conseguiu essa camiseta se nunca esteve no Acampamento? Será que roubou de alguém? Talvez… talvez de alguém que ele matou antes de chegar aqui.” A sugestão pairou no ar, mas nem a própria Bishop acreditava muito nela. Quem ele poderia ter matado para conseguir uma camiseta tão antiga que nem ela ou os outros campistas veteranos reconheciam? Não havia muitos semideuses gregos além dos vinte e cinco anos vivos no mundo. “Eu… não sei.” Bishop suspirou. “Aí é que tá: eu não sei de nada. Nada nessa história faz sentido e eu não consigo encaixar peça nenhuma.” Soltou uma risada desanimada, frustrada, antes de levar os dedos à têmpora e massageá-la de leve. Estava se cansando de brincar de detetive. “Esse assunto tá me dando dor de cabeça.”
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POV ——— a magical heist, part two.
Missão: encontrar e trazer o Grimório de Hécate escondido na Caverna dos Sussurros @silencehq. Equipe: Mary Ann Bishop, @littlfrcak, @zmarylou & @thxverenlim.
Jogada na terra, Bishop assistiu a entrada da Caverna dos Sussurros colapsar em um amontoado de pedras enquanto água ainda lutava para passar entre elas. Em seus braços, a mochila estava envolvida em um aperto desesperado — dentro dela estava alojado o Grimório de Hécate, o objetivo daquela viagem, e que, assim como os quatro semideuses, quase não sobrevivera à saída de seu esconderijo. Bishop soltou o ar que estava segurando desde que a água do lago tomara conta da caverna. Ela nunca esquecera a sensação de quase perder seus colegas campistas, mas, mesmo assim, aquela missão fez questão de relembrá-la.
Na cabeça, as cenas do que havia acontecido repetiam-se incessantemente: Mary-Louise, chorando após ter um vislumbre de uma pessoa que havia perdido, apenas para ser revelada de que ele não passava de uma mentira; Sasha, cambaleando pela caverna enquanto tentava ignorar a dor latejante em suas asas e as marcas do corpo agora expostas; Verena, assustada e impotente, tentando acalentar uma Mary que não podia ser consolada.
E ela mesma, que não sabia o que dizer-lhes e, por isso, não dizia nada, mas se oferecia para carregá-los enquanto tentavam encontrar o grimório e sair daquela maldita caverna.
Os ouvidos estavam tampados pela água, mas também recordavam-se do som da pele de Mary-Louise sendo rasgada e dos ossos quebrados pelos dentes da leucrota. Ainda conseguia sentir o calor que Verena emanara quando usou fogo contra os monstros, assim como o estrondo do raio que uma Mary debilitada atirou na mesma criatura que quase arrancara sua perna fora. Também sentia sua própria angústia ao correr para derramar néctar nas bocas da garota e de Sasha, sabendo que não tinha o suficiente para curá-los, mas com a esperança de que seria o bastante para tirá-los daquela caverna com vida.
E, mais que tudo, lembrava-se de se arrepender quase imediatamente após tirar o Grimório de Hécate de seu palanque, porque no instante seguinte sentiu a caverna balançar e pedregulhos caírem sobre sua cabeça. No seguinte a este, sentiu algo molhado em seus pés — a água do lago das sereias, transbordando em uma velocidade assustadoramente rápida e tomando os túneis —, e, no outro, estava correndo com o grimório em mãos para alcançar Mary-Louise e Verena e ajudá-las a sair dali antes que a água chegasse às suas cabeças.
Sasha e Mary precisaram ser arrastados por Bishop e Verena até a saída, e elas, por sua vez, foram arrastadas pela correnteza violenta que as obrigara a nadar, a água agora tão profunda — e a caverna ao seu redor tão escura — que sequer conseguiam enxergar os próprios pés. Bishop não parava, não podia parar, mas estava cada vez mais convencida de que teria que parar. Que a caverna não deixaria o grimório sair dela, e ficaria com os quatro semideuses como souvenir. Por um milésimo de segundo, considerou fazer uma prece ao seu pai, pela primeira vez na vida.
E, então, luz. Luz, terra e ar, folhas e galhos sob suas mãos, frio avassalador sobre seu corpo encharcado. A caverna cuspiu-os como um lanche indesejado, expulsando-os para o Parque Nacional Cotubanamá.
Era ali que ainda se encontrava, de costas no chão e com os colegas deitados ao seu lado, incapaz de processar o que lhe havia acontecido.
O estado de choque, porém, durara apenas alguns minutos. Tão logo Bishop percebeu que precisavam correr, porque o sangue dos filhos de Zeus e Hades estava começando a manchar a terra marrom. Pouco ouvindo, pouco pensando e pouco respirando, a filha de Fobos colocou-se de pé e foi ao auxílio dos outros. Para Verena, pediu que apanhasse um dracma e chamasse o táxi das Irmãs Cinzentas, preferissem elas buscá-los ali ou não; e, para Sasha, o único dos outros dois que ainda estava acordado, sem saber se ele conseguia ouvi-la, prometeu:
“Sasha, a gente conseguiu. A gente vai pra casa, ok? Vamos levar vocês pra casa.”
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POV ——— a magical heist, part one.
Missão: encontrar e trazer o Grimório de Hécate escondido na Caverna dos Sussurros @silencehq. Equipe: Mary Ann Bishop, @littlfrcak, @zmarylou & @thxverenlim.
Bishop havia se convencido de que fora enviada em uma missão como punição. Não estava sendo nem um pouco discreta quanto ao seu desgosto pelas ações de Quíron e Dionísio, tampouco pela presença de Petrus, então talvez aquela fosse a maneira de calar-lhe a boca e impedir que espalhasse ainda mais suas opiniões pelo Acampamento. A reputação dos diretores já não estava das melhores antes, e as revelações no almoço do dia em que as novas missões foram atribuídas só os afundaram ainda mais na lama — Bishop, inclusive, teve que se conter para não bater palmas de pé para Yasemin, Veronica e Lynx.
Poucas horas foram descansadas na noite anterior à sua saída e, nessas, foi perseguida por pesadelos que não deixavam sua mente relaxar. Imagens das guerras nas quais lutara antes se repetiam como um DVD arranhado; memórias de missões às quais quase não sobrevivera e rostos de semideuses que nunca vira outra vez. Sangue em suas mãos, cerimônias de queima de mortalhas, músicas ao redor de uma fogueira. Os olhos marejados e exauridos de Lucian.
O cansaço escondia-se por trás da maquiagem pesada na manhã seguinte, e a postura séria e contida era tanto para não alarmar os colegas de equipe quanto para persuadir a si mesma de seu controle sobre a situação. Seus preparativos envolveram, além da organização de uma mochila com comida e roupa para alguns dias, selecionar algumas de suas melhores poções — que, àquele ponto, não eram muitas — e descolar um pouquinho de néctar com os Curandeiros, como prevenção para os piores cenários. Também levava Rakshasa, sua espada japonesa de quase um metro, na bainha que carregava nas costas e por trás da mochila. Ademais, arranjara um dicionário surrado de espanhol na biblioteca do Acampamento e conseguira, com filhos de Hermes, um panfleto da República Dominicana e um mapa do parque nacional que era seu destino.
Felizmente, o caminho era a parte mais simples da missão. Devido à presença de Mary-Louise e Sasha, filhos de Zeus e Hades, respectivamente, viagens marítimas e aéreas estavam fora de jogo, e ir até a República Dominicana de ônibus não parecia uma decisão muito inteligente ou prática. Sendo assim, foi aconselhado que eles chamassem o táxi das Irmãs Cinzentas, e assim o fizeram. Bishop sentiu o café da manhã dar voltas em seu estômago algumas vezes, mas o quarteto finalmente foi deixado pelo trio de senhoras próximo a uma floresta, que cruzariam para chegar à caverna no Parque Nacional Cotubanamá.
Embora não houvesse dito uma palavra sobre — e provavelmente não diria, mesmo que a perguntassem —, ter sido convocada não era a única coisa que a deixava apreensiva quanto à missão. Era que, nas semanas que se seguiram após a primeira leva de semideuses partir, ela tinha se preparado para um cenário em que sua possível convocação seria como líder da equipe. Estava no Acampamento Meio-Sangue há mais de uma década, havia lutado nas últimas duas guerras enfrentadas pelos deuses, era instrutora de mitologia e, apesar dos acontecimentos recentes, nunca havia apresentado comportamento que não fosse excelente para os diretores. Mas, aos olhos deles e de Zeus, a filha de um deus menor jamais teria as mesmas qualificações que um dos Três Grandes.
Não que tivesse algo contra Sasha. Na verdade, o adorava: eram amigos e se entendiam em suas heranças paternas, filhos de deuses que eram menos que gentis, e com os quais nem sempre — ou, no caso de Bishop, nunca — concordavam. Sabia que as competências dele iam muito além de um pedigree divino. Mas aqueles meses no Acampamento Meio-Sangue estavam ressuscitando todas as inseguranças e incertezas que sentia sobre si mesma, incluindo o medo de que, se não fugisse o mais rápido possível, seria apenas mais uma no mar de semideuses que viviam vidas heróicas em segredo e morriam como qualquer um.
As outras duas já não conhecia tanto. Mary-Louise roubava olhares indiscretos e assustados com seus olhos claros e arregalados, como se caminhasse junto a um animal selvagem, mas tentava disfarçar seu desconforto na presença da filha de Fobos e nervosismo pela missão com comentários bem humorados e sanduíches. Já por Verena sentia somente pena e preocupação, pois a garota sequer havia feito um ano completo como campista. A configuração daquela equipe parecia destinada à falha: dois filhos dos Três Grandes, que atrairiam monstros com seu cheiro desde Long Island até o Caribe; uma semideusa inexperiente, que estava dando o seu máximo para não parecer completamente apavorada; e uma quebra do número que os deuses e semideuses tinham quase como sagrado para missões — estavam em quatro pessoas, não em três. 
Ainda assim, e deixando suas inseguranças e insatisfações de lado, Bishop surpreendeu-se quando o início de sua jornada na Caverna de Sussurros correra tranquilamente. Nenhum dos semideuses estava acreditando que aquela aventura seria fácil e, por isso, a calmaria os deixava ainda mais alertas. Foram espertos em sua desconfiança: eventualmente, alcançaram uma bifurcação de três caminhos e, preferindo não gastar muito tempo ali dentro, dividiram-se em duas duplas para explorar dois caminhos, deixando o terceiro como última opção, caso os outros fossem os errados.
Sasha e Bishop perambularam por um corredor rochoso pelo que pareceram horas, até acabarem dando de cara com Mary-Louise e Verena novamente, no mesmo ponto do qual partiram. O primeiro empecilho era um loop. 
Os quatro, então, uniram-se para passar pelo terceiro túnel e, para seu alívio, este acabou em um fim diferente. Contudo, o segundo empecilho surgiu ali: do chão, dos buracos entre as rochas, do teto, besouros começaram a brotar e escalar os semideuses, picando-os, subindo por dentro de duas roupas, cobrindo-os.
Bishop quase foi levada pelo desespero, batendo nas próprias roupas, braços e pernas para afastá-los, mas seus poderes entraram em ação na hora correta — naturalmente resistente a influência mental, a filha de Fobos possuía uma vantagem contra ilusões e controle que ia além do olhar esclarecido dos semideuses, mesmo diante das enganações poderosas da Névoa feitas por Hécate. Quando olhou para os besouros sem o medo de ser coberta por eles, foi exatamente isso que viu: uma ilusão. Percebeu, então, as runas secretamente espalhadas pelo chão da caverna, que ativavam aquela armadilha.
“É uma armadilha! Eles não são reais, são ilusões! Olhem para o chão!” Exclamou para a equipe. Após todos eles entenderem o que estava acontecendo, descobriu que cada um deles estava vendo algo diferente — ilusões que tomavam a forma dos medos individuais de suas vítimas. A ironia não passou despercebida por Bishop, que tinha poderes tão similares.
Quando o quarteto enfim chegara ao fim daquele maldito corredor, ela já tinha perdido ao menos metade de sua paciência e disposição. No entanto, também tinha plena ciência de que estavam longe de concluir sua missão. O Grimório de Hécate ainda não estava à vista e ela duvidava que estaria desprotegido. Bishop checou Sasha, Mary-Louise e Verena, para ter certeza de que estavam todos bem, e esperou-os para prosseguir. Na melhor das hipóteses, lidariam com mais algumas armadilhas que tentariam despistá-los do caminho certo. Na pior, estavam seguindo diretamente para a toca do monstro. Em uma terceira, pior ainda, só continuavam ali porque Hécate não tinha pretensão de que saíssem.
E, mesmo com aquelas opções em mente, ela ainda se viu perplexa ao encontrar o que os esperavam à frente.
Ao seu lado, em um murmúrio apressado, Bishop ouviu Sasha dizer:
“Desliguem as lanternas, tapem os ouvidos.”
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CONTINUE.
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CONEXÕES.
As conexões abaixo, a menos que especificado, valem para qualquer gênero!
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𝕴ndividuais ——
LITTLE SHOP OF HORRORS —— Quando a Colina Meio-Sangue foi atacada durante o Festival de Natal, MUSE 1 foi afetado por magia e tentou atacar Bishop. Ela, em resposta, usou seus poderes e, assim, descobriu o maior medo de MUSE 1. Os dois não trocaram uma palavra desde então, mas há sempre um clima esquisito pairando quando estão no mesmo espaço, já que Bishop e ele agora guardam o segredo desse medo juntos.
I KNOW WHAT YOU DID LAST SUMMER —— Enquanto Bishop saiu do Acampamento Meio-Sangue para estudar em Nova Roma, MUSE 2 estava vivendo uma vida comum no mundo mortal. A amizade entre eles esfriou até o retorno de ambos, causado pelo chamado de Dionísio, e agora eles tentam se reconectar apesar do ressentimento mútuo por terem deixado o contato entre eles se perder.
URBAN LEGEND —— Embora Bishop e MUSE 3 já se conhecessem do Acampamento Meio-Sangue, não foi até sua chegada na Universidade de Nova Roma que os dois realmente se aproximaram. Gregos precisavam se unir em meio a tantos romanos, e foi na base da união forçada que sua amizade aflorou, levando-os a almoços entre aulas e conversas de madrugada nos dormitórios. De volta ao acampamento grego, após o chamado de Dionísio, os dois percebem que sua amizade nunca foi apenas sobre conveniência: só precisavam da oportunidade certa para tornarem-se inseparáveis.
CHUCKY —— À primeira vista, Bishop e MUSE 4 não têm nada em comum: são opostos desde sua aparência até a personalidade e os poderes. Contudo, algo os atrai um ao outro como ímãs, fazendo-os amigos com um vínculo inquebrável. Bishop está sempre lá para cuidar de MUSE 4 e MUSE 4 faz seu melhor para arrancar um sorrisinho de Bishop, até quando a filha de Fobos foi arrastada para um evento social e mal pode esperar pela hora de se esconder no chalé 33 outra vez.
NIGHTMARE ON ELM STREET —— Bishop tem pesadelos constantes. Ela não sabe se são um efeito colateral de sua conexão com o deus do medo ou se é apenas seu estresse agindo, mas, desde que voltara ao Acampamento Meio-Sangue, eles perseguem suas noites incessantemente. Quando acorda de madrugada suando frio, é SAWYER quem procura, um companheiro de insônia com quem enfrenta as noites em claro através de papo jogado fora e lanchinhos.
DOCTOR SLEEP (Hipnos/Morfeu) —— Quando MUSE 6 descobriu que Bishop mal dorme por conta de seus pesadelos constantes, sua nova missão tornou-se ajudá-la a dormir bem. Foi assim que Bishop se tornou a cobaia para seus poderes, e também que encontrou uma amizade preciosa em MUSE 6, mesmo que os pesadelos ainda persistam. 
BLY MANOR (female) —— Bishop demorou um tempo até entender que também gostava de garotas, mas ela chegou lá, e MUSE 7 foi seu pontapé. A filha de Fobos estava tão confusa quanto aos próprios sentimentos que evitava a garota a todo custo, o que a levou a acreditar que Bishop não a suportava. Depois de muito vai e vem, porém, Bishop botou a verdade para fora e as duas viveram o mais próximo de um romance épico de verão que duas adolescentes ingênuas podem viver. Hoje, não são nada além de amigas, mas o carinho uma pela outra permanece — e, talvez, uma faisquinha do que uma vez foram.
THE CONJURING —— Ninguém ficou surpreso quando Bishop e MUSE 8 apareceram namorando: eram dois esquisitos, embora de jeitos diferentes, então fazia sentido que se gostassem. O namoro até que durou bastante, mas Bishop não enxergava o Acampamento Meio-Sangue em seu futuro e MUSE 8 não tinha pretensão alguma de abandoná-lo. Então, quando perceberam que seus projetos de vida não se encaixavam mais, decidiram acabar com o relacionamento e não se viram mais desde que Bishop partiu para a Universidade de Nova Roma — até Dionísio chamar todos os semideuses de volta para o Acampamento.
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𝕲rupais ——
Personagens ocupando conexões individuais também podem ocupar conexões grupais, e um mesmo personagem pode pertencer a mais de um grupo!
MONSTER HOUSE —— Quando crianças, Bishop, MUSE 9 e MUSE 10 eram um trio inseparável. Os outros dois se metiam em encrenca e Bishop lhes dava uma bronca durante todo o processo de ajudá-los, e, quando nem isso resolvia, acabavam diante de Quíron perguntando-os “por que são sempre vocês três?”. Com os anos e o amadurecimento, eles pararam de procurar problemas, mas nunca deixaram de encher o saco um do outro e fugir das harpias à noite para jogar conversa fora no chalé de um deles.
THE CRAFT (female) —— Gatas trevosas unidas, esse é o resumo perfeito para a amizade entre Bishop, MUSE 11 e MUSE 12. As três se aproximaram pelo gosto em comum por roupas pretas, ambientes mal iluminados e poemas de Edgar Allan Poe (entre outros motivos, é claro). Não é incomum vê-las andando em grupo (ou em pares formados entre elas), ainda mais agora que estão sendo forçadas a permanecer no Acampamento Meio-Sangue com o chamado de Dionísio.
MIDNIGHT CLUB —— Bishop, MUSE 13, MUSE 14, MUSE 15 e MUSE 16 são filhos de deuses menos que gentis: divindades com influência sobre o Submundo, guerras, discórdia e catástrofes, entre tantos outros domínios indesejáveis. Seus filhos tornaram-se as ovelhas negras do Acampamento Meio-Sangue, semideuses temidos ou evitados pelos outros. Mas esses cinco encontraram apoio e acolhimento um no outro, mesmo que suas personalidades fortes, vez ou outra, os levem a desentendimentos. São como família: só quem pode mexer com eles são eles.
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��utras ——
✦ HOUSE OF USHER — Outros filhos de Fobos para o Chalé 33. ✦ MISERY — Um fã dos livros da mãe de Bishop. ✦ SLEEPAWAY CAMP — Amigos de infância que se conheceram no Acampamento. ✦ IT FOLLOWS — Primeiros: primeiro beijo, primeiro amor, primeira vez…  ✦ CLOVERFIELD — Amigos de Nova Iorque. ✦ AS ABOVE SO BELOW — Parceiros de missões no passado.
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apavorantes · 7 days
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“Ah.” Foi tudo que saiu da boca de Bishop de início, que apertou a mão alheia com certa lentidão. Não era que tivesse algo contra Veronica — não tinha, obviamente, havia acabado de conhecê-la! E detestava julgar as pessoas pelas aparências e primeiras impressões —, mas ela não era bem o que estava esperando. Poucos semideuses eram mais velhos ou tinham a mesma idade que a filha de Fobos, então as chances de cair com alguém naquela faixa etária não eram tão altas. E, ainda assim… Veronica era jovem. Jovem ao ponto de estar mais próxima da adolescência do que da crise dos trinta anos. Com certeza jovem demais para seu lobo pré-frontal estar completamente desenvolvido. Tão jovem que a fazia se sentir velha.
Era a primeira vez em muito tempo que Bishop se via na posição de estudante de alguém mais novo que ela, tão acostumada aos campistas veteranos que lhe ajudaram a se encaixar quando chegara ao Acampamento e aos professores da Universidade de Nova Roma que, surpreendentemente, escaparam da morte precoce de um semideus por tanto tempo que tinham alcançado idade suficiente para o cargo. Não queria ser preconceituosa ou precipitada — só relutava para entregar-lhe seu respeito e vulnerabilidade quando ela parecia ter a mesma idade que alguns de seus irmãos mais novos.
“Essa sou eu.” Respondeu baixinho, com um sorriso amarelo, depois de soltar a mão da garota e recolher as suas para perto do tronco, os dedos entrelaçados uns nos outros. Teve que ignorar que Veronica quase a chamou pelo primeiro nome, mas apreciou sua atenção em se corrigir. Era um acontecimento comum quando conhecia alguém novo. “Eu queria te agradecer por ter topado fazer isso. Não tenho experiência com poções, mas sempre quis aprender a fazê-las, então… estou às suas ordens.” Ela acenou com a cabeça, talvez um pouco formal demais. Estava claramente desconfortável, ainda mais do que normalmente ficava com interações sociais. Inspirou fundo. “Ok! Por onde começa nossa primeira aula?”
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›  𝐅𝐋𝐀𝐒𝐇𝐁𝐀𝐂𝐊.  ‹
❛ ⊹。                                  Desde o retorno para o acampamento, Veronica precisou confrontar muito mais sentimentos e situações do que gostaria, ou sequer sonharia que precisaria, em tão pouco tempo. Esperava, em algum tipo de devaneio inocente, que após se tornar adulta, poderia retornar apenas quando sentisse falta dos amigos, ou quisesse algo, sem precisar de verdade se meter em problemas que não eram seus. Se arriscar pelos deuses, ver a destruição que ficava para trás quando suas transgressões voltavam para cobrar o preço, e como sempre, seus filhos pagavam por isso. Descobriu nos anos de acampamento que terem nascido implicava em ter uma dívida que não estavam cientes e seriam cobrados mais cedo ou mais tarde por ela. O pior é que, por mais que seus pensamentos e sentimentos sobre os deuses fossem banhados em ceticismo, pelo acampamento e amigos, era diferente. Tinha levado um tempo para se acostumar e se encaixar, mas quando o fez, era um lar também, seus amigos eram suas preciosidades... e de tudo, precisava ajudar a proteger. Por isso, mais que nunca, tentava participar das coisas agora. Seus treinamentos pareciam por fim mais sérios, como não estiveram nos últimos anos, aceitou mentorear um aprendiz dos filhos da magia, virar uma tutora na disciplina que se saía melhor... Era tudo atividades que se esquivava, apenas observando e vivendo de forma a fingir que o acampamento era apenas um recanto de verão, um espaço de lazer... mas agora? Com todos em perigo, como podia continuar se enganando? 
Seus devaneios não duraram muito mais, enquanto preparava a bancada para sua primeira mentoria, deixou materiais preparados, e tentou manter-se focada e esquecer qualquer sinal de ansiedade, precisava ter alguma autoridade, ou se não, como poderia passar alguma confiança? E essa era a parte mais difícil. Virou-se ao ser chamada, disfarçando o turbilhão de pensamentos e respirou fundo antes de responder animada. ❝ ⸺ Seu dia de sorte, amor. ❞ Sorriu, inclinando a cabeça para o lado e a olhando com um sorriso divertido. ❝ ⸺ Sou eu. ❞ Estendeu a mão para a outra, ainda sorridente. ❝ ⸺ Veio para o lance dos aprendizes, né? Então você deve ser a Mary-- Bishop, me disseram que você prefere Bishop. ❞ Pela aparência da outra, podia apostar que era a filha de Fobos que sondou por aí para descobrir com quem tinha caído. Ao menos se parecia, e esperava que tivesse acertado. ❝ ⸺ Acertei? ❞
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apavorantes · 7 days
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Bishop virou-se para alcançar, em um dos bolsos de sua mochila, um pequeno frasquinho de vidro com um líquido azul vibrante dentro. Era um de seus experimentos mais recentes, preparado poucos dias antes da missão, e que separara com outras poções e um bocadinho de néctar. Uma etiqueta colada nele dizia “vigor”, com uma letra bem trabalhada que ela mesma havia escrito. “Aqui.” Estendeu a poção ao amigo. “Vai te deixar um pouco mais desperto. Ou, ao menos, é para funcionar assim. Tipo um energético mágico.” A comparação a fez rir, mesmo que ela própria tivesse a feito. “É mais um lance meu do que do chalé, na verdade. Sou aprendiz dos Filhos da Magia agora. Veronica McKinney é minha tutora.” Não sabia se aquela era a palavra certa ou se deveria usar “professora”, “mestre” ou outros sinônimos, mas qualquer outra coisa parecia estranha. Ainda estava habituando-se à ideia de ser ensinada por alguém tão jovem.
Sasha tinha razão em suas suspeitas. Como filho de Hades, Hécate deveria estar ainda mais interessada nele, já que os dois deuses pareciam estar trabalhando juntos. Talvez fosse um pedido do próprio Hades que seu filho não fosse ferido, ou talvez exatamente por Sasha ser seu filho ele deveria ser um alvo. Era uma traição, de certa forma. Bishop reconhecia-se nele por isso também: a petulância de ir contra seu pai divino, mesmo sabendo que aquele ato não seria cometido sem consequências.
“Acha que seu pai pode ter pedido para ela não te machucar? Digo, vocês têm proximidade desse jeito?” A pergunta era genuína, pois sempre surpreendia-se com o quão próximos alguns semideuses eram de suas metades divinas. Havia ouvido que Hades era atencioso com seus filhos, e, ainda que Sasha estivesse em uma missão para impedi-lo de bagunçar ainda mais o estado do Acampamento Meio-Sangue, se sua fama fosse verídica, não desejaria o mal do rapaz. Não podia dizer o mesmo de Fobos e ela. “Tudo isso pode ser uma armadilha, também. Calmaria para abaixar nossas defesas, nos pegar desprevenidos… É sempre uma possibilidade, embora eu ache que ela é inteligente demais para isso. E o pior de tudo é que, mesmo sabendo que algo provavelmente vai dar errado, nós não temos escolha a não ser continuar.”
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⭑🕯️ʿ não tinha parado para pensar nisso e a semideusa tinha razão, todos estavam levando bem a sério a situação da missão e tirando um breve estranhamento com verena na floresta na noite que antecedeu o encontro da caverna, sasha não tinha tido problema algum ali. considerando como foi sua última missão, aquela realmente estava sendo divina. “ ━━━ eu aceito uma poção sim. preciso me manter alerta, acordado. estou com um pouco de sono." confessou. já estava entediado, isso sim. andavam há algum tempo já e não tinha muito o que ver ali a não rochas de um lado, do outro, em cima e embaixo. “ ━━━ se eles não estivessem confiáveis, tenho certeza que você não me ofereceria." ergueu as sobrancelhas em consideração. nunca confiaria beber algo de rachel, por exemplo, a irmã dela, mas ali era diferente. confiava em bishop.
“ ━━━ vocês anda mexendo com poções agora?" perguntou com curiosidade. não era um talento que o semideus compartilhava, mas achava interessante. magia no total era algo que lhe atraía, só não levava jeito para isso. o fato de não ser o único pensando aquilo sobre a calmaria do ambiente era um tanto quanto inquietante, deixava os cabelos mais curtos perto de sua nuca um pouco eriçados. “ ━━━ ah, sim. meu pai. Hécate não ter nos atrapalhado aqui é meio que suspeito até demais. não basta estar tão calmo, eu estou aqui e ela não... me expulsou." deuses podiam estar em qualquer lugar, certo? ainda mais considerando onde estavam.
a missão deles era perigosa por causa do objetivo, por causa dos integrantes e também pelo trajeto. nada estava a favor dos quatro.
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apavorantes · 7 days
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FLASHFORWARD FOR @misshcrror ✦ após a missão de bishop.
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Bishop não queria preocupar ninguém: comparada aos colegas de equipe, retornara ao Acampamento Meio-Sangue em boas condições físicas, tirando alguns arranhões e hematomas que ganhara lutando contra monstros ou correndo para sobreviver a um desabamento. A cabeça, por outro lado, havia visto dias melhores, mas se também a comparasse com as dos colegas… surpreendentemente, sairia ganhando mesmo assim, o que era muito menos um mérito seu e muito mais um infortúnio para eles. Contudo, ao deixá-los na enfermaria sob os cuidados dos Curandeiros, não escapou de também ser detida no local até que seu estado fosse checado e ela fosse liberada para seu chalé. Não ajudava que a roupa e as mãos estavam manchadas de sangue — que não era seu —, nem que os olhos paranoicos iam à mochila a cada dez minutos para verificar que ela continuava ali, categoricamente escolhendo não comentar com campistas que não fossem da sua equipe que o grimório de Hécate alojava-se entre pacotes de comida, um panfleto sobre a história da República Dominicana e um dicionário de espanhol.
Foi nesse meio tempo, entre ser consultada e liberada pelos Curandeiros, que sua visita apareceu. Sentada em uma das camas da enfermaria, Bishop viu Yasemin entrar no recinto. A filha de Fobos soltou um suspiro aliviado e, depois, deu um pequeno sorriso, para por fim repetir as mesmas palavras que a prima havia lhe dito quando voltara de sua própria missão: “Vai ou não vai dar um abraço na sua prima favorita?”
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apavorantes · 7 days
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Mais uma vez naquela conversa, Yasemin estava certa. Tudo que viviam como semideuses era impossível e, ainda assim, muito possível. A hipótese dela também era interessante — um morto-vivo, um fantoche para Hades controlar dentro do Acampamento Meio-Sangue —, e a adição sobre o controle tornou-a ainda mais convincente, porque estava claro que Quíron não sentia-se satisfeito com a presença de Petrus ou tudo que ele havia feito. Talvez Hades fosse seu Victor Frankenstein.
“É, eu soube dessa também.” Bishop assentiu. Recordava-se da informação sendo partilhada na reunião secreta de conselheiros organizada por Gilbert Rockbell. “Como ele conseguiu essa camiseta se nunca esteve no Acampamento? Será que roubou de alguém? Talvez… talvez de alguém que ele matou antes de chegar aqui.” A sugestão pairou no ar, mas nem a própria Bishop acreditava muito nela. Quem ele poderia ter matado para conseguir uma camiseta tão antiga que nem ela ou os outros campistas veteranos reconheciam? Não havia muitos semideuses gregos além dos vinte e cinco anos vivos no mundo. “Eu… não sei.” Bishop suspirou. “Aí é que tá: eu não sei de nada. Nada nessa história faz sentido e eu não consigo encaixar peça nenhuma.” Soltou uma risada desanimada, frustrada, antes de levar os dedos à têmpora e massageá-la de leve. Estava se cansando de brincar de detetive. “Esse assunto tá me dando dor de cabeça.”
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❝ ― O que não é possível nesse mundo, Bishop? ❞ — Yasemin rebateu no mesmo instante a pergunta da semideusa, com um estalar da língua. ❝ ― Eu acredito que aquele moleque seja um morto-vivo ou um fantoche. Não sei. Algo fácil para ser controlado, ou talvez algo que fizeram com esse propósito e tudo desandou. ❞ — Ela tentou exemplificar sua teoria que era muito maior e muito complexa até mesmo para si porque haviam ramificações e diversas dúvidas a respeito daquele garoto. ❝ ― Sei lá, uma coisa meio Frankenstein. Medico e o monstro...? ❞ — Acabou dando de ombros. ❝ ― Ei! ❞ — Ela apontou para a outra. ❝ ― Não acha estranho demais tudo isso? Aliás... Me disseram que ele chegou usando uma camisa antiga do acampamento, tão antiga que quase não reconheceram. ❞ — Yas acabou engolindo a seco, enfiando um biscoito na boca agora já meio sem gosto por estar revelando suas descobertas para a prima. No entanto, a turca ajeitou na mesa quando ouviu sobre Nico e Percy. ❝ ― Mas...? ❞ — A pausa foi necessária porque Solak sequer sabia o que dizer ou pensar. Nunca tinha parado para pensar nos dois. ❝ ― Que tipo de envolvimento eles teriam nisso? ❞
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apavorantes · 7 days
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THE END ✦ fim da interação.
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⭑🕯️ʿ podia gostar da adrenalina de sair em missões e nunca recusava nada que caía para si, mas se tinha algo que lhe deixava nervoso era quando tinha que enfrentar algum monstro. sempre se sentia em desvantagem por causa da audição, o medo constante dos aparelhos serem de alguma forma tirados de si ou danificados além do reparo e ao invés de ajudar os amigos, se tornar um peso, era algo que lhe assombrava. nunca tinha acontecido, mas o medo era constante.
dessa vez a falta da audição parecia ser uma vantagem, por mais inacreditável que fosse. poder desligar os aparelhos e ficar em completo silêncio, só com um zumbido ao fundo que sequer eram as vozes das sereias, mas sim aquele oco que ficava quando desligava o canal que lhe ajudava a ouvir. os olhos castanhos se tornavam mais atentos às garotas, tentando fazer sinais para que os ouvidos fossem tampados e protegidos. não sabia se elas entendiam ASL, então se contentava em apenas levar ambas as mãos aos ouvidos e falar baixo — ou esperava que estivesse dizendo baixo — para que lhe imitassem.
seu esforço pareceu ser em vão porque mary se afastava do grupo, o olhar em pânico de sasha se fixou nas outras garotas, bishop parecia mais alerta e pela leitura labial, arriscava dizer eu ela tinha entendido o que se passava ali. mas mary... a filha de zeus simplesmente começava a descer na direção das criaturas. não podiam revelar o esconderijo deles porque se aquelas criaturas saíssem da água e viessem atrás de todos?
estavam encrencados.
na face de verena podia ver o desespero e também a determinação de tentar ajudar a garota, mas até quando ela iria resistir antes de sucumbir também e se ferir? de todos, talvez sasha fosse o mais indicado para ir atrás de mary, então foi o que fez. com rapidez saiu de detrás da rocha onde tinha se escondido e começou a descer também, as rochas tremeram, vibraram sob suas mãos como se lá fora estivesse caindo um temporal e aquele fosse o barulho de um trovão, não sabia se realmente tinha começado a chover ou a caverna estava desmoronado, mas a vibração cessou e o filho de hades pôde continuar a descer.
se tivesse aberto suas asas seria mais fácil... mas e verena? a semideusa já tinha deixado claro em sua percepção que as asas a assustavam, a pequena desavença longe da vista de todos ali na floresta mesmo era a prova disso. bem, foda-se, não iria deixar a amiga morrer por causa disso.
ao tirar as asas, porém, sentiu algo agarrar seu pé enquanto tentava descer pela parede de rocha e ao olhar para baixo, viu o que temia. uma das sereias tinha saído da água e estava bem ali enquanto a outra seguia encantando a ruiva. tentou chutar mas foi puxado para baixo com força, seu corpo caindo no chão com um baque alto. não deu tempo sequer de voar para escapar ou de guardar as asas, estava no chão e a dor era agoniante. o grito que soltou provavelmente tinha ecoado pelo ambiente, sentiu-se ficar tonto pela dor na asa esquerda mas as mãos frias em seu pescoço roubavam seu ar, impedindo-o de se concentrar em qualquer coisa. as garras arranharam sua pele, como não podia lhe encantar com a voz, a criatura partia para o ataque com tudo. o colar foi arrancado de seu pescoço, só sentiu o estalo do cordão do amuleto sendo quebrado. em reflexo na luta por sobrevivência, apertou a mão fechada em um punho e a espada cresceu ali de seu anel de caveira. o pouco espaço entre a criatura e sasha, nesse momento, foi bom. foi uma vantagem. a criatura foi empalada pela espada de ferro estígio do semideus, os olhos pretos e a pele esverdeada tão perto de sua face pareceram soltar um grito final antes de virar pó. não ouviu, apenas viu a boca cheia de dentes afiados se abrir... e então estava coberto de pó.
ofegante, sentia o coração bater descompassado no peito. a luta parecia ter durado poucos instantes pois por sorte, Mary ainda não tinha atingido a segunda sereia para morrer afogada naquela água cristalina. ignorando a dor, se encaminhou para perto da ruiva. “ ━━━ BISHOP! A OUTRA SEREIA!" alertou a amiga porque aquela criatura podia voar na direção das outras semideusas enquanto ainda encantava a garota. “ ━━━ não é real, mary, me ouça!" tentou, finalmente alcançando a ruivinha. estava com uma dor insuportável nas costas por causa da asa que certamente tinha quebrado, não conseguia nem aguardar para esconder, deveria estar aterrorizando verena, ainda mais isso! esticar a mão para segurar a semideusa não foi um erro, mas foi um equívoco. acabou tendo a visão embaçada e quando piscou para limpar a vista... entendeu o que estava atraindo a garota. “ ━━━ eu sinto muito, mary, não é real. não é ele, vamos, não é ele." a visão não afetava ao semideus, não era sua utopia, sequer ouvia algo, mas a atenção focou na garota ainda a segurando para impedir que fosse direto para a morte, confiando que @apavorantes iria manter verena segura mas também acabar com a outra criatura.
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apavorantes · 12 days
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“Cala a boca.” Retrucou Bishop, ríspida e imediatamente, enquanto ainda segurava a prima. Já esperava uma gracinha daquelas vinda dela, pois afeto não era a especialidade de nenhuma das duas e piadas eram menos vergonhosas do que demonstrar carinho, mas, naquele momento, a filha de Fobos não estava munida de sua aura distante de sempre. Ainda assim, no entanto, deixou Yasemin desvencilhar-se dela quando sentiu-a se retraindo no abraço, e, inevitavelmente, ao tê-la à sua frente, seu olhar foi ao rosto da mais nova. A cicatriz parecia um pouco melhor agora do que quando a visitara na enfermaria, mas não tinha como alegrar-se pelo retorno da prima quando, em sua face, estava exposto o quão perto aquela realidade chegou de não se realizar. “É o que você merece por me deixar preocupada!” Bishop empurrou-a de leve no ombro. A expressão e o tom de voz ainda eram de aflição, mas, com as palavras de Solak, também havia a sombra tímida de uma risada misturada nele. Ela sentia o coração aliviar-se aos poucos. “Eu sei. É isso que me preocupa.” Respondeu, com um suspiro. “Sério, Yas, você tá bem? O que aconteceu?”
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Não era segredo nenhum do quanto a filha de Deimos e a filha de Fobos eram unidas. Não apenas pela ligação do elo familiar divino, mas porque Bishop era alguém que conhecia antes mesmo de conhecer o acampamento e sua herança divina. Com mães escritoras no meio do terror, claro que mulheres desse meio já se encontraram e Yas tem lembranças até mesmo de brincar com a mais velha enquanto as mães trocavam conversas por horas a fio. Então anos depois sua chegada no acampamento, e apesar de do voto de silêncio, um rosto conhecido e uma dose carinho foi lhe dada. Se tinha alguém para quem Yasemin devia algo, ela era Bishop. Quando a porta se abriu e a semideusa voou em seus braços, retribuiu o abraço apertado num riso surpreso. ❝ ― Deuses, quem é você e o que fez com a Bishop? ❞ — Questionou ainda com um sorriso divertido nos lábios, se afastando minimamente para respirar. ❝ ― Eu tô bem! Tá tudo bem comigo, relaxa. ❞ — Ergueu os braços em rendição e para mostrar que realmente estava tudo bem com ela. ❝ ― E que historia é essa que mataria? Mal voltei e já sou recebida com novas ameaças? ❞ — Disse num falso tom de indignação, sorrindo para a prima. ❝ ― Não se preocupa, eu tô bem. De verdade... Sabe que sou durona. ❞
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apavorantes · 12 days
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Bishop ainda não havia processado o que acontecera naquela noite. A cabeça já estava girando desde o almoço no pavilhão, quando Yasemin, Veronica e Lynx revelaram a todos os campistas quem realmente era Petrus e o que Quíron, Dionísio e os deuses vinham escondendo, mas com o jantar também veio a notícia de que ela faria parte de uma das equipes da última leva de missões. Perguntava-se se os diretores do Acampamento estavam cientes de sua pequena campanha contra eles das últimas semanas e haviam recrutado-a como punição. “Eu tô bem, Tiny, eu prometo.” Disse Bishop, com uma risadinha soprada, apesar do tom repreendedor do amigo. Sabia que ele só estava fazendo aquilo por estar preocupado com ela e sua iminente saída no dia seguinte. “Mas aceitarei o banho.” Acrescentou, por fim. Embora pouco convidativo, o chalé de Fobos tinha a vantagem de ser pouco populoso, então ninguém se importava muito se ela trouxesse amigos para casa — e o estoque de lanchinhos demorava a se esgotar. “Você sabe onde tem comida, né? Naqueles armários.” Apontou, apenas para certificar-se de que o amigo ainda saberia onde encontrar, antes de seguir para o banheiro.
ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ ㅤ*closed starter with @apavorantes.
mais de seus amigos iriam em missões fazendo com que o coração de tianyanite se encontrasse sufocado no peito do tanto que estava apertado pela preocupação de como eles voltariam, não queria mais ninguém na enfermaria entre a vida e a morte, se pudesse iria no lugar deles, não se importava de pegar as dores contanto que as pessoas que amasse estivesse bem. entretanto não podia fazer nada além de dar suporte para eles e era o que fazia naquele momento com bishop tentando ao menos se despedir dela da melhor forma possível. ━ pode ir tomar um banho, vou preparar algo pra gente comer. ━ disse entre um pequeno sorriso para a amiga, sua missão aquela noite era apenas cuidar um pouco dela, ao menos consegui faze-la relaxar um pouco antes de ir porque sabia que não importava qual missão ela tinha recebido ou se no final teria sucesso ou não sempre era dias difíceis. ━ e sem retrucar mocinha.
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apavorantes · 12 days
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Estranhamente, Bishop soltou uma risada sincera. “Talvez, se você transformasse pessoas em pedra…” Acrescentou à piada, rindo da própria fala logo em seguida. Ela, então, balançou a cabeça em concordância quando Sutton falou de limpeza para ter algum controle na vida, pois muito da mania organizadora e perfeccionista de Bishop vinha da necessidade derradeira de sentir que possuía influência sobre ao menos uma parte de sua vida inconstante. Era difícil sentir que tinha autonomia quando se era um semideus. “Você não tem ideia. Eu sinto que meu cérebro tá gritando comigo o dia inteiro.” Respondeu ela, com um suspiro cansado. Não ajudava que suas noites de sono haviam sido violadas por pesadelos incessantes, e ela já não sabia o que era uma noite de descanso há semanas. “E minha terapeuta não aceita mensagens de Íris.” Adicionou alguns segundos depois, apenas na tentativa de aliviar o humor que ela mesma instaurou. “Ok, então…” Bishop pôs as mãos na cintura e olhou ao redor. “Por onde começamos? Ou melhor, como você quer organizar eles? Nome do autor, ordem alfabética…?”
"Nem me fale sobre nada disso, só de lembrar eu quero arrancar minha própria cabeça com uma espada para por em um escudo." brincou, então olhando para a Bishop com a expressão mais próxima de humor que alguém como ela conseguia fazer "Especifico demais?" deu uma pequena risada, se sentando no chão e mantendo seus olhos na outra. "Mas sim, as vezes é importante focar em organização e limpeza para ter algum controle na sua vida, não é? Conseguir manter algo certo." olhou para todos os livros ali, e sabia que seria uma coisa extremamente temporaria, porque tinha que fazer algo mais eficiente para se sentir útil. Ela não conseguia só limpar o chalé, organizar livros e ficar por isso mesmo, ela precisa fazer algo concreto. Algo que vai ajudar o acampamento de verdade. "Imagino que você deve estar tão maluca quanto eu, ou talvez pior. Não é? Também está precisando de alguma coisa terapêutica?"
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apavorantes · 12 days
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Bishop soltou uma risada amarga. Terror era um gênero no qual, infelizmente, era especializada, e Sasha não estava errado. Contudo, não podiam negar que aquela era a melhor opção no momento: quanto mais tempo passavam na caverna, mais chances davam ao destino de sabotar sua missão — e, com destino, queria dizer os monstros que com certeza sentiam o cheiro de quatro semideuses e dois filhos dos Três Grandes perambulando no mundo mortal.
“Pelo menos não tem ninguém bebendo. Aí sim seria morte na certa.” Respondeu ela, com um sorriso brincalhão, mas também amargo. Era isso que as regras dos filmes de terror ditavam. “É… Acho que tô meio enferrujada também. Eu trouxe umas poções, se você quiser tomar algo para recuperar as energias, mas fui eu que fiz, então não prometo eficiência.” Ofereceu. Ainda era uma iniciante sob o treinamento dos Filhos da Magia, então suas poções e elixires não eram dos mais refinados.
O que Sasha lhe disse a seguir foi exatamente o que estava se passando em sua cabeça. Era estranho que não houvesse nada atrapalhando seu caminho na caverna, já que, supostamente, aquele era o local que guardava um objeto importantíssimo para Hécate. Se considerasse as circunstâncias atuais, com o envolvimento da deusa nos acontecimentos recentes do Acampamento Meio-Sangue, a calmaria era ainda mais suspeita.
“Eu tava pensando nisso… É estranho não termos encontrado nada ainda, mas também não quero dizer que estamos seguros. Tudo tá tão calmo que é suspeito.” Disse Bishop, ainda que não tirasse os olhos do caminho iluminado por sua lanterna. “Não acho que é do interesse de Hécate que semideuses coloquem as mãos no grimório dela. Nem do seu pai, no momento.”
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☠︎︎ starter with @apavorantes
¸ caverna dos sussurros.
⭑🕯️ʿ no segundo que se entreolharam para que fossem juntos no primeiro caminho da direita, sasha sabia que aquele poderia ser um movimento arriscado para a equipe. “ ━━━ separar nunca é uma boa ideia nos filmes de terror." comentou em tom baixo para bishop. não dava para ver nada além do feixe de luz das lanternas dos dois. não gostava muito da situação, mas tinha que concordar que era melhor em dupla do que um para cada corredor e alguém ficar só lá trás esperando alguém voltar. “ ━━━ eu já estou cansado, tenho que confessar. faz tempo que não ando tanto assim." contou. seus exercícios eram pesados para manter-se em forma e ativo para administrar a disciplina; estava acostumado com simulações de locais como aquele que lidavam agora, mas na prática parecia diferente. já haviam andado por horas antes de finalmente chegarem na caverna, agora lá estavam de novo sendo forçados a caminhar. talvez se tirasse suas asas.... não, não, nada de asas! limpou a mente daquela ideia, não faria isso ali a não ser que fosse extremante necessário. “ ━━━ parece tão estranho, hécate realmente não colocou nada pra guardar esse lugar?"
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apavorantes · 12 days
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Bishop assistiu o caos desenrolar-se como uma cena em câmera lenta. Apesar do aviso de Sasha e do seu próprio, o canto das sereias foi mais ágil; ao olhar para o lado, viu Mary entrar em transe, à mercê da canção monstruosa, e impulsivamente descer as pedras desgrenhadas da caverna em direção ao lago. Verena acompanhou-a em seguida, na tentativa de segurar a filha de Zeus — e não se deixar também ser encantada pelo monstro —, e por fim viu Sasha abrir as asas negras em suas costas para alcançá-las a tempo de prevenir um afogamento certeiro.
Sentiu que se movia em uma velocidade normal novamente, desperta da surpresa e espanto da cena, quando a segunda sereia agarrou Sasha e puxou-o para baixo. A mente estava enevoada, desesperadamente lutando contra o enfeitiçamento dos monstros e as vozes familiares que sussurravam em seu ouvido — um pedido de desculpas da mãe, a risada do pai, um chamado de Lucian, música tecida pelas cordas de um violão… Mas o perigo que o resto da equipe corria foi o estalo que precisava para se mexer.
Felizmente, com as mãos semi cobertas por luvas de couro e os pés calçando botas, a descida apressada pelas pedras até o lago rendeu-lhe apenas alguns arranhões superficiais. Ela atirou-se da parede da caverna na metade do caminho e pousou no chão com uma cambalhota, bem a tempo de presenciar a sereia que lutava contra Sasha desfazer-se em pó dourado. Sem demora, o filho de Hades berrou-lhe um comando: atacar a sereia que encantava Mary. Bishop sabia que ele não podia ouvi-la naquele momento, então apenas assentiu com a cabeça, sem tempo para reparar nos detalhes do estrago que o monstro havia feito no rapaz nem no amuleto que agora lhe faltava.
Desembainhando Rakshasa, sua espada longa de ferro estígio, ela avançou em direção ao lago. As vozes tornavam-se mais claras e altas quanto mais se aproximava, mas ainda conseguia lutar contra elas — enquanto Mary estava claramente tendo alucinações, Bishop enxergava o monstro-abutre com nitidez. Por outro lado, não sabia até quando Verena conseguiria resistir à canção, já que não tinha ideia se a semideusa possuía algum meio mágico de proteger-se ou se estava tão vulnerável quanto a filha de Zeus. Então, ao alcançar as meninas — Mary insistentemente tentando mergulhar no lago e Verena por pouco a barrá-la —, Bishop continuou, passando delas e correndo diretamente até a sereia.
O golpe de Rakshasa foi rápido e limpo. A sereia, percebendo a aproximação veloz de Bishop, tentou atacá-la com uma investida, mas a lâmina escura da nodachi passou reto por seu pescoço. A cabeça da sereia fez um splash! na água antes de dissolver-se, assim como o resto de seu corpo, em pó.
Subitamente, as vozes cessaram. Ofegante, a filha de Fobos soltou um suspiro pesado e deu as costas ao lago para checar como estavam os outros três.
“Vocês tão bem?!” Perguntou Bishop, exasperada. Os olhos procuraram primeiro Sasha, para ter certeza de que os machucados não haviam o derrubado; e, então, foram para Mary, para verificar se o transe havia sido quebrado.
Os pelos de sua nuca arrepiados nunca eram um bom sinal, e Mary-Louise sabia disso muito bem. Vez ou outra, sentia o coração palpitar dentro do peito, explorando aquele maldito lugar com uma sensação incômoda. Havia algo primitivo em Mary, algo que parecia ser ativado toda vez que se sentia em risco. Por mais que desejasse fugir o mais rápido possível, ela jamais abandonaria sua equipe. Engolia seu medo enquanto nervosamente comia um sanduíche após o outro, esperando que de alguma forma aquilo acalmasse o nervoso de seu estômago e lhe desse forças para enfrentar o que quer que se esgueirasse nas sombras daquela cavernas. "Vocês nunca comem não? Por isso que tão tudo no pique da academia fique fino." o comentário brincalhão era uma tentativa da ruiva de acalmar os próprios nervos.
Lembrava-se do primeiro sentimento que sentira ao perceber que gostava muito mais de sua equipe do que esperara; era uma mistura de culpa e melancolia. De certa forma, Mary sentia que estava traindo sua equipe, aquela que há alguns anos atrás havia sido dizimada diante dos seus olhos, e ela não pôde fazer absolutamente nada para impedir. Nem mesmo sendo filha do tão poderoso Zeus, nada poderia salvá-la da impotência de assistir a todos que amava morrer.
Ela engoliu em seco, fitando Sasha, Verena e Bishop. A Beckett rezava para que nada acontecesse com eles, e em partes pedia aos deuses que, se algo tivesse que acontecer, que dessa vez eles a ceifassem a sua vida, não a de seus colegas.
Talvez por estar tão distraída em seus pensamentos, que sempre enchiam sua mente, Mary não conseguiu assimilar imediatamente o que Sasha havia dito. Mas então, ouviu uma voz que jamais seria capaz de esquecer. Seu coração parou, seus olhos brilharam como não brilhavam em anos. "Carter?" Sua voz saiu trêmula, acompanhada por lágrimas quase instantâneas. Ela reconheceria aquela voz em qualquer lugar, e mal podia acreditar que estava ouvindo-a novamente. Apontou sua lanterna pela caverna, procurando pelo dono da voz. "Carter? É você? Onde você está?" O desespero em sua voz era quase palpável. Mary deu meia volta, avaliando o interior da caverna, procurando de onde vinha o pedido de ajuda.
"- Mary, por favor, me ajude, eu não sei como cai aqui, eu to com tanto medo, carinho por favor, não me abandone." A luz finalmente encontrou a figura que ela procurava: os fios castanhos desgrenhados, a pele levemente bronzeada. Era ele. Ele estava ali, não como em seu sonho, mas na realidade, apenas alguns metros de distância dela. E ela não poderia deixá-lo escapar-lhe entre os dedos mais uma vez. O som de um trovão ecoou pela caverna quase instantaneamente. Num impulso, a semideusa jogou a lanterna no chão e começou a se equilibrar entre as rochas da caverna em direção às águas profundas onde havia visto Carter. Ela não considerou que a água em si era seu maior medo; nada além de chegar até Carter importava naquele momento.
"Eu não vou embora sem ele, eu preciso ajudá-lo, agora!" Sua voz ecoou na caverna, num misto de determinação e desespero, enquanto ela se lançava em direção ao desconhecido, disposta a enfrentar seus medos mais profundos para salvar aquele que amava - ou ao menos quem ela achava que a figura era.
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apavorantes · 18 days
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Bishop sabia que estavam apenas no início da exploração na caverna, mesmo que já tivessem enfrentado uma parcela de emboscadas que provavelmente afastaram muitos mortais do local ao longo dos anos. Não esperava menos: recuperar um objeto de Hécate, ainda mais considerando a suposta participação da deusa na ressurreição de Petrus e morte de Aidan, jamais seria uma tarefa simples. Contudo, sua apreensão era maior por estar acompanhada de dois filhos dos Três Grandes, ímãs para monstros em formato de semideus. Isso incluía um filho de Hades, quem aparentemente arquitetara todo o motivo para agora estarem ali, entocados em uma caverna mágica na República Dominicana, para início de conversa; e uma filha de Zeus, quem os enviara naquela busca como se a primeira leva de missões não tivesse colocado uma porção de semideuses na enfermaria.
Ela não estava exatamente empolgada com a viagem.
Para sua surpresa, porém, monstros não haviam sido um problema até o momento. Fora o trajeto nauseante no táxi das Irmãs Cinzentas e as armadilhas deixadas por Hécate na caverna, a missão ainda não havia colocado nenhum perigo no caminho dos semideuses. Ainda.
O que Bishop escutou foi um canto baixinho, como se alguém sussurrasse bem em seu ouvido. Ela não conseguia distinguir as palavras entoadas, mas algo nelas a incomodava. Não, atraía. Levemente, sentia-se sendo puxada pela canção, como se houvesse outra voz bem atrás dela, familiar, e ela só a ouviria se prestasse atenção o suficiente. No entanto, outra coisa se remexia em sua mente, um instinto de sobrevivência que a avisava para dar meia volta e sair. Bishop sabia que aqueles eram seus poderes a protegendo de controle mental, e, assim que percebeu isso, também percebeu com o que estavam lidando.
A água do lago refletia nas paredes da caverna, e, nele, a filha de Fobos distinguiu duas figuras: ambas com cabeças humanas femininas, mas corpos que estranhamente a lembravam de abutres. Era delas que vinha a música, mesmo que também parecesse um sussurro. Ela agiu rápido, assim que Sasha também reconheceu o que estava à sua frente: apagou a luz da lanterna e pôs ambas as mãos no ouvido, tentando abafar o canto sinistramente reconfortante das sereias e não chamá-las a atenção.
“Não escutem! São sereias!” Sibilou Bishop, virando-se para as filhas de Zeus e Hefesto ao seu lado. 
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☠︎︎ starter with @apavorantes ; @zmarylou ; @thxverenlim
¸ parque nacional cotubanamá; república dominicana.
⭑🕯️ʿ aquele lugar maldito parecia os prender, dificultando todas as tentativas dos semideuses de se aproximarem do centro da caverna. embora o parque fosse propício a ter turistas, curiosamente aquela caverna era evitada. um ambiente mal assombrado, diziam as avaliações em sites que tinha pesquisado quando chegaram perto. não sabia se isso se devia aos primeiros mecanismos que tinham enfrentado ou se era por outra coisa. a atmosfera do ambiente não era boa, como filho de hades, sasha era sensível a essas coisas. sentia o local mais frio, como se algo estivesse errado.
“ ━━━ os mortais estão certos de evitar esse lugar, eu faria o mesmo se tivéssemos escolha." comentou com uma certa irritação, já estava cansado de andar em círculos, de se envolver em enrascadas... e ainda estava meio abalado pela armadilha que criou ilusões e lhe deixou com aranhas quase subindo e si. veja bem, sasha odiava aranhas e aquelas criaturas inúteis aparecendo aos montes? foi um susto e tanto. mas concentrava-se em iluminar o caminho com a lanterna, o cenho franzido em concentração para evitar que fossem pegos de surpresa. e talvez essa sua concentração tenha sido a responsável pelo reflexo rápido em levar as mãos as orelhas e desligar rapidamente o aparelho auditivo quando viu o lago mais adiante. não o lago em si, mas o que havia nele. serias. “ ━━━ desliguem as lanternas, tampem os ouvidos." instruiu em voz baixa... mas não foi rápido o suficiente para isso, o feixe de luz atraía a atenção de uma delas e caramba, sasha torcia para que ter desligado o som dos aparelhos fosse o suficiente para não as ouvir.
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apavorantes · 21 days
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FLASHBACK ✦ antes das missões.
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Se Yasemin era incapaz de sentir medo, Bishop o sentira pelas duas quando despediu-se da prima antes dela embarcar em sua missão. Não era nem a única pessoa naquele grupo para quem deixara oferendas no altar dos deuses: Kaito, um de seus amigos mais próximos no Acampamento, também havia ido e retornado com suas sequelas para exibir. Bishop havia visto a cicatriz deixada no abdômen dele pelo Leão de Nemeia, assim como vira a deixada no rosto de Solak enquanto ela dormia na enfermaria. Tudo aquilo lhe trazia memórias de uma época que ela torcia para que não se repetisse, mas que se assemelhava cada vez mais com o que estavam vivendo.
Não houve hesitação quando ouviu a voz de Yasemin. Incomum para a filha de Fobos, ela envolveu a prima em um abraço apertado, ainda que cuidadoso (não queria abrir nenhum ponto ou pressionar nenhuma ferida sem querer). “Se eu não estivesse tão feliz por te ver de pé, eu juro que te mataria.” Seu riso era mais de desespero do que de qualquer outra coisa. “Você tá bem? Tá sentindo dor, tontura…?”
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❪ ⠀ ⠀ closed starter !!! ⠀ ⠀ ❫ this is for → @apavorantes.
Após uma despedida de uma prima bastante da preocupada, Yasemin sabia que a volta seria cercada de ainda mais zelo ao seu redor com Bishop a tratando com preocupação. Oras, ela estava bem. Soube que recebeu a visita dela na enfermaria enquanto dormia, então após sua saída oficial de lá, optou por passar em seu chalé agora com seu novo quarto de conselheira e trocar suas roupas. Vizinhas, não precisou caminhar tanto para chegar ao chalé de Fobos e tomar a frente de já adentrar ao local na intimidade. Bastou um oi rápido para os presentes, tirar dúvidas sobre a missão e sua nova cicatriz no rosto e então veio a pergunta sobre onde a mais velha se encontrava para caminhar. Com a resposta e o alivio de esta perto, Yas caminhou até o quarto dela, batendo na porta. ❝ ― Anda, Bishop. Vai ou não vai dar um abraço na sua prima favorita? ❞
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apavorantes · 21 days
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Bishop precisava de algo para fazer que não fosse sentir raiva dos deuses, preocupar-se com os amigos em suas missões ou criar teorias sobre Petrus que não chegavam a conclusão alguma. Estava começando a se perguntar o que aconteceria se alguém simplesmente saísse do Acampamento — se ela tentasse fugir, seria interceptada por Peleu ou a barreira sequer a deixaria sair do perímetro da Colina Meio-Sangue? Não que tivesse intenções verdadeiras de fazer isso, mas sentia que o estresse dos últimos dias estava testando sua razão.
Em vez de tentar uma fuga fantástica, porém, Bishop acabou na porta do chalé de Atena. Se tinha alguém que compartilhava de suas preocupações — e da frustração inevitável de não ter controle sobre elas —, este alguém era Sutton, que também era uma de suas amigas que não haviam sido recrutadas para as missões. Talvez pudessem gritar para os ventos juntas ou realizar um encontro a dois do clube do livro para espairecer.
“Ah, Sutton, você sabe mesmo como me conquistar.” Respondeu ela, no tom de brincadeira que pouquíssimas pessoas naquele acampamento ouviam sair de sua boca. Não se importava de rir, sorrir e falar besteira perto da devota de Hera. “Mas, considerando que eu sinto que vou enlouquecer se passar mais um segundo sequer pensando em Quíron, Petrus ou essas malditas missões, uma faxina na verdade me faria muito bem.” Ela entrou no cômodo, olhando ao seu redor. Pequenas montanhas de livros espalhavam-se pelo lugar, uma coleção admirável de manter em um chalé compartilhado por tantas pessoas. Mas, também, supunha que os filhos de Atena já estavam acostumados a dividir espaço para livros. “Então… faxina terapêutica?”
Closed Starter / Flashback. Local: Chalé de Atena Com: @apavorantes
Enquanto outros semideuses haviam saído em busca de resolver problemas maiores, designados para missões variadas, Sutton havia decidido ficar no acampamento. Ela não sabia ao certo se tinha sido uma decisão consciente dela ou se a decisão tinha sido tomada por outros, mas isso já não importava mais. Ali estava ela, no meio do seu chalé, organizando todos os livros que havia acumulado ao longo dos anos em sua pequena biblioteca. Não é que fosse algo que precisasse ser feito, mas não tinha mais nada para fazer.
Estava decidindo se iria separar os livros por ordem alfabética dos sobrenomes dos autores ou se tentaria algo mais inovador, como organizá-los por cor, quando ouviu uma batida em sua porta. Levantou-se, cuidando para não pisar em suas maiores preciosidades, e foi atender.
— Ah, Bishop. — cumprimentou. Não era comum ver a conselheira de Atena sorrindo, mas era bastante comum vê-la sorrir para sua amiga. — Ficou sabendo do meu dia de faxina e está aqui para ajudar? Que gentileza a sua. — brincou, deixando a porta aberta e retornando ao seu lugar anterior.
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