Tumgik
#missão: segredos revelados.
apavorantes · 18 days
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POV ——— a magical heist, part one.
Missão: encontrar e trazer o Grimório de Hécate escondido na Caverna dos Sussurros @silencehq. Equipe: Mary Ann Bishop, @littlfrcak, @zmarylou & @thxverenlim.
Bishop havia se convencido de que fora enviada em uma missão como punição. Não estava sendo nem um pouco discreta quanto ao seu desgosto pelas ações de Quíron e Dionísio, tampouco pela presença de Petrus, então talvez aquela fosse a maneira de calar-lhe a boca e impedir que espalhasse ainda mais suas opiniões pelo Acampamento. A reputação dos diretores já não estava das melhores antes, e as revelações no almoço do dia em que as novas missões foram atribuídas só os afundaram ainda mais na lama — Bishop, inclusive, teve que se conter para não bater palmas de pé para Yasemin, Veronica e Lynx.
Poucas horas foram descansadas na noite anterior à sua saída e, nessas, foi perseguida por pesadelos que não deixavam sua mente relaxar. Imagens das guerras nas quais lutara antes se repetiam como um DVD arranhado; memórias de missões às quais quase não sobrevivera e rostos de semideuses que nunca vira outra vez. Sangue em suas mãos, cerimônias de queima de mortalhas, músicas ao redor de uma fogueira. Os olhos marejados e exauridos de Lucian.
O cansaço escondia-se por trás da maquiagem pesada na manhã seguinte, e a postura séria e contida era tanto para não alarmar os colegas de equipe quanto para persuadir a si mesma de seu controle sobre a situação. Seus preparativos envolveram, além da organização de uma mochila com comida e roupa para alguns dias, selecionar algumas de suas melhores poções — que, àquele ponto, não eram muitas — e descolar um pouquinho de néctar com os Curandeiros, como prevenção para os piores cenários. Também levava Rakshasa, sua espada japonesa de quase um metro, na bainha que carregava nas costas e por trás da mochila. Ademais, arranjara um dicionário surrado de espanhol na biblioteca do Acampamento e conseguira, com filhos de Hermes, um panfleto da República Dominicana e um mapa do parque nacional que era seu destino.
Felizmente, o caminho era a parte mais simples da missão. Devido à presença de Mary-Louise e Sasha, filhos de Zeus e Hades, respectivamente, viagens marítimas e aéreas estavam fora de jogo, e ir até a República Dominicana de ônibus não parecia uma decisão muito inteligente ou prática. Sendo assim, foi aconselhado que eles chamassem o táxi das Irmãs Cinzentas, e assim o fizeram. Bishop sentiu o café da manhã dar voltas em seu estômago algumas vezes, mas o quarteto finalmente foi deixado pelo trio de senhoras próximo a uma floresta, que cruzariam para chegar à caverna no Parque Nacional Cotubanamá.
Embora não houvesse dito uma palavra sobre — e provavelmente não diria, mesmo que a perguntassem —, ter sido convocada não era a única coisa que a deixava apreensiva quanto à missão. Era que, nas semanas que se seguiram após a primeira leva de semideuses partir, ela tinha se preparado para um cenário em que sua possível convocação seria como líder da equipe. Estava no Acampamento Meio-Sangue há mais de uma década, havia lutado nas últimas duas guerras enfrentadas pelos deuses, era instrutora de mitologia e, apesar dos acontecimentos recentes, nunca havia apresentado comportamento que não fosse excelente para os diretores. Mas, aos olhos deles e de Zeus, a filha de um deus menor jamais teria as mesmas qualificações que um dos Três Grandes.
Não que tivesse algo contra Sasha. Na verdade, o adorava: eram amigos e se entendiam em suas heranças paternas, filhos de deuses que eram menos que gentis, e com os quais nem sempre — ou, no caso de Bishop, nunca — concordavam. Sabia que as competências dele iam muito além de um pedigree divino. Mas aqueles meses no Acampamento Meio-Sangue estavam ressuscitando todas as inseguranças e incertezas que sentia sobre si mesma, incluindo o medo de que, se não fugisse o mais rápido possível, seria apenas mais uma no mar de semideuses que viviam vidas heróicas em segredo e morriam como qualquer um.
As outras duas já não conhecia tanto. Mary-Louise roubava olhares indiscretos e assustados com seus olhos claros e arregalados, como se caminhasse junto a um animal selvagem, mas tentava disfarçar seu desconforto na presença da filha de Fobos e nervosismo pela missão com comentários bem humorados e sanduíches. Já por Verena sentia somente pena e preocupação, pois a garota sequer havia feito um ano completo como campista. A configuração daquela equipe parecia destinada à falha: dois filhos dos Três Grandes, que atrairiam monstros com seu cheiro desde Long Island até o Caribe; uma semideusa inexperiente, que estava dando o seu máximo para não parecer completamente apavorada; e uma quebra do número que os deuses e semideuses tinham quase como sagrado para missões — estavam em quatro pessoas, não em três. 
Ainda assim, e deixando suas inseguranças e insatisfações de lado, Bishop surpreendeu-se quando o início de sua jornada na Caverna de Sussurros correra tranquilamente. Nenhum dos semideuses estava acreditando que aquela aventura seria fácil e, por isso, a calmaria os deixava ainda mais alertas. Foram espertos em sua desconfiança: eventualmente, alcançaram uma bifurcação de três caminhos e, preferindo não gastar muito tempo ali dentro, dividiram-se em duas duplas para explorar dois caminhos, deixando o terceiro como última opção, caso os outros fossem os errados.
Sasha e Bishop perambularam por um corredor rochoso pelo que pareceram horas, até acabarem dando de cara com Mary-Louise e Verena novamente, no mesmo ponto do qual partiram. O primeiro empecilho era um loop. 
Os quatro, então, uniram-se para passar pelo terceiro túnel e, para seu alívio, este acabou em um fim diferente. Contudo, o segundo empecilho surgiu ali: do chão, dos buracos entre as rochas, do teto, besouros começaram a brotar e escalar os semideuses, picando-os, subindo por dentro de duas roupas, cobrindo-os.
Bishop quase foi levada pelo desespero, batendo nas próprias roupas, braços e pernas para afastá-los, mas seus poderes entraram em ação na hora correta — naturalmente resistente a influência mental, a filha de Fobos possuía uma vantagem contra ilusões e controle que ia além do olhar esclarecido dos semideuses, mesmo diante das enganações poderosas da Névoa feitas por Hécate. Quando olhou para os besouros sem o medo de ser coberta por eles, foi exatamente isso que viu: uma ilusão. Percebeu, então, as runas secretamente espalhadas pelo chão da caverna, que ativavam aquela armadilha.
“É uma armadilha! Eles não são reais, são ilusões! Olhem para o chão!” Exclamou para a equipe. Após todos eles entenderem o que estava acontecendo, descobriu que cada um deles estava vendo algo diferente — ilusões que tomavam a forma dos medos individuais de suas vítimas. A ironia não passou despercebida por Bishop, que tinha poderes tão similares.
Quando o quarteto enfim chegara ao fim daquele maldito corredor, ela já tinha perdido ao menos metade de sua paciência e disposição. No entanto, também tinha plena ciência de que estavam longe de concluir sua missão. O Grimório de Hécate ainda não estava à vista e ela duvidava que estaria desprotegido. Bishop checou Sasha, Mary-Louise e Verena, para ter certeza de que estavam todos bem, e esperou-os para prosseguir. Na melhor das hipóteses, lidariam com mais algumas armadilhas que tentariam despistá-los do caminho certo. Na pior, estavam seguindo diretamente para a toca do monstro. Em uma terceira, pior ainda, só continuavam ali porque Hécate não tinha pretensão de que saíssem.
E, mesmo com aquelas opções em mente, ela ainda se viu perplexa ao encontrar o que os esperavam à frente.
Ao seu lado, em um murmúrio apressado, Bishop ouviu Sasha dizer:
“Desliguem as lanternas, tapem os ouvidos.”
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CONTINUE.
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livrosencaracolados · 11 months
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"A Inesperada" (Oksa Pollock #1)
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Sɪɴᴏᴘsᴇ Oғɪᴄɪᴀʟ: Com treze anos de idade, Oksa Pollock descobre que tem poderes especiais. Quando conta à avó o que se está a passar, é-lhe revelado o segredo das origens da sua família e a incrível missão que, apesar da sua pouca idade, lhe está destinada! A família Pollock vem de Edéfia, um mundo invisível e mágico, oculto algures no planeta Terra, que foi palco de um violento combate. Parte dos habitantes veio viver entre os humanos, incluindo Ocious, que é extremamente ambicioso e deseja tornar-se o senhor de Edéfia e do resto do mundo. E é sobre os jovens ombros de Oksa que recai agora a responsabilidade de salvar o seu povo. Ela é a sua última esperança...
Aᴜᴛᴏʀᴀs: Anne Plichota e Cendrine Wolf.
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ALERTA SPOILERS!
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O Mᴇᴜ Rᴇsᴜᴍᴏ: O primeiro volume desta coleção começa com a introdução da família Pollock, "primeira, segunda e terceira geração", que acaba de chegar à sua nova casa em Londres, pela qual a de Paris foi trocada. Sabemos rapidamente que a família não veio sozinha, trouxeram os Bellangers com eles para a aventura que os espera, algo a que Oksa, a protagonista, não consegue esconder o seu entusiasmo visto que Gus, o Bellanger mais novo, é o seu melhor amigo no mundo inteiro e não conseguia imaginar deixá-lo para trás. Com o avanço da história são evidentes os indícios de que algo fora do normal se passa no seio familiar de Oksa, e não só, mas com a adaptação a um novo país e a entrada na nova escola, St. Proximus College, não há tempo nem foco para a rapariga se questionar sobre esses percalços. Depois de um evento estranho e algo embaraçoso no primeiro dia de aulas, que sem dúvida leva a um ódio profundo pelo novo diretor de turma, Mc Graw, Oksa é obrigada a parar de ignorar o que se passa, algo reforçado por uma boneca voadora em chamas e uma marca em forma de estrela à volta do seu umbigo que lhe deixam a cabeça à roda. Sem saber o que fazer, Oksa revela os seus estranhos poderes a Gus, mas não tem grande consolo até apanhar a enigmática avó Dragomira, uma senhora russa tão distinta como excêntrica, e o resto da Baba's Band a segredar à porta fechada no apartamento. Apanhada em flagrante a ouvir o grupo, Oksa é introduzida ao bando de pessoas mais singulares que podia imaginar, a criaturas extraterrestres que falam como dicionários confusos, a plantas de uma sensibilidade cómica e a um mundo que ultrapassa todo o entendimento possível. O resto da obra é focada na protagonista a tentar conciliar a responsabilidade esmagadora de guardar um segredo que lhe pode custar a vida e a todos os que ama com a aprendizagem sobre a quase perfeita Edéfia e os seus costumes e ainda o combate a um inimigo perigosamente infiltrado na sua vida, que não parará por nada até obter a sua "chave" para a terra prometida.
Cʀɪᴛᴇ́ʀɪᴏs ᴅᴇ Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ:
Qᴜᴀʟɪᴅᴀᴅᴇ ᴅᴀ Pʀᴏsᴀ: Para o género do livro, eu achei a prosa fantástica! Só a nível de vocabulário eu, que me achava bastante eloquente, fui completamente "humildada"(se é que essa palavra existe mesmo). Aparecem dezenas de palavras a que não somos expostos no dia a dia e isso tem de merecer pontos porque, de facto, quem não se quer sentir mais inteligente quando fala? Só por isso o livro já é útil. O estilo de escrita em si também é bastante interessante, desde as descrições de espaços e criaturas nunca vistas até à forma como as emoções se desenvolvem, é algo único.
Hɪsᴛᴏ́ʀɪᴀ: O conteúdo do livro é fabuloso! As autoras criaram tudo o que faz de Edéfia e da família Pollock tão extravagantes elas próprias, os poderes e os funcionamentos peculiares da sociedade dos De-Dentro nunca são tratados como algo abstrato e misterioso que tem como única explicação "é magia". Além disso, é visível o cuidado posto no planeamento do desenvolvimento da ação, as regras estabelecidas relativamente à magia são respeitadas, quer isso beneficie ou não a protagonista, e os personagens são obrigados a usar a inteligência para se safarem de múltiplas situações. Os poderes não são usados como uma espécie de chave mestra para todas as situações, o que torna o livro muito mais interessante porque não há a garantia habitual do sucesso dos heróis face aos vilões.
Pᴇʀsᴏɴᴀɢᴇɴs: A obra tem umas quantas personagens essenciais à ação, várias são consideradas importantes, não é o habitual caso de todos serem descartáveis menos a protagonista. Relativamente a ela, a Oksa é uma personagem cheia de defeitos. Como uma miúda de 13 anos é impulsiva, tem a tendência de guardar as coisas para si e de se intrometer nos assuntos dos outros e ainda não aprendeu a expressar o que sente da melhor forma sempre que o sente. No entanto, está cheia de empatia, a sua coragem cega em situações perigosas é algo que muitos de nós partilhamos quando os que amamos estão em risco e nunca abandona o seu entusiasmo caracteristicamente infantil em relação ao mundo novo que se expande em frente aos seus olhos, o que a faz entrar no coração dos leitores muito depressa. Ela é uma personagem muito bem escrita e os seus amigos e família não ficam atrás, para não falar até dos seus inimigos, todos têm as suas inseguranças, desejos e sem dúvida motivos por trás do que fazem.
Rᴏᴍᴀɴᴄᴇ: Não há muito a dizer, as personagens centrais são muito novas e no primeiro volume desta coleção, fora paixõezinhas e pequenos ciúmes, não há, e ainda bem, relações amorosas a desenvolver-se. Apenas os pais de Oksa têm algum protagonismo como casal, mas para ser justa, são adoráveis.
Iᴍᴇʀsᴀ̃ᴏ: Há um mundo muito rico a ser descrito pela obra, um que Oksa e o leitor nunca ouviram falar, então é muito a absorver. Apesar do cuidado das autoras e sem dúvida, a mestria nas suas descrições, algumas vezes é difícil imaginar tudo o que nos está a ser contado, especialmente quando se faz referência a estilos arquitetónicos mais antigos que nem todos conhecem. Mas mesmo assim, não há grande crítica a fazer-se, é ainda bastante fácil estarmos imersos na história e a visualização geral acontece.
Iᴍᴘᴀᴄᴛᴏ: Este é sem dúvida um livro que fica na memória, especialmente se formos fãs de fantasia e particularmente criativos. Parece-me, apesar de ainda ter de deixar passar os anos para saber, que no futuro voltarei a pegar nesta obra, e que olharei para ela com grande carinho. Diria que esta história traz consigo um sentimento muito parecido ao que os fãs de Harry Potter ainda têm anos depois, o que não é descabido, sendo que o livro é reconhecido quase como a sua versão francesa (e eu acho que é melhor).
Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ:⭐⭐⭐⭐
Iᴅᴀᴅᴇ Aᴄᴏɴsᴇʟʜᴀᴅᴀ: Eu diria que 13 anos é a idade mínima para ler este livro, 14 se houver alguma sensibilidade da parte do leitor. Há algumas cenas fortes, especialmente as de luta, que têm algum sangue e um certo choque, e rituais algo obscuros muito brevemente mencionados. Também há referências a eventos históricos que são mais facilmente compreendidos a um certo nível escolar.
Cᴏɴᴄʟᴜsᴀ̃ᴏ/Oᴘɪɴɪᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ: Eu adorei o livro, sem qualquer dúvida. Transporta-nos para uma realidade emocionante, perigosa e lindíssima que todos sonhámos em viver a certo ponto e como mencionado anteriormente, há alguma aprendizagem incluída nas páginas. Assim, RECOMENDO!
Pᴀʀᴀ ᴏʙᴛᴇʀ: Oksa Pollock - A Inesperada, Cendrine Wolf - Livro - Bertrand
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
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grimoriosmisticos · 2 years
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A tradição Wicca de Gerald Gardner
A tradição Wicca de Gerald Gardner
Gardner nasceu em 1884 perto de Liverpool. Teve diversas carreiras, e sempre se interessou pelo místico e pelo oculto. Conta-se que estudou desde as fábulas e as lendas antigas até os cultos secretos da Grécia, Roma e Egito. Gardner pertenceu à Hermetic Order of the Golden Dawn (Hermética Ordem da Aurora Dourada).
Em 1954 ele apoiou as teorias de Margaret Murray; que havia lançado um livro anteriormente defendendo a teoria de existirem cultos à Deusa que se perpetuavam desde a antigüidade; e que tiveram de ser disfarçados devido às caças às bruxas da idade média. Nesse mesmo ano ele lançou o livro ” Witchcraft Today”. Segundo ele, a bruxaria teria sido perpetuada pelos séculos de fogueira por uma tradição oral e familiar. Ele dizia que havia tido contato( em 1939) com a “Velha Dorothy” Clutterbuck, herdeira e alta sacerdotisa de um culto milenar sobrevivente . Segundo ele ela o havia iniciado e lhe revelado a palavra Wicca.
Dizia também que lhe foi dado a missão de ser o porta-voz informal da prática da Wicca.
Como começou
Gardner reuniu antigas lendas , rituais e fragmentos de textos antigos como base de sua doutrina. Somado a isso, ele teria inserido elementos da simbologia da magia tradicional e alguns rituais e citações de seu amigo Aleister Crowley. Com isso Gardner adotou como livro sagrado ou “Evangelho”, chamado Aradia. Este último era uma coleção de textos selecionados por Charles Leland em 1899; que contava várias lendas, entre as quais a principal era a de Diana, cujo encontro com o deus-sol Lúcifer originou Aradia, a primeira bruxa que revelou os segredos da feitiçaria aos humanos.
O culto de Gardner consistia em reuniões conduzidas por sacerdotes ( apenas mais tarde foram consideradas as mulheres como as sacerdotisas principais peças do ritual). Nestes ritos eram adorados os deuses da fertilidade, a grande Deusa tríplice enquanto que dançavam nus e invocavam as forças da natureza. Os rituais eram semelhantes aos da magia tradicional, com círculos mágicos, exercícios de meditação, o uso de instrumentos como a adaga, a espada, o cálice e etc…
O ideal, segundo Gardner, era que os ritos fossem celebrados em plena nudez, pois dessa forma simbolizavam um regresso à era anterior à perda da inocência. Além disso, havia uma passagem em Aradia que dizia: ” Como sinais de que sois verdadeiramente livres, deveis estar nuas em seus ritos; cantai, celebrai, fazendo música e amor, tudo em meu louvor”
Gardner ainda considerava o que chamava de ” O Grande Rito”, que era a prática sexual ritualística.
Entre os principais críticos , encontram-se Francis King e Aidan Kelly.
Francis King não tolerava Gardner pelo fato dele ter pago enormes quantias em dinheiro à A. Crowley para desenvolver os principais rituais de seu culto.
Já Kelly ( fundador da Nova Ordem Ortodoxa Reformada da Aurora Dourada) acusou Gardner de criar uma religião inteiramente diferente do velho paganismo. Ainda não reconheceu Wicca como uma autêntica e “antiga tradição originada do paganismo europeu”. Ele revela também, que o pretenso “Livro das Sombras” escrito por Gardner que dizia ter sido criado no séc. XVI , nada mais era que uma coletânea das várias tradições medievais.
A tradição Gardneriana
A tradição Gardneriana era realmente muito diferente dos relatos de outras bruxas. A maioria delas revelavam que o culto se limitava à uma tradição mestre X discípulo, muitas vezes na família ( mas nem sempre); que o ensinamento era oral, e que depois de anos e anos de muito treino e provas, o discípulo era apresentado ao Conven. Se fosse aceito no Conven, depois de um ano e um dia recebia a iniciação. Segundo as bruxas, esse acesso era limitado a poucos escolhidos pois os rituais sagrados eram perigosos. Eles podiam provocar chuvas, ventanias, manifestar espíritos, elementais e etc…
Essa evidência, que supunha grande autenticidade, virou pretexto para aparecerem incalculáveis novas tradições subitamente; todas com pequenas variações do gardnerismo e supondo pertencerem à “antiquíssimas” tradições.
Com novas tradições aparecendo por todos os lados ligadas à Wicca, tornou-se moda, entre os anos 60-80 cada um inventar sua própria tradição. Cada livro publicado dava uma concepção diferente; começaram a aparecer os famosos “cursos de bruxaria por correspondência” e em pouco tempo o número de wiccanos auto-didatas era maior que os que ainda se mantinham à tradições específicas.
A bruxaria é aberta a todos, qualquer um pode adorar a Deusa e estudar profundamente sua literatura. Mas uma iniciação só é conseguida por esforço, compromisso e merecimento.
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bynina · 2 years
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Hoje é noite de Superlua Cheia dos Cervos, então, aproveite ao máximo esse evento astrológico e astronômico que será capaz de ditar o ritmo que você deseja viver em sua vida pelos próximos meses. Esta Lua Cheia expandirá ao máximo sua energia e é o momento ideal para a Cocriação de grandes metas e ambições profissionais, financeiras e amorosas. O que você deseja expandir em sua vida? A Lua Cheia desta noite se assemelha à Árvore Frondosa, que possui uma copa alta, ampla e excelentes frutos! Toda essa magnitude que vemos está relacionada ao signo de Capricórnio, é o que queremos alcançar! Mas, o grande segredo não está nessa exuberância, mas sim, no que não se vê: as raízes, que estão ligadas ao signo de Câncer, onde está o Sol! Percebe a ponte? É a emoção nutrindo e possibilitando os frutos! Esse é o grande segredo revelado desta noite e para aproveitá-la ao máximo, entenda que, por mais ambiciosa que seja a sua meta, o que sustentará toda essa energia para a materialização serão as suas emoções conectadas a ela! Nesta noite de Superlua dos Cervos sinta, com todo seu coração, tudo que deseja acontecendo na sua vida! É importante observar onde estão localizados Câncer e Capricórnio em seu Mapa Astral, pois é neste eixo que você perceberá a expansão. Vale ressaltar que todas as pessoas possuem estes signos no seu Mapa, sem exceção, então, não perca a oportunidade de expandir a sua energia. Visualize e sinta de verdade você vivendo seu desejo e se prepare, pois você terá uma experiência mágica a partir disso ainda esta noite. Os insights sobre o seu verdadeiro Propósito nesta encarnação virão. Chegou a hora de você viver a sua Missão de Alma. Você sabe qual é a sua Missão?! Faça um Mapa Astral individual e personalizado com a melhor equipe de astrólogos do país. Você receberá como bônus um Curso de Astrologia. Aproveite! É só acessar a bio/descrição deste insta. Na dúvida nos envie um direct. CLIQUE NA BIO AQUI DO @instabynina https://www.instagram.com/p/Cf97PhsrBW7/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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lottokinn · 3 days
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❪ ⠀ ⠀ closed starter !!! ⠀ ⠀ ❫ this is for → @amaranthaes.
Já havia se passado alguns dias da missão. Love respeitou o momento de Amarantha se recuperar, ok, era normal e devido aos ferimentos causados pelo cão infernal, demandava um certo tempo. Durante todo esse tempo, ela não tocou mais no assunto sobre o acidente com Veronica e a sua perca de memórias. Com o pedido feito pela filha de Dionísio logo quando chegou para não contar nada sobre, Kinn respeitou porque realmente não havia sentido em revelar algo do tipo enquanto estava toda rasgada das garras do cão. Mas depois de dias... Ai já estava difícil. Já era um entendimento silencioso de que o segredo contado a Perséfone era algo que deveriam levar para o tumulo, mas sobre o ocorrido com Ronnie era diferente e sequer deveria ser um segredo. Entre conversas com a melhor amiga, notou que Amara ainda não havia revelado nada a ela. Em passos firmes, ela decidiu que não iria mais postergar aquele assunto encontrar a loira saindo da enfermaria de alta. Tudo havia sido calculado para saber exatamente o horário em que a semideusa sairia. ❝ ― Precisamos conversar! ❞ — Parou de frente para a amiga a observando fixamente sem dar qualquer vazão de que ela sairia dali sem terem uma boa conversa.
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gralhando · 4 days
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Uma palavra para entender a vida - #
Passados seis anos que escrevi o conto "A Velha dos Cabelos" e pensando sobre a tragédia que houve estes dias no Rio Grande do Sul, tendo a história do conto como iniciação a cultura e o acontecimento do sul brasileiro, não posso deixar de observar as forças artificiais que atuando no mundo, atuaram ainda mais cedo e mais incisivamente no Rio Grande do Sul que no resto do país, por imposição de seus próprios cidadãos abastados que alcançaram esta abastança já as sinalizando nas épocas dos Farrapos — 1835 a 1845, com a produção de commodities, agricultura e pecuária —, e enviaram seus rebentos e alguma atenção à Europa para se educarem. E os vermes e vírus da Europa já eram como nunca os velhos poderiam imaginar. E tanto que seria possível algum costume italiano ou alemão desaparecer por completo na Europa e restar conservado nas colônias brasileiras.
Não haveria outro caminho para o anseio em intelectualização associado ao comichão vetor da criação identitária e pré-patriótica. Talvez em algum momento, um espelho inconfesso revelava àqueles jovens que tendo sido vedado o caminho da criação do seu próprio país na Revolução dos Farrapos capitulada pelo Bento Gonçalves da Silva, e reconhecendo seus reflexos de inteligência competente e o brilho da raça e sangue, então lhes estava destinado o lugar de cérebro desse povo miscigenado, bagunçado e sem futuro, ao qual ficaram historicamente presos.
Talvez isto seja o mais explicitamente revelado na teoria do Adelmo Genro Filho quando propõem humildemente a pirâmide invertida em seu livro "O Segredo da Pirâmide", que segundo alguns, é a fundação do curso de jornalismo brasileiro. Com a linhas de fronteiras do sul se fechando no menor ângulo, o Rio Grande do Sul se projeta como o topo de uma pirâmide num insight pictórico, o topo camarilhesco e o condutor de seus irmãos, e que aparece de cabeça para baixo no mapa, de ponta-cabeça, isto é, a "grandeza submetida, porém insubmissa" referida por Nilson Laje no livro "Ideologia e Técnica da Notícia". Todos estes justificam como Getúlio Vargas cumpriu a missão lançando as bases de governança desde esse fundilho-topo e é portanto de fato o fundador desse país que segue.
Os sulistas do meu conto, que são parathesis dos meus avós, foram os que tomaram nas costas suas máquinas e caminharam para o norte, para o trabalho e magia. E o trabalho dos que ficaram também foi árduo e mágico como se pode notar bem na alegoria: Porto Alegre contava com um sistema de proteção formados por muros de contenção e diques, construídos possivelmente no Regime Militar, 1964 a 1985, já que foram terminados em 1974 e concebidos por causa da enchente acontecida em 1941. Porém agora em maio de 2024 esse sistema foi solicitado e falhou, as contenções vazaram por baixo e os diques se romperam, as bombas foram desligadas. O grande cérebro intelectual não pensou em dar manutenção a um sistema construído. Quais foram então as grandes preocupações ao longo dos seus rizomas sinápticos estudiosos e filósofos prontos para escrever a história?
A grande preocupação da menina presa na maldição que se passa no conto era inicialmente desvendar o mistério do mundo, no caso, o segredo e a história daquele lugar. Uma vez desvendado e fatalmente enlaçada na resposta, a preocupação da menina passa a ser a salvação da sua vida. Ou se resignar com o mundo? Escrevi uma conclusão que parece ser a resignação no amor humano, porém, aqui levanto que o amor humano é a base racional do AVODAH — uso a palavra "avodah" em lugar da palavra "trabalho". A língua latina direta da cultura de assassinos saqueadores, onde o trabalho era feito por escravizados, concebe a palavra "trabalho" com a raiz etimológica talvez em "tripalium", um objeto associado à tortura. A palavra "avodah" é a ideia de servir ao deus, sendo o deus o receptor dogmático da religião e o humano o receptor de direito e fato porquanto o representa no amor.
Logo, se há amor, há trabalho, e haverá construção e a busca por solução — e também a manutenção dessa solução, que é a vigilância, e tudo isto é amor. A menina do conto, terminando por recorrer à solução que demonstro aqui, traça a saga de uma pessoa neste mundo: o mistério, o entendimento, e o viver do amor.
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💥🙏💥A GRAÇA DE DEUS.
Jesus explica à Maria Valtorta:
Que tesouro de inteligência Deus deu ao homem Adão! A culpa, certamente, diminuiu essa inteligência, mas o Meu sacrifício reintegra o homem, e abre para vós os fulgores da Inteligência, os seus canais, a sua ciência. Oh! Que sublimidade tem a mente humana, unida a Deus pela Graça, participando da Sua capacidade de conhecer!... A mente humana unida a Deus pela Graça.
Não existe outro modo. Os curiosos de segredos ultra-humanos que pensem nisso. Todo conhecimento que não proceda de uma alma em estado de graça - e não está em graça quem está contra a Lei de Deus, tão clara em suas ordens - só pode provir de Satanás.
Dificilmente satanás corresponde à verdade no que se refere ao sobrenatural, porque o demônio é pai de mentira, conduzindo-vos consigo aos caminhos da mentira. Não há nenhum outro método para conhecer a verdade, senão o método de Deus, o qual fala, diz ou faz lembrar, assim como um pai que faz um filho recordar-se da casa paterna, ao dizer: "Estás lembrado de quando Comigo fazias isto, vias aquilo, ou ouvias aquilo outro? Estás lembrado de quando recebias o meu beijo de despedida? Lembras-te de quando me viste pela primeira vez, o sol fulgurante do meu rosto sobre a tua alma virgem, que tinha acabado de ser criada, e estava ainda limpa do marasmo, que mais tarde te diminuiu e degradou, quando mal acabavas de sair de Mim? Lembras-te ainda de quando chegaste a compreender, em um sobressalto de amor, o que é o Amor? Qual o mistério do nosso Ser e da nossa Procedência?" Até onde a capacidade limitada do homem em estado de graça não consegue chegar, vem o Espírito falar-lhe e ensinar-lhe.
Contudo, para o homem possuir o Espírito, é necessária a Graça. Para possuir a Verdade e a Ciência, é necessária a Graça. Para o homem ter o Pai, é necessária a Graça. A Graça é a Tenda em que as Três Pessoas fazem a sua morada, é o Propiciatório sobre o qual pousa o Eterno, e fala, não mais dentro da nuvem, mas revelando sua Face ao filho fiel.
Os santos se recordam de Deus, das palavras ouvidas da Mente criadora e que a Bondade ressuscita em seus corações, para elevá-los, como águias, à contemplação do Verdadeiro e ao conhecimento do Tempo.
Maria era cheia de Graça. Toda Graça, una e trina estava nela, toda a Graça una e trina a preparava como esposa para as núpcias. Preparava-a como o leito nupcial para a prole, divinizando-a para a sua maternidade e missão. Ela é a que vem concluir o ciclo das profetizas do Antigo Testamento, e abre o cliclo dos "porta-vozes de Deus" do Novo Testamento.
Arca da verdadeira Palavra de Deus, olhando em seu seio eternamente inviolado, Maria descobria as palavras da sua ciência eterna, traçadas pelo dedo de Deus em seu coração imaculado, e se não se recordava de tudo, a respeito de sua futura missão, é porque em toda a perfeição humana, Deus deixa algumas lacunas, por divina prudência, que é bondade e merecimento, em favor da criatura.
Como uma segunda Eva, Maria precisou conquistar a sua parte de merecimento, ao ser mãe de Cristo, com uma fiel boa vontade, que Deus quis ter até em seu Cristo, para fazê-lo Redentor.
O espírito de Maria estava no Céu. Sua personalidade e sua carne estavam na terra, devendo pisar terra e carne, para chegar ao espírito e uni-lo ao Espírito, num abraço fecundo.
O Evangelho Segundo Me Foi Revelado - Maria Valtorta.
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capixabadagemabrasil · 2 months
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2 Paraísos Escondidos em Vila Velha: Praia Secreta e Praia do Bananal Desvende os Segredos de Vila Velha: Descubra as Praias Secreta e do Bananal Cansado das mesmas praias lotadas? Buscando um refúgio natural com beleza incomparável? Então prepare-se para se encantar com as Praias Secreta e do Bananal em Vila Velha, no Espírito Santo! Mergulhe em águas cristalinas, relaxe na areia dourada e explore a beleza natural intocada desses dois paraísos escondidos. Nesta jornada, descubra a história por trás da Praia Secreta, um paraíso revelado que luta por sua preservação. Explore a Praia do Bananal, um refúgio aos pés do Morro do Moreno, ideal para relaxar e curtir a natureza. Encontre dicas práticas para chegar às praias, aproveitar ao máximo sua visita e se conectar com a natureza. Prepare-se para se apaixonar por paisagens inesquecíveis, momentos de paz e a beleza singular de Vila Velha. Então, embarque nessa aventura e desvende os segredos mais bem guardados de Vila Velha! Um Paraíso Escondido: A Praia do Bananal Quando a gente fala em descobertas incríveis, o Morro do Moreno em Vila Velha surge como um baú de tesouros escondidos. Imagina só: prainhas que quase ninguém conhece, escondidinhas atrás de mansões enormes. A Praia do Bananal era um desses segredinhos bem guardados, mas agora, parece que o gato saiu da sacola, e todo mundo quer um pedacinho desse paraíso. Banho de Mar e Esporte, Tudo Junto! As águas da Praia do Bananal têm aquela vibe de cartão-postal, sabe? Um dia é azul piscina, no outro, verde-esmeralda. Não é à toa que o lugar ficou famoso entre quem adora um mergulho e os fãs de esportes náuticos. E não para por aí: as lanchas também descobriram esse cantinho e vivem ancorando por lá para um mergulho. https://youtu.be/5hQ80vkqeqM Chegando Lá: Uma Aventura por Si Só Agora, se você se animou para conhecer, se liga na dica: o acesso começa perto do Clube Libanês, seguindo a sinalização turística até a Praia do Ribeiro. Daí, é só uma viradinha à esquerda e subir um pouquinho. Mas ó, na alta temporada, talvez seja melhor deixar o carro num estacionamento por causa das ruas apertadinhas. Ou, se preferir, tem ônibus direto do Terminal de Vila Velha. O Mistério da Praia Secreta: Paraísos Escondidos em Vila Velha A Praia Secreta, localizada em Vila Velha, é um autêntico paraíso oculto, famoso por suas águas de cor azul-turquesa a verde-esmeralda, proporcionando um cenário de calmaria e beleza natural. Situa-se ao término da Praia da Costa, nas proximidades do Farol de Santa Luzia e da Igreja Missão Praia da Costa, e o acesso se dá por um caminho que serpenteia pelo muro. Seu encanto não é apenas uma questão de beleza; a história da Praia Secreta revela um local que se tornou um ponto de interesse depois de ser amplamente divulgado nas redes sociais. https://youtu.be/fEidTJZ_kt8 Essa fama tem atraído tanto turistas quanto habitantes da região, ansiosos por desfrutar de sua serenidade e encanto natural. A praia, embora compacta com seus 100 metros de comprimento, é um santuário natural, cercado por vegetação autóctone, reforçando a impressão de um espaço preservado e pouco modificado pelo homem. Para aqueles que desejam visitar, aconselha-se estacionar na região costeira da Praia da Costa ou próximo ao Crefes, visto que não existe estacionamento nas imediações da entrada da praia. A passagem para este retiro está localizada em frente à Igreja Missão Praia da Costa, marcada por uma pequena abertura no muro. É crucial, dada a beleza e fragilidade do local, agir com responsabilidade ambiental: evite deixar resíduos e não leve animais de estimação. A Praia Secreta serve como um santuário para aqueles que buscam paz e um momento de conexão com a natureza, longe do frenesi urbano. Paraísos Escondidos em Vila Velha Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Capixaba da Gema ®️ (@capixabadagema) Dicas e Curiosidades: Pro Planejamento Perfeito nos Paraísos Escondidos em Vila Velha
Não esquece que essas praias são mais no estilo "natureza selvagem": sem banheiro, quiosque ou restaurante. Então, se prepara para um dia de aventura ao ar livre. Pode até não ter estrutura, mas tem vendedor ambulante que salva a nossa vida com aquele lanche ou bebida geladinha. O estacionamento pode ser um desafio, mas sempre tem a opção do ônibus ou estacionamentos privativos próximos, especialmente perto da Praia do Bananal. As duas praias são praticamente vizinhas, então dá para conhecer as duas numa tacada só. Veja também: Por que VITÓRIA ES é a MELHOR CIDADE do Brasil? 
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societyrv1 · 3 months
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Welcome to the reality society, acompanhe nosso guia para o acampamento nightwing ⏳
📌As edições acontecerão de segunda a sexta às 21:00 com dinâmica extra aos sábados. Domingo livre.
Society se inicia com dois grupos. Nove participantes em cada.
O hazard: Hazard é uma função do jogo, ele é um infiltrado em cada grupo e deve manter segredo sobre sua função. Caso revelado o participante será desclassificado. O objetivo dele é plantar sementes e até jogar contra seu grupo, sem ser descoberto.
Ele pode se unir ao grupo inimigo ou criar aliados pelo caminho. Em todo ciclo ele receberá uma missão secreta. Se o hazard conseguir se manter disfarçado ate o top dez, ele garante imunidade durante dois ciclos seguidos, além de obter uma vantagem na final com dois votos invisíveis no júri, caso chegue a final.
Haverão dois hazards. um para cada grupo e eles serão escolhidos após uma dinâmica de sorteio na estreia com todos os participantes.
Grupos: os grupos serão escolhidos na estreia através de uma dinâmica de sorte envolvendo números. Dois grupos serão feitos para que os participantes possam identificar quem faz ou não parte do seu grupo.
Prova do diplomata: É única prova e extremamente importante. Ela acontece com todos os participantes. As provas podem envolver sorte, estratégia e criatividade.
O diplomata: se torna imune em todo ciclo alem de ter o poder de indicar uma ameaça para o risco ou até mesmo o hazard caso o mesmo tenha sido descoberto. Ele pode escolher três pessoas para imunizar, sendo duas do seu grupo e uma do grupo adversário.
Téssera: são fichas e podem ser encontradas em forma de idol. Os idols garantem que o participante receba uma quantia de tésseras ou roube de um participante.
elas servem para os participantes adquirirem vantagens através de idols espalhados em fotos pela tl, as téssera são acumulativas e podem comprar:
Imunidade no ciclo: 700
voto duplo: 400
vetar voto de alguém: 300
vetar alguém da prova: 370
voto triplo: 480
vetar missão do hazard: 550
roubar 50% das tésseras de alguém: 600
As tésseras são congeladas no top cinco, (e as vantagens acabam) onde são contabilizadas junto a pontuação dos finalistas
Risco: o risco é formado todo ciclo com o indicado do diplomata, o mais votado, um contragolpe do mais votado, ou dinâmica de resta um. Três participantes vão para o risco.
Eliminação: a eliminação acontece após todos os participantes votarem em um dos três que estarão no risco. O mais votado é eliminado.
Merge: A merge acontece no top dez e os grupos se desfazem, o hazard também é revelado aos participantes, caso não tenha sido eliminado.
Final: a final será de três, os sete participantes eliminados após o top dez formam o júri. Os finalistas participam de cinco provas para acumularem pontos, às téssera também são contabilizadas e se juntam à pontuação final que decide o vencedor.
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boa sorte.
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asterioshq · 3 months
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TASK 01 — QUEM É VOCÊ NA RODA DA FOGUEIRA?
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Nunca é tarde demais para criar novos vínculos, principalmente no Acampamento Asterios! Por isso, em uma bela noite de quinta-feira, onde a Lua se apossava do céu enquanto o Sol estava realizando o seu descanso ao anoitecer, os que viviam no acampamento decidiram se reunir na beira das chamas quentes da fogueira para se aquecerem em meio ao clima mais gelado trazido pelo breu, e mesmo que aquele grande encontro não tivesse sido propriamente planejado, era uma boa oportunidade para que todos pudessem colocar o papo em dia e quem sabe, arriscar conversas com quem nunca se falou anteriormente?
É claro, mesmo que se converse e deixe o assunto fluir, há assuntos e segredos que apenas passam pelas mentes dos que os detém, e eles não seriam revelados publicamente, apesar de que não há maneiras de mentir para si mesmo e nem para a voz que domina a sua cabeça.
— OOC:
O objetivo da tarefa é conhecer melhor o seu e aos outros personagens, no intuito de aprofundar eles de maneira dinâmica e até mesmo criar novas relações. Isso facilitará tanto as interações quanto as conexões e o planejamento de plots em conjunto entre os personagens da comunidade;
Em IC, os personagens realmente se reunirão na fogueira, porém as perguntas que listamos para serem respondidas podem ou não ser fictícias, afinal de contas, sabemos que há questionamentos que nunca seriam respondidos por alguns personagens no contexto IC e em uma conversa em uma fogueira;
Os personagens que entregarem a task receberão 10 pontos.
Pedimos encarecidamente para que enviem os links através do canal #POVS do Discord para facilitar a contagem de pontos;
As entregas deverão ser postadas no Twitter/X utilizando-se da tag #astertask;
As perguntas que devem ser respondidas na entrega dessa tarefa são as seguintes:
TÓPICO 1 - DIA A DIA
Hobbies relaxantes: Fora das batalhas, qual é a atividade que seu personagem usa para relaxar?
Segredos cotidianos: Existe algo na vida diária de seu personagem que ninguém mais conhece?
Quais são as responsabilidades diárias ou tarefas que seu personagem assume no acampamento?
Seu personagem tem algum hábito ou costume peculiar que outros semideuses acham estranho?
Local favorito: Existe um lugar específico onde seu semideus se sente mais conectado ao seu lado divino?
Territórios inexplorados: Há algum local misterioso ou proibido que intrigue seu semideus?
TÓPICO 2 - GOSTOS E AVERSÕES
Objeto precioso: Qual é o item pessoal mais valioso para seu semideus, e qual é sua história? 
Paixões secretas: Existe algo que seu personagem ama fazer, mas ninguém mais sabe?
Existe alguma criatura mitológica ou monstro que seu personagem tem um medo particular? Por quê?
Seu personagem tem alguma aversão a habilidades específicas de semideuses ou a elementos do mundo divino? Por exemplo, poderes de manipulação de elementos ou uma aversão a determinado deus.
Qual é a maior aversão do seu personagem, e como ela afeta suas interações com os outros semideuses?
TÓPICO 3 - RELAÇÃO COM OS PODERES E PARENTE DIVINO
Descoberta de poderes: Como seu personagem reagiu ao descobrir seus poderes divinos pela primeira vez?
Como seu personagem se sente em relação aos seus próprios poderes divinos? Eles os aceitam totalmente ou têm reservas quanto a usá-los?
Seu personagem já teve alguma experiência negativa relacionada aos seus poderes? Como isso afetou sua visão sobre suas habilidades?
Relação com o deus progenitor: Qual é a dinâmica entre seu semideus e seu pai/mãe divino? Boa, tensa, ou distante?
Alianças e rivalidades: Como seu semideus lida com outras proles de seu deus progenitor? E como ele lida com as proles de outros deuses?
TÓPICO 4 - TRAMA PRINCIPAL E PROFECIA
Reação à missão: Como seu personagem se sente ao ser escolhido para participar da tarefa crucial de enfrentar os titãs? 
Qual é a atitude do seu personagem em relação à profecia que os envolve na possível guerra contra os Titãs? Ele a aceita como seu destino ou tenta resistir ao papel atribuído a ele? Existe algum conflito interno que ele enfrenta ao se preparar para a batalha contra os Titãs?
Como seu personagem se prepara para enfrentar os desafios que a profecia traz? Eles buscam treinamento adicional ou orientação dos mais experientes?
O escolhido: O seu semideus acredita que o escolhido virá de um dos deuses maiores? Ele acha que pode ser o escolhido?
Dúvidas e medos: Quais são as maiores dúvidas ou medos que assombram seu personagem em relação à guerra iminente contra os titãs?
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apavorantes · 18 days
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POV ——— a magical heist, part two.
Missão: encontrar e trazer o Grimório de Hécate escondido na Caverna dos Sussurros @silencehq. Equipe: Mary Ann Bishop, @littlfrcak, @zmarylou & @thxverenlim.
Jogada na terra, Bishop assistiu a entrada da Caverna dos Sussurros colapsar em um amontoado de pedras enquanto água ainda lutava para passar entre elas. Em seus braços, a mochila estava envolvida em um aperto desesperado — dentro dela estava alojado o Grimório de Hécate, o objetivo daquela viagem, e que, assim como os quatro semideuses, quase não sobrevivera à saída de seu esconderijo. Bishop soltou o ar que estava segurando desde que a água do lago tomara conta da caverna. Ela nunca esquecera a sensação de quase perder seus colegas campistas, mas, mesmo assim, aquela missão fez questão de relembrá-la.
Na cabeça, as cenas do que havia acontecido repetiam-se incessantemente: Mary-Louise, chorando após ter um vislumbre de uma pessoa que havia perdido, apenas para ser revelada de que ele não passava de uma mentira; Sasha, cambaleando pela caverna enquanto tentava ignorar a dor latejante em suas asas e as marcas do corpo agora expostas; Verena, assustada e impotente, tentando acalentar uma Mary que não podia ser consolada.
E ela mesma, que não sabia o que dizer-lhes e, por isso, não dizia nada, mas se oferecia para carregá-los enquanto tentavam encontrar o grimório e sair daquela maldita caverna.
Os ouvidos estavam tampados pela água, mas também recordavam-se do som da pele de Mary-Louise sendo rasgada e dos ossos quebrados pelos dentes da leucrota. Ainda conseguia sentir o calor que Verena emanara quando usou fogo contra os monstros, assim como o estrondo do raio que uma Mary debilitada atirou na mesma criatura que quase arrancara sua perna fora. Também sentia sua própria angústia ao correr para derramar néctar nas bocas da garota e de Sasha, sabendo que não tinha o suficiente para curá-los, mas com a esperança de que seria o bastante para tirá-los daquela caverna com vida.
E, mais que tudo, lembrava-se de se arrepender quase imediatamente após tirar o Grimório de Hécate de seu palanque, porque no instante seguinte sentiu a caverna balançar e pedregulhos caírem sobre sua cabeça. No seguinte a este, sentiu algo molhado em seus pés — a água do lago das sereias, transbordando em uma velocidade assustadoramente rápida e tomando os túneis —, e, no outro, estava correndo com o grimório em mãos para alcançar Mary-Louise e Verena e ajudá-las a sair dali antes que a água chegasse às suas cabeças.
Sasha e Mary precisaram ser arrastados por Bishop e Verena até a saída, e elas, por sua vez, foram arrastadas pela correnteza violenta que as obrigara a nadar, a água agora tão profunda — e a caverna ao seu redor tão escura — que sequer conseguiam enxergar os próprios pés. Bishop não parava, não podia parar, mas estava cada vez mais convencida de que teria que parar. Que a caverna não deixaria o grimório sair dela, e ficaria com os quatro semideuses como souvenir. Por um milésimo de segundo, considerou fazer uma prece ao seu pai, pela primeira vez na vida.
E, então, luz. Luz, terra e ar, folhas e galhos sob suas mãos, frio avassalador sobre seu corpo encharcado. A caverna cuspiu-os como um lanche indesejado, expulsando-os para o Parque Nacional Cotubanamá.
Era ali que ainda se encontrava, de costas no chão e com os colegas deitados ao seu lado, incapaz de processar o que lhe havia acontecido.
O estado de choque, porém, durara apenas alguns minutos. Tão logo Bishop percebeu que precisavam correr, porque o sangue dos filhos de Zeus e Hades estava começando a manchar a terra marrom. Pouco ouvindo, pouco pensando e pouco respirando, a filha de Fobos colocou-se de pé e foi ao auxílio dos outros. Para Verena, pediu que apanhasse um dracma e chamasse o táxi das Irmãs Cinzentas, preferissem elas buscá-los ali ou não; e, para Sasha, o único dos outros dois que ainda estava acordado, sem saber se ele conseguia ouvi-la, prometeu:
“Sasha, a gente conseguiu. A gente vai pra casa, ok? Vamos levar vocês pra casa.”
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blogdonoel · 4 months
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Digimon Adventure 02: The Beginning - Análise
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O segredo das crianças escolhidas é revelado!
Quando as crianças escolhidas se deparam com um digiovo gigante pairando sobre a torre de Tóquio, um novo garoto entra em cena para revelar um segredo que mudará para sempre o destino da conexão entre os digiescolhidos e seus parceiros.
Novas crianças
Digimon Adventure 02 sempre foi uma das temporadas mais polêmicas de Digimon, e sempre que paro para analisar o motivo do aparente ódio ou do nariz torcido dos fãs por essa série, me deparo com análises e impressões (principalmente lembranças) que não condizem com o que realmente foi apresentado no texto, nas imagens, na trilha, e no desenrolar da história.
Há um pensamento quase que unânime de que as crianças escolhidas da segunda temporada não eram interessantes, não eram bem desenvolvidas, não se comparavam aos oito originais, e não tinham personalidades marcantes o suficiente para carregar a série adiante.
Bom, sinto dizer que se a sua lembrança de Zero Two é baseada nas impressões da sua infância ou adolescência, certamente há muito espaço para uma interpretação apressada do que é apresentado nos 50 episódios da série. Garanto inclusive que se você rever todos os episódios na idade adulta e com um conhecimento maior sobre o lore e a temática explícita e implícita do universo digimon, uma bela surpresa o aguarda.
Daisuke, o protagonista que carregava agora a representação da Amizade e da Coragem, na superfície era impetuoso e abrasivo. Uma pessoa carismática, mas que parecia se deixar afetar demais com o que os outros pensavam e acabava se desanimando e fugindo de decisões difíceis.
Miyako com sua personalidade e jeito femininos, tinha uma visão negativa sobre si. Capaz de ajudar os outros a qualquer momento, mas que cobrava demais das próprias ações e pensamentos.
Iori, o jovem introspecto, de grande coração e tanta educação, com sua criação restrita, seus pensamentos conservadores e sua inabilidade de se conectar emocionalmente.
Ken Ichijouji, atormentado pelo passado e levado a extremos na tentativa de fugir de si mesmo e de seus verdadeiros sentimentos. Totalmente incapaz de lidar com a bondade de sua própria alma e superar o passado para seguir em frente.
Takeru, provavelmente o melhor em esconder seus sentimentos, sempre com um sorriso no rosto, mas com emoções sempre à flor da pele, explodindo sempre que era incapaz de conter o que sentia e de lidar com os pensamentos e traumas de suas experências familiares e de aventuras não tão distantes.
Por último, Hikari, sempre altruísta demais. De personalidade sociável, simpática e de moral inabalável, mas incapaz de transmitir seus sentimentos de forma assertiva.
Com um salto temporal de três anos e uma abordagem completamente diferente, Zero Two destaca temas como a solidão, a amizade, abrir mão do passado (ou aceitá-lo) para seguir em frente, e a construção da amizade e dos laços com os companheiros de aventura, sejam eles digimons ou humanos.
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Não se enganem, a nostalgia talvez deixe muita coisa passar batida, mas particularmente, nunca fiz vista grossa a essa temporada como muitos. Zero Two é minha temporada favorita, e sempre tive a impressão de que os temas iam além das aventura no mundo digital e focava mais no cotidiano e da vida individual das crianças, para explorar um lado mais emocional e psicológico, com um texto que abraçava as diferenças e celebrava a amizade e as conexões.
Lá nos anos 2000, Digimon foi uma febre e a galinha dos ovos de ouro para produtos, brinquedos, e tudo o que tinha direito. Era uma época diferente, o acesso aos conteúdos era diferente, e a forma de se consumir era uma verdadeira aventura para quem não acompanhava pela TV. Ser então a sequência de uma temporada extremamente aclamada não era uma missão fácil, e até hoje muitos ainda tem essa lembrança de que a segunda temporada era ruim e não tinha o mesmo brilho da primeira. Mas sinto que é crucial frisar que enquanto Adventure explorava os digiescolhidos através de uma perspectiva de vícios, virtudes e descobrimento interior, Zero Two focava nos relacionamentos entre pessoas (e digimons) e como isso é uma parte importante do crescimento e amadurecimento individual.
Antes de mergulharmos de cabeça nos acontecimentos do filme, acho que um breve olhar sobre a história até aqui é importante para entendermos qual a proposta deste filme que tinha a difícil missão de dar seguimento a história do Last Kizuna.
Em Zero Two, uma nova geração de digiescolhidos nasce da necessidade do digimundo de encontrar uma saída para a impossibilidade da evolução. O Imperador Digimon, usando as Torres e Espirais negras, agora escraviza os digimons com o intuito de trazer uma nova ordem ao mundo digital. Ken certamente foi um dos personagens mais bem trabalhados da franquia, começando sua jornada como vilão e aos poucos se tornando uma criança escolhida disposta a pagar por seus pecados e arrependido de todo o mal que infligiu aos outros, destacando a Bondade que habita em todos os seres, e a capacidade de recomeçar as coisas do zero, se desprendendo do passado.
Sem a possibilidade de evolução espontânea ou guiada naturalmente pela parceria com seus humanos, os digimons agora conseguem evoluir através de um tipo antigo de evolução chamada de Armor Evolution (Evolução Armadura) e mais tarde encontram no Jogress (aqui conhecida como Digivolução de DNA) uma forma de combater o nível de poder das trevas cada vez mais absurdo. É dessa incapacidade de evolução, acredito que você leitor se lembre, que os novos digivices são criados, os D-3. Os novos aparelhos possuem também a capacidade de abrir Portais Digitais entre o DigiMundo e o Mundo Real e também abrem novas possibilidades incríveis, como a viagem entre países extremamente distantes.
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Nessa nova aventura, conhecemos crianças ao redor do mundo com seus parceiros digimons enfrentando ameaças globais e até mesmo auxiliando os escolhidos do Japão a combater MaloMyotismon, o renascido Myotismon da primeira temporada que se revela como a mente por trás de todos os acontecimentos.
São essas crianças, junto com os protagonistas da primeira temporada, que acompanhamos nas aventuras no mundo digital e no mundo real, caminhando para um futuro, 25 anos depois, onde cada pessoa no mundo possui um digimon, numa época onde as fronteiras entre os mundos já não existem.
E se por um lado temos mais crianças, mais evoluções, mais digimons, temos também mais solidão, mais receio, mais emoções suprimidas pelo bem de "se encaixar". A solidão e incapacidade de externar os sentimentos, transformado-os em ações ou em palavras, são temas recorrentes dessa temporada que se conecta diretamente a Last Kizuna e, posteriormente, a The Beginning. É nesta história que essa nova geração aprende o poder da amizade. Sim, isso mesmo: o poder que existe na conexão com o próximo.
15 Anos depois
Ainda que sem efeito direto na história, precisamos lembrar que em Adventure Tri (2015) muito do lore de digimon foi explorado (não muito bem, convenhamos), introduzindo de forma mais direta os Cavaleiros Reais, Homeostasis, explorando o crescimento dos digiescolhidos, mas deixando completamente de lado as crianças de Zero Two. Com exceção de Takeru e Hikari, só vimos os escolhidos da segunda geração no fim da história, onde sua ausência foi explicada por um simples "eles estavam presos o tempo todo".
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É lá no Tri, no entanto, que temos a revelação dos escolhidos que vieram antes de Taichi e companhia, das Quatro Bestas Sagradas, e dos planos de Homeostasis (vida digital que governa o digimundo) para manter o equilíbrio entre o bem e o mal no Mundo Digital.
É relevante entender aqui que Homeostasis, essa entidade que mantém o equilíbrio entre o bem e o mal, é o responsável pela criação dos digiescolhidos, dos digivices, dos brasões, e pela parceria entre humanos e digimons. A criação dos digivices e dos brasões foi baseada nos dados do Tai, da Hikari e das outras crianças em 1995 - Na linha cronológica da série - momento em que Parrotmon apareceu e lutou contra um Greymon no mundo real. Momento esse que foi crucial para Homeostasis e seus associados, que já esperavam pelo dia em que o mundo seria coberto pela escuridão e foram apresentados a uma forma de alcançar a evolução graças ao potencial de uma conexão com humanos.
(Esses eventos acima são contados em Digimon Adventure, filme de 1999 que foi lançado no Japão um dia antes da série original)
O nome Homeostasis nunca é citado de fato nas primeiras temporadas, e tirando sua menção nas novels e seu papel mais ativo (e até mesmo antagônico) nos acontecimentos de Digimon Adventure Tri, pouco se nota sobre essa entidade além dos momentos onde assume o corpo da Hikari para transmitir alguma mensagem.
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Apesar de alguns poucos bons momentos, e desse mergulho um pouco maior no lore do mundo digital, Tri peca em não saber conduzir sua história de maneira coesa. Não consegue se agarrar aos personagens, levando-os pelos acontecimentos como meros bonecos, sem personalidade, sem vida, sem desenvolvimento a por muitas vezes indo contra suas personalidades. A proposta de Tri e sua execução acabam entrando em conflito com a forma que as outras obras deste universo são desenvolvidas. E é nessa série de Ovas (foram seis, no total) que vem a primeira "bomba" com o reboot do digimundo e a perda das lembranças dos digimons. O reboot se fez necessário devido aos digimons infectados pela Meicoomon, e à necessidade de Homeostasis de restaurar o digimundo ao seu estado original, onde tais digimons não existiam.
Do outro lado, temos ainda Yggdrasil (computador hospedeiro do mundo digital ) que arquiteta seu plano de reviver os digimons que morreram no mundo real (e portanto, não podiam ser revividos como digiovos no mundo digital) e usá-los para dominar o mundo dos humanos. Tal plano é carregado através de Himekawa, que tem o objetivo de usar o reboot para se reencontrar com seu antigo parceiro Digimon, Bakumon.
Notemos aqui que temos três lados, com objetivos diferentes, e antagonistas que tem sucesso somente em irritar os digiescolhidos e bagunçar ainda mais as coisas. Não só dentro da história, como fora também. Afinal, Tri teve seu hype, mas não ficou bem visto justamente por não encontrar coesão em sua história. As personalidades dos personagens se contradizem, os fatos históricos e a forma como o mundo vê os digimons se contradizem, e no fim foi uma decepção monumental. Não existe uma profundidade verdadeira atrelada ao crescimento dos personagens que amamos. Não temos explicações, não temos uma narrativa que conduz essas crianças para a vida jovem adulta mantendo as características e as vivências que conhecemos.
Temos somente um embate entre Yggdrasil, Digiescolhidos e Homeostasis, sem praticamente nenhuma consequência ou desenvolvimento real. Evoluções forçadas, fanservice que oferece somente desserviço e uma fuga total dos temas que são tão bem trabalhados em Zero Two e, posteriormente, em Last Evolution Kizuna.
A última evolução
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Digimon Adventure: Last Evolution Kizuna tinha uma missão quase impossível de se realizar. Contar uma história sobre as crianças da primeira aventura, agora adultas, e tentar acompanhar o crescimento delas de forma orgânica, coisa que Tri não fez.
Os laços tão importantes que conectavam as crianças e seus parceiros digimons agora estavam em jogo. Crescer significava perder essa conexão, abrir mão dos sentimentos e dos pensamentos infantis e começar a encarar o mundo entendendo que as escolhas do agora impactariam diretamente no futuro. Ou, ao menos é isso o que o filme se esforça para transmitir como mensagem num primeiro olhar.
E sim, temos novamente uma garota com um plano para se reunir com seu parceiro digimon há muito tempo morto. Mas aqui, diferente de Himekawa, temos uma digiescolhida cujo laço com seu digimon parceiro se esgotou. Uma garota de 14 anos que cresceu muito rápido, cuja adolescência se transformou de maneira precoce. Uma mente brilhante que se desenvolveu rapidamente e foi além do que comumente se vive nessa época de descobrimento, de indecisão, de esperança para o futuro. Menoa, a "vilã" do Last Kizuna, queria apenas se reunir com seu parceiro Digimon, Morphomon, mais uma vez.
Tudo isso serve de pano para o verdadeiro conflito do filme, um que por vezes pode passar despercebido nesse primeiro olhar superficial que o filme apresenta: seguir em frente. E esse seguir em frente e deixar a infância para trás normalmente é representado pelo momento em que viramos adultos. Enquanto a série original fala sobre se descobrir, sobre criar conexões com os digimons e entender partes de si que nem sempre estão visíveis, neste filme temos uma corrida contra o tempo onde a parceria que eles carregam desde pequenos está com os dias contados. Aquele amigo de infância deixará de existir. A própria infância e ingenuidade serão deixados para trás. As lembranças das aventuras serão somente isso, lembranças. Ainda assim, Taichi e companhia estão dispostos lutar mais uma vez, preparados para o pior, mas sem aceitar completamente que aquele é o fim.
Imaginem então que existe um lugar onde você pode ser criança para sempre, com seu parceiro digimon ao seu lado, sem medo de crescer, sem medo de perder uma parte crucial do que te fez ser a pessoa de hoje em dia.
Abrir mão de uma amizade que literalmente te salvou tantas vezes e te fez ser uma pessoa melhor é algo inaceitável, ainda mais nesses termos. Se o motivo dos digimons se conectarem tão bem com crianças é por causa de seu potencial ilimitado, o que acontece quando esse potencial atinge seu ápice e a pessoa cresce? Mas será que crescer, se tornar adulto é realmente o problema em questão? Quando nós tornamos adultos, nossas possibilidades se acabam?
Nesse primeiro olhar, o mundo ideal de Menoa foi feito para ter relação com algo bem simples do outro lado da tela: quem via digimon nos anos 2000 hoje cresceu. São adultos presos em fantasias e aventuras que não voltam mais. Sua Terra do Nunca tem esse nome por isso. Nós como espectadores guardamos a imagem dessas crianças exatamente como crianças. Vê-las adultas é também uma forma de estarmos presos na nostalgia e nos momentos em que as coisas eram mais simples.
E é aí que está o trunfo de Kizuna. Não somente em sua bela animação, ou na trilha nostálgica e atualizada. Está na sua lição, na capacidade de fazer o fã, o espectador confrontar seu próprio crescimento e confrontar suas escolhas. Quem somos nós sem nossos digimons? Quem somos nós uma vez que nos desprendemos da nossa criança interior? Será que na vida adulta há lugar para essa criança e para os laços que foram construídos? Será que na nossa vida adulta ainda há espaço para Digimon?
Last Kizuna é um grande soco no estômago por mexer com algo tão precioso: nossos laços, nossas conexões, nossa memória afetiva. Se desprender disso não é fácil. Se em Digimon Adventure 02 temos uma jornada de se desprender do passado e deixar as coisas RUINS de lado, aqui temos outra forma de seguir em frente: deixar as coisas BOAS, as lembranças boas, somente no passado.
Dentro de Kizuna, a história da Sora é um ótimo paralelo para a luta interna de Taichi e Yamato. Sora sente a necessidade de crescer, de tomar sua decisões, mas se encontra em dúvida quanto ao caminho que deve seguir. O laço de Sora com Piyomon, esse que carrega o brasão do amor não por coincidência, tem um papel importante na sua decisão de deixar a infância de lado e virar adulta.
Sora decidiu não lutar como seus amigos. E Piyomon, mesmo em sua personalidade infantil (todos os digimons são puros e infantis, são uma parte interior de cada digiescolhido), mas em seu amor pela Sora, decide ficar ao lado dela, e apoiar a decisão de sua parceira, ainda que isso signifique o fim. O fim de uma parceiria de tantos anos, de uma parceira que foi reconstruída do zero após o reboot ocorrido no Tri. A escolha de ver Sora feliz e apoiá-la também traz uma consequência irreversível. Ainda assim, Piyomon fica ao lado de sua amiga até o fim.
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Temos muitas memórias afetivas das músicas que tocam na série, das sequências de evolução, dos dramas infantis, mas realistas. E é nessa bolha em que nós fãs vivemos. É dessa bolha que a história se aproveita, mostrando que já crescemos, e é importante entender que o que fica lá na infância é insubstituível, mas precisa ser observado com um novo viés.
Numa das cenas mais lindas do filme, Agumon e Gabumon demonstram o quanto ficaram felizes por poder acompanhar o crescimento do Taichi e do Yamato. E nós também compartilhamos desse sentimento. Como ficamos felizes de ver essas crianças crescendo e descobrindo seu futuro? Fazendo suas próprias escolhas?
Kizuna nos deixa uma lição de que a vida adulta é uma escolha necessária e natural, e então toda aventura que surgir a partir desse momento, é o resultado das nossas vivências, do nosso amadurecimento. E é só assim que de fato encontramos nossa última evolução, aquela que é definitiva.
Os laços
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Kizuna significa os laços duradouros entre as pessoas – relações estreitas forjadas através da confiança e apoio mútuos.
É muito importante que também tenhamos um segundo olhar para a mensagem do filme a fim de notar que essa não é a única lição que pode ser encontrada no filme, e o motivo da parceria entre os digimons acabar não é simplesmente "se tornar adulto". Essa é uma teoria proposta por Menoa, baseada na sua experiência e nos seus estudos, mas que não faz sentido quando sabemos que no futuro do Epílogo em 02 todo ser humano possui um parceiro digimon. Inclusive os adultos.
Taichi e Yamato há muito tempo estavam presos nesse momento onde precisavam tomar decisões adultas. Sora precisava decidir entre seguir o caminho de sua mãe com os arranjos florais ou descobrir o que realmente desejava. Menoa, com apenas 14 anos, precisou encarar estas mesmas decisões, e foi nesta situação onde estes escolhidos passaram a negligenciar seus parceiros digimon. Agumon nunca tinha visitado o apartamento onde Taichi Morava. Yamato deixava seu parceiro Gabumon aos cuidados do irmão, Takeru. Entendemos então que não havia espaço para os digimons em suas vidas. Não da mesma forma que antes. E isso é uma escolha, ainda que inconsciente. Taichi e Yamato inclusive brincam com o fato de levar seus parceiros digimons para a faculdade, porque é a mesma coisa que levar uma criança, um irmãozinho para a faculdade. É constrangedor. Os digimons são esse lado inocente, infantil, conectado às emoções dos escolhidos. Eles não se mantiveram parte do cotidiano dos seus parceiros humanos de forma orgânica, natural e intencional. Sora não tem tempo para Piyomon, ela tem coisas mais importantes a fazer. Taichi e Yamato também tem um futuro a decidir. Seus futuros. São estas decisões que em sua grande parte não incluem os digimons em seu dia a dia.
É somente ao encarar a iminente separação de seus parceiros que eles começam a entender que ao negligenciá-los, o laço entre eles se enfraquece e se estingue. Menoa não era adulta quando perdeu Morphomon, percebam. Mas seu amadurecimento precoce e seu desejo de se tornar uma adulta tão cedo a fizeram deixar sua parceira de lado.
Os digimons, de forma bem simples, representam o coração dos seus parceiros humanos, um reflexo daquelas partes que normalmente não se enxerga, de seu potencial. Esses digimons, com suas características que consideramos "infantis", são a imagem das partes que normalmente os Digiescolhidos não se permitem enxergar ou expressar externamente.
Quando acreditamos que uma parte nossa não precisa mais ser desenvolvida, ou não faz mais sentido dar atenção a um sentimento ou atitude, significa que estamos "amadurecendo". E por isso mesmo que acabamos negligenciando certos aspectos de nós mesmos que sempre foram traços ou características importantes e marcantes de nossas personalidades ou de nossas identidades. Para Taichi, era tarde demais para voltar atrás e deixar de negligenciar o Agumon. Sua parceria, que dependia da conexão de seu coração, de sua alma, já havia se esgotado. E como somos obrigados a lidar com as consequências de nossas escolhas, precisamos também usá-las para crescer (evoluir). Não se tornar adulto, mas sim crescer. Abaixo vocês podem ler a tradução da tese do Taichi que demonstra o momento em que ele percebeu a importância do relacionamento e da convivência com os digimons. Da ponte que eles ajudam a criar e do potencial que ajudam a despertar em cada um. Era tarde demais para voltar atrás e fazer escolhas diferentes. Era tarde demais para incluí-los em suas vidas, mas a lição não passou batida por nenhum deles.
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Com esse tipo de conclusão (por ora) ficou a dúvida de como essa questão iria impactar os demais escolhidos, especificamente as crianças de Adventure 02. No entanto, como mencionei no começo do texto, Zero Two é bastante diferente da temporada originais pois foca no relacionamento entre os escolhidos (e digimons) e na importância do crescimento e amadurecimento individual através das amizades.
Se para a primeira geração de crianças essas escolhas e consequências se mostraram conflituosas e angustiantes, levando-os a focar no que era "importante", para as crianças da segunda geração existe um caminho BEM distinto e que pode ser entendido ao se atentar aos detalhes que a história proporciona. The Beginning te dá uma resposta sobre os dilemas de Last Kizuna. E para absorver completamente essa resposta, precisamos entender o quanto Digimon Adventure 02 e Last Kizuna estão conectados.
O começo
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Seguindo a tradição das últimas produções de personagens que perderam seus parceiros digimon, The Beginning traz uma reviravolta interessante. Lui, aquele que é considerado agora o primeiro digiescolhido, matou seu Digimon. Isso mesmo, matou. Parece dark e pesado demais e deixa eu falar: The Beginning é muito PESADO. Se você assistiu ao filme e se pegou cobrindo a boca, ou cerrando os olhos, ou até mesmo emitindo suspiros, gritos, e expressões desconfortáveis então sim, o filme teve sucesso em te transmitir o exato terror dessa situação.
Mas vamos então por partes. The Beginning cronologicamente se passa após os eventos de Last Evolution Kizuna. Não temos no entanto nenhuma menção ao fato da parceria dos digimons com os humanos ter se acabado de alguma forma. O próprio Kizuna não menciona os acontecimentos do Tri, sendo sua única conexão o aparecimento da Mei aprisionada com sua Meicoomon na Neverland de Menoa. Mas irei elaborar mais sobre essa não menção ao kizuna mais pra frente, pois as consequências e confirmações estão sim no filme e, sem surpresa, envolta em muita polêmica.
(Abrindo um parênteses aqui pra mencionar que depois de tudo o que a Meicoomon e a Mei passaram, elas mereciam um pouco mais de destaque e uma história que as fizesse jus, afinal, foram 6 ovas das duas sendo perseguidas por todos, sendo vilanizadas, e não ganhando sequer uma sequência de evolução lógica).
Somos apresentados a um novo personagem envolto em mistérios e que logo revela seu passado traumático com seu antigo parceiro digimon: Ukkomon. Lui, esse garoto desconfiado e introspectivo, revela que foi o primeiro humano a se conectar com um digimon através de um digivice. E que Ukkomon concedia desejos, ainda que ele não soubesse da consequência disso até muito tempo depois. Lui era uma criança atormentada, cuja mãe o espancava e o maltratava. O pai, doente e acamado, recebia os cuidados da mãe que aparentemente dedicava sua vida a cuidar do marido e do filho da forma que podia. Temos então uma criança que sofre abusos em casa, cheia de machucados, que não entende completamente a realidade em que vive, mas que deseja apenas o bem de sua família, a atenção da mãe, deseja ter amigos, se divertir, tudo que uma criança normal quer. É quando então um digiovo aparece em sua frente, e Ukkomom nasce ali mesmo, tornando-se o parceiro de Lui.
Mas espera aí, não faria sentido o Lui ser o primeiro digiescolhido, não é? Afinal, a Himekawa e o Daigo (Adventure Tri) faziam parte do grupo dos primeiros digiescolhidos que salvaram o mundo digital com as Quatro Bestas Sagradas derrotando Apocalymon. E Homeostasis, através da Hikari, já tinha revelado ser o responsável pela criação os digivices, dos brasões, e quem criou essa parceria entre humanos e digimons ao notar o potencial para evolução que já muito não se via no mundo digital.
E olha, essa certamente é a parte mais polêmica do filme. Quando os primeiros spoilers começaram a sair, uma revolta se instaurou no fandom. Afinal, segundo o que é mostrado, quem criou a parceria entre humanos e digimons foi Ukkomon. Por causa do desejo de Lui de que todas as pessoas tivessem um parceiro digimon e fossem tão felizes quanto ele. No entanto, Lui é mais novo que Daigo e Himekawa, então realmente não faria sentido cronologicamente.
Não parece fazer sentido pedir para deixar o lore de lado quando essa análise basicamente mergulhou nele para relembrar os acontecimentos da história até aqui. Mas o ponto importante aqui não é dar um sentido direto a tudo isso de forma linear, por mais que seja possível sim encaixar tudo e usar da boa e velha conjectura pra organizar tudo.
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Já notaram que basicamente todas histórias que não seguem o anime, sejam em filmes ou OVAs tendem a introduzir algum personagem novo? Temos o Wallace em Digimon Hurricane Touchdown, Meiko em Tri, Menoa em Kizuna, e agora Lui em The Beginning. Isso segue uma tendência de explorar a história das crianças que já conhecemos e observar como suas interações são importantes quando colocadas sob uma perspectiva externa. Digimon Adventure 02 sempre foi muito bom em fazer isso, afinal, a série brilhava no desenvolvimento de seus personagens junto com as pessoas ao seu redor.
Brincar com o conceito da primeira criança a ter um parceiro digimon pode parecer batido, já que tivemos diversos casos de crianças que encontraram seus digimons em outras ocasiões. Aqui, no entanto, podemos conjecturar que a parceria entre Lui e Ukkomon se diferencia aqui devido a um contrato. Sendo assim podemos transformar "a primeira criança a ter um parceiro digimon" em "a primeira criança a formar um contrato com um digimon". E isso pode ser visto pela natureza inicial da relação dos dois. Vemos aqui o instrumento de contrato, o Digivice, e toda a dinâmica que se desenrola devido a inocência do pequeno digimon e da inocência de um Lui de apenas quatro anos de idade.
Ao descobrir que seus desejos estão sendo realizados, mas a um preço alto demais para qualquer um pagar, e com consequências impensáveis, Lui tenta matar seu parceiro digimon, que desaparece sem deixar rastros, retornando apenas muitos anos depois. Saímos de uma história de infância, negligência e vida adulta diretamente para assassinato.
E pode parecer algo muito pesado e nenhum pouco condizente com a forma que digimon sempre tratou suas histórias, mas escolhas de tom à parte, nós conhecemos o protagonista desse filme como alguém instrospectivo e traumatizado, incapaz de externar completamente seus sentimentos, com medo de se conectar com pessoas e até mesmo digimons. Lui carregou durante toda sua vida o peso da morte de pelo menos um de seus pais por culpa de Ukkomon e a constante desconfiança de relacionamentos em que ele pode se permitir ser ele mesmo e desejar coisas. Conseguem lembrar de personagens que também possuíam dificuldades parecidas?
Bem, a escolha do elenco de Zero Two não é à toa. Temos aqui um grupo de personagens que imediatamente começa a construir uma rede de suporte para Lui, não somente através do ímpeto de justiça e preocupação, mas também de questionamentos pertinentes. Questionamentos esses que poem em jogo até mesmo tudo o que eles conhecem sobre a origem de suas parcerias com seus digimons. Mas isso não deveria ser surpresa considerando que estes personagens foram desenvolvidos através de situações que os obrigavam a olhar não só para si e seus sentimentos (algo crucial e comum com o grupo dos mais velhos), mas a aprender com as pessoas (e digimons) ao seu redor.
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Eles são o suporte emocional natural pois, desde que se conheceram, essa é a forma com que eles aprenderam a interagir e a crescer como pessoas. Enquanto a jornada dos veteranos gira em torno do autoconhecimento, os escolhidos do grupo de Daisuke vivem através dos relacionamentos com seus amigos, o que consequentemente torna essas crianças mais em sintonia com seus digimons.
Digimon Adventure 02 desenvolve seus personagens de forma que não existe um momento no meio da série em que eles falam sobre seus sentimentos e demonstram terem entendido algo ou tido algum tipo de epifania. Em vez disso, o crescimento deles se encontra na forma como eles interagem uns com os outros.
Essas crianças aprenderam a aceitar ajuda e a se apoiar de forma mútua. Temos a oportunidade de entender quem esses personagens são quando eles interagem entre si. É onde vemos cenas desses escolhidos levando os digimons para a escola, para restaurantes, para todo lugar na verdade. Fica difícil imaginar esses mesmos personagens negligenciando seus digimons, não é mesmo?
É aqui que Zero Two e Kizuna se conectam. Afinal, enquanto em um nós temos a temática de deixar o passado prejudicar demais em nosso presente, interferindo em nosso futuro, no outro temos a visão de como é prejudicial se desprender totalmente do passado, negligenciando certos aspectos de nossas, em favor desse mesmo futuro. No fim, a mensagem é clara: você não pode deixar o passado te segurar.
Boa parte dos episódios de Zero Two se importa em mostrar não somente o sofrimento e o arrependimento de Ken, por exemplo, mas também como os outros ao seu redor lidam com isso. Como eles lidam com alguém que veio de fora, que passou boa parte do tempo como inimigo deles, e que agora está tentando mudar e ser útil.
E em The Beginning é este o ponto crucial. Lui, assim como Ken em Zero Two, Himekawa em Tri e Menoa em Kizuna está deixando que o seu passado o impeça de seguir em frente. E quando Ukkomon aparece numa forma extremamente bizarra e assustadora, é compreensível sua hesitação e seu receio de encarar a situação de qualquer forma positiva e produtiva que seja. Ele não teve uma boa experiência com digimons. Não teve aventuras, momentos de alegria, de superação, de compartilhamento de experiências. Ele somente teve a vivência provavelmente mais assustadora que se poderia ter com um parceiro digimon.
Quando digo que a escolha desse elenco para contar essa história não é à toa, é por saber que por estarem mais em sintonia com seus digimons, e com seus amigos humanos, que essas crianças tem a extrema capacidade de deixar de lado o choque de descobrirem que suas parcerias foram fabricadas e agirem com empatia com Lui. É por terem um relacionamento saudável e genuíno com seus digimons que essas crianças se colocam tanto no lugar do Lui quanto do Ukkomon, afinal, o pequeno digimon também deve ter sofrido. Então para seguir em frente, será que a melhor alternativa não seria realmente dialogar? Se comunicar? Expressar seus sentimentos assertivamente, por mais que exista sim um motivo para ter medo de dar esse passo a frente?
Bem, sabemos que Ken esteve num lugar muito parecido com esse, e seus amigos tiram dessa experiência um aprendizado que aqui é trazido para uma situação com consequências devastadoras como a morte de um parente, a perda de um olho, e tudo mais que aconteceu com o Lui. Não é de se espantar que logo ele se convença a tomar uma atitude e dar o braço a torcer. Estamos falando dessas crianças que estão felizes com seus sonhos e suas vidas e aproveitam cada momento que podem com seus amigos. Eles estão em constante contato com sua criança interior, algo que Lui não pode fazer por causa de seu trauma. Temos o grupo perfeito para encorajar Lui, com personalidades desinibidas, abertas ao novo, com experiências positivas com seus digimons, especialistas em dividir os fardos e as dificuldades da vida com os outros e dispostos a se descobrir a todo momento.
Toda essa perspectiva que temos sobre esse grupo de escolhidos está lá na segunda temporada. O que eles aprenderam nem sempre está descrito de forma didática e direta, mas está lá. Essas crianças mudaram, cresceram e se mantiveram verdadeiros, sem a necessidade (no momento) de pensar demais no futuro ou em coisas difíceis como se tornar adulto, ainda que muitos deles façam isso, eles não levam as coisas a sério demais. E isso é maravilhoso. Esse jogo de cintura, essa leveza, essa atitude é exatamente o que Lui precisa. Toda a experiência com o Imperador Digimon foi um momento de aprendizado para Ken e para seus amigos. É natural que eles consigam enxergar a situação desse novo garoto com um olhar maduro.
E vemos então que Lui aprende em pouco tempo com essas crianças. Ele decide abrir o coração para Ukkomon porque entende ali que precisa seguir em frente. Se prender ao passado e se impedir de viver sua vida não fará bem para ele. Confrontar Ukkomon, e consequentemente seus medos, e a dura possibilidade de que o que aconteceu com ele em parte pode ter sido culpa de seu desejo por aprovação da sua mãe é uma tarefa difícil. Ele tinha descartado Ukkomon por se sentir culpado? Por não conseguir aceitar a verdade?
Bem, apesar de tudo, Ukkomon foi seu único amigo. Ele o salvou da solidão, do medo, da incapacidade de expressar seus sentimentos. O pequeno digimon estendeu sua mão e ficou ao seu lado. E isso é expresso no filme de maneira muito bonita, afinal Ukkomon decide carregar todos os pecados e pagar o preço para que Lui possa seguir em frente.
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Em um dos audiodramas lançados na época do filme, e focado justamente neste sentimento do Lui, temos todos esses questionamentos acima, mostrando que a sensação de culpa e pecado nunca vão desaparecer, da mesma forma que aconteceu com Ken, mas o importante aqui é a decisão de seguir em frente. Juntos. E isso se aplica não somente à relação de Lui e Ukkomon, mas também à relação que essas crianças escolhidas terão daqui pra frente.
Não parecia fazer sentido pedir para deixar o lore de lado, mas o objetivo de The Beginning se torna claro quando levamos tudo isso em consideração. Se formos levar em conta que a conexão entre os digimons e humanos foi fabricada (graças a um poder maior, que sim, pode ser homeostasis) e neste filme temos a dissolução dos digivices, podemos conjecturar que o verdadeiro laço não será quebrado por causa disso. Agora provavelmente é o momento interessante de mencionar que mesmo no epílogo de Zero Two, os adultos e crianças de 25 anos no futuro estão juntos de seus digimons, mas nenhum deles possui um digivice.
Se esse grupo passará pelo mesmo que Taichi, Mimi, Sora, Yamato, Koushirou e Joe certamente passaram, não sabemos. Mas considerando como eles possuem experiências diferentes e uma abordagem muito mais desapegada pela vida, não consigo imaginar que a dissolução das parcerias deles venha a acontecer. E creio que isso seja também um ponto de debate paras as pessoas que se perguntam porque o tema da dissolução não é mencionado no filme. Mas se observarmos, tivemos uma morte dissolução entre Lui e Ukkomon, e tivemos respostas sobre como possivelmente os digimons dessas crianças não serão negligenciados. As crianças do 02 já conviviam no dia-a-dia do mundo real com seus digimons, eles já faziam parte de seu cotidiano de maneira natural, eles estão genuinamente felizes em interagir um com os outros e de fazer parte da vida uns dos outros, sem precisar de um inimigo causando confusão para que possam se reunir. Veemon não desgruda do Daisuke na loja de Lámen, Hawkmon viaja pelo mundo com a Miyako, Takeru leva o patamon para todo lugar de carro, Tailmon está tão envolvida com as crianças quanto a Hikari. Iori carrega um tatu pesado por aí para tudo que é aula, e isso é NORMAL para eles.
Digimon Adventure 02: The Beginning pode chocar, deixar dúvidas, mexer com o lore como nenhuma outra obra de adventure fez antes, mas sua mensagem se utiliza desse desconcerto para dar possíveis repostas para questões que envolvem o futuro, para colocar a relação entre as crianças e os digimons no holofote, e mostrar como os temas dessas séries se interconectam. Se "crescer" parecia algo ruim em Kizuna, aqui podemos entender de fato que esse não é o problema. Se prender ao passado pode te impedir de viver o futuro, e se preocupar demais com o futuro pode te impedir de viver o presente. E isso não é uma mensagem somente construída em 1h20 de filme, mas que vem desde Zero Two e Kizuna, que se dispõem a construir esses personagens e seus relacionamentos com os amigos, com os digimons, com o futuro, com seus sentimentos, com suas atitudes, com suas escolhas.
De um lado uma obra que se utiliza de um tom mais moderno e puxado para o terror psicológico para contar a história do primeiro digiescolhido. Do outro, temos esse grupo de personagens que se aceita, que se apoia um no outro e que cresce através de sua amizade. Zero Two sempre foi sobre como interagir com os outros, como se apoiar, como expressar os sentimentos, e como estar em sintonia com sua criança interior proporciona uma perspectiva esperançosa e positiva a esses personagens, ainda que de forma prática eles tenham seus muitos defeitos e até mesmo futuros muito menos engajados e promissores que seus veteranos.
Seja se propondo a superar o passado para seguir em frente ou amadurecer com o apoio de seus amigos, Digimon continua importante em seus questionamentos. Então por mais polêmico que seja usar o encerramento da conexão entre Ukkomon e Lui, personagens novos, como explicação para a parceria entre os digiescolhidos e também para a destruição dos digivices, acredito honestamente que The Beginning acrescenta tanto ao lore e ao desenvolvimento dos personagens, mas novamente, é preciso realmente olhar e analisar esse filme não somente pelo que ele é, mas também tudo o que a história até aqui nos apresentou para tentar fazer sentidos dessas revelações e do desenrolar dos acontecimentos.
E sim, muito do que foi falado acima parte de muita conjectura, expectativa e de pedaços de informação espalhados por 25 anos de Adventure. No entanto, assim como os personagens cresceram, nós fãs também crescemos e precisamos desenvolver um olhar mais crítico e apurado para entender o que está sendo mostrado. Muito daquilo que podemos considerar atitudes chatas ou irresponsáveis, irritantes de muitos personagens faz parte do desenvolvimento desses personagens que acabamos deixando passar batido presos nos recursos narrativos e visuais que são escolhidos para contar essa história, sejam eles evoluções chamativas, níveis de poder, roupas, escolhas de cenários, de cores, etc. Todos esses elementos são escolhidos intencionalmente para se contar uma história, e Zero Two certamente vai parecer um anime diferente se você, assim como eu, assistí-lo mais velho.
No fim, a aventura continua evoluindo, e dessa vez tivemos grandes revelações que solidificam ainda mais as relações entre humanos e digimons, e se os dois últimos filmes provaram algo, é que Adventure ainda tem muito o que contar.
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Pensamentos posteriores:
- Não parece interessante que no começo de Zero Two, essas crianças que estão se conhecendo ainda não conseguem se expressar e se entender, mas conforme elas se unem e aprendem umas com as outras elas desenvolvem a capacidade de literalmente unir seus digimons para alcançar um poder maior?
- O diretor de The Beginning já deixou claro que não gostava da ideia de estar preso a um Epílogo de algo que foi feito há mais de 20 anos atrás, mas no fim ele acabou dando uma solução bem simples para as coisas.
- Ver os Digivices desaparecendo doeu, vou confessar. Mas essa decisão abriu as portas para o futuro de maneira fenomenal.
- O ovo do Ukkomon reaparecendo na cena pós-créditos abre muitas possibilidades, principalmente para o retorno do Agumon, Gabumon e dos outros cujas parcerias se encerraram. Dessa vez, sem um contrato, sem digivices ou brasões. Talvez no fim, a partir do momento que os escolhidos entendem mais sobre si mesmos, se aceitarem, e escolherem viver plenamente, sem estarem presos ao passado, seja quando os digimons renascerão de alguma forma.
- Para uma primeira postagem, sei que ficou extremamente extenso, mas considerando a confusão que The Beginning gerou por parecer quebrar o lore e não desenvolver os personages, precisei mergulhar de fato numa análise mais detalhista sobre a trama e o desenvolvimentos dos digiescolhidos.
Abaixo, alguns sites e blogs que usei como referência e base para minha análise.
Análises aprofundadas sobre Digimon: Shihanne's Blog
Notícias e entrevistas: With The Will
Tradução do AudioDrama de The Beginning (Em inglês): DigiLab
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bembela · 8 months
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filmes-online-facil · 2 years
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ennmaximof4 · 1 year
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MOSCA
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Angel Salvadore
Mutante
• Fisiologia Insectóide: Durante o início da mutação de Angel, ela girou um casulo em torno de si mesma que mudou a composição física de seu corpo, tornando seu corpo interno semelhante ao de uma mosca doméstica que passou por uma metamorfose completa. As principais mudanças em seu corpo foram a manifestação de um único par de asas e a capacidade de produzir e secretar ácido digestivo. O sistema reprodutivo de Angel também mudou, igualando-se ao da maioria dos insetos.
• Produção de Ácido: Angel tem a capacidade de produzir e secretar ácido digestivo que pode ser usado tanto para fins defensivos quanto para alimentação. O ácido é muito corrosivo e pode derreter a maioria das substâncias. Quando ameaçado, Angel pode vomitar grandes quantidades de ácido. Da mesma forma que uma mosca doméstica, Angel também usa seu ácido para amolecer a comida antes de sugá-la.
• Capacidades Vibracionais Sônicas: Ao vibrar suas asas em alta velocidade, Angel cria explosões sônicas ensurdecedoras poderosas o suficiente para quebrar o vidro e imobilizar aqueles com audição normal ao seu redor.
Como se algum dia fossemos ganhar alguma coisa nesta existência podre. -Angel Salvadore.
HISTÓRIA:
Angel Salvadore tinha quatorze anos quando sua natureza mutante se manifestou. Depois de uma semana sendo a causa de um mau cheiro em seu quarto, ela foi expulsa de sua casa em Wyoming por seu padrasto abusivo. Durante a noite, Angel dormiu no frio, ela formou um casulo ao seu redor e emergiu dele depois de criar um par de asas. Na manhã seguinte, ela foi acordada pelos U-Men, humanos que buscavam colher partes de corpos mutantes para enxertá-los em si mesmos. Embora ela tenha tentado escapar, usando seus novos poderes, Angel foi capturada. Ela foi resgatada por Wolverine e levada para o Instituto Xavier, onde relutantemente se matriculou como aluna.
No início, Angel teve dificuldades em se adaptar à escola, considerando seus colegas auto-importantes. Sua atitude começou a mudar quando os X-Men enfrentaram a ameaça de Cassandra Nova. Angel trabalhou com Emma Frost e os Stepford Cuckoos para roubar as amostras de DNA de Nova, necessárias para reprogramar o material alienígena. Durante a missão, Angel conheceu e libertou o mutante Beak, que estava em coma desde antes do ataque de Nova. O plano de Frost, com a ajuda de Angel, foi um sucesso, e Cassandra Nova ficou presa no corpo de Stuff.
Embora Angel ainda fosse considerada uma aluna problemática, ela começou a se dar bem com seus professores e colegas. Durante uma aula de voo, Angel aceita uma aposta para beijar Beak. Quando ambos foram designados para a Classe Especial de Xorn, Angel se aproximou dele e eles começaram a se ver romanticamente. Angel, Beak e os outros alunos da Classe Especial fizeram parte de outro confronto contra os U-Men, quando estavam acampados no meio da floresta do terreno da Mansão Xavier. Angel foi a única a testemunhar seu professor, Xorn, assassinar brutalmente os U-Men. Ele a convenceu a manter seu segredo.
Durante uma entrega de prêmios, Angel foi parabenizada ao lado de Beak pelo professor Xavier por seu heroísmo. No entanto, nenhum deles estava presente durante a celebração, pois estavam ocupados tramando um plano para evitar sua expulsão da escola quando Angel revelou a Beak que estava grávida. Dias depois, Angel colocou vagens no teto de um galpão da escola para gestar sua prole. Após o aparente assassinato de Emma Frost, as cápsulas foram encontradas por Sage e Bishop, que investigaram o crime e apontaram Angel como a assassina. Quando as vagens eclodiram com os bebês de Angel e Beak, foi revelado que os jovens pais eram inocentes das acusações.
Enquanto os X-Men se recuperavam de um ataque, Angel, Beak e seus filhos viviam no galpão da propriedade Xavier. Durante este período, Beak cruzou o caminho dos Exilados, sendo involuntariamente recrutado pela equipe multiversal para ajudá-los a deter o Rei Hyperion. Como Beak estava desequilibrado com o tempo, ele se tornou incapaz de interagir com sua família em seu universo nativo, como os outros Exilados. Angel acreditou que ele havia fugido e, foi deixada sozinha com seus filhos.
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Como resultado do Dia M, Angel, Beak e seus filhos (exceto Tito) perderam seus poderes mutantes. Reunidos com sua família e livres de sua aparência hedionda, Angel e Beak aparentemente conseguiram viver felizes juntos novamente. Estabelecendo-se em uma vida doméstica e em um relacionamento visivelmente mais complacente, Angel e Beak deixaram o Instituto Xavier e se mudaram para um apartamento na cidade de Nova York. No entanto, o casal foi rapidamente trazido de volta à vida de super-herói quando Night Thrasher começou a recrutar mutantes sem poderes para se juntar a seus Novos Guerreiros, para combater a Lei de Registro de Super-Humanos e a Iniciativa de Tony Stark.
Supõe-se que Angel, de forma semelhante a Beak, recuperou suas habilidades mutantes como resultado do surto global do vírus Mothervine, que confere poder. Quando Charles Xavier estabeleceu uma nação mutante paradisíaca na ilha de Krakoa, todos os mutantes receberam cidadania krakoana. Angel e Beak se recusaram a se mudar para a ilha, já que o pai humano de Beak estava lutando contra uma rara forma de demência e precisava de ajuda específica. O casal mudou-se para uma fazenda em Pilger, Nebraska.
Querendo ter certeza de que todos poderiam se juntar à sociedade de Krakoa, Armor decidiu formar um pequeno esquadrão para rastrear mutantes desaparecidos, incluindo Angel e Beak, e trazê-los para Krakoa. Ao visitar a Bohusk Farmhouse, ela usou remédios Krakoan para curar a doença do pai de Beak. Infelizmente, um grupo de mercenários da Costa Perdita conhecido como Cartel Bohem seguiu a equipe de Armour em sua jornada para Nebraska e capturou os filhos de Beak e Angel para negociar drogas Krakoan. Por três dias, a família de Angel e a equipe de Armor foram mantidas em cativeiro na Bohusk Farmhouse. Angel finalmente conseguiu libertar a equipe de Armor usando seus poderes de ácido digestivo.
A família aparentemente se estabeleceu no Habitat Akademos ao lado de outros jovens mutantes. Em Akademos, ela ajudou os Novos Mutantes em suas atividades de treinamento.
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goya-brasilleiro · 2 years
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_______________________________SINOPSE!! • • OBS: CAPA NÃO OFICIAL • Em um divertido Vilarejo vive três moças que exercem um árduo ofício transmitido de geração à geração: Rita, Betina e Lúcia Valéria são excelentes lavadeiras. Quase todos os dias, as amigas estão à beira do rio, fora do Vilarejo, lavando, cantando e conversando. A vida segue tranquila, com muito trabalho, até que em uma manhã um curioso objeto de barro é encontrado por uma das três. Com a descoberta, uma assustadora verdade é revelada. Uma antiga lavadeira é a portadora da bizarra notícia. A vida das moças sofre uma reviravolta. Um segredo revelado, uma missão impossível e um perigo iminente, que carrega um poderoso CAOS, está se aproximando. Será necessário tomar difíceis decisões. O que leva a perguntar: Serão as certas? E os outros segredos, poderão ser revelados? Uma corrida contra o tempo leva as lavadeiras pôr à prova sua coragem. A missão é perigosa, há um preço a pagar, estarão elas preparadas? Uma história mágica que carrega uma tradição histórica. Em breve estará disponível no Wattpad. "AS LAVADEIRAS" Aguardem. 🖤📚🦋 • • • #conto #aslavadeiras #miniconto #wattpad #capa #capaamadora #canva #historias #lenda #magia #fantasiascriativas #fantasia (em Fortaleza, Brazil) https://www.instagram.com/p/Ci6IapduXqV/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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