Tumgik
cricrilando · 8 years
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01 pensamento
no amigo secreto de família tirei a minha vó e comprei um relicário. coloquei uma foto minha e uma da minha irmã, disse pra vó que era pra ela não sentir mais saudade da gente.
agora eu é que sinto saudade dela.
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cricrilando · 8 years
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ideias para uma festa de reveillon à fantasia
pensei que seria bacana ter uma festa de reveillon à fantasia, para virar o ano vestida de outra pessoa que quem sabe tem mais sorte que eu. obviamente pensei em fantasias - individuais, de casal e de grupo.
#1 Britney Spears no clipe de Sometimes
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#2 Xandy
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#3 uma das Madonnas no clipe de Die Another Day
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#4 Padre Marcelo Rossi
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#5 Power Ranger branco
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#6 dr. Albieri de O Clone
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#7 Cher de As Patricinhas de Beverly Hills
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#8 todo o grupo Os Travessos
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#9 Rainha de Nárnia
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#10 Jennifer Lawrence caindo no Oscar
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#11 Junior no clipe de Enrosca
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#12 Sandy na capa deste álbum
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#13 Rose de Titanic
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#14 Cady no halloween de Meninas Malvadas
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#15 Sam de A Nova Cinderela
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#16 Josie de Nunca Fui Beijada
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#17 101 dálmatas
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#18 integrante do grupo Dominó
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#19 Paris Hilton vestida de Marilyn Monroe
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#20 Angemon do Digimon
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#21 Xuxa e Sérgio Mallandro em Lua de Cristal
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#22 Sandy e Guilherme Fontes em Estrela Guia
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#23 Alexandre Pires
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#24 Backstreet Boys na capa de Millenium
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#25 seu médico favorito da ficção
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#26 Mara Maravilha
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#27 Snapchat
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#28 Moby Dick
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#29 Dragão branco de olhos azuis do Yugi-Oh
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#30 seu animal favorito albino
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cricrilando · 8 years
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Razões para crer que “Lagoa Azul: O Despertar” é o pior filme do mundo
Dia desses resolvemos, eu e umas corajosas, clicar na nova versão de “Lagoa Azul” no Netflix. E, bem, é o pior filme do mundo. Apenas bem ruim mesmo, não tem muito o que dizer. Posso apenas apontar os fatos que comprovam a minha opinião.
#1 O filme é de 2012, uma versão moderninha que busca um público teen. Os personagens estão no ensino médio (e os atores são sofríveis). Mas aí que em pleno 2012 dois adolescentes ficam perdidos e vão parar numa ilha e ninguém acha por três meses. É uma equipe de busca bem incompetente. 
#2 Os dois vão parar na ilha após uma festa num barco em alto mar ser parada pela polícia. Aí todo mundo lá, umas par de pessoas no barco, a polícia ali do lado etc e tal. A mocinha (Emma) cai no mar e apenas UMA pessoa percebe: o mocinho (Dean), óbvio. A polícia não vê, ninguém no barco percebe. Eis que eles sobrem num bote ali no mar e acabam sendo atingidos por uma onda de uma tempestade que atinge APENAS O BOTE. QUE NÃO VIRA. De manhã eles já tão na ilha de boas.
#3 As amigas da Emma, as piores do mundo, só avisam a galera que a menina não voltou no dia seguinte. Porque elas achavam que a amiga tinha encontrado um cara e tava tendo uma noite ótima. Sua amiga desaparece, não volta pra casa depois de uma festa em um barco num país desconhecido e você só avisa no dia seguinte???? Ai, jovens.
#4 Enquanto isso, na ilha, os dois perdidos cortam suas calças jeans com um canivete e colhem bananas de uma árvore parecida com um coqueiro. 
#5 Ainda na ilha, nós temos o desenvolvimento do romance. O primeiro beijo dos mocinhos acontece depois que eles acham um esqueleto embaixo de umas folhas. Porque nada mais sexy do que um esqueleto pra fazer dois jovens se pegarem, não é mesmo? Em seguida temos a PIOR cena de sexo do audiovisual mundial - o cara mal se mexe, em um momento parece que ele desmaiou em cima da mina. Mas, quem entende, depois disso eles viram um casal feliz e apaixonado (com ocasionais briguinhas que passam em segundos) que protagonizam cenas clichês de beijos no mar.
#6 Para cobrir os erros que poderiam ser apontados pelo público, resolveram incluir dois momentos de diálogos esclarecedores. Primeiro a menina pergunta pro cara se ele tem se barbeado, já que não tem nada de barba nele. O que é totalmente dispensável porque ele tem 16 anos, nem todos os caras de 16 anos têm barba, ninguém ia se preocupar com isso. Seria mais útil o cara perguntar como que ela acorda todos os dias de babyliss. Depois a menina passa mal e o cara pergunta se ela acha que pode estar grávida, afinal eles vêm tendo várias cenas horríveis de sexo sem métodos contraceptivos. Ela diz que não (e não está mesmo, o que talvez eles devessem verificar no médico depois, um deles pode ser estéril). Mas ambos garantem que querem ter filhos um dia, apenas não naquele momento. (nossa cês não querem ter filhos perdidos numa ilha, no mato, aos 16 anos???? estou chocada)
#7 Ninguém liga pra esses erros de roteiro quando um dos únicos animais na ilha é uma pantera negra (o outro é um macaco solitário) que persegue o mocinho pela mata fechada. Surpreendentemente o mocinho consegue correr mais rápido que a pantera, mas ele tropeça em um galho. A pantera salta por cima dele, pronta pro ataque e você pensa MORREU FINALMENTE UM PLOT INTERESSANTE. Mas não. Porque o cara enquanto tropeçou aparentemente teve tempo de tirar seu canivete do bolso, virar de costas e CORTAR A GARGANTA DA PANTERA EM PLENO SALTO. Um cara de 16 anos matando uma pantera com um canivete. Sim.
#8 Insira aqui uma conversa irrelevante sobre virgindade (obviamente a mina era virgem, o cara não). 
#9 Em determinado momento o cara fala pra mina que nossa por que tanto ela quer sair dali, que que tem de tão bom no mundo fora da ilha. HAHAHHAHAHAHHAHAHAHAHHA ai, migo
#10 Três meses depois de perdidos aparece um avião que resgata os dois. Quando chegam de volta na cidade deles EM OUTRO PAÍS, os pais deles estão esperando no aeroporto com outras pessoas curiosas e amigos, atrás de uma cordinha. Zero emoção de reencontro dos filhos desaparecidos que todos acreditavam estar mortos. Parecia que eles tavam só voltando das férias, sem lágrimas, uns abraços xoxos. 
#11 De volta na cidade os dois se distanciam, apenas para poderem se reunir em um romântico beijo na chuva durante o baile de formatura. Óbvio.
#12 A trilha sonora é horrorosa, com umas músicas dramáticas que tentam sozinhas dar algum drama. 
#13 Os cenários em chroma key são piores que os do The Voice UK.
Em caso de dúvida, assista ao trailer.
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Lagoa Azul bom era aquele da Sessão da Tarde.
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cricrilando · 9 years
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4 provas de que Sandy & Junior é uma série premonitória
Em “A Partida”, episódio 4 do seriado Sandy & Junior, podemos acompanhar algumas premonições sobre o futuro do Brasil. Acompanhe.
#1 O time do colégio, que coincidentemente joga de camisa amarela como c e r t a s seleções canarinhas, perde de lavada para o time adversário. O placar chegou apenas perto de prever com precisão o desastre: 6 a 0.
#2 Um dos gols é contra. Como aconteceu com um jogador em uma certa Copa do Mundo.
#3 O artilheiro da equipe (seria ele o camisa 10?) se machuca em uma partida importante.
#4 O diretor do colégio diz, com todas as letras, que o gigante acordou.
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cricrilando · 9 years
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pequenos luxos que são qualidade de vida
rede em casa. tomada e interruptor perto da sua cama. fogão com acendimento elétrico. torradeira. marcador de páginas com ímã. wifi. banco online. guarda-chuva que cabe na bolsa. ônibus com ar condicionado. saca rolhas de “anjinho”. colher de pau. morar perto do seu bar favorito. site de delivery de comida. máquina de secar roupa. fone de ouvido. peso de porta. cesto de lixo perto da escrivaninha. spray texturizador. chuveiro com regulador de temperatura. tecido que não amarrota. loja virtual. caixa de mercado com balança pra pesar as frutas. remédios em comprimido.  prédio com elevador e central de gás. micro-ondas.
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cricrilando · 9 years
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Alguém lê esse tumblr? Não tenho certeza. Se sim, me desculpa. Acho que voltei para o wordpress. Quem sabe agora eu use isso de um outro jeito, né?
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cricrilando · 9 years
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Pausa para um guru
Desnecessário dizer que esse discurso do Neil Gaiman para a University of the Arts é maravilhoso, sempre foi e sempre será. Mas, neste ano ele tem sido meu grande guru e uma pontinha de esperança e guia de vida. Porque 2015 não é fácil, mas ouvir isso às vezes ajuda um bocado. Todas as vezes - e já perdi as contas de quantas foram.
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cricrilando · 9 years
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Tinha um cara sozinho no bar
Tinha um cara sozinho no bar. A mesa dele, do lado da minha, tinha uma cadeira vazia. Quando a minha irmã chegou, perguntou se podia pegar a cadeira. Ele disse que sim. O cara sozinho no bar ia continuar sozinho no bar.
Mas, ainda que ele estivesse suficientemente certo que que continuaria sozinho para dispensar sua cadeira reserva, ele olhava para a entrada do bar o tempo todo. E conversava com alguém no whatsapp. E bebia lentamente sua cerveja. Sozinho.
Bem, talvez as outras pessoas gostem disso. De beber sozinhas. Eu estava numa mesa com seis outras meninas que conheço de lugares diferentes, todas muito agradáveis. E é claro que, assim, o cara sozinho me parecia ainda mais sozinho. 
Ele deu dinheiro pro cara que sempre aparece no bar pedindo dinheiro. Ele pediu pro garçom fazer meia porção de batatas, porque ele não daria conta de comer uma inteira. Ele conversou mais no whatsapp, pediu outra cerveja. 
Escrevemos um bilhete - que era pra ser simpático - num guardanapo e deixamos na mesa dele quando ele foi ao banheiro e deixou para trás todos os seus pertences empilhados na mesa: carteira, chaves, dois celulares. Ele nem viu o bilhete. Quando voltou, ele conferiu o celular. Quando foi embora, o bilhete continuava dobrado e intocado perto das batatas fritas abandonadas.
Tem alguma coisa melancólica em ver pessoas sozinhas que eu apenas tenho dificuldade em superar.
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cricrilando · 9 years
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Formei, e agora?
"Estou convencido de que essa é a fórmula secreta da felicidade e da longevidade. Que cada um possa viver e fazer apenas aquilo que gosta, do berço à tumba." Para mim sempre foi natural concordar com as palavras de Gabriel García Márquez em um dos discursos compilados em Eu Não Vim Fazer Um Discurso. Mesmo antes de lê-las.
Eu acreditava - ou, pelo menos, queria acreditar - que esse tinha que ser o motivo para as pessoas irem pra faculdade. Fazer o que elas gostam. E depois continuar fazendo exatamente isso para viver. Durante toda a vida escolar, tentaram me fazer entender que nada tinha volta. Na 4ª série as professoras diziam que nenhum educador da 5ª série ia me esperar copiar do quadro, só iam apagar e os mais lentos perderiam tudo. No ensino médio a gente ouvia que a escolha pro vestibular seria o que faríamos pro resto da vida. Mas não é sempre assim. Os professores te deixam copiar do quadro e você sempre pode mudar de ideia sobre o que fazer com a sua vida - e foi isso que eu disse para um completo desconhecido numa festa que não gostava de cursar Administração.
Bem, o caso é que eu estou satisfeita com a minha escolha. E depois da formatura o que eu esperava era: pronto, agora vou pro resto da minha vida. O que ninguém tinha me avisado antes é que tem um período em que nada acontece.
Não tem mais curso. Não tem emprego. Não tem pós-graduação. Cada hora é infinitamente menos produtiva que a anterior. Porque não tem nada a ser produzido. Você sente que devia ter alguma coisa a mais, que jamais sua versão de 13 anos pensaria na sua vida assim, sendo nada. Você foi fazer um cadastro, pediram sua profissão, você teve um ataque de pânico. Seu currículo já rodou o mundo, suas tardes são feitas de pijamas e você não sabe o que fazer. Simplesmente não sabe o que fazer.
As outras pessoas não entendem muito bem. Você acabou de se formar, elas dizem. Logo as coisas começam a acontecer. Mas você precisa que as coisas aconteçam. Qualquer coisa. Alguma coisa.
O que eu quero dizer é que certamente já tive fases melhores.
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cricrilando · 9 years
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O amor via e-mail nos tempos do 8tracks
Ah, os e-mails! Os e-mails são como os Beatles. Estão por aí há muito tempo. E se encaixam em praticamente qualquer situação. Formal, informal, coisa rápida, para amigos, para completos desconhecidos: sempre dá para mandar um e-mail ou tocar Beatles. É uma escolha segura e mundialmente disseminada, reconhecida, valorizada. Mas, infelizmente, metade dos Beatles estão mortos e metade dos seus e-mails jamais serão respondidos. Ou mais, metade é uma previsão para gente sortuda.
E, é claro, as pessoas tendem a pensar no lado mais negativo das coisas. É impossível pensar em como Paul McCartney está aí na atividade sem lembrar de como John Lennon não está. E também é impossível lembrar só dos bons e-mails - você lembra dos cretinos que demoram a responder, dos que não respondem, dos que dão respostas inúteis, dos spammers. E tudo isso é um saco mesmo. Mas, não se preocupem, este é um texto Paul e Ringo. Porque, caros leitores, no meio de uma caixa de entrada cheia de e-mails da Amazon te indicando descontos, da Submarino confirmando sua compra, dos sites de empregos mandando vagas que não serão úteis para você e do Twitter sendo irritante e te indicando mais uma vez um follow que você não vai dar nem que apareça em quinze mil e-mails, estão os e-mails do 8tracks.
Meu amor pelo 8tracks não é segredo para ninguém e uma boa parte desse sentimento nasceu com os e-mails que eles mandam frequentemente. Quando olho para a minha caixa de entrada, já vou apagando logo uma porção de coisas sem abrir. Não as mensagens do 8tracks. Porque, SIM, dá para ser legal por e-mail. Mesmo que você seja uma rede social e esteja apenas ali para lembrar aos navegantes de dar uns cliques no seu site.
O 8tracks é uma plataforma para montar e ouvir mixtapes, além de permitir que você siga amiguinhos, favorite suas playlists favoritas e comente no trabalho da galera. Digamos que você não queira montar playlist nenhuma e nem faz questão de interagir com ninguém. Precisa se cadastrar para ouvir mixtape? Não, não precisa. Mas, sem cadastro e sem mixes você perde uma grande parcela da experiência.
Quando alguém favorita uma de suas mixtapes, o 8tracks logo te avisa que “uma pessoa de verdade ouviu sua playlist e amou” e que, embora “o mundo às vezes seja um lugar solitário, esta não é uma dessas vezes”. Quando alguém começa a te seguir, você fica sabendo que tem um “admirador secreto, cujo nome é tal”. Ainda que sejam e-mails automáticos para notificar coisas simples, eles são bem simpáticos. Além disso, eles sempre enviam uma seleção de três mixes baseada nas que você geralmente ouve. E, cara, quem não gosta de ter sugestões musicais?
Porém, dia desses o 8tracks superou a própria fofurice via e-mail. Em um dia normal, um e-mail começava com uma mensagem pedindo que nós, os usuários, compartilhássemos histórias com eles. Qualquer coisa que a pessoa sentisse vontade de contar. E eu, bem acostumada com esse mundo sem respostas, com mensagens que nunca são lidas e a generalizada falta de atenção, logo pensei: bacana, mas ninguém vai ler essas coisas. Porque, vejam bem, quantas vezes nós já nos deparamos com um birrento “por favor, não responda este e-mail” no fim de mensagens de empresas/serviços? Ninguém está interessado no que você tem a dizer, essa é a regra. Eis a exceção. Qual foi a minha surpresa quando recebi depois um e-mail com uma dessas histórias, acompanhada das tradicionais indicações musicais.
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Logo após ter uma overdose de amor, resolvi que seria ingratidão ver isso em silêncio (obviamente, como vocês podem perceber, eu ainda acho) e respondi o e-mail elogiando o bom trabalho. Afinal, não é todo dia que a gente se depara com essa comunicação com usuários sendo feita de uma forma tão boa. Me surpreendendo mais uma vez, a equipe me enviou uma resposta empolgada agradecendo o feedback.
100% convencida & defensora do 8tracks.
Aproveitando o momento de compartilhar o meu amor, no 8tracks eu sou a kahcau e meu principal passatempo é montar mixtapes com músicas meio velhas - de pagode, pop, sertanejo, forró, funk e umas outras tretas.
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cricrilando · 9 years
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O grande problema dos dramas familiares
Recado aos navegantes: se você ainda não assistiu “Parenthood” até o final e não gosta de spoilers, recomendo que feche este post e vá terminar a série. Se não liga para spoiler ou não liga para “Parenthood” (seu monstro!) o texto é livre.
“Parenthood” entrou na minha vida em 2011, junto com o começo da faculdade, minha mudança de cidade e a amizade com quem me apresentou à série. E tudo isso veio logo depois de terminar “Gilmore Girls”, minha série preferida da vida que até hoje deixa o meu coração apertado de tanta saudade. Com “Parenthood”, eu teria a chance de tentar preencher um pouco do vazio existencial que o fim das Gilmore me causou, afinal é um drama familiar com a Lauren Graham.
Acontece que: a) um grande amor não pode ser substituído por outro, e b) “Parenthood” não é apenas mais um drama familiar, mas sim o maior e melhor de todos eles.
As seis temporadas da série fizeram parte de uma época importante da minha existência e o universo fez questão de me dar o series finale para ser assistido exatamente no dia da minha colação de grau. Se o timing do seriado na minha vida não tivesse sido tão bom, eu teria gostado tanto assim? Claro que teria. “Parenthood” vai fundo e se garante - você não se emociona porque já está tenso, estressado e emocionalmente abalado, mas sim porque está totalmente envolto naquele universo. Chorei durante a esmagadora maioria dos mais de cem episódios e a cada minuto que passava eu era mais Braverman sem deixar de ser menos Azevedo. E a mistura da minha vida com a vida dos personagens frequentemente era demais para lidar com os olhos secos.
O maior crédito de “Parenthood” foi, durante toda a série, não forçar situações só para emocionar o público. Os problemas dos personagens não davam a sensação de jogadas dos roteiristas, só de vida. Que explicação você dá para crises no casamento, gravidez não planejada, Asperger, câncer, problemas cardíacos, relacionamentos complicados, busca por mozão, desafios na carreira? Vida. A vida acontece bem assim mesmo.
Aliás, nada era forçado. Assim como os plots surgiam de forma natural, os diálogos eram tão reais com suas gaguejadas, enroladas e silêncios estranhos que podiam ter sido ouvidos em qualquer lugar. O texto era sincero. Os atores eram maravilhosos.
Quando soube que a série teria seu fim na sexta temporada, comecei a temer mais pelo meu estado de vida após perder essa preciosidade semanal do que por uma conclusão completamente descabida. Só não esperava jamais que o series finale fosse me agradar tanto.
Nada daqueles estúpidos “x anos depois” com uma encenação medíocre de como a família terminou. Depois de ver um bonito casamento pra Sarah e sofrer pela morte do Zeek, tive que me controlar para não me afogar enquanto rápidas cenas do futuro dos personagens eram mescladas com um jogo de baseball. Só esse final poderia resumir melhor a essência da série que qualquer coisa que eu possa dizer. A sensação que o final me trouxe é de que as coisas não acabaram com um grande acontecimento ou com tudo resolvido ou com o final feliz. Mas sim que todo mundo continuou vivendo e tendo tretas.
Eis o grande problema dos dramas familiares: eles te incluem em uma nova família sem te afastar da sua. Tudo é muito identificável, possível, real. É inconclusivo. Mas acaba. E, assim como você não pode apenas sufocar a saudade de uma pessoa com outra, não há como fazer isso com uma família inteira, ainda que fictícia.
O tempo valeu a pena, o adeus foi dolorido e a saudade já é eterna.
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cricrilando · 9 years
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Enredo para uma comédia romântica da minha vida
Sou a mocinha formada em comunicação e desempregada que tenta se lançar na carreira de wedding planner. Como primeiro grande trabalho, a melhor amiga bem sucedida deixa que eu planeje o casamento dela, no qual serei também madrinha e DJ. Enquanto lido com a compreensiva mãe da noiva e a difícil mãe do noivo, minto para a amiga que tudo está indo muito bem mas na verdade tudo começa a dar errado. A amiga descobre e fica puta da vida, brigamos, o noivo lembra mais tarde de alguma vez que fiz algo realmente legal pra noiva, ela vem me procurar, diz que acredita em mim e era só isso que faltava pra tudo magicamente começar a dar certo. Provamos que a amizade verdadeira supera tudo, o casamento é um sucesso. Eu e o confeiteiro assombrosamente bonito com quem encomendei o bolo de cenoura da festa nos apaixonamos perdidamente. Termino o filme com um mozão e como uma brilhante wedding planner cheia de potencial.
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cricrilando · 9 years
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Retrospectiva literária: 2014
Bem sei que estou atrasada e que faz pouco sentido fazer uma retrospectiva a essa altura do campeonato, em pleno 2015. Mas, quem sabe isso não é o que vai me faltar mais pra frente quando eu estiver caminhando a passo de tartaruga nas leituras do ano novo?
Em 2014 li pouco - muito menos do que gostaria, mas apenas o que me foi possível em meio ao caos sem fim de um estágio, "tcc", trabalho e quantas crises mais você possa imaginar. Li pouco, sim, mas li bem: ainda que tenha deixado muitas edições intocadas na estante, gostei bastante da grande maioria dos livros eleitos para o ano. E comecei lindamente, relendo "A Menina que Roubava Livros" logo de cara. Foram 27 livros no total, desconsiderando leituras acadêmicas.
Livros lidos em 2014:
A Menina que Roubava Livros (Markus Zusak); Zombicorns (John Green); Mini Becky Bloom (Sophie Kinsella); Raiz-forte (Lemony Snicket); Alta Fidelidade (Nick Hornby); Harry Potter e as Relíquias da Morte (JK Rowling); O Pequeno Príncipe (Antoine de Saint-Exupéry); Nu, de Botas (Antonio Prata); O Apanhador no Campo de Centeio (JD Salinger); Bonsai (Alejandro Zambra); Até o Dia em que o Cão Morreu (Daniel Galera); Clube da Luta (Chuck Palahniuk); Memórias de Minhas Putas Tristes (Gabriel García Márquez); A Vida Privada das Árvores (Alejandro Zambra); Alice no País das Maravilhas (Lewis Carroll); Meio Intelectual, Meio de Esquerda (Antonio Prata); Paris Versus New York (Vahram Muratyan); Juliet, Nua e Crua (Nick Hornby); A lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (Washington Irving); Cidades de Papel (John Green); As Virgens Suicidas (Jeffrey Eugenides); Mary Poppins (PL Travers); O Azarão (Markus Zusak); Como Ser Legal (Nick Hornby); Eleanor & Park (Rainbow Rowell); A Espuma dos Dias (Boris Vian); Antologia da Literatura Fantástica (org.: Adolfo Bioy Casares, Jorge Luis Borges e Silvina Ocampo)
O casal mais apaixonante: Eleanor e Park. Li poucos livros com casais fofos e só não voto em Rudy e Liesel porque foi uma releitura e eles já devem ter ganhado o título quando li A Menina que Roubava Livros pela primeira vez, em 2009 ou 2010. Achei Eleanor e Park apaixonantes sim, principalmente no começo do livro - depois eles ficaram um pouco melosos demais para o meu gosto.
Virei a noite lendo: Alta Fidelidade.Na verdade, não virei a noite lendo coisa nenhuma pois estou bem velha e passei a maior parte do ano morrendo de sono. Mas, Alta Fidelidade foi uma leitura de férias e acho que adentrei algumas madrugadas com ele.
Me deixou triste: Memórias de Minhas Putas Tristes. Comecei a ler e alguns dias depois o García Márquez faleceu, uma das mortes mais sentidas desse 2014 cheio de mortes. Terminar o livro depois foi dolorido.
Decepção do ano: O Apanhador no Campo de Centeio. Eu tinha muita vontade de ler esse livro e, consequentemente, muitas expectativas. Mas, sabe, achei apenas nhé. Até eu, que sou bem leiga no assunto, achei a tradução ruim então talvez tenha sido esse o problema. Sei apenas que não agradou. Poxa, Salinger. 
Grifei: Não grifo, apenas marco com um post-it as páginas dos meus trechos favoritos e depois anoto. Fiz isso com todos os livros que li durante ao ano.
O pior livro de 2014: O Azarão. Markus Zusak me decepcionou um tanto com esse livro. Li meio me arrastando e jamais leria outra coisa do autor se tivesse começado os trabalhos por ele. Obviamente não me interessei por continuar a ler a série.
Soco no estômago: As Virgens Suicidas. Nunca na vida tinha lido algo tão infinitamente triste. Não cheguei a chorar, mas a história dava um aperto tão infeliz no peito e as imagens são absurdamente vivas e deprimentes. Porém é maravilhoso, com certeza uma das melhores leituras que já fiz. 
O mais chato: Cidades de Papel. Só para não repetir e votar em O Azarão de novo, vou dar essa menção nada honrosa a John Green. Todas as outras coisas que li dele foram mais interessantes que Cidades de Papel, que achei apenas tedioso e com personagens chatos.
Morri de rir: Nu, de Botas. Antonio Prata me fez gargalhar alto com as ótimas histórias de sua infância.
Deveria virar filme: Passei durante o ano por um bocado de livros que já viraram filmes e vários dos outros podem ficar só nos livros que já está ótimo. Mas, acho que alguns dos textos da Antologia da Literatura Fantástica dariam uns curtas bem legais.
Aventura, Fantasia ou infanto-juvenil: Harry Potter e as Relíquias da Morte. Finalmente terminei de ler HP! E, é claro, foi maravilhoso. Também li o último Becky Bloom, que merece destaque nesse mundo de séries YA.
Bate bola de personagens
- personagem masculino mais apaixonante: Colin, de A Espuma dos Dias. - personagem feminina admirável: Liesel, de A Menina que Roubava Livros  - personagem mais chato: Margo, de Cidades de Papel - personagem mais legal: o pequenino de Nu, de Botas - personagem mais pertubador: Tyler Durden, de Clube da Luta
Autor de 2014: Nick Hornby. Conheci o rapaz nos primeiros meses do ano, amei e já providenciei mais dois livros dele pra depois - e ainda tenho outros na lista! Não compreendi ainda porque é que quase todo mundo não gosta de Alta Fidelidade se é tão ótimo.
Melhor livro de 2014: Não consigo escolher um só, então premio todos os que entraram na minha lista de favoritos: Alta Fidelidade, As Virgens Suicidas, Clube da Luta e Nu, de Botas.
O que me proponho para 2015: Acabar com os livros não lidos da minha estante - alguns que já estão lá há anos, sempre acabo lendo os mais novos primeiro. E ler mais, sempre.
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cricrilando · 9 years
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Como assim gostar ironicamente?
Por Deus, o que é gostar ironicamente?
É gostar mas não gostar? É gostar de zoeirinha? É apenas um jeito de admitir que gosta de uma coisa ruim sem dar o braço a torcer? É reconhecer um guilty pleasure e tentar negá-lo ao mesmo tempo? 
Me incomoda que as pessoas vivam uma vida em que só se pode confessar o gosto por coisas que sejam suficientemente cool, indie, cult ou bem conceituadas. Que só se pode gostar de pagode, de filmes da Sessão da Tarde ou de livros young adult se for "gostar ironicamente". Que se abrace tão facilmente as coisas mais pretensiosas desse mundo e se recuse tudo o que é mainstream, blockbuster ou bestseller.
A letra de "40 Graus" do Twister é ruim? Sim - e também é possivelmente sobre um velho tarado e meio pedófilo que fica observando uma criança inocente no playground. E, ao mesmo tempo, é maravilhosa. É incrível que alguém já tenha tido a coragem de cantar "como se eu andasse no sol sem chapéu/ como se meus dedos tocassem o inferno e o céu/ por trás dos meus óculos ray-ban/ eu te vejo todas as manhãs" e ainda tenha feito disso um hit. É claro que eu gosto disso.
Por que hipsterizaram o Molejo mas ainda olham torto para quem diz gostar de Art Popular? E LS Jack? LS Jack não é ruim, é bom de verdade. Se eu estivesse em um show do LS Jack, choraria inconsolavelmente com "Sem Radar". Eu assisti ao dvd do Broz há menos de um ano e me diverti. "Esqueceram de Mim" é um dos meus filmes favoritos.
Você não precisa gostar nem entender, mas eu gosto. E não tem nada de ironicamente nisso.
Gostar de literatura russa, ser um grande ouvinte de músicos tão indie que não têm nem vídeos no youtube ou ser conhecedor do cinema neozelandês pode fazer que você tenha sim um gosto muito bacana, mas não te faz uma pessoa legal só por isso. E, sério, tudo bem se você também tiver gostado do último single de uma diva pop. Genuinamente gostado.
Na vida você vai inevitavelmente ser julgado pelo seu gosto. Pelo seu ótimo gosto ou pelo seu péssimo gosto, dependendo do ponte de vista do juiz. Você vai julgar também. Eu vou julgar. E se as palavras "gosto ironicamente" saírem da sua boca eu apenas não vou ouvir mais nada.
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cricrilando · 9 years
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O ônibus que eu não tive
O plano para o domingo era simples: acordar cedo, jogar todas as sobras que restavam na geladeira fora, arrumar malas, almoçar e partir num ônibus com destino casa dos meus pais. Tudo correu bem - até a parte de partir num ônibus.
Empilhei minhas coisas e uns sacos de lixo, desci todos os lances de escada, percorri cada uma das quadras que me separam do ponto de ônibus. Cheguei lá em um horário seguro: antes das 13:40, o ônibus devia sair da rodoviária às 13:45, o que me dava pelo menos mais 5 minutos de espera. Cansada de carregar minhas tralhas até lá, sentei no banco sozinha e esperei. Controlei a sede, aguentei os babacas que passam e buzinam, não peguei um livro para não correr o risco de me distrair. Esperei mais de 40 minutos. Nada.
Tentei ligar para a rodoviária e descobri que não tinha mais crédito no celular. É claro. Liguei a cobrar para a minha mãe, pedi que ela ligasse para a rodoviária. Em um dia aparentemente milagroso, o ônibus saiu da rodoviária 13:30. Devo ter alcançado o ponto segundos depois do ônibus.
Peguei minhas coisas todas e comecei a jornada frustrada de volta para casa. Quando estava na esquina, começa a chover. Em algum lugar do universo, os roteiristas da minha vida davam uma gargalhada. Eu também ri do meu próprio azar e continuei o caminho sem enxergar nada com o óculos molhado.
Cheguei toda molhada em uma casa sem comida e resisti à tentação de me jogar na cama para nunca mais sair. Afinal, em duas horas eu teria que fazer o caminho de volta em busca do próximo ônibus.
O carma existe, minha gente. E ele é um cretino.
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cricrilando · 10 years
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Sobre acidentes frequentes
Eu esbarro nas coisas. Coisas grandes - mesas, armários, portas, paredes. É claro que o resultado dessa estabanação é estar sempre dolorida e com hematomas. Meus joelhos, pobrezinhos, mal podem se lembrar da última vez em que não estiveram roxos (ou esverdeados, conforme o estágio do machucado). 
Às vezes, bato a cabeça com tanta força que o barulho é quase mais aterrador que a própria pancada. Nessa, já acordei minha irmã no quarto ao lado. Estou certa de que o bairro inteiro pode ouvir o som do meu crânio se chocando com o concreto. Talvez confundam o barulho - com móveis sendo derrubados, construções, prédios implodindo. Podia ser o som do início do apocalipse. 
Graças a esse talento inútil, tenho uma cicatriz que conquistei logo na infância. Em uma rápida visita ao bar que ficava do lado de casa, consegui meter o queixo no balcão enquanto esperava por um doce. Na mesma linha, já quebrei um notebook esbarrando na parede enquanto o carregava. Dia desses, bati tão forte a cabeça na parede que caí sentada e só reuni forças para levantar alguns minutos depois. É provável que a conversa logo ao lado do meu caixão seja algo como "pobrezinha, deu um encontrão no armário". 
Talvez toda essa pancadaria tenha a mesma razão do meu péssimo hábito de passar por conhecidos, vê-los e ainda não me tocar da existência suficientemente rápido para cumprimentá-los. Uma salva de palmas para o criador do grande clichê: ver é diferente de enxergar.
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cricrilando · 10 years
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Ode às torradeiras
No momento, graças à mudança em andamento, a minha casa não tem muitos móveis. Quando ando pelo apartamento, posso ouvir meus passos fazendo eco. Um quarto está todinho vazio e a sala seria um excelente salão de festas, não fosse pelas muitas caixas empilhadas pelos cantos. Não tenho sofá, não tenho mesa, não tenho armários de cozinha. Não tenho nem uma pia de cozinha, na verdade. E sinto menos a falta dessas coisas do achei que iria.
Dois colchões fazem as vezes de sofá. Quase toda a minha louça já está encaixotada - e, sejamos francos, toda a minha louça pode ser descrita como um jogo de pratos e meia dúzia de copos. A pia, que me parecia mais absolutamente essencial, está sendo substituída pelo tanque e por um engenhoso improviso do meu pai, envolvendo uma bacia.
Mas o caso é: se te pedissem para apontar o que mais te faria falta em utensílios domésticos, qual seria a sua resposta? A geladeira provavelmente figura o top 3 de muitos, o micro-ondas não deve ser excluído do top 10. Poucos se lembrarão da torradeira, o mais nobre dos eletrodomésticos. 
Desde que a primeira torradeira cruzou o meu caminho, pães nunca mais foram a mesma coisa. E se os pães não são mais a mesma coisa, a vida, meu amigo, tampouco o é. 
São as torradeiras que fazem as memórias do pão caseiro recém saído do forno com manteiga derretida serem um pouco menos dolorosas. Que tornam o mais sem graça dos pães de forma em algo agradável. Que ilumina o seu café da manhã. Que permite até, veja bem, que você pegue no ar uma fatia quentinha. 
A torradeira é o utensílio mais simpático da cozinha. Se a torradeira fosse uma cor, seria o azul. Se fosse uma rede social, seria o twitter. No mundo dos doces, seria o chocolate. Se ela fosse escalada para jogar na Copa pela Seleção, vestiria a camisa 4.
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