De show a cinema: programação baratíssima em cartaz no CCSP
Nascido no ano de 1982, o Centro Cultural São Paulo, conhecido como CCSP, é um dos primeiros equipamentos culturais multidisciplinares do Brasil. Aberto ao público, o local promove diversos eventos gratuitos ou a preços mega acessíveis, além de disponibilizar espaços para uso livre de seus frequentadores, que aproveitam o equipamento para fazer aulas de dança, desenho e muito mais!
A fim de facilitar sua vida seu rolê na capital, listamos aqui, agora, os destaques da programação de maio, com direito à peças teatro, cinema, música e exposições.
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Confira:
Cinema
Céline e as Garotas
8 a 16 de maio
Sala Lima Barreto (99 lugares)
R$ 2
Céline Sciamma é uma jovem diretora francesa com poucos filmes no currículo, ainda que impressionantes. Seus filmes falam sobre adolescências explosivas num meio de regras e atitudes conservadoras. Céline faz parte de uma nova conjunção de diretoras emergentes, que encontram ressonâncias uma no trabalho da outra, e que demarcam seu espaço de direito sem ser panfletárias, “fazendo filme com mulheres, e não sobre mulheres”, como disse Céline em uma entrevista recente.
A mostra Céline e As Garotas traz uma breve retrospectiva dos filmes da diretora Céline Sciamma, além de uma seleção de filmes dirigidos por novas diretoras emergentes que decidiram ocupar o seu espaço sem a permissão da gangue dos garotos do cinema.
Virada Tarantino
17 a 19 de maio
Sala Lima Barreto (99 lugares)
Grátis
Com um novo filme na esquina, o diretor Quentin Tarantino provavelmente volta aos holofotes dos grandes festivais do primeiro semestre de 2019. Com este gancho, o Centro Cultural São Paulo, a Spcine e a Virada Cultural trazem uma maratona de seus filmes, incluindo a versão integral de Kill Bill em 35mm.
Virada Megalobox
18 e 19 de maio
Sala Paulo Emilio Salles Gomes (99 lugares)
Grátis
MEGALOBOX, de Yo Moriyama, é a nova animação japonesa sensação do momento e já está sendo considerada a Cowboy Bebop da geração millennials.
Em um futuro distópico, Junk Dog é um lutador de boxe que participa de lutas arranjadas em ringues clandestinos de MEGALOBOX, esporte popular onde os competidores utilizam um exoesqueleto chamado Gear. Um dia, o atual campeão cruza o caminho de JD e eles se envolvem em uma disputa. JD parte numa jornada para derrotar o `rei dos reis´ e sonha com a vitória no MEGALONIA, maior campeonato mundial MEGALOBOX. A animação tem 13 episódios e será exibida durante toda a Virada Cultural em maratona.
Deuses e Monstros do Japão
19 de maio
Espaço Cênico Ademar Guerra – Porão (aproximadamente 100 lugares)
Grátis
O Cine Phenomena é um projeto mensal especializado em exibições de filmes de fantasia, horror e ficção. Desta vez, para a Virada Cultural, o projeto assume sua vocação mais underground e se instala no sensacional porão do CCSP, munido de um programa com mais de 20 horas do mais estranho e formidável cinema nipônico. Freaks: preparem seus metabolismos e sejam muito bem-vindos a essa programação de deuses e monstros do Japão. Ippon!
Espetáculo
Tico-tico
Até 12 de maio | sábados e domingos, às 16h
50min – 5 anos – Sala Jardel Filho (321 lugares)
R$ 20
Espetáculo de teatro de bonecos para crianças inspirado na música Tico-tico no fubá, de Zequinha de Abreu. Conta a história da costureira Aurora, que adora ouvir músicas no rádio enquanto trabalha, principalmente as de Carmem Miranda. No dia em que precisa entregar algumas encomendas, sua atenção é dividida entre o rádio matreiro com suas músicas e programação envolvente, e a lembrança do pássaro tico-tico, que povoou sua infância e agora volta para distraí-la.
Direção: Edson Gon – dramaturgia: Cia. das Cores – elenco: Alaissa Rodrigues, Artur Reis e Natália Kesper – direção e criação vocal: Gustavo Budemberg
Chá e Catástrofe
5 de abril a 12 de maio | sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 20h
50min – 14 anos – Sala Jardel Filho
R$ 20
Uma mulher mais velha revela seu segredo, que envolve o marido e uma faca de cozinha, outra desfia suas inúmeras razões para ter medo de gatos e outra mostra o bloqueio da depressão: o impacto disso sobre outras mulheres mais velhas, suas filhas e netas pode ser transformador. Apesar da ameaça apocalíptica, naquele quintalzinho bucólico, elas desafiam com humor a escuridão do mundo lá fora. É um espetáculo extremamente atual, da autora inglesa Caryl Churchill, de 79 anos, cuja dramaturgia lida com temas feministas e abusos de poder, além do vazio de sentido no mundo contemporâneo.
Direção: Regina Galdino – elenco: Clarisse Abujamra, Chris Couto, Agnes Zuliani e Selma Egrei
Oniri Ubuntu
Até 29 de maio | terças e quartas, às 20h
60min – 12 anos – Sala Adoniran Barbosa
R$ 20
Omama é uma pele de terra ao Sul do Equador, habitada pelos Mundurobás. Em Omama, a terra, o ar, a água e o fogo são seres que têm coração e respiram. Os ancestrais deste lugar também estão vivos e falam por meio das Oniris, as pedras da memória em Omama. Um submarino chega ao local e, diante dessa invasão, Mundurobás resistem.
Grupo: Bando Jaçanã – Direção: Antonia de Matos – Dramaturgia: Nathalia Catharina – Músicas compostas: Antonia de Matos- elenco: Agatha Costa, Andressa Oliveira, Daniel Huiris, Felipe Sótnas, Henrique Onorato, iara Perri, Karolayne Lucia, Ketyllyn Ximenes, Kauan Cristiano, Marcelo Evangelista, Monique Bardot, Pedro Emanuel, Ruby Máximo, Sarah da Cruz, Stephany Oliveira e Thiago Marchetto.
Virada Cena Trans
18 de maio | Sábado, às 21h
50min – 14 anos – Espaço Cênico Ademar Guerra
Grátis
Artistas trans de destaque nas diversas artes do corpo em cena apresentam um espetáculo que transita entre música, performance, teatro e audiovisual. Quebrando os estereótipos dominantes sobre a vida de pessoas transgêneras, as intervenções cênicas de cada atuante são costuradas com vídeos que documentam a pulsante cena trans dos últimos anos em São Paulo. Misturando o fazer artístico com a reflexão política, o espetáculo tem um clima festivo, com provocação e resgate da memória invisibilizada.
Direção e dramaturgia: Ave Terrena – elenco: Aretha Sadick, Leona Jhovs, N.A.C., PamkaPauli e Uma Pessoa – luz: Fly Hirano Martins – vídeo: Nu abe – video mapping e operação: Luciana Ramin – direção de arte: Rogerio Romualdo Pinto – produtora: Bia Fonseca
Ogroleto
25 de maio a 16 de junho | Sábados e domingos, às 16h
50min – 7 anos – Sala Jardel Filho
R$ 20
Uma criança descobre que não é igual às outras e tem que aprender a aceitar e a lidar com essa diferença, com a dificuldade de adaptação, o sentimento de inadequação e a frustração que envolve essa descoberta. Após um intercâmbio do Grupo Pavilhão da Magnólia com o diretor premiado Miguel Velhinho da Cia. Pequod (RJ), chegamos à obra Ogroleto de Suzanne Lebeau que dialoga com questões contemporâneas do mundo das crianças e adultos, possibilitando novas discussões acerca da cultura da infância, sua subjetividade estética e poética.
Com: Grupo Pavilhão da Magnólia (Fortaleza/CE) – texto: Suzanne Lebeau – tradução: Jorge Bastos – direção: Miguel Velhinho – elenco: Nelson Albuquerque, Silvianne Lima e Eliel Carvalho (músico)
Música
Labirinto
11 de maio | Sábado, às 19h
90min – livre – Sala Adoniran Barbosa
R$ 25
O sexteto instrumental de post-metal apresenta seu terceiro álbum, Divino Afflante Spiritu, que segue o conceito dos dois trabalhos anteriores, Gehenna (2016) e Anatema (2010), e que ganha também projeções visuais ao vivo.
Froid
12 de maio | Domingo, às 18h
Sala Adoniran Barbosa
R$ 25
Nascido em Belo Horizonte, o rapper cresceu em Brasilia e começou em batalhas de freestyle até começar a ganhar visibilidade com seu disco de estreia, O Pior Disco do Ano, de 2017. Ele traz ao CCSP seu disco mais recente, Teoria do Ciclo da Água, com suas metáforas tão excêntricas como seu timbre vocal.
Arto Lindsay + Rodrigo Coelho
16 de maio | Quinta, às 21h
90min – livre – Sala Adoniran Barbosa
R$ 25
Entre canções de seus álbuns solo e uma forma única de revisitar clássicos brasileiros do samba e do soul, o cantor e guitarrista Arto Lindsay se apresenta na mesma noite em que o músico e produtor pernambucano Rodrigo Coelho faz seu tributo ao clássico do maestro Moacir Santos, Coisas2018.
Outros Barato: Rodrigo Brandão + Azymuth (Virada Cultural)
18 de maio | Sábado, às 18h
90min – livre – Sala Adoniran Barbosa
Grátis
O projeto falado de Rodrigo Brandão recebe o mítico trio instrumental Azymuth para uma apresentação única, que conta também com participações de Rodrigo Carneiro, Guilherme Granado, entre outros convidados.
Quartabê + Luiza Lian + Alessandra Leão + Ava Rocha (Virada Cultural)
19 de maio | Domingo, às 00h
90 min – livre – Sala Adoniran Barbosa
Grátis
Algumas das principais autoras da música brasileira contemporânea se apresentam na madrugada do sábado para o domingo na Virada Cultural do CCSP, começando com apresentações solo – o grupo Quartabê (com Maria Beraldo) mostra seu “Lição #2: Dorival”, Luiza Lian apresenta seu “Azul Moderno”, Alessandra Leão traz seu “Língua” e Ava Rocha vem com seu “Trança” – para culminar com uma apresentação coletiva, conceituada e dirigida pelo curador de Música do Centro Cultural São Paulo, Alexandre Matias, ao lado de Ava e Alessandra.
Belgrado (Espanha) + Duplo
23 de maio | Quinta, às 21h
90min – livre – Sala Adoniran Barbosa
R$ 25
Um dos principais expoentes da atual cena pós-punk, o grupo formado em Barcelona conta com uma formação internacional: a vocalista é polonesa, o baixista é inglês e o guitarrista e o baterista são venezuelanos.
O grupo incorpora dub e psicodelia na sonoridade clássica do gênero, criando um som único. A abertura da noite fica por conta da banda paulistana Duplo.
Höröyá
24 de maio | Sexta, às 19h
90min – livre – Sala Adoniran Barbosa
Grátis
O cultuado Höröyá realiza o show de lançamento de seu terceiro disco, “Pan Bras’Afree’Ke Vol.2”. É uma pesquisa profunda de ritmos e linguagens afro-brasileiras que respira groove, samba, candomblé, afrobeat, funk e jazz – gravado entre São Paulo (Brasil), Bamako (Mali) e Bobo-Dioulasso (Burkina Faso), traçando um panorama da musicalidade das matrizes africanas e da diáspora negra.
Mental Abstrato
25 de maio | Sábado, às 19h
90min – livre – Sala Adoniran Barbosa
R$ 25
O trio Mental Abstrato recebe Kamau e Stefanie MC na celebração da união do jazz com o rap, que conta ainda com um tempero brasileiro todo especial, criando novos ambientes sonoros.
Lara Aufranc + Nã
26 de maio | Domingo, às 18h
livre – Sala Adoniran Barbosa
Grátis
Show de lançamento do segundo disco da cantora paulistana Lara Aufranc, “Eu Você Um Nó”, produzido por Rômulo Fróes. O show tem abertura da banda Nã e participação da cantora mineira Júlia Branco.
Veja também: Casa da Luz: o espaço cultural mais descolado do centrão
De show a cinema: programação baratíssima em cartaz no CCSPpublicado primeiro em como se vestir bem
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TIRE A MÃO DA MINHA CABEÇA!
Meu corpo não é um espaço público, você não deve me tocar sem a minha permissão.
E não me venha com " eu só queria saber como era ", não busca entender como sou tocando meu cabelo, a grandeza da negritude que corre em minhas veias não está ao seu alcance.
Tenho a copa da árvore de minha ancsentralidade na cabeça, assim como as plantas, eu rego, cuido, podo, por isso não me toque com essas mãos ainda manchadas do sangue de meu povo e me poupe dessa ingenuidade seletiva a qual você credibiliza sua (micro)agressão.
Desde que meus ancestrais chegaram neste continente apanham por seus cabelos blacks que distoavam do ideal branco europeu sequestrador, cabelos como o meu eram e são sinal de orgulho e resistência, ou seja, não, não é moda.
Ah, antes que eu me esqueça, ruim não é o meu cabelo, ruim é ter que ouvir um(a) sem noção vir com "Como seu cabelo é ruim" disfarçado de "Deve dar um trabalhão para deixar ele assim."
Ruim é reality show colocar boneco de lavar louça negro com cabelo black para esponja, ruim é marca de utensílios de higiene domésticos lançar palha de aço chamado "Krespinha" quando, em nosso país, inúmeras gerações sofreram e ainda sofrem discriminação por ter seus cabelos associados exatamente a esses produtos. Ruim é ouvir "piadas" no trabalho ensinando que você pode esconder até uma criança no cabelo. Ruim é uma mente doente achar engraçado tudo isso.
Você põe a mão na bunda de uma pessoa que você não conhece e/ou que não te deu intimidade? (Não deveria) Se você entende que não deve colocar a mão no corpo de alguém desconhecido, por que vem colocar a mão na minha cabeça?
Huiris Brasil - 10/12/2020
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*DANÇAS NEGRAS*
Dentre passos, escápulas, terras, troncos, velas, olhares e vontades, eu me achei. Achei uma parte daquilo que meu corpo anseia por gritar, achei uma parte dos meus ancestrais dentro de mim, achei uma comunhão entre técnica e espiritualidade, que trazem aquele sorrisinho "malandro" de quando fazemos o que gostamos/sabemos, respeito pelo que já foi vivido e é passado de geração em geração.
Dançar com o baque do tambor faz a minha resistência, faz com que o meu tambor interior produza tanta energia quanto o tambor verdeiro faz som, meu corpo se mexe quase que sozinho, em movimentos que eu pouco conheço, mas que muito me pertencem e me deixa em um estado de energia festivo,
Quando vejo as pessoas colocando seus corpos a disposição de um instrumento de percussão afro, meu coração se enche de alegria, mas quando são pessoas da cor da terra e que sentem em seus interiores o reverberar daquela guerra, entre a mão e o couro, meu corpo sente a energia que vem do chão, eu transbordo, me misturo a vibração.
Meu coração se tornar o couro e produz o som que meus ancestrais dança(ra)m, meu corpo se tornar a madeira que transforma e dá qualidade ao som, minha alma se expande ocupando o espaço, não estou só, os meus dançam comigo e me torno tudo o que já fui e tudo o que ainda ei de ser, o céu desce na terra e festeja a felicidade que, em mim, volta a nascer.
Nossas peles de terra desenhando no ar, com movimentos ora fortes e ágeis, ora lentos e delicados. Sinto a própria terra com toda sua energia se manifestar, meus antepassados se levantam e com eles a força dos orixás, a macumba está só começando, até o Orum parou e veio nos abençoar.
Brasil, Huiris Daniel
Escrevi a base deste texto quando saí, bastante balançado, da exibição do documentário "Danças Negras" da Treme Terra, dirigido por Pitanga Pitanga e João Nascimento, ele fala sobre como me senti/sinto com relação ao afro/dança negra de matriz africana.
Ah, não poderia faltar o agradecimento a Jessica que foi quem me levou pra assistir o Macumba Jam, dia 20/05/2018, te amo e obrigado por (R)existir ❤️🙌🏾.
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