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cabecadeborracha-blog · 11 years
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The Wall
The Wall, 1982. Alan Parker.
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Escrito por Roger Waters, o musical The Wall acompanha a vida, os sonhos e a loucura do astro Pink desde sua infância. O protagonista foi um dos “War Babies” da Inglaterra,seu pai morreu lutando na segunda guerra. Além disso, foi uma criança superprotegida por sua mãe, sofreu com gozações na escola e participou de um amor mal sucedido.
Porém, não podemos nos esquecer de citar o álbum The Wall, o qual foi usado como soundtrack - obviamente. A obra é umas com maior punho social da banda inglesa: Contra o grande sistema que a banda denomina de “A Parede”. Aliás, metáforas como essas são o que compõem as tão engajadas letras de The Wall. Aliás, o ex-integrante do Pink Floyd faz questão de ter álbum quase como autobiográfico: Além de Waters também ter perdido o pai na segunda guerra, ele se via como um artista tentando lutar contra o sistema.
The Wall não é considerado um filme Cult ao pé da letra, porém ele não deixa de ser interessante: Os devaneios de Pink muitas vezes são retratados por animações, no mínimo curiosas. Detalhe que tais animações foram feitas à mão em frame em frame: O efeito merece respeito.
Confesso que é difícil escolher a melhor cena de The Wall. Há como negar que a famosa cena de “Another Brick in The Wall part2” tornou-se parte da cultura popular de todos? Quem nunca assistiu àquela cena na qual os alunos se rebelam contra o sistema estudantil fantasiado por Pink? Ou melhor, quem nunca imaginou a escola de tal jeito?
The Wall não é apenas um filme, mas também um acompanhamento visual para o álbum. Vale muito a pena assisti-lo, principalmente se for admirador de Pink Floyd.
Postado por: Claudia.
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cabecadeborracha-blog · 11 years
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Smultronstället
Wild Strawberries. Morangos Silvestres, 1957. Ingmar Bergman.
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De acordo com Godard em “Bergmanorama”, existem dois grupos no cinema: Os “rígidos” (no qual se encaixam Hitchcock e Viscontini) e os “livres” – em que se encontram Rossellini e Bergman. O diretor francês afirma que sente mais empatia com o segundo grupo. Finalmente, acho algo que tenho em comum com Godard.
O que Bergman conseguiu fazer, poucos tiveram coragem em sua época. Não se render ao cinema convencional e expor sua biografia nos seus filmes fazem de Bergman um pioneiro nos filmes existencialistas. Porém, a autobiografia de suas obras não é o único fato que torna Ingmar Bergman meu diretor favorito, sua perfeição quanto aos diálogos e fotografia explora o cinema em todos os sentidos.
No mesmo ano em que lançou a maior parábola existencialista do cinema – O Sétimo Selo –, Bergman estreou Morangos Silvestres, no qual também se discute o tema "Morte". Porém, não somente sobre o fim da vida em si, mas também sobre o reconhecimento que se tem dela.
A trama é sobre Isak Borg, um professor que necessita ir à Estocolmo para receber uma condecoração. Isak Borg, que em sueco significa algo como “fortaleza de gelo”, é um idoso que primeiramente se demonstra como um homem solitário e ranzinzo. Na viagem à capital, o professor se recorda de velhas lembranças, levando-o a reconciliar com sua vida ao caminho de sua morte e ao mesmo tempo a indagar sobre a sua existência. Para balancear a atmosfera gelada, Borg se depara com jovens em seu caminho. Logo, percebe-se que Morangos Silvestres não se trata apenas sobre um idoso se confrontando com o final de sua vida, mas  abrange também o equilíbrio entre a vida (simbolizada pelos jovens) e a morte (pelo idoso).
Em Morangos Silvestres, tem-se um bom resumo de toda a genialidade do diretor sueco referida no início desse texto. Bergman fez de tal filme uma comunicação com seu pai (eles nunca se deram muito bem). O professor Borg seria a analogia do pai do diretor, cujas iniciais também são I. B.
Os momentos mais intensos sobre a exposição do sentimento do diretor são, assim como em Persona, no início do longa. Entretanto, ao longo do filme, também se têm cenas relevantes que praticamente levam o expectador ao real sentimento dos personagens (e do próprio diretor). As cenas são também muito bem exploradas graças à fotografia: Algo bastante presente os filmes de Bergman.
Talvez o real significado de Morangos Silvestres venha da colheita de morangos nas raras tardes de verão da Suécia. Momentos simples que podem alterar o significado de um inverno rigoroso que vem a seguir.
Postado por: Claudia.
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cabecadeborracha-blog · 11 years
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Ghost World
Aprendendo a Viver, 2001. Terry Zwigoff.
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Há alguns dias eu estava me sentindo um pouco desorientada em relação as minhas ações e as pessoas a minha volta. Como será que vou me adaptar morando sozinha na Alemanha? Será que seria melhor eu trancar engenharia e começar a cursar cinema? Por qual motivo eu continuo a escrever este blog se ninguém o acompanha? Enfim, o breakdown levou-me a reassistir um filme que eu já tinha visto há três anos: Ghost World.
A trama se desenvolve após as amigas Enid (interpretada por Thora Birch – Jane, em Beleza Americana) e Rebecca (Scarlett Johansson) se formarem no high school. O filme indica que as duas têm tudo para se considerarem almas gêmeas: Elas pensam igualmente, criticam as pessoas da mesma forma e têm as suas próprias piadinhas. Entretanto, o choque após a formatura obriga as duas amigas, que antes eram inseparáveis, a fazer escolhas diferentes em suas vidas. O afastamento entre as duas se agrava ainda mais quando Enid conhece Seymour (Steve Buscemi – o Mr. Pink em Reservoir Dogs e o Donny em The Big Lebowski), um cara solitário de meia idade cuja única paixão é colecionar discos de vinis. Enquanto Rebecca começa a já traçar sua própria identidade adulta, Enid permanece com os mesmo conceitos que tinha no High School e simplesmente não consegue aceitar o fato que ela deve começar a trabalhar ou entrar na universidade, enfim, amadurecer. E é justamente quando Enid se sente tão desorientada que ela encontra em Seymour seu porto seguro: Enid o idolatra, faz do homem aparentemente patético seu maior herói. Mas enquanto isso, a amizade entre Enid e Rebecca só tende a piorar...
O filme é inspirado nas histórias em quadrinhos com o mesmo nome de Daniel Clowes (que também escreve o roteiro, junto ao diretor Terry Zwigoff, no filme). E o interessante é que os dois conseguiram relatar muito bem uma passagem tão importante para um jovem – que é a transição para a vida adulta – sob os olhos de quem não mais pertence a essa geração.
Finalizando, dedico este post e o filme a todos os Seymours que já idolatrei na vida: Pessoas comuns que fiz questão de admirá-las sob uma espécie de pedestal. Pessoas que eu as vesti de heróis em momentos difíceis...
Bônus: Devil Got My Woman, por Skip James (1931) 
Postado por: Claudia.
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cabecadeborracha-blog · 11 years
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Moonrise Kingdom
Moonrise Kingdom, 2012. Wes Anderson.
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O que temos em comum com o diretor do dia é o nosso grande interesse pela vida alheia. Os cenários são as nossas vidas: ora estática, ora confusa. Mas o poder de Wes Anderson é o nosso maior desejo: misturar realidade com ficção, com doses certas de drama e comédia. Wes produz filmes que nos transmitem a sensação de estar espiando no buraco da fechadura o universo caótico dos personagens. Uma coisa eu posso garantir: aventura!
Tornei-me um grande admirador do diretor e de suas obras, sempre recheadas com conflitos aleatórios e tramas originais. Percebi certa inclinação para personagens distintos e excêntricos, simbolizados por famílias com crianças-adultas e adultos-crianças. Com uma paleta de tons pastel e diálogos pensantes, ele é a escolha certa para as pessoas criativamente sensíveis. Moonrise Kingdom é a sua maior obra de ficção, e em minha opinião: a melhor! Como em outras longas, teve a participação da família Coppola, que respira cinema. A direção artística nos ajuda a levantar voo, com tantos detalhes é um trabalho quase poético.
O enredo nos leva a uma ilha da Inglaterra onde vivem nossos protagonistas: dois jovens que se apaixonam e resolvem fugir juntos. A menina é incompreendida pela família, e não sabe para onde direcionar sua energia agressiva. O menino é um órfão, que por se sentir sozinho passa a se dedicar bastante em ser um grande escoteiro. Com apenas 12 anos, porém mais lúcidos e sábios do que nunca, eles decidem contornar a ilha levando apenas o essencial: os livros preferidos, um toca fitas roubado, fivelas de cabelo, comida do gato, gato, lanternas, artigos de escoteirismo, binóculos e é claro: o amor que sentem um pelo outro. Enquanto a cidade se desdobra a encontrá-los, muita confusão acontece...
Sam: Suzy, I love you, but you have no idea what you're talking about.
Suzy: ...I love you, too.
  Postado por: Daniel.
Dedicado a Rodolfo.
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cabecadeborracha-blog · 11 years
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Auf dem Leben der Marionetten
From the Life of the Marionettes. Da Vida das Marionetes, 1980. Ingmar Bergman.
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O final dos anos 70 foi uma época foi delicada para Bergman.  O diretor fugiu de sua terra natal (Suécia) devido à sonegação de impostos e obteve exílio na Alemanha, país no qual Bergman produziu “Auf dem Leben der Marionetten”.
Apesar de conseguir ter se livrado da cadeia, o diretor sueco passou por algumas deficiências quanto a sua saúde mental. Muito deprimido, Bergman fez de seus pensamentos um belo estudo sobre algo que queria há algum tempo fazer: A violência remota desencadeada por uma explosão de sentimentos de um cidadão comum.
Tal cidadão chama-se Peter Egerman, um executivo bem sucedido que sofre num casamento turbulento com Katarina. Alguns dias, após um sonho, no qual Peter mata sua esposa, o protagonista assassina uma prostituta e comete necrofilia. O filme se baseia na explicação de tal tragédia e na mente de Peter, mergulhando não só nos interiores dos personagens, mas também numa justificação realística do acontecimento.
Em todos os filmes do diretor há emblemáticas que envolvem conflitos psicológicos e psiquiátricos, porém em “Da Vida das Marionetes”, Bergman aspira a um psiquiatra ou ainda a um escritor naturalista, o qual demonstra e tenta justificar cada ato desenvolvido por Peter.
“Da Vida das Marionetes” não segue um roteiro linear. Ao longo dele, observamos uma série de depoimentos e fatos que aconteceram tanto antes quanto depois da grande tragédia. Uma utilização clássica dos filmes de Bergman é muito evidente no seu segundo filme produzido na Alemanha: O close-up.
Infelizmente, o filme nunca recebeu seu mérito. Primeiramente, é devido ao a seu tema muito a frente do que a época estava acostumada (o sexo, a violência brutal, um casamento em crise, o homossexualismo e, claro, as máscaras da sociedade). Além disso, Bergman estava isolado devido ao seu exílio. Não podia participar de grandes festivais e nem tinha verba o suficiente para a produção do filme. O resulto é uma película b-side do mestre: Um conteúdo provocante à sociedade e extremamente conflituoso com um orçamento baixíssimo.
"O cinema não é um ofício. É uma arte. Cinema não é um trabalho de equipe. O diretor está só diante de uma página em branco. Para Bergman estar só é se fazer perguntas; filmar é encontrar as respostas. Nada poderia ser mais classicamente romântico” – Jean Luc Godard em Bergmanorama
Postado por: Claudia.
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cabecadeborracha-blog · 11 years
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A Fish Called Wanda
Um Peixe Chamado Wanda, 1988. Charles Crichton.
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Ai... Como eu amo filmes não pretensiosos dos anos 80 que conquistaram o mundo.
A Fish Called Wanda é uma comédia britânica inesquecível. Antes que você, leitor, determine “comédia britânica” um paradoxo, saiba que assim como Four Weddings and a Funeral, Um Peixe Chamado Wanda é uma das comedias de maior sucesso mundial feito no país da rainha.
Na trama, George planeja assaltar um banco e obter 13 milhões de libras. Para isso, ele monta uma equipe com sua namorada Wanda e seu colega gago Ken. Antes do assalto Wanda, apresenta Otto à equipe, ela o denomina seu irmão, porém são amantes.
O assalto em si é um sucesso, mas assaltos a grupo nunca ocorreram muito bem no cinema... Wanda e seu amante denunciam George para ficarem com o valor roubado. George, na prisão, manipula um jeito de contornar a situação e guardar o dinheiro para ele e o gago Ken. Não obstante, Wanda seduz seu advogado para lhe dar informações... mas Otto é um estereótipo italiano e não admite que sua mulher faça essas coisas...Chega de spoiler!
Então o que deixa o filme tão atraente, além do enredo?
Os personagens estereotipados! Wanda é a ambiciosa sensual, capaz de tudo por dinheiro. Ken é o tímido gago e o personagem que mais sofre com as ambições de seus colegas. Já Otto é o italiano que fala alto e o melhor personagem de todo filme: O típico pseudo-intelectual. Além disso, ele despreza a cultura britânica (muito cômico, até para os ingleses) e tem um dos bigodes mais charmosos de todo o cinema. Não é a toa que Kevin Kline (responsável por Otto) ganhou o Oscar de melhor ator coadjuvante.
O filme rapidamente se tornou eterno e muito cultuado. Uma curiosidade é que os produtores de Four Weddings and a Funeral se inspiraram no pôster de A Fish Called Wanda para fazer o próprio. Segundo os eles, ao atribuir o plano branco ao fundo do cartaz com os personagens (compare a imagem aqui), os expectadores associariam Four Weddings and a Funeral com uma comédia, apesar de ter “Funeral” no título.
Mas... A pergunta que não quer se calar: E o peixe do título?
Postado por: Claudia.
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cabecadeborracha-blog · 11 years
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Soul Kitchen
Soul Kitchen, 2009. Fatih Akin.
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Em sua primeira comédia “aberta” (para um público mais abrangente), Fatih Akin – diretor alemão com ascendência turca que já apareceu por aqui – decidiu em se aventurar numa comédia gastronômica. Porém, ao contrário de muitos filmes fracos desse estilo que encontramos nas videolocadoras, Soul Kitchen é envolvente, inteligente e sexy.
A trama acompanha a vida de Zinos, um jovem dono de um restaurante caindo aos pedaços, mas com uma clientela alternativa e fiel. Entretanto, em pouco tempo, tudo em sua vida entra em declínio: Seja a namorada que vai à China, o restaurante que é denunciado à vigilância sanitária ou até o irmão encrenqueiro que reaparece em sua vida. O jovem é obrigado a se arriscar e acaba com um resultado surpreendente.
Além de um roteiro bacana, Soul Kitchen é um filme que aspira à mistura de culturas: O cenário é uma mistura do underground de Hamburgo com a cultura cigana e grega. Os personagens são encantadores: Zinos é o rapaz gente boa que nos dá dó de tão azarado que é, seu irmão é o típico malandro, sua garçonete - a menina alternativa independente encantadora, o velho do aluguel é aqueles marinheiros caducos barbudos e que cheiram à cachaça e por aí vai. Mas não se iluda quanto a essa comédia alemã única, apesar de soar estereotipada, ela esbanja piadas inteligentes e alternatividade. Sem dúvidas, Soul Kitchen é um filme cool.
Postado por: Claudia.
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cabecadeborracha-blog · 11 years
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Baraka
Baraka, 1992. Ron Fricke.
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A descrição perfeita sobre Baraka: O mundo além dos mundos.
Certamente, Baraka é o filme mais distinto dentre todos aqui já recomendados. Ele não se trata apenas de um documentário, o longa vai mais a fundo ao relatar ao expectador as mais diversas imagens do planeta. O filme não tem roteiro, nem personagens, muito menos diálogos: Ele é o retrato da natureza sob as mais diversas condições.
Porém, não se engane com a expressão Natureza. Aqui ela significa o cenário terrestre em geral: Desde a tribo mais exótica da Ásia até a Estação Central do Metrô de NYC. E cabe a você, expectador, a analisar as sequências de imagens e refletir o que o diretor quis relatar com tudo isso.
O filme é dividido em três capítulos: O primeiro relata a natureza intocada pelo homem, começando com cenas de pedras lapidadas sob a ação do tempo. A fotografia é incrível e a combinação entre luzes e formas é perfeita. Nesse mesmo capítulo, o expectador também acompanha tribos indígenas e seus rituais e costumes. Porém nada muito piegas – nada parecido com “Globo repórter” – a combinação de imagens de templos com tais rituais indígenas produzem uma espécie de sentimentalismo e necessidade religiosa por ambas as partes: O civilizado e o tribal.
O segundo capítulo é sem dúvidas o meu favorito. Nele, observamos a interação descontrolada entre o humano e a natureza. Cenas de rotina, civilização desenfreada, campos de guerras e entre outros. Desde a moderníssima Tóquio à favela da Rocinha: Tudo fruto da civilização. Nesse capítulo, contrastes têm ao monte! [Spoiler] O que o torna mais fácil de interpretar. Uma das minhas cenas favoritas é o retrato da quinta avenida. Nela, o fluxo de carro se relaciona, pela sonoridade, ao fluxo de sangue ou até de ar nos pulmões. O efeito é maravilhoso! Outra cena remarcante é a comparação de homens indo ao trabalho com pintinhos sendo preparados para o abate, muito original!
O terceiro capítulo relata a eternidade dos feitos humanos e naturais. Como a mesquita da Kaaba, população à beira do rio de Ganges, um céu estrelado e nuvens apaixonadamente dançantes. Um desfecho marcante para um filme marcante.
Certamente, Baraka será um dos filmes mais diferenciados que você verá. Pela primeira vez, caro leitor, você sentirá fraternidade com todos os outros humanos do planeta. Ver-se-á como um muçulmano  índio, oriental e, finalmente, parte desse grande ecossistema.
Postado por: Claudia.
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cabecadeborracha-blog · 11 years
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American Beauty
Beleza Americana, Sam Mendes. 1999.
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Dentre as mudanças mais significativas na sociedade, posso dizer que a do final dos anos 90 foi uma das quais mais me interesso. Talvez seja porque eu mesma a vivenciei e carrego suas influências após uma década, ou então porque essa mudou a mídia como um todo: Seja a comunicação, a música e, claro, o cinema.
Dos diversos fatores de mudança no final do século destacam-se a supersaturação da economia dos países ricos, o crescente investimento nos países em desenvolvimento e o “boom” em tecnologias de comunicação: Tudo isso alterou a maneira que a sociedade se analisava desde então.
Outro marco dessa nova visão da sociedade sob ela mesma na música pode ser resumida ao álbum de 1996 “Ok Computer” da banda inglesa Radiohead. Analogamente, no cinema, esse choque de valores pode ser visto claramente no longa Beleza Americana. Assim como Ok Computer, o filme de Sam Mendes é contraverso, polêmico e muito inteligente: Apresentando-se como um grande tapa na sociedade moderna, principalmente a americana.
Quanto ao enredo, o fato do pai de família se apaixonar pela amiga da filha é apenas um pretexto para a história se desenrolar e finalmente compreendermos a intenção do filme - Uma crítica à vida baseada em imagens e propagandas.
Há muitas histórias que retratam personagens que, em meio de sua vida desiludida, sofrem um breakdown e se reencontram em uma nova pessoa com outras ideias – como o ocorrido com Holden Caulfield no clássico livro “O Apanhador no Campo de Centeio”. A desilusão com a vida e a revolta contra a hipocrisia das pessoas ao redor são desencadeadas em Lester, um pai de família de meia idade. Lester se apresenta como um homem perdedor, desinteressado e acomodado.  Sua mulher, Carolyn, é materialista e fascinada pela perfeição e sucesso. O desinteresse do marido, junto à obsessão da esposa quanto ao trabalho, deixou o casamento dos dois uma farsa. Nem a única filha do casal, Jane, é motivo para a família se unir. Jane tem problemas de aceitação quanto ao seu corpo e sem dúvidas é a que mais sofre com a desunião emocional do casal.
No final do século, Beleza Americana venceu o Oscar de melhor filme e outros quatros. Muito aclamado, o longa é o maior exemplo que um bom filme inteligente não é necessariamente desconhecido ou europeu.
“-How are you?
-God, it’s been a long time since anybody asked me that…”
Postado por: Claudia.
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cabecadeborracha-blog · 11 years
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Fatal Attraction
Atração Fatal, 1987. Adrian Lyne.
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 O tema em si poderia ser corriqueiro: uma traição, uma mulher apaixonada e iludida, uma angustia de ter o amor negado.  Atração Fatal é quase o nosso atestado de sanidade, mas com uma advertência: a loucura está apenas a um passo a nossa frente.
Chocante quando foi lançado, também foi pra mim, que assisti muito novo. Talvez tenha perdido um pouco seu encanto hoje, pois o contexto da vida das pessoas mudou e o tema já foi bastante explorado. Tudo o que sei, é que nunca esqueci a atuação esplêndida de Glenn Close, quase dona de sua personagem Alex Forrest.
Daniel Gallagher é um advogado bem sucedido, com uma carreira renomada, uma mulher bonita e uma filha pequena. Quando sua mulher viaja e ele se vê numa reunião com a empresária sexy Alex Forrest, não resiste: o desejo por ela é maior do que sua prudência.  O que ele não sabia, era que o caso de uma noite lhe custaria caro demais: Alex não suporta ser apenas uma aventura e se entrega aos seus devaneios psicopáticos com a finalidade de acabar com a vida de Dan.
Glenn Close dava seus primeiros vestígios de excelência: o longa foi bastante comentado, as cenas de sexo e as maldade são bem lembradas pelo público. Mas o inesquecível para mim é a estranha analogia: Alex é mais que uma personagem, é uma fase de aflição, um estilo de vida.
Até hoje nunca consigo de fato “stalkear” alguém. Talvez porque no fundo eu acredite que somos todos Alex Forrests reprimidos. Mas ela constantemente surge em meus círculos: seja pelas informações que os meus amigos sempre coletam nas redes sociais, ou como controlam absurdamente seus namoros, ela está em todo lugar. É por estas lembranças que Glenn é uma das minhas atrizes preferidas, e este é um clássico.
- “Você esperava que pudesse fazer isso comigo e escapar ileso não é? Pois é, você não vai”.
Postado por: Daniel.
 Dedicado a Bruna, que sempre me ensinou como as pessoas podem ser poderosas.... e perigosas!
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cabecadeborracha-blog · 11 years
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The Rocky Horror Picture Show
The Rocky Horror Picture Show, 1975. Jim Sharman.
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Senhoras e senhores preparem muito gliter, plumas e batons baratos. Hoje o post é um sweet Transvestite from Transsexual Transylvania.
Ok, talvez a introdução tenha ficado meio brega demais, mas para um filme freak, tudo é possível:
The Rocky Horror Picture Show é baseado na peça em que o próprio diretor escreveu em colaboração com o compositor das canções (Richard O’Brien). O musical de terror e bem humorado foi muito bem acolhido pelos jovens da época e, rapidamente, tornou-se um filme Cult.
Ao mesmo tempo em que, no começo, a história é um pouco piegas (colaborando com o estilo zombação aos primeiros filmes de horror Hollywoodianos), percebemos que estamos se tratando de um filme peculiarmente hilário. Seu roteiro é cheio de surpresas engraçadas e bizarras - nada parecido com os outros longas feitos na época. O roteiro é sobre um casal recém-noivado que, após um acidente de carro, busca num castelo nos arredores um simples telefone, porém as pessoas do castelo são... freaks!
Em relação às músicas do filme temos canções muito empolgantes que agradam a todos. Não importa o quanto seu estilo musical é distinto, no final do longa você vai querer baixar a trilha sonora do filme e pode até pegar a coreografia no Youtube. Conheço muitas pessoas que não toleram musicais, mas como foi mencionado anteriormente não estamos tratando de um filme convencional! As canções são bem combinadas com o roteiro, assim como a coreografia, maquiagem e a charmosa roupagem Cabaret de alguns personagens. O musical ganhou um especial do Glee e a canção inicial ganhou vários covers. Um deles é da banda americana de punk-cabaret The Dresden Dolls, a qual é claramente influenciada pelo longa.
No elenco temos Tim Curry no personagem principal: O Dr. Frank-n-Furter. O ator é responsável por inúmeras dublagens em desenhos infantis e também pelo Palhaço no filme It, baseado na obra de Stephen King. O interessante é que, em musicais, muitos cantores querem ter a experiência de interpretar. Como foi o caso de Björk em Dançando no Escuro e de Madonna em Evita. Em The Rocky Horror..., o glorioso Mick Jagger queria o papel do protagonista do filme. Porém, pela interpretação fantástica de Tim Curry, duvido que o vocalista do Rolling Stones chegaria ao mesmo patamar do legítimo Frank-n-Furter. Nos créditos, também há o cantor e ator Meat Loaf: Conhecido em Fight Club e Tenacious D.
Libere o seu lado Glam e give yourself to pleasure, creature of the night!
Postado por: Claudia.
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cabecadeborracha-blog · 11 years
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Hable con Ella
Talk to Her. Fale com Ela, 2002. Pedro Almodóvar.
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Não foi o meu primeiro contato com ele, ou a primeira vez que admirei ou me surpreendi com o seu talento. Mas foi através de uma maneira muito especial: através das lentes de uma nova pessoa em minha vida. E como ela, esse filme é colorido, imprevisível, caliente, inesquecível.
Estou falando do diretor espanhol Pedro Almodóvar. É incrível quando se começa a pesquisar sobre ele, o quanto descobrimos. Um bom diretor tem que abraçar a arte de todas as maneiras possíveis, talvez isso o torne genial. Mas se tivesse que destacar as principais qualidades de Pedro, eu diria que são os seus cenários cheios de vida e cor e suas reviravoltas polêmicas entre os personagens.
A minha escolha de hoje é Hable com Ella. No longa temos dois homens em circunstâncias parecidas, mas que não poderiam ser mais distintas. Explico: Benigno é um enfermeiro que tem no seu cotidiano cuidar de Alicia, sua paixão platônica, que está em coma. Marco é um jornalista que se envolve com Lydia, uma famosa toureira. Quando Lydia sofre um acidente com um touro, e fica em estado de coma, Benigno e Marco se veem em situações semelhantes, mas com crenças bem diferentes. A amizade dos personagens muda tudo, para todos, e até o desfecho das amadas.
Pedro tem as medidas certas para compartilhar emoções. O que antes achava sinal de fraqueza, agora me emocionou muito ver um homem chorar (o personagem Marco). E sentir o amor tão puro e simples de Benigno.
Sou um grande fã de seus filmes, mas não acho que seja uma questão de oportunidades, Pedro Almodóvar é único. O seu estilo de filmes é como Tarantino, ou você ama ou não. Ou quer ver tudo do diretor ou seu mundo não mudou. Espero que para você, o resultado seja chocante.
 Dedicado à  Luísa,, minha Frida.
Postado por: Daniel.
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cabecadeborracha-blog · 11 years
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Novos Baianos Futebol Clube
Novos Baianos F.C., 1973. Solano Ribeiro.
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Pelos anos 70, surgiu entre a união de Luiz Galvão, Paulinho Boca de Cantor, Baby Consuelo, Pepeu Gomes uma banda brasileira influenciada por praticamente todos os ritmos existentes: do Rock ao Samba, do Choro ao Tango, da Psicodelia à marchinha de Carnaval e por aí vai. Esses rapazes representaram a geração tropicália e tinham em suas letras poesias dessa vida brazuca.
Segundo a revista Rolling Stones, o grupo é responsável pelo melhor álbum de música brasileira de todos os tempos – o “Acabou Chorae”. Algum tempo depois desse incrível disco ser lançado, a banda se instalou definitivamente num sítio no Rio de Janeiro. No denominado “Sítio do Vovô”, os integrantes da banda, colaboradores e amigos viviam de forma praticamente anárquica. Talvez isso não o choque tanto, leitor; aliás, o que há de errado em Hippies vivendo em um sítio qualquer isoladamente da urbanidade? Mas se lembre de que estamos tratando de algo que ocorreu em plena ditadura militar – numa época que dispensa explicações.
Depois dessa pequena contextualização, é muito fácil entender o porquê de uma empresa de tevê alemã ter feito um filme sobre o dia-a-dia da banda. Dirigido por um brasileiro, Novos Baianos F. C. é um documentário metade musical e metade poético.
Uma família ou um time de futebol? Sem dúvidas o documentário sobre os Novos Baianos não é apenas um relato interessante sobre a visão de um apaixonado por música, mas também uma maneira maravilhosa para quem não ouve muito música brasileira conhecer uma das maiores pérolas do nosso país.
Passado, presente. Participo sendo o mistério do planeta!
Postado por: Claudia.
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cabecadeborracha-blog · 11 years
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Paranoid Park
Paranoid Park, 2007. Gus Van Sant.
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Para a minha segunda dica de filmes de Gus Van Sant, escolhi Paranoid Park,que já foi citado  anteriormente. Sim, eu gosto muito deste diretor.
Há sempre uma comparação deste longa com Elephant¸ e embora o cenário seja talvez o mesmo (a escola), e os personagens adolescentes, creio que há uma maior maturidade neste longa. O que torna Gus um aprendiz, que renova o desenvolvimento de sua carreira sem perder sua marca pessoal.
A trama é sobre Alex, um garoto que vive uma juventude um tanto típica. Os pais estão se separando e ele acaba sufocado por seus problemas: seu irmão mais novo que sofre pelos pais, sua namorada que está sempre o pressionando. Ele encontra seu escape na pista de skate, onde gosta de ir e esquecer-se do mundo. Porém, numa destas idas a pista, o menino provoca a morte de um guarda local. O garoto segue os dias com pavor de ser descoberto e das possíveis consequências após este incidente.
Nas filmagens há um efeito legal: as cenas não são cronológicas e algumas se repetem: na segunda vez o espectador entende o contexto, mas na primeira não. Também a escolha do ator iniciante foi interessante, para o efeito de quase documentário, como se o protagonista estivesse realmente contando sua estória.
São legais os instantes em que a câmera desacelera por um momento e foca na expressão dos jovens. Há um certo medo misturado com curiosidade no protagonista, que se vê obrigado a se distanciar de sua “aborrêcencia” e dar espaço aos problemas maiores. E esta decisão, difere o filme de Elephant em minha opinião. Embora aparente estar apático o tempo todo, Alex encara as situações com bastante coragem e otimismo, e tem muita personalidade além de sua geração pseudo-revoltada e sua turma de skate.
Observe que em seus filmes, o diretor opta pelo modo em que as coisas acontecem e não necessariamente em fatos. Não há um final definitivo (assim como em Elephant também não há). Só o que importa é a reação diante dos grandes acontecimentos e, mesmo que de forma tímida, há sempre uma resposta bem expressiva dos personagens.
A minha parte preferida (Spoiler – leitura facultativa) é quando uma garota percebe que o amigo esconde algo que o agoniza, embora ele tente disfarçar. Ela então dá um valioso conselho: pede a ele que escreva os motivos de seu sofrimento em uma carta e entregue a alguém ou a queime. Mas libere, pelas palavras, a dor que o sufoca. Eu sempre acreditei nisso e tive esta tradição comigo bem antes de assistir este longa.  Tenho ou não motivos para gostar de Van Sant?
Postado por: Daniel.
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cabecadeborracha-blog · 11 years
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Det Sjunde Inseglet
The Seventh Seal. O Sétimo Selo, 1957. Ingmar Bergman.
Uma das maiores preciosidades do cinema: O Sétimo Selo, a grande obra prima de Bergman.
Como já mencionado no post de Persona, o cineasta sueco gostava de retratar em suas tramas seus maiores temores. O imposto em O Sétimo Selo é certamente o mais comum de todos. Já dizia Raul Seixas, o caminho da vida é a morte.
Durante a Europa Medieval, logo após o término das cruzadas, o guerreiro Antonius (interpretado por Max Von Sydon, conhecido por ser o padre em O Exorcista) volta a sua terra natal, porém essa está infectada pela peste negra. Para piorar a situação, o valente se depara com nada menos que a Morte (vestida de cetim? Talvez...). Entretanto, não intimado, o protagonista propõe a ela uma partida de xadrez para barganhar sua vida. Afinal, há algo mais emocionante do que o ser humano – mesmo com todas suas fragilidades, um ser racional – contra seu destino; a maior certeza dentre todas as incertezas da vida?
Com tal enredo e belos diálogos, não é difícil de entender a significância de O Sétimo Selo na história do cinema. O filme se tornou a maior obra do diretor e também uma das mais significantes parábolas existencialistas já produzidas. Talvez o que mais apaixona no filme seja o fato de Antonius tentar esclarecer seus pensamentos mesmo no fim de sua vida. Seja a injustiça, o medo e até a perda de fé: São esses mistérios que o guerreiro tenta desvendar ao longo do filme. Seu fim de vida é tão intenso quanto seus movimentos de xadrez contra a morte. Mas afinal, quem escapa dela? Morte, morte, morte, que talvez seja o segredo desta vida!
Bom filme e questionamentos!
"Se tudo é imperfeito, neste mundo imperfeito, então o amor é perfeito em sua perfeita imperfeição."
Postado por: Claudia.
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cabecadeborracha-blog · 11 years
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Curtas à la carte: Michaela Pavlátová
Nesta semana, ao invés de falar sobre um longa, recomendarei três curtas da diretora tcheca Michaela Pavlátová. Michaela é conhecida por seus curtas metragens cujo tema principal é a relação humana. Ela também se tornou reconhecida por animações eróticas engraçadas. Seu último trabalho TRAM, do estilo mais safadinho, foi selecionado para Cannes 2012.
Em seus curtas, a diretora se destaca pelo traço único de seus desenhos e a não utilização de diálogos. A animação se aproxima a rabiscos desordenados que complementam o entendimento da história. O resultado fica muito interessante, principalmente em seus curtas mais antigos, nos quais Michaela não se continha em relacionar tais rebuscos aos sentimentos dos personagens. Quanto a seus curtas mudos: Nada mais compreensível do que a linguagem visual como a língua universal para todos os humanos.
Repete
Repete, 1995. 9 min.
O que é rotina? Ou melhor, o que é quebrar uma rotina? Repete ilustra histórias de pessoas submetidas a seu dia-a-dia até que um simples acontecimento afete diretamente todos esses personagens. Esta descrição pode deixar o curta previsível, mas garanto que sua mensagem pode provocar inesperadas reações no expectador. Um detalhe bacana é que em Repete, a diretora e ilustradora abusa da relação direta entre as silhuetas dos personagens e seus sentimentos.
Řeči, Řeči, Řeči
Words, Words, Words, 1991. 8 min.
Indicado ao Oscar 1992, Words, Words, Words  retrata uma série de conversas em um bar ordinário. Porém, não é preciso de palavras para compreender os diálogos mostrados. Nesse curta, as conversas são expressas por meio de barulhos e ilustrações. O filme é muito criativo e interessante.
Krizovka
The Crossword Puzzle, 1989. 5 min.
A relação entre um casal não está indo muito bem. A esposa está insatisfeita com o vício de palavras cruzadas do seu marido. Porém, é preciso viver um pouco para saber qual é a palavra que se encaixa nas cruzadinhas.
Se interessa por curtas? Procure em nossa barra de pesquisa por "curtas" e divirta-se.
Postado por: Claudia.
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cabecadeborracha-blog · 11 years
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This Must Be The Place
Aqui é o meu lugar, 2012. Paolo Sorrentino.
O ano sempre se inicia neste clima de renova��ão. Mesmo que simplesmente um dia tenha acabado e o outro começado, esta passagem de tempo nos rende mil decisões e promessas incertas. Estou cheio delas, porém são bastante modestas. Uma delas é investir em ir ao cinema focado em filmes que são o meu estilo e evitar os que não são. E continuar a nossa troca de dicas sempre buscando novidades.
Então hoje aposto minhas fichas em mais uma escolha pessoal e muito sincera. Aqui é o meu lugar tem como horizonte um homem andando com uma mala, buscando uma resposta sem ao menos compreender a pergunta. Tudo o que ele sabe é que algo está faltando. Esta é sempre a base de todos os meus longas preferidos. Talvez eu esteja nesta fase da minha vida ou eu realmente sou estes personagens.
Na trama estamos na Europa, espiando a metódica e pacata vida de Cheyenne, um rock star decadente. Atrás de um estilo excêntrico, ele segue controlando sua vida através de fórmulas simples: um casamento sólido, uma rotina tímida. Mas tudo está prestes a mudar quando ele recebe a noticia que seu pai, a quem não fala por um longo tempo, está nas últimas e ele terá que visitá-lo em Nova Iorque. Esta viagem o deixará tão longe de sua zona de conforto, que ele se obrigará a lidar com o homem que tem evitado estes longos anos: ele mesmo.
De imediato já nos encontramos julgando o protagonista. E depois vamos embarcando nos seus naufrágios internos e acabamos torcendo muito por ele. E como este post não poderia ser mais clichê, quero te dar um conselho. Escolha um momento do ano, e seja realmente corajoso. Mesmo que por um breve espaço, lute pelo que você quer, seja totalmente out of the blue!
É sempre ótimo conversar com você. Feliz ano novo!
Postado por: Daniel.
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