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PEDRO ALMODÓVAR
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Cineasta, ator e argumentista espanhol. Nacido em Calzada de Calatrava em 24 de setembro nunca estudou cinema e antes de dirigir filmes, foi funcionário da companhia telefónica estatal, fez desenho em quadrinhos, foi ator de teatro avant-garde e cantor de uma banda de rock, na qual participava travestido. Foi o primeiro espanhol a ser indicado ao Óscar de melhor diretor. Publicamente homossexual, os seus filmes trazem a temática da sexualidade abordada de maneira bastante aberta.
Após um ano e meio de difícies filmagens em 16mm, ele estreou, em 1980, seu primeiro longa, “Pepi, Luci, Bom y Otras Chicas del Montón” (1980). Desde então filmar se tornou sua segunda paixão. Os filmes subsequentes de Almodóvar incluem “Labirinto de Paixões” (1982), “Matador” (1986), “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos” (1988), indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, sendo o filme estrangeiro de maior bilheteria nos Estados Unidos no ano de 1989, e o filme espanhol de maior sucesso em todos os tempos. Seguindo sua carreira com “Ata-me!” (1990), “Carne Trêmula” (1997) e o grande sucesso mundial “Tudo Sobre Minha Mãe” (1999), que venceu o Oscar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro e lhe rendeu vários prêmios e indicações em todo mundo, consagrando Almodóvar na carreira comercial.  Um dos mais premiados realizadores da história do cinema, venceu dois Oscar, dois Globo de Ouro, quatro BAFTA, quatro prêmios do Festival de Cannes e seis Goya, a honraria máxima do cinema espanhol.
Filmes de sucesso:
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Filmografia - a partir de 1990:
1990 - Átame! (Ata-me!)
1991 - Tacones lejanos (De Salto Alto)
1993 - Kika
1995 - La flor de mi secreto (A Flor do Meu Segredo)
1997 - Carne Trêmula
1998 - Todo sobre mi madre (Tudo Sobre Minha Mãe)
2002 - Hable con ella (Fale com Ela)
2003 - La mala educación (Má Educação)
2005 - Volver
2009 - Los abrazos rotos (Abraços Partidos)
2011 - La piel que habito (A Pele que Habito)
2013 Os Amantes Passageiros 
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ALEJANDRO AMENÁBAR
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É um roteirista e diretor espanhol. Filho de pai chileno e mãe espanhola, Alejandro nasceu em Santiago, Chile em 1972; um ano mais tarde foi radicado em Madri.
Aos 19 anos escreveu, produziu e dirigiu seu primeiro curta-metragem ‘La Cabeza’ filme premiado na Asociación Independiente de Cineastas Amateurs e aos 23 dirigiu o que seria seu primeiro grande filme: Tese (1996).  Seu filme ‘Abre los Ojos’ foi grande sucesso na Espanha e distribuído mundialmente. O filme foi tão bem aceito que ganhou uma versão hollywoodiana por Cameron Crowe; ‘Vanilla Sky’, como viria a ser chamado o remake, teve como atores principais Tom Cruise e Penelope Cruz (que também estrelou a versão hispânica). Em 2001, foi roteirista e dirigiu o filme ‘The Others’, seu primeiro filme de língua inglesa. Após isso filmou com Javier Bardem o filme ‘Mar Adentro’ (2004) que ganhou o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Filmes de sucesso:
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Filmografia:
Direção:
1997 - Abre Los Ojos (Preso na Escuridão)
2001 - The Others (Os Outros)
2004 - Mar Adentro 
2014 - Regression 
Roteiro:
1997 - Abre Los Ojos (Preso na Escuridão)
2001 - The Others (Os Outros)
2001 - Vanilla Sky
2004 - Mar Adentro 
2014 - Regression 
Ganhou o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro, por “Mar adentro” (2004).
Recebeu uma nomeação de Independent Spirit Awards de Melhor Filme Estrangeiro, por “Mar adentro” (2004).
Recebeu uma nomeação ao BAFTA de Melhor Argumento Original, por “The Others” (2001).
Recebeu uma nomeação de European Film Awards de Melhor Realizador, por “Mar adentro” (2004).
Recebeu uma nomeação do European Film Awards de Melhor Argumento, por “Mar adentro” (2004).
Recebeu 3 nomeações ao Prêmio Goya de Melhor Realizador, por “Abre los ojos” (1997), “The Others” (2001) e “Mar Adentro” (2004). Venceu por “The Others” e ‘Mar Adentro”.
Recebeu 3 nomeações ao Goya de Melhor Argumento Original, por “Tesis” (1996), “Abre los ojos” (1997) e “The Others” (2001). Venceu por “Morte ao Vivo” e “The Others”.
Ganhou o Goya de Melhor Realizador Estreante, por “Tesis” (1996).
Recebeu 2 nomeações ao Goya de Melhor Banda Sonora, por “Abre los ojos” (1997) e “The Others” (2001).
Ganhou o Grande Prémio do Júri no Festival de Veneza, por “Mar adentro” (2004).
Ganhou uma Menção Especial na mostra Panorama do Festival de Berlim, por “Abre los ojos” (1997).
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CINEMA ESPANHOL CONTEMPORÂNEO
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No cenário mundial, a modernização do cinema começou por volta dos anos 60 o que não aconteceu na Espanha, principalmente devido a fatores políticos, sociais e culturais; O cenário só muda na década de 1980 - com o fim do franquismo e a estabilização da democracia. Só com o fim da ‘marginalização’ do cinema causada pelo franquismo, que surge, na Espanha, a procura e a necessidade de um cinema de qualidade. 
Com o início dos anos 90, começam a acontecer em todo o mundo mudanças que vão globalizando e moldando a sociedade até os dias de hoje. Os processos de globalização chegam também a Espanha, causando grande impacto no cinema - que começa a se internacionalizar, ganhando espaço no cenário mundial, mas principalmente no resto da Europa e Estados Unidos.
Ainda que já existisse certa tradição cinematográfica na Espanha, o lugar no cinema mundial não veio sem esforço. A integração é resultado de uma política de incentivos por parte do governo – como já vinha acontecendo em países como a França – tais medidas vieram não só para incentivar a produção, mas também como forma de ‘proteger’ a indústria do cinema de grandes multinacionais, vindas principalmente dos Estados Unidos. É em parte, graças a essa ‘intervenção’ do governo que o cinema espanhol consegue permanecer tão característico ainda hoje.
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MICHAEL HANEKE
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Um dos diretores mais importantes e conhecidos da Europa, Michael Haneke nasceu na Alemanha e foi criado na Áustria. Seus filmes retratam bastante o cenário de onde foi criado, contando a ascensão do neo-nazismo como em "Benny's Video", em "Funny Games" e também "A Fita Branca". Além desses trabalhos, o diretor foi responsável também por "Amour", de 2012, ganhador de vários prêmios como Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro. Seus filmes, em geral, trazem sempre desconforto e temas inusitados, mostrando de forma crua e realista, os cantos obscuros da perversidade humana. 
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Cinema Europeu Contemporâneo em 5 Minutos
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KRZYSZTOF KIESLOWSKI
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Nascido na Polônia, os primeiros anos de produção de Kieslowski contam com documentários de curta-metragem sobre o cotidiano dos Poloneses. O que, até então, representaria um cinema fechado, começa a mudar quando o diretor nos traz "Decálogo", de 1988, que é considerado por muitos a sua obra-prima. Este, marca a mudança para longa-metragens de ficção, mas que só se tornarão filmes de conteúdo mais universal, após "A Dupla Vida de Veronique", 1991, que conta a história de duas mulheres, nascidas em países diferentes, muito parecidas fisicamente. Veronique, francesa, tem como maior conflito em sua vida, a solidão. Já Weronika, é uma extraordinária cantora lírica polonesa que, após um concerto, morre de ataque cardíaco. O elo que vai fazer com que Veronique perceba a existência de Weronika, é o ponto que resolve seus conflitos e iniciam novos, culminando com um final belíssimo. 
Em "A Trilogia das Cores", de 1993 e 1994, Kieslowski consegue consagrar-se entre os maiores do Leste Europeu e concretizar seu cinema mais universal, trazendo uma trilogia baseada nas cores da bandeira francesa e também no lema "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", símbolos da Revolução Francesa.
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Resenha - Fale com ela (2002)
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Título original: Hable con Ella
Ano de lançamento: 2002
Gênero: Drama/Comédia/Romance
Nacionalidade: Espanha
Dirigido por: Pedro Almodóvar
Fale com ela começa com dois personagens sentados lado a lado assistindo a um espetáculo. Nesse espetáculo duas mulheres em combinação dançam e ‘vagueiam’ por um café cheio de cadeiras nas quais parecem que irão se chocar contra a qualquer momento. Os dois homens que assistem a este espetáculo voltam a se encontrar novamente em outra situação. O primeiro é o enfermeiro Benigno que cuida, de forma zelosa e carinhosa, uma mulher chamada Alicia, pela qual se apaixonou, em coma num hospital. O outro é o Jornalista e escritor Marco que também está com sua amante Lydia em coma no mesmo hospital. Quatro pessoas. Quatro destinos que se entrelaçam e se cruzam de forma irremediável e que vai fazer toda a diferença na vida destas pessoas.
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Apontado por alguns sites como um dos melhores filmes da década passada, Fale com Ela é um dos melhores filmes de Almodóvar. Um roteiro excepcional com uma direção incrível como a de Almodóvar não poderia resultar em algo diferente; O diretor sabe como ninguém expor todas as emoções humanas, o filme mexe com os valores e pré-conceitos e nos deixa questionamentos sobre vida, amor e relação. Bem ao estilo do diretor, um prato cheio para quem gosta de seus filmes e uma excelente oportunidade para quem ainda não conhece.
As questões morais que o filme levanta são imensas e de difícil resposta. Com que direito os personagens tomam certas atitudes? Pode amor justificar tudo? Onde termina o amor e começa a perversão? Cabe ao espectador encontrar a resposta dentro de si.
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Esteticamente o filme é sem dúvida admirável, começando pela trilha sonora, que como é costume com Almodóvar, tem uma música brasileira, dessa vez, de Caetano Veloso - “Cucurrucucú Paloma” interpretado pelo próprio Caetano no filme -, passando pela citação dos filmes mudos, que Alicia adorava e de que Benigno passou a ser admirador também. A qualidade de Fale com Ela é reforçada ainda, pela introdução da dança contemporânea na figura do seu expoente máximo e da dança clássica. Almodóvar recebeu muito justamente o Óscar de Melhor Argumento Original com este filme e foi ainda nomeado para o de Melhor Realizador.
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Resenha - Preso na Escuridão (1997)
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Título original: Abre los Ojos
Ano de lançamento: 1997
Gênero: Fantasia/Suspense
Nacionalidade: Espanha
Dirigido por: Alejandro Amenábar
César (Eduardo Noriega) é um belo homem órfão e dono de uma grande fortuna, herdada de seus pais. Mulherengo convicto, ele vive em uma luxuosa casa e troca constantemente de namoradas. Seu melhor amigo é Pelayo (Martínez), que tem inveja de César por não ter o mesmo sucesso que ele tem com as mulheres. Porém, em uma das festas organizadas por César, Pelayo lhe apresenta uma bela jovem, chamada Sofia (Penélope Cruz). Após conversarem um pouco, César passa a sentir algo que nunca sentira antes: estava apaixonado. Apesar da desconfiança de que Sofia seja namorada de Pelayo, César tenta conquistá-la, o que acaba conseguindo. Entretanto, Nuria (Najwa Nimri), a última namorada de César, é extremamente ciumenta e não aceita de forma alguma que ele tenha outra mulher além dela. Ao saber do envolvimento de César com Sofia, Nuria comete suicídio batendo com seu carro em uma árvore. Ela morre no acidente e César, que estava com ela naquele instante, tem seu rosto completamente desfigurado. Após os médicos lhe dizerem que não têm como reconstruir seu rosto, devolvendo-lhe a antiga beleza, César entra numa profunda depressão. Mas logo depois a situação sofre uma grande reviravolta: os médicos lhe dizem que uma nova técnica revolucionária é capaz de recontruir seu rosto e Sofia reaparece para dizer que lhe ama. Mas nem tudo é felicidade, pois estranhas e assustadoras visões têm acometido César, fazendo-lhe perceber que o pesadelo estava apenas começando.
Em 1997, Alejandro Amenábar e Mateo Gil surgem com um roteiro incrivel, que viria influenciar outras obras do cinema. Abre Los Ojos chega com uma história onde nem o amor, nem o sexo, nem o dinheiro trazem as respostas. Um filme que explora a alma humana a partir da perspectiva de uma segunda vida, de uma nova oportunidade.  Um suspense instigante, com toques de ficção científica. A temática psicológica transcende a tela, levando o espectador a se colocar no lugar do personagem durante todo o filme. Adere-se à isso uma grande carga emotiva e angustiante.
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A paixão enlouquecida de César por Sofia (Penélope Cruz) traça um caminho completamente novo e original, graças a um roteiro engenhoso e a uma direção criativa e inteligente - não tirando mérito da atuação dos atores que sabem levar o roteiro com destreza.
 A fotografia e a música também conseguem surpreender. Ágil e cuidadoso, com mão leve, Amenábar soube levar o filme do começo ao fim de forma excelente, seja no posicionamento das câmeras, ou nas roupas que conseguem expressar a principal ideia dos personagens ou ainda na música - composta pelo próprio diretor.
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O final amarra todas as pontas soltas, providenciando explicações lógicas e detalhadas para tudo o que foi visto antes. Ao decorrer do tempo, pode-se notar não só as construções e desconstruções de valores impregnados na sociedade, mas também é possível perceber certas lições que são passadas ao público. A intenção do diretor de mexer com os sentimentos, também, do espectador é o ponto chave do filme.
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Cinema Espanhol Contemporâneo
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No cenário mundial, a modernização do cinema começou por volta dos anos 60 o que não aconteceu na Espanha, principalmente devido a fatores políticos, sociais e culturais; O cenário só muda na década de 1980 - com o fim do franquismo e a estabilização da democracia. Só com o fim da ‘marginalização’ do cinema causada pelo franquismo, que surge, na Espanha, a procura e a necessidade de um cinema de qualidade. 
Com o início dos anos 90, começam a acontecer em todo o mundo mudanças que vão globalizando e moldando a sociedade até os dias de hoje. Os processos de globalização chegam também a Espanha, causando grande impacto no cinema - que começa a se internacionalizar, ganhando espaço no cenário mundial, mas principalmente no resto da Europa e Estados Unidos.
Ainda que já existisse certa tradição cinematográfica na Espanha, o lugar no cinema mundial não veio sem esforço. A integração é resultado de uma política de incentivos por parte do governo – como já vinha acontecendo em países como a França – tais medidas vieram não só para incentivar a produção, mas também como forma de ‘proteger’ a indústria do cinema de grandes multinacionais, vindas principalmente dos Estados Unidos. É em parte, graças a essa ‘intervenção’ do governo que o cinema espanhol consegue permanecer tão característico ainda hoje.
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Cinema Contemporâneo do Leste Europeu
O cinema contemporâneo do leste europeu conta com segmentos mais alternativos, graças aos filmes independentes que marcam a maior parte das produções dos países dali. Com obras mais artísticas e menos comerciais, os temas abordados possuem maior profundidade, contando com cenas de bastante realismo ao retratar a nudez e o sexo. Essas características marcam uma proximidade mais intensa com o espectador, trazendo-o para perto das personagens e facilitando assim, um maior tratamento e envolvimento psicológico, aprofundando nas questões sentimentais.
  Para além disso, esses filmes também sofreram influência dos fatores históricos do leste europeu. Formados por países ex-socialistas, a região acaba tendo um grande fator socio-cultural influente inclusive na área cinematográfica. Muitas obras tem como tema a ascensão dos neo-nazistas e o prazer em sua violência gratuita, histórias que remetem aos anos de guerra e também dramas repletos de conflitos morais e sociológicos. Portanto, se você procura filmes completamente profundos ou ainda repletos de violência e obscuridades, com certeza lhe contemplará.
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Resenha - A Serbian Film, Terror sem Limites (2010)
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Título original: A Serbian Film
Ano de lançamento: 2010
Gênero: Terror/Drama
Nacionalidade: Sérvia
Dirigido por: Srdjan Spasojevic
Dos poucos filmes proibidos a serem exibidos no Brasil, A Serbian Film ainda levanta polêmicas ao retratar o lado obscuro dos seres humanos. Dirigido por Srdjan Spasojevic, o filme que estreiou mundialmente em 2010, levou mais de um ano para chegar ao Brasil.
 A narrativa segue em torno de Milos (Srdjan Todorovic), um ex-ator pornô famoso que, tendo uma esposa e um filho, se vê pressionado a voltar para o ramo afim de sustentar sua família. A dificuldade em conseguir um emprego o impulsiona a aceitar a oferta de sua ex-parceira nos filmes pornôs, Leijla (Katarina Zutic), que lhe oferece uma proposta inusitada de trabalhar com um diretor estreante, Vukmir (Sergej Trifunovic), em um novo filme de arte. A única condição é que ele aceite trabalhar sem saber o que acontecerá no filme e a que será submetido.
 O clímax nos traz também cenas pesadas e de difícil digestão que carregam o ápice desse horror psicológico . Através da arte cinematográfica, Spasojevic critica a indústria pornográfica, os novos ideais artísticos e até as pulsões humanas. A partir de então, o espectador é envolvido na seguinte dicotomia: o que é realmente a arte e quais são seus limites, já que a proposta feita a Milos será revelada aos poucos, em cenas fortes de necrofilia, estupro de recém-nascido, pedofilia, incesto em que o protagonista não poderá se recusar a participar.
 Podemos perceber que dentre as muitas críticas e todo o alvoroço criados pela realização desse filme, os ruídos, rumores e até desentendimento nas interpretações foram o motivo de torná-lo um dos mais famosos snuff movies - filmes de horror misturados à pornografia - já feitos até o momento. Os espectadores se dividem em dois grupos: o primeiro, afirma que muitas cenas foram desnecessárias (como a do estupro do recém-nascido) e salientam a necessidade de censurá-lo por servir de apologia. Já o segundo, defende que a proibição só serve para deixarmos a evidente crítica apresentada de lado, por medo de de enfrentar o moralismo da cultura repleta de tabus sexuais que vivemos. Diferentemente dos relatórios apresentados pelo judiciário brasileiro dos motivos da proibição no país, as críticas feitas pelos dois lados supracitados, são baseadas no fato de terem visto o filme, mas, o limiar da visão que os difere vem das próprias questões referentes ao sexo e às pulsões e, principalmente, do significado de crítica (pois parecem não haver um acordo entre o que é uma crítica e uma apologia), coisas que são subjetivas e só reforçam os motivos de Spasojevic trazer essas discussões à tona.
 O remédio para as discussões que estão sendo deixadas de lado (por uma limitação de um moralismo no âmbito das artes) é trazido através da própria arte cinematográfica de Spasojevic, fazendo um loop e utilizando do objeto criticado para ilustrar os horrores existentes na dominação e relação de poder compostas nas pulsões sexuais, fetiches e fantasias que movem a indústria pornográfica. De fato, pessoas desinformadas e que não percebem todo esse jogo, acabam por confundir os questionamentos com apologia, porém, só se sente atraído a praticar atos como os das cenas, pessoas que já tem inclinação para tais distúrbios mentais.
 O desenvolvimento do filme é gradativo, assim como o desvendar das cenas com conteúdo mais forte. À medida em que o ritmo do filme aumenta e os cortes, a fotografia e a tensão deixam o espectador mais transtornado, o protagonista também apresenta seus distúrbios e a sensação obtida é de extrema exaustão, como uma doença. O final nos traz um baque, pois quando parece tudo finalmente resolvido, o loop recomeça numa esfera diferente: a continuidade e a falta de alívio pois não há um fim às atividades dessa indústria.
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Resenha - Azul é a cor mais quente (2013)
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Título original: La Vie d'Adèle - Chapitres 1 et 2
Ano de lançamento: 2012
Gênero: Drama/Romance
Nacionalidade: França
Dirigido por: Abdellatif Kechiche
Com: Léa Seydoux, Adèle Exarchopoulos, Jérémie Laheurte
"Azul é a cor mais quente” é um dos filmes contemporâneos franceses de maior importância e repercussão. Se literalmente traduzido do francês, teria o nome de “A Vida de Adele”, e esse é o desenrolar da história. Dirigido por Abdellatif Kechiche, tem início com Adele, aos dezesseis anos, se dirigindo à escola. Descobre ter um colega interessado nela, e é encorajada a sair com ele. Os dois conversam, mas ela se mostra pouco interessada. 
Certo dia, vê uma mulher de cabelos azuis na rua, e demonstra bastante curiosidade em relação à menina, chegando até mesmo a sonhar com ela. À medida em que se segue o filme, Adele tem sua primeira experiência sexual com um homem e, ao fim, embora disfarce, percebe não ter sentido o mesmo que ele com o ato.  O filme, então, gira em torno de Adele e a descoberta de sua sexualidade. Não se foca em uma só época, mostrando a menina em diversas fases da vida, desde o início de uma relação homossexual com Emma, a garota de cabelos azuis, ao fim. Várias fases da relação estão presentes, com cenas explicitas de romance e sexo entre as duas mulheres, a dificuldade de Adele em se assumir para os pais o término. Sua abordagem foi de enorme importância não só para a França, mas para muitos outros países para os quais o filme foi liberado. Foi indicado a diversos prêmios, tais como César, Globo de Ouro e BAFTA, tendo ganhado muitos deles. Teve grande repercussão, como já dito, e mostrou fielmente que um relacionamento homossexual é tal como qualquer outro, com romances, deslizes e evoluções. É, sem dúvida, um dos mais importantes filmes franceses.
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ROMAN POLANSKI
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Roman Polanski é um cineasta, produtor, roteirista e ator polaco-francês. Tem em seu currículo prêmios como a Palma de Ouro do festival Cannes e um Oscar de melhor diretor, ambos adquiridos com o filme O Pianista (2002). Filme que, apesar de autobiografia de Wladyslaw Szpilman, também retrata sua história, sendo judeu e vivendo na Polônia na época de ocupação dos Nazistas. É um dos melhores diretores contemporâneos, e um dos mais aclamados da França. Não compareceu à cerimônia de recebimento do Oscar, uma vez que, desde 1977 não põe os pés em território estadunidense. Outros filmes de prestígio do diretor são O bebê de Rosemary (1968), Oliver Twist (2005) e The Ghost Writer (2010), entre outros. 
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Resenha - Intocáveis (2011)
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Título Original: Intouchables
Ano de Lançamento: 2011
Gênero: Comédia / Drama
Nacionalidade: França
Dirigido por: Olivier Nakache / Eric Toledano
O filme abre cena com Driss (Omar Sy) e Philippe (François Cluzet) em um carro, enquanto Driss dirige em alta velocidade. Ao ser perseguido por policiais, o motorista –e cuidador– faz uma aposta com Philippe, com a crença de que não seria pego por policiais. A brincadeira continua e, logo na primeira cena, um flashback, percebemos a relação de amizade entre os dois.
A história se da por um milionário que, após um acidente, se torna tetraplégico. Precisando de cuidados 24h por dia, está a procura de um cuidador. Recebe inúmeros candidatos mas um em especial o chama a atenção. Esse é Driss que, tendo atendido à entrevista apenas no intuito de ser recusado, cria um certo tipo de desafio para Philippe, que vê certa diversão na situação. Ele, então, contrata Driss, e ambos começam uma relação de amizade, aprendizado e mudanças.
Ao longo do filme ambos tem grande evolução, aprendendo a conviver com diferentes culturas e fazendo grandes mudanças em suas vidas. Philippe, que após a morte de sua esposa nunca mais teve ninguém, é encorajado por Driss para, no fim, encontrar um novo par. Driss, que antes tinha péssimos antecedentes e nenhuma pretensão para vida, se torna um novo homem; responsável, dedicado e compassivo.
O filme “Intocáveis”  é baseado em uma história real, o que cria um vínculo e emoção maiores com os espectadores. Foi indicado a 32 prêmios em diversos festivais ao redor do mundo, ganhando 25 desses. É o segundo filme de maior sucesso da França, com seu ápice na Alemanha e Noruega, onde bateu até mesmo blockbusters como “007 – Operação Skyfall” e “A Era do Gelo 4” em número de espectadores.
   Direção
O filme é fruto de uma parceria de sucesso entre Eric Toledano e Oliver Nakache. Trabalharam juntos em dois filmes prévios à “Intocáveis”, sendo uma comédia e um drama. A parceria deu certo, levando-os a escrever e dirigir um dos mais famosos filmes da era contemporânea na França.
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Resenha: Amelie Poulain (2001)
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Título Original: Le Fabuleux Destin d'Amélie Poulain
Ano de Lançamento: 2001
Nacionalidade França / Alemanha
Gênero: Comédia
Dirigido por: Jean-Pierre Jeunet
Assim como é de costume de Jean-Pierre Jeunet (diretor), o filme trabalha com cores fortes e vivas. De forma cômica inicia a história de Amelie que, sempre vivendo apenas em companhia dos pais, cresceu solitária. Perde a mãe cedo, tipicidade essa do diretor que, usualmente, faz de seus personagens principais órfãos. Amelie cresce, então, submersa em seu próprio mundo, refém de suas histórias e sonhos.
Amelie, então, muda-se para um próprio apartamento, pago com seu trabalho de garçonete. Presta a atenção na vida de diferentes pessoas, sem envolvimento algum, até que encontra em seu apartamento uma velha caixa de brinquedos, e decide retorna-la. Conseguindo rastrear o antigo dono, ela devolve o objeto, que se mostrou mais valioso que as aparências. O antigo dono se emociona com as memórias e se toma coragem para visitar a filha e neta há muito não vistas. Percebendo a mudança causada na vida do senhor por um pequeno ato, Amelie se maravilha, e inicia uma série de outros pequenos atos que podem causar enormes mudanças.
Paralelo à tais atos, ela também tenta fazer sua felicidade quando, após conhecer um homem e se interessar por ele, cria uma série de jogos que, eventualmente, os uniria. Isso acaba acontecendo e, no final, Amelie vive o seu final feliz, graças à atitudes altruístas que a inspiraram a, além de pensar nos outros, também em si mesma. O narrador, então, nos encoraja também a percebermos as pequenas maravilhas de nosso dia a dia, tendo que foram essas as que mudaram a vida de Amelie, antes tão solitária. 
O Diretor
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 Jean-Pierre Jeunet é um cineasta francês. Conhecido por sua criatividade, é um dos importantes nomes do cinema francês. Indicado a vários prêmios por muitos de seus filmes, em especial por O Fabuloso Destino de Amelie Poulain, foi vencedor também de muitos, o que marcou seu nome. É também conhecido por sua irreverência com as cores, usando sempre tons fortes que dão um ar fantástico a seus filmes. Após seu sucesso com filmes essencialmente franceses, Jean-Pierre começou a receber, e ainda recebe, diversos convites para direção de filmes de Hollywood.
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