Tumgik
p-moss-blog · 10 years
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Provocar Ava sempre fora um de seus passatempos preferidos, especialmente quando a garota respondia à altura. Estava tão acostumado com todos fazendo suas vontades e calando-se na sua presença que era divertidíssimo encontrar alguém com coragem para rebatê-lo. Para ser honesto, ela era uma das poucas pessoas a quem ele não desprezava. Claro, passavam a maior parte do tempo trocando alfinetadas e comentários sarcásticos, mas ele reconhecia que ela era… Interessante. Além de gostosa, obviamente. Muito embora as respostas atravessadas de Ava o fascinassem, ele não negaria que seu objetivo naquela noite não era desperdiçar tempo com aquela conversa sem sentido. Não poderia estar mais distante disso, na verdade. Admirar o corpo da morena naquelas roupas apertadas fazia sua mente viajar para um milhão de pensamentos indecentes sobre tudo o que ele gostaria de fazer com ela. Se dependesse de si, já estariam num dos quartos superiores da casa, aproveitando a festa da melhor maneira que conhecia. Mas não, claro que não, precisavam passar por aquela costumeira discussão na qual ambos tentavam parecer melhores e mais arrogantes do que o outro. De certa maneira, já estava até acostumado com aquilo.
As palavras dela arrancaram uma risada de seus lábios, e o garoto sequer preocupou-se em negar a afirmação. Que transaria com Ava na primeira oportunidade já era mais que óbvio, não precisava ressaltar. Apenas manifestou-se para corrigir o que ela disse em seguida. - Mentira. Não seria por pena, seria por sua própria vontade e você sabe muito bem disso. - retorquiu, com um sorriso de canto tomando lugar em seu rosto. Imaginou que se ela não tentara matá-lo até o presente momento, era um bom sinal de que estava um passo mais próximo de seu objetivo de tirá-la daquelas roupas o quanto antes. Sequer tentava disfarçar, porque não havia vantagem em fingir-se de cavalheiro. Não para ela, de qualquer maneira. Apoiou os pés sobre a mesinha de centro, acomodando-se distraidamente no sofá e tomando a garrafa das mãos da garota sem cerimônia alguma. Não tinha a menor vontade de voltar para casa bêbado; até mesmo porque saíra escondido e entrar com cheiro de bebida não seria a ideia mais inteligente que já tivera. Ainda assim, era um fã da ardência familiar do álcool descendo por sua garganta, então tomou mais alguns goles antes de devolvê-la à dona.
Mas foi a revelação de Ava que atraiu sua atenção. Arqueou uma sobrancelha, um tanto incrédulo. Verdade fosse dita, tais palavras não foram exatamente uma surpresa. Sabia da fama de Mae pelos corredores do colégio, e descobrir que ela ficara com Ava não era realmente inesperado. (A pergunta era, no caso, quem ainda não ficara com a morena.) E, além do mais, imaginar as duas se agarrando completamente despidas fazia maravilhas para a imaginação do garoto. Por isso, ao invés de mostrar-se irritado como certamente ela esperara, deixou que o sorriso enviesado de sempre se estampasse em seus lábios. - Vá em frente, Kath é gostosa mesmo. - deu de ombros, mostrando que não se importava de correr atrás das duas garotas sem obter resultado algum. - Vocês podem até me chamar para um threesome, eu não me importaria de voluntariar meu corpo para a causa. - acrescentou, com um riso sem humor algum. Claro, não iria admitir em voz alta o quanto a ideia lhe apetecia, até mesmo porque sabia estar um tanto fora de consideração. Ainda assim, isso não o impedia de fantasiar com a possibilidade.
I fucking hate you. @Ava+Patrick
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p-moss-blog · 10 years
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Sequer impediu-se de sorrir, um tanto patético, para a expressão estampada no rosto de Mae. Não percebia o quanto ela o manipulava; porque para ele, a garota era dona dos olhos mais angelicais do mundo. Verdade fosse dita, não conseguia concentrar-se muito bem na presença dela. Por vezes, nem tentava. Achava praticamente impossível resistir à qualquer coisa que ela pedisse com aquelas palavras doces. A maioria das pessoas, como Ava e Katherine, fazia graça do menino, dizendo que era o cachorrinho de Mae. Não concordava, mas também não movia um dedo para mudar aquele rótulo. Enquanto dependesse de si, não pouparia esforço algum para conquistar aquela garota. Não havia sentimento algum da parte dele, é claro; apenas um desejo absurdo de tê-la em sua cama, como tivera qualquer outra menina que quisera. - Você gosta de mim só por causa disso? Me sinto ofendido. - revirou os olhos, sarcástico. - Nada demais. Não é como se muita coisa de interessante acontecesse por aqui, de qualquer maneira. - deu de ombros, desinteressado. O último evento estarrecedor naquela cidade monótona fora a morte de Roxanne, e provavelmente nada de novo aconteceria nas próximas décadas para tirá-los daquele marasmo infinito.
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Top marks for not trying || Maerick
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p-moss-blog · 10 years
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A pig inside a human body. @Mosford
— Prefiro morar debaixo da ponte à deixar você entrar em mim. — Sorriu e virou o rosto, ignorando tudo o que ele dissera a seguir, até chegar no assunto Roxanne. Ela segurou um sorriso. Olhou em volta, fingindo que ele nem estava ali enquanto ele vomitava asneiras ao vento. Viu que toda a atenção que queria tinha conseguido, e todo o refeitório estava em silêncio, olhando para os dois. — Sim, eu pedi mesmo pra que ela pulasse. E eu tenho nojo de ver o remorso na cara desses imbecis que também estavam lá pedindo para que ela se jogasse e pouco se fodendo para ela. Além do mais, foi um acidente, não é mesmo? — Sorriu amplamente para ele, ao se virar e olhar o mais fundo que podia nos seus olhos, quando ele fez a ameaça. Talvez ele não tenha percebido, mas todos atrás dele iam abrindo a boca em um “O” perfeito, incrédulos com o que acabaram de ouvir. Levantou da mesa. — Acho que terminamos por aqui. Tantas testemunhas…— Sorriu e balançou a cabeça negativamente ao abaixar-se e sussurrar no ouvido dele. — Boa sorte, Don Juan. — E saiu do local com a cabeça erguida. Todos ali sabiam que o que havia acontecido com Roxanne foi um acidente. Mas, era geologicamente possível alterar a ponta de um penhasco horas antes para que ela pudesse ficar lá. E Patrick tecnicamente ameaçara Nicole, com o refeitório inteiro encarando-o. “Chego até a sentir pena dele? Ah, não. Não sinto." Riu alto e continuou fazendo seu rumo para fora dali. Precisava fumar. 
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p-moss-blog · 10 years
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Nicole era ridícula. Uma pirralha querendo causar confusão, em busca da atenção dos demais. Ao menos, era assim que Pat a enxergava. Não se deixava levar pela imagem de rebelde que ela tentava mostrar a todos. Cruzou os braços, um sorriso presunçoso brincando em seus lábios enquanto ouvia as palavras dela. Achou graça de cada sílaba, sequer abrindo a boca para contestá-la. Que a loira falasse o que quisesse; não se importava. Não quando qualquer garota da escola ainda arrastava-se aos seus pés, beijavam o chão por onde ele passava em uma tentativa estúpida de terem sua atenção conquistada. Os rumores que circulavam de boca em boca sobre suas proezas sexuais não eram poucos, ele sabia. E não era uma criança qualquer que o derrubaria. - Nenhuma delas estava reclamou de transar comigo. Vai ver é por isso que você continua pobre. - replicou, ao escutá-la acusá-lo de comprar as meninas com quem dormia. No entanto, o sorriso desapareceu de seu rosto quando o tópico da conversa alterou-se para Roxanne. Cruzou os braços diante do peito, com vontade de aplaudir a hipocrisia da loira. - Você é patética, Nicole. Sim, fui eu quem convidou Roxie para a festa. Mas, se existe alguma coisa dentro dessa sua cabeça, você vai lembrar que não era eu quem estava pedindo para ela pular. Essa era você, não era? - perguntou, com simplicidade. Ele tinha rido, sim, quando haviam começado os incentivos para que a garota pulasse. Porém em momento algum juntara-se ao coro; estivera no centro de tudo. Era inútil tentar livrar-se da culpa, mas não dera a mínima para a morte da garota. E não mudaria de ideia tão cedo. - Agora faça um favor à si mesma e dê o fora daqui, antes que você seja a próxima a cair daquele penhasco. - acrescentou, arqueando as sobrancelhas sem o menor divertimento em sua expressão.
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A pig inside a human body. @Mosford
Nicole nunca gargalhou tão alto na vida. Imaginou que se a irmã tivesse visto ela rindo ou ouvido o que Pat havia dito, com certeza iria chorar em algum canto pela caçula não ter nenhum respeito pelos pais mortos. A verdade é que ela só não podia ficar por baixo, e infelizmente, isso fazia com que tivesse que tomar medidas drásticas. — Sim, ela tá morta, os ratos já devem ter comido ela. Mas comeram de graça. Já você, toda e qualquer piranha dessa escola que já abriu as pernas pra você saiu com a carteira cheia. — Um sorriso largo se instalou no rosto da garota que virou para o resto da turma, ignorando o garoto rico sentado ao seu lado. — É gente, ele é fortão e bonito, mas de que adianta, o pau não funciona. A última disse que precisou de meia hora só pra deixar ele duro. Mas, fazer o que, deve ser o preço do uso dos anabolizantes que o papaizinho compra. — Deu de ombros e se virou novamente para Patrick. Não queria prolongar muito aquilo, mas tinha que jogar sua cartada final logo, antes que alguma das fofoqueiras fossem chamar a direção. — Talvez o papai tenha subornado a polícia e a justiça no caso Roxie, pois alguém aqui deve ter pedido com muito carinho para que ela ficasse lá servindo de palhaça pra todo mundo. E esse mesmo alguém devia saber que a ponta de um penhasco é uma área de risco… Mas, são só suposições, não é? Foi um acidente.— Disse, com os olhos azuis penetrando o mais fundo que conseguia nos dele, e com um sorriso cínico e devastador ao perceber que várias bocas se abriam e todos passavam a olhar para ele, querendo uma resposta clara e à altura das acusações que Nicole havia acabado de fazer.
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p-moss-blog · 10 years
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Patrick não gostava de muitas coisas, mas, acima de muitas coisas, não gostava de ser incomodado durante o almoço. E, o pior de tudo, isso parecia acontecer com uma frequência irritante; fosse Mae lhe chamando para pedir algo ou algum babaca em uma tentativa vã de juntar-se à mesa dos populares. Era patético, mas também eram as oportunidades perfeitas para que o Pat demonstrasse seu lado mais sarcástico (o qual, convenhamos, não era pequeno). Ainda assim, aquelas interrupções ao menos desviavam o assunto da morte da garota. Honestamente, não aguentava mais ouvir falar em Roxanne. E era justamente sobre aquilo que todos falavam ao seu redor quando Nicki apareceu sabe lá vinda de onde, causando um desastre no almoço do garoto. Arqueou uma sobrancelha para a loira, incrédulo. Sempre soubera do gosto dela por confusão, mas aquilo era ir longe demais. - Uma empregada nova? Não sabia que sua mãe estava pedindo emprego por aí. - falou, sem o menor traço de diversão em sua voz. - Ah, é mesmo, eu esqueci que você não tem uma. - sorriu em uma expressão inocente. Nunca fora conhecido por delicadeza ou meias-palavras, afinal.
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A pig inside a human body. @Mosford
Nicole estava sentada sobre a mesa predileta dela e de Naomi. Sua amiga a abandonara no dia de hoje, mas ela não se importava muito. Não era seu dia favorito, muito pelo contrário, era uma monótona segunda-feira e ela teria ficado em casa sem problema, não fosse a folga dos tios, que decidiram tirar a segunda-feira para ficar em casa. Nicole se recusava a ficar com eles, não tinha nenhuma intimidade e eles sempre tentavam puxar algum assunto com a loura que não queria falar com eles de forma alguma, não tinha motivos para isso e não era fã de gente velha. Avistou Patrick e decidiu que a segunda-feira seria perfeita para causar alguma coisa no refeitório e dar àqueles cabeça-de-vento algum entretenimento. Nicki desceu da mesa na qual estava sentada e caminhou até o rapaz, empurrando a bandeja dele no chão com a mão sem se importar com o alimento, nem mesmo olhando o que a bandeja continha. Sentou-se na frente dele, cruzou as pernas e apoiou o cotovelo no joelho, sorrindo. — Opa, sujei a roupa do garoto riquinho… Será que o papai vai pagar uma nova empregada que tira manchas? 
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p-moss-blog · 10 years
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bleeding out for you; a playlist about a boy and a girl who were so alone before finding love in each other, living under the same roof. {listen}
bleeding out; imagine dragons // ptl; relient k // hysteria; muse // with me; sum 41 // please don't say you love me; gabrielle aplin // no one's here to sleep; naughty boy feat. bastille // fickle love; bear's den // dangerous animals; arctic monkeys // i won't let you go; snow patrol // undisclosed desires; muse // somebody told me; the killers // creep; radiohead // give me love; ed sheeran
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p-moss-blog · 10 years
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Não era segredo algum o quanto Patrick gostava de festas. Mesmo depois do terrível incidente com Roxanne - porque ele recusava-se a chamar de qualquer outro nome -, ainda era um frequentador ávido de reuniões alheias. Fosse convidado ou não. Para qualquer pobre alma, seria motivo de felicidade ter um Moss em suas festas, porque meramente colocar os pés na casa da pessoa já era o suficiente para acrescer o status do lugar. Não tinha culpa de ocupar o topo absoluto da hierarquia social, dividindo-o apenas com Katherine. Bem merecido, afinal. Apesar de depois da morte de Roxie seus pais estarem um tanto mais relutantes em deixá-lo sair com uma frequência tão alta, o garoto tinha seus métodos para sair escondido. A maioria dos empregados da casa não se importava em receber algumas notas a mais no salário para fechar os olhos enquanto ele se esgueirava para fora. Aquilo não dizia maravilha alguma a respeito de seu caráter, mas desde quando preocupava-se com aquilo? Sequer dera alguma importância para a morte de uma garota patética como Crane, então por que daria ao fato de sair sem o conhecimento de seus pais? Claro, estava dispondo-se a ficar de castigo, se fosse pego. Se, o que não seria. Era inteligente o suficiente para aquilo.
Além disso, estava fora de questão perder uma festa de Corey. Sua amizade com o garoto era relativamente importante; ao menos, não era como com qualquer outro do círculo social em que frequentavam. Para a maioria dos outros meninos, Pat já fazia grande trabalho lembrando apenas o nome. No entanto, até gostava de Haynes, especialmente quando era convidado para uma de suas festas. Geralmente, qualquer coisa organizada por ele tinha a tendência de ser estrondosa; e quase sempre fazia com que acordasse na manhã seguinte ainda com o álcool em seu sangue, embrenhado em um dos quartos com uma garota qualquer. Apesar de ter sido em uma das festas dele que acontecera a coisa toda com Roxanne, realmente não se importava em esquecer aquilo por uma noite. De preferência, para sempre, mas no dia seguinte alguém inevitavelmente traria o assunto à tona novamente. Pura besteira, na opinião dele. Se a garota fora burra o suficiente para ceder aos pedidos dos outros, para beijar o chão em que eles pisavam, era problema dela. Bom, não era mais, humor negro à parte.
De qualquer maneira, andava pelos corredores da casa, um tanto entediado. Tentava encontrar alguma novata que ainda não houvesse caído em seus encantos e levá-la para a cama quando seus olhos pousaram em Ava, atracada com uma garrafa de bebida em um dos sofás. Certamente ela não tinha receio algum sobre o que os outros pensavam, e gostava daquilo nela. Nunca fora um dos maiores fãs da morena, porque quase sempre acabavam discutindo quando estavam juntos. O maior exemplo fora aquele impasse estúpido no qual ela decidira proteger Timmy. Outra alma patética para quem Patrick não conseguia importar-se. Largou-se no sofá ao lado dela, o típico sorriso arrogante já tomando espaço em seus lábios. Aceitou de bom grado a garrafa das mãos da menina, tomando um longo gole antes de devolvê-la. A ardência do álcool descia por sua garganta, familiar e bem-vinda. - Ava. - cumprimentou-a. - Preciso admitir, você também fica diferente quando não está abrindo as pernas para algum pobre coitado por aí. - respondeu, no mesmo tom. Nunca fora conhecido por ter paciência ou por aguentar desaforo, mas gostava de jogar aquele jogo com Ava. Era complicado, e na maior parte do tempo queria esganá-la, mas ainda assim era bastante divertido. - Sabe, até hoje me pergunto se você deixou o Timmy te comer por pena. - acrescentou, um misto de desprezo e ironia em sua voz. Amava provocá-la, pura e simplesmente.
I fucking hate you. @Ava+Patrick
Ava estava evitando ir para casa. Tão simples quanto isso. Seus pais ainda não tinham voltado da viagem e a última coisa que queria naquele momento era estar fechada no mesmo lugar que Evan. Não tinha voltado desde que ele lhe contara o que acontecera com Faith. Passara a primeira noite junto de Chase, basicamente reclamando sobre a vida e sobre o que ele tinha feito, enquanto partilhavam uma garrafa de whisky. A segunda, no entanto, tornara-se um pouco mais complicada de tomar uma decisão. Não podia dormir em casa da sua melhor amiga, por motivos algo óbvios. Mae estava fora de questão, já que ele perceberia que tinha algo errado e não podia contar a verdade para ela, não ainda. Kath… Bem, desde que a tinha ido visitar, Reid estava evitando Katherine. Então, escolhera sua única solução. Aparecer numa das festas organizadas por Haynes, beber até desmaiar num dos quartos da casa e, quando acordasse, logo decidiria o que fazer. Quem sabe não faria uma pequena visitinha a Seth. Podia imaginar facilmente que ele não tinha ficado tão puto quanto ela, mas duvidava que ele lhe duvidasse um lugar onde ficar, o que era tudo o que ela precisava naquele momento.
Mas aquela festa em particular parecia-lhe terrivelmente entediada. Não sabia se era por estar tão irritada que parecia ser incapaz de se divertir ou por estar sendo chata, mesmo. As pessoas habituais pareciam ter sumido da face da terra, deixando apenas rostos que ela não reconhecia. Jurava ter visto Iris algures, mas ela tinha sumido, bem antes de Ava a conseguir alcançar. Podia simplesmente agarrar algum desconhecido e dar-lhe a melhor noite da vida dele, mas parecia que sua paciência estava limitada até para isso. Então, seguiu a única solução possível. Agarrou uma das garrafas de whisky da mesa, ignorando os olhares irritados que lhe eram dirigidos e sentou-se num dos sofás, bebendo diretamente da garrafa. Parecia que seu plano de simplesmente beber até apagar ia-se realizar mais rápido do que tinha esperado.
Não estava no melhor humor para socializar, mas sentiu um pouquinho de esperança nascer dentro dela, quando o lugar ao seu lado no sofá se afundou. Claro que ficou desiludida, mal virou o rosto para ver quem era. Patrick. Ótimo. Tinha-o conseguido evitar desde que tinham tido a pequena briga sobre Timmy, mas sabia que não o conseguiria evitar para sempre. Era como uma praga na vida das pessoas, quanto mais você tentava se livrar dela, mais ela tinha vontade de ficar. “Patrick. Bom te ver.” Disse, sua voz pingando sarcasmo, mas ainda assim esticou a garrafa de whisky para ele, oferecendo-lhe da mesma bebida que tinha roubado para si naquela noite. Podia desprezá-lo, mas não negaria que já tinha tido alguns bons tempos do seu lado. Afinal, havia algum motivo pelo qual ela não tinha convencido Mae e Kath a largá-lo de uma vez. “Você fica diferente quando não está babando em cima de Mae e Kath. Menos cachorrinho, sabe. Deveria tentar esse look mais vezes.” Parecia impossível controlar sua língua quando estava do lado dele. O seu pior lado parecia sempre vencer, a convivência deles sempre se tornando numa troca de comentários ácidos, onde ninguém ganhava. 
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p-moss-blog · 10 years
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Largou o celular sobre a mesa, genuinamente interessado no que a garota teria para lhe dizer. Não haviam parado para conversar direito desde o incidente da festa. Patrick estivera ocupado demais tentando ocultar seu próprio envolvimento do pai, mas não deixara de notar o quanto Mae vinha lhe evitando nos últimos dias. Claro, ele sabia da culpa dela; afinal, fora dela a ideia que ele convidasse Roxanne. Na época, ela dissera que havia sido Kath a surgir com aquilo, e o garoto realmente não se preocupara. Todo pedido de Mae era uma ordem, afinal, e aquele não fora diferente. Tomara proporções inimagináveis, no final. Arqueou a sobrancelha para as palavras dela, pego de surpresa pelo assunto vindo à tona de repente. - Quero evitar esse assunto tanto quanto você, Mae. - observou, deixando-se levar pelo rosto angelical da menina. - Eu não dava a mínima para a garota quando ela estava viva, e não é porque ela morreu que isso vai mudar.  - acrescentou, voltando ao seu almoço. Era ridículo o quão hipócrita os envolvidos estavam se tornando, agindo como se realmente se sentissem tocados pela morte abrupta de Roxanne. E este não era o caso de Patrick, que continuava indiferente como sempre fora.
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p-moss-blog · 10 years
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- Claro que não disse. - retrucou, sem nem mesmo pensar duas vezes. Era divertido jogar aquilo com Katherine, quase como se fosse uma competição de poder; de quem cederia primeiro ao outro. Como dissera antes, a arrogância de ambos era proporcional à beleza e aos montantes de dinheiro nas contas bancárias. Verdade fosse dita, provavelmente reinavam acima de qualquer outra alma na escola. Seriam um bom casal... Se não fosse por aquela vontade ocasional de estrangular um ao outro, claro. Haviam crescido juntos, implicando e alfinetando-se quando possível. Ali, não era diferente, mesmo tantos anos depois. Continuava com o olhar pousados na silhueta dela, apreciando imensamente cada centímetro daquela garota. Sua vontade era agarrá-la ali mesmo, no meio da escada, a poucos metros das duas famílias. (Provavelmente seriam aplaudidos se o fizessem, tamanho era o desejo de vê-los como um casal.) Revirou os olhos em silêncio ao senti-la afastando-se de si e recolheu seu braço; não antes de deixar os dedos deslizarem pela curva do traseiro dela descaradamente. Um acidente, ele diria, se fosse perguntado - o que não foi. A ruiva gostava daquele tipo de atenção.
Tomou a frente dela, continuando a subir os degraus sem pressa. Por mais que quisesse levá-la para a cama naquele instante, a ideia de provocá-la também era atraente. - Kath, eu sou um cavalheiro. Nunca ouviu dizer que as damas vão primeiro? - disse, com o típico sorriso arrogante tomando lugar em seus lábios. Era uma mentira deslavada, não poderia estar mais distante das boas maneiras. Ao menos, não quando não estava na frente de seus pais, e aquele estava longe de ser o caso. Finalmente, chegaram ao andar superior da casa, com o corredor silencioso. As palavras dela serviram para aumentar ainda mais seu ego, se é que isso ainda era possível. Ele sabia o quão bonito era, sabia que tinha o mundo aos seus pés; mas ouvir aquilo sempre era bem-vindo. - Fico ofendido que pense assim. Claro que você é especial. - revirou os olhos mais uma vez, a voz carregada de ironia. - Até mesmo porque se fosse outra eu teria desistido. Ou melhor, não precisaria, qualquer uma já estaria se arrastando aos meus pés agora. - sorriu, porque se havia alguém que entendia aquilo era Kath. A ruiva também estava acostumada a ter os garotos beijando o chão por onde ela passava. Não era novidade alguma para nenhum deles, e tampouco era a provocação presente no ar.
Show me your house; @patrick x katherine
Deu uma risada deveras prazerosa com a fala do outro. Não era? Pois na deturbada mente de Katherine, todos eram seus empregados, sem exceção. De uma maneira ou outro, qualquer indivíduo poderia a servir. E Patrick? Era de extrema serventia. - Empregado? Eu nunca disse isso. - Um sorriso alastrou-se por sua face. O Moss poderia não gostar de sua presença, mas com certeza a conhecia, assim como suas facetas. Assentiu levemente como se dissesse obrigada silenciosamente, acomodando a taça de cristal em meio a seus dedos. Olhou para todo o hall da escadaria. A casa era realmente bonita, quase tão quanto a sua. Andou ao redor de Patrick propositalmente até chegar ao primeiro degrau, sentindo os dígitos masculinos em suas costas, no limiar de seus glúteos. Segurança era bom… Mas não queria que o outro se sentisse seguro demais. Era ela quem estava no controle, ou pelo menos gostava de pensar assim. 
Rapidamente subiu degrau por degrau, rápido o bastante para que Patrick perdesse o contato consigo, e devagar apenas para que o garoto pudesse apreciar, não era isso o que queria? E na metade do caminho, parou, para dar um gole de sua bebida, e se virar para trás, com uma curva de lábios emoldurando sua falsa expressão descontraída. - O guia não deveria ir na frente? - Apoiou-se no corrimão, esperando-o tomar as rédeas com um toque de ironia. - Sabe, Patrick. - Sussurrou, ainda que se falasse alto somente ele poderia ouvir. Todos os empregados estavam concentrados no local em que os patriarcas estavam, ousava dizer que poderiam se atracar ali mesmo, no sofá aveludado. - Você é tão descarado que se não fosse tão bonito, seria nojento. É assim com todas? Espero que não. - Deu uma pequena risada dissimulada. - Sou especial para você? - Fez um pequeno bico, teatral e sarcástico. Não tinha como não brincar com ele. Ela gostava, e sabia que era recíproco. 
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p-moss-blog · 10 years
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All the lonely people, where do they all come from?
Não era a primeira vez em que via aquela garota pelos corredores, imersa em uma de suas tentativas patéticas de agradar ao grupo dos populares. Grupo este do qual Patrick gloriosamente fazia parte, isso se não fosse o mais importante entre aquelas almas ridículas que tentavam aparecer entre a multidão de alunos daquela escola. Geralmente, é claro, estava ocupado demais com seu próprio mundo - o mundo onde as pessoas tinham alguma importância para ter seu nome decorado - para prestar alguma atenção nela. Em qualquer circunstância normal, jamais teria dirigido um segundo olhar para aquela menina patética que insistia em querer fazer parte deles. Era um esforço em vão, qualquer um com um par de olhos poderia perceber aquilo. Roxanne não seria incluída entre os bons, os ricos, os carismáticos. Não enquanto o garoto pudesse fazer algo para impedir. Verdade fosse dita; não se importava em absoluto com ela. Que diferença fazia para si se ela estava viva ou morta? Tinha assuntos muito mais urgentes para preocupar-se; como em manter a posição de filho perfeito entre as quatro paredes do seu lado ou a missão de enfiar-se nas calcinhas de Katherine. Seu cérebro simplesmente não admitia espaço para alguém tão insignificante, patética, minúscula quanto a outra menina.
E então, a festa fora divulgada. Era o assunto da escola naquela semana em particular, e, sendo quem era, Pat já era presença confirmada. Seus planos para aquela festa não fugiam do comum: álcool e alguma menina bonita que estivesse disposta a abrir as pernas para ele. Nenhum dos itens era difícil de ser arranjado, e o garoto mostrava-se um tanto empolgado por uma noite de folga da pressão de seus pais. Era irônico, para quem o via de fora, imaginar que tinha a vida perfeita por trás daquela fachada de arrogância e superioridade. Estava longe disso, muito embora sua vida ainda fosse mil vezes melhor que a de Roxanne. Inúmeras vezes já havia visto - e ajudado - a zombar da pobre menina, sem um pingo de culpa por aquelas atitudes. Quem seria tão imbecil a ponto de humilhar-se para agradá-los? (Hipocritamente, Patrick preferia ignorar que fazia o mesmo com seus próprios pais.) Enquanto dependesse de si, a morena nada seria além de uma pária social, um câncer excomungado da hierarquia social daquele colégio. Como Roxanne esperava fazer parte de um grupo no qual andavam garotas como Mae, Katherine, Ava? Era mais uma fadada a viver para sempre fora dos holofotes, estagnada. Uma pobre coitada, na visão do garoto.
Mas Mae viera com aquela ideia. Uma ideia estúpida, sem pé ou cabeça, de convidar a maldita ninguém para ser sua acompanhante na festa. A princípio, estranhara o pedido dela, mas, como sempre, bastara um olhar insistente de Mae para que cedesse. Ainda não entendia muito bem qual seria o objetivo daquilo, mas tampouco importava-se. Como sempre, sua mente tinha problemas mais importantes. Além disso, ela dissera que fora ideia de Katherine. Por que não, então? Sequer remoeu muito o assunto antes de aproximar-se da morena em um intervalo qualquer. Ela ocupava-se pegando materiais em seu armário, e foi a deixa perfeita para Moss aproximar-se com o seu sorriso mais cafajeste. - Hey, Roxie. - cumprimentou-a pelo apelido, ainda que nunca tivesse dirigido a palavra à ela antes. Sabia daquela paixonite estúpida da garota por si, e pretendia utilizar-se daquele fato para cumprir o desejo de Mae. - Eu estava pensando... Talvez você queira ir à festa no fim de semana comigo. Posso te dar uma carona. - ofereceu, os olhos azuis cintilando. Não precisou de muitas palavras a mais para convencê-la, porque não havia ninguém capaz de negar algo àquele garoto. Sentiu-se um tanto mal ao ver o genuíno sorriso estampado no rosto dela, mas logo afastou aquele sentimento de si. Roxanne nada era além de uma criatura patética, ridícula, inútil a quem Patrick faria um ato de caridade. Talvez até mesmo conseguisse levá-la para a cama. Seria um favor prestado à ela, uma vez que provavelmente a menina passaria a vida inteira correndo atrás dele de qualquer maneira. Não sentiu remorso algum por enganá-la descaradamente. Afinal, os pedidos de Mae eram uma ordem.
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Patrick não costumava sentar sozinho no intervalo de almoço. Também pudera; sua fama na boca alheia era a de um babaca, mas qualquer um sabia o status ganho ao ser visto com ele pelos corredores. Quase sempre estava rodeado por alguém do grupo dos populares, ou, como costumava pensar, dos que valiam a pena decorar o nome e fingir demonstrar alguma importância. Quando não o estava, provavelmente poderia ser encontrado em algum canto, assustando alguém tão irrelevante quanto o garoto Rios. Naquele dia em especial, estava sentado tranquilamente em uma das mesas daquele refeitório tão baixo para seu padrão, cercado por vozes altas, risadas, conversas. Surpreendia-se com o quanto desprezava todos daquele lugar. Estava em uma mesa qualquer, com uma bandeja suportando seu almoço. Preferia mil vezes as refeições feitas pela empregada dos Moss, mas a alternativa era suportável. Ocupava-se com a tela do celular, sem prestar muita atenção ao seu redor. Por isso, teve certeza que seu coração pulou uma batida ao ouvir os livros de Mae batendo na superfície. Ergueu os olhos do celular, com um olhar incrédulo para a garota e suas palavras. - Sou todo ouvidos. - disse, um tanto curioso sobre o motivo daquela conversa.
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Top marks for not trying || Maerick
Depois de todas aquelas semanas, Mae concluiu que não aguentava mais se sentir culpada, não mesmo, ela não merecia aquilo, principalmente sabendo que só uma pessoa sabia de seu real papel naquilo tudo, e desde o incidente ela tentava evitar aquela pessoa o máximo que podia. Não era nada contra Patrick, de verdade, ela realmente gostava dele, era como se ele fosse seu próprio marionete e aquilo particularmente a agradava muitíssimo. Mas na realidade, sempre teve medo de ele trazer o assunto a tona, aquilo sim a mataria por dentro. E ela tinha que por um fim naquilo, por mais difícil que pudesse ser, ela não toleraria saber que só ele sabia o que ela tinha feito, e que ele poderia muito bem contar para quem ele quisesse. Era segunda feira e ela estava cem por cento disposta a por um fim naquilo tudo. Esperou até o intervalo do almoço, levando seu tempo para pegar sua bolsa, seus cadernos e sair da sala a procura de Patrick, que para sua sorte estava sentado sozinho.Bateu seus cadernos em cima da mesa causando um barulho incômodo e se sentando ao lado do menino. -Precisamos conversar.- Falou enquanto pegava a maçã da bandeja do menino e dava uma mordida. -Falo sério, tenho uma proposta pra você.-
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p-moss-blog · 10 years
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Por mais demorado que aquilo estivesse, sabia que era questão de tempo até que Katherine estivesse deliciosamente nua entre os lençóis de cento e tantos fios da cama do garoto. Como ela mesma dissera, ninguém resistia aos olhos azuis de um Moss. Sempre conseguira tudo o que quisera - embora sua vida familiar estivesse longe de ser um paraíso como todos pensavam -, e a ruiva não seria exceção àquela regra. Eventualmente, ambos sairiam mais que satisfeitos daquele jogo. Era quase como um cabo de guerra, onde nenhum queria soltar a ponta ou dar o braço a torcer. A arrogância de cada um deles impedia-os de admitir desistência em uma disputa silenciosa de atração mútua. Nunca parara para refletir sobre a paixonite dela por si, não de verdade. Para ele, Kath sempre fora a filha irritante dos amigos de seus pais. Aparentemente, agora ela virara seu alvo número um, e Patrick não tinha escrúpulo algum em assumir aquilo. Fora babaca no passado, continuava o sendo e com certeza o seria para sempre. Certas coisas nunca mudariam. Soltou uma risada seca ao ouvi-la chamá-lo de altruísta. - Se é você quem está dizendo isso, quem sou eu para discordar? - provocou, apanhando a taça dela do banco ao seu lado.
A parte da garrafa de whiskey era mentira. Não havia jeito de manter bebidas em seu quarto, não quando era mantido em rédeas curtas pelos pais. Mas ficou em algo contente ao saber que era aquele o boato que circulava sobre seu santo nome nos corredores daquela escola medíocre. - Não sou seu empregado, você sabe. - retrucou, mas ainda assim fez como lhe fora dito e encheu novamente a taça da garota. Entregou-a nas mãos dela, e parou em frente a escadaria que conduzia aos andares superiores da casa. Seus planos eram reduzir o tour à uma visita bastante detalhada à sua cama, mas não os verbalizou. - Depois de você, mademoiselle. - indicou com um aceno, apoiando sua mão na base das costas dela. Qualquer um que visse a cena de fora certamente confundiria aquilo com um gesto inocente para conduzi-la pelos degraus, mas ambos sabiam que era mais um dos truques dele para levá-la para a cama. Não se impediu de ficar alguns degraus abaixo da ruiva, admirando cada mísera curva de seu corpo dentro daquele vestido. 
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Era mais do que claro que o objetivo daquela conversa para Patrick era levar Katherine para o andar de cima. E Deus, se não fossem por todos os pequenos probleminhas do passado e pelo orgulho da ruiva, já estaria repousada sobre a cama masculina, com muito prazer. - Não sei o que chamou a atenção delas… Afinal, seus olhos são realmente muito bonitos. - Assentiu levemente, dando os goles finais de seu champagne, pousando a taça vazia no banco ao lado de Patrick. Mordeu o lábio inferior, em pé, em frente ao outro. - Acho que consigo ter uma ideia do que você tem aí, mesmo com esses jeans e camisa. - Mesmo que sem eles, a vista seria muito mais privilegiada. - Claro. Um altruísta de mão cheio, não conheço homem melhor. - Deu uma pequena risada. - Continue sendo assim e mantenha minha taça cheia. - Começou a rumar para a porta que levava ao interior da casa, sem realmente olhar para trás. - E depois, pode me levar em um tour por aqui. Soube que reformaram. - Sorriu consigo mesma, satisfeita. Esperava que soubesse o que fazer a seguir.
- Mas ah, quase estava me esquecendo. - Virou-se para trás, com um sorriso sorrateiro perneando sua face. - Sempre ouvi rumores que você mantinha uma garrafa de whiskey no seu quarto, sabe… De algumas meninas. Fico curiosa para saber se isso é verdade. - Não queria ficar bêbada, mas manter seus lábios molhados faria com que aquilo ficasse mais fácil, e que a vontade de socá-lo se esvaísse, pelo menos um pouco.
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p-moss-blog · 10 years
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Sua primeira reação foi revirar os olhos sem a menor cerimônia para as palavras da ruiva. Sendo honesto consigo mesmo, mal tolerava a presença dela ao seu lado. Provavelmente, se não fosse rica e gostosa como era, ele não a olharia duas vezes antes de tratá-la como qualquer outra da escola. A diferença era que qualquer outra da escola já estaria rastejando aos seus pés naquela hora, enquanto Katherine ainda insistia em fazer aquele jogo desnecessário. Tinha de admitir; a personalidade forte e quase sempre irritante dela era o que tornava aquilo tudo tão divertido. Fazia-o ter mais vontade ainda de seguir em frente com seus flertes descarados. Em sua opinião, era uma questão de tempo até Kath ceder às suas palavras. Ninguém resistia ao garoto. Querendo ou não, toda acabavam em sua cama, porque, bom, ele era Patrick Moss. E isso era o suficiente para fazer a maioria delas cair de joelhos à sua frente. Fora o suficiente para que Roxanne concordasse em ir à festa com ele, lembrou-se subitamente. Mas afastou a garota morta de seus pensamentos. Que importância tinha ela, quando Katherine estava ali, tão presente?
Cruzou os braços, deixando seus olhos percorrerem lentamente a silhueta da garota. Sequer tentava ser discreto; não havia um único motivo para isso. - Tenho certeza que nenhuma delas estava elogiando meus olhos durante o sexo, Kath. - retorquiu, um esgar leviando assumindo lugar em seus lábios. Sua fama não era segredo na escola, e a posição social da ruiva certamente fazia com que ela fosse a primeira a ouvir as façanhas do garoto, querendo ou não. Perguntou-se se ela sentia ciúmes em ouvir as outras meninas do colégio falando dele; era impossível esquecer da paixonite que ela nutrira por ele na infância. Era um de seus tópicos preferidos para provocá-la, não negava. Fazia seu ego crescer mais ainda; se é que isso era possível. - Mas talvez você devesse confirmar por si mesma que eu tenho outros atributos físicos além de um belo par de olhos. - ofereceu, tranquilamente. - Eu não me importaria de voluntariar meu corpo para isso. Viu como sou uma pessoa altruísta? - provocou. Sua relação com Katherine quase sempre beirava a tênue linha entre o amor e o ódio; mas naquele momento, resumia-se ao desejo e à teimosia de ambos os lados.
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Gostava daquilo, daquele jogo. Ou pelo menos, era o melhor a se fazer no momento, o que seria menos tedioso e mais… Proveitoso? Não que precisasse disso, mas era sempre bom ter uma segurança, uma carta na manga de ter pessoas ao seu lado. Patrick era odiável, nojento. Não sabia como um dia gostou dele… Ou melhor, claro que sabia. A atração que tinha pelo Moss fazia seu coração bater minimamente mais rápido, e ela sentia vontade de grudar seus dígitos em meio àquelas mechas tão cuidadosamente despenteadas. Virou o olhar para o jardim de inverno. Inferno. Mentalizava. Ser a ice queen por vezes era difícil, ela tinha de admitir. Se não fosse tão orgulhosa, se não fosse tão mimada aquilo poderia dar certo. Tinha a plena certeza de que no dado instante, na sala, risinhos entre mães estavam sendo sussurrados sobre como os filhos ficariam bonitos juntos. 
"Seis anos depois, eu implorando pela graça de vosso corpo, majestade". Como queria bater nele, como sentia a vontade de descarregar tudo o que carregava dentro de si. A irritação, a vontade de pular em cima da figura masculina, o gelo que se derretia em seu interior, o fogo implorando para ser apaziguado. - Belas palavras, Patrick. - Deu um sorriso que pendia para um canto de seus lábios, arqueando levemente as sobrancelhas. Podia lembrar de quando tinha onze anos, a menina levemente gordinha, de sardas e cabelos laranjas. E o Moss… Sempre daquele jeito. Poderiam dar certo, se não fossem tão iguais.
E gostosa? Wow. Ela sempre gostara de ouvir aquilo, mesmo da boca de algum latino insignificante da escola, imagina vinda dos lábios do outro. Mas ainda sim era cínica, e esboçava uma expressão de enojamento, superioridade. - Acho que dá para ver como esses olhos conseguem conquistar as populars wannabe. Mas aqui? Acho que não. You better try harder. - Os olhos faiscaram, traindo a ruiva que os carregavam. Se sentia como qualquer outra adolescente acometida pela diabólica atração. Mas era forte, era Katherine Mack. Se havia alguém que conseguia resistir para manter a aparência, era ela.
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p-moss-blog · 10 years
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A risada do outro garoto serviu apenas para enfurecer Patrick ainda mais. No começo, sua intenção não fora realmente bater em Corey; queria apenas irritá-lo tanto quanto à si mesmo. Obviamente, não esperara aquele tipo de reação dele. Arqueou uma sobrancelha friamente, com uma expressão cética no rosto. Ponderou se Corey sabia até onde ia a influência do jovem Moss - e de seu dinheiro. Se quisesse, poderia destruir não apenas a adorável face do garoto, mas também a sua vida. Seria muito interessante vê-lo cair de seu pedestal, até mesmo depois da falida tentativa dele de derrubar o próprio Patrick. Não conseguia entender o interesse de qualquer pessoa em ajudar Rios. Para si, ele era apenas um brinquedinho de morder, como os dos grandes cachorros de sua casa. Com o qual brincava até rasgar, ou até cansar. Ou, naquele caso, até alguém arrancá-lo de seus dentes. Ouviu o discurso de Corey sem o menor interesse, e tão logo quanto ele fechou a boca, Pat pôs-se a falar - Primeiramente, você é ridículo por achar que eu desperdiçaria dinheiro com qualquer um nessa cidade, Haynes - explicou, sem a menor paciência. Voltou a empurrá-lo contra o carro, com mais força que anteriormente. Não tinha a menor obrigação de ser legal com o garoto, afinal, todos ali conheciam seu temperamento explosivo. Corey mexera com fogo por escolha própria, e agora teria de enfrentar as consequências daquele ato heroico.
Até porque qualquer um conseguia ver que Haynes só apartara a briga por pena do outro garoto, e não por alguma noção de moral ou ética. Ambos sabiam perfeitamente que Corey já se encontrara no lugar de Rios, talvez não apanhando, mas na escória da hierarquia social da East Haven, antes de mudar-se para Nova York ou seja lá para onde ele froa. Justamente, aquele tipo de atitude fora o que despertara a raiva de Patrick. Por deus, eles eram populares. Por que - por que - ajudar algum pobre coitado como Rios? Ouviu a última provocação do garoto, e logo colocou o braço em seu pescoço, cortando-lhe o ar. Aproximou o rosto do dele, o olhar em um misto de ironia e desprezo - Cuidado com as palavras, Haynes. Ou o próximo que pode acabar com o nariz quebrado é você - sibilou para o outro - Engraçado me acusar de comprar amigos, quando nós dois temos bastante certeza que as pessoas só gostam de você por causa das suas festas - apontou, sem soltar o garoto daquela posição - E não é como se a última tivesse sido as mil maravilhas - implicou Roxanne na frase. Não sentia a menor culpa pela morte da garota, nem mesmo por tê-la convidado para o evento; mas poderia apostar todas suas fichas que o coração mole de Haynes apontava-o como um dos culpados, por simplesmente ter organizado a festa. E Patrick aproveitaria aquilo, para o bem ou para o mal.
Bully || Corey x Patrick
Quando ouviu as ameaças de Patrick, Corey riu. Não uma risada falsa ou tremula, mas uma risada com humor genuíno. Moss o divertia, e ele não podia deixar de achar engraçado como ele tirava toda a sua satisfação da degradação alheia.
"Você não tem nada melhor pra fazer do que empurrar as pessoas por aí, Pats? Sei lá, jogar notas de cem dólares na cara das meninas que você quer ficar ou algo assim?" Ele falou, respondendo com tanto sarcasmo na voz como o outro. Se a briga não partisse para o físico, ele estaria bem. "E se eu tiver virado, Moss? Talvez eu tenha acordado e resolvi não ser um idiota. Você deveria tentar um dia, mas acho que isso seria como um milagre de natal pra você, certo?" Continuou, ainda com um sorriso quase que presunçoso no rosto. Depois do choque inicial, ele só conseguia pensar em uma coisa: auto defesa.
"Que tal me soltar e ir procurar seus amigos comprados pelos corredores, huh? Faça os dólares que você deve ter pagado pras pessoas falarem com você valerem, Moss." Ele falou, com um olhar desafiador para Patrick. Ele provavelmente iria apanhar muito por dizer aquelas coisas, mas Corey se recusava a ser uma vítima indefesa como Timmy; se o garoto rico quisesse bater nele, pelo menos teria algum motivo.
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p-moss-blog · 10 years
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Não conseguia parar de notar o quanto o corpo da ruiva ficava visível dentro daquele vestido. Lembrava dela como uma criança, a medida em que cresciam. E de repente, ali estava ela, bonita como o inferno, na sua frente. As posições haviam invertido-se; agora era Patrick quem rastejava atrás de Katherine. Sempre soubera da pequena paixonite da garota por si, e nunca fizera nada a respeito daquilo. Ora, não tinha culpa se a menina não o interessava em absoluto, além dos seios que guardava dentro das roupas apertadas as quais usava para ir para a escola. Tinha bastante certeza do quanto ela não gostava dele, porém pouco importava-se. Enquanto ambos se mantivessem no topo da hierarquia social da escola, ela poderia odiá-lo o quanto quisesse. Arrependeu-se não ter trazido a taça de champagne consigo, pressentiu que poderia precisar de álcool em seu sangue para aguentar a birra da ruiva pelos próximos minitos. Ignorou a maneira como ela ignorara-o na porta de entrada, simplesmente continuou sentado ali.
A personalidade dela irritava Patrick, mas não poderia negar o quanto o corpo o atraía. O tom sarcástico dela o fez revirar os olhos, apesar do sorriso continuar em seus lábios. Sem tentar esconder como seus olhos passeavam pelha silhueta dela, completou a frase - Seis anos depois, eu implorando pela graça de vosso corpo, majestade - provocou- com suas palavras, ironicamente. Não deixava de ser verdade; seu desejo por Katherine só era vencido por sua obsessão com Mae. A única diferença era que Patrick nunca cedia a nada que Kath lhe pedisse, já que a ruiva não fazia esforço algum para adocicar suas palavras. Observou silenciosamente enquanto ela andava pelo jardim, devorando-a com o olhar. Mas que diabo, quando aquela garota ficara tão gostosa? Arqueou uma sobrancelha ao vê-la parada em frente a si. As palavras dela fizeram-no sorrir, ainda que ironicamente.
Mal ela terminara de falar, Patrick já replicava - E você, o que tem de arrogante, tem de gostosa - pronunciou-se, sem rodeios. Não eram tão diferentes, afinal. Tinham as mesmas origens, os mesmos costumes, e, se fosse duvidar, praticamente as mesmas atitudes. Kath provavelmente esperava por uma resposta como aquela - Suponhamos que nossa beleza seja proporcional ao dinheiro que temos - sugeriu, em um tom inocente. Não tinha certeza de como interpretar a frase dela, mas não era como se fosse desistir de flertar descaradamente com a ruiva. Ela era a abelha-rainha da escola, e Patrick causava reações de amor e ódio por onde passava. Seriam o casal perfeito, se conseguissem suportar a presença um do outro por mais de dez minutos. Obviamente, aquilo não se aplicaria entre as quatro paredes do quarto dele. Não perderia uma chance - ainda que mínima - de tirar o vestido dela ainda naquela noite. Por mais bonita que ela estivesse ali dentro, o herdeiro dos Moss tinha certeza absoluta de que ficaria ainda mais sem ele.
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Só não sabia o porquê do irritante garoto não estar ao seu lado ainda, pois o tempo passado já daria para se posicionar ao seu lado, o que em outras ocasiões, ela tinha quase certeza que ele o faria. Aquilo lhe irritava um pouco, como também a intrigava. Sabia que seu corpo já havia formado-se com curvas de não mais uma menina, e sim, uma mulher. E o Lanvin que moldava-se perfeitamente em seu corpo deixava seus atributos bem a mostra. Sua mãe não gostava que usasse aqueles vestidos para ir em jantares de negócios dos Mack, mas para isso, estava pouco ligando. Sentia-se confortável e confiante, e era aquilo que contava. Levantou a cabeça, sacudindo os cachos preparados em seu cabelo, para irem de encontro com suas costas. Pensava em que diabo de hora Patrick resolveria dar sua graça. Aquilo lhe remontava aos tempos antigos, em que Katherine era somente uma pré-adolescente, quase se rastejando para ser admirada pelo outro, e por mais ninguém. Aliás, o dinheiro que possuía já lhe dava os joelhos alheios. E não o dele. Agora, era diferente, e a birra que tinha não seria sanada tão rapidamente.
Deu uma pequena gargalhada com a fala do Moss, enquanto passava pela porta envidraçada sem nem olhar para seu lado ou agradecer. Como se o garoto fosse um mero lacaio, ao seu bel prazer. - E então, seis anos depois… - Brincou com um meio sorriso, um esgar sarcástico moldando sua expressão. Não ligava a mínima para aquelas plantas, pois tinha idênticas em sua janela, só queria sair daquele inferno. E pelo o visto, saiu de um para enfiar-se em outro. Mas pelo menos, aquele era mais divertido. Deu uma pequena volta por entre os ramos, mas voltando-se para Patrick, parando em sua frente. Sentia-se devorada pelo olhar alheio, nada menos que isso. - O que você tem de rico, tem de idiota. E ah, de bonito também. - E gostoso. Completou mentalmente o que nunca falaria para ele, ou pelo menos o que jurava que nunca falaria. A fala surgia como uma negativa, mas que também não deixava de ser um sim. Dependia da interpretação alheia, e ela tinha certeza de que seria a mais narcisista possível. Seria divertido, então, por que não?
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p-moss-blog · 10 years
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Festas, festas, festas. Patrick frequentava a maioria das que aconteciam na pequena cidade onde viviam. Eram sempre a mesma repetição de fatos, o mesmo roteiro. Por exemplo, alguma garota sempre acabava o evento em um dos banheiros, chorando por algum infeliz. Cansara de ver cenas como aquelas, era tudo tão entendiante. E então, é claro, houvera aquela em particular, onde Roxanne desabara para as pedras. Desde aquele dia fatídico, a frequência de comemorações em East Haven parecia ter praticamente tornado-se nula. Era raro ter alguma festa por ali, todos pareciam ter desenvolvido alguma espécie de medo de diversão. Para Moss, era tudo muito simples. Não se importava muito com a morte da garota. Afinal, quem poderia ser estúpido o suficiente para ceder aos pedidos dos outros? Obviamente, não aplicava aquele pensamentos quando Mae pedia-lhe alguma coisa. Eram duas situações muito diferentes, em sua mente. Não conseguia resistir aos olhos azuis da garota, em situação alguma. Era bastante frustrante, na verdade.
Recebera a informação sobre aquela festa específica mais ou menos uns quinze minutos antes de sair de casa. E, como não restava nada a fazer em seu quarto o qual pudesse proporcionar qualquer tipo de entretenimento, não pensara duas vezes antes de decidir sair de casa. O anfitrião parecia ser alguém do segundo ano do colegial, conhecia-o de vista, mas sequer sabia seu nome. Não se importava muito com aquilo; afinal, deveria ser uma honra ter Patrick Moss como convidado em qualquer festa, não? Alguma música tocava ao fundo, com a batida animada. A maioria dos adolescentes dançava, com exceção de um ou dois casais agarrados no canto dos cômodos. Procurava, sem sucesso, por alguns de seus amigos por ali. Não os encontrava, por isso contentou-se em arranjar um copo de bebida com alguém. Odiava aqueles copos vermelhos de plástico, estava tão acostumado com os caros copos de cristal nos quais bebia quando estava em casa. Revirou os olhos para o álcool barato - será que aqueles caras não tinham um mínimo de dinheiro para agradar os convidados, ou, no caso dele, os penetras?
Ainda circulava pelos corredores da casa do garoto, quando sentiu um esbarrão em seu ombro. Virou-se para o desconhecido, pronto para desferir uma série de ofensas. Nunca fora conhecido por ter paciência, e se fosse aquele irritante do Rios, Patrick poderia jurar que arrebentaria a cara dele ali mesmo. Porém, ao notar quem era o outro garoto, arqueou uma sobrancelha. Conhecia Evan da escola, mas nunca se dera ao trabalho de sequer conversar com ele. Ainda assim, basicamente frequentavam o mesmo círculo social. Além disso, havia mais um motivo em especial pelo qual Patrick cuidou para não se irritar com o outro. Ele era o melhor amigo de Seth, e o jovem Moss não era um dos maiores fãs dele. Não faria mal aproximar-se dele para pisar nos calos do outro garoto. Tinha certeza do quanto Seth ficaria zangado se soubesse daquilo, e a mera ideia deu-lhe uma súbita alegria para aquela noite maçante de sábado. Deu de ombros para a pergunta de Evan - Ah, você sabe, tentando encher a cara em algum lugar longe de penhascos - respondeu, sarcasticamente. Era um tipo de humor negro o qual faria-o ir para o inferno, mas pouco se importava com aquilo.
Push it to the limits 'cause I just don't care. || EvanxPatrick
Ele estava sozinho de novo. O que não era uma grande novidade nos últimos tempos. Dizem que cada pessoa encontra uma maneira diferente de lidar com um trauma sofrido, e enquanto a maioria dos adolescentes de East Haven lidava com a morte de Roxie se escondendo nas suas casas, Evan queria ficar dentro da própria o mínimo possível. Ele por vezes via a própria vida se complicando de maneiras tão homéricas, e se sentia um grande imbecil por não saber (ou querer, talvez) o que fazer para melhorar as coisas, para desatar alguns dos nós que iam se apertando em volta do seu pescoço. Se muito, o lado mais caótico da sua personalidade predominava e fazia com que ele encontrasse formas de piorar a situação.
Como naquela noite, por exemplo. Evan podia perfeitamente ter ficado em casa, entretendo-se com as suas guitarras, ou quem sabe aproveitando uma chance que tivesse para conversar com Ava, quem sabe esclarecer algumas coisas com ela sobre a situação em que se encontravam. Em vez disso, o que o adolescente mais queria era sair, fazer algo diferente, quem sabe se meter em alguma confusão.
Era curioso como mesmo em uma cidade tão pequena quanto East Haven, alguma festa sempre estivesse acontecendo, fosse quando fosse. Os adolescentes que viviam ali estavam sempre tão entediados com as suas vidas que não precisavam de desculpas para encher a casa de pessoas e trazer um pouco de álcool para a combinação. Evan não sabia quem era o host daquela festa em específico; ele tinha o endereço e o horário e lá estava, tentando encontrar algo que lhe entretesse. A maioria dos rostos eram familiares, pessoas que ele via no colégio todos os dias, mas ninguém que despertasse o seu interesse; isso até o momento em que esbarrou com Patrick em um corredor. Nunca haviam sido amigos, nem Evan gostava particularmente do garoto, mas ainda era melhor do que nada. - Perdido por aqui, Moss? - Indagou, afinal, eles andavam no mesmo grupo e seus amigos em comum não estavam ali.
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p-moss-blog · 11 years
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Aquele tipo de confraternização entre os Moss e os Mack era, na opinião de Patrick, completamente desnecessário. Porém nenhum de seus protestos era bem-vindo, e assim, só restava ao garoto a possibilidade de acatar e fingir que aqueles jantares agradavam-no. Sequer conseguia ter acesso à uma quantidade decente de álcool, por isso, contentava-se com uma ou duas taças de espumante antes de sentarem-se à mesa. Por piores que fossem as recepções, quando seu pai e o sr. Mack enfiavam-se em outro cômodo a falar sobre política, a refeição em si conseguia ser ainda pior. Ele e Katherine subitamente eram transformados em alvos de comentários sobre como formavam um belo casal e como todos esperavam um relacionamento a mais entre eles. Pura besteira. Era um fato concreto entre os dois que aquilo jamais aconteceria. A arrogância de Katherine, por vezes, irritava-o; até mesmo por ser tão grande quanto a sua. Não poderia reclamar, é claro, sobre ela ser muito, muito gata. Andavam no mesmo grupo social na East Haven, o dos ricos e populares. Aquilo, somado à pressão familiar, tornara-os uma dupla bastante complicada de lidar.
Encontrava-se com o pai e o prefeito, na sala de estar. Ambos pareciam muito entretidos em algum assunto relativo à política da cidade, algo totalmente desnecessário para sua vida. Não ligava a mínima para aquilo. Contanto que continuasse com seu cartão de crédito sem limites, aquelas eleições ou tal semelhante não lhe diziam respeito. Concordava com tudo o que lhe perguntavam, sem sequer prestar um mínimo de atenção. Muito pelo contrário - as cortinas de seda da sala estavam infinitamente mais interessantes. Nunca entendera a vontade dos pais que fosse um garoto perfeito, mas contrariá-los não era uma opção. Afundou mais ainda na poltrona, distraído em seus pensamentos para não escutar a conversa dos outros dois. Até ver um rompante de cabelos ruivos passar em algum ponto próximo de si, em direção ao jardim de inverno. Não tardou ao ouvir a ordem da mãe para que acompanhasse a garota em seu pequeno passeio. Aliviado com o golpe de sorte em livrar-se do maçante debate político intrincado ao seu redor, largou a taça de espumante em uma das mesas de vidro e seguiu os passos de Katherine para fora.
Sua posição permitia-lhe ter uma vista excelente do corpo da garota, comprimido em suas roupas caríssimas. Deixou um pequeno sorriso erguer o canto de seus lábios, um sinal de vitória. Apesar de a ruiva não ser sua companhia preferida, poderia não ser tão ruim assim. Arqueou uma sobrancelha ao ouvir a pergunta dela, o tom sarcástico em sua voz atingindo-o. Ela estava certa; realmente uma sensação nostálgica o acometia. Haviam escapado daqueles jantares muitas vezes antes, não era novidade para nenhum dos dois. Avançou para o lado dela e abriu a porta de vidro, enquanto respondia - A diferença é que, com onze anos, eu ainda não queria você na minha cama - completou sorrindo com um toque de malícia. Nunca tentara esconder seus flertes com Kath, com o cuidado de explicitar quaisquer limites na suposta relação dele. Fez um gesto para que ela passasse, e então seguiu-na para o jardim de inverno. Não era um grande fã daquele lugar, achava um grande desperdício de dinheiro contratar um jardineiro para manter aquelas toneladas de flores inúteis. Sentou-se no banco de pedra que ocupava o centro do jardim, ainda com as íris claras fixas na silhueta da ruiva.
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Bebericava a taça de champagne lentamente, sentada com pose elegante na sala de recepção dos Moss. Era mais uma daquelas reuniões chatas, um jantar cheio de rasgação de seda, em que a família anfitriã tentava mostrar em cada detalhe como iam bem, exalando a riqueza até nos rodapés, se fosse possível. Sabia muito bem como aquilo funcionava, e era… Entediante. A palavra que definia perfeitamente. Um entediante chique, acompanhado de whiskey e champagne, mas não fugia de ser chato. Mas pelo seu pai e para acompanhar sua mãe, ela ia. E além do mais, era bom se mostrar presente nas negociações dos Mack, ser a filha prodígio e motivo de orgulho.
Mas no dado momento, seu pai e o chefe familiar dos Moss discutiam a eleição de um vereador qualquer, enquanto mamãe e a esposa Moss compartilhavam suas criaçõea favoritas de Manolo Blahnik. Consequentemente, estava sobrando. Ela e o filho do casal, como em várias outras ocasiões já tinha acontecido. Entreteu-se com suas unhas por um breve tempo, pensando em quando o jantar seria anunciado e tudo correria mais rápido. Daqui a muito tempo, parecia a melhor resposta. Fungou, impaciente, e então anunciou que iria até o jardim de inverno, apreciar as orquídeas.
Levantou-se para traçar seu caminho, e como já deveria imaginar, ouviu a voz ligeiramente afetada e aguda da matriarca da casa. “Patrick, acompanhe a pequena Kath”, a fala seguida por um risinho. Deu uma pequena risada discreta, encaminhando-se para o grande portal de vidro que levava ao jardim interno. Sabia que o outro estava em seu encalço, e muito contrariado. - Parece que temos onze anos, não? - Disse com tom de ironia, virando a cabeça levemente para trás.
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