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A VIDA DE DOM PEDRO I: ENTENDA A TRAJETÓRIA DO PROTAGONISTA DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
A VIDA DE DOM PEDRO I: ENTENDA A TRAJETÓRIA DO PROTAGONISTA DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
O ano era 1807, às pressas a família real portuguesa saiu de Portugal em ocasião das guerras napoleônicas. A estratégia foi articulada nos bastidores entre portugueses e ingleses, entre os tripulantes estava Dom Pedro I, à época, ainda uma criança de nove anos que mal compreendia o que estava acontecendo. Ele navega para uma terra que jamais havia visto. Assim chegou ao Brasil o garoto que…
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rodadecuia · 9 months
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naoefakemasenews · 6 years
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NA ÉPOCA QUE O BRASIL NÃO TINHA CORRUPÇÃO ??
É comum hoje em dia ouvir dizer que durante a ditadura não havia corrupção. Ô, se havia! O que não havia era imprensa livre e Justiça que funcionasse Por Mouzar Benedito. Foto por http://www.flickr.com/photos/pong/. No início dos anos 1980, quando o PT foi fundado, os comunistas não gostaram dessa novidade. Diziam que o verdadeiro partido dos trabalhadores já existia, era o PCB. Tinha também o PC do B. Além da disputa pela legitimidade na representação política dos trabalhadores, havia algo mais que irritava os comunistas: diziam que para os petistas as lutas de esquerda começaram com o movimento operário de São Bernardo do Campo (SP), no final da década de 1970. Muitos petistas, principalmente os de origem sindical, realmente desconheciam a história da esquerda no Brasil. Mas de um tempo para cá, os críticos desse desconhecimento da história têm embarcado num outro desconhecimento histórico, com aliados da velha direita, falam como se a corrupção no Brasil tivesse começado em 2003, quando Lula tomou posse. A corrupção em governos petistas realmente incomoda mais do que a praticada por não petistas. A partir da campanha eleitoral de 1994, o PT foi abandonando seus princípios socialistas e adotando a bandeira da anticorrupção, ao mesmo tempo que passou a aceitar dinheiro de empreiteiras e bancos nas suas campanhas. Na época, antes de me desfiliar do partido, eu disse que se algum dia o PT chegasse ao poder iria ter corrupção, sim, pois nenhum partido é formado só de santos. Teve gente que passou a me odiar por isso. O certo é que, tendo como grande bandeira a moralidade, qualquer ato de corrupção parece mais odioso para os outros. Além disso, a mídia é mais fiscalizadora quando o governo é teoricamente de esquerda, e até a Justiça funciona mais efetivamente. Assim, é comum hoje em dia ouvir dizer que durante a ditadura não havia corrupção. Ô, se havia! O que não havia era imprensa livre e Justiça que funcionasse. Muitos livros interessantes sobre a ditadura têm sido lançados nos últimos anos, mas se escreveram algum sobre a corrupção que havia durante a ditadura, não vi. Faz falta. Acredito que era maior, bem maior, do que a que veio depois dela, pois não havia muita divulgação e nenhuma punição. Tanto que alguns militares que imaginavam que realmente a ditadura que iniciou em 1964 combateria a corrupção, quando tomaram consciência dos descalabros que havia, diziam perplexos: “Foi para isso que fizemos a revolução?”. Começou antes de 1500 Espanha e Portugal têm uma tradição antiga de corrupção. Eram conhecidos na Europa, antes mesmo das grandes navegações, por ter uma burocracia cheia de meandros que podia ser evitada dando propinas a autoridades. Era aquilo que aparece num velho ditado: “Criar dificuldades para vender facilidades”. Essa é uma herança que podemos, sim, chamar de maldita, mas muito pouco estudada ou lembrada. A falta de uma imprensa livre, muito conveniente para os corruptos, além de facilitar a rapina é um problema para o estudo da corrupção no Brasil. Não há muitos registros. Até o início do século XIX não tivemos nenhum jornal no país. Durante o Estado Novo, de Getúlio, entre 1937 e 45, a imprensa era totalmente censurada, e de 1964 a 1985 ela foi bastante perseguida, isto é, pelo menos a imprensa que tentava cumprir seu papel. Aos que acreditam, ou fingem acreditar, que a corrupção no Brasil é coisa recente, vamos lembrar primeiro alguns episódios antigos. Para começar, a construção de Salvador, determinada pelo rei de Portugal e efetivada por Tomé de Souza, foi muito superfaturada. Dom João VI: bagagem indesejada Dom João VI: bagagem indesejada Com a vinda de Dom João VI e sua corte para cá, fugindo das tropas de Napoleão (ficou aqui de 1808 a 1821), a corrupção se alastrou consideravelmente. Um exemplo é o Banco do Brasil, fundado e refundado várias vezes. A primeira delas foi em 1808, por Dom João VI. Ao voltar para Portugal, em 1821, Dom João VI pegou todo o dinheiro depositado no banco. Levou tudo! Em 1831, depois da abdicação de Dom Pedro I em favor Pedro II, o ex-imperador seguiu para a Europa no navio Warspite. Com ele, o fiel Marquês de Paranaguá, antigo ministro da Guerra. Paranaguá estava apreensivo, pois teria que viver com uma pequena aposentadoria que tinha em Portugal, não fez fortuna no governo. No navio, ele recorreu a Dom Pedro em busca de uma solução para seu problema e ouviu o seguinte do ex-imperador: “Faça o que quiser, não é da minha conta. Por que não roubou, como Barbacena?”. Barbacena, no caso, era o ex-ministro da Fazenda, Visconde de Barbacena. E não são só os governantes e seus chegados que roubam. Durante a Guerra do Paraguai, foram contratadas tropas de caudilhos gaúchos para defender as fronteiras brasileiras, mas, segundo Júlio Chiavenato, no seu livro Voluntários da Pátria, alguns desses caudilhos não tinham tropa nenhuma, simplesmente embolsaram o dinheiro e não opuseram nenhuma resistência ao inimigo. Nelson Werneck Sodré, em seu livro História Militar do Brasil relata caso semelhante na Guerra Cisplatina (1825-1829), que terminou com a independência do Uruguai, até então pertencente ao Brasil, com o nome de Província Cisplatina. E mais: Sodré dizia que durante o Império fornecedores do Exército enriqueciam rapidamente, passando recibo (e recebendo o dinheiro devido por isso) de mercadorias que nunca entregaram ou entregaram em quantidade ou qualidade diferente do especificado. Ele conclui: “Chega a ter a impressão de que de cada dez indivíduos nove eram desonestos ou desidiosos na defesa da moralidade administrativa das Forças Armadas. (…) Os que discordavam eram poucos e considerados criadores de caso”. E a Igreja? Basta lembrar dos santos do pau oco, usados para levar pedras preciosas e ouro contrabandeados para a Europa, dentro de imagens. Colabore com o que o cabe no seu bolso e tenha acesso liberado ao conteúdo da Fórum Semanal, que vai ao ar toda sexta-feira. Assine aqui Voltando aos tempos recentes Sem pretender justificar a corrupção em qualquer governo, seja petista, tucano ou o que for, gostaria de ver esclarecidas algumas questões que ficaram na minha memória. Não se trata do que aconteceu pós-ditadura, não me proponho a comparar a corrupção petista com a tucana. Mas antes de entrar no assunto ditadura, lembro, para refrescar a memória dos que falam de um tempo sem corrupção na era FHC, da compra de votos para ele aprovar a emenda da reeleição. E as privatizações escandalosas (a Vale, avaliada inicialmente em US$ 120 bilhões, foi “vendida” por US$ 3,2 bilhões, com carência de cinco anos para começar a pagar e ainda recebendo um empréstimo de US$ 1 bilhão)? Em 2001, uma CPI deveria apurar a corrupção, com 16 pontos a serem investigados, entre os quais o tráfico de influência, contribuições eleitorais irregulares, fraudes na concessão de incentivos fiscais e caixa 2 nas campanhas eleitorais, mas o presidente Fernando Henrique Cardoso conseguiu convencer vinte parlamentares a retirarem suas assinaturas do pedido de CPI e ela não foi instalada. Isso sem falar no que vem acontecendo no governo do estado de São Paulo, nicho tucano. Por falar em estado de São Paulo, aqui governou Orestes Quércia, do PMDB. Uma parte desse partido, dizendo-se horrorizada com o governo Quércia, propôs a criação de um partido de mãos limpas, e assim surgiu o PSDB. Anos depois, Quércia, que chegou a ser comparado a Paulo Maluf, passou a ser cortejado tanto pelo PSDB quanto pelo PT, assim como o próprio Maluf. Aliás, quanto ao PT, acho um escândalo as privatizações que vem promovendo, rotulando-as como “concessões”. Tucanou! Ponte Rio-Niterói. Quantas você vê? (Divulgação) Ponte Rio-Niterói. Quantas você vê? (Divulgação) Memórias da “pureza” da ditadura Não tenho boas fontes, tenho memória razoável e fiz uma pequena “pesquisa” sobre fatos que gostaria os que falam que durante a ditadura não havia corrupção estudassem e nos revelassem a verdade. 1. O custo das rodovias construídas no período não eram divulgados, mas algumas vezes vi notícias que vazavam dos Tribunais de Contas e, segundo elas, o custo era sempre multiplicado por dez. Uma rodovia de um milhão, por exemplo, custava dez milhões aos cofres públicos. A ponte Rio-Niterói, inaugurada em março de 1974, teve um superfaturamento “um pouquinho” maior: custou onze vezes o custo real. Nenhum jornal fez matéria sobre isso. Só o Pasquim ousou dar uma cutucada. Publicou uma foto da ponte, com uma legenda mais ou menos assim: “Ilusão de ótica: onde vocês veem uma ponte, são onze pontes”. 2. Na pequena cidade de Floresta, Pernambuco, a agência do Banco do Brasil fazia empréstimos a pessoas influentes do estado, supostamente para plantar mandioca. Mas elas nunca pagavam: alegavam que a seca destruíra os plantios que nunca foram feitos e os prejuízos eram cobertos pelo seguro agrícola. Em 1981, quando se descobriu a mutreta, calculava-se que o valor total dos “empréstimos” chegara a 700 milhões de dólares. O processo de desvio de dinheiro não foi concluído e, claro, nenhum dinheiro foi devolvido. 3. Em Pernambuco mesmo, no ano seguinte, grandes pecuaristas pediam financiamento para comprar farelo para alimentar o gado e aplicavam o dinheiro na caderneta de poupança. Essa história ficou conhecida como “fraude do farelo”. 4. Entre 1977 e 1980, o governo abriu uma linha de crédito para financiamento de exportações brasileiras para a Polônia, e o governo polonês ofereceu como garantia títulos podres, que ficaram conhecidos como “polonetas”. Alguns bilhões de dólares (que na época valiam muito mais do que hoje) foram para o ralo. 5. Escândalo da Capemi. A Caixa de Pecúlios, Pensões e Montepio, fundada e dirigida por militares, tinha um plano privado de aposentadorias que arrecadou muito dinheiro de civis também. Alegando que precisava diversificar suas ações, a Capemi foi contratada em 1980 para desmatar uma área em que seria instalada a usina de Tucuruí. Não desmatou e o dinheiro sumiu. Quem aplicou nessa aposentadoria privada, dançou. E não era pouca gente: tinha dois milhões de associados aos planos de previdência privada. 6. Em 1981, havia muitas denúncias de corrupção e chegou a ser criada uma CPI para apurar denúncias como o chamado “escândalo Lutfalla”, de tráfico de influência de Paulo Maluf para a concessão de altos empréstimos do BNDE (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, atual BNDES) a empresas da família Lutfalla, à qual pertence Sylvia Maluf, esposa do ex-governador, em estado pré-falimentar. Entre as denúncias a serem apuradas, havia também muitos empréstimos suspeitos da Caixa Econômica Federal e corrupção nos Correios. Mas o partido governista, o PDS (Partido Democrático Social), tinha maioria e conseguiu abortar a CPI. 7. Escândalo Delfin. O Grupo Delfin, de Ronald Levinshohn, era a maior empresa privada de crédito imobiliário quando, em 1982, uma reportagem do jornalista José Carlos de Assis mostrou que ele tinha uma dívida de 60 bilhões de cruzeiros com o BNH… e pagou dando dois terrenos avaliados em 9,2 bilhões. 8. Em 1978, o governo publicou uma foto da frota de navios comprados, se me lembro bem, para a Fronape – Frota Nacional de Petroleiros. Eram uns trinta navios. Mas um jornalista, usando uma lupa, viu que todos os navios tinham o mesmo nome. Ou seja, era um navio só. Era uma imagem montada. Quanto dinheiro terá sido embolsado nessa história? 9. Mordomias, denunciadas pelo jornal O Estado de S. Paulo em 1976, durante o governo Geisel: os altos salários e as vantagens indevidas chamadas “mordomias” dadas a altos funcionários do governo. Até hoje a palavra mordomia tem sentido pejorativo. 10. Tem uma história estranha que não entendi direito, de dois cheques do Banco Econômico, no valor de US$ 53 milhões, em 1976, que não foram honrados e o ministro Ângelo Calmon de Sá, do governo Geisel, com voz no Conselho Monetário Nacional, mandou a conta para o Tesouro, que pagou tudo. 11. No final de 1977 ou início de 1978, faltavam alguns meses para vencer o contrato de concessão da Light – do Rio de Janeiro – para um grupo canadense. A empresa, então, seria entregue de graça para o Brasil, dali uns meses. Mas o governo não esperou: comprou a dita cuja pelo valor de mercado, então, quem recebeu uma baita grana de graça foi o grupo canadense. Claro que muita comissão rolou por baixo dos panos. 12. Em 1974, a inflação foi de cerca de 35%, mas o ministro Delfim Netto decretou que tinha sido de 14%, e todos os salários, por exemplo, foram reajustados por esse índice, baixando violentamente a renda dos trabalhadores. 13. Segundo a revista Times, numa edição de 1981, empresas europeias deram 140 milhões de dólares em propinas e suborno para autoridades brasileiras, para pegarem uma fatia da construção da usina de Itaipu. Rolou tanta grana na construção que muita gente defendia que o Brasil não pagasse a dívida contraída para ela, dizendo que os que emprestaram sabiam que o dinheiro era desviado. 14. Uma coisa que considero escandalosa era a sujeição ao FMI – Fundo Monetário Internacional. Metodicamente vinha aqui uma mulher desse vampiro internacional dar ordens. Chamava-se Ana Maria Jul. Mandava demitir gente, cortar dinheiro de áreas sociais, mandava e desmandava. Era uma coisa tão horrorosa que escandalizava gente de quase tudo quanto era tendência política. Tanto que até Tancredo Neves, quando se candidatou a presidente, falou sobre o FMI: “Não vou pagar a dívida com a fome do povo brasileiro”. Enfim, é muita coisa para ficar lembrando, puxando pela memória, tentando pesquisar. Quem quiser que continue a pesquisa. Sugiro alguns assuntos: Empréstimo de 30 bilhões de cruzeiros ao Grupo Coroa, para compra uma empresa falida. A construção da primeira usina atômica de Angra dos Reis. Quanto custou? A construção de dezenas de estádios de futebol, todos com apelidos terminados em “ão”: Castelão (em Fortaleza), Vivaldão (em Manaus) e muitos outros. Quanto custaram aos cofres públicos? A construção dos aeroportos do Galeão e de Cumbica. As dívidas dos usineiros do Nordeste, que nunca foram pagas (continuam não sendo, ao que parece). O dinheiro – muito dinheiro! – para socorrer vítimas das secas, no Nordeste, ia sempre parar nas mãos de “coronéis”, enquanto o povo morria à míngua. Aliás, nessa história lembro dos poços artesianos construídos depois da ditadura, para abastecer cidades do Nordeste. Em Serra Talhada, Pernambuco, devia ter um deles. Mas quando foram ver, o tal poço tinha sido feito na fazenda do deputado Inocêncio de Oliveira, virou propriedade dele. Colabore com o que o cabe no seu bolso e tenha acesso liberado ao conteúdo da Fórum Semanal, que vai ao ar toda sexta-feira. Assine aqui
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Banda Devassa - "Bondinho da Igreja da Penha".
Banda Devassa - Rio de Janeiro. (Cultura, Esporte e Lazer). "ÉTICA E POLÍTICA BRASILEIRA" RESUMO. Entre a "ética e a política" constatamos uma dialética conflitiva, pois há um imenso abismo separando-as. O objetivo desse artigo é verificar os conflitos entre a "ética e a política", enfocando como o poder político interfere nas relações sociais desde a chegada da política no Brasil, pouco depois do seu descobrimento em 1500, deturpando os valores morais da sociedade hodierna através de "mentiras" e "corrupção"... pois muitos políticos só procuram autopromoção; e manipulação da sociedade. O tema é justificado devido às rotineiras denúncias de corrupção por parte dos políticos, que deixam a população brasileira perplexa, mas que "infelizmente", não reivindica mudanças nesse quadro. Promessas políticas feitas em período eleitoral, para a obtenção de vantagens não são cumpridas - (algumas por pura falta de vontade, e outras por ineficiência ou falta de recursos financeiros do Estado). A metodologia utilizada nesse trabalho é baseada em pesquisa bibliográfica para a melhor compreensão dessa temática. O texto é dividido em cinco partes. Na "introdução" desenvolvemos uma relação dialética entre a ética e a política. Depois, temos um breve histórico da política brasileira, desde a independência, passando pelo Golpe Militar até chegar aos nossos dias. Posteriormente foram enumeradas algumas posturas antiéticas dos políticos nacionais como a política do "coronelismo". A "conclusão" traz uma retomada de toda a problemática, com possíveis formas de modificar o pensamento político brasileiro. PALAVRAS-CHAVE:  "política, coronelismo, minorias populacionais, CORRUPÇÃO". 01 - INTRODUÇÃO. A ética pode ser entendida como a ciência que estuda as relações morais dos homens entre si. Originada do grego "ethos" que significa (costume), a ética surge para estudar e investigar os princípios, as normas de comportamento, ou seja, as práticas morais e tradicionais consideradas valores que regem as condutas humanas de determinada sociedade. Os princípios éticos de uma sociedade podem e devem evoluir seguindo os valores morais que sofrem mutação conforme as mudanças econômicas, tecnológicas e sociais. Para "Adolfo Vazquéz" os princípios éticos evoluem devido a "necessidade de relacioná-los com as condições sociais as quais se referem, com as aspirações e interesses que os inspiram e com o tipo concreto de relações humanas que pretendem regulamentar". Durante a Idade Média a visão teocêntrica do mundo vez com que os valores morais da sociedade fossem substituídos. Essa começava a ser regida pelos valores religiosos, mais precisamente os católicos, que impuseram a dialética do "bem x o mal" vinculados a fé, e pelos "Dez Mandamentos" que são seguidos e respeitados até hoje, como: (não matar, não roubar, etc). Posteriormente, a "visão iluminista" transformou os valores éticos da sociedade, pois estes se tornaram secularizados. O fundamento ético passava a ser o próprio homem, e não mais Deus. Na concepção "Kantiana", que é iluminista, o agir moralmente se funda exclusivamente na razão. Essa nova visão pressupõe o individualismo, uma vez que o homem é levado a agir seguindo a sua consciência, seus costumes ou a favor do que seria bom para si mesmo. Atualmente "Habermas" traz uma nova concepção para a ética. Sua teoria, influenciada por "Kant", também pontifica a razão como fundamento básico, porém é uma razão comunicativa, onde o sujeito recorre à comunidade, ao dialogo, a interação social para chegar à razão. Dessa forma, é necessário o entendimento para se conseguir uma única conclusão entre os indivíduos do grupo social, conseguida através da utilização de argumentação racional. Por outro lado, a palavra "POLÍTICA" foi utilizada pela primeira vez por "Aristóteles". Este disse que: >>> "o homem é um animal político, porque nenhum ser humano vive sozinho e todos precisam da companhia de outros". Dessa forma, "política se refere à vida na (polis), ou seja, a vida em comum, as regras de organização dessa vida, aos objetivos da comunidade e as decisões sobre todos esses pontos". "Weber" traz duas concepções de política. A primeira diz que: >>> "por política entenderemos tão somente a direção do agrupamento político hoje denominado (Estado) ou a influência que se exerce nesse sentido". Nessa concepção, torna-se viável e tolerável o uso da força ou violência pelo Estado para a garantia do seu poder, soberania e ideais. Na Segunda, entende por política: >>> "o conjunto de esforços feitos visando a participar do poder ou a influenciar a divisão do poder, seja entre Estados, seja no interior de um único Estado". Dessa maneira, para Weber... >>> "qualquer homem que se entrega a política aspira ao poder". O Estado consiste apenas em uma relação de dominação do homem pelo homem. Poderíamos elencar além dessas inúmeras outras definições do que é política, mas tomaremos como base a concepção de "Dallari": >>> "política é a conjugação das ações de indivíduos e grupos humanos, dirigindo-as a um fim comum". Este fim comum deve ter como ideal o bem-estar, a igualdade entre os componentes da sociedade e a paz social. A política resulta da própria vida em sociedade, das ações humanas e da necessidade de organização dessa sociedade, visando sempre ao bem comum, de tal modo que se atinja uma sociedade justa e livre. Entre a ética e a política parece não existir um ponto em comum, pois agir conforme os padrões políticos significa que as suas atitudes estão distantes dos valores éticos da sociedade. Essa afirmação parece ser contraditória, pois se uma aspira a uma vida justa e feliz, torna-se inseparável da outra. Porém, esta finalidade é mera teoria, pois a política, na prática, não realiza o bem comum, mas o bem dos próprios detentores do poder e seus apadrinhados. A prática dos privilégios acontece no Brasil desde a época colonial. Ficou explicita com a divisão das capitanias hereditárias, pois os donatários que receberam as terras eram os nobres e/ou os amigos do Rei português. Atualmente, as palavras mais ouvidas nos jornais televisionados são "promessas não cumpridas", "corrupção", "má utilização ou desvio de dinheiro público", "desonestidade", "compra de votos e abuso de poder", contradizendo a vontade dos eleitores que escolhem seus representantes a espera de pessoas honestas e preocupadas com os inúmeros problemas sociais enfrentados pelo Brasil. Os cidadãos exigem um mínimo de postura ética dos seus representantes no poder, mas não há resposta a esse clamor, pois os compromissos assumidos durante as campanhas eleitorais são "esquecidos". Depreendemos daí que os políticos não se preocupam com os problemas sociais que aterrorizam a população, o que seria a sua obrigação. Ao contrario, são guiados pela sede do poder, o único fim a que se dedicam. Dessa forma, a ética é "esquecida", torna-se mera especulação e inspiração para filósofos e escritores. 02 - HISTÓRIA DA POLÍTICA NO BRASIL. No século XVIII, o sistema colonial encontrava-se em verdadeira decomposição. Os novos ideais de liberdade e racionalidade inseridos pelo Iluminismo substituíram o quadro religioso pelo racionalista, a procura de privilégios sociais, econômicos e políticos para a população. Aos poucos o racionalismo acabou com o ideário do mercantilismo e a perseguição aos entraves ao trabalho, até acabar de vez com a servidão, e a escravidão. Nessa época também percebemos a exacerbação do nacionalismo e do liberalismo. Essas novas perspectivas criaram uma consciência emancipadora, pois os brasileiros não queriam se deixar dominar pela metrópole. Em 1808, "Dom João" juntamente com toda a corte desembarcou no Brasil. Nesse período foi criado o Banco do Brasil, a fundação da Imprensa Regia, o incentivo a exploração mineral, criação do Jardim Botânico, Biblioteca Nacional, abertura de escolas de primeiras letras e de ensino de artes e oficio, dentre outras benfeitorias executadas pelo Rei português no Brasil, o que trouxe grande progresso econômico, cultural e social à colônia. Com o regresso de Dom João VI para Portugal em 1822, instalou-se no Brasil a monarquia exercida pelo príncipe regente "Dom Pedro I", após a proclamação da independência em 07 de setembro de 1822. Para Caio Prado Júnior: >>> "fez-se a independência praticamente à revelia do povo, e se isto lhe poupou sacrifícios, também afastou por completo sua participação na nova ordem política". A independência brasileira é fruto mais de uma classe que da nação tomada em conjunto. Consequências desagradáveis surgiram com a independência, como o não reconhecimento de países como os Estados Unidos. Além disso, houve a outorgação da Carta Constitucional em 1824 por Dom Pedro I, após a dissolução da Assembléia Constituinte. Inúmeros protestos surgem no Brasil contra a monarquia, contra o absolutismo, culminando na abdicação de Dom Pedro I em 1831, passando a fase política do Segundo Reinado. A ética continua escanteada, pois o seu papel na sociedade política é secundário, talvez até desconhecido. Nesse período, tivemos proclamado primeiro Regente Dom Pedro II que tinha cinco anos de idade. Depois vieram as Regências Trinas e, já no final desse período, a Regência Una exercida por Feijó. Porém, em 1832, Dom Pedro II retoma o poder, e dessa vez, como Imperador. Seu segundo reinado dura quarenta e nove anos. O escravismo viu o seu fim em 1888 nos últimos anos de Império (derrubado em 1889) com a Lei Áurea. A República foi instaurada em 1889 e vai até 1964. Podemos dividir essa fase em: 1) - de 1889 a 1894, a República dos Marechais; 2) - de 1894 a 1930, da convencional retomada do poder pelas oligarquias ao início de ruptura, de 1922 a chamada Revolução de 1930; 3) - de 1930 a 1937, uma grande virada, com o governo de Vargas, primeiro como ditadura, depois constitucional, com a pregação das ideologias de direita e esquerda; 4) - de 1937 a 1945, o "Estado Novo" com o corporativismo de Vargas; 5) - de 1945 a 1964, (subdividido) com o interregno presidencial de 1949 a 1950, incluindo com a volta de Vargas à presidência, agora eleito, e de 1955 a 1964, com a chamada "Era JK", de 1956 a 1961, completada com a instabilidade e a crise de 1961 a 1964, quando a chefia do Estado se conduz com insegurança e termina com o Golpe Militar de 1964, que depõe o governo e instaura outra ordem, na alegada revolução regeneradora dos militares. Assim, concluímos que as movimentações políticas do país, em geral, não levaram em conta a vontade da maioria da população. "É um poder antiético e elitista", centrado no acúmulo de poder político-econômico nas mãos de poucos cidadãos para o beneficiamento da mesma massa populacional. 03 - CONDUTAS E POSTURAS POLÍTICAS NO BRASIL. Desde o início da República no Brasil, o poder é exercido pelas elites do país e para essas elites. Durante a República Velha (1889-1930). Acertada a indicação (para a presidência), contudo, isso já equivalia à eleição, de vez que os governos estaduais tinham poder para dirigir as eleições e não hesitavam em manipular os resultados para enquadrá-los nos seus arranjos pré-eleitorais. Com o apoio dos líderes políticos de um número de estados suficiente para assegurar a maioria eleitoral, e o candidato indicado, amparado pelo regime vigente, temia muito pouco a derrota. À medida que o século XX avançava e as cidades cresciam, a manipulação do eleitorado tornava-se mais difícil. Mas os resultados nas cidades ainda podiam ser neutralizados pelos "currais eleitorais" dos chefões do interior (conhecidos como "coronéis"), que governavam seus domínios patriarcais com mão de ferro. Se bem que o sistema político de coronelismo estivesse em declínio, como resultado das mudanças econômicas que minavam a tradicional estrutura econômica do atrasado interior brasileiro, ainda era considerado como um fator importante durante as negociações pré-eleitorais de 1929. Dessa forma, apesar de nas eleições de 1929 "Júlio Prestes" ter sido o candidato à presidência mais votado, não pode tomar posse. Era mais interessante, (do ponto de vista político), que o candidato derrotado, "Getúlio Vargas", exercesse o poder para garantir que a elite brasileira (composta naquela época principalmente por cafeicultores) continuaria sendo privilegiada. Essa política de "apadrinhamento" e "coronelismo" decorre até os dias de hoje. O coronelismo ocorre principalmente nas cidades do interior onde a população é mais pobre e carente, tornando-se mais "facilmente manipulada".... Os "coronéis" utilizam-se da máquina do poder e da boa fé dos cidadãos para garantir à população residente em seu domínio eleitoral uma "educação básica de péssima qualidade", não permitindo a esse povo perceber "o seu estado de absoluta alienação". Realizam alguma obra em favor da população através da troca de favores: (o beneficiamento social X o voto). Por não perceberem essa manipulação, os "coronéis" são vistos pelos eleitores como os "bons homens"... "aqueles que fazem tudo por nós". Pura ilusão. Não há por que pensar e agir eticamente se dessa forma não haverá retorno financeiro. Na década de 30 já era evidente a marginalização da sociedade e a discrepância social entre as diferentes camadas populacionais, aumentando cada vez mais o imenso abismo social hoje existente. A elite brasileira permaneceu diretamente no poder durante toda a república (de 1930 a 1964) nos governos de Getúlio Vargas, Dutra, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart, "pois estes presidentes não lutaram efetivamente pelo bem-estar, igualdade, moradia, educação e saúde para a população"... >>> "Ao contrário, fortaleciam o poder da minoria populacional mais rica". Após o Golpe Militar (1964), apoiado pela elite, com a passagem dos presidentes Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel, Figueiredo e Tancredo Neves, percebemos que as diferenças sociais não foram cuidadas nesse período. As várias políticas econômicas utilizadas no referido momento histórico contribuíram em grande escala para vastos períodos de recessão e o consequente "empobrecimento da população". Não havia uma preocupação ética com a população. O próprio Golpe Militar foi uma ação antiética, pois privou toda a população de usufruir dos seus direitos individuais, como o direito de ir e vir, o direito a liberdade de expressão, dentre outros, além da repressão política sofrida pela população em geral. 04 - CONCLUSÃO. Conforme pudemos observar acima, o processo político brasileiro, desde o seu início, não se preocupou na prática com princípios "éticos e sociais" durante a formação da sociedade. Dessa forma, formou-se uma sociedade patriarcal, com uma população pobre, destinada a viver na miséria, e com uma cultura individualista que reflete em todas as áreas de atuação populacional. De tão acostumado com escândalos políticos, os brasileiros pouco se comovem, e continuam "estáticos" em relação a todos os impasses provocados pelas políticas elitistas dos governantes. Apesar de a população a cada dia tornar-se mais pobre, não é capaz de transformar ou proporcionar um maior esclarecimento sobre os deveres ético-políticos dos governantes. Além desses, parece que a população em geral também está se esquecendo dos valores e princípios éticos que todos devem seguir e respeitar. Talvez esteja indiferente. Só conseguiremos mudar essa realidade quando houver garantia à população de uma boa "EDUCAÇÃO", o que trará consciência e resultados éticos muito mais satisfatórios que os presenciados atualmente, pois não se aprende mais a ética durante o período escolar. Deve ser pressuposta na medida em que se torna indispensável para a convivência entre os homens. Essa realidade deve ser repensada, pois sem a junção entre a ética e a política, não poderemos viver em um país solidário e humano, que lute pela igualdade entre as inúmeras camadas sociais hoje existentes. Da forma que nossa sociedade está de conduzindo, a medida que os anos passam, o caos social irá aumentar gradativamente e chegará a um ponto em que a vida, a interação social entre os homens será impossível.ACORDA BRASIL !!!! (Ludimila Coelho Loiola).
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