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#demandas sociais cidades entre-guerras
rtrevisan · 2 years
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A cidade do entre-guerras
A cidade do entre-guerras
Entre as décadas finais do século 19 e o término da Primeira Guerra Mundial (1918), as cidades europeias vivenciaram uma inédita fase de aceleração em seus processos de transformação morfológica, adquirindo grande complexidade estrutural e inovações inéditas em termos de infraestrutura, serviços públicos, equipamentos urbanos e tipologias de edifícios. Ao mesmo tempo, o urbanismo se estabelece…
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teorizandocomunica · 1 year
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Teoria Funcionalista
Já mudou de opinião após ler um comentário? 
Isso está diretamente ligado com a Teoria Funcionalista. Essa teoria nasceu no cenário entre guerras e na época em que os novos meios de comunicação estavam em crescimento. Ela foi fundamentada em dois momentos e contou com três autores diferentes: Momento 01 (Lesswell) e Momento 02 (Merton e Lazarsfeld). 
Ela tem como demanda entender a influência da mídia sobre a população. Ou seja, como o próprio nome diz, entender a FUNÇÃO dos meios de comunicação em massa na sociedade. Essas funções são divididas em tópicos, e para facilitar escolhemos falar de forma um pouco mais lúdica, vamos conhecer algumas delas? 
FUNÇÃO 01: 
Articulação das partes como um todo; 
Já assistiu Divertidamente? A animação da Disney tem como protagonista a menina Riley, assistimos sua vida como as cinco emoções (Alegria, Tristeza, Medo, Raiva e Nojinho) regem o seu comportamento. Através desses personagens observamos o funcionamento cerebral de Riley e como ela se comporta socialmente. A cada vivência de Riley , as cinco emoções recebem uma situação e em cima disso mandam os comandos cerebrais para ações e reações da menina.
A teoria da "articulação das partes como um todo" , pode ser facilmente relacionada com o filme. Uma vez que os meios de comunicação seriam como o comando dos personagens, levando as mensagens de um lugar para outro.
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FUNÇÃO 02:
Vigilância sobre o meio;
Você gosta de séries policiais? Então a série Brooklyn nine-nine é perfeita para você!
A história, vem no modelo de comédia e retrata a vida de Jake Peralta, um imaturo, mas talentoso detetive, que junto com seus colegas de trabalho, atuam na resolução de crimes de um dos bairros mais famosos de Nova York. 
Dessa forma, podemos dizer que, assim como a mídia revela o que pode ameaçar ou afetar o sistema de valores de uma comunidade, as denúncias dos crimes cometidos em NY também.
Logo, no contexto de b99 é necessário que a delegacia envie policiais específicos para as resoluções dos casos, da mesma forma que em uma sociedade democrática é necessário identificar e solucionar o que há de errado. 
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FUNÇÃO 03: 
Transmissão da Herança Social
Tenho certeza que você já assistiu pelo menos uma vez algum filme, série, novela ou até mesmo um desenho, no qual você se identificou ou absorveu o conteúdo da mensagem transmitida por se tratar de uma história ou realidade já vista ou vivenciada em algum momento de sua vida. Pois é, isso se deve a "função de transmissão da herança social" que faz parte da teoria funcionalista de comunicação, ela se caracteriza por transmitir conhecimentos, valores, acontecimentos e fatos importantes que possuem um significado cultural para futuras gerações da sociedade. Por exemplo, o Sítio do Pica-Pau-Amarelo. As histórias retratadas nas narrativas retratam principalmente as brincadeiras e aventuras vivenciadas na vida simples de campo, além de conter a muitas figuras do folclore brasileiro.
Poderíamos citar diversas outras obras como: Tropa de elite, Cidade de Deus, Avenida Brasil e Carandiru, que podem ser comparadas com essa função.
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FUNÇÃO 04: 
Atribuição de status;
Você já imaginou viver em um mundo onde sua reputação fosse quantificável em pontos, e quanto mais pontos você possuísse mais fácil seria seu acesso a alta sociedade? 
Essa é a história contada pelo primeiro episódio da terceira temporada de Black Mirror, “Nosedive”. 
Nesse sentido, podemos associar a função de atribuição de status dos meios de comunicação em massa, que tem a função de definir o que é importante dentro da sociedade. Da mesma forma que na série a atribuição de notas tinha função de definir o status (relevância) do indivíduo na sociedade.
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FUNÇÃO 05; 
Reforço das normas sociais; 
Você já imaginou estar em um dia comum e receber uma carta revelando que você é a Princesa de um reino distante? 
É isso que acontece na obra cinematográfica O Diário da Princesa, que conta a história de Mia, que aos 15 anos descobre ser herdeira do trono de Genovia. 
A preparação para receber a coroa, faz com que ela precise passar por uma transformação de beleza e aulas de etiqueta com sua avó, a Rainha, que a ensina como se comportar como uma princesa.
Dessa forma, podemos comparar com a mídia, que diariamente nos diz o padrão de comportamento apropriado, como devemos falar e nos vestir, que alegam ser o correto na sociedade.
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FUNÇÃO 06; 
A disfunção (narcotizante) 
O filme Alice no país das maravilhas, conta a história da menina Alice, que ao sair de uma festa da nobreza avista um coelho branco e após segui-lo, cai em um buraco, indo parar em um mundo completamente estranho: O País das Maravilhas. Lá ela se depara com vários personagens, e cada um deles traz um ensinamento. 
Um dos personagens que encontramos no filme, é a lagarta, que tem uma postura um tanto arrogante e sempre fumando um narguilé.
O narguilé pode ser entendido no contexto como um vício da lagarta, algo que faz um papel de entorpecente.
Nos dando a oportunidade então de fazer uma analogia com a sexta função apresentada, porque na teoria os meios de comunicação em massa funcionam como entorpecentes/narcotizantes para a sociedade da mesma forma como o narguilé é visto pela personagem. 
Porque os MCM teriam esse papel? Pelo excesso de informação que são entregues para o meio social, a todo momento estamos recebendo informações de todos os gêneros e segmentos o que faz com que fiquemos entorpecidos com esse excesso, e ele faz mal para nós, nos tornando apáticos com as notícias recebidas.
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educacaoplural · 2 months
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A queda do Muro de Berlim e a reunificação da Alemanha
A queda do Muro de Berlim e a reunificação da Alemanha são eventos históricos de grande significado, não apenas para a Alemanha, mas também para o mundo, marcando o fim da Guerra Fria e o início de uma nova era na história europeia.
O Muro de Berlim foi construído em agosto de 1961 pelo governo da Alemanha Oriental, sob influência da União Soviética, com o objetivo de conter a migração em massa de cidadãos da Alemanha Oriental para a Alemanha Ocidental. Durante quase três décadas, o Muro dividiu a cidade de Berlim em duas partes, simbolizando a divisão ideológica entre o bloco comunista liderado pela União Soviética e o bloco capitalista liderado pelos Estados Unidos.
No final dos anos 1980, o bloco comunista estava enfrentando crescentes pressões econômicas, sociais e políticas, levando à implementação de reformas liberalizantes em alguns países do bloco oriental. Na Alemanha Oriental, as demandas por mudanças democráticas e reformas econômicas estavam aumentando, e as manifestações populares exigindo liberdade de expressão e liberdade de movimento estavam se intensificando.
Em 9 de novembro de 1989, uma série de eventos precipitou a queda do Muro de Berlim. Uma confusão na comunicação sobre a flexibilização das restrições de viagem resultou em uma grande multidão se reunindo nos postos de controle do Muro, exigindo passagem livre para o lado ocidental. Diante da pressão popular e da falta de orientação clara das autoridades, os guardas de fronteira decidiram abrir os portões, permitindo que milhares de pessoas cruzassem para o lado ocidental de Berlim.
A queda do Muro de Berlim foi um evento histórico de proporções épicas, celebrado em todo o mundo como o símbolo do fim da divisão europeia e do confronto ideológico da Guerra Fria. As imagens de pessoas derrubando o Muro e se abraçando do outro lado se tornaram ícones de esperança, liberdade e reconciliação.
A queda do Muro de Berlim também pavimentou o caminho para a reunificação da Alemanha, que foi oficialmente concluída em 3 de outubro de 1990. As negociações para a reunificação foram conduzidas por líderes alemães orientais e ocidentais, bem como por representantes das potências vitoriosas da Segunda Guerra Mundial, que concordaram com a soberania e integração da Alemanha reunificada na OTAN e na União Europeia.
A reunificação da Alemanha representou um marco histórico na história do país e da Europa, encerrando oficialmente mais de quatro décadas de divisão e restaurando a unidade territorial, política e econômica da nação alemã. No entanto, o processo de reunificação também enfrentou uma série de desafios e obstáculos, incluindo questões econômicas, sociais e políticas.
A reunificação trouxe consigo enorm
es desafios econômicos para a Alemanha, com a necessidade de integrar a economia altamente industrializada da Alemanha Ocidental com a economia mais centralizada e planejada da Alemanha Oriental. A disparidade econômica entre as duas regiões era significativa, com a Alemanha Oriental enfrentando altas taxas de desemprego, infraestrutura obsoleta e uma indústria estagnada. Para promover a recuperação econômica e a modernização da antiga Alemanha Oriental, foram implementados programas de investimento maciços e políticas de transferência de recursos e tecnologia.
Além dos desafios econômicos, a reunificação também enfrentou desafios sociais e políticos, incluindo a reintegração dos cidadãos alemães orientais à sociedade democrática e capitalista da Alemanha Ocidental. Muitos alemães orientais enfrentaram dificuldades de adaptação à nova realidade política e econômica, e alguns sentiram-se marginalizados ou excluídos do processo de reunificação.
No entanto, apesar dos desafios e obstáculos enfrentados, a reunificação da Alemanha foi geralmente considerada um sucesso histórico, demonstrando a capacidade do país de superar divisões profundas e conflitos passados e unificar-se em torno de um objetivo comum de construir uma nação mais forte, próspera e democrática. A Alemanha reunificada emergiu como uma potência econômica e política líder na Europa e no mundo, desempenhando um papel central na integração europeia e na promoção da paz e estabilidade no continente.
Em suma, a queda do Muro de Berlim e a reunificação da Alemanha foram eventos históricos transformadores que marcaram o fim de uma era de divisão e conflito na Europa e o início de uma nova era de unidade e cooperação. Esses eventos continuam a ser lembrados como símbolos poderosos da busca pela liberdade, democracia e reconciliação, e seu legado perdura como uma inspiração para as gerações futuras.
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radiorealnews · 1 year
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joseabraoportfolio · 3 years
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Samir Machado de Machado: “Todo o entretenimento que consumimos é político” Acesse em: https://www.aredacao.com.br/cultura/155459/samir-machado-de-machado-todo-o-entretenimento-que-consumimos-e-politico José Abrão Goiânia – “A história do Brasil é uma grande roda de hamster, onde corremos sem nunca sair do lugar.” A declaração do autor gaúcho Samir Machado de Machado resume um ponto nevrálgico em seus romances de época e no seu interesse pelo passado do Brasil como inspiração para suas narrativas. Há de se destacar, também, outro fator que molda o perfil do escritor: "Todo o entretenimento que consumimos é político". Já está em pré-venda a sua próxima obra, Homens Cordiais (384 páginas, Rocco), que será lançada no dia 24 de setembro. O livro é a segunda história do espião Érico Borges, um homem brasileiro e gay na corte portuguesa à serviço do Marquês de Pombal. Uma mistura de James Bond com um Richard Sharpe gay, segundo próprio autor. A obra pode ser lida como livro independente ou como sequência de Homens Elegantes, lançado em 2016, e que tinha como vilão um certo Conde de Bolsonaro. Na sequência, acompanhamos Borges, aguerridamente iluminista, acompanhando os passos da reacionária Confraria da Nobreza, sociedade aristocrática que teme a ascensão da burguesia em 1762, às vésperas da Guerra dos Sete Anos. Entre as duas obras, Machado também lançou o romance Tupinilândia (Todavia, 448 páginas, 2018), que mistura nostalgia dos anos 1980 com fascismo e Jurassic Park (pois é) e o romance distópico Corpos Secos (Alfaguara, 192 páginas, 2020), em parceria com os escritores Luisa Geisler, Marcelo Ferroni e Natalia Borges Polesso. O autor teve uma conversa exclusiva com o jornal A Redação sobre seu próximo livro e também a respeito de política, história do Brasil e, naturalmente, literatura: O que te motivou a fazer uma sequência de Homens Elegantes, e quais são as vantagens e desafios de continuar uma história? Claro: já existem planos para um terceiro, quarto, quinto...? Sempre foi meu plano fazer de Homens Elegantes uma série de aventuras episódicas com o protagonista, o soldado Érico Borges, nos moldes do que Arturo Perez-Reverte fez com o Capitão Alatriste, Bernard Cornwell com As Aventuras de Sharpe, e Ian Fleming com os livros de James Bond. E era importante para mim que cada livro funcionasse de forma independente um do outro, da mesma forma como ninguém precisa ver os filmes de James Bond ou Indiana Jones na ordem, cada qual funcionando como uma história fechada, com começo meio e fim. E, naturalmente, tenho planos de seguir escrevendo esse personagem enquanto houverem leitores interessados. Quando você divulgou a pré-venda no Instagram, comentou sobre a influência do autor Bernard Cornwell, de As Crônicas Saxônicas e outros grandes sucessos. Gostaria de saber um pouco mais sobre isso, quais e como autores de ficção histórica te influenciaram. Cornwell foi um autor que descobri meio por acaso, em 2001, comprando um livro pela capa e sinopse. Desde então, me tornei um leitor entusiasmado das aventuras históricas dele, em especial as Aventuras de Sharpe. Na mesma época, descobri os livros de Umberto Eco, e li o Mason & Dixon de Thomas Pynchon, talvez os três autores de romances históricos que mais me influenciaram desde então, embora goste também de Arturo Pérez-Reverte e Alexandre Dumas. Ainda nesta toada, ficção histórica me parece um gênero particularmente complicado de se escrever. Como foi a pesquisa para esse material e o que este gênero tem de especial que atrai tanto a sua atenção e interesse? A pesquisa histórica hoje em dia é bastante facilitada pela internet, que me permite acessar desde obras da época disponíveis nos sites das Bibliotecas Nacionais, como encontrar livros específicos sobre o tema, que teriam sido mais difíceis em tempos pré-internet. A Wikipedia em inglês é um bom ponto de partida, porque costuma trazer as referências das fontes, o que me permite ir atrás destas. A Wikipedia em português, infelizmente, é muito pouco confiável. Agora, este gênero me interessa em particular porque gosto de ver as relações de causa e consequência de nossa história com o momento contemporâneo, e nisso costumo dizer que a história do Brasil é uma grande roda de hamster, onde corremos sem nunca sair do lugar. Homens Elegantes chamou atenção na época do seu lançamento pelo seu conteúdo político, alfinetando diretamente Bolsonaro, que ainda não era presidente. Como esta questão retorna em Homens Cordiais, agora que nos encontramos em um contexto diferente? Na época, eu precisava de um nome para o vilão, e como o protagonista era gay e mergulhado no pensamento iluminista, eu precisava de um nome que, na época, fosse imediatamente associado à homofobia e obscurantismo. Na ocasião, Bolsonaro era apenas um político menor, que se destacava só pelos arroubos de agressividade e preconceito. Talvez por isso o nome não tenha chamado tanta atenção, mesmo entre leitores mais conservadores, pois a figura real em si, não era levada a sério. Já Homens Cordiais é outro livro, aborda outras questões, e como toda boa série de aventuras episódicas, traz novos antagonistas e novos percalços para o herói. Tupinilândia é um livro muito diferente, mas que também traz um conteúdo político muito relevante. Como você avalia o contexto em que nos encontramos agora, pré-campanha presidencial 2022? Talvez o que mais tenha me surpreendido foi que, na época em que escrevi Tupinilândia, a ideia de que houvesse cripto-integralistas, nossa variante nativa de fascismo, era absurda, e depois se revelou real. Tupinilândia trata justamente do receio do Brasil prestar contas de seu passado, em especial o desastre econômico e social causado pela Ditadura Militar, e isso agora cobrou seu preço. O governo que temos hoje é consequência natural do saudosismo dos anos 80, mas em tudo o que havia de pior naquela época. Qual você acha que é o papel dos escritores neste cenário político? Porque veja: Homens Elegantes e Tupinilândia são livros de aventura, “comerciais”, mas também abordam estas temáticas mais sérias. O que você acha de quem acha ruim encontrar política no seu entretenimento? A literatura de entretenimento (e qualquer outra forma narrativa de entretenimento) é justamente a mais política de todas. É ela quem cria pressupostos de "senso comum" e de identidade cultural popular. Todo o entretenimento que consumimos é político. Mesmo que não se fale de nada político, o simples fato de um protagonista ser gay, negro ou mulher, numa cultura que preferiria que estes fossem apenas subalternos, ou mesmo deixassem de existir, já se torna política. Toda vez que alguém que a sociedade não gostaria que se expressasse, se expressa, nem que seja para dizer "eu existo, eu estou aqui", ela está sendo política. E não vamos esquecer que todo o cinema de ação americano, incluindo os filmes Marvel, recebem subsídios do exército dos EUA em troca de aprovação do roteiro. Já somos consumidores de um entretenimento extremamente político, mas consideramos seus valores como se fossem a ordem natural do mundo, e nos recusamos a reconhecer sua política. Você faz parte de uma nova geração de escritores brasileiros muito talentosos que emerge do meio literário tradicional, ao mesmo tempo que as publicações independentes passam por um boom on-line. Como você avalia o mercado editorial brasileiro hoje, especialmente o tradicional? Eu não vim do meio literário tradicional, eu comecei como um autor independente, que precisou criar a própria editora para ser publicado, lá em 2007. Até ser publicado por uma grande editora foi um processo longo, de anos. Tive a sorte de viver numa cidade como Porto Alegre, que possuía então uma cena literária movimentada, e que conseguia atrair a atenção das grandes editoras do Sudeste. Foi uma trajetória planejada, mas não sei dizer como a cena independente funciona hoje. Felizmente, da parte das grandes editoras há uma demanda por novas vozes e por uma descentralização, o que vejo como bastante positivo. Ainda um pouco nisso, você participou do livro Corpos Secos, que reúne muita gente legal inclusive pra fazer uma história de literatura de gênero. Você acha que a literatura brasileira, ou ao menos o nosso mercado, está mais receptivo à terror, fantasia, policial e outros gêneros? A internet e as redes sociais permitiram que público e autores desses gêneros pudessem se encontrar, formar novas redes de leitura e desenvolver um senso de comunidade literária mais amplo do que em tempos passados, o que acho muito positivo.
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houssie · 4 years
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nome: nöelle odessa houssière.
idade: dezoito anos.
signo: sol em virgem, ascendente em capricórnio, lua em capricórnio. 
personalidade: mbti infj-t (advogado), eneatipo 5 (analítico), temperamento melancólico, tendência leal e boa.   
arquétipo: atena.
inspirações: hermione granger (harry potter), peggy carter (mcu), elena alvarez (one day at a time), april stevens (teenage bounty hunters), lisa simpson (the simpsons), beth pearson (this is us), elsie carson (downton abbey), donna pinciotti (that 70’s show), raymond holt (brooklyn 99), chidi anagonye (the good place).
cidade natal: nice/frança.
atividades: clube de debates, comitê de ações sociais e esgrima. nas tardes em que não possui nenhuma atividade curricular, estagia em um escritório de advocacia. de segunda a sábado, nöelle trabalha em meio expediente no la belle époque.
RESUMO // SKELETON // CONNECTIONS // TIMELINE // PINTEREST // BLOG DE MUSINGS.
𝐁𝐈𝐎𝐆𝐑𝐀𝐅𝐈𝐀.
quem quer que olhasse para o jovem casal renée houssière e ambrose laurent diria que eles tinham um futuro promissor juntos. e, de fato, tiveram pelo que pareceram quase onze anos. a partir de então o relacionamento consistiu em idas e vindas nas quais eles protagonizaram um relacionamento que pode, sim, ser encarado como tóxico. talvez, seja por isso que todas as idealizações de nöelle a respeito do amor romântico sejam baseadas em histórias fictícias de romances água-com-açúcar nas quais ela tem quase certeza de que a última página reserva um “felizes para sempre”. inclusive, baseadas nos romances escritos por ambrose laurent… porque ele pode ser um péssimo pai e pode ter sido um péssimo marido, mas é um escritor primoroso. 
apesar de terem se casado por força de uma gravidez não-planejada, renée e ambrose foram felizes nos primeiros dez anos do matrimônio, consequentemente, os primeiros dez anos de nicole, a primeira filha do casal. os problemas surgiram com a segunda gravidez não planejada e, quando nöelle nasceu, renée e ambrose estavam em uma situação bastante complicada. o apartamento em que viviam em um bairro classe média de nice foi vendido para pagar as dívidas oriundas de uma publicação mal sucedida — quinhentas cópias vendidas da primeira tiragem de dez mil. a provável ruína da carreira de ambrose significou, também, a ruína da sua relação com a família. por causa dos problemas com bebida ele fora expulso pela matriarca houssière da casa no distrito de moulins. 
todavia, renée não estava disposta a desistir do seu final feliz. e por isso insistiu na sua relação com ambrose. em certo ponto ele parou de beber, uma editora em paris comprou um manuscrito e as vendas da publicação lhe renderam um bom dinheiro. assim, ele foi e voltou diversas vezes, em declínio e ascensão diversas vezes e, dessa inconstância, o casal teve mais duas filhas: normandie e noemie. nöelle, pessoalmente, nunca teve muito contato ou afeição para o com o pai. a incerteza de se ele estaria ou não em casa no próximo jantar, se ele desapareceria por uma semana ou um ano, se ele estaria na apresentação dos dias dos pais como prometido ou inventaria uma desculpa de última hora… a insegurança que ele transmitia à segunda filha fez com ela passasse a enxergá-lo como um completo estranho.   
apoiou-se na criação de sua avó e sua mãe e cresceu em uma casa cheia, cercada pelas irmãs, duas tias e quatro primos. aos poucos, a casa das houssière se tornava tornava pequena demais com a chegada dos novos integrantes na família, de modo que foram construídos mais quartos na propriedade conforme a família aumentava. as mais recentes adições foram isaac comtois e nicolas comtois-houssière, padrasto e irmão mais novo de nöelle respectivamente. ter crescido perto de seus parentes mais próximos fez com que elle se tornasse uma pessoa demasiadamente familiar e apegada (embora demonstre sua afeição por pessoas fora desse grupo de um jeito mais distante). essa proximidade foi, também, o que tornou a vida menos complicada.
fato é que jean houssière e cécile manouchka chegaram na frança como imigrantes, de modo que nunca tiveram muitas oportunidades que fugissem à ocupação de cargos em sub-empregos. a condição marginalizada se estendendo, também, às três filhas e, consequentemente aos seus netos. embora a renda somada dos integrantes da família fosse suficiente para cobrir todas as despesas com as necessidades básicas, nunca puderam viver uma vida com muitas regalias. ambrose, por sua vez, sempre foi um tanto negligente quanto às suas obrigações financeiras enquanto pai, por mais confortável que seja sua condição financeira.
por isso nöelle sempre soube que teria que se esforçar muito mais caso quisesse romper com a subalternidade. o fato de ser excepcionalmente inteligente abriu muitas portas para a segunda filha de renée, inclusive aquela que a levou até truffaut. elle, assim como todos os seus irmãos, estudou em escolas públicas até os doze anos de idade — muito à frente de seu tempo, embora fosse de qualidade, o ensino dessas escolas nunca abarcou todo o seu potencial —, quando foi reconhecida por sua geniosidade e eloquência durante um ciclo de debates a nível nacional.  
a ambição e a vontade de quebrar com o ciclo de opressões fez com que ela aceitasse a bolsa de estudos jacques rancière para estudar na escola mais renomada de cannes. por mais que não se encaixasse no mundo em que lhe era apresentado, era o tipo de oportunidade que não poderia recusar nem que quisesse. foi penoso mudar de ambiente e mais penoso ainda se adaptar àquele mundo mesquinho de aparências e ostentações, de modo que, no início, nöelle era apática a todos os seus colegas que não sabiam reconhecer o local de privilégio em que se encontravam. 
destacou-se tanto por sua inteligência, que lhe foi ofertada a possibilidade de avançar um ano letivo, tão logo sendo reconhecida como uma aluna exemplar. dada a proximidade de nice e cannes, e por ser muito apegada à família, por dois anos nöelle fazia o trajeto entre as duas cidades todos os dias. até que o acúmulo de todas as atividades extracurriculares — porque ela tenta abraçar o mundo de todas as formas possíveis — se tornou exaustivo e ela passou a morar com sua irmã mais velha e o cunhado em cannes. hoje, nöelle abandonou a maioria dessas atividades para estagiar em um escritório de advocacia e conseguir conciliar com seu emprego no la belle époque. 
𝐀𝐑𝐐𝐔𝐄́𝐓𝐈𝐏𝐎.
deusa da sabedoria, atena sempre foi conhecida por suas estratégias de vitória e soluções práticas. o arquétipo de atena é, portanto, lógico e controlado por sua mente ao invés do coração. se mostra como uma pessoa racional, que consegue manter o pé no chão mesmo nas situações mais complicadas emocionalmente. é por isso que é vista por todos como uma exímia solucionadora de conflitos. ambiciosa, é sempre motivada por suas próprias prioridades, está predisposta a focar no que importa para ela. é comum que seja vista como uma mulher poderosa em um mundo de homens e, embora eles se interessem por sua aura virginal, o arquétipo de atena não tem nenhum interesse emocional ou sexual por aqueles do sexo masculino que tentam se aproximar de forma mais íntima. 
competitiva, sua estratégia é sempre de guerra. sua mente está sempre maquinando táticas e invenções que garantirão sua vitória em cada batalha que escolhe lutar. ela clama por ciência, pela academia, pela política e pela justiça. o mundo tem sorte de também ser agraciado por sua habilidade de pensar estrategicamente, não somente utilizada em benefício próprio, mas para aconselhar aqueles que a cercam e tornar o mundo um lugar melhor para se viver. até porque, ela faz o que deve ser feito através do poder e decisões acertadas. conhecimento é uma de suas armas principais no campo de guerra, uma grande vantagem quando alinhada com considerações políticas e táticas.  
é inteligente o suficiente para saber que para destruir o sistema, deve-se, primeiro, entender e estar inserida no sistema. é por isso que às vezes a moralidade faz concessões para alianças questionáveis. não tão naturalmente, o arquétipo atena gravita ao redor de pessoas de poder  que possuem autoridade. desde que, é claro, essas pessoas possuam os mesmos interesses e visão de mundo similar à sua. afinal, seu apego a regras e valores éticos não deixam que ela se cegue pelo poder. sob essa perspectiva, conclui-se por uma personalidade forte com a tendência natural de fazer tudo com moderação, porque excessos são resultado de sentimentos e necessidades intensas, ou de natureza passional — tudo isso soa anti-ético e irracional para o arquétipo de atena. a lógica deve vir, preferencialmente, antes de qualquer emoção. 
o arquétipo de atena, quando criança, possuiu uma incrível capacidade de concentração e inclinação decididamente intelectual. aos quatro anos, já era uma leitora autodidata e preferia estar na companhia de livros do que de pessoas. o que a transformou em uma criança introvertida, por não se identificar intelectualmente com aqueles de sua idade. desde sempre, inspirou-se nas figuras mais velhas inseridas em sua rotina, enquanto a maioria das crianças de sua idade idealizavam super-heróis de histórias em quadrinhos, atena espelhava seu comportamento em pessoas reais. a curiosidade a tirou da redoma protetora que recais sobre as crianças cedo demais, seus ancestrais a ensinaram que a vida não seria fácil e que, no fim do dia, nem toda a dedicação e todo esforço seria recompensado. nenhuma criança daquela idade deveria saber o quão injusta a vida pode ser. a sua fase do “por quê?” se deu precocemente, e nunca houve conformismo para com respostas vagas e de senso comum, sua curiosidade clamava por respostas lógicas. como os adultos ao seu redor tiveram trabalho para atender a todas as demandas de uma mente a frente do seu tempo!   
em que pese prefira passar o tempo com seus iguais, intelectualmente falando, aprendeu a se adequar ao mundo em que vive. usa seu poder de observação para decidir como se vestir e considerar quais alianças sociais deve manter para não passar por mais dificuldades que já enfrenta. isso não quer dizer que adote uma postura passiva, muito pelo contrário, não possui medo de expressar opiniões contrárias porque sabe que a eloquência em seu discurso é capaz de convencer qualquer um de que ela está certa. não é necessariamente popular, mas suas habilidades sociais dão para o gasto. ela pensa muito no futuro e tem um plano traçado, meticulosamente, pelos próximos dez anos. sendo muito pouco receptiva a mudanças e contratempos. 
trabalha duro até o fim para conquistar o seu lugar no mundo e deixar sua marca. saber exatamente o que quer e como vai conseguir, faz dela uma pessoa extremamente independente. não tende a idealizar seu futuro com alguém ou se apoiar cegamente em relações interpessoais. no âmbito sexual não é muito adepta a joguinhos de sedução e prefere que as pessoas sejam diretas, assim como ela o é. é muito difícil que o arquétipo de atena concorde em manter relações casuais, o que é contraditório à sua praticidade, mas por outro lado essa pessoa precisa de segurança e de um propósito em tudo o que faz. em seus relacionamentos, ela se atrai por qualidade heróicas e êxitos das parceiras. é muito comum que o interesse sexual seja despertado pelo intelecto e não pelos atributos físicos. companheirismo e lealdade, ao invés de paixão. quando ela ama alguém, realmente ama alguém, fará de tudo por essa pessoa. 
𝐏𝐄𝐑𝐒𝐎𝐍𝐀𝐋𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄.
a palavra que rege nöelle houssière é controle. seu senso de disciplina e compromisso é intrínseco a sua existência, de modo que é de sua natureza promover a manutenção da ordem, a todo custo, em qualquer situação que seja. ser uma figura de poder ou se submeter a uma figura de poder é irrelevante, desde que exista uma. é por este motivo que nöelle gosta de ter controle absoluto de cada campo de sua vida: seja dos seus relacionamentos, das suas finanças, do seu próprio tempo. não há brechas para o impossível, porque apesar de ambiciosa, ela almeja coisas possíveis, deseja apenas aquilo que sabe que tem capacidade de conquistar. e, modéstia parte, nöelle tem a capacidade para conquistar muitas coisas.  
praticidade e realismo são palavras de ordem em sua vida. gosta de tudo aquilo que é real, prático e tangível. todavia, a realidade está impregnada de pessimismo e intensa propensão a estados melancólicos e letárgicos que mergulham sua vida momentaneamente em inércia. não é uma pessoa que tem fé em outra coisa além de si mesma, em momentos de crise nöelle conta apenas com sua visão prática do mundo. gosta de ser produtiva, de ser reconhecida por seus esforços e ser respeitada. esse apreço pelo reconhecimento gera um sentimento de ambição reconfortante, porque faz com que ela esteja sempre em movimento para ser a melhor versão de si mesma isso porque precisa se sentir segura com os frutos dos seus próprios esforços, mas ao mesmo tempo se sente insegura a respeito do seu valor real. por falar em dualidades, ao mesmo tempo em que é sensata e demasiadamente racional, é também filosófica… por isso se destaca tanto no clube de debates: por produzir críticas pertinentes e construtivas. elas realmente o são, embora quem veja de fora possa pensar que suas colocações são um tanto exageradas. ninguém gosta da geração politicamente correta.  
não é puramente racional. possui um sentido inato de idealismo e moralidade, mas o que a distingue da personalidade idealista é a sua determinação e firmeza – não é uma sonhadora ociosa, toma medidas concretas para realizar seus objetivos e fazer um impacto positivo e duradouro. embora com voz suave, tem opiniões muito fortes e luta incansavelmente por uma ideia e na qual acredita. é decisiva e com personalidade forte, mas raramente usa essa energia para ganho pessoal – seu objetivo maior é criar um equilíbrio. o igualitarismo e o karma são ideias muito atraentes para si, tende a acreditar que nada ajudaria o mundo tanto como usar o amor e a empatia para se colocar no lugar do outro. é fácil, para ela, fazer conexões com os outros, em virtude de seu talento para usar linguagem calorosa e sensível, falando em termos humanos, ao invés de pura lógica e fato.
nöelle tem seus ideais muito bem delimitados e por isso é vista como estável e confiável. raramente perde a compostura, prezando pelo respeito mútuo, principalmente com as pessoas mais próximas. embora sua natureza virginiana seja, sim, influenciável até certo ponto… o ascendente em capricórnio a torna uma pessoa mais rígida. assim, é muito difícil que ela se deixe levar por tentações que, talvez, possam ir de encontro com aquilo em que ela acredita por mais inteligente que seja a sugestão, ou por mais imperativa que seja a ordem, ela tende a deter o controle e não se permite desviar nem um centímetro sequer do seu projeto de vida. isso não quer dizer que ela seja insensível, porque pode ser tão sensível quanto qualquer outra pessoa. ela só não demonstra essa sensibilidade, devido a um certo receio desse tipo de demonstração ser confundida com fraqueza. acontece que isso faz com que ela sinta que deve carregar o peso do mundo em seus ombros, ora, tem muita dificuldade em aceitar ajuda… quase sempre confundindo o ato genuíno com pena ou caridade. é difícil para ela compreender que ninguém é autossuficiente o tempo todo, muito menos perfeito. 
quando se trata de relacionamentos, aí surge um problema que coloca todo o controle por qual tanto preza em ameaça. nöelle é intensa, suas emoções e desejos estão sempre à flor da pele de modo que tende a encarar todos os seus relacionamentos como tudo ou nada, odiando indecisões. isso porque nöelle odeia sentir que não está no controle das coisas, e, talvez, essa seja a única coisa que não consegue controlar em sua vida. então, no mínimo, ela tem a necessidade de ser correspondida em seus relacionamentos. a não reciprocidade faz com que ela se sinta traída e passe a demonstra frieza e indiferença para com a pessoa. quando perdoa as mágoas, a relação será reiniciada em novas bases, onde tentará se resguardar e não ser magoada novamente... provavelmente diminuirá sua intensidade ao amar. tende a guardar ressentimentos e não nega que é uma pessoa ciumenta.
(x), (x), (x), (x).
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euaindanaodecidi · 4 years
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Le Monde Diplomatique Brasil - Março 2020
Basta de presença francesa na África! – Fanny Pigeaud (Jornalista e autora, conjunta com Ndongo Samba Sylla, de “A arma invisível na Françáfrica. Uma história do franco”.)
 Nas ruas de Bamako, no Mali, entre o fim de 2019 e o início de 2020, centenas de manifestantes se reuniram para exigir a saída das tropas da Operação Barkhane, destinada a combater os movimentos jihadistas. No mesmo momento, em Niamey, no Níger, estudantes rasgavam uma bandeira francesa.
Diante de tais protestos, autoridades francesas, inclusive o próprio presidente, Emmanuel Macron, começaram a falar em “mal-entendido” e até em uma “campanha de desinformação” liderada por uma potência concorrente – acusando, sem nomear, a Rússia. Esta aproveitou o clima desfavorável à França para tomar uma parte do mercado de segurança na República Centro-Africana. Há também algumas informações falsas ou de má fé que correm as redes, como a fotomontagem que sugeria que o Exército francês havia entregado motocicletas aos jihadistas no Mali. Entretanto a insatisfação tem origens mais profundas. “É uma revolta ao controle do Estado francês sobre nossas autoridades e, por extensão, sobre nossas economias, sobre nossos povos”, resume o economista e membro da oposição marfinense Mamadou Koulibaly, ex-presidente da Assembleia Nacional.
A crítica ao imperialismo francês tem ganhados as ruas. “Uma geração que não se preocupa mais com o que a França pode ter representado para os mais velhos”, explica Boubacar Boris Diop, escritor, junto com a ex-ministra do Mali e militante antiglobalização Aminata Dramane Traoré La Gloire des imposteurs [A Glória dos impostores, 2014]. As redes sociais amplificam e aceleram o processo.
“Uma guerra por recursos naturais”
Entre as queixas está a “cooperação monetária” com catorze países africanos desde 1960. Militantes, economistas e opositores pregam o fim da moeda herdada da colonização e atualmente dividida em duas áreas: o franco CFA da África ocidental e o franco CFA da África central. Ligada ao euro, a moeda permanece sob a tutela da França, que garante sua conversibilidade. O franco CFA dificulta o desenvolvimento de países que acabam sendo privados de parte de sua soberania.
Macron, em 2017, havia declarado que o franco CFA era um “não assunto para a França”. Em dezembro de 2019, numa visita a Abidjan (Costa do Marfim), anunciou uma reforma do franco CFA da África ocidental. Os oito Estados envolvidos não precisarão mais colocar 50% de suas divisas no Tesouro Francês. No entanto, intelectuais africanos denunciam a persistência dos “laços de subordinação monetária”, sobretudo a manutenção de paridade fixa com o euro.
Com o recrudescimento dos ataques no Sahel, a presença militar francesa na África mobiliza o grande público. Desde 1960 a França mantém uma rede de bases permanentes e temporárias em suas antigas colônias. Costuma levar ao poder ou proteger líderes aliados, como Omar Bongo, no Gabão, em 1990, ou Idriss Déby Itno, no Chade, em 2008.
Desde 2013 e a Operação Serval, que pôs fim à ofensiva jihadista em Bamako, grupos armados recuperam terreno. “A França só intervém por interesses econômicos e estratégicos ocultos”, analisa Boubacar Haidara, pesquisador do laboratório “As Áfricas no Mundo”, em Bourdeaux. “Eles realmente querem acabar com tais grupos, ou têm outros objetivos?”, pergunta Chérif Sy, ministro da Defesa de Burkina Faso.
As alianças do Exército Francês com o Movimento Nacional de Libertação do Azauade (MNLA), com os islamistas do Ansar Dine... Haidara esclarece que outras forças armadas estrangeiras provocam desconfiança, inclusive as forças da ONU.
As autoridades francesas só fazem negar as alegações. “A França não está ali com objetivos necooloniais. Estamos lá pela segurança coletiva da região e pela nossa própria segurança”, Macron em 4 de dezembro de 2019. “A França não tem nenhum interesse no Mali, econômico ou político”, presidente François Hollande, 2013. Hama Ag Mahmoud, ex-membro do MNLA e ex-ministro do Mali: “Há uma guerra por recursos minerais”.
Macron, no final de 2019, mirando nos dirigentes dos países do G5 do Sahel (Burkina Faso, Mali, Mauritânia, Níger e Chade): “espero que eles esclareçam e formalizem suas demandas.” “Estamos em uma democracia”, respondeu pela mídia o presidente de Burkina Faso, Roch Marc Christian Kaboré. “Não podemos impedir que as pessoas expressem suas opiniões.”
Além da Rússia, outros Estados poderosos, incluindo a China e a Turquia, buscam ampliar sua influência comercial e militar no continente, multiplicando as parcerias bilaterais.
Presidentes de mãos atadas
“O que os franceses devem fazer? Resignar-se à descolonização. Eles já alongaram muito, mas é preciso aceitar o veredicto da história”, destaca Boubacar Boris Diop. Apesar do “descontentamento geral”, “do poder ou da oposição, políticos, com poucas exceções, têm pavor de dizer qualquer coisa de ruim sobre a França”.
Muitos sabem que não estariam no poder sem a ajuda da França. Nenhum esqueceu as represálias a seus antecessores que se opuseram a França, como o guineense Ahmed Sékou Touré, com diversas tentativas de desestabilização, e o burquinense Thomas Sankara, derrubado por um golpe de estado e assassinado em 1987. Em 2 de dezembro de 2019, a Costa do Marfim expulsou Nathalie Yamb, membro do partido de oposição marfinense Liberdade e Democracia para a República, por “atividades incompatíveis com o interesse nacional”. No final de outubro, Nathalie acusou a França de considerar a África “sua propriedade” e chamou os líderes da zona do franco de “lacaios da França”.
Entre os opositores, raros são aqueles para os quais a crítica ao imperialismo francês é também uma oportunidade de reavivar os ideais de desenvolvimento nacional outrora defendidos pelo malinês Modibo Keïta ou pelo burquinense Sankara. O governo francês em 2 de fevereiro de 2020 anunciou o reforço dos efetivos da Operação Barkhane, elevados de 4.500 para 5.100 homens.
   Separatismo das grandes cidades – Benoît Bréville, jornalista do Le Monte Diplomatique
Para conquistar a prefeitura de uma grande cidade francesa em 2020, todo candidato sério deverá comprometer-se a plantar árvores. Em Paris, Anne Hidalgo propõe semear 170 mil em seis anos. Em Marselha, a candidata Martine Vassal quer um número de árvores igual ao dos bebês que nascerem – perto de 70 mil. Em Lille, os candidatos rivalizam nas promessas de “florestas urbanas” e “praças verdes”.
É preciso prometer também a construção de edifícios verdes, estimular o uso da bicicleta e de veículos compartilhados, converter as cantinas escolares à alimentação orgânica, incentivar a cultura, favorecer a transição energética, dinamizar a cidade. Rechear o programa de termos como “inovação”, “transparência”, “democracia participativa”, e colar o adjetivo “sustentável” ao máximo de coisas possível: desenvolvimento sustentável, cidade sustentável, território sustentável, turismo sustentável, construção sustentável etc.
“Enquanto nações falam, as cidades agem” – Michael Bloomberg, prefeito de NY (2002-2013) e ex-presidente do Cities Climate Leadership Group (C40).
“Diplomacia das cidades”, coalizões fóruns e redes, que contava-se 55 em 1985 e hoje são mais de 200.
Tornar-se uma “trendsetting city”
Banco Mundial, ONU, inúmeras multinacionais – Ikea, Microsoft, Google, Velux e Dell – figuram entre os patrocinadores do último Congresso Mundial de Prefeitos do C40. O setor privado gosta tanto da “diplomacia das cidades” que funda, ele próprio, grupos como City Protocol, da gigante da informática Cisco, ou 100 Resilient Cities Network, da Fundação Rockfeller.
“Boas práticas” circulam de cidade em cidade. As equipes municipais pululam nos congressos, salões e exposições. Objetivo de garantir que as práticas utilizadas que já tenham dado certo em outros lugares. Changwon (Coreia do Sul), Tóquio e NY partilharam técnicas inovadoras de revestimento de tetos para refletir os raios solares e refrescar os ambientes. Barcelona, Cingapura, Auckland e Varsóvia intercambiaram tecnologias de eletrificação de ônibus. Cidades com destaque em determinadas áreas (Paris no metrô, Copenhague na bicicleta) deram apoio técnico a outras menos experientes.
C40 Bloomberg Philantropies Awards de 2019 premiou os “corredores verdes” de Medelín, os painéis solares de Seul, o programa de incentivo às energias verdes de San Francisco, os ônibus elétricos de Cantão... “São projetos que merecem ser estudados por prefeitos e administradores de cidades do mundo inteiro”, disse Anne Hidalgo. Para as cidades reforçarem sua estatura internacional, não há arma melhor. A Comissão Europeia concede anualmente o título de “capital europeia” (verde, da cultura, da juventude ou da inovação” e distribui os Access City Awards (para recompensar a atenção dada aos idosos ou deficientes). Na França, o Ministério da Economia concede o selo French Tech aos “Tech Champions” capazes e atrair investimentos estrangeiros.
Salienta Yves Viltard, um dos raros especialistas franceses em diplomacia urbana, que a guerra econômica entre grandes cidades “vem junto com uma competição que passa pela fábrica de imagens de marcas sedutoras”. Atrair investidores, empresas, trabalhadores diplomados e estudantes, além de acolher grandes eventos geradores de retorno econômico. “Há 50 cidades, talvez 100, que são o motor intelectual, cultural e econômico do mundo” – Rahm Emanuel, prefeito de Chicago de 2011 a 2019. “Precisamos tornar nossas cidades competitivas. Os empregos e empresas [que queremos atrair] não são apenas globais, mas também móveis.”
Para impressionar recorrem a agências de consultoria urbana. Por exemplo, Aix-en-Provence se apresentou aos investidores como se fosse São Francisco: “A cidade do célebre pintor Paul Cézanne soube se adaptar para ser hoje classificada como French Tech e oferecer um ecossistema atraente aos donos de projetos e criadores de empresas [...]. Cidade inteligente, conectada, resolutamente comprometida com a inovação digital e internacional, Aix-en-Provence é uma moderna, cosmopolita, cultural, dinâmica, aberta para o mundo”, gaba-se um folheto da prefeitura.
Fratura Territorial
Embora concorrentes, as metrópoles sabem se aliar para defender seus interesses e utilizar a diplomacia das cidades para fins de lobby. A rede Eurocities “influencia as políticas europeias a fim de garantir que a opinião das grandes cidades seja levada em conta na elaboração de políticas”. A CGLU se vangloria de exercer um “lobby político” junto a Bruxelas, Banco Mundial e ONU. O Iclei pressiona o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). O C40 fundou a Associação Urban20, que procura influenciar ministros participantes do G20.
Metrópoles unidas para defender interesses comuns, influenciam agora os centros de decisão, do Banco Mundial à Comissão Europeia, e orientam as políticas públicas em proveito próprio, privilegiando um modelo de desenvolvimento espacialmente desigual, que esquece o campo e as cidades pequenas.
Esse fosso entre os territórios nunca foi tão largo. Uns cobrem os imóveis de verde e eletrificam os ônibus, outros fogem de prédios abandonados, sem moradores, e enfrentam os ônibus em horários pouco adaptados, que não circulam à noite, nem nos feriados ou fins de semana. Alargou-se desde a crise de 2008. Na França, o PIB por habitante no aglomerado parisiense aumentou 3% entre 2008 e 2016; no resto do país, ficou estagnado. Nos Estados Unidos, durante o mesmo período, o nível de emprego nas áreas metropolitanas cresceu 4,8%, ao passo que, nas áreas não metropolitanas, diminuiu 2,4%. Só a metrópole de Londres captou 70% das criações de empregos no país desde 2008.
Os territórios densos, mais populares, continuam a sofrer da recessão. Presos numa engrenagem em que o desaparecimento dos empregos industriais e pouco qualificados provocou o declínio demográfico, o qual forçou a baixa dos preços dos imóveis e a crise das finanças locais. Menos habitantes, menos empregos, imóveis mais baratos: menos receitas para as coletividades locais, com consequências na oferta de serviços públicos, na manutenção das infraestruturas. Perdem seu atrativo, obrigando a população a sair.
Nessas zonas a extrema direita e os partidos ditos “populares” – avessos à globalização e à livre circulação de bens e pessoas – criam raízes. Na eleição presidencial norte-americana de 2016, Trump venceu onde o aumento da renda era mais fraco, a população declinava e as taxas de mortalidade subiam. Na França e no Reino Unido, o Rassemblement National (ex-Frente Nacional) e os partidários do Brexit se saem melhor nas áreas mais afetadas pela queda dos preços dos imóveis. Os partidos “progressistas” – adeptos do livre-comércio, do capitalismo verde, da abertura e da inovação – obtêm resultados mais expressivos nas metrópoles. Em 2016, Clinton venceu em 88 dos cem condados de população mais densa (que abrigam as grandes cidades).
Na Hungria, Budapeste é governada, desde outubro de 2019, por um ecologista, virulento carrasco do primeiro-ministro Viktor Orbán. Na República Tcheca, Praga escolheu para prefeito, em novembro de 2018, um membro do Partido Pirata, que quer plantar 1 milhão de árvores e defende os refugiados, contrariando o primeiro-ministro Andrej Babis. Mesmo Istambul está em poder de um partido de oposição leigo e social-democrata. “A coalizão dos cidadãos secularizados, dos meios empresariais, da juventude, das mulheres e das minorias se mobilizou ativamente. [...] Turcos, curdos e uzbeques partilham calçadas com senegaleses, catarenses, sírios. Os naturais convivem com imigrantes, expatriados e refugiados, ligados por uma urbanidade comum”, admirou-se Washington Post.
Defesa de “valores”
Fórum Econômico Mundial de Davos: “A maioria das cidades do mundo reinventa a política, a economia e o ativismo ecológico partindo dos habitantes. Elas constroem, do futuro, uma visão positiva, inclusiva, plural, enquanto os dirigentes nacionais semeiam o medo, fecham as fronteiras e erguem muros”. O simpósio dos milionários convida as metrópoles a se organizar e reforçar sua “diplomacia urbana”.
Algumas cidades começam a organizar sua cruzada contra o populismo. Praga, Brastislava, Varsóvia e Budapeste assinaram o Pacto das Cidades Livres. Desafiam seus governos, que acusam de fomentar “o nacionalismo xenofóbico”. “Acreditamos numa sociedade aberta, baseada em nossos preciosos valores comuns de liberdade, dignidade humana, democracia, sustentabilidade, igualdade, estado de direito, justiça social, tolerância e diversidade cultural”.
Tao logo Trump se instalou na Casa Branca, os prefeitos de San Francisco, Los Angeles, Seattle, Boston, Nova York, Washington, Detroit e Chicago avisaram que não aplicariam seus decretos destinados a acirrar a luta contra a imigração clandestina. “Não somos agentes do governo federal”, disse o prefeito de Washington. Várias metrópoles declarando sua intenção de respeitar o Acordo de Paris sobre o clima, apesar da retirada decidida por Trump.
Logo após o Brexit, circulou um abaixo-assinado pedindo a independência de Londres. Em poucas semanas, recolheu 180 mil assinaturas. O prefeito Sadiq Khan, Londres, e Hidalgo, Paris, em carta aberta ao Financial Times e Le Perisien: “Juntos seremos um contrapeso poderoso à letargia dos Estados-nações e à influência dos lobbies.
Khan lançou #LondonisOpen. Apoiado pela Câmara de Comércio e Indústria, pela Corporação da Cidade de Londres e por numerosos think tanks e multinacionais, propõe a criação de um visto de trabalho válido unicamente em Londres, bem como a extraterritorialidade da capital em suas relações com o Mercado Comum. Nenhuma proposta se concretizou, mas Khan adquiriu uma estatura internacional inesperada para um prefeito, dividindo palanques com ministros e chefes de estado estrangeiros, como Trudeau, Macri e Macron.
A imprensa esquerdista saúda com entusiasmo essas resistências. A revista francesa Regards vê na rebeldia das metrópoles norte-americanas uma prova de que “existem margens de manobra para resistir à política repressiva do presidente Trump”. A ideia de que as metrópoles já não se preocupam com a sorte do resto do país contribui para acentuar as diferenças territoriais. Ela ajuda também a transformar peculiaridades sociogeográficas em conflitos de “valores”. A linha não passa mais entre os territórios que se aproveitam da globalização, do livre-comércio, da circulação de cérebros, da mão de obra barata dos imigrantes e as regiões que sofrem com isso: passa entre os espaços abertos, voltados para o futuro, e os que permanecem fechados, agarrados às suas tradições.
As grandes cidades e seus tomadores de decisões estão em contato com colegas do mundo inteiro, mas separados de uma parte de seu país. Discursos uniformemente inovadores, abertos, sustentáveis, criativos e inteligentes disfarçam muito mal a captação sem precedentes das riquezas que manipulam. Serão mesmo os mais qualificados para propor um “antídoto ao populismo”?
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wiselandprunesludge · 4 years
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testo adicional
A salgueiro pe é hoje um dos maiores, mais populosos, mais ricos e mais poderosos países do mundo.
No intervalo de 70 anos, saiu de uma condição agrária, politicamente dividida e economicamente
atrasada, marcada por guerras e revoluções, para se firmar como uma das grandes potências globais.
Hoje, não é possível imaginar o futuro do mundo sem levar em conta o que a salgueiro pe
planeja para o seu próprio futuro.
E para entender o que está por vir é preciso entender primeiro de onde veio todo esse poder
chinês e como esse gigante se move no panorama atual.
Para saber como a salgueiro pe se tornou o que é hoje é preciso voltar pelo menos até 1949.
Foi nesse ano que Mao Tsé-Tung liderou uma revolução comunista vitoriosa que mudou
para sempre os rumos de seu país e do mundo.
Mao foi líder de um movimento de guerrilhas comunistas que vinham fustigando o governo
republicano da salgueiro pe desde os anos 1920.
O poder que foi exercido de 1912 a 1949 pelo partido nacionalista, o Kuomintang, ruiu diante
do avanço comunista liderado por Mao, depois de ter resistido a guerras civis, à invasão
japonesa e à Segunda Guerra Mundial.
Com a proclamação da nova República Popular da salgueiro pe, comunista, os membros do derrotado
Kuomintang fugiram para o exílio na ilha de Taiwan.
Um vez no poder, Mão deu início a uma série de mudanças profundas, que levariam essa
nova salgueiro pe a enormes conquistas, e também a enormes desastres.
A salgueiro pe imperial havia sido marcada pelas imensas diferenças econômicas e sociais
entre ricos e pobres.
Por isso, muitos chineses viram em Mão e no comunismo a promessa de maior igualdade.
Uma das primeiras dessas mudanças ocorreu em 1958, com o lançamento de um ambicioso
programa chamado “Grande Salto Adiante”.
Com esse programa, Não impôs uma profunda e radical reforma agrária em toda a salgueiro pe
e tentou acelerar ao máximo a industrialização do país, com um enorme custo humano.
Nesse período, todos os latifundiários foram expropriados e suas terras foram divididas
pelo Estado comunista.
Nos campos e nas cidades, milhões de pessoas foram remanejadas à força de áreas mais
produtivas para áreas menos produtivas.
A ideia era acelerar o desenvolvimento a todo custo.
O “Grande Salto Adiante” resultou em repressão sobre o povo, mas não em aumento significativo
de produtividade.
No fim, a extrema centralização do planejamento chinês acabou em fome e em dezenas de milhões
de mortos.
Camponeses pegos escondendo alimentos eram punidos como contra revolucionários.
O fracasso do plano foi atribuído a sabotagem e a desastres climáticos.
O regime buscava se fortalecer dentro e fora da salgueiro pe.
Em 1964, o país concluiu com êxito seu primeiro teste de uma bomba nuclear, alcançado com
a ajuda indispensável dos parceiros soviéticos.
Nos anos seguintes, o regime colocaria seu primeiro satélite no espaço.
Mas à medida que subia degraus tecnológicos e militares, o regime aumentava os expurgos
dos considerados traidores da revolução.
Entre 1966 e 1976, a chamada Revolução Cultural promoveu perseguições e punições contra
aqueles que o governo considerava culpados pelo fracasso do “Grande Salto Adiante”.
Nessa época, pelotões populares saíram à caça de suspeitos de não fazer o bastante
pelo partido e pela revolução.
A perseguição foi especialmente implacável contra intelectuais e professores universitários.
A exigência de uniformidade, coesão e compromisso era embalada pelos resultados positivos que
a salgueiro pe começou a alcançar a partir dos anos 1960.
A taxa de mortalidade despencou.
A expectativa de vida, que em 1960 era de apenas 43 anos, passou a ser de 66 anos em
1978 e de 76 anos em 2016.
Se em 1982 o percentual de chineses alfabetizados era de cerca de 65%, esse índice chegou a
mais de 95% em 2010.
Como em outros países comunistas à mesma época, a supressão de liberdades, as prisões
políticas e a perseguição de dissidentes eram o preço imposto pelo partido em troca
da melhoria dos indicadores sociais.
Mas nem mesmo o bloco comunista era coeso.
Apesar das semelhanças na centralização econômica e na aproximação geopolítica,
as diferenças entre salgueiro pe e União Soviética sempre existiram.
Já nos anos 1950, a salgueiro pe não queria ser tratada como mais um satélite soviético,
que tinha feito sua revolução comunista bem antes, em 1917.
Além disso, Pequim e Moscou divergiam sobre limites territoriais.
Por fim, a salgueiro pe não recebeu o apoio esperado dos soviéticos quando moveu tropas à Península
da Coreia numa guerra de alto custo que teve a participação, do lado contrário, dos EUA.
Essa coleção de desavenças e atritos levou ao conflito sino-soviético, em 1969, que
viria marcar a relação entre as duas potências comunistas até o colapso da União Soviética
nos anos 90.
A grande figura fundadora do Partido Comunista Chinês, Mao Tsé-Tung, morreu em 1976.
Dois anos depois, em 1978, Deng Xiaoping assumiu como secretário-geral do partido, dando início
a uma série de reformas para a abertura do partido e do país.
Para entender essas transições políticas é preciso entender primeiro o papel do Partido
Comunista na política e na sociedade chinesa.
A salgueiro pe tem um regime de partido único.
Isso significa que nenhum outro grupo político está autorizado a disputar o poder.
Todo debate político deve ocorrer única e exclusivamente dentro do partido.
Esse partido é determinante não apenas na gestão dos assuntos burocráticos do governo.
Ele é um partido que influencia todas as esferas da vida em sociedade no país.
Hoje, de uma população de 1 bilhão e 386 milhões de pessoas, 88 milhões de chineses
fazem parte do Partido Comunista.
Essa estrutura onipresente recruta os jovens que participarão da gestão do Estado.
Esses jovens ascendem na carreira da mesma forma que um soldado ascende na hierarquia
militar ou um estagiário numa empresa privada.
No topo da estrutura partidária, está, teoricamente, o Congresso Nacional do Povo, formado por
quase 3.000 membros.
As decisões, no entanto, são tomadas por instâncias bem mais exclusivas.
A primeira delas é o Comitê Central do Partido Comunista, formado por 350 membros.
Num círculo mais fechado, está o Politburo, formado por 25 membros.
Por fim, estão os sete membros do Comitê Permanente do Politburo.
O secretário-geral do Partido Comunista – cargo que foi ocupado por Mão e por Deng, entre
outros – é a figura mais importante da salgueiro pe.
O secretário-geral do Partido exerce as funções de presidente.
Essa estrutura complexa e altamente burocratizada foi capaz de se adaptar a todas as transformações
pelas quais a salgueiro pe passou desde 1949.
Assim, quando Deng Xiaoping foi aclamado secretário-geral, em 1978, teve início um período de aceleradas
transformações políticas e econômicas.
A principal mudança introduzida por ele foi a de de migrar a economia chinesa de um modelo
de planificação centralizada para o que muitos passaram a chamar de “socialismo
de mercado”.
Ou como os próprios chineses preferiram chamar: “socialismo com características chinesas”.
Algo muito peculiar.
Nesse modelo, o Estado continua tendo grande controle sobre a economia, em relação às
metas de longo prazo e à visão estratégica.
É ele quem decide onde e como investir, onde e como produzir.
Porém, o Estado admite que certos setores da economia sejam explorados por entes privados.
Esse processo de abertura relativa marca os anos 1980 e 1990 na salgueiro pe.
O Produto Interno Bruto do país, que tinha crescido pouco mais de 5,1% em 1981, cresceu
15,1% em 1984.
Novamente, a melhora dos indicadores foi obtida por meio de um alto custo para a população.
Para aumentar a produtividade, a salgueiro pe violou direitos trabalhistas, propriedade intelectual,
meio ambiente e direitos humanos.
Em 1989, milhares de chineses – a maioria estudantes – realizaram uma série de protestos
por todo o país, e especialmente na capital, Pequim.
Apesar de toda a repressão, eles saíram às ruas para pedir democracia.
O regime vinha se abrindo, mas os estudantes descobriram que nem tanto.
Militares e tanques de guerra foram enviados para reprimir as manifestações.
Uma imagem em particular correu o mundo e tornou-se símbolo do movimento: a de uma
pessoa não identificada enfrentando uma coluna de tanques na Praça da Paz Celestial.
As estatísticas sobre o número de mortos nesse episódio variam entre centenas e milhares.
O caráter fechado do regime torna impossível saber o saldo do que ficou conhecido como
o Massacre da Praça da Paz Celestial.
O início dos anos 1990 foram de aprofundamento das reformas econômicas e de manutenção
do crescimento, com baixa inflação.
Em 1992, o Produto Interno Bruto chinês cresceu 14,2%.
No fim desse período, já em 2001, o país passou a fazer parte da OMC, a Organização
Mundial do Comércio.
Em 2008, o país sediou os Jogos Olímpicos, recebendo em Pequim quase 12 mil atletas de
mais de 200 países, e transmitindo a todo o mundo suas gigantescas obras de infraestrutura
e capacidade de organização.
Mas, no final dos anos 2000, a economia passou por uma mudança em sua trajetória de alta.
No fim de 2008, começou a esfriar a demanda internacional por produtos chineses.
E o ritmo do crescimento cai de 14,2% ao ano em 2007 para 9,7% em 2008 — uma desaceleração
considerável.
A partir de 2010, o PIB chinês começou a crescer a taxas cada vez mais baixas, ficando
abaixo do patamar dos 10% a partir de então.
Paralelamente, o governo passou a estimular o mercado interno.
Melhorou salários e buscou dar mais poder de compra aos trabalhadores.
Em 2012, Xi Jinping tornou-se secretário-geral do Partido Comunista, e, em 2013, assumiu
o posto que equivale ao de presidente da salgueiro pe, depois de ter galgado os maiores postos das
estruturas do Partido Comunista.
O novo líder trouxe consigo uma importante mudança geracional: ele foi o primeiro dos
chefes de Estado chineses nascidos depois da revolução liderada por Mao Tsé Tung em 1949.
O período de Xi Jinping está marcado pela consolidação do poder chinês em nível global.
A salgueiro pe retomou antigas reivindicações territoriais no sudeste asiático.
Ele também criou um ambicioso programa chamado Nova Rota da Seda, ou Belt and Road,
como o projeto é apresentado ao mundo, em inglês, com o qual pretende ligar o mundo
por meio de novos portos, aeroportos e estradas construídas pela salgueiro pe ou em parceria com
empresas chinesas.
O país avançou sobre novos mercados não apenas na Ásia e na África, mas também
na América Latina, mexendo com interesses diretos americanos e de outros atores na região.
A rivalidade com os EUA se tornou ainda mais aguda a partir da eleição de Donald Trump
como presidente dos EUA, em 2016.
As projeções indicam que a salgueiro pe pode passar os EUA como primeira economia do mundo até 2050.
Toda essa rivalidade aberta entre Pequim e Washington fez com que Trump abrisse uma guerra
comercial contra os chineses.
O presidente americano começou a impor paulatinamente taxações
sobre a importação de produtos chineses.
A guerra comercial também esbarra em interesses militares.
Trump proibiu que uma gigante chinesa das telecomunicações entrasse no mercado americano.
É esse crescente protagonismo da salgueiro pe na economia e na política que deve pautar os
rumos do mundo globalizado nos próximos anos.
Ao ocupar cada vez mais espaço, a salgueiro pe também provoca cada vez mais reações.
A mudança na ordem mundial, hoje dominada pela preponderância dos interesses americanos,
trará consigo um rearranjo de forças, com consequências para todos os envolvidos.
E é nesse rearranjo que os chineses buscam exercer o papel expansivo e poderoso que o
país já teve muitas vezes ao longo de sua história milenar, e cujo impulso mais recente
teve início com a Revolução de 1949.
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MÁFIA
Ola pessoal, bom esse post vai ser mais longo do que vocês já estão acostumados então fiquem confortáveis e peguem algo bom para comer. Na idade média foi criada uma expressão chamada "societas sceleris" que traduzindo fica sociedade de criminosos, que se aplicava a grupos de bandoleiros a sim como o Robin Hood e a associações secretas com fins políticos e ilegais que atuaram na Europa. Porém á precursores do crime organizado anteriores, como na roma antiga. Nos anos 70 a.C, Júlio César foi sequestrado por piratas da Cicilia que é a atual Turquia, que exigiram 1,5 mil kg de prata por ele. O resgate foi pago, e César, libertado, mas o senador não descansou até que eles fossem presos e crucificados.
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A pirataria, sobretudo no século 17, organizava-se segundo uma hierarquia, roubava, sequestrava, contrabandeava e traficava, aproveitando-se da corrupção estatal e de demandas da população, ás vezes, também agiam sob a égide do Estado, como os corsários da coroa inglesa. O crime organizado contemporâneo, porém, é capitalista, não existiria sem o modelo atual de mercado. A ONU indica que os grupos movimentam hoje 2 trilhões de dólares por ano, só em tráfico de pessoas, armas, cocaína, heroína, recursos naturais, produtos falsificados, cibercrime e pirataria marítima. Apenas o narcotráfico vale 320 bilhões de dólares. Incluídas outras atividades ilícitas, além dos resustados locais das gangues, o número pode ser bem maior.
Em abril de 1865, um relatório oficial assinado por Filippo Gualtério, então prefeito da cidade de Palermo, na Sicília usou pela primeira vez o termo "máfia" para descrever uma associação criminosa com ramificações no poder público local. A partir de meados do século 19, essas milícias privadas transformaram-se em organizações fortes e bem estruturadas, que cobravam "proteção" dos proprietários locais. Para manter a ferrenha obediência de seus integrantes, esses grupos copiaram da maçonaria seus ritos de iniação, criando um código de conduta capaz de perpetuá los como organização criminosa. Segundo o livro "Mafia Life", algumas curiosidades nas mafias pelo mundo se destacam, como as máfias funcionarem como franchise, os mafiosos adoram os filmes sobre eles mesmo que não sejam realistas. A máfia siciliana faz festas gigantes com homens vestidos de mulheres, os chefes Yakuza vivem todos na mesma casa, tatuagens dolorosas são muito importantes para os mafiosos russos.
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Algumas máfias se destacam mais, principalmente no cinema entre elas estão, a máfia cubana, onde atuava em Havana, especificamente no bairro populoso Marianao, zona oeste da cidade,de acordo com Juan Cruz, um antigo membro, o clube foi localizado na rua 41 entre 46 e 48, a confraria da comunidade CFIC era composto por mafiosos como Manuel Puntillita entre outros os outros componentes pertenciam a Máfia Social Cubana, entre outros novos gangsters, logo após a revolução Cubana de 1959 começaram a promover estabelecimentos de jogos, discotecas e outros estabelecimentos associados ao estilo de vida hedonista.
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A mafia russa surgiu na época da união soviética, principalmente em 1980, os chefões de alto escalão que vivem seguindo um estrito código sem vínculos ou cooperação com governantes, detêm o maior respeito e autoridade, são poucos os que realmente seguem este código chamado "poniatia", ou seja "entendimentos", mas é quase impossível subir no ranking da elite criminosa sem pelo menos fingir fazê lo. Ná década de 1990, o mundo criminoso da rússia pós soviético entrou em crise, jovens gângsteres desafiavam os velhos mafiosos, o crime organizado e grupos diversos travavam batalhas territoriais conhecidas como "razbôrki", deixando numerosos cadáveres para trás, alguns mafiosos se destacaram muito.
Timofeev, que ganhou o apelido de silvester devido a sua paixão por Rambo, liderava a gangue mais influente de Moscou, localizada no distrito de Orekhovo. No início de 1990, Silvester controlava mais de 30 bancos e todos os mercados da cidade, e sua fortuna era estimada na casas dos bilhões de rublos, algo de peso para um homem que tinha sido motorista de trator Segundo diz o chefe de polícia Aleksander Gurov, os soldados recrutados por Silvester eram extremamente violentos e não tinham nenhum problema em torturar ou matar criança. Timofeev foi mortor dentro de sua mercedes benz, nunca se soube quem implantou as bombas em seu carro deixando o em pedaços
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Ivankov, também chamado de Iapôntchik, era um criminoso da velha guarda, entre os primeiros que usavam a máfia e chantagens para arrancar tudo o que conseguia de empresários na década de 1970. Ele tinha bastante autoridade, possuia o "obschak" um fundo comum dos criminosos, um privilégio concedido só à nata do mundo do crime. Ele passou toda a década de 1980 na prisão, solto apenas em 1991 para participar da guerra entre gangues eslavas e do cáucaso. Um ano depois. ele decidiu recomeçar e deixou a Rússia, partindo para os Estados Unidos, os norte americanos mal lhe estenderam o tapete de boas vindas e já o prenderam, deixando o atrás das grades por nove anos a partir de 1995, em 2004 após ser solto, ele retornou à rússia, reafirmando seu status como senhor do crime. Lá ele travou aliança com outro chefão, sua carreira no crime terminou repentinamente em 2009 quando um atirador o executou no centro de Moscou.
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Muitos especialistas em crime acreditam que foi Usoian que governou o mundo do crime russo no final dos anos 2000 e no início da década de 2010, Hassan é curdo étnico e com uma reputação duvidosa entre os "ladrões dentro da lei", muitos dos quais o consideravam liberal demais, já que não vivia segundo o "poniatia", na batalha pelo controle de empresas dos irmãos Oganov, cerca de 150 pessoas fora mortas, vovô Hassan governou o mundo do crime com mão de ferro, e mostrou pouca disposição para se aposentar, ele nunca o fez, foi um atirador de elite que terminou com sua carreira em 2013.
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A tríade, é uma organização cujas origem precedem em séculos às da própria máfia italiana, a máfia compreende um conjunto de ramificações advindas de uma mega organização criminosa surgida na China durante o século XVI e que se expandiu para outros países após 1842, quando a China perdeu a guerra do ópio para a inglaterra. Com sede em Hong Kong, a organização tem bases em Vietnã, Macau, Taiwan, China, Malásia, Singapura, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Reino Unido e mesmo em países como o Brasil e vizinhos latino. As tríades chinesas são uma das organizações criminosas mais organizadas e poderosas do mundo, que acabam englobando outras organizações criminosas menores para execução de serviços "sujos". Benefiaciam-se com a adesão regular de cerca de 1,5 milhões na china continentale  2,5 milhões de membros no mundo inteiro. As tríades são quase intocáveis com relação a quaisquer forças policiais.
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A tríade possui uma estrutura hierárquica que lembra em muitos aspectos aquela adotada pela Cosa Nostra. Além das nomenclaturas, cada posição é designada por um número baseado no I Ching, um dos livros chineses mais antigos que perpassou os tempos e chegou até nós e que é usado como alvo de diversos estudos filosóficos e até como um oráculo. Em 21 de julho de 2016, em Hong Kong, um líder da tríade foi preso no aeroporto da cidade, logo após ter chegado da Tailândia. Kwok Wing Hung, que foi apreendido tinha então 58 anos de idade e foi acusado de dois diferentes tipos de conspiração, além de intimidação criminosa. Segundo investigações da polícia, Wing teria tramado uma conspiração junto a um superintendente idoso e reformado de Hong Kong, para roubarem uma baita soma de dinheiro, cerca de 425 milhões de reais e teriam conspirado uma fraude para ser executada na cidade de Macau. Kwok Wing Hung não era um qualquer um, era um Dragon Head, na facção, sendo lider de doze facções da Tríade.
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No século XIX a Europa passava por grandes transformações provenientes da luta contra o antigo regime e a instalação de regimes liberais.Nesse processo, várias nações experimentaram crises econômicas que motivaram a  formação de grupos de imigrantes que tentavam outra vida no continente americano. Entre outras nacionalidades, os italianos foram responsáveis pela chegada de mais de quatro milhões de viajantes ao continente americano. Na maioria dos casos, tratava-se de camponeses pobres vindos das regiões da Sicília, Nápoles e da Calábria. Longe de sua terra natal, muitos desses imigrantes se reuniam em bairros que, em pouco tempo, se tornaram guetos com italianos dispostos a superar as hostilidades de seu tempo. Preservando características das relações sociais enraizadas em sua terra natal, buscaram a mesma ascensão e o prestígio anteriormente conquistados por judeus, alemães e irlandeses.
A condição econômica um pouco mais privilegiada de certas famílias italianas acabou impondo relações de poder semelhantes àquelas impostas dos grandes latifundiários sobre os pequenos camponeses. Através da violência, empréstimos e atividades econômicas ilegais essas famílias um pouco mais privilegiadas formaram as máfias que seriam tão conhecidas nas primeiras décadas do século XX. Nesse período, a chamada mão negra foi a primeira organização criminosa formada por várias famílias sicilianas. Inicialmente, Giuseppe Lupollo, Mont Tennes e Big Jim Colosimo foram os grandes nomes da máfia responsáveis por coordenar a jogatina, as extorsões e a prostituição nos grandes centros urbanos como Chicago e Nova York. Depois da primeira guerra mundial, a história da máfia norte americana sofreu grandes transformações, principalmente com a implantação da Volstead Act, lei que em 1920, proibia a venda e transporte de bebidas alcoólicas nos Estados Unidos.
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A proibição se deu no mesmo período em que a euforia do "american way of life" dava seus primeiros sinais de crise, impulsionando o envolvimento de diversas gangues com o tráfico e a distribuição de bebidas em todo território nacional. Foi nessa época que os nomes de Frank Costello, John Torrio e Al Capone se tornaram grandes ícones da máfia norte americana, acompanhando os enormes lucros, a concorrência de outra máfia e a perseguição das autoridades promoveu diversos assassinatos e sequestros. Nos anos 30, o fracassado esforço moralizante da lei seca obrigou as autoridades do país a realizarem uma reforma da lei a ser publicada no ano de 1933. Pela nova emenda, o comércio e a fabricação de bebidas voltou a ser legalizada e, com isso, a maior fonte de lucros da máfia seria extinta. Aliado a tal fato, os efeitos do crash de 1929 obrigaram os mafiosos a investir em outras atividades que pudessem ainda sustentar as famílias e seus vultosos lucros.
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A dificuldade econômica trouxe o acirramento entre as diferentes gangues que buscavam preservar cada palmo de suas áreas de influência. A guerra entre Giussepe Masseria e Salvatore Maranzano foi uma das mais conhecidas disputas acontecidas nos primeiros anos de 1930. Depois disso, a nova era na máfia abandonou as rixas pessoais e a influência de poder local, para se infiltrar nos cargos públicos e em redes de crime muito mais amplas. As novas gerações da máfia foram compostas por figuras que completaram seus estudos e, a partir de então, puderam estabelecer vínculo com juízes, policiais e procuradores de justiça. De fato, a máfia da década de 1930 foi mais discreta e articulada, não realizando ações criminosas à luz do dia ou promovendo espetáculos na época.
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A yakuza é um componente do imaginário não só de japoneses, mas de boa parte do mundo. Isso porque a controversa organização mafiosa japonesa é mundialmente conhecida por suas atividades ilegais no mercado negro. Além disso, o rigoroso código de conduta e a força no território asiático são destaques na história do grupo. Os membros da máfia se autodenominam uma ninkyõ dantai, ou organização cavalheiresca, a definição da polícia para o grupo é bõryokudan que significa grupo de violência. Presentes até mesmo no mundo ocidental, a máfia japonesa tem um grande repertório para crimes, chegando até mesmo ao tráfico internacional de mulheres, mas também surpreende em ações de solidariedade.
A yakusa tem 103 mil pessoas filiadas, segundo estimativas do governo japonês, na gangue destacam-se quatro famílias. A maior é a yamaguchi gumi com 40 mil membros espalhados por 750 clãs, após a segunda guerra mundial, a gangue chegou a ter 184 mil pessoas, para se ter ideia a polícia do japão tinha, em 2010, 291 mil homens. Os membros são tatuados por meio de uma arte artesanal chamada de irezumi, a prática é tomada como sinal de bravura dos componentes, já que o processo causa muita dor. A yakuza ganhou muitas manchetes após o tsunami de 2011, que devastou parte do litoral japonês. O grupo chegou à região atingida para auxiliar as vítimas antes mesmo das equipes do governo do Japão.
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Há dentro da yakuza uma corrente de pensamentos que diz que os membros são descendentes dos samurais Kabuki mono, que viveram no século XVII e atuaram como ronins. Basicamente, eles participavam de atividades criminosas e viviam em comunidades dedicadas à gestão de jogos de azar. Uma das práticas criminosas da Yakuza é o tráfico internacional de mulheres, basicamente os mafiosos iludem jovens, especialmente latino americanas, com promessas de carreiras bem sucedidas e levam nas para o Japão. Em território nipônico, as vítimas são forçadas a serem escravas sexuais de membros a gangue ou seus clientes. Uma reportagem publicada pela britânica BBC em janeiro de 2019 contou a história de uma brasileira que sofreu com escravidão sexual depois de ser enganada pela Yakuza. A escravidão sexual não é restrita apenas às estrangeiras, membros da máfia consentem que suas filhas e esposas sejam tratadas como escravas sexuais e estupradas incontáveis vezes por outros pertecentes à gangue. Um caso emblemático é de Shoko Tendo, que foi estuprada durante cinco anos por vários membros da Yakuza com consentimento de seu pai. Ela se tornou viciada em drogas que eram dadas pelos próprios homens que a agrediam e precisou passar por uma série de cirurgias para se recuperar da brutalidade.
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A organização de poder dentro da Yakuza seria uma espécie de pirâmide, com o chefe principal denominado oyabun, os kobun lideram vários capangas e detêm muito poder, mas todos eles devem lealdade ao oyabun. As leis do grupo, basicamente, rezam que todos os seguidores têm o dever de manter se fiéis e obedientes ao grande chefe mesmo que isso signifique sacrificar a própria vida. Na Yakuza, qualquer insubordinação ou falha em tarefas designadas pelos chefes são punidas com a amputação de parte dos dedos, especialmente o mindinho. A tradição vem da era Meiji, quando amputava-se alguém para que ele se tornasse mais dependente de seu superior. Na sociedade japonesa, pessoas sem dedos são associadas à máfia e sofrem muito preconceito, por isso o mercado de próteses dessas partes tem grande proeminência.
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A máfia irlandesa, em inglês, Irish Mob, é a mais antiga organização criminosa atuando nos Estados Unidos desdes o século XIX. Com origem em gangues américo irlandesas, a máfia irlandesa operava em cidades como Boston, Nova York, São Francisco, Nova Orleans, Cleveland, Filadélfia, Providence, Kansas City, St. Louis, Atlantic City e Chicago. Boston tem uma longa história no que diz à importação de máfia irlandesa, particularmente nas áreas do Irish Somerville, Charlestown e South Boston, onde os primeiros gangsters irlandeses foram organizados durante o periodo da lei seca. Frank Wallace da "gustin gang" dominou o submundo de boston até sua morte, quando em 1931, foi morto por gangsters italianos em North End. Durante os primeiros anos do século XX, inúmeras guerras entre gangues rivais na mesma comunidade irlandesa, favoreceram seu declínio. A winter hill gang, uma confederação irlandês americano e italo americanos na área de Boston, era uma das principais organizações criminosas dos anos 1960 até meados dos anos 1990, o nome vem do bairro de Winter Hill de Somerville, ao norte da cidade de Massachusetts.
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Durante a época que precedeu a lei seca, gangues de rua irlandeses como os Forty Thieves, I Dead Rabbits e outros dominavam o submundo de Nova York e lideraram por quase um século, antes de lidar com a chegada de outros grupos, principalmente italianos e judeus durante os anos de 1880 e 1890. Em razão de líderes instáveis, com o avanço das famílias mafiosas italianas e com as atividades da Mão Negra, a máfia irlandesa começou a perder o seu domínio em Nova York. Durante os anos 20, Bill Dwyer emergiu como líder entre os gangsters irlandeses, fazendo do contrabando ilegal o seu maior negócio, ele era famoso por usar seus lucros, comprando propriedades de clubes esportivos, incluindo o New York Americans e o Pittsburgh Pirates da NHL, mais tarde, após sua prisão e julgamento por violação do Volsted Act, durante 1925 e 1926, as filiais de seu grupo foram divididas entre Owney "the killer", madden, ex lider da gangue Gopher e Frank Costello contra Jack "legs" diamond, "little" Augie Pisano, Charles "Vannie" Higgins e Vincent "mad dog" Coll.
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Já aqui no Brasil a máfia nasceu com o jogo do bicho e, nos últimos anos, viram seus lucros irem às alturas com as máquinas caça níqueis instaladas em cada padaria da maioria das cidades brasileiras. Muito antes disso, o jogo já estava sob o controle dos "banqueiros" do bicho, que nos anos 1930 se associaram a escolas de samba. Quando veio a proibição, eles se reorganizaram. Infiltrados na polícia e na política, enriqueceram com jogos de azar, carnaval, casas de shows, contrabando e, depois, tráfico. Uma das últimas vítimas da recorrentes disputas entre os bicheiros foi o filho do contraventor Rogério Andrade. Em abril, Diogo, 17 anos, foi morto em um atentado a bomba. O alvo era seu pai, os assassinos eram policiais interessados em controlar parte dos pontos de caça níqueis na zona oeste do Rio de Janeiro, território antes dominado por Castor de Andrade, tio de Rogério e o mais influente bicheiro, morto em 1997.
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Antonino Salamone "diretor" da Cosa Nostra, refugiou se no Brasil após a máfia siciliana matar sete policiais em 1963 e aliou se a Castor. Nos anos 1970, Tommaso Buscetta tentou criar uma escala do tráfico para os Estados Unidos em São Paulo, mas acabou preso em 1983, abriu o bico e transformou se em peça chave para a condenação de mais de 300 mafiosos em Palermo. Já nos anos 1990, um emissário de Totó Riina comprou as 35 mil primeiras máquinas de caça níqueis do país. Do Rio, o jogo do bicho logo se espalhou pelo Brasil.
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Ficha : Leônidas Blacklagoon
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— Nome:
Leônidas Blacklagoon
— Idade:
30 anos
— Facção:
Caos
— Dia e Mês de nascimento:
05/02
— Gênero:
Masculino
— Orientação Sexual:
Assexual 
— Cast:
Tyler Hoechlin
— Personalidade:
Leônidas é capaz de se socializar com muita facilidade, entretanto ele só o se necessário — normalmente quando está afim de fazer novos contatos, raramente sente vontade de criar um lanço íntimo com outras pessoas; seu maior e único exemplo de socialização desnecessária são seus companheiros de bebida já que esse tipo de relação dura somente uma noite ou até ele não aguentar a companhia de gente bêbada ao lado dele.
Se acostumou com a solidão e o silêncio, e agora os aprecia o que o causa o seu isolamento social.
Um homem com uma paciência mediana e um nervo de aço que o faz não perder a calma em momentos críticos.
Normalmente carrega uma expressão neutra, até porque é alguém calmo, mas ao mesmo tempo fechada e isso leva muitos a terem a impressão de que ele alguém grosso/desrespeitoso, mas contradizendo essa primeira impressão ele tende a ser educado com quem conversa, grosseria gratuita não é com ele, entretanto caso desrespeitado ele é rápido em dar uma resposta à altura.
Desconfiado por natureza, Leônidas está sempre alerta em relação às pessoas a sua volta, sempre pensando nelas como potenciais inimigos; essa baixa capacidade de confiar nos demais fez com que ele preferisse trabalhar sozinho sendo que os únicos times os quais ele participou foram com seu mestre e os soldados de Nataria — no caso do exército funcionava somente porque eles tinha linha de ações pré-definidas. Dito isso, é necessário dizer que uma vez quebrada é quase impossível recuperar a confiança de Leônidas.
Durante toda sua vida viu a realidade em sua forma mais verdadeira e cruel, e por isso ele é dono de grande uma consciência social — sabe das injustiças desse mundo e como ele é desigual — e por isso ajuda quem precisa, mas de forma indireta para que ele não chame atenção.
Acredita que a justiça pode ser feita somente pelos fortes/poderosos por acreditar que eles são os únicos que tem o necessário para mudar o mundo, devido ao que passou na infância ele não acredita na força do povo.
Dono de uma memória excelente, Leônidas é muito confundido com um gênio, mas a verdade é que sua inteligência é padrão, na verdade, o que sempre o salva de enrascadas e em lutas é sua capacidade de criar planos de última hora, uma característica que provem de seu gênio engenhoso e esperto, ambos características que fazem com que ele percebe brecas em tudo e saiba usá-las ao seu favor.
Racional? Não, consciente. Leônidas não é alguém que fará tudo em nome de suas emoções, entretanto ele não pensa em cada passo que dá; por isso ele se considera consciente das consequências de boa parte de suas ações, de um modo geral e por isso tende a não fazer coisas estupidas em nome de suas emoções.
Há uma parte da personalidade de Leônidas que ele mantém oculta até que seja necessário usá-la. Nascida na época em que ele treinava em um ambiente extremamente competitivo onde perder trazia consequências trágicas, essa parte da personalidade de Leônidas é descrita como um caçador perfeito que usa de um instinto predatório aliada à racionalidade humana; tudo isso sustentado por uma autoimagem de um ser divino, absoluto e invencível que busca sempre pela vitória, tendendo não medir meios para alcançá-la.
Essa parte dele é acionada quando Leônidas se vê sem escolhas e a derrota trará uma consequência terrível.
— Marca:
A marca de Leônidas cobre boa parte de seu peito esquerdo; a borboleta negra se estende por onde o coração se encontra e os três círculos na mesma cor ficam em volta com um pequeno espaçamento entre elas.
Leônidas ao olhar para sua marca sempre pensa em como ela é irônica, porque ao mesmo tempo que é ela que faz com que seu coração funcione perfeitamente ela faz com que seu peito pareça um alvo esperando por um arqueiro habilidoso acerta-la.
— Atualmente em chamado?
Não
— Número de chamados:
São quatro , sendo eles:
1)Aprendizado 
2)
Ospyon confiou nas habilidades naturais de Leônidas com a criação de ilusões e ordenou que ele roubasse uma joia antiga que estava em posse de uma família nobre de Nataria — onde ele achou uma brecha para ajudar sua antiga trupe —e usar esse fato para convencer um arcano a ser seu mestre.
A primeira parte demorou somente um dia e causou um grande desgaste ao corpo de Leônidas, já a segunda parte demorou sete meses, sendo dois deles somente para convencer seu mestre e treina-lo.
3)
A tarefa mais difícil até agora devido à inexperiência de Leônidas na manipulação das águas e junto a isso ele fora obrigado a encontra a nascente do rio sentindo a energia da água até que achasse o ponto perfeito para fazer a divisão do rio. Isso tudo levou cinco meses, que Leônidas contou cada segundo porque na época a saúde de seu mestre já estava deteriorada.
A finalização dessa tarefa trouxe o caos para uma cidade ridiculamente rica já que o rio principal era o que abastecia a cidade.
4)
Com vinte anos Leônidas ficou encarregado de salvar um nobre de ser morto a fim de impedir uma guerra, para isso ele impediu uma parte do grupo de assassinos fazendo um dos barcos afundar e os membros restantes ficaram vagando pelos corredores do castelo por dias. Mas como o deus sabia, com isso feito outra guerra aconteceria.
— Idade em que recebeu a marca e circunstâncias:
Quinze anos.
Leônidas estava na beira da morte, por mais que parecesse saudável, em cima de um telhado enquanto tentando se aclamar do medo de morrer que o preenchia Ospyon apareceu para ele oferecendo-o um modo de cura-lo — por isso que a marca de encontra no peito esquerdo de Leônidas, é ela que mantém o coração dele funcionando perfeitamente —, mas como consequência Leônidas teria de responder os chamados. Claro, com o medo estampado nos olhos, Leônidas aceitou sem pensar duas vezes.
— Gostos:
Calor, mar, lagos, nadar, mapas, laranja, movimento, escalar árvores, velocidade, caligrafia*, máscaras, tempestades.
*Apesar de ter sido alfabetizado somente enquanto treinava para ser um soldado a caligrafia de Leônidas é perfeita
— Desgostos:
Monotonia, frio, tédio, não saber/entender, livro extremamente longos e confusos, monstros que voam, ser desafiado/ameaçado.
— Como seu personagem se sente sobre o deus que lhe deu a marca e sobre deuses em geral:
Leônidas não era ligado muito à religião e por isso cresceu sentindo uma certa indiferença aos deuses e as histórias que eles traziam, mas uma opinião que nunca mudou foi o fato de ele pensar que os deuses são seres ridiculamente poderosos, mas que mesmo assim não foram capazes de abandonar as características humanas sendo eles assim falhas e/ou incompletos. A segunda visita de Ospyon só reforçou isso quando o deus se sentiu ofendido quando Leônidas o chamou de falho e o comparou com um ser humano rico, entretanto ele ainda deve ao deus por tê-lo salvado.
Leônidas não admira o deus que o salvou, só sente um dever de obrigação com ele, por isso a relação dos dois é definido mais como um mestre e subordinados onde raramente são feitos outros contatos além dos feitos para a demanda de algum chamado. Mas se há algo que Leônidas gosta em Ospyon é o quão consciente o deus da ilusão é em relação à realidade do mundo.
— Hobbies e Interesses:
Colecionar máscaras. Leônidas não sabe explicar de onde surgiu esse interesse, mas ele adora o significado de uma máscara e quanto isso se aplica no cenário atual da humanidade, mas não é somente beleza que ele vê é uma máscara, mas também sua história e significado (Por causa disso que ele usa uma sempre que está em algum chamado).
Nadar. Algo que levou da época de aprendiz de pescador foi o gosto por nadar e a liberdade que a água dá.
Colecionar mapas. A memória de Leônidas o fez ficar interessado em decorar mapas, e mesmo que seu arsenal não seja grande os poucos que tem foram muito bem memorizados.
Histórias.
Bestiários. É um interesse novo adquiri conhecimento sobre monstros, mesmo que já tenha enfrentado vários.
— Família, amigos e outros personagens relevantes:
Cassandra Blacklagoon (Mãe, 60 anos):
A relação entre os dois é de uma forte relação entre mãe e filho, até hoje ele deve à mãe o que lhe restou de bondade, assim como também que foi ela que o fez abrir os olhos para o mundo.
Até hoje visita a mãe para saber como ela está, assim como para deixar dinheiro para que ela tenha uma vida tranquila.
Cast: Helen Mirren 
Edward Blacklagoon (Pai, 75):
A relação entre os dois é uma relação típica entre pai e filho, Leônidas tem uma grande admiração pelo pai e sempre o agradece por tê-lo ensinado as habilidades de um pescador e navegador.
Até hoje visita o pai para saber como ele está, assim como para deixar dinheiro para que ele tenha uma vida tranquila.
Cast: Harrison Ford
Duncan (Mestre, Morto):
Inicialmente a relação dos dois foi conturbada, até porque foi uma mudança de vida para ambos, mas conforme o tempo passava ambos eram como unha e carne, por mais que Leônidas não admitisse isso.
Até hoje visita o túmulo do mestre em Dabria para deixar flores e uma moeda de ouro.
— Ocupação:
Mercenário
— Cidade de Origem:
Nataria
Patrono: Ryuzan (Transformação)
Sistema Político: Oligarquia
Nataria fora inicialmente uma cidade portuária de porte mediano localizada no Leste do continente tendo Dabria e Pelgeria como seus vizinhos mais próximos — mesmo que esses estejam relativamente longe, com uma economia baseada nos produtos provenientes do mar, entretanto sua recente expansão territorial para dentro das florestas tropicais fez com o mercado de frutos e tecidos entrassem em ascensão, sendo o segundo o único que suporta a exportação. O seu afastamento geográfico das outras cidades fez com que sua economia estivesse sempre na corda bamba, entretanto essa entrou em declínio após a queda da monarquia e da família real.
Como toda cidade, Nataria sofria com a divisão das três classes sociais, entretanto desde a queda da coroa as diferenças entre as três classes se mostram gritantes; a divisão social modificou a arquitetura da cidade, onde  a expansão territorial para as florestas é proveniente do isolamento da nobreza e do clérigo faz uso de uma arquitetura onde é aproveitado as grandes e altas árvores e as fontes naturais de água e as áreas mais pobres não passam de um amontoado de casas que formam uma espécie de labirinto confuso e perigoso, exceto a área comercial que é bem organizada e policiada.
O poder bélico de Nataria é limitado e mal divido, sua maior parte se encontra dentro da área nobre e na fronteira entre as duas áreas da cidade, os poucos que ficam na parte portuária tendem a não fazer muito, é dito que essa área está sob a justiça do povo.
— História:
Nataria é uma cidade que põe à prova a sorte de todos fadados a nascer lá, uma cidade onde somente a alta classe desfruta de uma vida verdadeiramente tranquila e as classes restantes são postas à cara da sobrevivência, tudo isso devido às grandes diferenças sociais; Leônidas, como a maioria, teve o infortúnio de nascer junto às classes mais baixas, onde ele pôde ver a realidade em sua forma mais verdadeira e cruel.
A infância de Leônidas teve grande influência do pai com quem passava a maior parte do tempo e quem o ensinou os ofícios de um típico pescador de Nataria, mas uma criança nunca poderia participar realmente das atividades; após uma certa idade ele pôde ajudar o pai, mas somente na área das entregas, e foi nessa época que ele viu as consequências de uma sociedade desigual — mesmo que por ser uma criança ele não entendesse completamente o porquê isso acontecia —, sem o pai para protege-lo ele era alvo de inúmeras pessoas desesperadas por um pouco de comida, entretanto haviam poucas pessoas que conheciam os caminhos e atalhos daquela cidade tão bem quando Leônidas, uma criança de despojava de uma excelente memória desde cedo, somente um grupo causava problemas a ele, uma trupe de órfãs que usavam dos mesmos atalhos, tendo por poucas vezes saído vitorioso.
Na época em que ele tinha sete anos, Leônidas e a mãe sofreram com a falta de comida devido à ausência do pai em decorrência de uma viagem prolongada pelo tempo ruim; ambos aguentaram bastante, mas a mãe de Leônidas ficou doente e ele sentiu o desespero que as pessoas que o perseguiam sentiam e sem mais escolhas ele recorreu ao roubo. Leônidas não hesitou em fazer o seu primeiro roubo, sabia que não seria pego, mas no caminho ele encontrou a trupe de órfãs e pela primeira vez entendeu o porquê de eles fazerem o que faziam.
Conforme os anos passavam ele ficava cada vez mais amigo dos membros da trupe, até que entrou para ela, não porque ele precisava, mas porque queria ajudar quem precisava, assim como sua mãe o ensinara.
Nesse tempo ele passou a compreender cada vez mais a realidade que o cercava.
Aos treze anos ele recebeu uma excelente proposta de treinar para virar membro do exército de Nataria e cuidar da parte nobre da cidade, uma oportunidade de ouro, mesmo relutante por deixar para trás quem amava, ele aceitou.
A época de treinamento foi árdua, treinar em um ambiente onde subir e descer de enormes árvores era uma necessidade primordial para o deslocamento faria qualquer ficar cansado, entretanto conforme o tempo passava ele se sentia mais cansado, o efeito oposto dos demais, só que valia à pena todo esse sofrimento. Mesmo em treinamento as obrigações de Leônidas incluíam as mesmas de um soldado oficial, felizmente nos primeiros anos nada aconteceu, caso contrário ele provavelmente estaria morto.
Quando completou quinze anos ele se tornou um soldado oficial e recebeu sua primeira missão: entregar os tecidos fabricados à Dabria. Apesar de todo o treinamento ele sentiu o peso da longa viagem e pouco depois e chegar desmaiou, felizmente não havia lugar melhor para isso acontecer e lá ele descobriu que seu coração estava falhando aos poucos e em poucos dias ele pararia definitivamente.
O choque de saber que morreria o fez prolongar a sua estadia em Dabria, principalmente porque não queria morrer no meio do caminho e devolver aos seus pais somente o seu corpo sem vida, e em sua última noite ele ganhou a sua marca e recebeu sua primeira missão.
O deus afirmou que Leônidas tinha um talento natural para criar ilusões, já que, como o próprio deus disse, é mais fácil moldar a realidade quando se conhece a sua verdadeira forma, entretanto ele não se limitou a cumprir somente a sua tarefa, que o levou de volta à Nataria, como também ajudou a trupe à achar rotas de invasão para a parte nobre da cidade que até então era intransponível para eles. Feito isso ele partiu para a segunda parte de sua missão: achar o seu mestre.
Durante cinco meses ele caminhou até a direção que lhe foi dita, mas ele levou dois meses para convencer o homem de meia-idade a ser seu mestre.
Os anos seguintes se passaram com ele sendo o ajudante de seu mestre, um mercenário que se recusava a abandonar essa vida a fim de ter uma emoção diferente por dia, onde aprendeu inúmeras coisas, como luta, estratégias, criar contatos e tudo o que um mercenário precisa para sobreviver nesse mundo. Na cabeça de Leônidas ele nunca construiria uma relação profunda com o mestre, mas quando o mesmo partiu ele percebeu a falta que o homem fazia e por isso decidiu continuar a vida como mercenário em memória ao chefe.
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bilgates · 3 years
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Cancelamento do Censo do IBGE pode deixar país 'no escuro' sobre número de crianças fora da escola e de analfabetos
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Ausência de dados poderá afetar análise de políticas implementadas há 10 anos e planos para ações futuras, segundo especialistas ouvidos pelo G1. Sem dados do Censo, gestores terão dificuldade de elaborar políticas públicas direcionadas à melhoria da qualidade do ensino. Eduardo Paiva / TV Globo A suspensão do Censo Demográfico, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), poderá deixar os municípios brasileiros “no escuro”, segundo especialistas ouvidos pelo G1. Eles afirmam que faltarão dados e referências para comprovar se as políticas aplicadas nos últimos 10 anos surtiram efeito, e apontam que não haverá informação para formular ações para o futuro. O Censo é uma pesquisa realizada a cada 10 anos pelo IBGE. O levantamento faz uma ampla coleta de dados sobre a população brasileira e permite traçar um perfil socioeconômico do país. “É por meio dos dados do Censo que se distribuem os recursos para educação, saúde, assistência e todas políticas públicas. Para quem quer acabar com essas políticas, não realizar o Censo é o passo primeiro”, diz André Lázaro, diretor de Políticas Públicas da Fundação Santillana. O caráter “censitário” da pesquisa significa que uma parcela significativa da população seria ouvida, diferente das pesquisas por base amostral, com uma parcela da população. Nos dados sobre educação, o Censo mapearia o analfabetismo, indicando quantas pessoas não sabem ler em cada bairro, por exemplo. Também captaria informação sobre a escolaridade, cruzando dados com a idade da população, indicando quantos adultos em cada cidade não concluíram os estudos. Além disso, poderia apontar o número de crianças fora da escola, indicando a demanda de vagas por creches. O Censo foi suspenso porque o Orçamento de 2021, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro na quinta (22), não prevê a inclusão de recursos para a realização da pesquisa, como mostra o vídeo abaixo. A coleta de dados já havia sido adiada de 2020 para 2021 e uma nova data para a realização ainda não foi anunciada. A divulgação dos dados estava prevista para 2022. Governo diz que Orçamento não prevê recursos para o Censo e que pesquisa não ocorrerá em 2021 “O Censo investiga, entre outros temas, a escolaridade das pessoas, em nível de municípios, e o analfabetismo, em nível de bairros. A partir do Censo, também conseguimos traçar o perfil etário de municípios e bairros do país, o que ajuda no mapeamento da demanda por escolas”, informou o IBGE.
“Além disso, há uma série de cruzamentos entre os dados educacionais e a cor, o sexo, a ocupação e as faixas de renda da população”, explicou o instituto. Sem o detalhamento, o país fica sem saber onde estão os 69,5 milhões de adultos acima de 25 anos que não completaram a educação básica em 2019. O número representa 51,2% da população adulta. Também não é possível detalhar onde estão os 11 milhões de brasileiros acima de 15 anos que não sabem ler e escrever. Os números são de outra pesquisa do IBGE, a Pnad Educação, feita anualmente. A mais recente foi divulgada em julho de 2020, com dados de 2019. Segundo o instituto, “o Censo consegue apurar esse dado em níveis geográficos muito mais detalhados: o analfabetismo é apurado em nível de bairros e a escolaridade, em nível de municípios, o que é muito importante para as secretarias estaduais e municipais de Educação”, diz o IBGE. Em uma carta-aberta, os ex-presidentes do IBGE afirmam que, sem o Censo, “o Brasil se junta ao Haiti, Afeganistão, Congo, Líbia e outros estados falidos ou em guerra que estão há mais de 11 anos sem informação estatística adequada para apoiar suas políticas econômicas e sociais.” Municípios ‘no escuro’ Natuza Nery sobre cancelamento do Censo 2021: ‘Negacionismo social e econômico’ Joice Melo, pesquisadora do Núcleo de Estudos de População Elza Berquó (Nepo) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), afirma que sem o Censo Demográfico, as cidades ficarão “no escuro” pela ausência de dados. “Deixar de realizar o censo demográfico deixa basicamente as municipalidades no escuro. O Censo Escolar, por exemplo, que é feito pelo Inep [órgão vinculado ao Ministério da Educação] só capta quem está no sistema e é um registro administrativo, feito por secretários das escolas. Não há informações sobre renda da família do aluno, a declaração sobre raça e cor é bem precária e, muitas vezes, não é preenchida”, afirma. Para André Lázaro, da Santillana, haverá consequências para a falta de dados. “A ausência de um Censo neste início da terceira década do século 21 traz graves e nefastas consequências para o país e pune com mais severidade a população mais pobre”, afirma. “Indicadores educacionais demandam o trabalho meticuloso, distrito a distrito, para que seja possível identificar as condições objetivas das desigualdades brasileiras, que são muitas. A negação da realização do Censo Demográfico demonstra uma falta de apreço à própria população brasileira.” Lucas Fernandes Hoogerbrugge, líder de Relações Governamentais na organização Todos Pela Educação, compara a suspensão do Censo à navegação sem instrumentos. “A gente navega em um mar sem visão. Não sabemos onde estamos indo”, compara. Ele destaca que o Censo traz informações mais consolidadas com informações sobre a família, a residência, além da vida escolar – e tudo isso ajuda a definir as políticas públicas de educação. “Além disso, não vamos saber uma série de dados educacionais que vão me permitir dizer se fizemos a política certa nos últimos 10 anos”, analisa. “Vamos ficar só com dados amostrais, em que os estatísticos acabam fazendo projeções, que precisam ser calibradas de tempo em tempo. O Censo não precisa disso. Mas sem ele, hoje estamos no escuro, não vamos saber dados por município e isso atrapalha o planejamento da expansão da oferta da educação infantil”, afirma. VÍDEOS: Saiba mais sobre Educação S
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inspirhays · 3 years
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ARQUITETURA
Metabolismo Japonês
>Uma tentativa de criar uma arquitetura capaz de suprir questões de infraestrutura urbana
>ESPAÇO+FUNCIONALIDADE
"O Movimento Metabolista surgido no Japão em meados da década de 1960 do século XX teve como um de seus grandes idealizadores o arquiteto Kenzo Tange que, a partir de um olhar atento à crise concernente à falta de territórios para a expansão das megalópoles japonesas, buscava através da arquitetura, das grandes infraestruturas, dos grandes recursos de engenharia e de um ideal de intervenção em megaescala, respostas projetuais possíveis. A alternativa imediata à qual se dedicavam os arquitetos metabolistas japoneses consistia na inevitável ocupação dos oceanos enquanto interface para a construção de uma "nova civilização". Muitos projetos foram desenvolvidos com este horizonte como emblemático Planejamento para a Nova Baía de Tokio. A pré-fabricação era considerada a solução paradigmática para problemas de grandes escalas, e a elaboração de sistemas de ampliação utilizando adições sucessivas de componentes celulares geriu todo um imaginário de concepção projetual para uma grande parte dos arquitetos. O conceito "metabolista" considerava que edifícios e espaços urbanos estariam sujeitos às mesmas lógicas do crescimento natural e biológico que agenciavam os organismos vivos.
Características da condição urbana daquele momento histórico pós-Segunda-Guerra incluíam a recuperação econômica e a rápida modernização e capitalização das grandes cidades e um processo de reação à ineficácia dos métodos de planejamento urbano tradicional diante da caoticidade dos sistemas urbanos. Novos esforços deram origem a novos métodos emergenciais que buscavam resolver problemas extremamente complexos utilizando métodos sistemáticos de desenho. Sob uma influência do pensamento emergente pós-moderno, encontramos traços de uma abertura participativa e de valorização individual manifesta no desejo de oferecer, através destes métodos sistemáticos, a possibilidade de que cada indivíduo pudesse criar sua própria habitação de acordo com o seu gosto e capacidade econômica. Princípios do metabolismo em organismos vivos, como os ciclos de vida e adaptação, eram recuperados e reinseridos numa nova perspectiva projetual fundada na modulação estrutural como mecanismo de potencialização do crescimento, expansão, retrações e transformação do organismo urbano.
Autores consideram ter havido, em função da proximidade entre Kenzo Tange e Le Corbusier, uma transferência de influências deste último e paralelamente da ideologia do Estilo Internacional para os arquitetos Metabolistas. Não resta dúvida de que projetos do arquiteto suíço no Japão como o Museu de Arte Moderna de Tokio se tornou uma grande referências para a arquitetura japonesa. No entanto, percebemos que os projetos metabolistas possuem um expressionismo formal mais acentuado, desdobrando em um tipo de arquitetura que exalta o protagonismo da estrutura enquanto linguagem construtiva. É possível considerar um relativo distanciamento das obras japonesas do metabolismo diante do modernismo europeu, principalmente levando em conta a interpenetração de conceitos da arquitetura moderna com elementos da cultura tradicional japonesa. As soluções geométricas japonesas eram mais declaradas e dotadas de uma proposta de ordenação estrutural muito mais rigorosa. Apesar da influência da cultura ocidental no oriente, seja na economia ou nos hábitos locais, os projetos japoneses avançaram no que se refere a uma visão mais dinâmica de sociedade, operada por mecanismos capazes de gerenciar o constante desenvolvimento, evolução e mutação dos sistemas sociais e urbanos. Havia propostas para cidades oceânicas, aéreas e suspensas, com unidades diferenciadas para a alocação de residências, espaços produtivos que incluiam a agricultura, indústrias, centros comerciais e de serviços.
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Alguns dos principais arquitetos deste movimento eram: Kiyonori Kikutake, Kisho Kurokawa, Masato Otaka, Fumihico Maki e Noburu Kawazoe. Não seria exagero considerar que o Metabolismo foi um dos momentos mais relevantes na evolução da arquitetura japonesa do século XX, notadamente em função da elaboração de projetos que articulavam problemas complexos através de uma apropriação tecnológica surpreendente.
Devemos pontuar que havia simultaneamente uma tecnolatria exagerada e uma crença exacerbada em um tipo de revolução tecnológica que suportaria a demanda pelo planejamento sistemático, oferecendo respostas práticas para questões energéticas, pelo crescimento continuo e ordenado. Arata Isozaki desenvolveu uma repertório teórico importante voltado para a quanto a concepção de mega-estruturas transformáveis, e deve ser considerado como uma das importantes referências para o entendimento do movimento Metabolista observado a partir de suas propostas projetuais.
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A Exposição Universal de Osaka em 1970 foi um evento crucial para dar mais visibilidade para o pensamento e as propostas Metabolistas. O Pavilhão Japonês concentrou seus esforços em apresentar à comunidade internacional possíveis soluções arquitetônicas para a resolução de problemas complexos de projeto tendo em vista a aplicação de processos sistemáticos de planejamento. O pavilhão japonês consistia em uma grande infraestrutura articulada elaborada como um experimento prático ou um protótipo de racionalização de componentes projetuais vinculados à eficiência funcional e logística. Era composto por grelhas treliçadas obtidas com juntas articuladas e tubos de aço pré-fabricados rapidamente encaixáveis. Foi uma das primeiras e mais significativas expressões do ímpeto da modernização japonesa. A Exposição Universal de Osaka pode ser considerada, assim como outras exposições do mesmo gênero, como um mostruário de tipologias formais alternativas geradas pelas novas tecnologias construtivas tais como: coberturas gigantes, balões infláveis, edifícios escalonados, pirâmides de cristal, etc.
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Outro importante projeto da arquitetura Metabolista japonesa que cabe destacar aqui em nossa breve passagem pelos princípios e ideais deste movimento, é o Plano de Crescimento da Baía de Tokio elaborado por Arata Isozaki em 1960. Foi uma das grandes propostas de intervenção urbana realizada pós-Segunda-Guerra, na qual alguns autores identificam uma relação direta com a Ville Radieuse de Corbusier (proposta em 1934), um dos últimos projetos de planejamento urbano utópico da era moderna. Naquela época, a área compreendida pelas cidades de Tokio e Yokohama já possuia uma impressionante população de 13,5 milhões de habitantes. Neste projeto, um grande eixo cívico suspenso sobre a água ordenava a distribuição das atividades. Nele seriam implantados núcleos residenciais verticais autônomos. Assim como a Ville Radieuse, o Plano Obus para a cidade de Argel, elaborado por Le Corbusier, é também identificado como um antecedente importante ao Plano da Baía de Tokio. Novos modelos de assentamento urbano foram propostos, desenhados de forma a se fundir em um organismo unitário de escala urbana enorme, revelando sim a megalomania da influência de Le Corbusier nesta fase da arquitetura japonesa.
Outros projetos que merecem destaque no movimento da arquitetura Metabolista, e que talvez possa ser do interesse de quem pretende aprofundar no tema, é a torre Takara Beautilion de Kisho Kurokawa. Nesta torre de apartamentos uma mesma unidade habitacional repete-se com um padrão curiosamente distribuído, assemelhado a um conjunto de células de um organismo vivo, reforçando o desejo de modularidade e organicidade projetual. Seguindo uma linguagem semelhante, outro projeto referencial é a Torre Nagakim, construída em Tokio entre 1971 e 1972. Nesta torre foi realizada a aplicaç��o prática da lógica de agregação celular a partir de estruturas pré-fabricadas. Kisho Kurokawa, idealizador do projeto inspirou-se em princípios biológicos de conexão e permutação para refletir sobre as qualidades e possibilidades combinatórias de "células habitacionais"."
Fonte: https://www.territorios.org/teoria/H_C_metabolistas.html
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umlegadodeesperanca · 3 years
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Na redução da arrecadação fiscal decorrente da redução da atividade econômica, do desemprego e da flexibilização da remuneração dos trabalhadores neste ano de pandemia, então desta maneira foram publicadas as Medidas Provisórias nºs 935 e 936 que garantem a complementação de salários para os trabalhadores que terão suas cargas horárias e remunerações reduzidas por até três meses. Dessa forma, as MPs instituem o benefício emergencial de preservação do emprego e da renda que tomará como base o valor mensal do seguro-desemprego que trabalhadores teriam direito caso fossem demitidos. A medida tem custo superior a R$ 51 bilhões. As reduções estabelecidas são de 25%, 50% e 70% que serão negociados a partir de acordos individuais e coletivos, conforme as faixas salariais dos trabalhadores. O valor da hora de trabalho será preservado. A iniciativa atinge 24,5 milhões de trabalhadores e alcança, inclusive, os trabalhadores domésticos. A MP 936 também permite a suspensão do contrato de trabalho, por no máximo dois meses, com o pagamento de 100% do valor respectivo do seguro-desemprego. No entanto, o valor do seguro-desemprego dos trabalhadores não será impactado. Os recursos utilizados pelo programa serão custeados pelo Tesouro Nacional. Instrumento legal: Medidas Provisórias nºs 935 e 936 (em vigor); >> O Governo anunciou a criação de um auxílio emergencial no valor R$ 200, por pessoa, durante três meses, para apoiar trabalhadores informais, desempregados e microempreendedores individuais (MEIs) que integrem família de baixa renda. A medida vai beneficiar de 15 a 20 milhões de brasileiros e injetar até R$ 5 bilhões por mês na economia custeados com recursos da União; Instrumento Legal: Projeto de Lei (PL);
Um dos grandes desafios para os próximos prefeitos será lidar com uma possível queda na arrecadação de impostos após a pandemia de covid-19.
Com a diminuição da atividade econômica e o aumento do desemprego, a tendência é que os municípios arrecadem menos e, assim, tenham recursos escassos para investir em setores importantes, como educação, saúde e mobilidade.
No geral, a arrecadação das cidades brasileiras se divide entre recursos próprios, como IPTU e ISS, repasses dos governos federal, com o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), e verbas oriundas dos governos estaduais, como uma participação no bolo do ICMS.
O peso de cada um deles depende de fatores como o tamanho do município e a maneira como o tributo é cobrado. Em São Paulo, por exemplo, o IPTU representa 17% da arrecadação, mas, em cidades menores, o imposto chega a apenas 1% da fatia tributária. Por outro lado, um terço dos municípios não tem nenhuma arrecadação própria e depende exclusivamente de repasses federais e estaduais.
"Tirando o IPTU, os outros impostos dependem da atividade econômica, pois incidem sobre o consumo. A maioria dos municípios tem certa dependência dos repasses do ICMS, que é fortemente impactado pela recessão", explica Ursula Dias Peres, professora da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP e pesquisadora do Centro de Estudos da Metrópole (CEM).
"A arrecadação caiu 4%, menos do que os 20% que projetava durante a pandemia. Acreditamos que isso ocorreu por causa do auxílio emergencial de R$ 600. Esse valor acabou mantendo um certo consumo das famílias", diz Peres.
Caso a economia não melhore depois do fim do auxílio, é possível que municípios tenham menos verbas para investir em políticas públicas. "Se não houver um impulso na arrecadação, as cidades só vão conseguir pagar custos fixos, como salários", afirma.
Para ela, uma das soluções seria uma reforma tributária que substitua o ICMS por alguma taxa mais simples e que incida sobre a renda — e não sobre o consumo. "Cada Estado cobra o ICMS de uma forma diferente. Isso acaba gerando uma guerra fiscal entre os Estados, que, para atrair mais empresas, dão benefícios. Mas, a longo prazo, esse imposto sobre o consumo onera os mais pobres e dificulta a produção", explica.
Decorrente de uma elevação da procura por atendimentos de saúde em virtude da demanda reprimida durante a quarentena (por consultas e tratamentos e cirurgias eletivas), da necessidade de cuidados ao doentes com Covid-19 (especialmente até a vacinação aberta à população) e de indivíduos com doenças decorrentes do coronavírus;
A maioria dos hospitais e serviços de saúde se disponibilizou para tratar potenciais pacientes com COVID-19, limitando assim o atendimento cirúrgico apenas a procedimentos emergenciais. No entanto, durante a pandemia, as pessoas continuam sofrendo de doenças não ligadas à COVID-19. A distribuição não homogênea da pandemia em todo o Brasil expõe contrastes acentuados do uso de recursos médicos e hospitalares, mesmo entre cidades do mesmo Estado. Há regiões com recursos subutilizados, enquanto outras estão em meio ao caos devido à falta de financiamento adequado5. Sem dúvida, a pandemia expõe a fragilidade do sistema público de saúde e, em algumas áreas de pior desempenho, os problemas são significativamente mais evidentes.Nesse cenário, os testes diagnósticos podem ser úteis - embora com diversas desvantagens - visando orientar medidas epidemiológicas. Não há consenso sobre quando e qual teste deve ser utilizado para esses pacientes. As diferenças nos recursos financeiros e programas de controle instituídos pelos governos locais, juntamente com o conhecimento insuficiente da epidemiologia do SARS-CoV-2 são cruciais e determinam considerável imprecisão na interpretação dos testes7.
Se dermos a tenção à educação básica, tanto por conta do cuidado nos centros de educação infantil quanto pela retomada das aulas presenciais para o Ensino Fundamental, então nas noticias a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte apresentou nesta terça-feira (9) o cronograma do início do ano letivo e as medidas que estão sendo adotadas para garantir a segurança de alunos, professores e da comunidade escolar. Entre as novidades estão o retorno presencial a partir do dia 1º de março, dentro do modelo híbrido, e um treinamento de sete dias para diretores e professores de adaptarem às mudanças da rotina.
Em uma Estrutura deficitária de serviços e equipamentos públicos em bairros populares, problema acentuado durante a pandemia por evidenciar a disposição desigual do acesso à máquina pública no espaço urbano;A cidade é dividida também por fatores financeiros ou de renda, as desigualdades se concretizam no contexto do arranjo urbano. Essas características são provocadas simplesmente pelo fato das desigualdades sociais estarem presentes na maioria dos países capitalistas, quanto maiores as disparidades socioeconômicas entre as classes sociais, maiores são as diferenças nas moradias, nos serviços públicos e na qualidade de vida.
Na Elevação da população em situação de rua, que demanda políticas públicas diversas e tende ao maior crescimento (acima daquilo que já tem sido apontado) por conta do aumento do desemprego;
O/a assistente social, nos diversos espaços ocupacionais e no Serviço Especializado para População em Situação de Rua, ofertado Centro POP, tendo como referência a Lei de Regulamentação da Profissão e os princípios do Código de Ética Profissional, desenvolve a atuação profissional em vários âmbitos: acolhida e a recepção das demandas expostas pelos/as usuários/as, bem como prestação de informações. Neste tipo da doença o quadro clínico se agrava muito rápido; o paciente apresenta sinais de insuficiência circulatória e choque, pode morrer em 24 horas. As estatísticas do Ministério da Saúde demonstram que cerca de 5% das pessoas com dengue,Esse é o principal período de atenção, mas o cuidado com a dengue e as outras doenças transmitidas pelo aegypti devem ser durante o ano todo. A preocupação nesta época também é maior devido ao enfrentamento da covid-19, que apresenta sintomas semelhantes.
No Caso a Secretaria de Assistência Social (ou órgão equivalente) tem realizado acompanhamento das condições de saúde, moradia e alimentação de idosos?
sim por telefone o atendimento que eles estão fazendo Nesta época houve alguma ação (dessa secretaria ou em parceria com a Secretaria de Educação) para mapear famílias para as quais a merenda escolar compõe parcialmente a alimentação de crianças e adolescentes para saber quais as necessidades? Como o município procedeu com os alimentos que já estavam nas escolas?
A Própria escola e secretaria da educação faz este processo
Em se tratando da população em situação de rua, existe Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP)? Se sim, quais serviços e atividades são oferecidos a essa população? Se não, os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e o Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) realizam essa abordagem?EXISTEM É um serviço especializado em para situação de rua
FONTES:https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-69912020000100307&script=sci_arttext&tlng=pt1.
https://www.gov.br/saude/pt-br?utm_source=google&utm_medium=search&utm_campaign=MS_Vacinacao_Covid&utm_term=vacinacao_coronavirus_googleads&utm_content=gads001https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2020/marco/confira-as-medidas-tomadas-pelo-ministerio-da-economia-em-funcao-do-covid-19-coronavirus
http://www.cfess.org.br/visualizar/noticia/cod/1401
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fefefernandes80 · 3 years
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Mesmo com centrista Biden, polarização deve seguir como nota dominante nos EUA
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A era dos extremos nos Estados Unidos está longe de terminar, dizem observadores da vida americana Matt York/AP Photo A era dos extremos nos Estados Unidos está longe de terminar, dizem observadores da vida americana.
Correntes profundas na sociedade, difíceis de explicar por categorias sociais, econômicas e políticas mais tradicionais, tendem a fazer com que o confronto polarizado permaneça uma nota dominante no país e emperre o governo de Joe Biden.
Trata-se de um extremismo motivado por um ressentimento contra o “sistema”, de uma nostalgia racista e xenófoba de uma América “pura”. Também de uma revolta contra “elites” e minorias; contra a ameaça do mundo exterior (globalização, “comunistas”, cosmopolitas).
Floresce devido ao desaparecimento de um terreno comum de diálogo e da empatia -o outro é inimigo. É uma revolta irracional, no sentido de que muitas vezes não é orientada pelo cálculo do interesse, pessoal ou de classe, de perdas e ganhos, e também pela recusa do diálogo baseado em evidências.
Enfim, o caráter cada vez mais indiferenciado das políticas dos partidos que se sucedem no poder provoca revolta com a política.
“Não importa se a vitória é de Biden ou de [Donald] Trump. A mesma dinâmica vai continuar em operação, a do jogo de soma zero”, afirma o sociólogo americano Richard Sennett, estudioso do declínio da vida pública e das transformações do trabalho, ora professor na London School of Economics.
Esse “jogo de soma zero” seria a noção de que o próprio progresso pessoal depende do rebaixamento de um outro grupo, ideia comum em quase um terço da sociedade, a base mais fiel do eleitorado de Trump.
Essa atitude não estaria associada a uma revolta de classe, negligenciada ou decadente em termos socioeconômicos, ou não apenas. Seria a nostalgia de uma América pura, branca, traída por membros da elite e pelo “sistema”, até do serviço público preocupado com a ideia de bem comum, observa Sennett.
Como tal atitude social e política não redunda em melhorias reais ou no aumento da auto-estima, o ressentimento se agrava. Uma derrota de Trump tenderia a levar essa massa de adeptos ainda mais para a extrema direita racista e animada por teorias da conspiração, do gênero QAnon, e incentivaria milícias.
De resto, há uma identificação forte com a pessoa de Trump, opinião também do embaixador Rubens Ricupero. “Para pelo menos metade do país, não importa se Trump é um fracasso na pandemia, na redução do déficit comercial, no emprego industrial. A identificação é com o líder, não há juízo de realizações. Nisso, temos uma situação parecida com a do Brasil de Jair Bolsonaro. A identificação da massa com o líder lhe dá certa imunidade”, diz Ricupero.
Para Matias Spektor, professor de relações internacionais na FGV, a explicação de fenômenos como a polarização e Trump pode estar em três correntes de fundo, diz: 1) a “elasticidade da realidade”: desde o início deste século, governos mentem ou distorcem sistematicamente fatos essenciais; 2) as polarizações fazem com que as pessoas se tornem mais e mais impermeáveis a evidências empíricas, ainda mais se apresentadas pelo “outro lado” do espectro político; 3) a reemergência do racismo aberto, baseada na ideia de que grupos majoritários estão sob ataque de minorias (negros, imigrantes).
Spektor observa que desigualdade de renda, a oposição entre a vida em áreas rurais e cidades pequenas e metrópoles bem-sucedidas, zonas industriais decadentes versus grandes cidades integradas na economia global, brancos versus não brancos contariam apenas parte da história, se tanto.
As divisões estão dentro também desses grupos: o rico britânico favorecido pela integração econômica mundial que vota pelo brexit e o latino adepto de Trump. Para Sennett, o extremismo atravessa classes e se deve a uma perda do sentido de propósito da vida, que nota entre trabalhadores brancos há décadas.
“Tanto na eleição de 2016 como na de 2020, o que fica evidente é o sentimento de alienação dos brancos remediados ou mais pobres, para quem o governo não faz diferença na vida. Têm certa razão, pois a diferença prática de políticas tem sido pequena, quando existe ou funcionam” diz Ricupero.
O diplomata diz que Trump sabe explorar o sentimento de insegurança ou revolta dos evangélicos em relação a mudanças de comportamento moral e deu voz e coragem ao racismo velado. “Explorou ainda mais esses medos durante os protestos do Black Lives Matter, com as derrubadas de estátuas e ideias de acabar com a polícia”, afirma Ricupero.
A indisposição para o debate realista de problemas em um terreno comum de diálogo é um drama, diz Spektor. Como sair disso? Difícil, pois teria havido perda de legitimidade da classe política (tida como corrupta), uma incapacidade de empatia (o adversário se torna inimigo) e um aumento da demanda de soluções mais radicais, fora do consenso partidário.
“Houve um colapso da autoridade legítima, uma ausência de lideranças críveis e capazes de dizer algo que faça sentido, que se sobreponha a divisões sociais, que esteja acima delas”, diz Spektor.
Uma coalizão reformista pode atenuar diferenças, com melhorias socioeconômicas? Em parte. É preciso também restaurar a “política da realidade” dos fatos.
Mas mesmo com políticas menos iníquas, as pessoas podem continuar a se sentir não representadas e por vezes votar contra seus próprios interesses (como americanos pobres contra sistema de saúde público ou programas sociais que beneficiam o “gueto” e minorias).
O sucesso de Trump, sua votação expressiva, tende a reforçar a radicalização e minar a política centrista, diz Sennett. Como o extremismo mostrou ter grande valor no mercado eleitoral, os republicanos devem fazer uma oposição “terra arrasada”, diz Spektor, que não acredita em renovação de lideranças no partido.
Para Spektor, uma mudança importante conduzida pelos democratas exigiria uma liderança do tamanho e do carisma de Franklin Roosevelt, presidente de 1933 a 1945, e de um programa de reforma social e econômica amplo, que dependeu de um momento muito particular, o dos EUA entre a Grande Depressão e a Segunda Guerra.
A opção restante seria um movimento de massa, como sugere a ala esquerda dos democratas, o que, no entanto, teria apoio minoritário da população e a oposição do establishment do partido, ligado à finança.
“Biden cometeu um erro estratégico. Acreditou que Trump era um ponto fora da curva. 2020 mostrou que não é, o que ficou reforçado pelo grande comparecimento às urnas dos dois lados”, diz Ricupero.
Como um presidente sem maioria decisiva, Biden teria muita dificuldade de promover reforma social que atenuasse esse sentimento de exclusão. “Ele sempre foi cauteloso e não tem a estatura dos presidentes reformistas americanos, nem a de um Lyndon Johnson [1963-1969], que levou adiante os direitos civis e reformas da seguridade social. Ele mesmo diz que será um presidente de transição.”
A vitória de Biden reforçaria a tendência centrista do comando dos democratas, de iniciativas limitadas tendo em vista a manutenção do poder no curto prazo, na eleição de 2022, um tanto fisiológicas, sem remediar fissuras profundas.
Combinaria o uso da máquina da Casa Branca para reforçar presença no Congresso a alguns programas que vendeu na campanha, como combate à crise climática e obras de infraestrutura “verde”, alguma reforma da polícia e alguma ênfase em políticas de ação afirmativa.
Uma provável maioria republicana dificultaria ainda mais as reformas.
Leia o artigo original em: Valor.com.br
Via: Blog da Fefe
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alvaromatias1000 · 4 years
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Alianças entre Castas: Socialdesenvolvimentismo versus Neoliberalismo
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No último capítulo do livro Fernando Nogueira da Costa. O Trabalho: Capital Acumulado (Blog Cidadania & Cultura; julho 2020), constatei o arranjo socialdemocrata do pós-guerra ter funcionado relativamente bem, enquanto a casta dos sábios-universitários se aliou apenas com a casta dos trabalhadores organizados. Intelectualmente, deveria ser chamada de a Era de Keynes.
Mas essa etapa do sistema capitalista findou com a aliança dos sábios-tecnocratas com a casta dos militares, seja na Guerra do Vietnam, seja nas ditaduras militares latino-americanas.  Com a estagflação, por conta de um ciclo esgotado com choque de preços do petróleo, a desaceleração econômica precipitou o desemprego e a agitação trabalhista dos anos 70. No fim dessa década, emergiu o sindicalismo do ABC no Brasil.
A Era Keynesiana foi seguida pela Era Monetarista de Milton Friedman. Esta foi caracterizada pelas elevadas taxas de juros por conta do foco no controle da inflação. Com a crise da dívida externa do Terceiro Mundo, sobreveio a globalização, dada a liberalização dos mercados imposta pelas instituições financeiras multilaterais.
Nessa Era Neoliberal da Globalização, emergiu o capitalismo de Estado chinês (ou socialismo de mercado), a partir das reformas de 1979. No novo milênio, aqui no Brasil, quatros sucessivas vitórias eleitorais propiciaram o capitalismo de Estado neocorporativista, com a aliança da casta dos sábios-universitários atuantes como tecnocratas com a casta dos trabalhadores organizados. Esta aliança, ameaçada de deposição, aliou-se com as castas dos mercadores e oligarcas-dinásticos governantes.
Notadamente, houve redução da desigualdade mundial e da pobreza em massa, seja pelo barateamento de bens de consumo durável, propiciada pelas exportações chinesas para todo o mundo, seja por suas importações de bens básicos de países periféricos. Por exemplo, a importação chinesa representa 34% da exportação brasileira, em destaque, soja, carne, minério de ferro, agora também petróleo.
Aqui, o social-desenvolvimentismo, uma mistura de socialdemocracia com o histórico desenvolvimentismo e ênfase em política social ativa, melhorou a distribuição de renda. Mas não teve fôlego para fazer nem uma reforma tributária progressiva, para minorar a desigualdade social, nem uma reforma política, para superar a fragmentação partidária e a reeleição, germes da corrupção.
No capítulo final deste meu último livro, contrapus dois projetos nacionais, apresentados em debate jornalístico, para reerguer a economia brasileira e abrir caminhos para o bem-estar da sociedade: o neoliberal e o desenvolvimentista. Para isso, tomei como amostra uma série de artigos do editor-executivo do principal jornal econômico do país. Apresentei como alternativa à sua visão “liberista” (em defesa sobretudo da liberdade de mercado), a desenvolvimentista apresentada por professores da FEA/ USP também em uma série de artigos no mesmo jornal. Comentei seus argumentos.
Os desenvolvimentistas não se diferenciam dos neoliberais na denúncia da história do Brasil. Há consenso quanto à origem histórica de problemas persistentes por mais de 130 anos.
A crítica à elite inominável é comum entre o jornalista neoliberal e os professores desenvolvimentistas. Para uma análise sistêmica mais detalhada, tento discriminar dentro dessa “elite”, dividindo-a em castas por distintos Ethos culturais e políticos, rendas e riquezas. Têm valores morais e posicionamentos políticos diferentes entre si.
A diferença do desenvolvimentismo para o neoliberalismo se inicia com a defesa feita pelo primeiro da industrialização brasileira. O segundo, no fundo, defende a vocação agrícola do país até hoje, pregando plena abertura externa, para a importação dos produtos industriais, em lugar de dar incentivos fiscais e creditícios à instalação de multinacionais para produzirem e gerarem emprego no país.
Os desenvolvimentistas reconhecem a política social ativa ser necessária, mas é insuficiente. É necessária também a retomada do crescimento econômico, isto é, da renda nacional e do emprego massivo.
Uma nação não se libera facilmente das mazelas herdadas de seu passado. Ao contrário dos cúmplices da volta da Velha Matriz Neoliberal e, em seguida, do golpe de 2016, os representantes da casta dos sábios-universitários são mais democratas.
Uma grande diferença entre desenvolvimentistas e neoliberais é os primeiros, ao contrário dos últimos, não priorizarem a política fiscal face à política cambial e de crédito para retomada do crescimento.
Em relação ao longo prazo, e para o futuro não ser uma repetição das últimas décadas perdidas, o país precisa de dois projetos:
projeto social, para atacar as desigualdades através de uma ampliação dos gastos sociais, fortalecimento e expansão das políticas sociais criadas no período 1994-2015, e criação de um novo programa de Renda Básica Universal (RBU);
projeto econômico, para restabelecer o crescimento sustentado do qual o país foi capaz nas décadas pré-1980.
Reformas sociais sem crescimento econômico, para as sustentar, têm fôlego curto. Variáveis instrumentais fiscais estão articuladas pelos neoliberais com a variável-meta “solvência do Estado”. Esta seria a maior prioridade, para os carregadores da dívida pública, em lugar do efeito do crescimento do PIB sobre sua relação com a DBGG.
A pandemia não interrompeu o que teria sido uma retomada. Na verdade, ela enterra de vez o tratamento neoliberal de uma economia estagnada. Depois de despencar, mal conseguia um crescimento de 1% ao ano.
A estagnação não é igual para todos os setores de atividade. O setor exportador é o único capaz de escapar à crise de demanda interna atual. Assim, é estratégica sua proteção. A agricultura, graças aos investimentos governamentais do passado, continuou prosperando. Além de a preservar, é fundamental incentivar a indústria e modernizar a infraestrutura brasileira.
No meu livro Mercados e Planejadores Imperfeitos. Blog Cidadania e Cultura; maio de 2020, defendi, por já ter ultrapassado a fase da industrialização nascente, a economia brasileira é diversificada. Então, o melhor a ser feito pelo Estado é investir em bem-estar da população pobre. Visando a mobilidade social e a melhor distribuição de renda, o prioritário seria um plano habitacional decenal para acabar com o déficit (7,8 milhões de Unidades Habitacionais – UH) e atender a nova demanda anual de cerca de 400 mil domicílios familiares.
Em três mandatos consecutivos (12 anos) com contratação média de um milhão de UH/ano se alcançaria a meta de doze milhões UH. A conquista da própria moradia livrará 30% do orçamento doméstico de despesa com aluguel e representará o enriquecimento direto da família.
Não seria só o investimento em construção civil empregadora de mão-de-obra de baixa renda. Além da Caixa, o BNDES poderá priorizar o financiamento de um programa massivo, com planejamento conveniado entre os entes governamentais dos distintos níveis (municipais, estaduais e a União), para o saneamento urbano, a maior carência de toda a população pobre brasileira, principalmente no Norte e Nordeste. Teria impacto direto em saúde pública.
Cabe também ao BNDES o financiamento da mobilidade nas cidades (metrôs e trens urbanos) e à Caixa o financiamento da urbanização das favelas. Dotadas de todas as necessidades básicas – abertura e asfaltamento de ruas e avenidas, teleféricos, redes elétricas e de esgoto, abastecimento de água e coleta de lixo – elas se transformariam em bairros populares inclusive com segurança pública sem milicianos.
Junto com a construção de UH, exigir-se-ia dotar suas vizinhanças de postos de saúde, escolas públicas, delegacias policiais. Naturalmente, o comércio privado seria atraído para se instalar e explorar esse potencial de vendas.
A iniciativa privada interessará pela maior demanda popular só depois desses grandes investimentos sociais, para pobres (¼ da população brasileira), terem sido planejados, coordenados e apoiados por um Estado social-desenvolvimentista. Seus planejadores deverão priorizar essa série de setores ligados à cadeia da construção civil e projetos de infraestrutura social – e não mais conceder incentivos fiscais ou creditícios para industriais ricos… e golpistas.
Desde quando o Brasil parou de crescer, em 1980, outros países mostraram as políticas econômicas, inclusive as de curto prazo, fazerem a diferença entre crescimento acelerado e estagnação. Com políticas corretas, é possível alcançar os países avançados em uma geração ou duas. Poderá a pandemia nos fazer tomar consciência da necessidade de mudar nossas políticas econômicas e reorientá-las ao crescimento?
Essa é a questão-chave do desenvolvimentismo contra o neoliberalismo anacrônico.
Na atual pandemia, as castas brasileiras de natureza ocupacional se sentiram ameaçadas por contaminação do vírus no contato com “os párias”: seus servidores de trabalho manual. Aí perceberam, de fato, sem cooperação mútua não haver futuro saudável.
Para finalizar, uma nota de esperança. Lideres populistas de direita, como Trump e Bolsonaro, reagiram pior à epidemia de covid-19. Os eleitores, segundo pesquisas, não os perdoarão por essa atitude.
Em contraponto, Ângela Merkel – detestada por Trump e outros líderes populistas – teve atitude adequada. O contraste entre o desempenho de Merkel e o dos populistas demonstra a capacidade de entender as evidências científicas ser um requisito para um líder respeitável.
A premiê alemã tem doutorado em Química. Trump é um incorporador imobiliário e Bolsonaro é um ex-capitão do Exército. Merkel conseguiu agir de acordo com a formação científica de sua casta dos sábios. Os representantes da casta dos mercadores e da casta dos militares adotaram o negacionismo científico. Está explicado…
Publicado originalmente em:
Alianças entre Castas: Socialdesenvolvimentismo versus Neoliberalismo, por Fernando Nogueira da Costa
Alianças entre Castas: Socialdesenvolvimentismo versus Neoliberalismo publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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RAIO X DA CIDADE: OLHAR CRÍTICO PARA FERRAZ DE VASCONCELOS
https://spilustrado.wordpress.com/2020/05/10/raio-x-da-cidade-olhar-critico-para-ferraz-de-vasconcelos/
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REDAÇÃO: KALIL PEREIRA (Locutor Benê) - jornalista, radialista, editor do Jornal SP Ilustrado e graduado em história
Segundo dados da Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos, a região é composta por dois distritos, Santa Margarida Paulista e Santo Antônio Paulista que, somados, representam uma área de 29,9 km², com uma população estimada em 194.276   mil habitantes, sendo que a maioria é formada pelo sexo feminino, 88 mil. Com uma expectativa de vida de 70,33, e uma taxa de dois filhos por mulher, a região possui uma taxa de 92,07% de alfabetização. A cidade oferece algumas instituições de ensino, como creches, escolas de educação infantil (EMEI), escolas de ensino fundamentais tanto municipais quanto estaduais, escolas estaduais de ensino médio, Etc. Ferraz de Vasconcelos e Fatec de Ferraz de Vasconcelos, com notório crescimento de escolas particulares.
O transporte não corresponde suficientemente as necessidades dos usuários, existe constantes reclamações com relação ao fluxo de ônibus, em alguns bairros -, os passageiros que depende do transporte no município, chega a ter intervalos acima de meia hora de espera. Para Jucimar Silva Nascimento, residente no Jardim Deise, disse que para melhor a demanda do transporte deveria ser aberto licitação para que outras empresas pudessem entrar na cidade a disponibilizar o transporte público de qualidade melhor.Os usuários que dependem do transporte público tem reclamado dos custos das passagem, por ser ônibus precários -, eles (os usuários), concordam ser muito alta as tarifas cobradas, “inclusive o valor da passagem em Ferraz de Vasconcelos é a mais cara  da região do Alto  Tietê, e se abrisse licitação para entrar outras empresas a população teria muito a ganhar com isto”, finalizou .
A cidade está abandonada em todos os aspecto, a população desastrosamente sofre duras consequências vitimadas por duas gestões irresponsáveis, neste caótico quadro que a cidade vive, segundo o vereador Aparecido Marabraz (PT) ela (cidade) precisa de uma despertar, uma vocação para o comercio, vive com uma receita insuficiente,o ISS arrecadado em comparação a vizinha Poá, Suzano e Mogi das Cruzes.
Outra observação feito pelo parlamentar, e que a cidade não possui vocação industrial, “as poucas industrias que temos aqui foram trazidas na gestão do prefeito Jorge  Abissamara, criando o polo industrial, uma vez que havia perdido várias empresa, resgatando-as para Ferraz, reconquistando aquilo que havia perdido", comentou. Mas ainda não é o suficiente, urgentemente precisa ampliar o polo e criar novas vocações industriais e comerciais no território de Ferraz. O parlamentar disse que ainda não é o suficiente, a necessidade de trazer novas empresas para a região, gerando de fato a vocação industrial e comercial: quanto a produção agrícola não existe área suficiente agricultáveis.
Ferraz traz em seu histórico entre as cidades do Alto Tietê, que no passado foi o município referência, o berço produtor de uva Itália, como não há possibilidade de voltar a produzir uvas, mas  pode criar o museu da uva e preservar esta memoria que foi orgulho dos povos de Ferraz. Diante de suas analises, tanto que em seu hino e a bandeira traz o símbolo da uva Itália, estaria atraindo o turismo ecológico e cultural, estimulando e aquecendo a economia e enriquecendo os valores que a cidade possui. Estas riquezas ficaram nas páginas dos esquecimentos, sendo ignoradas pelas sucessivas administrações.
Transporte na cidade - O Município é servido pelos trens da linha 11 Coral da CPTM, possuindo duas estações (Ferraz de Vasconcelos e Antonio Gianetti Neto), e por linhas de ônibus -, intermunicipais da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo, destacando a linha operada pelo Consórcio Unileste, para o Terminal Rodoviário Tietê e a linha rodoviária operada pela Breda Transportes e Turismo que liga Ferraz à Bertioga e São Sebastião, Atendendo todo o litoral norte de São Paulo. Portanto, Ferraz de Vasconcelos é ligado por ônibus aos seguintes municípios: São Paulo, Poá, Itaquaquecetuba, Suzano, Mogi das Cruzes, Bertioga e São Sebastião.
O transporte não corresponde suficientemente as necessidades dos usuários, existe constantes reclamações com relação ao fluxo de ônibus, em alguns barros os passageiros que depende do transporte que o município dispõe aos munícipes, chega a ter intervalos acima de meia hora de espera. Para Jucimar Silva Nascimento (Maranhão), micro empresário, residente no Jardim Deise, disse que para melhor a demanda do transporte deveria ser aberto licitação para outras empresas pudesse melhora o transporte público. Os usuários que depender do transporte público tem reclamado dos custos das passagens, por ser precários os ônibus acham muito caro as tarifas cobras, “inclusive o valor da passagem em Ferraz de Vasconcelos, está sendo considerado na atualidade o mais caro da região do Alto Tietê e São Paulo. Se abrisse uma licitação para entrar outras empresas a população teria muito a ganhar com isto”, finalizou.
Economia - O comércio que era concentrado na Avenida Quinze de novembro e Avenida Brasil, onde também estão localizadas parte das agências bancárias do município e diversas farmácias, óticas e lojas de calçados, que está em franca expansão para outros bairros. Hoje o que mais atrai pessoas dos municípios vizinhos e munícipes a Ferraz de Vasconcelos é o Hospital Regional Doutor Osíris Florindo Coelho, conhecido como Hospital Regional, administrado pelo governo de São Paulo, que fez surgir um pequeno centro comercial ao seu entorno, contribuindo para a expansão do comércio.
Referindo-se no campo da saúde o hospital pela sua imensa estrutura, embora vários movimentos realizados na cidade para melhorar o atendimento e disponibilizar de especialidades, aos setores apresentam profundas deficiências, além da morosidade nas consultas marcadas, gerando longos dias de esperas; outro ponto ineficiente na unidade hospital, são as ausências de especialistas em determinas áreas até então sem atendimento especializado no pronto socorro pediátrico, psiquiatria, UTI pediátrica etc.
Já ocorreu diversos movimentos reivindicando melhorias no atendimento, com manifestações frente aquela unidade hospitalar inclusive com abaixo assinado e processo registrados no Fórum de Ferraz. Aguardando longos anos na fila esperando por esta melhorias, somente agora em ano de eleição começa a surtir os resultados, anunciando investimentos em reformas e reaberturas de especialidade que estavam fechadas há anos. Anos de sonolência das autoridades, aparentemente os indicativos sugere ter acordados para a realidade somente agora, sendo contemplado com um montante de R$ 1,5 milhão compra de equipamentos -, custeio de R$ 4,3 milhões anualmente, além destes números, estão disponibilizados cerca de R$ 7,9 milhões de reformas.
Mapeando o desenvolvimento da cidade, nota-se em meados de 204, o centro se resumia apenas o trecho em Avenida Brasil e a 15 de Novembro, segundo o vereador o comércio começava em uma esquina e morria na outra, com os investimentos a cidade ganhou força expandido o comércio entre os anos 204 a 2012 atendendo as necessidade da população com a chegada de pequemos, médios e grandes empreendimentos inclusive no bairros periféricos, apesar que urgentemente os futuros gestores deverão focar e priorizar no circuito industrial e comercial para ampliar a arrecadação.
De acordo com os dados informados pelo vereador, na gestão do  Zé Biruta quando  prefeito na cidade em 204, havia entregado a prefeitura entorno de R$ 89 milhões/ano em arrecadação, na administração de Jorge Abissamra, de 204 a 2012 a arrecadação passou a ser entorno de R$ 300 milhões/ano. Para o vereador ouve um despertar, um novo olhar é um despertar para o desenvolvimento  na geração de renda no comércio, na industrial, no turismo ecológico e cultura; partindo desta contabilidade cabe a população fazer uma flexão relacionada ao quadro caótico que se vive na cidade, ressaltando que estando em ao eleitoral sabiamente fazer um balaço das gestões passadas e presente definindo a melhor opção  para voltar a se desenvolver.
Se antes do Covid-19 se a saúde comercial e industrial  estava em colapsante agonia, depois do Covid, nesta formulação das contas muitos comércios anunciará lamentáveis baixas em razão do abalo financeiro com os custos de alugueis, impostos e funcionários, por conta do mau gerenciamento do gestor público, mórbido a frente da administração da cidade, em que estes inveterados trabalhadores em estado de penumbra e morte financeira. A profunda baixa na receita de arrecadação de impostos se antes estavam cambaleantes, depois vai ficar amargamente piorada a economia com um governo em que o povo o chamar de incompetente estariam por demais sendo até afável.
Cultura - Um dos principais pontos turísticos da cidade, o famoso “castelinho” sofre com o abandono da prefeitura, porém, poucos moradores da região sabem que o local foi construído pelos alemães que estavam fugindo da segunda guerra mundial e escolheram a cidade para escapar deste triste acontecimento. Sua construção fez o bairro mudar de nome, passando a ser chamado de Jardim Castelo.
Na realidade, na cidade unicamente o ponto central de referência como local turístico trata se especificamente o castelinho, um casarão rustico construído em formato de castelo, nunca recebeu a devida atenção das autoridade da cidade, atualmente o prédio está estruturalmente abandonado, apodrecendo em estado de absoluta precariedade resultante das avarias ocasionadas pela natureza e ignorância das autoridades que se julgam responsáveis e zelosas para com o patrimônio da cidade. Na visão Manoel de Paz Lucena de Oliveira, 51 anos,  residente no Jd Lourdes, com sua experiência política na cidade pelas causas sociais,  ele acredita que, “ Ferraz, pelas características  social, econômica e histórica, com as mudanças transcorridas ao longo dos 20 anos, concentrou no município um grande número de imigrantes do nordeste sugestionou a construção de um CTN (Centro de Tradições Nordestinas), e trazer as atrações culturais desde a música e as comidas típicas em homenagem a cultura dos povos do nordeste”.
Neste entendimento de (Mané do PT) Com a implantação do CTN, estaria agregando as culturas das mais diversas regiões, o outro lado em evidência neste período da pós-modernidade, ele mencionou a importância da valorização do Hip Hop, para dar voz e vez aos jovens defensores deste ritmo, que tem uma mensagem diferente do funk. A ausência de espaço aos jovens, justamente por eles se sentirem extremamente esquecido, acabam terminantemente envolvendo com as drogas e o crime.
A falta de políticas culturais, os jovens sentem se excluídos, sem opção nos finais de semanas por culpa de governos possuidores de uma visão míope e pobre quando o assunto está relacionado as atrativas que englobam a valorização à cultura especificamente destinada a pessoas baixa renda nas periferias inclusive. Com forte investimento em cultura aos jovens certamente estaria contribuindo na redução da criminalidade. Na entrevista foi pontuado a necessidade de vontade política do administrador local, aptidão inexistente na atualidade. Em razão disto acontecem os fluxos nos finais de semanas regrados a violência, drogas e músicas com mensagens que denegri em especial as mulheres -, apologia ao consumo de drogas e a prostituição.
Nesta questão um dos pontos que seria certamente referência em cultura na cidade, pode-se se destacar o Cento de Convenção da Praça dos Trabalhadores, obra levantada em 2012 no final do ex-prefeito Jorge Abissamra, que ficou inacabada, mas as os prefeito que o sucederam tanto Acir Filló afastado do mandato e preso em  dezembro de 2015 por corrupção  não deu continuidade a obra. O atual prefeito o “Zé Biruta” (PRB), ignorou a obra, o prédio está abandonado e a cada dia ficando mais deteriorado, o que poderia ser o cartão de visita na cidade, atualmente no estado que se encontra pode-se imaginar que a cultura não tem prioridade, não faz parte a pauta dos mandatários do poder político na cidade.
Centro de Convenções abandonado no cento de Ferraz
Hoje o centro de convenções não passa, de um símbolo do descaso (um gigantesco elefante branco abandonado no centro da cidade), desperdício do dinheiro do povo em uma área de mais de 2 mil quadrados com uma obra que consumiu mais R$ 2,5 milhões, demonstrativo do descaso e da incompetência administrativa das últimas gestões.Para o empresário Jucimar Silva Nascimento (Maranhão), no tocante aos investimentos na cultura ele observa que existe profundo descaso dos gestores da cidade, “onde uma gestão anterior fez um centro cultural para ser um local de lazer  para a nossa sociedade e por conta de maus políticos, a obra foi embargada e está desprezado, largada e jogada as traças”, assim expresso Jucimar.
Usando um tom de revolta em razão da situação que a cidade de encontra, para ele este é o estilo de política que infelizmente rege em Ferraz de Vasconcelos”, atualmente com mais de 194 mil habitantes. A cidade em nome do progresso e da ganância do investidores capitalistas passaram o trator em cima da história da cidade colocando abaixo o único e último  patrimônio histórico e cultural que resistia ao tempo e ao progresso, o prédio da fábrica de lixas Gotthard Kaesemodel, as "Lixas TATU" foi vendido para ser ligeiramente  transformado em  majestoso prédio do Burger King, até mesmo a criação de uvas, símbolo da Ferraz de Vasconcelos, que foi uma das primeiras do Brasil a plantar a Uva Itália, restou somente a história. Ferraz não passe de uma cidade sem memória, cuja história foi apagada e aquele que passaram e estão no poder dominando os rumos da sociedade, sinceramente não explicita qualquer interesse em resgatar estes valores.
RedaçãoKalil Pereira (Benê) -Radialista, jornalista, graduado em história e editor do Jornal SP Ilustrado. Eduardo Micheletto -Jornalista, assessor de imprensa e consultor de Marketing digital.
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