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#Fantasmas do passado
branckaper · 2 years
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O que mais me enlouquece é não saber se o fato de eu já ter estado pior do que estou hoje me fortalece ou enfraquece.
(Branckaper, 2022)
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xolilith · 6 months
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🍓Morango [00:55] - Na Jaemin
O cristal gelado e docinho do sorvete de morango dissolve sobre sua língua. O gosto e cheiro da fruta tomam seus sentidos e fazem um suspiro escapar em meio aos barulhos de explosão da televisão. E daí que eram quase três da manhã? O calor infernal do país tropical parecia ainda pior do que ano passado, nem parecia que era noite. Se não tivesse olhado pela janela algum tempo antes, formaria a hipótese da lua ter sido substituída pelo sol. Observa Luke ressonar sobre seu colo, todo esparramado, ronrona vez ou outra. Lucy também permanece na mesmo situação, próxima de uma das almofadas ao seu lado. E Luna, bem, Luna estava sobre a mesinha de centro, o olhar preguiçoso e fixo sobre você, como se atentamente a viagiasse. Diferente dos irmãos, Luna era mais arisca e desconfiada e parecia não gostar muito de você, principalmente quando estava junto de Jaemin. Toma mais uma colherada do sorvete, prestando atenção mais uma vez em The Umbrella Academy, na sina de Five - um idoso na pele de um adolescente passando pela latente puberdade e apaixonado por um manequim - em salvar os irmãos mais uma vez do iminente apocalipse em 1963. Se perde um tempo nas cenas, até escutar os ruídos de passos vindo do quarto principal, até poderia ficar com medo de ser um fantasma, mas logo a presença de Na Jaemin retem o anseio. Assim como os outros gatos, Jaemin arruma uma espacinho ao seu lado para se aninhar. Enfia o rosto sobre o seu pescoço, a voz baixa e rouca indaga baixinho. – Não é muito tarde para sorvete? – Muito calor, Nana! Jaemin ronrona sobre seu pescoço em concordância. Tinha também acordado com uma fina camada de suor sobre a pele antes de vir procurá-la quando notou a ausência na cama. Entreabe um pouco os olhos para ver o que você assiste. – Você não cansa de assistir toda vez essa mesma temporada? Nega, rindo baixinho pelo tom cansado que ele usa. – Não. Você sabe que eu sou meio apaixonada pelo Ray. Jaemin sopra uma risadinha. – Allison deveria ter cuidado com você. – Você assente e ele continua. – Você não parece a única apaixonada por aqui. – Jaemin constata ao olhar Luke esparramado em seu colo. O gato parecendo zombar por ter mais espaço sobre você do que ele. – Luke é mesmo um conquistadorzinho barato. Diz entredentes, estreitando os olhos falsamente ameaçador na direção do bichano. Você ri, toma mais um pouco do sorvete. – Você não deveria reclamar do Luke, ele é inofensivo. – Garante. – Você deveria mesmo se preocupar com a Luna, ela parece prestes a fincar as unhas na minha garganta, Nana. Além do mais, você sabe que boa parte do meu coração é ocupado por um outro gato aí. Termina, como quem não quer nada. Fazendo um charminho na voz. – Ah é?! Jaemin alarga um sorrisinho, larga um beijinho sobre a pele do seu pescoço que te faz rir, bobinha. – Sério, Jaemin! Inclina-se um pouco para pousar a taça sobre a mesinha de centro, tomando cuidado para não ficar muito próxima de Luna. Luke pula de seu colo, espreguiça-se pronto para também seguir para o quarto quando você diz. – Vem. Vamos voltar a dormir, Nana.
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distanciastes · 1 year
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Parece uma missão louca e surtada: querer sumir do seu passado e das coisas e pessoas que um dia passaram pela sua vida. Em algum momento, tudo isso retorna como fantasmas para te lembrar que não é possível afastar tudo, que de fato, um dia te fez ou te faz mal. É como estar preso à uma âncora, em um navio, e te arremessarem ao mar. Você tenta fugir, se rebate e busca de algum meio livrar-se daquilo que te puxa para o subterrâneo, mas não é possível, até que você simplesmente aceita o fim. Aceitar o passado é como engolir um remédio de gosto ruim e amargo, te cura, mas a sensação vai sempre continuar ali, te lembrando o quão ruim foi passar por aquilo.
Cordélia.
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criador · 5 months
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Na minha mente, na minha memória e na minha consciência, o tempo é circular. Ele não segue uma ordem cronológica, nem uma linearidade. As coisas que pensei, vivi e que fui mudam de lugar o tempo todo, ao mesmo tempo em que está tudo aqui, em cada parte de mim. Eu mudo de ideia, mas essa inconstância não pode ser definida como mera indecisão. Nada é tão simples. Eu mudo de opinião ou de preferência porque posso, porque sou humano, estou vivo e sou mutável. Eu posso melhorar, me arrepender e corrigir erros, mas também sou capaz de cometê-los outra vez. E isso não anula todo o meu crescimento, isso é um direito meu! Eu passei os últimos anos tentando unir quem era antes de 2017 e quem eu sou agora. Não por pura nostalgia ou saudosismo, mas porque eu sempre senti que perdi uma grande parte de mim que eu gostava nos anos que se seguiram. Sem querer botar a culpa nos outros, mas buscando uma justificativa plausível, acho que eu reprimi consciente e inconscientemente aquele Yuri para me encaixar na vida de outras pessoas, para caber em outros mundos. Para passar por lugares que nunca havia passado, mas que eu gostaria de conhecer. Infelizmente, no processo, acabei me esquecendo de quem eu era: uma pessoa positiva, que via brilho em tudo, que sempre enxergava caminhos para seguir, e que, além de tudo, se sentia livre. De 2020 para cá, eu precisei muito dessa parte de mim, e sempre que tentava acessá-la, eu não a encontrava. Quase como se fosse apenas um fantasma daquilo que um dia eu fui. E eu sei que não há exatamente nada de mal nisso. Parte de nós se vai para dar lugar a partes novas. A questão é que eu sempre acreditei que aquilo não era meramente um pedacinho de mim, mas sim grande parte de quem eu um dia fui. Também nunca aceitei que esse pedaço pudesse ter morrido. De certa forma, eu sempre o senti ali, dentro de mim. E, por mais difíceis que tenham sido os últimos tempos, nos últimos meses, em específico, tenho sentido uma conexão cada vez maior com aquela parte que eu considero tão essencial em mim. Aos poucos, dia após dia, mês após mês, senti que estava acordando ela. Eu ainda tô tentando, e acho que nunca estive tão perto. Só vou descansar quando conseguir fundir o Yuri do passado e o Yuri de hoje, porque algo me diz que isso irá criar algo novo, uma parte que eu sempre quis enxergar viva em mim.
Criador
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myifeveruniverse · 6 months
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“Os piores inimigos de uma mente barulhenta são as lembranças e as memórias de momentos que compartilhamos com pessoas especiais. A dor que invade o peito quando nos deparamos com uma foto de um dia importante ao lado daquela pessoa que era seu lar te faz sentir uma nostalgia indescritível. A sensação de pontada lá no fundinho da alma quando passamos por vídeos e escutamos as vozes e revivemos as sensações e emoções…. Nossa mente sorrateira funciona como uma máquina do tempo sentimental onde nos teletransporta sem aviso prévio, aleatoriamente e quando menos esperamos já estamos resgatando lembranças de momentos eternizados, dias que gostaríamos de reviver absolutamente tudo, as gargalhadas gostosas que doem a barriga, os olhares de cumplicidade, a leveza de uma conexão, o cheirinho específico que só aquela pessoa tem, cada detalhezinho que torna aquele momento único e especial….
Mas aí o fantasma do passado que nos assombra, nos embarca em uma viagem de volta para a realidade…. e quando chegamos na plataforma do presente…. a sensação do vazio entre o limbo e a memória é avassaladora.”
-gabbs
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inutilidadeaflorada · 3 months
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Um Crânio Semi Inocente Colidindo com Passado e Futuro
Terei que usufruir do desejo A cada nome que me clamam Ergo jardins de marmores Em orgulho aos ensinamentos de Adônis
A histeria pagã, me denotam O tato capaz de desvincular silhuetas Cada decepção separa uma divindade Para no fim ser uma rinha de espelhos
Iam palácios derretidos nos dentes Cada uma daquelas conotações cosmopolitas Afirmando conflito, ameaçando com adagas de ouro Tomando para si cada território como se fosse um beijo de língua
A ciência fragmenta-se em compilados Mentiras universais e aliciadas A oratória que mais souber desfrutá-las Todos vestindo generais exumados como xales
Cada recordação esteve alheia Aos fantasmas de cada álibi Comer de um coração com perfume de voz Pesá-lo as mãos nuas, Anúbis tens um rival
E entra com a boca de antiquários Ninguém sonhará tão alto essa noite A cada traição a face perene Confabula suas próprias deslealdades
Sussurrar ao transitar entre jardins, por gentileza As rosas tem ouvidos recolhidos diariamente Um desastre inventivo derrotando a praia eterna O homem e a pólvora, imortalizando um teatro Capaz de corromper cores com a ferrugem de revólveres
Idealizando a ausência, pele feito propaganda Cada viés dessa situação, fora transformada em ópera Para agradar a tão já saturada opinião rubrica Esperando um dia de sol para malhar o Judas da semana...
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just-1decision · 11 months
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A madrugada chega e automaticamente meu pensamento vão ao seu encontro. Queria tanto eliminar você de mim, esquecer sua voz e te tornar um fantasma do meu passado, mas você me enfraquece e me faz sangrar…
—Just-1decision
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maximeloi · 3 months
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𝕵𝖚𝖘𝖙 𝖈𝖑𝖔𝖘𝖊 𝖞𝖔𝖚𝖗 𝖊𝖞𝖊𝖘, 𝖙𝖍𝖊 𝖘𝖚𝖓 𝖎𝖘 𝖌𝖔𝖎𝖓𝖌 𝖉𝖔𝖜𝖓...
ʿ                                     as noites inquietas às vezes cobravam demais de maxime que tentava a todo custo não deixar a mente vagar para um canto escuro cheio de fantasmas do passado que assombravam suas lembranças. vez ou outra, tentar dormir sem a poção era um tipo de tortura ao qual se permitia fazer. tentar significava ser arrastado de volta àquela fatídica noite, com o céu estrelado de testemunha e a lua de vigia para observar o acidente que aconteceria, lembranças pareciam tão vividas que podia sentir tudo novamente.
a escuridão se tornava mais densa ao redor dos três, as risadas dos monstros se tornavam um grunhido sinistro; as espadas e adagas refletiam a luz do luar. as Dracaenae surgiam das sombras como criaturas esguias, suas garras afiadas despertando o medo nos três semideuses escondidos. a fogueira deles agora apagada já não servia de nada, apenas para tornar o cenário mais aterrorizante.
o filho de Afrodite sentia a frieza do medo envolvendo seu coração. cada passo naquela noite parecia afundá-lo mais profundamente na escuridão, lutar contra as sombras que ameaçavam sufocá-lo era em vão.
os olhos azuis que costumavam refletir a beleza de sua mãe divina, agora espelhavam o horror do pesadelo. sage, apenas alguns passos ao seu lado, transformava-se em uma figura fantasmagórica, perdida na noite em uma postura defensiva. maxime tentava gritar, mas sua voz se perdia nas trevas, ecoando apenas como um sussurro fraco. parecia apenas um telespectador sem o poder de intervir por mais que soubesse o que aconteceria ali.
lutar contra as memórias, contra os fantasmas daquela noite esgotava o semideus que estava suando, eufórico, o coração batendo a mil. o suor frio escorria por sua testa enquanto ele se debatia no colchão, estava preso em um ciclo de desespero que parecia eterno.
num piscar de olhos, a cena do pesadelo mudava e envolviam maxime, prendendo-o de frente agora para a batalha. o cheiro de enxofre preenchia o ar enquanto o trio — seu eu mais jovem, sage e thabata —avançavam pelo denso bosque tentando correr das dracaenae. o céu, que antes era estrelado, parecia vazio sombrio, antecipando o destino inevitável.
o uivo distante de uma Dracaenae rasgou a quietude, alertando os semideuses para o perigo iminente. a emboscada havia começado, eles não tinham mais chance. mais uma vez elói tentava gritar, mas nada saia. com olhos ardentes e presas afiadas, as dracaenae apareciam famintas. thabata, a filha de morfeu, era a primeira a reagir, conjurando ilusões temporárias para confundir as dracaenae em um ato de coragem. seu eu mais novo também reagia em seguida, sage junto consigo. a batalha desenrolou-se em uma situação caótica de lâminas e garras.
no entanto, a astúcia das Dracaenae era implacável e eles estavam em vantagem, havia mais delas do que deles. uma delas emboscou thabata, quebrando a ilusão do poder da semideusa e tornando mortal a ação. maxime se viu diante de um dilema angustiante, enquanto sage, em apuros, gritava por auxílio em desespero contra duas criaturas e tão mais próxima de si, a filha de morfeu era atraída para mais perto de uma armadilha longe demais.
o filho de Afrodite hesitou por um instante, olhando para a aflição nos olhos de thabata e para sage, cujos gritos ecoavam em sua mente com um peso maior. o amor que sentia pela semideusa era grande, perdê-la seria um golpe que talvez não iria superar. sabia que não podia salvar ambas a tempo, sequer conseguia alcançar thabata, na verdade. a decisão pesou em seus ombros, o coração apertado pela cruel escolha que ficava em sua frente.
maxime correu em direção a sage, seu chicote cortando o ar, mas a dor o consumia por dentro. os grunhidos das dracaenae se misturavam aos murmúrios agonizantes de thabata, que se debatia contra as garras do monstro. a distância entre eles crescia, inalcançável.
ao escolher salvar sage, sentiu o peso da responsabilidade e da perda. cada golpe que em conjunto com a namorada era desferido contra as Dracaenae, parecia uma punição por não ter conseguido alcançar thabata a tempo. o gosto amargo da derrota e da morte da amiga inundava seus lábios, enquanto a escuridão daquela noite se dissipava e com um chacoalhar em seus ombros, elói despertava.
em sua frente não havia sage, não havia o corpo sem vida de tabby, mas sim devora, sua irmã. a respiração ofegante, as lágrimas grossas que molhavam a face de Elói, nada disso era novidade. não era a primeira vez que precisava ser acordado e também não seria a última. quando a culpa lhe pesasse mais nos ombros e sentisse que a face de thabata estava fugindo de sua memória, elói retornava ao mundo dos sonhos para lembrar da amiga que perdeu.
mencionados: @mortimersage e @krasivydevora
musiquinha de fundo: safe & sound
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be-phoenix · 3 months
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Versos pouco conhecidos e controversos, quem sou eu perto de grandes mentes? Eu sou do povo, eu sou um Zé ninguém, alguns me conhecem, uns nunca me conhecerão, e a vida vai seguir o ritmo como sempre seguiu, o tempo que passou é um fantasma que não assombra, mas acompanha, já não me apego a aquela subconsciência de querer mudar os fatos como um eterno sonhador, mas vou fazer diferente sempre que puder e a vida me permitir a vida é um constante aprendizado então aprenderei o quanto puder... O futuro? Ainda está sendo construído e a esperança vai ser sempre de um mundo melhor independente do passado ou do presente✌️
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lizzie4iu · 4 months
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Após a designação da missão que partilharia com Ethan, Lizzie recebeu a profecia do Oráculo com grande preocupação.
"Não haverá percurso dividido. Deverão ir por lados opostos e assistirão o fim de todas as coisas na forma a qual conhecem".
A sentença proferida pelo oráculo pulsava na mente de Elizabeth enquanto preparava a mochila de sua viagem. Ela se negava a aceitar a interpretação que havia criado precipitadamente. Não mais poderiam caminhar em união, não haviam chances de que aquela relação obtivesse frutos bons o suficiente para que aquele sentimento pudesse perdurar por tantos anos conforme o que fora almejado por Elizabeth.
Não aceitaria a solidão tomar cada pedaço de si novamente, não após a compreensão do falecimento de seu pai. A solitude já havia sido substituído por boas companhias e os hábitos de fuga já residiam no passado. Sua vida estava em um marasmo delicioso no qual ela desfrutava o prazer de ser, apesar de tudo, uma "pessoa normal".
Não poderia sentar sobre sua cama e aguardar o horário daquele fim trágico romper com seu sossego. Entre as quedas de suas lágrimas, armazenava dentro da mochila as lembranças de cada pessoa com a qual conviveu durante aquele período no acampamento, deixando para trás qualquer vestígio de Ethan que pudesse lhe fazer repensar sua escolha tão precipitada. As fotos que tiraram juntos, a camiseta a qual usava para dormir, o colar que havia ganhado como presente de aniversário. Tudo fora deixado na gaveta da mesa auxiliar, como se naquele compartimento houvesse um caixão para tudo de positivo que haviam presenciado até ali. Sem a piedade de levar consigo o perfume o qual usava sempre que tinham os encontros românticos no campo.
Antes do amanhecer, fugiu pela fronteira mágica que cercava o acampamento. Desacompanhada. Miz, seu bastão mágico, estava prestes a ser esmagado em sua mão direita, tamanha a pressão que aplicava sobre ela. Chorava ruidosamemente enquanto tentava fugir das lembranças e vislumbres do rosto do amado. Pensava que a sua decisão pouparia a vida de Ethan, que não seria enviado àquela missão e que, consequentemente, não cumpriria a profecia. Acreditava que conseguiria alterar o futuro através de uma mudança drástica de pensamentos.
Refugiou-se na antiga residência do pai, escondendo-se de monstros e de semideuses durante dois anos. Optou por forjar sua morte após descobrir que uma equipe de resgate havia sido enviada para sua recuperação. Através de uma carta de despedida enviada à Quíron, a qual foi lida pelo diretor e entregue a Ethan, anunciou seu suicídio e pediu para que a perdoassem por sua decisão.
No terceiro ano sozinha, Lizzie se mudou para New Orleans, residindo no centro da cidade e atuando como secretária em um escritório de contabilidade.
No quarto ano, Lizzie começou a se relacionar com outras pessoas e, devido ao constante receio de gerar um novo trauma, não dava continuidade aos relacionamentos que começavam já sentenciados ao fracasso.
No quinto e sexto ano, dedicou-se a montar uma pequena loja de objetos de decoração, assinando com o sobrenome da família de sua avó paterna e tornando-se Elizabeth Killian.
No sétimo e oitavo ano a loja passou a prosperar, obtendo objetos mágicos como itens decorativos e ofertando cada vez mais lucro para Elizabeth, que estava experienciando uma vida confortável após tantos anos de sofrimento. Propôs a si mesma que daria uma nova oportunidade para o amor e assim o fez. Neste ano conheceu um homem que conseguiu, parcialmente, tê-la nas mãos.
No nono ano havia começado o namoro com o chefe de cozinha que rondava seus caminhos há certo tempo e sua casa vivia perfumada pelo cheiro de temperos e comidas refém saídas do forno, facilitando ainda mais que passasse despercebida pelos monstros. Passaram a dividir a mesma casa e esboçar planos para o possível amanhã, enquanto o fantasma do antigo amor ainda a visitava vez ou outra.
A casa possuía músicas proibidas, apelidos proibidos e limites acerca do passado de Liz. Ela podia jurar que ouvia som da risada de Ethan pela casa, assim como sentia seu cheiro em suas roupas. Sonhava com o possível filho, a possível casa e as possíveis viagens. A mobília do quarto infantil seria linda e iria escolher uma casa de campo distante de tudo para que pudesse viver cada segundo de sua vida junto ao seu amado.
Foram nove anos. Nove anos que passaram em um piscar de olhos.
Ao descer do carro, estacionado em frente ao seu lar, abriu o porta malas para retirar as sacolas de papel recheadas de insumos para a casa. Legumes, leite, farinha e açúcar. Pegou a embalagem nos braços e, ao erguer a cabeça, ouviu o som de passos se aproximando.
Um arrepio percorreu sua coluna e, notando a fragilidade a qual se encontrava, largou rapidamente das embalagens e se virou na direção do passos, buscando seu bastao mágico no bolso traseiro da calça jeans. E ali, das sombras noturnas, o vento trouxe um perfume único de uma pele conhecida.
"Quem está aí?" Exclamou com rispidez "Vamos, diga!"
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sinceramente não faço ideia do porque seu rosto aparece todos os dias em minha mente
não sei se é uma especie de lembrança de quem eu já fui ou dos medos que já tive
você me aparece em momentos do cotidiano, onde o simples desenrolar de um lençol me lembra dos nossos dedos entrelaçados
e cá entre nós, não fomos tão sinceros um com o outro, ou será que fomos?
sei que não fui sincera, e as vezes (quase sempre)sinto uma culpa tão intensa que chega a me corroer aqui dentro
miseravelmente…estou começando a acreditar que você é o fantasma dos meus erros e decisões ruins
mas só tenho a lhe confessar que por enquanto estou a conviver com seus olhos tristes que me trazem a todo instante vestígios do meu passado sendo ele irreal ou não
com todo meu coração eu espero não ser um fantasma pra você
mas se eu for, você me contaria?
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amaralim · 3 months
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                             𝐏𝐎𝐕 . 𝑡ℎ𝑒 𝑙𝑎𝑠𝑡 𝑔𝑜𝑜𝑑𝑏𝑦𝑒
                              𝘸𝘩𝘦𝘯 𝘺𝘰𝘶 𝘴𝘢𝘪𝘥 𝘺𝘰𝘶𝘳 𝘭𝘢𝘴𝘵 𝘨𝘰𝘰𝘥𝘣𝘺𝘦                              𝘪 𝘥𝘪𝘦𝘥 𝘢 𝘭𝘪𝘵𝘵𝘭𝘦 𝘣𝘪𝘵 𝘪𝘯𝘴𝘪𝘥𝘦                              𝘪 𝘭𝘢𝘺 𝘪𝘯 𝘵𝘦𝘢𝘳𝘴 𝘪𝘯 𝘣𝘦𝘥 𝘢𝘭𝘭 𝘯𝘪𝘨𝘩𝘵                              𝘢𝘭𝘰𝘯𝘦, 𝘸𝘪𝘵𝘩𝘰𝘶𝘵 𝘺𝘰𝘶 𝘣𝘺 𝘮𝘺 𝘴𝘪𝘥𝘦
Amara se revirava sem parar pela cama. O chalé de Éris não era o tipo de lugar que fora feito para ser confortável. Por mais bem decorado que fosse, a aura caótica pairava em cada móvel e parede. Estar ali era exatamente como estar na cabana na floresta que havia crescido junto de seu pai. Sempre havia uma sensação conflituosa e desconfortável como se algo terrível fosse acontecer a qualquer momento. E sabe o pior? Amara estava acostumada com essa sensação.
A areia mágica feita por Hipnos que carregava consigo era completamente útil para o que ela precisava: adormecer memórias. Entretanto, magia sempre cobrava seu preço e as várias memórias apagadas voltavam para assombrá-la durante a noite. Vez ou outra até mesmo alucinava mesmo estando acordada. Esse era apenas um dos fardos que Amara tinha nas costas. Fardos esses que ela nunca escolheu, mas que nunca foi lhe dada a chance de decidir. É isso que era ser um semideus, afinal: independente do que fazem, do quanto lutem, do quanto vençam... sempre serão todos tragédias.
Talvez quando Dante escreveu Divina Comédia tivera em contato com algum semideus também.
Mas apesar dos efeitos da areia, haviam certos fantasmas que não vinham de apagar memórias. Esses fantasmas as vezes eram até piores. Se espreitavam em sua mente sem fazer barulho ou chamar atenção e, quando se dava conta, acordava gritando ou soluçando. Sufocada com a culpa que jamais teria fim.
Esse foi o caso daquela noite. Onde o inconsciente da filha de Éris a levou para um passado que doía tanto que Mara mal era capaz de falar sobre. Viajou até uma de suas lembranças mais doloridas e cruéis. A de seu primeiro amor.
FLASHBACK . meados de 2010/20211
Achilles nunca havia sido o tipo de gente que ela costumava interagir, afinal, o tipinho dele quase sempre a irritava. Como se já não fosse péssimo o bastante ter um nome daqueles. Isso até serem forçados a trabalharem juntos em uma missão. Ele achava graça de como ela vivia estressada com tudo que se movesse, o que a estressava ainda mais. Ele era como a luz do sol. Ela era como a meia-noite. E por algum motivo, os dois trabalhavam muito bem juntos.
Achilles era um filho de Atena. Um guerreiro condecorado e admirado. Nem mesmo a própria deusa conseguia ignorar seus feitos. Já Amara, principalmente em seus primeiros anos no acampamento, prezava sempre por estar sozinha e mal interagia com ninguém. As falas dos daemons, a maldição e a morte de seu pai eram ainda recentes demais para que fosse capaz de assimilar tudo. Sem dizer que, caso permanecesse invisível, ninguém jamais a notaria. Ninguém jamais lembraria dela ou a amaria. E assim estariam a salvo.
Mas Achilles a viu. Ele sempre viu.
Depois da missão, ele e Amara se tornaram uma dupla em batalha. Fosse em outras missões ou em atividades em time como caça a bandeira, os dois sempre ficavam na mesma equipe. Sabiam que eram ótimos separados, mas que juntos eram estrategistas imbatíveis. Com o sangue da batalha e da guerra correndo em suas veias, lutar em dupla se tornou quase que uma dança que os dois nasceram sabendo fazer.
Foi sem nem perceber que Amara se afeiçoou a ele que, mesmo diferente dela em tantas coisas, em outras pareciam quase iguais. Achiles era dócil, era engraçado, calmo, amoroso, carinhoso. Coisas que ela jamais havia tido. Que nem mesmo se recordava mais como ser.
Quando ele disse que gostava dela, Mara sentiu o coração tanto se curar quanto se quebrar. Estava com tanto medo que ele se machucasse, mas já estava sozinha há tanto tempo também. Talvez pudessem ir devagar. Talvez até lá conseguisse alguma forma de reverter sua maldição. Talvez pudesse se abrir para alguém... só um pouco. A solidão era cruel e pesada demais para alguém tão jovem, certo?
Porém, ela não foi capaz de perceber quando o amor inundou os dois. Afinal, pela primeira vez desde que se lembrava, se sentia feliz, leve, em paz. Até que Amara se esquecesse das dores, dos traumas... e até mesmo da maldição. O sentimento de pertencimento era tão bom que desejava com todas as forças que jamais acabasse, mas a guerra vem quando menos se espera. E a grande batalha final contra Cronos e seus seguidores se aproximava cada vez mais.
Semideuses eram convocados para missões diversas, aleatórias e, principalmente, perigosas. Amara sabia que era quase impossível que Achilles não fosse convocado para uma delas logo e pedir que ele fugisse de tudo aquilo com ela seria egoísta demais. Ele era um herói de verdade, daqueles que se sacrificava pelos seus e que vivia pela honra. Enquanto ela era o completo oposto disso.
E, assim como ela já esperava, uma batida em sua porta durante a madrugada a despertou do sono. Achiles a esperava usando a armadura e pronto para deixar o acampamento numa nova missão. Ali ela foi tudo que não deveria: foi egoísta, implorou que ele ignorasse todos, que não fosse, que ficasse. Nada funcionou, é claro. Achilles não odiava os deuses como ela. Sua vida fora inteira para honrar Atena e morrer pela causa da mãe seria sua maior honra.
"Eu amo você. E vou voltar pra você." Essas foram as últimas palavras que Achilles lhe dissera. Últimas porque ele jamais cumpriu a promessa. Porque ele jamais retornou. Morreu como um herói, mas, para Amara, Achilles morreu também porque a amava.
Ela percorreu pilhas de corpos no campo onde ele estivera até que o achasse. Foi a primeira vez desde muitos anos que clamou para os deuses. Que clamou que o trouxessem de volta. Que a levassem no lugar dele porque, afinal, que falta ela faria no mundo? Nenhuma, é claro. Mas Achilles era amado, tinha família, tinha pessoas que se importavam com ele. Ele merecia viver. Não ela.
Os deuses, é claro, não a responderam, mas seus velhos companheiros, os daemons, a cercaram outra vez enquanto gritava e chorava com o corpo de Achilles nos braços. Eles cantarolaram por horas do mesmo jeito que fizeram quando ela vingou a morte do pai:
criança do caos filha da discórdia neta da guerra onde for, destruirá quem te amar, morrerá se lembre. se lembre. se lembre nascida para ferir e machucar
Se lembre.
FIM DO FLASHACK
Amara acordou num susto, engolindo um grito que ardia na garganta. O rosto era marcado por lágrimas e a cama estava revirada, cobertas e travesseiros caídos e espalhados pelo quarto. O queixo tremia enquanto ela encolhia o corpo e abraçava a si mesma, carente por algo que não teria. Sentindo um frio que nenhuma coberta poderia aquecer.
Depois da morte de Achilles não parou até conseguir sua areia mágica para que nunca fizesse aquilo outra vez. Talvez essa fosse sua verdadeira maldição: a solidão.
Se lembre. Se lembre. Se lembre.
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delirantesko · 25 days
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Anacronia (poesia, 2024)
Te escondi em minha máquina do tempo
Em tantas palavras que até me esqueço
Tantos presentes passados para o futuro
Giro até perder o pouco equilíbrio que tenho
Até morrer te visito para sempre
Anotando seus detalhes com meus olhos
Crio um clone seu em minha mente
Eles brigam até a morte e fico só
Nesse ciclo eterno de adoração
Te atormento como fantasma
Fazer o que se meu coração
Ressoa nos ecos da tua alma
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b-oovies · 2 years
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FILMES DE TERROR 👻🎃
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todos os filmes estão em ordem alfabética.
observação: se algum link não estiver funcionando, por favor, avise na ask, que iremos mudar o link.
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A Bruxa
A Bruxa de Blair
A Casa de Cera
A Casa Monstro
A Casa que Jack Construiu
A Família Addams 1
A Família Addams 2
A Família Addams (Desenho)
A Hora da Sua Morte
A Hora do Pesadelo
A Ligação
A Morta-Viva
A Noiva-Cadáver
A Órfã
A Órfã 2: A Origem
Abracadabra
Abracadabra 2
Arraste-me para o Inferno
Assim na Terra como no Inferno
Audition
Barbarian
Bird Box
Bodies Bodies Bodies
Brinquedo Assassino (Sequência)
Carrie - A Estranha (2013)
Carrie, a Estranha (1972)
Casamento Sangrento
Cemitério Maldito
Convenção das Bruxas
Convite Maldito
Coraline e o Mundo Secreto
Doutor Sonho
Drácula de Bram Stoker
Edward, Mãos de Tesoura
Elvira: A Rainha das Trevas
Entrevista com o Vampiro
Eu Sei O Que Vocês Fizeram no Verão Passado
Frankenweenie
Garota Infernal
Gonjiam: Haunted Asylum
Halloweentown
Halloweentown 2: A Vingança de Kalabar
Hannibal
Harry Potter (Sequência)
Hotel Transilvânia
Invocação do Mal (Sequência)
Jovens Bruxas
Lenda Urbana
Marcas da Maldição
Midsommar
Monster High (Sequência)
Não Olhe
O Babadook
O Estranho Mundo de Jack
O Exorcismo de Emily Rose
O Exorcismo da Minha Melhor Amiga
O Grito
O Iluminado
O Sexto Sentido
O Silêncio dos Inocentes
O Telefone do Sr. Harrigan
Os Fantasmas Se Divertem
Pânico 1
Pânico 2
Pânico 3
Pânico 4
Pânico 5
Pânico 6
ParaNorman
Pearl
Prom Night
Quando as Luzes se Apagam
Rua do Medo (Sequência)
Sede de Sangue
Sexta-Feira 13 (Sequência)
Slumber Party: O Massacre
Sissy
Telefone Preto
Terrifier
Terror em Silent Hill
The Closet
The Deep House
The Mimic
They/Them
Uma Noite Alucinante (Sequência)
Vozes e Vultos
We Need to Do Something
X
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vwestergaard · 6 months
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                               — 𝑑𝑖𝑑 𝑦𝑜𝑢 𝑡ℎ𝑖𝑛𝑘 𝑖𝑡 𝑎𝑙𝑙 𝑡ℎ𝑟𝑜𝑢𝑔ℎ?                          𝘈𝘭𝘭 𝘵𝘩𝘦𝘴𝘦 𝘵𝘩𝘪𝘯𝘨𝘴 𝘸𝘪𝘭𝘭 𝒄𝒂𝒕𝒄𝒉 𝒖𝒑 𝘵𝘰 𝘺𝘰𝘶
𝐼𝑙ℎ𝑎𝑠 𝑑𝑜 𝑠𝑢𝑙 _ 𝑡ℎ𝑖𝑠 𝑖𝑠 𝑎 𝒑𝒐𝒊𝒏𝒕 𝒐𝒇 𝒗𝒊𝒆𝒘!
AVISO: o texto seguinte contém abuso psicológico e violência física. A leitura não é recomendada em caso de desconforto.
Personagens citados npc's: Hans Westergaard, Ophelia Ashdown e Angus Ashdown Angus faceclaim: Will Poulter.
Sabe o que dizem sobre coisas ruins? Elas sempre podem piorar, e Verena sabia disso melhor do que ninguém. A contenção tinha feito com que ela perdesse um pouco do brilho, sentindo-se presa naquele lugar e como se isso já não fosse o bastante, tivera também o evento recente fazendo-a perceber coisas sobre si que estavam tão bem escondidas, que jamais conseguiu imaginar que existiam, além disto, tinha o pequeno detalhe da audição comprometida que voltava aos poucos, os chás e poções infelizmente não tinham um efeito tão rápido no corpo de Verena, e ela jamais pensou em investigar o motivo. De qualquer forma, a loira estava lidando com isso da melhor forma que poderia e a última coisa que precisava naquele momento era mais uma das infinitas cartas do pai, mas tinha algo diferente sobre aquela que encontrou assim que cruzou a porta do dormitório, a caligrafia não pertencia a Hans, mas sim a Ophelia.
Verena encarava o envelope descrente e incerta se deveria abri-lo. Por tantos anos imaginou como seria o contato com a mãe, a mulher sempre lhe pareceu um fantasma com acenos e poucas palavras, e a loira quase não tinha lembranças dos momentos anteriores a isso, era pequena demais para lembrar-se de qualquer afeto, mas sabia que ele existia, sentia em seu ser sempre que olhava a figura materna. Passados alguns minutos de reflexão, ela finalmente abriu o envelope revelando o texto que seguia a mesma caligrafia da parte externa, era realmente Ophelia. Lágrimas rolavam livremente pela face a medida que lia, e o peito que antes estava apertado, sentia alivio aos poucos por saber que a mãe estava melhor. Ao final, Verena não teve duvidas de que deveria aproveitar a liberação para diminuir aquela saudade e resolver as questões presentes no texto.
Ela arrumou uma bolsa simples, sem muita coisa pois tinha de tudo em casa e partiu para o centro de Norvina para que usasse o portal sem muitos questionamentos ou inconvenientes. Minutos depois já estava respirando profundamente o ar das Ilhas, aquele lugar sim era a sua casa, não Arendelle como o pai teimava em insistir. Bastou que chegasse ao centro para que reconhecessem a princesa e lhe dessem uma carona para o castelo que ficava no pico mais alto da ilha, Verena jamais chegaria lá sozinha e nem sabia se queria, pois apesar de sentir-se bem, precisava admitir que atravessar os portões do castelo sempre traziam uma sensação ruim ao seu âmago, era bom que não o fizesse sozinha, mesmo que na companhia de um estranho.
Os guardas a reconheceram assim que viram os cabelos dourados ao vento, liberando sua passagem e a escoltando até a entrada principal, mas a pedidos sua chega não fora anunciada, precisava ser Ophelia antes de Hans, ou esqueceria o que a levou até lá. No entanto, assim que adentrou ao salão principal, deu de cara com os dois sentados lado a lado, enquanto conversavam com quem ela poderia jurar ser seu tio, o rei dos vales de Bresta e o príncipe herdeiro que francamente só tinha visto uma vez, mas como esquecer sua cara de ânsia de vomito ou a prepotência que exalava de seu corpo? "Mamãe, pai.", chamou pelos dois ao aproximar-se, ignorando completamente a presença dos outros. "O que está acontecendo?", indagou curiosa enquanto os olhos prendiam-se a imagem de Ophelia, que lhe desviava o olhar.
"Verena, querida, essa foi a educação que demos para você? Não vai cumprimentar nossos parentes?", a voz de Hans era suave ao mesmo tempo que era gélida, seu olhar transmitia controle, como sempre fazia e Verena apesar de cansada, sempre acabava cedendo a ele. "Majestade.", reverenciou ao tio como havia aprendido a fazer e só depois voltou o corpo na direção do primo que a olhava com atenção, como se julgasse e avaliasse cada movimento seu, "vossa alteza.", completou sem reverencias, mantendo-se de pé ao meio dos quatro, mas antes tivesse sentado, pois logo sentiu a mão de Hans sobre seu ombro, ele havia levantado e se colocado ao seu lado, de modo que Verena nem percebeu. "Hoje é um dia muito feliz, minha filha voltou para casa e não poderia ter sido em momento melhor.", seu sorriso era largo e cordial, desfazendo-se no instante em que os lábios tocaram a face de Verena fazendo-a estremecer internamente e encolher-se. Ao sofá, Ophelia ainda não conseguia olhar a filha nos olhos e isso lhe lembrava muito a dinâmica quem sempre tiveram, seria a carta uma mentira? Não poderia.
"O que quer dizer com o momento não poderia ser melhor?", perguntou curiosa, o olhar desviando-se para Hans que continuava tão perto, que ela podia sentir o hálito gélido dele. O homem era tão frio e insensível que até o ar que exalava combinava com ele. Outra vez, aquele sorriso amarelo apareceu nos lábios do pai. "Sua mãe não contou?", respondeu em tom irônico, revelando nas entrelinhas que sabia da carta e da tentativa de contato entre elas. Os olhos de Verena se arregalaram em pavor e do outro lado, Ophelia fazia o mesmo, finalmente cruzando o olhar com o da filha. "Contou o que?", receosa, ela insistiu de modo mais firme. "Vai ver ela não queria estragar a surpresa, tão atenciosa minha querida Ophelia.", ele pronunciou ao virar-se para encarar a princesa, que assim como Verena, retraiu-se sobre o sofá, soltando um pigarro antes de responder, pois era claro que ele a forçaria a dar aquela informação para Verena. "Querida, seu pai e eu acabamos de acordar os detalhes do seu noiva com Angus.", a mãe pronunciou a contra gosto, incapaz de olhar Verena enquanto fazia, mas a inquietação de suas mãos sobre o colo transmitia o quão desconfortável estava com tudo isso.
Verena tentou desviar-se do toque de Hans que permanecia em seu ombro, para ir na direção da mãe e lhe perguntar se estava maluca ou implorar para que não permitisse. Mas ao mínimo sinal de que faria isso, os dedos de Hans apertaram seu ombro, não só mantendo-a no lugar, mas trazendo de volta o seu olhar para ele. Aquele maldito sorriso amarelo continuava estampado em sua face, "teremos um jantar de comemoração mais tarde, creio que esteja cansada e seu noivo também.", ele direcionou a última frase para Angus atrás dela, que apenas limitou-se a rir e assentir enquanto dava espaço para os Westergaard ficarem sozinhos, talvez fosse melhor assim, pois Verena estava ao ponto de explodir em ódio. "Você só pode estar de brincadeira comigo, me solte.", empurrou o braço do mais velho, distanciando-se dele para que finalmente pudesse ir até sua mãe, mas Hans a interceptou novamente, puxando-a pelo braço e forçando-a para que virasse para ele outra vez. Seu olhar era puro ódio e desprezo, e ela engoliu a seco qualquer outra resposta malcriada que pudesse dar a ele. "não pense em dar uma de louca outra vez, ou qualquer coisa do tipo, Verena. Não vou deixar isso passar em branco de novo, estou avisando.", seu tom era firme, sério e continha uma ameaça velada que lhe ficou clara no instante em que o olhar desviou para a mãe no sofá. Ele jamais tocaria em Verena, pois ela era seu trunfo, já Ophelia... era outra história.
"você está me machucando.", dizia enquanto tentava soltar o braço da mão dele, sem qualquer sucesso, "ótimo, vejamos se assim você me leva a sério, garota.", ele retrucou ao apertar ainda mais o braço da loira entre seus dedos, arrancando-lhe um gemido de pura dor. "você não pode me casar, é contra as leis.", ela protestou, soltando a primeira coisa que vinha em sua mente, mas deveria saber melhor que não teria efeito e só arrancaria uma risada sarcástica do pai. "e você também não pode fugir, mas isso não está a impedindo de tentar. Achou mesmo que eu não iria saber?", era um questionamento retórico, visto que Hans aparentemente sabia de tudo que Verena fazia, cada passo que ela dava. No entanto, saber disso não evitou a surpresa na expressão da loira, o olhar arregalado e apavorado na direção do pai. "vá para o seu quarto, descanse e vista a roupa que separei para você no jantar. Não ouse fazer nada contrário a isso, Verena, ou vai se arrepender muito.", concluiu soltando-a por fim, virando-se para ir em direção a Ophelia para que a tomasse pelo braço e levasse para distante da filha, mas não antes que seus olhares se encontrassem mais uma vez, e a mulher movesse os lábios em silêncio, "perdoe-me, meu amor.". As palavras atingiram Verena no meio do estômago, e ali mesmo ela desabou em lágrimas de desespero e dor.
                                                                                       [CONTINUA...]
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cavalodetroia87 · 1 month
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Quando você chegou eu conheci o amor ,no momento que te vi eu encontrei a luz .eu vi um anjo e toquei o céu pela primeira vez .eu quiz vc pra mim .eu quiz amar vc com todas as minhas forças .
Mas você já tinha alguém e eu não achava certo querer oq já tinha dono ,mesmo vendo a curiosidade em seus olhos ,não achava certo ,mesmo assim deixei transparecer os meus sentimentos e você percebeu .
Te dei uma brecha e você se aproveitou ,então eu permiti que entrasse mesmo sabendo ser errado eu só queria viver aquele amor ,sem medo e sem culpa .
Mas eu precisava que você escolhesse ,e no calor do momento você me escolheu .
E começou aí uma batalha infernal entre a razão e a emoção .
A culpa caiu sobre mim feito um raio direto em minha cabeça, uma luta diária e constante ,o medo me cercava e a insegurança me dominava ,a cada momento eu me via sempre na defensiva .
Foram momentos vividos cheios de incertezas e medos, vencido pela razão e deixando a emoção de lado você se foi não tinha como dar certo ,não suportando o abandono parti deixando você pra trás .
Os dias se arrastaram e anos se passaram , e novamente você cruzou o meu caminho ,dizendo dessa vez que ficaria.
Se fazendo crescer a esperança em meu coração . Grande ilusão forjada em sentimentos de posse , não era amor , nunca foi pra, vc hj eu sei disso , virei um brinquedo em suas mãos um fantoche guiado e conduzido por suas regras, iludido por suas falas doce de um falso amor prometido.por medo de te perder mais uma vez ,
Eu me agarrei em vc com todas as forças que haviam dentro de mim ,me abdicando do resto do mundo .
Quando eu já estava à mercê e completamente entregue a esse falso amor, você soltou as minhas mãos ,me deixando sozinho jogado ao chão sem rumo e sem destino.me vendo obrigado a me rastejar com o pouco de dignidade que me restava ,me levantar e recomeçar tudo do zero ,tudo q abri mão pra estar com vc. Me vi obrigado a abrir a porta e sair sozinho e curar minhas próprias feridas causadas pelo abandono, a humilhação e a dependência desse tóxico sentimento que eu chamava de amor .
Quando me vi de pé novamente me senti vencedor por ter vencido uma guerra interna por ter passado pelo inferno e sobrevivido, porém as cicatrizes deixadas e os traumas precisavam ser protegidos ,então eu me vesti de uma armadura me protegendo de qualquer invasão interna q pudesse me ferir novamente repelindo qualquer tipo de proximidade afetiva , eu prendi vc junto dentro de mim .
E por muito tempo você assombrou os meus pensamentos , mas a necessidade de liberdade me fez entender que eu precisava me libertar dessa armadura que apertava e sufocava meu peito , no momento que eu a arranquei te libertei junto e chorei , chorei como eu nunca havia chorado antes . Um choro de libertação ,eu te amei com todas as forças do universo ,eu implorava por vc eu não queria deixar vc ir e te perder mais uma vez .
Me vi diante de uma realidade onde eu percebi que não poderia ser amor oq ocupava meu peito ,era orgulho ferido , raiva e vaidade . Vc não passava de um fantasma do passado que assombrava minha mente ,hoje consigo enxergar com clareza .
Deixei você no passado onde é o seu lugar junto com todos aqueles sentimentos que assolavam o meu ser ,desfiz das armaduras q me pesavam os ombros .
Meu caminhar se tornou leve e a vida mais bonita e intensa meus dias coloridos e cheios de graça.
Hoje vc está onde sempre deveria ter ficado ,no passado . E eu caminhando rumo ao futuro vendo com outros olhos essa dádiva da vida que se chama presente .
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