Tumgik
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ǫᴜᴀɴᴅᴏ ᴘᴀʀᴏᴜ ᴅᴇ ᴏᴜᴠɪʀ ᴏs ᴘᴀssᴏs ᴅᴏ ᴏᴜᴛʀᴏ, ᴍᴀᴛᴛʜᴇᴡ ɴᴏᴠᴀᴍᴇɴᴛᴇ ɴᴀᴏ sᴇɴᴛɪᴜ-sᴇ ᴀᴘᴀᴠᴏʀᴀᴅᴏ. Claro, ter mexido com o literalmente rapaz mais poderoso de todo o instituto não era igual a brincar de trocar farpas com algum de seus poucos inimigos espalhados por lá. Aquela era uma forma muito mais perigosa -- e letal -- de diversão. Sabia muito bem que poderia ser morto e acabar sendo tachado como apenas mais um dos corpos que foram deixados pelo exército das sombras, e que estava fraco demais para manipular suas probabilidades para que saísse ileso dali; mas talvez fosse justamente por conta daquela sensação iminente de perigo que deixava tudo mais divertido.
Sentiu o portal de sombras sendo aberto atrás de si, e, saindo deste, o umbracinético. Fez questão de não olhar para trás até que ele se pronunciasse, permanecendo sentado com as costas relaxadas no tronco da árvore e o corpo praticamente escondido pelos arbustos, fingindo estar distraído com alguma coisa, o olhar perdido na mata que estendia-se à sua frente. E quando, por fim, o Ômega resolveu falar, Matthew deu um pulo, agarrando o próprio pano da blusa com uma das mãos no lugar onde devia ficar o coração, virando-se para Duncan com sua maior expressão de pseudo-surpresa -- obviamente estava fazendo aquilo no intuito de irritá-lo, de tentar mostrar para ele que já sabia que ele se teletransportaria, de que a pressão que sua aura maligna e intimidadora exercia não fazia efeito nenhum contra ele. Aproveitou aquela chance para descaradamente observá-lo dos pés à cabeça (não que aquilo fosse muito confortável de se fazer, já que estava sentado e o outro de pé), e, assim, guardar bem todas as suas feições: Agora tinha certeza de quem era o tal Ômega que rondava os corredores da instituição, sempre lhe provocando uma enorme curiosidade, sempre estando na lista de pessoas de que um dia teria que conversar, mas que nunca arranjava uma maneira de fazê-lo.
Bem, havia chegado a hora.
Depois de quase dez segundos do mais completo silêncio após as acusações do umbracinético, o bilionário deixou com que sua máscara tão ridiculamente falsa de garoto assustado fosse arrancada de seu rosto bruscamente: Fora em questão de milésimos que um largo sorriso espalhara-se no rosto do Alfa, exibindo todos os seus dentes brancos e perfeitamente alinhados; com ele, também veio acompanhado o brilho maldoso nas orbes castanhas escuras. Arqueou ambas as sobrancelhas, como se dissesse, silenciosamente “Veja só, você não é o único intimidador nesse lugar!”.
Por fim, quando pensou que suas expressões faciais estavam contando a Duncan mais do que qualquer discurso que Reyes poderia fazer, este voltou a falar, cínico e ousado: ❝O meu devido lugar?❞ perguntou, abrindo a boca de forma dramática, soltando uma curta exclamação de surpresa, como se não acreditasse no que ouvia. ❝Pelo o que eu me lembre, eu estava aqui quieto no meu canto, mexendo no meu celular, e você quem veio me perturbar.❞ dito isso, voltou a recostar-se no tronco da árvore atrás de si, fazendo com que o contato visual dos dois fosse perdido, esticando as pernas e passando uma por cima da outra. ❝Você é quem deve procurar saber qual é o seu devido lugar.❞
E foi assim que encerrara seu discurso, tendo quase certeza que acabara de assinar sua sentença de morte.
darken your odds | duncan & matthew
Depois de anos, Duncan sabia prever suas exaustões, sabia que estava chegando ao seu limite físico, mas não ao ponto de falhar tão miseravelmente. Conhecia aqueles portais bem, teoricamente — estes sendo a base do grande primeiro truque de Duncan, que era usar a própria escuridão de transporte, e também criar escuridão do nada, sem usar sombras e aumentá-las, criar escuridão em uma sala completamente iluminada de forma a evitar a criação de sombras. Admitia que aquele teste de seus poderes foi o mais irritante de toda sua carreira como mutante, por culpa de seus poderes e hábitos, o umbracinético desenvolvera uma grande sensibilidade à luz, aquele teste praticamente o trouxera uma das piores enxaquecas pela iluminação, criar a escuridão não era apenas um treinamento para saber a real natureza de seus poderes, mas também uma questão de alívio. Claramente, o Dunkelheit enxergava no escuro, e em dias escuros, ou quando ia escurecendo, os sentidos de Duncan aprimoravam-se de uma forma instintivas, da mesma forma que funciona com outras criaturas noturnas.
A parte em que Duncan usava o conceito dos portais em seu transporte, era completamente explorada todo dia, tanto que se não fosse a memória eidética, não saberia se guiar certamente dentro do instituto, Duncan tinha o mapa certo e detalhado do Instituto em sua mente, tivera tempo de rondar todos os corredores e já conhecera todas as salas que havia. Sabia o tamanho exato de cada sala de detenção, resultado do bom tempo que passara dentro de cada uma delas antes de começar a ter uma certa influência sobre as decisões que eram feitas sobre ele. De vez em quando, sem realmente uma frequência exata — apenas dependia da vontade dele —, resolvia dar a graça nos corredores do Instituto, como se reafirmasse aos alunos que ele estava lá, e que aquilo não era boa coisa [para os demais alunos]. Um ômega podia muito bem ser um grande sinal de problema e perigo, porque a verdade era, que não havia um ômega sequer que não fosse capaz de fazere o quer que fosse para alcançar seus desejos. Literalmente o que quer que fosse. 
Porque há um momento que tu percebes que o poder em tuas mãos pode te fazer invencível, que o dom que a genética te providenciou pode quebrar todas as barreiras impostas na tua frente. Há um momento quando se é ômega, que percebes que tu podes fazer tudo aquilo que queres fazer, e se a única consequência era ter humanos, seres que aprenderas sozinho que eram inferiores, te caçando, bem, esses humanos teriam pelo menos a chance de darem o primeiro ataque antes de estarem caídos no chão, nunca mais podendo levantar.
Ele ouviu o barulho do toque de um celular, e todas as indagações sobre como Duncan não previra aquele momento de exaustão caíra por terra, era obra de um terceiro. A confirmação da presença deste terceiro apenas fez Duncan transformar a frustração, em uma raiva direcionada a alguém. Isso nunca acabava muito bem. 
Ele se virou e graças à visão aprimorada pelas sombras, pode ver quem era este que agora tinha a raiva do meio-alemão, ele o reconhecia, vira seus arquivos da última vez que invadira o sistema do Instituto para saber dos novos alfas. 
Alfas eram a maior ameaça do mundo tranquilo e maníaco de ômega que Duncan Dunkelheit vivia. O umbracinético sentia o dever de saber sobre qualquer alfa que tivesse alguma chance de subir de nível, menor parte ele conhecia por nome, esta parte sendo Laurel Christensen e apenas — mas o motivo para isto era apenas conhecer Laurel há mais tempo do que podia se lembrar  a tendo como parte de sua família, esta limita a falecida mãe, ele mesmo e a Laurel como um tipo de membro honorário. Era mais fácil para Duncan ter ao lado um mutante que sabia exatamente do que ele era capaz e não tentaria o impedir nunca.
Duncan deixou o sorriso sádico, o único que seus lábios conheciam, surgir em sua feição. Os olhos azuis estavam de um tom eletrizante, com a perspectiva de causar dor e sofrimento mais uma vez. Era quase irônico como a genética funcionava em Duncan, mesmo com toda a escuridão nele, seus olhos eram claros demais e sua pele era sempre pálida demais. Como se algo superficial deste tipo pudesse compensar pela escuridão profunda que era sua alma. 
— Parece que alguém não aprendeu qual é seu devido lugar — disse transportando-se pela escuridão para logo atrás do outro mutante, que facilmente esquecera o nome, mas reconhecia a face dos documentos do lugar — Não me diga que serei eu a ensiná-lo isso.
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divxtes-blog · 9 years
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↳ Knave of Stars (Eleanor Carter & Matthew Reyes)’s moodboard: 1/??
❝ A friend is someone who can see the truth and pain in you, even when you are fooling everyone else. ❞
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divxtes-blog · 9 years
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ᴅɪɴɢ ᴅɪɴɢ ᴅɪɴɢ! ᴇ ᴀ ᴠᴇɴᴄᴇᴅᴏʀᴀ ᴇʀᴀ: ᴛᴀʏʟᴏʀ! Finalmente, aquilo podia ser dado como fato. Ela jogava bem -- bem sujo, na verdade, utilizando-se das memórias mais doloridas do moreno para depois poder atacá-lo com a pessoa que ele gostava (e que era um de seus segredos mais profundos) --, precisava admitir; ou, pelo menos, o faria apenas para ele mesmo. Ria das piadas dela e continuava a provocando apenas porque precisava sair dali com um mínimo de dignidade (já que do orgulho não sobrava mais nada), ao mesmo passo em que, com isso, mantinha a pose de garoto simpático que a ruiva lhe pedira para manter -- dois coelhos com uma cajadada só (se bem que não podia contar vitória por uma coisa tão pequena sendo que acabara de ser destruído nesse jogo de argumentação, ameaças e memórias).
Ao ouvir sobre o nível dela, Matthew levantou a cabeça e seu largo e belíssimo sorriso transformou-se em um curto e ínfimo: Porém, verdadeiro. Não era um sorriso sádico ou sarcástico; era um compreensivo, de quem finalmente estava recebendo algum prêmio de consolação depois daquela derrota de proporções incalculáveis. A detestava com todas as suas forças, era verdade, mas os dois viam um no outro a mesma coisa: Uma aliança preciosíssima. O americano via na garota tantas possibilidades futuras de golpes as quais poderia inserir a outra em seus planos; e, ela, muito provavelmente, via nele um milhão de portas abertas para desvendar os segredos de Bradcliff, além de uma proteção inestimável (afinal, ela agora estava -- mesmo que forçadamente -- do lado do maior cínico de toda aquela instituição, o que deveria ser, no mínimo, extremamente útil). Aquilo poderia desenvolver-se em uma parceria com os laços mais fortes que já existiu por ali; e, sinceramente, não poderia odiá-la tanto assim se pensava daquela maneira.
Entretanto, qualquer demonstração de simpatia fora desfeita no momento em que ela citara o rival mais uma vez. Murmurou o nome dele ao fim da frase dela, de uma maneira quase inaudível, desviando o seu olhar primeiro para o lado, depois voltando a encarar a garota, o embaraço voltando aos poucos às bochechas: Detestava quando era encurralado daquela forma. ❝É. Eu gosto dessa canção, sim.❞ admitiu, em alto e bom tom, apenas para acrescentar depois (e seu tom de voz saiu engraçado aos seus ouvidos, de tão humano e bobo que soou): ❝É uma das minhas favoritas.❞
E, novamente, quando ela voltou a falar, toda a bondade e inocência de Matthew fora retirada bruscamente. Começou a ouvir os termos que ela lhe propunha, assentindo com a cabeça vez ou outra enquanto Taylor falava -- todo o seu profissionalismo repentino apenas deslizando quando ela, mais uma vez, citara o nome de Nathan daquela forma tão provocativa (e, por mais que estivesse tentando impedir, talvez uma pontada de ciúme pudesse ser visível). Quando ela terminou de falar, então, Matthew ajeitou-se na cadeira, reclinando-se o máximo que poderia, cruzando os braços e olhando para cima, pensando no que poderia propor, e quais seriam as palavras que usaria (afinal, não poderia sair dali virando um escravo de alguém que mal conhecia). ❝Ninguém nunca vai saber que isso aconteceu, então? E nem de nada sobre a minha vida por você?❞ ele perguntou, mais uma vez, em confirmação. E, ao obtê-la, suspirou.
❝Então... Eu proponho que, fora daqui, sejamos “bons amigos”.❞ disse, fazendo aspas com os dedos. ❝Agiremos normalmente, eu com meu cinismo e você apenas concordando com meu personagem. Não precisaremos sermos melhores amigos, mas o básico para ninguém desconfiar caso você precise de mim para um favor ou vice e versa.❞ fez uma pausa, para arranjar a melhor maneira de completar sua ideia anterior. ❝Porque, claro, você também vai me ajudar caso eu precise. Bem como você disse... “Uma mão lava a outra?”❞ e deu uma piscadela nessa última frase, já que ela sabia que “precisar de ajuda” significava “colaborar para com seus esquemas psicóticos”. Por fim, levantou ambas as sobrancelhas, dando suas condições como encerradas. ❝Agora é a sua vez.❞
a helping hand. || Matthew&Taylor
O sorriso de Taylor se transformou na sua melhor expressão. Claro, quem também não ficaria feliz diante daquela situação? A princípio se sentiu tão frágil e sem nenhuma escapatória, o garoto a sua frente, era de fato forte e amedrontador, mas agora, ela via-se em uma situação oposta. Talvez fosse por esse motivo que ele era tão confiante, talvez estivesse sempre por cima, talvez por isso sempre se sentia assim, outras coisas como o seu sadismo, no entanto, esse poderia ser o principal motivo, e estar experimentando o outro lado era de fato prazeroso. O jogo ainda não havia acabado, então, não poderia abaixar sua guarda. De forma alguma.
Mesmo que não fosse a melhor situação, o garoto ainda tinha gosto de rir das tais piadas de Taylor, e provoca-la com palavras que faziam a ruiva se sentir uma completa tola, mas não era motivo para se sentir ofendida ou fragilizada, era uma deixa para interferir mais no resultado. Ele tinha o controle, mas ela tinha as informações. Poderia sim conceder algumas informações para o rapaz, sabia seus níveis, sabia suas habilidades, o que dava para ela mais uma carta na manga, ele não precisava nada de nada que poderia ser prejudicial ao jogo da garota, alguém como ela não cederia assim tão fácil.
– Bom, se você quer saber alguma coisa sobre mim… Como você já deve imaginar, eu sou beta, ou você acha que se eu fosse alfa ou ômega ainda estaria aqui, e/ou por acaso teria pegado suas memórias sem querer? – a garota falou, meramente envergonhada, odiava o nível que a tinham posto, e odiava não evoluir de forma rápida. – E o tempo que eu estou aqui não importa.
Se não fosse as condições e a situação que se encontrava, Taylor possivelmente trataria o garoto como uma pessoa comum, talvez de forma mais agradável do que os demais, apenas pelo fato da personalidade falsa dele, e toda a máscara que ele usa com a maioria. E mesmo que no momento o odiasse, não via motivos para ser sua inimiga, pelo menos não nas horas que precisasse. Simplesmente porque ele era tão bom em ser bom na maioria das coisas que faz, que além de poder contar com sua “ajuda” para vários assuntos, juntos eles fariam um grande estrago nas pessoas que entrassem em seu caminho, e esse eram os exatos pensamentos da garota. Provocações a parte. Taylor só o queria por perto pelos benefícios que com isso iria ganhar, muitos adoravam Matthew, caiam na laia dele, e o mesmo tinha controle sobre uma coisa bem importante, não poderia negar que iria adorar ter as probabilidades a seu favor. Ele também esperava isso, Taylor tinha certeza. Poder usar e abusar de algo assim não tem preço. E mesmo que quisesse ir embora, já que estava odiando o ambiente e enjoada da beleza do rapaz, era idiotice sair desse quarto sem certeza de que tudo iria ficar claro.
– Nome bonito esse, não é mesmo? – falou percebendo o desconforto do rapaz. – É como uma canção, uma que eu sei que você gosta muito, Matthew, não minta pra mim, eu conheço você, mais do que eu queria, mas conheço.
Qualquer mentira era absolutamente inútil, claramente, a garota sabia de todos os acontecimentos da vida do rapaz, e aprendia tudo de forma rápida e fácil, por seus poderes lhe ajudarem dessa forma. Conseguia encontrar na sua cabeça as imagens, os diálogos, todos os momentos, dos mais estranho ao mais comum, e qualquer joguinho de mentiras que ele tentasse jogar para cima de Taylor entrariam por um ouvido e sairia por outro. A mesma encarava ele, percebendo suas feições envergonhadas, sua boca se reprimindo, e era visível sua tensão, mas em outro momento, o garoto pareceu mudar de ideia sobre sua pose, ela estava esperando algum tipo de mentira ou qualquer tipo de mudança que pudesse acontecer.
– Eu te concedi algumas informações sobre mim, Matthew, agora você está sentindo na pele o que eu estava sentindo a alguns instantes atrás. Quero dizer, olhe para você. Tentando enganar alguém que sabe absolutamente todo o seu passado – Taylor disse, sorriu umedecendo os lábios diante daquela situação maravilhosa. O suor escorria por suas têmporas, chegando a chegar até seu pescoço, talvez fosse o calor do quarto por estar absolutamente tudo fechado, ou apenas a tensão que sentia em todo o seu corpo, era impossível não sentir algo além de prazer por causa de tudo aquilo. Não poderia falar nada idiota, agir como tal, ou ambos. Sabia tudo o que sentia pelo rapaz e tinha certeza do que ele sentia por ela. – Tudo que eu quero e preciso de você agora é cooperação. Essa sua feição é ótima, se continuar assim você vai longe com toda sua farsa, mas como isso não funciona comigo, e que você não quer conversar sobre algo tão interessante como Nathan, porque eu vejo que além de bonito, ele é bem interessante… – provocou. – Vamos falar de você me deixar em paz, de como ninguém nunca vai saber desse momento, quais são suas outras condições. Então, eu te digo as minhas e você me deixar ir embora.
Falou, depois sorriu sem mostrar os dentes. Qualquer que fossem suas demais condições, Taylor sabia que não passariam por cima das delas. 
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divxtes-blog · 9 years
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ᴇʟᴇ ᴇsᴛᴀᴠᴀ ᴘᴇʀᴅᴇɴᴅᴏ ᴀǫᴜᴇʟᴀ ᴅɪsᴄᴜssᴀᴏ, ᴛɪɴʜᴀ ᴛᴏᴛᴀʟ ᴄᴏɴsᴄɪᴇɴᴄɪᴀ ᴅɪssᴏ. Sua estratégia de tentar jogar limpo e sujo ao mesmo tempo voltou-se inteiramente contra ele, e, agora, ela estava alfinetando-o com todas as agulhas que poderia ter em mãos. Quando subiu o olhar para a garota novamente, vendo o seu largo sorriso estampado em seu pálido rosto, sentiu vontade de socá-la -- ele, afinal, não tinha aquela frescura de não permitir-se bater em mulheres; em questão de sexos, era bem igualitário (não que isso fosse cem por cento positivo, claro). Ela também tinha a consciência que estava conseguindo virar o jogo. E ele não poderia deixar aquilo de maneira alguma acontecer.
Permitiu-se rir ao som do mais novo apelido -- sinceramente, deveria começar a fazer uma coleção desses ("Lúcifer" entraria juntamente ao lado de "Mattie", "Knave", "Murphy", para apenas citar alguns) --, que ele achava que tinha total sentido em relação à ele; afinal, era inegavelmente bonito e maquiavélico, assim como o demônio citado. Brincando, chegou a até levantar o polegar, aprovando a alcunha. Após o pequeno gesto, abriu o maior sorriso babaca que conseguiu arrumar, revirando os olhos, como se dissesse, silenciosamente, "Pobre garotinha que não entende as coisas". ❝Deixa eu te explicar, então.❞ começou, a maldade colocada em cada sílaba da frase. ❝Eu fico, ou qualquer outra pessoa com mais de dois neurônios ficaria, muito incomodado quando uma pessoa sabe de tudo sobre mim e eu não sei nada sobre ela.❞ respondeu, como se estivesse explicando matemática básica para uma criança. ❝Eu só quero tentar balancear as coisas, Foguinho. E, se eu quisesse você morta, saiba que você iria viver um bom tempo antes de finalmente partir para o outro lado. Mas acho que você já tinha alguma ideia do meu prazer pelo sadismo... Isso é, se é que você conseguiu processar direito alguma memória minha.❞ provocou-a.
Descobriria segundos mais tarde que não deveria tê-lo feito.
Quando ela pediu-lhe que a tratasse como o resto dos outros alunos, contudo, ficou confuso. Demorou um tempo para raciocinar uma hipótese para tal afirmação, e, depois de alguns poucos segundos, chegou a conclusão de que, realmente, poderia ser divertido ver o quão cínico alguém poderia ser, enquanto você também pudesse manipular a máscara da pessoa como bem entendesse -- como um controle remoto, basicamente. Matthew riu para si mesmo ao pensar nisso; como pôde ser tão descuidado a esse ponto? Mesmo assim, por mais que tivesse acabado de virar um "cachorrinho" de Taylor, teria que ver alguma maneira de tirar proveito daquilo; tinha que existir alguma maneira, ah, teria -- sua sorte não o abandonaria tão facilmente assim. De qualquer jeito, seus devaneios foram cortados pela voz da ruiva (já estava começando a ficar enjoado dela), e, ao final de sua ameaça, suas feições passaram, em menos de um segundo, de ameaçadoras para completamente constrangidas.
❝N-Nathan?!❞ repetiu o último nome dito por ela, sua voz três oitavas mais agudas que o normal. Riu-se nervosamente por algum tempo, desviando o olhar para qualquer ponto do quarto que não fosse a garota, esperando que seu rosto não estivesse tão vermelho quando esperava que estivesse. Tentou recompor-se, pigarreando, parando com o riso e deixando permanecer apenas o sorriso torto -- este, porém, não estava mais dotado de tanta confiança quanto antes (principalmente por conta das bochechas extremamente coradas). Endireitou-se na cadeira, cruzando os braços, ❝P-Por que você citou o nome desse imbecil? Eu não dou a mínima pra ele!❞
Era mentira. Era mentira, e Taylor sabia disso. Não tinha como ela não saber. Não tinha como esconder nada de sua vida pessoal dela. Não sabia nem porque estava negando a razão de ela ter colocado o nome do rival na conversa. Envergonhado do próprio cinismo -- não que normalmente ficaria, mas, devido às suas expressões corporais patéticas, teve que admitir que estava sendo o cúmulo do ridículo --, ainda teve a cara de pau de manter o contato visual com a garota por mais algum tempo antes de desistir da pose, relaxando os ombros e reclinando-se na cadeira, fechando os olhos e os escondendo na palma da destra. Era horrível, mas, pela primeira vez, estava admitindo (mesmo que indiretamente) os seus reais sentimentos recentemente adquiridos pelo adversário que passara tantos meses odiando, torturando e divertindo-se com sua desgraça; e ainda estava tendo que fazê-lo para alguém que apenas sabia o nome (era por isso que tanto queria saber alguma coisa sobre ela, qualquer coisa)! Seu rosto pegava fogo pela vergonha, um sentimento que nunca lhe atingira tão fortemente quanto estava atingindo naquele instante (e agora podia dizer, com todas as letras, o quão terrível e humilhante era), e nem isso poderia esconder da outra, que, à essa altura, deveria estar deliciando-se com a reviravolta da situação.
Deu um longo suspiro antes de tornar a falar, afastando a mão do rosto ainda enrubescido, finalmente recompondo-se. Voltou à antiga posição do tronco inclinado, os cotovelos apoiados nos joelhos e as mãos entrelaçadas. Dessa maneira, os dois estariam no mesmo nível, e aproveitou essa deixa para olhar bem fundo nos olhos dela, odiando-a e xingando-a mentalmente de todos os nomes que lhe viam à cabeça -- e fazia tudo isso apesar do rosto sereno e envergonhado (o único sinal de nervosismo presente sendo os próprios lábios do rapaz, umedecidos constantemente pela ponta de sua língua e tendo seus cantos mordiscados vez ou outra). ❝... Certo.❞ respondeu, por fim. ❝Eu vou concordar no que você quiser, e você não vai contar nada do que sabe sobre mim, principalmente sobre quem eu sou de verdade.❞ concluiu. E, após isso, abriu um sorriso tão largo e belo que, somando ao fato das bochechas que ainda carregavam traços de seu embaraço, faziam com que aquele rapaz bondoso dono de sua máscara tão perfeita voltasse à ativa; assim como ela havia lhe pedido para fazer.
❝E agora que você ganhou o que queria, podemos, por favor, desviar o assunto para qualquer coisa que não sejam... Meus interesses românticos?❞
a helping hand. || Matthew&Taylor
Os lábios de Taylor se curvaram em um grande sorriso. A forma que o garoto agia na sua frente, só lhe dava mais certeza do que iria acontecer. Quer dizer, um garoto tão frio como tal, da forma que ela tinha visto, expressar qualquer tipo de sentimento era de fato um motivo de fraqueza. Atingir seu oponente com tais palavras era mais satisfatório do que com socos dados a mão, sim, dessa forma conseguia analisar como poderia rebater qualquer tipo de provocação ou sinal de ataque. Era o que ela pensava, e o que queria exercer. Ouvir insultos de alguém que não conhece, ou melhor, que nunca tinha visto antes poderia ser abusivo, se ela já não tivesse passado por situações semelhantes. Agir sem pensar poderia ser um ato idiota, mas a vida é repleta de coisas idiotas para cobrir outras, sendo assim, Taylor não se importava em agir de tal forma, e com tal audácia.
– O fato de “conhece-lo” não me diz todas as informações do mundo, até porque eu passei a saber exatamente tudo sobre a sua vida hoje à tarde.  E eu realmente não vejo o por que você quer saber tais coisas sobre mim, já que não vai aderir nada na sua vidinha, Lúcifer, ou na forma que você quer me matar.
A ruiva falou, o apelido – que a mesma criou no mesmo instante – foi a forma perfeita de descreve-lo. Diabolicamente perfeito. Mas isso não importava mais, tentar ganhar essa briga com provocações prazerosas talvez fosse algo que ambos odiariam, era o que ela achava. O moreno tentava e as vezes conseguia tirar Taylor do sério, cada palavra que saia daquela boca era um motivo para querer explodir sua cabeça, insegurança? Talvez, mas em momentos ninguém conseguia saber. E buscando em sua memória, tentou achar, por menor que fosse, a coisa mais profunda que poderia significar algo para o mesmo, e com certeza deixaria essa brincadeira mais favorável para ela. Seus pais, seus romances, suas mentiras e maldades, eram tantas que não conseguiria contar nos dedos nem se tivesse dez mãos, e a voz dele, que alta agora começava a ficar, ecoava na sua cabeça como uma música clichê e repetitiva. Medo, raiva, luxuria, todos os pecados, tudo que comprometia sua imagem de bom moço, memórias que se misturavam e assim, confundiam não só o seu passado, mas que tomavam posse da cabeça de Taylor. Não poderia toma-las para si como se fossem suas, mas conseguiam mudar sua cabeça se não conseguisse se controlar.
Probabilidades, jogos, e o maldito karma, talvez estivessem brincando com sua vida, talvez fosse obra do rapaz que berrante estava agora, mas alguma coisa poderia estar fazendo tudo se encaixar como um quebra-cabeça. Para que seus poderem te servem se eles não tem ajudam? Taylor modificava sua raiva para algo que, particularmente, achava que extraia seus poderes, e quando pensou mais um pouco, sentiu como se uma arma agora se materializa-se em suas mãos. Suas mãos tremiam, sua pele empalideceu-se rapidamente, e com o grito do rapaz, que chamara sua atenção, despertou de seu transe pessoal. Seus olhos levantaram até o rosto do moreno, que parecia desconfortável com a situação que se encontrava, fazendo Taylor soltar uma risadinha.
– Você está completamente certo – a ruiva levantou as mãos em sinal de rendição, como um simples ato, nunca se renderia tão facilmente. – Eu sei muito sobre você, tanto sei, que eu realmente ficaria lisonjeada de ouvir você falando da forma que sempre faz para todos! De verdade. Pode parecer insano, mas seria um grande entretenimento. Claro que eu tenho que pensar antes de falar algumas coisas, mas, vendo bem, saber demais sobre você me dão algumas vantagens, mas acalme-se, antes que pense alguma idiotice, sendo quase impossível porque pelo que eu sei, você nunca pensa nada que realmente seja útil. Eu não vou ser sua inimiga, ou sei lá. Pensa bem, se você me ajudar, eu vou te ajudar. Essa é a regra básica da vida, já ouviu o ditado “Uma mão lava a outra”?
A garota sorriu e depois ajeitou sua postura, sentando novamente na cama, mas dessa vez na frente de Matthew, era impossível não ficar nervosa na frente daquele garoto, por mais que ele tivesse uma boa aparência, e fosse tão sínico de fingir ser alguém completamente diferente do que realmente é, não poderia se deixar abater, aliás, os mais fracos são os primeiros a morrer.
– Mas… – Taylor continuou. – Não tenho o mínimo desejo de ter você como algo além de aliado, e você também sente isso, eu sei. E se quiser aprontar comigo, tentar me matar, seja lá o que esteja pensando agora, quero lembrar a você que eu realmente não tenho medo de você, não de verdade. Eu sei tudo o que você sabe, agora, está tudo bem aqui – a garota apontou para sua cabeça. – Para não termos duvidas, posso citar alguns componentes do meu jogo? Vamos ver, seus pais… Aquele caçador… – a ruiva olhou para cima como se estivesse pensando em alguma coisa, sorrindo e olhando para o garoto disse com seu melhor tom expressivo – O Nathan?
E, pelo que poderia ser considerado um estágio satisfatório, a garota se apoiou nos braços e cruzou as pernas, olhando para o rosto ameaçador do garoto que estava a sua frente.
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ᴀ ʟɪɴɢᴜᴀ ᴀғɪᴀᴅᴀ ᴅᴇ ᴛᴀʏʟᴏʀ, ᴊᴜɴᴛᴀᴍᴇɴᴛᴇ ᴄᴏᴍ ᴏ sᴇᴜ ᴏʀɢᴜʟʜᴏ, ɴᴀᴏ ғᴀᴢɪᴀᴍ ᴄᴏᴍ ǫᴜᴇ ᴍᴀᴛᴛʜᴇᴡ ʀᴇᴄᴜᴀssᴇ -- na verdade, faziam justamente o contrário, já que ele queria entender muito bem quem é que tinha a posse de todas as suas malditas memórias. Observou-a jogar a toalha para longe assim como limpar o sangue em seus lençóis com a mesma expressão carregada do mais puro cinismo: Nenhum dos dois fatos o havia, de fato, prejudicado-o de alguma maneira (a toalha fora um golpe dele, e ela fora somente espera em não aceitá-la; os lençóis sujos eram apenas mandar para a lavanderia e, caso a mancha não saísse, poderia muito bem comprar outros). Ambas as suas sobrancelhas ergueram-se ao final do gesto, e puxou um canto dos lábios mais uma vez, formando um torto sorriso -- algo como que dizia "é só isso o que você tem?".
Entretanto, não pôde segurar uma risada quando ouviu suas supostas motivações para tentar conhecê-la melhor. ❝Sério? Você me conhece tão bem de um momento para outro e ainda pergunta do porquê eu quero informações mínimas sobre você? Acha mesmo que sou eu quem está pensando pequeno, Taylor?❞ rebateu, com uma certa surpresa e expressões pseudo ofendidas (fazia questão de exagerar nelas, apenas para jogar-lhe na cara o quão estúpidas suas acusações haviam sido). Porém, teve que desmanchar sua pose de "falsamente atingido e magoado" para rir mais uma vez do último comentário da garota -- e, dessa, riu por um par de segundos antes de respondê-la propriamente (havia sido, certamente, a pior coisa que alguém poderia supor do moreno): ❝Eu, um qualquer?❞ disse, apontando para si mesmo com o indicador, com um sorriso tenebroso nos lábios (uma sombra de seu último riso). ❝Achei que você me conhecesse bem o suficiente para saber que eu sou muito mais além disso, Taylor. Às vezes eu me decepciono com essa sua cabecinha de ideias pequenas.❞
Estava sendo ousado, sabia disso -- afinal, ele estava muito ofensivo para quem teoricamente deveria estar em desvantagem. Justamente por conta do orgulho que basicamente saía por todos os poros de sua mais nova adversária, tinha total consciência de que ela iria parar de ser a passiva naquele joguinho dos dois e logo o contra-atacaria -- e ele tinha que estar preparado para isso.
Ajeitou-se na cadeira ao ouvi-la voltar a falar, inclinando-se mais uma vez em sua direção -- mas não chegando muito perto dessa vez, já que apenas apoiou os cotovelos em seus joelhos e levantou a cabeça pra a ruiva (que agora se encontrava em um plano mais alto). Levantou uma sobrancelha em confusão -- ela por acaso queria que ele falasse sobre ele por puro sadismo de ouvi-lo confessar cada crime e pecado que cometeu em sua vida? Se fosse isso, Taylor tinha realmente ideias pequenas --, mas logo foi desmanchada para dar lugar à um mínimo olhar de luxúria e, assim, retribuir o elogio feito com um pequeno flerte (passando a ponta da língua no lábio superior e dando uma mínima piscadela), e que, tão rápido quanto chegou, foi substituída para uma séria, tensionada. Desviou o olhar da ruiva, umedecendo os lábios, por puro nervosismo. Não gostava de pensar na noite que fora obrigado a deixar seus pais por conta de um maldito caçador de mutantes -- aquilo era um golpe em seu estômago (um dos golpes mais profundos que poderia receber; e que, diferentemente dos golpes físicos, este não o agradava de jeito algum). Mesmo assim, no momento em que a ruiva terminara de falar, subira o olhar novamente, este estando carregado não apenas de raiva pelas injustas suposições que ela estava fazendo, mas, principalmente, de dor.
Talvez Matthew Reyes ainda tivesse um resquício de sentimentos, escondidos dentro das entranhas de sua mente doentia.
❝As minhas probabilidades não "me avisam" de nada.❞ ele disse, quase cuspindo as palavras para ela. ❝Eu posso apenas manipular a chance de algo acontecer, assim como a sorte ou azar de uma pessoa. Mas não sou um quadro de avisos para receber mensagens mentais do tipo "Ei! Veja só, a probabilidade de um caçador de mutantes invadir o seu cassino e estragar uma boa parte de sua vida que era para ser teoricamente perfeita hoje está noventa e nove em cem, hein! Se eu fosse você, tomaria cuidado!"❞ respondeu, a cólera crescendo a cada sílaba pronunciada, por mais que seu tom de voz não se alterasse nem por um instante (mesmo que já sentia que sua raiva transbordaria e ele acabaria gritando em alguma parte da conversa). ❝Eu não sei a probabilidade de tudo o que vai acontecer na minha vida, ok? Eu só sei que eu posso modificar elas ao meu favor. Inclusive, se eu realmente soubesse que você teria as minhas memórias se a gente se esbarrasse em um corredor, você não acha que eu teria impedido isso de acontecer?❞ falou, raivoso, notando que havia minimamente se descontrolado -- como havia previsto há tão pouco tempo atrás -- e quase berrado as últimas palavras. Corou ao perceber o erro, encolhendo os ombros e desviando o rosto da ruiva.
❝Você sabe tudo sobre mim, já deveria saber disso.❞ murmurou, mais para si mesmo do que para a garota. ❝Pense um pouco antes de falar, droga.❞
a helping hand. || Matthew&Taylor
Poderia alguém tão sínico a esse ponto? Claro que poderia, a prova viva estava à frentede Taylor agora, zombando de sua cara, era ridículo a forma que ela se sentiadiante daquela situação. Não tinha saídas, o garoto, que claro, tinha que ter um poder assim, estava na sua frente, claramente demonstrando que tinha o controle da situação, mas isso não fazia ter mais medo, sim mais raiva, não conseguia prever o que ele poderia fazer com aquilo, a uma altura dessas, já deveria e estava fazendo de tudo para que qualquer tentativa de fuga ou pedido de socorro não fosse de forma alguma atendido, agora, estava sem muitas opções, e se ele tentasse fazer qualquer coisa teria que pensar rápido. Era tão assustador como um filme de terror, onde a protagonista faz tudo, menos sair de perto do perigo. Claro que a ruiva sabia como ele iria se comportar diante de uma situação como essas, mesmo que não quisesse, de um para a outra tinha passado a conhece-lo muito bem, sabia como deixava as pessoas com medo, com as fazia sentir em segurança, e como ele lidava com jogos perdidos. O que não era uma situação agradável para ambos, então, a garota resolveu não só cooperar para não causar confusão, mas sim para conseguir o que queria.
A toalha que nas suas pernas agora estavam só a deixavam mais brava, claro, era nojento o fato dela ter todas as memórias do rapaz, sabia muito bem quanto e como ele tinha usado isso. E mesmo que ele talvez fosse, em uma ocasião onde ninguém quer se matar, uma fonte de desejo sem fim, Taylor não queria ter na sua memória os momentos de luxuria do rapaz, e tampouco limpar seu rosto com uma coisa que passara por todo aquele corpo. Mesmo que fisicamente falando, o mesmo era muito bonito. Então, talvez por pura provocação, a ruiva passou a mão no sangue, limpando seu rosto com a mão, e depois passou nos lençóis da cama dele, umedeceu os lábios e depois disse:
– Por que quer saber? – removeu a toalha de suas pernas a jogando para longe, estava com medo, mas não se deixava oprimir por isso. Preferia morrer a dar uma de frágil. – Não entendo no que isso vai aderir no fato de que eu tenha pegado suas memórias. Se está perguntando isso para ter certeza se foi ou não de proposito, você está pensando pequeno. Eu nunca me interessaria pelas memórias de um qualquer.
Era divertido conhecer seu oponente de cabo a rabo, mesmo que ele fosse completamente insano, talvez isso não fosse a melhor situação, mas era visível que ele estava se esforçando para ter o controle de tudo, ou seja, isso importava muito para o mesmo. Ter suas memórias, saber de quem ele gosta, de quem não. Era como entrar na jaula de leões, mas conseguir doma-los da forma mais poderosa que possa existir, era assim que Taylor começara a ver as coisas. Não tinha o controle da situação, mas tinha algo mais importante, e se ele queria que nada saísse do controle, teria que cooperar. O rapaz quem sabe seria insano o suficiente para fazer algo de ruim, mas também não sairia ileso, toda essa conversa, todo esse tempo, era o suficiente para a garota conseguisse se recuperar, não completamente, mas da forma que precisava para mudar algumas coisas caso o moreno tentasse alguma coisa. Como se tivesse o pensamento “eu morro, mas não antes de causar um grande estrago”. Estrago esse que seria mudar o rumo e ritmo de coisas importantes, como boa parte do que aprendera sobre seus próprios poderes, e retirar o que conseguisse do que seu cérebro tinha construído em pró de seus relacionamentos, tais relacionamentos Taylor conhecia muito bem.
– Por que você não fala mais sobre si, Matthew? – a ruiva disse encarando o rosto pálido do rapaz, sentiu rodeada por seus planos, mas isso não era o fim do mundo e nem poderia ser. Talvez se conseguisse fazer o que estava pensando, talvez tivesse uma chance. – Não que eu precise de mais informações sobre sua vida, mas seria bom ouvir de você.
A garota se ajeitou na cama e sorrindo disse:
– Queria saber seu ponto de vista de alguns assuntos, tais de como todos te acham interessantes, não? Bonito… – mordeu o lábio inferior por alguns segundos e o olhou por inteiro. – E poderoso. Mas eu estou realmente curiosa para saber por que as suas grandiosas probabilidades não te avisaram de que aquele tal caçador de aberrações, que no caso somos nós, não era um simples jogar. E também por que não avisaram que eu iria pegar toda a porra da sua memória se nos esbarrássemos!?
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ᴏ ᴄᴜʟᴘᴀᴅᴏ ᴅᴏ ᴄᴀɴsᴀçᴏ ᴅᴏ ᴜᴍʙʀᴀᴄɪɴᴇᴛɪᴄᴏ ᴇsᴛᴀᴠᴀ ᴍᴀɪs ᴘᴇʀᴛᴏ ᴅᴇʟᴇ ᴅᴏ ǫᴜᴇ ᴘᴏᴅᴇʀɪᴀ ᴇsᴘᴇʀᴀʀ. Afinal, Matthew Reyes não estava definitivamente a mais de trinta metros de distância do Ômega, observando-o sorrateiramente por detrás de um arbusto com um sorriso malicioso no canto dos finos lábios rosados (sorriso este que destacava ainda mais a cicatriz vertical que tinha na boca, causada por um acidente de algumas semanas atrás -- e ele até acostumara-se com ela, já que percebeu que esta o acompanharia por um bom tempo). Mas, afinal, por que estava na floresta justamente quando Duncan Dunkelheit -- ah, sim, conhecia o garoto; conhecia-o relativamente bem, por mais que achasse que esse sentimento não fosse recíproco (Ômegas tinham uma grande fama naquele instituto, deve-se dizer) -- estava realizando seu treino? Por que ousou a mexer com as probabilidades dele, sendo que sabia que o nível do outro era superior ao seu? Por que, se queria tanto conhecê-lo mais a fundo, não aproximava-se, como uma pessoa normal faria?
Para responder à essas perguntas, voltaremos a alguns minutos atrás no tempo, aproximadamente quarenta e cinco minutos: No Pátio Aberto, em uma roda de "amigos" -- e por "amigos" lê-se pessoas que ele usa para manter a fama de um mutante normal e incógnito e para ganhar informações de outras pessoas ao seu redor -- Matthew estava discutindo com um deles sobre coragem quando este desafiou-o a burlar as regras do instituto e adentrar a floresta, ficando lá por algum tempo considerável, mandando mensagens para ele de tempos em tempos para certificar-se de que estava bem (afinal, a floresta não era um lugar tão mais seguro quanto antes). Um tanto receoso, aceitou o desafio -- mas não porque estava com medo; e sim para manter o personagem de aluno normal e incógnito aos olhos alheios.
De qualquer forma, não é surpresa que conseguiu passar muito facilmente por entre os monitores dos corredores e embrenhar-se naquele denso conjunto de árvores, que poderiam causar, em muitos, horror; em outros, admiração; e, para o americano, o mais puro tédio. Sinceramente, ele não via o porquê era tão divertido ir para aquele local proibido, sendo que nada de realmente "divertido" acontecia por ali.
A sua real surpresa foi, depois de alguns minutos de caminhada (e de duas ou três mensagens trocadas com seu desafiante), Matthew deparar-se com portais de sombras sendo abertos e fechados, bem na sua frente.
Deu sorte que Duncan não o notara -- ao avistar o alemão, rapidamente tratou de esconder-se atrás de uma árvore de tronco grosso --, mas continuou espiando o treino do outro sempre que podia, seguindo-o quando o rapaz movia-se de lugar, sendo sempre o sortudo de acabar encontrando-o todas as vezes que se teleportava. Entretanto, por mais que aquele joguinho fosse deveras empolgante (era ótimo observar o Ômega treinando, quase como um cientista observando sua cobaia), ele precisava acabar logo. Afinal, Matthew conhecia o umbracinético de longe, ouvindo boatos aqui e ali sobre as coisas que havia realizado em seus anos de instituto -- e ele deve admitir que ouviu a cada um deles com horripilante curiosidade e admiração. Contudo, nunca teve qualquer prova concreta das coisas que ouviu dizer. E isso, para ele, não significava nada.
Era a hora de colocar as teorias em prática.
Teve que utilizar-se de uma grande quantidade de seu esforço mental para fazer com que o outro moreno se sentisse esgotado -- porém, aquilo felizmente deu certo depois de um certo tempo, fazendo com que o próprio Matthew acabasse por se cansar. Porém, mesmo da distância em que estava, podia sentir a frustração do outro crescendo pelo treino mal encerrado (fora ele quem indiretamente a criaria, afinal), e sorriu mais ainda ao percebê-la. Estava brincando com fogo, sabia disso: Mas precisava ver de perto o que Duncan era capaz de fazer, mesmo que isso significasse que precisaria apanhar um pouco -- talvez essa também fosse uma prova para ele mesmo: A prova de seu sadomasoquismo extremo e tão bem escondido nos confins de sua mente perturbada.
Ainda observando-o de longe (já agora sentado atrás dos arbustos, com as costas encostadas em uma árvore), como um felino observaria uma presa, tentou diminuir a respiração ofegante o máximo possível, enquanto seus olhos castanhos continuavam fixos em Duncan, esperando o seu próximo movimento, seja lá qual fosse ele. E estava tão estático quanto uma pedra, invisível aos olhos do outro garoto, quando um som alto de vibração pôde ser ouvido, quebrando a tensão estabelecida entre os dois e chegando a assustar o americano: Era o seu celular, avisando-o sobre mais uma mensagem do amigo. Da maneira mais rápida de que pôde, amaldiçoando-o mentalmente, tratou de respondê-lo (com um simples e grosseiro "estou bem") e guardar o aparelho no bolso mais uma vez. Mas, quando o fez, já podia ouvir o som de passos indo em sua direção. Sabia de quem era -- oras, de quem mais poderia ser? --, mas  não ficou com medo, apesar da adrenalina começar a correr por entre suas veias. O brilho maldoso voltou ao par de orbes, enquanto mordia o lábio inferior, esperando a chegada do outro.
Aquela seria uma ótima batalha entre os dois maiores sociopatas de Bradcliff.
darken your odds | duncan & matthew
Duncan comemorava oito dias de privação de sono, não exatamente comemorava, aquele era um fato desapercebido pelo umbracinético, algo sem valor, para ser mais exato. A privação de sono era uma escolha própria de Duncan, ele simplesmente preferia usar seu dia de folga do treino como o dia que dormia, ao invés de deixar sua intensa tentativa de aprimoramento para dormir por algumas horas e então voltar. Seu corpo funcionava melhor com o desgaste, seu poder fluía melhor quando ele não parecia ter mais recursos. Como um instinto dentro dele. Duncan havia se tornado a umbracinese. Ele e sua mutação eram um único ser, a mesmas máquina, que funcionavam em perfeita sincronia, algo esperado para um ômega. 
Havia também mais de oito anos que colocara seus pés pré-adolescentes naquele lugar. No seu primeiro dia no Bradcliff ele era um garoto magricela e imaturo, levado por sua raiva e o luto pela mãe. Estranho e antissocial, passou seus anos de desenvolvimento sozinho até os dezoito anos, quando uma pessoa que ele poderia considerar alguma amizade chegou naquele lugar. Mas isto não fez do alfa — seu nível na época — uma criatura aberta. Suas características principais em que os alheios o conheciam mantiveram-se as mesmas, apenas seu controle de raiva parecia ter se aprimorado. Duncan havia deixado os sentimentos animalescos de lado, inclinando-se fora de sua humanidade também, tudo graças a sua busca pelo seu eu mais aperfeiçoado que o anterior. 
Uma luta de grandes consequências para ele. Que em um mundo paralelo poderia conseguir impressionar o pai apenas pela inteligência, sem precisar provar para aquele não mutante o quanto ele era superior em  todos os sentidos de seu ser. 
Duncan não sabia se procurava aprovação ou submissão de seu pai, realmente.
Ele se distraiu demais com seus pensamentos, enquanto procurava por uma forma de não se desgastar ainda mais com os portais de energia escura que havia recém descoberto em seu extenso arsenal de habilidades mutantes. Ele se sentou num tronco derrubado jogando a cabeça para trás aceitando aquela dor terrível em suas têmporas. O cheiro de sangue apenas aumentava e ele sabia o significado daquilo. Havia encontrado um limite, mais uma vez o mesmo limite havia sido atingido pelo umbracinético, e todas essas horas não dormidas junto da frustração estavam o levando a um caso novamente do sentimento animalesco que vivia solitário dentro do vácuo de escuridão que era a alma dele. Mesmo sentimento que ele decidira-se largar anos atás, sentimento que ele saberia que seria o fim, o mais puro sentimento de fúria que tinha tanta facilidade em cegar o umbracinético.
Algo como seu treinamento era o que fazia a vida de Duncan, era estava a única coisa que ele se importava em fazer, e toda a frustração sobre o treino ativava em Duncan instintos que fora ensinado a ter, aqueles instintos que distorciam seu senso de humor, instintos que marcavam em letras garrafais o nível de perigo que Duncan era em seus documentos de aluno do Instituto Bradcliff. Se ele notasse que isto era obra de terceiros, seria o fim da calma, de existência discutível, de Duncan, principalmente no meio da floresta. Por um momento ele deixou-se sorrir maliciosamente com a perspectiva de causar dor a alguém mais uma vez, como se esta fosse uma necessidade básica. Talvez até fosse, talvez até mesmo podia-se se considerar o sadismo a água da sociopatia de Duncan Dunkelheit.
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ᴍᴀᴛᴛʜᴇᴡ ᴄᴏɴsᴇɢᴜɪᴀ ᴘʀᴀᴛɪᴄᴀᴍᴇɴᴛᴇ sᴇɴᴛɪʀ ᴏ ᴄʜᴇɪʀᴏ ᴅᴏ ᴍᴇᴅᴏ ᴅᴇ ᴛᴀʏʟᴏʀ, ᴏ ǫᴜᴇ ᴇʀᴀ, ᴀᴏ ᴍᴇsᴍᴏ ᴛᴇᴍᴘᴏ, ʜɪʟᴀʀɪᴏ ᴇ sᴀᴛɪsғᴀᴛᴏʀɪᴏ. Em sua cabeça, já armava um leque de possibilidades do que ela poderia pensar para fugir dali, e já deixava suas probabilidades tomarem conta de tudo -- afinal de contas, ela até poderia ter roubado suas memórias, mas o moreno era especialista em entrar na cabeça dos outros e adivinhar o que estavam pensando. As portas e janelas trancadas provisoriamente haviam sido um ponto positivo em sua ameaça, mas precisava de mais: O celular que ela tinha no bolso da calça... Qual a probabilidade de ele subitamente acabar a bateria, justo nesse momento? Que infortúnio. O notebook de Matthew em cima da escrivaninha ao lado da cama, e, consequentemente, ao lado de Taylor (apesar da possibilidade de ela tentar usá-lo, ser mínima, era bom precaver-se)... Qual a probabilidade de ela levar um choque elétrico caso o tocasse? Realmente, uma pena. As pessoas no corredor... Qual a probabilidade de elas estarem conversando tão animadamente sobre uma festa que teria na piscina dali pouco tempo que sequer notariam que teria uma refém desesperada por ajuda em um dos diversos quartos masculinos? Que azar.
Realmente, estar sendo ameaçada por um manipulador de probabilidades era muito injusto.
Entretanto, apesar de conseguir fazer isso tudo ao mesmo tempo, Matthew não era um Deus: Depois de armar-se contra qualquer pedido de ajuda que pensou que Taylor poderia tentar realizar, acabara por sentir um cansaço imenso ao manipular três probabilidades (sendo que uma delas era extremamente grande e complicada -- a da festa, já que envolviam muitas pessoas realizando uma mesma ação) de uma só vez. De qualquer forma, quando o fez, no meio do monólogo de Taylor sobre o quanto ela não queria as memórias do bilionário -- e pelo menos nisso os dois poderiam dizer que concordavam um com o outro --, deixou com que sua respiração ficasse mais pesada, a cor fugisse um pouco de seu rosto, os ombros relaxassem, os olhos se fechassem e o tronco se reclinasse na cadeira em que estava sentado, afastando-se da ruiva. O cansaço em todas as suas expressões corporais era completamente visível; mas a questão era que ele queria demonstrar o quão cansado estava, como um aviso silencioso de que havia usado seu poder em demasia (se ela tinha todas as suas memórias, então ela já deveria suspeitar de tal feito), e, portanto, armadilhas invisíveis haviam sido colocadas ao redor dos dois. A parte mais divertida disso era que, apesar de agora ela saber como havia sido toda a sua vida, sobre todos os garotos e garotas que havia tido relações amorosas em seus anos de cassino, sobre toda a sua fortuna, sobre todos os inimigos e amigos que já teve e tem, sobre todas as pessoas que manipulou e ainda manipula, sobre como agiu durante todos os seus vinte e três anos, sobre todas as escolhas que já fez, sobre todas as suas opiniões sobre todos os assuntos possíveis... Ela não tinha chance alguma de saber o que ele planejaria no futuro. Talvez poderia tentar chutar alguma coisa que Matthew seria capaz de fazer, mas, se ela sabia tanto sobre ele assim, também deveria saber o quão imprevisível ele era capaz de ser.
Sinceramente, aquele joguinho entre os dois estava mais divertido do que ele esperava que fosse.
Apenas voltou a abrir os olhos quando ela, agora sentada, resolveu ameaçá-lo -- se bem que... Aquilo havia sido realmente uma ameaça? Eram palavras tão patéticas e repletas de incerteza e pavor que Matthew sentiu vontade de rir (e, se não fosse pelo quão cansado estava, com certeza gargalharia; porém, limitou-se a puxar o canto esquerdo da boca, em um mínimo sorriso debochado). ❝Claro que você não tem medo de mim.❞ ele concordou, meneando com a cabeça, e, apesar de sua fala ter sido límpida de qualquer emoção, a ironia estava quase estampada nas palavras tranquilas. Seus olhos castanhos percorreram todo o quarto vagarosamente, em silêncio (silêncio este que poderia até ter deixado a outra desconfortável, mas que fazia bem para os ouvidos do rapaz), até que pararam na cadeira que ficava em frente à sua escrivaninha -- e, consequentemente, na frente do tal computador que Taylor não poderia tocar.
Em cima da mesma, havia uma toalha azul. Suspirou olhando para ela; era a mesma que havia usado para se secar do último banho que havia tomado, há não muito tempo atrás (mais precisamente, assim que chegara em seu quarto depois do término das aulas daquele dia). Esticou o braço para apanhá-la e viu que ela já estava seca. ❝Aqui está.❞ disse, simplesmente, jogando-a para a garota na cama -- ela não precisava saber que o objeto estava sujo, isso era apenas um detalhe. Além do mais, caso suspeitasse ou adivinhasse, bom seria: Afinal, o ato de emprestar uma toalha usada para Taylor limpar-se (sendo essa a ironia da ação) significava, disfarçadamente, que suas indiretas não o haviam atingido. O garoto levantou ambas as sobrancelhas quando a toalha repousou em cima das coxas da garota, e seu sorriso tornou-se um pouco maior. ❝Mas não pense que acabamos com as perguntas, Taylor.❞ disse, endireitando-se na cadeira. ❝Ainda tem muitas coisas que eu quero saber sobre você... Como, por exemplo, o nível em que você está e há quanto tempo você está em Bradcliff.❞
a helping hand. || Matthew&Taylor
Os lábios da mesma tremiam quando ela disse:
– Taylor – respirou fundo, se afastando o máximo que conseguiu do garoto que muito próximo de si estava. – O meu nome é Taylor.
Dês do primeiro dia que chegou em Bradcliff, sentiu que lá não era o lugar seguro que tinham falado, mas isso era outra coisa totalmente diferente. Já era extremamente inoportuno o fato da mesma ter arrecadado as memórias do rapaz de uma hora para a outra, não precisava ser ameaçada em um momento como aqueles. Achava que tudo era apenas um simples teste da sua cabeça, porque era quase impossível que ela arrecadasse todas as memórias de uma pessoa, já que não conseguia nem ao menos resgatar algumas das suas próprias lembranças, ou entrar na cabeça de outras pessoas, não poderia ser em um simples toque que a ruiva iria fazer tudo isso de uma só vez, ou poderia? Talvez esconder o seu medo seria o melhor a fazer, mas ele estava visível nos seus olhos, não poderia existir um ser vivo que não ficasse com medo daquela cena. Ficar desacordada por um longo período depois do que acontecera era assustador até demais, no entanto, ficar presa no quarto de um garoto que a essa altura poderia ser enquadrado como um sociopata, era apavorante.
A garota, já tentando elaborar qualquer tipo de plano, levantou da cama, ainda sentindo o sangue escorrer de seu nariz. O quarto do garoto parecia ser como qualquer outro, mas a única porta, agora se encontrava trancada, assim como a janela, ou seja, ela tinha chances zero de conseguir escapar, e estar presa com alguém com o controle das probabilidades era muito injusto – era assim que ela pensava. Como poderia mudar o seu jogo, sem que saísse encrencada, ou machucada? Talvez mudar algumas memórias do rapaz seria muito arriscado, principalmente porque ele poderia já prever que a mesma poderia fazer isso, e não tinha jeito, não poderia simplesmente sair correndo e pular em cima do mesmo, agarrando sua cabeça, esperando que seu poder funcione depois de ter sido absurdamente explorado. Taylor encontrava-se vulnerável, e odiava esse estado.
– Eu não faço ideia de como isso aconteceu. Eu não… Não me importo se essas são as coisas mais importantes na sua vida, ou seja lá o que for, eu não as quero pra mim! – falava, enquanto olhava o moreno nos olhos, era como se visse a imagem do próprio diabo, um belo diabo, mas isso não era hora de pensar no sexo oposto com atração carnal.
Procurou dentro de si uma coragem Hercúlea. Mesmo que no momento estivesse parecendo muito confiante, tentava provar a si mesma que isso era tudo mentira, não era possível que o garoto fosse lhe fazer algo de ruim, ele também parecia sentir medo, talvez de que Taylor espalhasse todas as informações que conseguira, talvez de outra coisa. Porém, ela queria acreditar que o mesmo não chegaria ao ponto de matá-la, ou fazer alguma outra coisa radical, não, ele não poderia correr o risco de ser expulso, não com o motivo que o impedia. Ele era ruim, amedrontador, mas nenhum pouco burro. E mesmo que a situação não fosse favorável, Taylor não era apenas um bebe indefeso, sempre dava um jeito de sair de encrencas, não era essa que iria ferrar sua estadia no instituto Bradcliff.
– De qualquer forma, você não me assusta – enquanto falava isso, mantinha seus punhos cerrados e o maxilar firme, não queria tremer, ou até mesmo gaguejar, mesmo que tivesse certeza que hoje não era o dia do fim de sua vida, todas as fibras do seu corpo imploravam para sair correndo, ou quem sabe pedir ajuda. Mais pessoas moravam nesse lugar, será que era impossível alguém escuta-la? – Eu sei muito sobre você, na verdade, sei praticamente tudo, e mesmo que eu não queira nada desta merda, eu não posso impedir meus poderes. Acredite, eu já tentei – assumiu, e depois que se recompôs falou: – Então, quando você vai ser gentil e me dar algo pra limpar esse sangue do meu nariz? Pessoas gentis costumam ter muito credito comigo, costumo guardar tudo… Na minha memória.
Jogou seus cabelos pra trás apenas para manter a forma de quem não dava a mínima, mas sua boca tremia tanto que seus dentes batiam um no outro. Sendo assim, o único som que a garota escutou em todo aquele tempo que os dois se mantiveram em silencio, que ao seu ponto de vista fora um eternidade.  
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ᴛᴏᴅᴀ ᴀ sᴜᴀ ᴀʟᴇɢʀɪᴀ ᴘᴇʟᴏ ᴅᴇsᴘᴇʀᴛᴀʀ ᴅᴀ ʀᴜɪᴠᴀ ғᴏɪ-sᴇ ᴇᴍʙᴏʀᴀ ᴀssɪᴍ ǫᴜᴇ ᴇʟᴀ ᴛᴇʀᴍɪɴᴀʀᴀ ᴅᴇ ғᴀʟᴀʀ. Seu sorriso simpático e preocupado desmanchou-se, e ele olhou-a, incrédulo, por alguns poucos segundos, com a boca levemente aberta e os olhos um tanto arregalados. Não poderia crer no que estava ouvindo: Ele havia dado uma cópia de toda a sua memória para ela? De todas as coisas que poderia acontecer com ele naquele dia, tinha que topar justo com uma mutante que absorvia memórias? E, de todos os mutantes que ela poderia absorver as malditas memórias, tinha que ser justo a dele? Justo a do rapaz que esforçava-se há tantos anos para manter uma imagem de garoto respeitável e incógnito? Aquilo não poderia ser verdade... Apenas a sensação de imaginar perdendo tudo o que havia conquistado em Bradcliff e acabar tendo que enfrentar anos horríveis em sua busca pela classificação Ômega com pessoas perseguindo-o por vingança pelos seus diversos "crimes" cometidos fazia seu estômago afundar.
❝Então agora você sabe.❞ ele disse, abaixando a cabeça, enterrando-a entre suas duas mãos, arrasado. Sua respiração saía entrecortada, como a de alguém muito cansado -- imbecil, imbecil, imbecil, quem mandou querer ter alguma coisa de interessante acontecendo no dia? Podia estar muito bem morrendo de tédio na internet, mas, ao mesmo tempo, impedindo a sua tão perfeita máscara de ser descoberta por pessoas que não deveriam ter feito isso. Poderia muito bem sacrificar um único dia em que as horas se arrastassem infinitamente desde que isso significasse a perfeição de seu disfarce. Afinal, os indivíduos que tinham o privilégio de serem escolhidos para saberem sobre ele passavam por um rigoroso processo de seleção para que Matthew tivesse a certeza de que poderia brincar com eles à vontade sem que fosse exposto ao resto do instituto. O problema, agora, era que alguém que ele sequer sabia o nome sabia de tudo sobre sua pessoa: Literalmente tudo, já que ela havia absorvido suas memórias (coisa que provou-se verdadeira quando, em um ato de desespero, o moreno tentou alterar as probabilidades de ela não saber nada sobre ele, o que mostrou-se impossível -- só poderia alterar probabilidades que estavam acima de 0%  e abaixo de 100% de acontecer, e, portanto, a absorção de suas memórias era verdadeira).
Contudo, não poderia deixar com que ela o vencesse assim tão facilmente. Não estava completamente derrotado, estava? Era apenas mexer alguns pauzinhos com aquela menina e assim conhecê-la melhor; tentaria, de alguma forma, jogar sujo e limpo ao mesmo tempo, se é que era possível -- e se não era, agora teria que ser. Depois de um longo suspiro, levantou a cabeça, com os olhos castanho-escuros tão frios quanto o próprio bilionário por dentro, e abriu um sorriso que era desprovido de qualquer resquício de felicidade ou simpatia.
❝Eu não sei o que aconteceu. Você acha mesmo que eu queria ter passado minhas memórias pra você?❞ perguntou, e o sarcasmo utilizado foi tão absurdo que até poderia ser palpável. ❝Afinal, são das minhas memórias que estamos falando. Elas são as coisas mais pessoais que tenho... E as mais perigosas, também.❞ completou, colocando, de forma dramática (e um tanto irônica) a mão no peito, inclinando-se ainda mais na direção da ruiva em sua cama. O seu sorriso amentou um pouco, mas, dessa vez, foi carregado com a maior maldade que poderia colocar em uma única expressão facial (e ali, daquela tão curta distância, a garota poderia imaginar que estava olhando para o rosto de um demônio -- um demônio bem atraente, vamos confessar, mas ainda um demônio). ❝Não precisa ter medo de mim, se você já sabe tudo o que eu fiz e tenho capacidade de fazer.❞ e a sua fala, apesar de ter um tom sincero, fora a maior ironia que poderia existir naquela conversa: Afinal, suas memórias eram o motivo exato para se ter medo dele. ❝Vamos ser amigáveis um com o outro: Você sabe tanto de mim, e eu não sei nada sobre você, uma pobre menina indefesa deitada na cama do meu quarto, e que, oh, veja, está com a porta trancada.❞ disse, de uma maneira inocente -- e Matthew naquele instante soou tão puro e descontraído que nem parecia que estava ameaçando a ruiva indiretamente; ela poderia ter as informações, mas ele ainda detinha a fonte delas em seu poder.
❝Vamos começar com o básico: Qual o seu nome?❞
a helping hand. || Matthew&Taylor
Mesmo que Taylor tentasse, ela não conseguia se encaixar em um mundo onde não poderia usufruir de seu poder no momento que quisesse. Era ruim o suficiente ficar trancada em um instituto onde a maioria das pessoas só pensavam em estudar, treinar, e viverem suas vidas como devem ser, a forma que ela via isso tudo era bem triste. Talvez fosse egoísta demais para não entender os motivos alheios, no entanto, a ruiva não se cansava de procurar motivos para se divertir um pouco. Mas a mesma não esperava muito do dia de hoje, principalmente porque parecia ser o dia mais frio do ano, como ela odiava tais coisas que a impedia de, quem sabe, dar uma escapada. Começou o dia tendo aulas insuportáveis, depois teve que fazer alguns trabalhos, e a forma que estava acabada era de dar dó. Mesmo que soubesse de tudo – já que seus poderes lhe dão essa dadiva –, era obrigada a estudar mais e mais, se quisesse finalmente se tornar uma Alfa e chegar mais próximo do dia em que poderá ir embora. Não que tivesse muitas expectativas sobre lá, mas deveria ser bem melhor do que Bradcliff.
A cada passo que dava, a cada suspiro, sentia que 1% da sua sanidade escorria por seus ouvidos, arriscou até por fones nele, só para ter certeza de que isso não estava acontecendo. Depois que Taylor chegou nesse lugar, sua vida passou a ser tudo o que ela nunca quis, os estudos, obrigações, até mesmo as pessoas que via tinham virado uma rotina só, a única parte boa era quando treinava seus poderes, dentro ou fora de aula, mesmo muitas vezes teve que passar bastante tempo estancando o sangue que saia do seu nariz por abusar dos mesmos, era aí que todos sabiam que era hora de parar. E nas últimas horas, tinha treinado bastante, tentando achar qualquer risco de memória que tinha sobre as pessoas que lhe deram a vida, mas era muito difícil, e doía mais do que mil cortes com laminas cegas. Foi então que decidiu ir atrás de algo pra se distrair.
O primeiro lugar que passou foi a lanchonete, estava praticamente vazia, ou seja, zero chances de alguma coisa legal acontecer, logo após seguiu para o jardim, andou o máximo que seu corpo deixou no frio, achou que seus ossos estivessem congelados assim que entrou novamente, xingou algumas vezes por não ter um poder relacionado ao fogo, talvez conseguisse se manter quente, ou algo assim. A ruiva já estava ficando nervosa por apenas estar pensando tanto, e não fazendo nada! Chutou uma lata de lixo e depois berrou para si mesma:
– Por que eu não posso ter um poder eficaz como todo mundo? – Atraindo assim, os olhares curiosos de alguns que passavam por ali.
Constrangida, saiu rapidamente do lugar, odiava quando as pessoas sabiam que ela tinha qualquer tipo de conflito consigo, sempre quis passar a imagem perfeita, e não era nesse lugar repleto de pessoas estranhas que ela iria perder o controle. Não mesmo.
Decidiu que o melhor lugar parar ir era a sua última alternativa, a sala de lazer – mesmo que a ruiva não encontrasse nenhum “lazer” lá –. No corredor, andou de cabisbaixa, para não chamar nenhuma atenção das pessoas que ali se encontravam, mesmo que fosse impossível não notarem algo como muitos chamavam de “cabelos de fogo”. Esperava passar o resto do seu tempo apostando alguma besteira com algum idiota, mas não foi o que aconteceu. Estava chegando na sala, quando chocou-se de frente com um garoto, mas não tinha sido apenas um esbarrão comum, de forma alguma, no momento que Taylor encostou no rapaz de cabelos pretos, e olhou em seus olhos, sentiu seu corpo ficando mole e na mesma hora desmaiou. Os momentos em que ficou completamente apagada, não lembrou de nada, mesmo que isso não se encaixasse com seu poder. Teve apenas algo que por muitos era classificado como sonho, das memórias do garoto, que para si passaram-se por algum motivo desconhecido. Era estranho e amedrontador saber de toda a vida do rapaz, como se fosse um filme sendo projetado, ou uma aula com todas as memórias dele, das mais alegras, ás mais obscuras.
Só acordou algum tempo depois, deitada em uma cama estranha, em um quarto estranho, com um nem tão mais estranho a olhando. Mas o que estava a preocupando na verdade, era o fato de que por algum motivo, todas as memórias do rapaz estava em sua cabeça, como se fizessem festa em sua mente. Via a infância do garoto, sua família, era como se passasse a vida diante de seus olhos, mas no caso, a vida projetada não era nem de longe a sua. Conseguia ver a ganancia e o poder do rapaz em sua mente, e no momento que ouviu a doce voz do mesmo que do seu lado agora estava, seu nariz começou a sangrar.
– Mais que diabos? – falou colocando a mão no sangue. – Eu estou bem… Confusa, muito confusa! O que aconteceu!? Por que você passou toda a droga da sua memória pra mim? – olhou para o garoto, de ótima aparência física e péssima aparência mental. E mesmo que estivesse assustada, sabia que tinha achado a distração que estava procurando.
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divxtes-blog · 9 years
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a helping hand. || Matthew&Taylor
ғᴀᴢɪᴀ ᴜᴍ ʙᴏᴍ ᴛᴇᴍᴘᴏ ǫᴜᴇ ᴍᴀᴛᴛʜᴇᴡ ɴãᴏ ᴠɪᴀ ᴀʟɢᴜᴍᴀ ᴄᴏɪsᴀ ᴅᴇ ɪɴᴄᴏᴍᴜᴍ ᴇᴍ ʙʀᴀᴅᴄʟɪғғ. Claro, tirando o evento do ano novo -- o qual resultou em seu pior inimigo contorcendo-se de dor na cama de seu quarto, deixando o americano desesperado e sem saber exatamente o que fazer (mas isso é uma outra história) --, aquela escola andava silenciosa demais para seu gosto. Quer dizer, silenciosa pela sua perspectiva. Sua rotina estava realmente começando a virar uma rotina, no sentido mais puro da palavra, e ele tinha medo de afogar-se em tédio completo -- Matthew era do tipo que odiava desperdiçar dias inteiros fazendo nada. Por isso, quando levantou-se da cama naquele dia, pensou se, por acaso, não poderia acabar alterando algumas de suas próprias probabilidades em uma tentativa de ver se o seu dia não acabava se tornando mais emocionante.
Acabaria por descobrir depois que jamais deveria ter feito aquilo.
Era um fim de tarde relativamente frio aquele de sexta-feira. Os corredores estavam cheios de alunos que estavam aproveitando o final das aulas e do início do fim de semana, conversando alegremente sobre o que fariam dali a pouco. "Festa no meu quarto, meninas!", "Vamos dar um pulo na floresta, por diversão?", "Amor, tenho uma surpresa..." era o que mais ouvia. Blá blá blá blá blá, todos por ali eram tão chatos e comuns. Aparentemente nada ali poderia deixá-lo animado, nada de diferente poderia acontecer, ninguém poderia parar para conversar com ele, todos os seus conhecidos sumiram de sua vista e ninguém era uma boa vítima o suficiente para que pudesse aplicar o seu tão famoso joguinho de sorte e azar. O americano estava ficando entediado (fato que podia ser nitidamente observado pela sua brusca mudança de postura do início de sua caminhada por aquele corredor até o final da mesma -- no começo, estava de cabeça erguida, confiante, animado; no término, de cabeça baixa, olhos cansados, derrotado), e aquilo era algo que ele jamais poderia permitir que acontecesse. O que iria fazer se não conseguisse uma diversão de carne e osso? Ficaria na internet o resto da noite? Montaria e desmontaria castelos de cartas? Brincaria com seus dados até não poder mais?
Não, não, suas probabilidades não poderiam tê-lo decepcionado; elas tinham reservado uma situação inusitada para o moreno. Mas talvez, quem sabe, nem tivesse sido elas mesmo quem tivessem colocado uma garota de cabelos absurdamente alaranjados no caminho do garoto, andando no mesmo sentido, porém, na direção oposta da sua; talvez quem pudesse ser realmente o encarregado de toda essa situação fosse seu velho inimigo karma. Ah, o karma... Até o dia em que Matthew consiga expandir o seu poder ao ponto de controlar essa energia, ele a odiará profundamente.
De qualquer forma, o encontrão que esses dois protagonistas da situação tiveram logo no fim do tal corredor em que ambos andavam por não deveria ter sido inusitado: Matthew e a tal ruiva até então desconhecida apenas estavam distraídos com seus devidos pensamentos e esbarraram um no outro. Contudo, algo a mais acontecera ali, algo que o bilionário não pôde compreender: Quando o toque entre os dois foi feito, juntamente com o contato visual, a garota desmaiou. Como se tivesse levado uma pancada na cabeça, fechou os olhos e estatelou-se no chão. Assustado e sem reação, Matthew ficou olhando para o corpo da garota -- que felizmente ainda respirava -- aos seus pés, piscando diversas vezes. Tudo havia sido rápido demais para que ele pudesse processar. E, quando por fim recuperou-se do choque, pouco tempo depois, ajoelhou-se ao lado dela, com as mãos trêmulas, para que pudesse observá-la melhor: Pele extremamente pálida, fios laranja-berrantes e repicados, feições delicadas; não era alguém que ele conhecia (lembraria-se muito bem daquela cor de cabelo). Olhou ao redor da cena: As pessoas aparentemente não haviam percebido nada do que havia acontecido; para elas, Matthew olhava para apenas uma menina que estava dormindo no chão, nada demais. Qual seria a probabilidade de alguém desmaiar no meio de um corredor e ninguém mais perceber?
Sem querer levantar suspeitas maiores, aproveitou que seu quarto não estava muito longe e tomou a menina nos braços, levando-a para lá -- afinal, já passara uma vez uma noite na enfermaria e, por experiência própria, sabia muito bem o quão ruim eram aquelas macas (e também porque estava curiosíssimo com que havia acontecido; não era burro o suficiente para deixar-se acreditar que aquele desmaio havia sido exatamente inocente -- afinal, foi um encontro de dois mutantes; sabe-se lá o que poderia ter acontecido).
□□□
Demorou um certo tempo para que a garota acordasse; certo tempo esse que foi o suficiente para deixar Matthew ainda mais curioso e intrigado sobre ela e sobre o desmaio. O que diabos havia realmente acontecido ali?
Contudo, ela finalmente acordara, para alegria do moreno. Ao perceber o mínimo movimento por parte da outra, rapidamente inclinou-se em sua direção (estava sentado em uma cadeira posicionada ao lado de sua cama, onde ela estava repousada), abrindo o seu sorriso mais simpático e preocupado de todos -- principalmente naquele tipo de situação, não poderia deixar com que seu disfarce de garoto bonzinho pudesse deixar-se ser corrompido. ❝Bom dia, Bela Adormecida.❞ cumprimentou, brincando, mesmo que sua voz ainda tivesse um quê de preocupação. ❝Está tudo bem com você? Você desmaiou do nada, sabe...❞
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divxtes-blog · 9 years
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E você e o Nathan, vão se pegar quando?
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No dia em que formos compatíveis. Ou seja, nunca.
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divxtes-blog · 9 years
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Não! Não, não, não, tá ótimo do jeito que tá. Me sinto bem seguro.
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Eu... Acho que eu sairia correndo pro banheiro mais perto possível pra me limpar. Levi, seus experimentos sociais são bem peculiares, sabia?
Tem escrito “Do not cross”, dã. Será que devo enrolar mais uma vez pra criar outra camada?
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Aliás, qual seria sua reação se alguém urinasse em você? Experimento social, óbvio.
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divxtes-blog · 9 years
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Mas o que--?! Ei! Levi, me solta!
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Posso saber como é que eu enrolado em fita policial vai me ajudar a me proteger de uma ruiva sedenta e selvagem?
É um experimento social. E pro seu próprio bem. Ouvi boatos de uma ruiva sedenta e selvagem à solta no instituto.
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Cuidado, esconda seus orifícios.
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divxtes-blog · 9 years
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Ahm... Claro. Mas por que quer que eu faça isso?
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Eu não estou. Mas é engraçado te encontrar aqui, Matt. Me faz um favor, segura aqui uma das pontas da faixa.
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divxtes-blog · 9 years
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Eu iria até me oferecer ajuda pra procurar essa pessoa especial, mas já que você não está fazendo isso, mesmo...
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Don’t mind me, estou apenas dando uma volta com minha faixa de policial. Sem procurar ninguém em especial, claro.
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divxtes-blog · 9 years
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ɴᴀᴏ ᴘᴏᴅᴇ ᴅᴇɪxᴀʀ ᴅᴇ ʀɪʀ sᴏʙʀᴇ ᴀ ʀᴇsᴘᴏsᴛᴀ ᴅᴀ ᴍᴏʀᴇɴᴀ sᴏʙʀᴇ ᴀ ᴍᴏʀᴛᴇ. Afinal, suas mãos realmente estavam gélidas, como normalmente eram (era muito raro ver as mãos do americano estarem em uma temperatura normal, o que era, ao mesmo tempo, irônico e curioso: Irônico porque ele mesmo se considerava uma pedra de gelo -- em relação à sua personalidade --, e curioso justamente por conta da ironia. Às vezes, era como se suas probabilidades se alterassem sozinhas para causar essas tão inusitadas e divertidas situações). Porém, riu mais ainda quando ela chamou-o de babaca naquele timbre de voz tão dócil; ria não por diversão (por mais que esse fosse o tom do riso), mas sim por pena: Sabia que, se ela soubesse a sua real personalidade, aquela mesma palavra seria dita em uma conotação totalmente diferente.
E era por causa dessa ambiguidade que Matthew gostava tanto da máscara que usava em Bradcliff.
Recebeu o soco no ombro sem que ainda tivesse afastado as mãos do rosto de Hope, fazendo com que, quando ela se virasse para que pudesse bater nele, o americano acabasse segurando ambas as bochechas da menor. Normalmente, teria fingido estar com vergonha e as afastaria dali imediatamente -- contudo, seu histórico de pequenos flertes com a garota dava-o total permissão para que ele continuasse com as mãos exatamente onde elas estavam. ❝Eu, babaca? Tem certeza de que tá falando da pessoa certa?❞ perguntou, com uma falsa e travessa expressão de indignação, levantando uma das sobrancelhas. Depois disso, deixou com que seus dedos passeassem levemente pelos lados de sua mandíbula, para que logo parassem nas mechas negras da outra que caíam sobre seus ombros. Parou ali um minuto para que pudesse mexer nelas distraidamente, enquanto seus olhos, perdidos, olhavam ao redor da cena, onde os dois únicos atores presentes eram aquela dupla: Haviam pétalas solitárias caídas ao redor dos dois (pétalas estas pertencentes a uma única flor, ele observou) e um cigarro apagado no banco próximo a eles -- e o cheiro que o mesmo exalava fez Matthew lembrar de seus anos de cassino, onde, além do odor de álcool, o de nicotina era extremamente presente.
❝Eu gosto do sol da manhã.❞ o moreno respondeu-a, afastando os dedos do cabelo dela (bem como as memórias de sua vida antiga), colocando ambas as mãos no bolso da calça. Olhou para o horizonte e abriu um curto sorriso, admirando a tonalidade laranja que ele adquiria. ❝Se bem que eu prefiro muito mais o pôr-do-sol.❞ completou, voltando a olhar para a mutante, dando uma piscadela. Depois disso, deu a volta no banco e sentou-se nele, cruzando ambos os antebraços atrás da cabeça e esticando bem as pernas -- e, terminado de ajeitar-se, novamente olhou para Hope e para o lugar vago ao seu lado, convidando-a a juntar-se a ele (se bem que ele não achava que aqueles olhares sugestivos seriam necessários). Esperou com que ela se sentasse para voltar a olhar para o pátio aberto vazio, abrindo e fechando a boca algumas vezes, dando a impressão de que queria começar algum assunto, mas que não sabia como -- ótima maneira de tentar dizer, apenas com gestos, de que sentia um mínimo de timidez perto dela (era uma boa maneira de manter o personagem do rapaz normal que era perto da garota -- e, na verdade, de mais um monte de pessoas). Por fim, mais uma vez, seus olhos dirigem-se ao chão, bem para o lugar onde as pétalas estavam esparramadas. Matthew sorri, e abaixa-se para pegar duas delas.
❝Hope, Hope, Hope... Não me diga que você estava brincando de "love me or love me not".❞ zombou, mostrando-a as "provas" (não tinha 100% de certeza no que estava dizendo, até porque o cabo da flor não estava em algum lugar visível, e, portanto, aquelas pétalas não significavam muita coisa). ❝Está apaixonadinha, é?❞ provocou, deixando com que um sorriso malicioso aparecesse em seus lábios -- e talvez isso fosse a coisa mais verdadeira que Reyes já chegara a demonstrar perto dela.
a variable in the damn game. || Matthew&Hope
Hope havia acordado pela manhã e foi fazer sua caminhada diária pelo Instituto. Sempre era comum vê-la pelo jardim, colhendo algumas flores ou apenas bebendo um café amargo antes de comer seus pães com geleia de morango. Ao chegar no jardim, caminhou lentamente até um canteiro de margarida e pegou uma flor. "Hm… isso me deu uma ideia", Hope arqueou as sobrancelhas bem delineadas enquanto segurava a margarida pelo cabo.
Isso não era um tipo de brincadeira que Hope fazia, mas ela estava sentindo uma enorme vontade de fazer aquilo. Talvez a garota que nunca se apaixona, foi, surpreendentemente, flechada pelo cupido? 
— Loves me, loves me not… —  Repetia Hope com uma centelha de esperança, arrancando as pétalas da margarida que acabara de colher de um dos jardins de Bradcliff. O sol havia nascido há pouco, e ela era uma das únicas a caminhar pelo campus àquela hora da manhã. Quase pôde sentir o cheiro dos ovos Benedict que seriam servidos dali a algumas horas no café da manhã, ou ouvir a voz da professora Mira dando mais uma de suas aulas incríveis. Ela definitivamente odiava estudar em um lugar isolado.
— …loves me not —  Sussurrou num tom quase inaudível, jogando o cabo da flor próximo a outro canteiro e fungando, alcançando seu maço de cigarros contrabandeados no fundo do bolso da saia incrivelmente curta. "Merda", pensou enquanto acendia um dos cigarros, equilibrando-o entre os lábios e tragando-o, soltando em seguida uma longa baforada de nicotina.
Passou as mãos pelos cabelos castanhos bagunçando-os de leve, enquanto tentava arquitetar em sua cabeça a melhor maneira de fugir dali. “Talvez pular o muro não seja lá uma das melhores ideias”, riu com o próprio pensamento, enquanto observava o alto muro de pedra coberto por uma camada de cerca farpada que circundava os limites de Bradcliff. Pressionou a ponta de seu cigarro contra o assento de um banco para apagá-lo — mesmo não tendo ainda chegado na metade da droga — e rasgou um pouco mais a meia-calça preta que cobria a pele da menina até a altura dos joelhos com as unhas afiadas e pintadas de um tom vermelho-sangue. Estava completamente imersa em seus pensamentos quando sentiu duas mãos gélidas cobrirem os seus olhos. Descobriu quem era assim que uma voz familiar ecoou em seus ouvidos.
— Mas que diabos…? Hm… Eu não sei, é a Morte que veio me levar? —  Comentou em um tom irônico e não evitou deixar um sorriso se formar no canto dos lábios — Me solta, Matthew! Seu babaca — Sussurrou, rindo, e virou-se para dar um soco leve no ombro do maior — Achei que só eu tivesse o hábito de passear pela manhã.
E quase como num filme o dia pareceu clarear um pouco mais. Matthew parecia trazer aos dias da garota um tipo de alegria que só ele sabia como reger. Ou isso simplesmente fosse deslumbramento seu, mas Hope sabia que havia algo diferente nele. Sentia-se infinitamente melhor em sua presença, como se ele fosse revestido com uma camada de todas as coisas boas existentes no planeta. Sua amizade era algo especial, e, em frente a ele, que exibia um sorriso que Hope gostava tanto, sentiu-se sortuda.
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divxtes-blog · 9 years
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Já devo ter visto os dois conversando juntos. "Clary-cabelo-de-macarrão" não me é estranho.
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Se me mostrar uma foto, aí a probabilidade do garoto quase morrer de dor de barriga amanhã vai aumentar pra uma entre uma e meia, o que já é muita coisa.
Riley Baldwin, a bicha louca estilista amiga daquela Clary com cabelo de macarrão, sabe? Ele.
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divxtes-blog · 9 years
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Obrigado, eu acho. Mas pode me dizer quem é? Eu posso manipular uns números aí e fazer com que esse cara acorde com certas dores intestinais amanhã.
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Aw, e só por isso você tá valendo mais do que o reconhecimento pelos meu talento.
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