Tumgik
flyandsomic-blog · 8 years
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CAPITULO 02
Sophia: Certo, podemos fazer as tardes, de 15 as 16, tá bom pra você? – Perguntou, se reprimindo pra não rir da cara idiota do garoto Borges olhando ela. Que ridículo! Micael: Não não, esse horário eu não posso. Desculpe. – Disse, e ela abaixou o rosto pra agenda em sua mão, pensativa. Sophia: 14 as 15, então? Mas eu vou chegar atrasada, provavelmente... – Disse, pensativa, olhando a agenda. Micael: Não, também não. – Interrompeu, e ela ergueu a cabeça, com um olhar que o fez recuar. Sophia: Você mudou de ideia? – Perguntou, erguendo a sobrancelha pra ele. Micael: Não! Claro que não! – Disse, imediatamente, e ela esperou ele se desembaralhar – Eu... Eu só não posso. Não posso fazer nada das 14 as 16. Desculpe. – Disse, genuinamente embaraçado. Sophia: O que você faz das 14 as 16? – Perguntou, achando ridículo a ideia de aquele menino ter algum compromisso que não pudesse ser desmarcado por ela. Micael: Hum... Das 17 as 18 está bom pra você? – Perguntou, e ela franziu o cenho. Ele não respondera. Sophia: Não, tenho treino com as Cheerios. – Disse, observando-o – O que você faz das 14 as 16? – Repetiu. Micael: É particular. Desculpe. – Ela ergueu mais as sobrancelhas ainda. Ele estava corado. – Das 18 as 19? – Tentou, desesperado pra que ela não desistisse. Sophia: Tudo bem. – Disse, pensativa – Saio do treino e vou direto pra sua casa. – Micael assentiu, ajeitando os óculos, parecendo aliviado - Onde você mora mesmo?
Sophia tentou espantar aquilo da cabeça, mas a ideia de aquela criatura insignificante ter um compromisso mais importante que ela simplesmente não descia. Lua não deu muita bola, foi frustrante. De modo que, no intervalo, quando todos saíram pro campo, ela decidiu agir. Sophia: Você. – Disse, se virando pra uma das seguidoras que vinha atrás dela. A menina se sobressaltou. – Vá até o campo de treino. Diga ao Brad que eu preciso falar com ele. Agora. – A menina assentiu e foi, desesperada pra agradar.   Lua: Ainda é a história do garoto Borges? – Perguntou, vendo Sophia pensativa, olhando pra frente. O pátio ao ar livre do colégio tinha varias mesas na grama, cada uma cabendo seis pessoas. Haviam arvores em volta, e o gramado se perdia ao longe, onde dava pro campo de treino do time de Lacrosse e a arquibancada.
Sophia: Você não se interessou, me deixe resolver. – Disse, se sentando. As outras esperaram ela escolher o lugar que queria (na mesa que já era dela – ninguém se atrevia a sentar ali) e se sentaram em volta. Lua: Ele já vai ajudar você, deixe-o em paz. – Sophia se virou, os olhos azuis debochando da outra, e Lua revirou os olhos – Um dia seu lacaio vai se cansar de fazer seu trabalhinho sujo. – Avisou. Sophia riu. Sophia: Eu pago toda vez. – Lembrou, obvia. Brad: Sim, minha rainha? – Disse, se curvando em uma falsa reverencia, e Sophia se virou pra olhar. Brad era loiro, forte pros seus 15 anos aparentes. Era capitão do time de Lacrosse, e louco por Sophia. Em sua mente tinha a ideia de que os dois, sendo a realeza do St. Jude, deviam ficar juntos. Pena pra ele, porque Sophia o fazia de escravo, e no final nunca deixava ele se aproximar o suficiente. Mas ele continuava tentando. Gostava de garotas difíceis. As pessoas sentadas no refeitório viram Sophia o apanhar pela manga da camisa de treino e sair andando, se afastando da mesa. Ele sorria, gostando da reverencia como as pessoas olhavam. Quando estavam suficientemente distantes, perto de uma arvore, ela o soltou.
Brad: Sentiu saudades? - Perguntou, abraçando-a. Sophia riu, as mãos no peito dele afastando-o. Sophia: Talvez, se você não estivesse tão soado. – Ele riu da carinha delicada dela e a soltou. A farda feminina do St. Jude era uma camisa branca de manga longa e botões, um blazer preto com o emblema da escola no peito, uma saia preta, curta, de pregas, meia calça 7/8, no meio da coxa, brancas, e sapato preto. Sophia sempre estava impecável, os cabelos em um chocolate suave caindo sobre as costas sem nem um amasso – Preciso de um favor. Brad: Ordene. – Disse, e ela sorriu. Sophia: Quero que você siga o garoto Borges. – Pediu, simples. O outro fez uma careta. Brad: Quem?! – Perguntou, estranhando. Sophia: Um dos nerds. Olhos castanhos, óculos... – Brad balançou a cabeça. Sophia olhou pro refeitório, pensativa, então se agitou – Ali! Descendo as escadarias, com uma braçada de livros. – Brad olhou, os olhos azuis focalizando. Brad: O que você quer com aquilo? – Perguntou, achando graça. Sophia: Preciso saber o que ele faz das 14 as 16. – Disse, simples. Brad: Porque? – Perguntou, estranhando. Sophia: Ele me irritou. – Resumiu. Isso era motivo o suficiente. Brad: Quer que eu dê um jeito nele? – Ofereceu, de pronto. Sophia: Não, só descubra o que ele faz nesse horário. Se vê alguém, se vai a algum lugar... Só descubra. – Disse, e o outro assentiu.
Brad: Vai levar alguns dias pra confirmar. – Sophia assentiu. Sophia: Descubra. – Reafirmou – E em troca você quer...? – Disse, sabendo que os favores nunca saiam de graça. Brad: Posso escolher qualquer coisa? – Perguntou, sorrindo e se aproximando, cercando ela contra a arvore. Sophia: Soado demais. – Repetiu, imitando o sorriso dele, e ele riu, dando espaço a ela. – O que você quer? – Perguntou, e ele parou um instante, pensando. Brad: Soube que Beatrice entrou pro seu grupinho. - Anahí  assentiu. Uma aquisição boba, mas ela estava entediada e a menina lembrava uma das bonequinhas de pano que ela tivera quando menor – Então. Meu irmão está interessado nela, e ela está fazendo jogo duro. Quero dar ela de presente de fim de campeonato a ele. – Disse, simples. Sophia: Todd quer ela? Sério? – Perguntou, rindo. Brad assentiu – Ok então. Brad: Você entende o sentido que no qual eu digo que quero “dar ela a ele”, não entende? – Perguntou, malicioso, acariciando a maçã do rosto dela. Sophia revirou os olhos. Sophia: Não sou nenhuma criança. – Rebateu. Brad: Ótimo então. Pra quando fica? – Perguntou, pondo o cabelo dela atrás da orelha. Sophia: Depois que você me entregar a informação e eu confirmar ela, marcamos a data. – Ele sorriu. Além de bonita, Sophia era inteligente. A combinação era inebriante. – Temos um acordo? Brad: Acordo. – Assentiu. Sophia se desamparou da arvore, tomando seu rumo de volta, mas ele a parou, se aproximando mais ainda. Os lábios dos dois quase se tocaram, e ela sorriu, passando o nariz pelo dele.
Sophia: Sabe que se algum fiscal nos pegar aqui eu mato você, não é? – Perguntou, doce, e Brad riu, se afastando. Pegação era motivo de suspensão no St. Jude, e a ficha de Sophia era totalmente limpa. – Volte pro seu jogo. – Aconselhou, sorrindo, e ele observou ela se afastando, o corpo magro se movendo quase que graciosamente.  Ao voltar pra mesa, a conversa seguiu normal. Sophia encheu a tal Beatrice de mimos. Colocou a menina, que era novata, morena clarinha, os olhos amendoados, o cabelo castanho bonito, parecia delicada, tão novinha, dois degraus acima na escadaria, a convidou para o próximo brunch em sua casa (as novatas nunca iam aos brunchs). A menina estava radiante de alegria. Sophia: O que você vai fazer no dia da final do Lacrosse? – Perguntou, tranqüila. Sophia brincava com a maçã que mordiscara. Beatrice: Nada. Não gosto muito de lacrosse. – Disse, simples. Sophia: Você vai passar a noite com o Todd, irmão do Brad. – Disse, simples, mordendo a maça. As outras seguidoras, minions, como eram chamadas, permaneceram quietas, mas Beatrice reagiu. Beatrice: Passar a noite... – Disse, empalidecendo.  Sophia: Você entendeu. – Disse, com um sorriso malicioso.  Beatrice: Eu... E-eu nem o conheço. – Disse, parecendo apavorada. Sophia: Ok. – Disse, pensativa – O jogo termina as 19. Vocês se encontram na comemoração, jantam juntos, se conhecem... Depois é só aproveitar. – Disse, simples, se servindo de chá gelado. O silencio se manteve um instante. As minions não se importavam, conversavam sobre outras coisas. Sophia comia sua maça tranqüila. Só a pobre Beatrice parecia prestes a ter um ataque.
Beatrice: Eu... Eu sou virgem. – Disse, em um fio de voz, torcendo as mãos. O sangue subindo pro rosto. Sophia precisava voltar atrás, ver que ela não podia fazer isso, retroceder... Só que Sophia nunca retrocedia. Sophia: Olha só, uma ótima oportunidade de mudar esse status. – Disse, com um sorriso simpático – Lua vai te dar dicas, ela é expert nesse assunto. – Lua, que estava absorta em um livro, ergueu a cabeça. Lua: Desculpe? – Perguntou, achando graça. Sophia: Não é novidade que você já transou mais que esse grupo todo. – Disse, sorrindo. Lua: Eu tinha um namorado, ok? – Disse, e se virou, vendo a palidez da outra – Espera, isso é mesmo sério? Sophia: Claro que é. – Disse, secando o canto dos lábios com um guardanapo, aproveitando pra arrumar o cabelo no espelho – Você não vai me negar esse favor, vai? – Perguntou, encarando a pobre Beatrice. Beatrice: Eu... Eu... – Ela estava literalmente em pânico. Nem conhecia o tal Todd direito, só sabia que era um grandalhão do Lacrosse.  Chloe: Não se preocupe tanto. Não é grande coisa. – Tranqüilizou. – A primeira vez, a segunda, dá tudo no mesmo. Lua: Escuta. – Cortou – A primeira vez importa, sim. Você não esquece. A minha não foi nenhuma maravilha, e eu sei que não vou esquecer. Tudo bem você querer fazer um favor a Sophia, e por mais toques e dicas que eu te der, ainda vai ser um momento seu. Você vai estar sozinha. Pense, você realmente quer fazer isso? Sophia olhou Beatrice por cima do ombro de Lua, erguendo a sobrancelha, esperando uma resposta. Beatrice parou um instante, encarando a outra, os olhos azuis que ela sabia que podiam ser impiedosos. Era caloura, chegara ao St. Jude esse ano e sua vida fora impossível, não tinha amigos, tudo era complicado, até que Sophia resolveu aceitá-la. Então todas as portas se abriam, ela era bem tratada, pessoas faziam os trabalhos pra ela, ela nunca tinha problemas... E ela sabia que Sophia, que aguardava a resposta ainda com a sobrancelha erguida, iria transformar a vida dela em um inferno se ela não fizesse o que ela queria. Mas por outro lado, era sua primeira vez. Não devia ser assim. Ela estava assustada, com medo até, as mãos tremiam.
Lua: Beatrice? – Perguntou. Anah  tinha o olhar frio, a sobrancelha delicada erguida, esperando a resposta. – Você quer mesmo fazer isso?
Beatrice: Q-quero. – Respondeu, em um fio de voz, quase imperceptível. Lua balançou a cabeça negativamente, mas não contestou. Sophia, por sua vez, sorriu, o olhar doce no rosto novamente.
Sophia: É só uma noite. Se você não gostar, acabou por ai. – Disse, tranqüila – Não se assuste. Marcarei o dia, tudo direitinho, e te aviso antes. – Completou, prática – Viu? Está tudo bem. – A menina parecia ter perdido a voz – Mas me deixe lembrar: Uma vez que você se compromete comigo, não há como voltar atrás. Mantenha isso em mente. – Disse, calma.
Micael: Sophia? – Perguntou, e Sophia se virou, toda a calma e suavidade esvaziando do seu rosto. Porque ele estava falando com ela em publico?!
Sophia: Oi. – Disse, estancada no lugar.
Micael: Só queria confirmar. T-tudo certo pra hoje? – Perguntou, ajeitando o óculos.
Sophia: Como combinamos. – Disse, quase em um rosnado.
Micael: Tudo bem, tudo bem. – Se apressou, e ia saindo, até que parou – Ela está bem? – Perguntou, estranhando. Beatrice estava branca feito gesso, parecia tremer, encolhida em seu lugar, com uma aparência apavorada. – Quer que eu chame a enfermaria? Alguma ajuda?
Sophia: Não. Claro que ela está bem. Pode ir. – Dispensou.
Micael olhou mais uma vez. A menina parecia que ia desmaiar a qualquer momento. Mas como ele não ia contrariar Sophia, saiu. O sinal tocou e Sophia se levantou, ajeitando as meias brancas, voltando seu caminho pra aula, e a formação se fez atrás dela, seguindo-a, incluindo uma Beatrice que soava, apavorada, andando aos tropeços. Mas ninguém prestou atenção. Sophia não voltaria atrás, nem se penalizaria. Ela precisava pagar o favor, e pagaria, era só questão de Beatrice largar de drama por coisa pequena. Ela precisava que fosse feito, e fariam para ela. Era assim que o mundo dela funcionava.
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flyandsomic-blog · 8 years
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CAPITULO 01
- Sinto muito, Sophia, mas não posso fazer mais nada para ajudar. Você vai precisar fazer o exame final. Quando a professora saiu, Sophia ficou estática, olhando o D- que tomara. Significava ir para o exame final de calculo. Pior, significava decepcionar seu pai. Ela ficou muito pouco tempo sozinha: Logo suas amigas – ou seguidoras, melhor dizendo – entraram ansiosas na sala. Betty: Então? – Perguntou, ansiosa, enrolando uma mecha do cabelo louro no dedo ansiosamente – Ela te ajudou? Sophia: Não. – Disse, se levantando e apanhando o material, absorta em seus pensamentos. O que o pai dela ia dizer?  Chloe: Vadia. – Murmurou, a voz tingida de maldade. Eram tempos diferentes, aqueles. Tempos onde chamar alguém de vadia era uma ofensa levada a sério. Sophia saiu da sala, sem dar muita importância, mas a formação de seguidoras foi fielmente atrás dela, como cachorrinhos. Todas adolescentes, a própria Sophia tinha 14 anos recém completos, mas se achavam as donas do lugar. Abriam espaços nos corredores pra elas e ninguém sentava em sua mesa na cantina. Sophia ficou calada até chegar em seu armário, onde colocou os livros, uma ruginha precoce de preocupação entre as sobrancelhas. Foi então que Lua chegou, apressada, os dois primeiros botões da camisa abertos em um decote. Lua: E ai? – Perguntou, ansiosa. Sophia negou com a cabeça – Oh, droga. Chloe: Não é bem o fim do mundo. – Disse, e Sophia ergueu os olhos azuis, encarando-a – É só prestar o exame e pronto. – TentouLua: Porque você acha que ela vai saber, no exame, algo que já não saiba agora? – Sophia ergueu as sobrancelhas, aliviada. Era por isso que costumava conversar mais com Lua: Lua costumava pensar, ao contrário das outras. Lucy: Ela estuda, são três semanas daqui pra lá. – Tentou, mas não funcionou. Sophia: Vocês não entendem, se eu reprovar no exame final eu repito o ano. – As outras se encolheram ao ouvir aquilo, como se fosse a noticia de uma tragédia da natureza – Isso não pode acontecer, de jeito nenhum. Betty: Nem pensar. – Confirmou, parecendo tentar pensar, então seu olhar se tornou maldoso – Aquele garoto Borges está olhando pra você de novo. – Denunciou. Só Lua olhou.  O garoto Borges estivera mesmo olhando, do seu armário. Agora tentava disfarçar, inutilmente, mexendo nos livros de modo desgovernado, o rosto vermelho, os óculos parecendo tortos. Sophia fechou o armário, apoiando a cabeça nele. Sophia: Sinceramente, você acha que eu tenho tempo pra isso agora? – Perguntou, exasperada. Os cabelos castanho escuros caíam impecáveis pelas costas, enquanto ela batia com a testa no armário levemente. Lua: Pelo contrário. – Sophia parou de bater a cabeça – Olhe pra ele, é um nerd. E gosta de você. – A cara de exasperação foi coletiva agora. Sophia tinha o cenho franzido, olhando a pintura do armário. Sophia: Que diabo...? – Perguntou, com o cenho franzido, se virando pra olhar a amiga.  Lua: Só estou dizendo que ele pode ajudar. – Completou – Ele sempre toma as melhores notas em tudo, e ele gosta de você. É só estalar os dedos, e ele vai fazer qualquer coisa que você pedir. – Disse, obvia. Sophia olhou o garoto, que continuava mexendo nos livros, as orelhas vermelhas. Nem sabia seu nome. Mas, só talvez, Lua tivesse razão. Que ele era inteligente era inegável. Estranho, porém inteligente. Bom, não custava nada tentar. v    Micael estudava na biblioteca. As orelhas ainda estavam meio quentes pelo incidente de Sophia tê-lo pego olhando pra ela, mas já estava passando. Ele tinha um livro aberto, relendo a matéria dada na ultima aula para se distrair. Não iria pra cantina no almoço hoje, apesar de isso significar passar o dia inteiro com fome. Não queria que ela o visse outra vez. Sophia observou um instante, se convencendo de que aquilo era necessário. Sophia: Olá. – Disse, parando ao lado dele. Micael a olhou, então empedrou, ficando branco como giz. Ela devia ter ido tomar satisfação por ele estar olhando ela. Ele não respondeu nada, e ela resolveu continuar – Sou Sophia. Micael: E-eu sei. – Disse, com um fio de voz. Sophia: E você é o Michel. – Disse, tentando se fazer de simpática pra ver se o acalmava. Micael: Micael. – Corrigiu, com a voz mais baixa ainda. Porque ela estava falando com ele? O olhar de Sophia endureceu. Quem fora a desgraçada que ela mandara ir buscar informações dele mesmo? Aquela garota era suicida, dando noticias erradas a ela? Sophia: Isso. – Disse, sem perder a postura – Posso me sentar? – Ele assentiu freneticamente com a cabeça, os óculos escorregando na ponte do nariz. Sophia viu ele arrumar o óculos nervosamente, e respirou fundo de novo. – Interrompo? Micael: Não, não, claro que não. – Disse, fechando o livro – P-posso ajudar? – Perguntou, o sangue todo concentrado nas bochechas. Sophia: Na verdade, sim. – Disse, decidindo por ser franca – Eu soube que você é um dos melhores da turma, e... – Ele acenou, entusiasmando ela – E eu estou quase reprovando em calculo. – Entregou, como quem anuncia uma morte. Micael: Sinto muito. – Disse, em um murmúrio.Sophia: Eu tenho duas semanas até a prova final, e eu pensei se... Se talvez você pudesse me ajudar. – Ele observou ela tirar o cabelo do rosto – Me ajudar a ajudar, sabe? Eu não posso repetir, de modo algum. Micael parou, olhando pra frente, totalmente em choque. Sophia, Sophia de verdade, fora conversar com ele. Pedir a ajuda dele. O que significa passar algum tempo com ela. Tempo de verdade, onde ela falaria com ele, e ouviria o que ele dissesse, talvez eles até estivessem sozinhos, e quando ela estivesse estudando ele poderia olhar pra ela, escondido, é claro... Sophia não entendeu o porquê do silencio. Acompanhou o olhar dele, mas a única coisa que havia na biblioteca era uma garota do segundo ano, absorta em suas informações. Sophia mal conhecia. Sophia: Ela está te incomodando? – Perguntou, prontamente, e ele a encarou – Porque eu posso fazer ela sair daqui. – Ofereceu, se virando pra olhar direito quem era a criatura. Micael: Não, não. – Disse, se recuperando, tentando recuperar o rumo – Claro que posso. Quando você quiser, claro que sim. Sophia abriu seu sorriso mais deslumbrante em resposta – quase matou o pobre do coração. Foi toda meiga e toda doce enquanto combinava os dias e os horários com ele. Ela teve que se esforçar pra não revirar os olhos ao combinarem de começar no dia seguinte. Foi simpática ao ponto de deixá-lo levar ela até o vestiário. Só foi até ai. O idiota saiu todo apressado, deixando a mochila cair e apanhando-a com um tropeço. O sorriso deslumbrante sumiu quando ela apareceu na escadaria da escada, se voltando pra infeliz que lhe passara a informação. Ela só reconhecia o menino como “garoto Borges”, daí pedira o nome, e a idiota dera errado.  Sophia: Você. – Disse, se aproximando. Todas se levantaram – A partir de hoje, você se senta no fim da escada. Está desconvidada do brunch de domingo, e de todos os outros, assim como de todas as festas. – A menina ergueu as sobrancelhas, exasperada. Estava quase no topo da escada! Sophia não se abalou, os olhos duros, se aproximando. Uma das garotas tinha um suco na mão. Sophia apanhou, sem olhar o dono, e virou na cabeça da menina a quem se dirigia, molhando-a inteira – E agradeça por eu não expulsar você daqui. Agora suma da minha vista. A menina foi as lagrimas. Apanhou a bolsa no chão e saiu correndo. Todas se sentaram de novo, Sophia no topo. Lua franziu o cenho, sentada no primeiro degrau abaixo de Sophia, a sua direita. Lua: O garoto recusou? – Perguntou, confusa, tentando interpretar a situação. Sophia: Não. – Suspirou, passando as mãos nos cabelos – Ele aceitou. E havia começado. 
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flyandsomic-blog · 8 years
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Para os homofóbicos
“É bíblico: ser homossexual é pecado” Cara é bíblico também que devemos amar o próximo como nós mesmo, é bíblico também que só Deus tem o direito de julgar. Você não vê homossexuais batendo nos heterossexuais por sua opção sexual, você não precisa concordar com a escolha de cada um, apenas respeitar. Você diz que ser homossexual é pecado como se julgar e humilhar não fossem, saiba que pra Deus não existe “pecadinho” ou “pecadão”, cada pecado tem o mesmo peso, se ele(a) for pro inferno por ser gay ou lésbica, você também vai por não os amar e por desrespeita-los, então pare de criticar as escolhas dos outros, e cuide das suas próprias escolhas, no dia do juízo final cada um se resolve com Deus de acordo com o que fez na Terra, não cabe a você, um mero mortal, dizer o que é certo ou errado nessa vida.
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flyandsomic-blog · 8 years
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Skyfall - Efeito Borboleta
Sinopse: Sophia era uma jovem mimada, popular, convencida por ser bonita rica, rodada de seguidoras que a veneravam. Tinha tudo o que queria, mas ainda assim era autoritária, arrogante... Cruel. Micael não via isso. Ele a achava uma garota incrível, bonita... Especial. A ingenuidade dele proporciona a Sophia a oportunidade ideal para humilhá-lo publicamente, criando um trauma impossível de ser superado. Mas o mundo gira. Uma década depois, na deslumbrante Nova York, a empresa do pai de Sophia vai a falência e é vendida a uma multinacional... Passando a ser propriedade de ninguém menos que Micael Borges, que com a ajuda dos irmãos se tornou um dos principais magnatas do país. Apesar de ter conquistado tudo o que podia querer, a cicatriz pelo dano causado por Sophia seguia-o. Haviam duas opções: Perdoar e esquecer, o que seria saudável, ou faze-la pagar do modo que mais lhe machucasse. Essa não é uma história sobre perdão. Uma vez estando por baixo, Sophia aceita se casar com Micael sob falsas pretenções e sob um contrato legal assinado pelos dois que dão a ele o direito de submeter ela a tecnicamente tudo o que ele quiser, em troca de que ele salve a empresa do pai dela. Mas se Micael por algum instante pensou que seria fácil, estava enganado. Essa ainda era a Sophia que pisara nele quando era adolescente. Ódio, raiva, desejo e rancor se misturam no processo, e o jogo está só começando. (Essa é uma adaptação da história de Samila, onde os personagens principais eram Anahí e Alfonso. O link para o blog é esse: (x) )
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flyandsomic-blog · 9 years
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Lembrei você, então sorri
Fly (via verbarias)
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flyandsomic-blog · 9 years
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Com o coração vazio, mas sempre de pé.
Lucas Lucco (via verbarias)
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flyandsomic-blog · 9 years
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Eu já larguei um bocado de mina, deixei de fazer vários rolê. Mas de tudo que eu abdiquei, fui um gênio e de premio, o meu premio é você. Eu sei que eu fui mó vacilão, mas já tá na hora de esquecer. Seca a lágrima, vira a página e escuta o que eu tenho a dizer. Se tu não vai me dizer que acabou então vamos ficar até o final.
Projota (via verbarias)
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flyandsomic-blog · 9 years
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Que nada foi em vão. Foi tudo por você.
Onze:20  (via verbarias)
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flyandsomic-blog · 9 years
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Já vi todos os filmes, li todos os livros e to esperando a próxima novela. Tudo porque eu to tentando te esquecer
Luan Santana (via verbarias)
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flyandsomic-blog · 9 years
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Já vi todos os filmes, li todos os livros e to esperando a próxima novela. Tudo porque eu to tentando te esquecer
Luan Santana (via verbarias)
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flyandsomic-blog · 9 years
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Já vi todos os filmes, li todos os livros e to esperando a próxima novela. Tudo porque eu to tentando te esquecer
Luan Santana (via verbarias)
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flyandsomic-blog · 9 years
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E ai eu esqueci, ou fingi que esqueci. Tanto faz. O problema é que você voltou a fazer tudo que me deixa boba novamente. Falar que vamos casar, ter filhos, morar em Moscovo, voltou a querer beijar minha mão, voltou a me ajudar quando preciso, voltou a dizer que eu te amo, voltou a me deixar boba quando chega perto, voltou a me xingar sorrindo, voltou a me zoar quando canto alguma música. Voltou a fazer tudo que fez com que eu me apaixonasse por você. E aconteceu, eu me apaixonei por você. De novo. Ou talvez a chama reacendeu, aquela que eu tinha deixado escondida, apagada. Na verdade não importa como aconteceu, o que importa é que eu estou apaixonada por você. E vou quebrar a cara. De novo.
Verbarias (via verbarias)
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flyandsomic-blog · 9 years
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Às vezes eu só preciso de um abraço.
Verbarias (via verbarias)
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flyandsomic-blog · 9 years
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Faz tanto tempo que as vezes tenho medo de me esquecer de você. Eu sei que isso é bobagem, mas acredite: é um dos medos menos idiota que eu tenho.
Verbarias (via verbarias)
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flyandsomic-blog · 9 years
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O que eu sinto por você vai além de palavras, além de sonhos, além de atitudes, vai muito além de tudo que eu imaginei sentir por alguém.
Stevan Parmanhani.   (via eternue)
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