The green roads
The green roads that end in the forest
Are strewn with white goose feathers this June,
Life marks left behind by someone gone to the forest
To show his track. But he has never come back.
Down each green road a cottage looks at the forest.
Round one the nettle towers; two are bathed in flowers.
An old man along the green road to the forest
Strays from one, from another a child alone.
In the thicket bordering the forest,
All day long a thrush twiddles his song.
It is old, but the trees are young in the forest,
All but one like a castle keep, in the middle deep.
That oak saw the ages pass in the forest:
They were a host, but their memories are lost,
For the tree is dead: all things forget the forest
Excepting perhaps me, when now I see
The old man, the child, the goose feathers at the edge of the forest,
And hear all day long the thrush repeat his song.
Edward Thomas
0 notes
Morena, pena de amor
11
Árvore da folha bela,
árvore da fruta doce,
ai, quem fosse igual a ela!
Igual a ela quem fosse!
Cecília Meireles
0 notes
A crise climática tem afetado a todos, nós povos indígenas do Brasil temos lutado e alertado constantemente sobre essa emergência.
As consequências dessas catástrofes afetam os mais vulneráveis, aldeias e comunidades indígenas vítimas do racismo ambiental estão entre as vítimas.
Neste momento complexo e vulnerável pedimos que doem para as organizações indígenas responsáveis pelos parentes afetados no Sul, Arpinsul e Comissão Guarani Yvirupa, toda ajuda é bem vinda.
Doe pelo pix:
ARPINSUL: 566601e8-72b1-4258-a354-aa9a510445d1
CGY: 21.860.239/0001-01
Siga @apiboficial e nossas organizações regionais indígenas de base para fortalecer a luta dos povos indígenas: @apoinme_brasil | @coiabamazonia | @arpinsuloficial | @cons.terena | @atyguasu | @yvyrupa.cgy | @arpinsudestesprj
2 notes
·
View notes
An eye for an eye makes the whole world blind.
0 notes
Certidão de Óbito
Os ossos de nossos antepassados
colhem as nossas perenes lágrimas
pelos mortos de hoje.
Os olhos de nossos antepassados,
negras estrelas tingidas de sangue,
elevam-se das profundezas do tempo
cuidando de nossa dolorida memória.
A terra está coberta de valas
e a qualquer descuido da vida
a morte é certa.
A bala não erra o alvo, no escuro
um corpo negro bambeia e dança.
A certidão de óbito, os antigos sabem,
veio lavrada desde os negreiros.
Conceição Evaristo
0 notes
4 notes
·
View notes
O tempo nos parques
O tempo nos parques é íntimo, inadiável, imparticipante, imarcescível.
Medita nas altas frondes, na última palma da palmeira
Na grande pedra intacta, o tempo nos parques.
O tempo nos parques cisma no olhar cego dos lagos
Dorme nas furnas, isola-se nos quiosques
Oculta-se no torso muscular dos fícus, o tempo nos parques.
O tempo nos parques gera o silêncio do piar dos pássaros
Do passar dos passos, da cor que se move ao longe.
É alto, antigo, presciente o tempo nos parques
É incorruptível; o prenúncio de uma aragem
A agonia de uma folha, o abrir-se de uma flor
Deixam um frêmito no espaço do tempo nos parques.
O tempo nos parques envolve de redomas invisíveis
Os que se amam; eterniza os anseios, petrifica
Os gestos, anestesia os sonhos, o tempo nos parques.
Nos homens dormentes, nas pontes que fogem, na franja
Dos chorões, na cúpula azul o tempo perdura
Nos parques; e a pequenina cutia surpreende
A imobilidade anterior desse tempo no mundo
Porque imóvel, elementar, autêntico, profundo
É o tempo nos parques.
Vinicius de Moraes
1 note
·
View note
Morena, pena de amor
38
Minha vida
dolorida
te procura.
Por que escondes
tuas fontes
de água pura?
Com loucura,
te procura
minha vida.
Por que a escondes
nesses longes
e me deixas tão perdida?
Cecília Meireles
0 notes
Morena, pena de amor
48
Semeei plantas de amores,
nasceram ódios de espinho.
Não foi da mão nem das flores,
foi condição do caminho.
Cecília Meireles
0 notes
Ao inferno, senhores
Ao inferno, senhores, ao inferno dos homens,
Lá onde não fogueiras, mas desertos.
Vinde todos comigo, irmãos ou inimigos,
A ver se povoamos esta ausência
Chamada solidão.
E tu, claro amor, palavra nova,
Que a tua mão não deixe a minha mão.
José Saramago
0 notes