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#lima barreto
beu-ytr · 8 months
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Resenha de "O Triste Fim de Policarpo Quaresma" de Lima Barreto
*sem spoilers
Policarpo Quaresma era um major super patriota. O tipo de patriota que não come molhos franceses, pois aipim sim é muito melhor. O tipo de patriota que te dá uma lição de moral se você ousar reclamar de alguma característica brasileira, ou expressar qualquer tipo de admiração por outro país.
Major Quaresma era um patriota nato, que defendia a superioridade do nosso país brasileiro, rejeitando toda e qualquer outra cultura estrangeira, o que era uma atitude um pouco incomum para sua época.
Ele chegou ao ponto de defender a troca da lingua oficial do Brasil para o tupi-guarani, que em sua opinião era o único idioma totalmente brasileiro.
Esse livro discute bastante o conceito de "patriotismo" e "nacionalismo", aonde essas atitudes podem nos levar, a ingenuidade do protagonista quanto ao seu próprio país e como as nossas opiniões geralmente são baseadas em coisas que não conhecemos completamente.
Quaresma é um livro super interessante de se ler, principalmente se for pra entender melhor como a sociedade era nessa época, e também como repertório para uma redaçãozinha do enem.
As discussões nesse livro entram bastante em conflito com a realidade que vivemos hoje, retomando à ingenuidade do protagonista Quaresma, é assustador poder analisar certas situações e conseguir relacioná-las com os acontecimentos dos dias de hoje.
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amor-barato · 6 days
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A esposa de Numa ainda olhava a cidade que a esperava lá em baixo. O bonde caminhava e agora era o esforço para detê-lo na descida que o fazia guinchar nos trilhos.
O acaso que traçou a cidade, parece ter deixado aqui e ali pequenas ruas, travessas, becos, próprios aos amores que não podem ser suspeitados.
Ao lado das ruas principais, ficam o seu sossego e discrição para asilar os amorosos, evitando-lhes grandes rodeios e afastando as suspeitas de quem os vê por elas.
Casas há ainda mais favoráveis aos que amam fora da lei; são as que tem duas ou mais entradas para ruas diferentes. Essas, porém, só são achadas nas ruas centrais, onde o temor de encontrar conhecidos não permite que os apaixonados prudentes as procurem.
Contudo, os mais afoitos e menos cautelosos não as desprezam; e, das ruas centrais, escolhem aquelas mais compridas, as que se alongam até o Campo de Santana, em cujas proximidades, então, armam seus ninhos amorosos.
Lima Barreto (Numa e a Ninfa)
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maduzinhaleitora · 1 year
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Trecho- Clara dos anjos
Autor- Lima Barreto
Prostrado nesta enxerga, sinto a vida
Ir pouco a pouco, procurando o nada;
Pra mim não há mais sol de madrugada,
Mas sim tremor da luz amortecida.
Prazeres, onde estais? Longa avenida
De amores que trilhei nesta jornada?
Tudo acabou. É justa esta pousada,
Antes que dobre o sino da partida.
Feliz quem tem família! Tem carinho
De mãe, de esposa e, em derredor do leito,
Não sofre o horror de achar-se tão sozinho.
Porém ao meu destino estou sujeito;
Devo, batendo as asas, sem ter ninho,
Buscar, quem sabe? um mundo mais perfeito
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Triste Fim de Policarpo Quaresma - Lima Barreto
Triste Fim de Policarpo Quaresma é um romance do pré-modernismo brasileiro e considerado por alguns o principal representante desse movimento. Escrito por Lima Barreto, foi levado a público pela primeira vez em folhetins, publicados, entre agosto e outubro de 1911, na edição da tarde do Jornal do Commercio do Rio de Janeiro. Em 1915, também no Rio de Janeiro, a obra foi pela primeira vez impressa em livro, em edição de autor. O major Policarpo é um anti-herói quixotesco, imbuído de nobres ideais, alguns beirando ao tresloucado (tanto é que passa uma temporada no hospício). Bom coração, idealista, patriota, por causa de suas qualidades acaba sendo castigado e sempre se dá mal. Uma obra clássica da literatura brasileira que ajuda a explicar por que somos como somos.
Wikipedia
The Sad End of Policarpo Quaresma - Lima Barreto
Triste Fim de Policarpo Quaresma (published in English as The Patriot and The Sad End of Policarpo Quaresma) is a novel by Pre-Modernist Brazilian writer Lima Barreto. The work was published under feuilleton form in 1911, from August to October in the Jornal do Commercio. The focus of the work is the nationalism in the early years of the First Brazilian Republic and criticism to the middle-class and the bureaucratic government. The work is comical in the beginning, transiting to harsh criticisms by the end. These critics demystify the figure of the president Floriano Peixoto (1891–1894), known as the Marechal de Ferro ("The Iron Marshal"), and also of the Brazilian military.
Read more about this novel on Wikipedia.
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purosucodebrasil · 6 months
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Carta de um defunto rico, Lima Barreto, 1881-1922.
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sega-ni-semati · 7 months
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Esse livro menciona outro e por eu achar esse meio fraco, irei ler o outro pra ver se foi uma inspiração ou uma tentativa falhar de se melhor, quando eu ter uma ideia melhor do outro farei uma resenha dos melhores conto desse livro na minha opinião, não conheço muitas obras do Lima de Barreto, creio que seja um puto, um bom escritor.
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senoritacarol · 8 months
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— [...] O dr. não joga? — Não senhor. — Por quê? — Não gosto; depois é proibido. — Proibido? A polícia! -- exclamou Lage. — Não é isso, fiz eu vexado daquela minha confissão. Temo perder dinheiro. — Ah, bom! Diga isso! Pela polícia, não; ela vive com os bicheiros... Não serve para nada, fique certo. — Eu pensava que... — Qual! Para que foi feita, não serve. Serve para perseguir, executar vinganças, como eu já fui... — O senhor! dissemos os dois a um só tempo. — Exato! eu! Exclamou um tanto exaltado. — Como? — Ora, como?! Uma cilada... Vinha no trem, e, num dado lugar, um sujeito sentou-se a meu lado e pos o seu chapéu de sol junto à janela. Eu viajava desse lado. Saltou e levou o meu, deixando o dele. Quando chegamos, entrou pelo trem um magóte de policiais, prenderam-me, revistaram-me e foram dar com o tal chapéu cheio de notas falsas de $100.000 réis. — Foi preso? — Preso, só? Fui esbordoado, metido numa enxovia, gastei dinheiro... O diabo! E sabe por que tudo isso? — Não. — Porque eu apoiava a oposição lá no meu município... É isso: a polícia, no Brasil... Eu posso falar: sou brasileiro... A polícia no Brasil só serve para exercer vinganças, e mais nada. — Por que não processou as autoridades, seu Lage? perguntei. — Qual, menino! Você é muito ingênuo... Crê na justiça, ora!
Recordações do Escrivão Isaías Caminha -- Lima Barreto.
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prosaversoearte · 9 months
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pedrovallentin · 1 year
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Bruzundangas
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dani-xis · 1 year
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Ontem assisti a peça Tragam-me a cabeça de Lima Barreto. Um dos melhores monólogos que assisti na vida. O ator Hilton Cobra é tão gênio no palco quanto Lima Barreto foi na literatura.
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buellerismyfriend · 1 year
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Como no dia seguinte fosse passear ao roçado do padrinho, aproveitou a ocasião para interrogar a respeito o tagarela Felizardo. A faina do roçado ia quase no fim; o grande trato da terra estava quase inteiramente limpo e subia um pouco em ladeira a colina que formava a lombada do sítio. Olga encontrou o camarada cá embaixo, cortando a machado as madeiras mais grossas; Anastácio estava no alto, na orla do mato, juntando, a ancinho, as folhas caídas. Ela lhe falou: – Bons-dias, "sá dona". – Então trabalha-se muito, Felizardo? – O que se pode. – Estive ontem no Carico, bonito lugar… Onde é que você mora, Felizardo? – É doutra banda, na estrada da vila. – É grande o sítio de você? – Tem alguma terra, sim, senhora, "sá dona". – Você por que não planta para você? – "Quá, sá dona!" O que é que a gente come? – O que plantar ou aquilo que a plantação der em dinheiro. – "Sá dona tá" pensando uma cousa e a cousa é outra. Enquanto planta cresce, e então? "Quá, sá dona", não é assim. Deu uma machadada; o tronco escapou; colocou-o melhor no picador e, antes de desferir o machado, ainda disse: – Terra não é nossa… E "frumiga"?… Nós não "tem" ferramenta… isso é bom para italiano ou "alamão", que o governo dá tudo… Governo não gosta de nós… Desferiu o machado, firme, seguro; e o rugoso tronco se abriu em duas partes, quase iguais, de um claro amarelado, onde o cerne escuro começava a aparecer. Ela voltou querendo afastar do espírito aquele desacordo que o camarada indicara, mas não pôde. Era certo. Pela primeira vez notava que o self-help do Governo era só para os nacionais; para os outros todos os auxílios e facilidades, não contando com a sua anterior educação e apoio dos patrícios. E a terra não era dele? Mas de quem era então, tanta terra abandonada que se encontrava por aí? Ela vira até fazendas fechadas, com as casas em ruínas… Por que esse acaparamento, esses latifúndios inúteis e improdutivos? A fraqueza de atenção não lhe permitiu pensar mais no problema. Foi vindo para casa, tanto mais que era hora de jantar e a fome lhe chegava.
Lima Barreto, Triste Fim de Policarpo Quaresma (1911)
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water-kelp · 2 months
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rip Lima Barreto you would've loved tumblr.com
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amor-barato · 11 days
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Numa entrou nervoso e ansioso. Olhou um momento com tristeza as estantes cheias de livros. A mulher notou-lhe a fisionomia alterada, a sua angústia quase a nu.
— Que tens, Numa?
O deputado sentiu-se combalido e pôs as mãos na cabeça. Edgarda apiedou-se com aquela atitude do marido.
— Que tens, Numa?
Ele tomou alento, sentiu-se um pouco aliviado, a opressão deixou-o um pouco. Disse:
— Fiz um fiasco.
— Onde?
— Na Câmara.
— Foste falar.
— Fui.
— Que imprudência! Durante muito tempo?
Numa quase chorava. Era a sua carreira, eram as suas ambições que se desfaziam. Pela primeira vez, sentiu alguma coisa profundamente. A mulher também teve a visão do desastre. Estremeceu.
— Falei cinco minutos... Gaguejei.
Contou-lhe Numa então toda a história e a necessidade que havia de fazer um discurso no dia seguinte. A mulher concordou e dispôs-se a compô-lo completo e perfeito. Numa descansaria, acalmar-se-ia; e, de madrugada, depois do repouso, estudá-lo-ia, e estaria resgatado. Jantaram; Numa mais calmo e a mulher mais esperançada. Os criados tiveram ordem de dizer que os patrões tinham saído. O deputado foi dormir e a mulher trancou-se na biblioteca trabalhando na oração do marido.
A noite se fez totalmente. Numa dormiu profundamente as primeiras horas. Tinha os nervos fatigados, todo ele era cansaço e pedia repouso. Dormiu; mas, pelo meio da noite, despertou. Procurou a mulher ao lado. Não a encontrou. Recostou-se. Lembrou-se, porém, da combinação que tinham feito. Teve amor pela mulher, sentiu-a boa e o seu sentimento por ela se separava agora de todo e qualquer interesse, de toda e qualquer ambição. Para que aquela teima? Devia deixar a política, viver simplesmente com a mulher até que a morte o levasse. Mais valia a vida assim do que ele estar a contrafazer-se a todo o instante. Mas para fazer isto? Que seria ele? Nada. Devia continuar, devia não recuar. Era preciso ter destaque, figurar; era preciso que o chamassem sempre de deputado, senador; tivesse sempre consideração especial. Então podia ser assim um qualquer? Subir! Subir! E ele viu o Catete, as suas salas oficiais, o piquete, os batedores, o lugar de S. M. I. o Sr. D. Pedro II...
Pensou em ir ver a mulher; em ir agradecer-lhe com um abraço o trabalho que estava tendo por ele. Calçou as chinelas e dirigiu-se vagarosamente, pé ante pé, até o aposento onde ela estava. Seria uma surpresa. As lâmpadas dos corredores não tinham sido apagadas. Foi. Ao aproximar-se, ouviu um cicio, vozes abafadas... Que seria? A porta estava fechada. Abaixou-se e olhou pelo buraco da fechadura. Ergueu-se imediatamente... Seria verdade? Olhou de novo. Quem era? Era o primo... Eles se beijavam, deixando de beijar, escreviam. As folhas de papel eram escritas por ele e passadas logo a limpo pela mulher. Então era ele? Não era ela? Que devia fazer? Que descoberta! Que devia fazer? A carreira... o prestígio... senador... presidente... Ora bolas!
E Numa voltou, vagarosamente, pé ante pé, para o leito, onde sempre dormiu tranqüilamente.
Lima Barreto (Numa e a Ninfa)
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saenggakajima · 7 months
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I've noticed that, until the secondary course, my expressions, any of them, of intelligence and work, of wishes and ambitions, had been received, if not with applause or approval, at least as a fair thing and a thing that was, for right, mine to have; and that, ever since, once I disposed myself to take the place in life that seemed to be of my duty to occupy, I don't know what kind of hostility had I met, I don't know which stupid ill will had came to my encounter, that I've been shooting me down, decaying from my own self, feeling like escaping me all that amount of ideas and beliefs that cherished me during my adolescence and childhood.
Lima Barreto, Recordações do escrivão Isaías Caminha
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gabinete63 · 9 months
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Numa e a Ninfa
Lima Barreto
Editora Brasiliense, 1950.
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antonioarchangelo · 9 months
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"República Maquetrefe" de Antonio Archangelo - Uma Crítica Poética à História Brasileira
Ourinhos/SP, 26 de setembro – Um poema provocativo e cheio de significado está conquistando a atenção dos amantes da poesia e da crítica social. “República Maquetrefe,” uma obra do renomado autor Antonio Archangelo, mergulha nas profundezas da história política do Brasil, desafiando convenções e estimulando reflexões sobre nossa nação. A Crítica Sutil da República Brasileira”República…
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