Tumgik
catscantwrite · 7 months
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The Christian god decides to send an army of angels to purge the earth so humanity can start clean but the pagan gods come to the aid of humans
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catscantwrite · 9 months
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Cá estou eu para falar mais uma vez sobre como foi finalizar “No Man’s Land”. O primeiro livro saiu em menos de quinze dias, o segundo levou um pouco de mais tempo e o terceiro eu fui mais na calma, ainda assim foi uma marca surpreendente fazer isso. Em três meses eu tinha 450 páginas escritas de uma história completa.
Mas antes que esse post seja mal interpretado. Não estou aqui para te dar um guia de como escrever três livros em três meses, muito pelo contrário, eu quero analisar alguns pontos do desenvolvimento dessa trilogia, coisas que me permitiram fazer isso no tempo que fiz, mas acima de tudo, falar sobre coisas que nos ajudam a desenvolver um livro, independente do tempo que leve. Esse é um post para refletirmos.
Escrita é um trabalho de privilégio
Recentemente participei do episódio de um podcast, que ainda não foi ao ar, e em um dado momento eu falei sobre como o trabalho do escritor é sobre privilégio, privilégio esse que dentro da escrita alguns ainda terão mais do que outros. Eu posso, todos os dias, sentar pelo menos uma horinha e escrever, a minha rotina e o meu trabalho me permitem essa flexibilidade. Nisso, tem quem consegue parar várias horinhas do dia e quem mal consegue parar trinta minutos. E esse é um dos pontos do porque eu não posso chegar aqui e dizer “você PODE escrever três livros em três meses”, porque eu posso, mas não sei qual é a sua rotina e o que ela lhe permite fazer durante a semana. Então quando digo que o trabalho de escritor é um trabalho de privilégio, quero dizer que a parcela esmagadora de escritores não tem a escrita como principal trabalho. Eu ainda estou de certa forma dentro do mercado, minha renda vem do trabalho como designer de capa e revisora, mas a maioria está em áreas que não tem nada a ver com o mercado editorial. Ter noção dessas nuances que envolvem o trabalho com a escrita nos ajuda a encarar algumas questões muito importantes de porque alguns conseguem escrever tanto em pouco tempo, e outros precisam de meses para isso.
Organização e rotina
Quando estou com um projeto eu sou metódica (quase obsessiva), tento todos os dias escrever nem que seja por trinta minutos. Em partes para não perder o ritmo do projeto, mas também terminar isso o quanto antes. “No Man’s Land” eu dei uma enrolada básica no final, porque estava tão obcecada com a história que não queria terminar, mas geralmente eu fico bem focada em terminar. Ter uma rotina organizada para escrever me ajuda a seguir em frente com o projeto, é como ter um chefe me lembrando o que tenho que fazer todos os dias, porque me ajuda quando tenho essa sensação de que existe uma certa cobrança para eu terminar o que comecei. Ficar postando sobre isso no Instagram e no Twitter também ajuda, mostrar para os outros que eu estou fazendo algo, é como ter vários olhos em cima de mim esperando eu terminar isso. E não ter uma rotina não significa que você não vai conseguir obter resultados, isso é sobre se conhecer, que nos leva ao próximo tópico.
Conheça a ti mesmo
Parafraseando algum versículo bíblico que eu não faço ideia de qual seja o contexto, conhecer você mesmo é essencial para o resultado. Depois de anos escrevendo, hoje eu me conheço bem o suficiente como pessoa e como escritora, para criar uma rotina e um ambiente que me ajude a atingir o objetivo de finalizar um livro. Hoje eu sei que consigo desenvolver muito melhor o enredo quando faço um planejamento mais superficial e os detalhes vou determinando conforme vou escrevendo. Em “No Man’s Land” eu sabia qual era o objetivo dos três livros, eu sabia de onde as personagens partiam e onde tinham que chegar. Por ser uma história com mais de um ponto de vista e que muitas vezes se passavam em lugares muito distantes uns dos outros, eu precisei ser um pouco mais minuciosa no sentido de destrinchar melhor cada capítulo, mas ainda assim, eu desenvolvia conforme ia escrevendo. Hoje eu também sei que consigo tranquilamente escrever em ambientes caóticos, boa parte dos três livros escrevi na sala de casa enquanto as outras meninas que moram comigo estavam conversando e ouvindo música. Mas tem aquelas cenas mais profundas, mais densas, que eu precisava vir para o quarto para me concentrar na cena. Conhecer essas pequenas coisas fazem total diferença na forma como vamos levar o projeto, se você sabe que não consegue lidar com uma rotina regrada de escrever todos os dias, se forçar a fazer isso não vai te ajudar, assim como saber que você é um escritor que gosta de tudo planejado nos mínimos detalhes, fazer um planejamento mais superficial vai mais te atrapalhar do que ajudar.
Conexão com o que escreve
Poucas coisas na vida são tão boas quanto aquele sentimento de completude quando você está 100% imerso em um projeto. Você não consegue parar de pensar nas personagens, relê cenas que foram muito gostosas de escrever só pra sentir a emoção de novo, fica imaginando o projeto completo com uma capa linda e uma diagramação de respeito. É como aquele meme de “Meninas Malvadas”: passava 80% do tempo falando do livro e nos outros 20% torcia para alguém falar sobre. Você precisa ser o primeiro e maior fã do seu livro, já falei das minhas frustrações com “Rainha da Califórnia” por aqui, e ainda assim é uma história que eu abro as páginas e sorrio com as cenas e relembro como foi escrevê-las. Eu fiquei obcecada escrevendo “No Man’s Land” e por isso escrevi tão rápido, porque eu não conseguia fazer outra coisa. Ignorei várias responsabilidades, em fim de semana passava mais de seis horas escrevendo até eu não aguentar mais. Não estou dizendo para você ser louco assim, ignorar responsabilidades não é legal, eu lidei com as minhas escolhas, mas você não tem que ser doido igual. Mas é sobre o sentimento, de você estar tão dentro da história que só quer saber dela. Esse é o caminho certo do sucesso, porque você não vai querer abandonar um projeto com o qual se importa tanto.
O primeiro rascunho não tem que sair perfeito
Eu acho sempre importante ressaltar isso: a primeira versão da sua história não tem que ser perfeita (e vai estar BEM longe disso). Em “No Man’s Land” eu levei isso ao extremo e provavelmente terei um trabalho infernal para consertar coisas que fui deixando para trás, mas fiz isso de forma consciente. O ponto é desapegar da primeira versão do seu livro, é natural as coisas saírem meio rasas, faltar descrição ou emoção, diálogos xoxos, umas cenas capengas. O que a gente precisa é seguir em frente, é muito mais fácil você trabalhar em cima de um projeto que está completo, do que focar em eternamente melhorar um único trecho e não sair daquele ponto. A edição é uma etapa inevitável da escrita, então por que ficar adiantando ela sem necessidade? Agora que terminei “No Man’s Land”, estou deixando o texto descansar para fazer a primeira leitura completa do projeto, para ir apontando tudo o que eu ver necessidade de alteração e eu tenho certeza de que o livro vai passar por algumas boas edições, não vai ser um ou duas. Agora é o momento de eu já ir pesquisando algumas coisas para desenvolver melhor mais para frente, ir reunindo meu material para elevar a experiência da história. Eu não pretendo publicar nem em 2023 essa história, porque quero cuidar dela com muita calma e carinho.
“No Man’s Land” foi um momento de colocar em prática muita coisa que vim aprendendo e executando nos últimos anos. Foi um livro que me ajudou a relaxar (mesmo com o seu tema e teor) em muitos momentos de puro estresse. Eu costumo dizer que escrever um livro é sempre diferente do anterior, “Rainha da Califórnia” foi o último grande projeto, que desenvolvi no ano passado, mas era uma história que já estava escrita, embora eu tenha feito a reescrita praticamente do zero, eu ainda usava de base o texto original e fui alterando o que precisava. “No Man’s Land” não tinha base, a história que escrevi nas últimas semanas não tinha nada a ver com aquela que eu larguei mão lá na minha adolescência, foi saboroso tirar algo do zero depois de tanto tempo e ver a primeira versão nascer do nada.
Ressalto novamente, finalizar um livro não é sobre o tempo que levamos, é apenas sobre finalizar. Citei muito o tempo que levei para encerrar “No Man’s Land”, mas isso não é sobre eu dizer “siga esses passos e tenha o mesmo resultado”, é mais sobre “é possível dentro das condições certas”. Eu só consegui porque muitos fatores ajudaram. Você pode conseguir também, dentro daquilo que lhe é permitido.
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catscantwrite · 9 months
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#his kenergy is unmatched
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catscantwrite · 10 months
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Para quem me acompanha no Instagram, assistiu de camarote eu escrever uma trilogia, que no momento estou chamando de “No Man’s Land” (porque meu cérebro ainda não teve o estalo de um título de verdade para os livros). É um pouco doido pensar que finalizei esse projeto (pelo menos o seu rascunho), porque essa é uma história que me acompanha há muito tempo, até mais do que “Rainha da Califórnia”.
Por algum motivo que não sei explicar, eu tenho uma certa obsessão por histórias de velho oeste, os famosos bang bang. Uma das minhas séries preferidas da vida é “Godless” (produção original da Netflix), já assisti um milhão de vezes “Rango”, passei muitas tardes assistindo “Os Pioneiros” e “Dra. Quinn” com a minha mãe. Ou seja, pode-se dizer que eu sou uma boa consumidora do gênero.
Então, consequentemente, eu sempre tive muita vontade de desenvolver algo do gênero. Uma ideia me surgiu ainda ali nos anos finais da minha adolescência, acho que não tinha nem dezoito anos. Mas por alguma razão, por mais que eu tentasse, era quase impossível desenvolver esse enredo. Eu começava e nunca terminava, a história sempre travava em algum ponto, eu desistia, depois de algum tempo estava de volta, tentava partir por outra perspectiva, então travava novamente. Nos meus registros de participação do NaNoWriMo tem uma das últimas vezes que tentei desenvolver essa história, uns sete anos atrás.
Dez anos depois de tentar escrever “No Man’s Land” pela primeira vez e (vou adotar oficialmente que foi aos meus dezessete anos), agora, tendo sucesso, eu consigo identificar os problemas que não me deixaram levar o projeto para frente. E, de certa forma, me sinto grata por ter conseguido fazer isso só agora, a Gabriela de dez anos atrás não tinha a bagagem que era necessária para desenvolver esse projeto.
Familiaridade com o gênero
Com os meus dezessete anos, eu quase não tinha experiência com a escrita, até então tudo o que tinha feito eram fanfics de Jonas Brothers. De repente queria pular para um enredo que envolvia diversas personagens com histórias complexas e em diferentes lugares ao mesmo tempo. Nem mesmo como leitora eu ainda possuía essa experiência, na época eu estava muito fechada nos romances clichês, que não tinham as mesmas características daquilo que eu queria escrever. Então como eu conseguiria desenvolver algo com o qual tinha tão pouco contato? É como querer escrever um suspense sem nunca ter lido ou, pelo menos, assistido algo do gênero. Apesar de sempre ter consumido histórias de velho oeste, ainda não tinha experimentado as outras coisas que precisava para compor a história.
Aquilo que produzimos é como uma colcha de retalhos daquilo que consumimos, eu sempre falo que gosto muito de história que envolvem questões familiares, então é comum abordar problemas familiares nas minhas histórias. Eu gosto muito de romance, então mesmo que se trate de uma história em que romance não é o ponto principal, muito provavelmente ele ainda vai ser abordado em algum grau. Neil Gaiman fala que a nossa inspiração é formada de tudo aquilo que consumimos, que ter esse contato direto com o trabalho de outros artistas nos ajuda a montar a nossa própria obra.
Nesse processo de criar “No Man’s Land”, eu precisava consumir mais aquilo sobre o que queria escrever, nesse intervalo de dez anos eu li livros que trabalhavam tramas complexas, livros com diversos pontos de vista, consumi mais histórias de velho oeste. Eu criei familiaridade com aquilo que queria desenvolver.
Estudo e prática
Quando falamos de escrita, duas coisas são essenciais: estudo e prática (e na prática podemos falar tanto a escrita quanto a própria leitura). Escrevendo as fanfics de Jonas Brothers eu estava praticando, mas naquela época não tinha a noção da escrita como um trabalho, eu não via a escrita como algo que tinha a necessidade de ser estudado. Isso veio alguns anos mais tarde, por volta dos vinte anos, quando eu decidi que estava na hora de aprender o que é criar uma história, entender de forma teórica aquilo que já estava colocando em prática.
A escrita vem se desenvolvendo por milênios, ela não marca uma ruptura na história da humanidade a toa, e o ser humano conta histórias muito antes disso. A literatura é estudo, existem pessoas que pesquisam e desenvolvem estudos, para explicar e trazer certa lógica a detalhes que parecem naturais na hora de escrever, como por exemplo, decidir entre o narrador em primeira ou em terceira pessoa. Não escolhemos essas coisas aleatoriamente, para tudo existe uma explicação e uma intencionalidade dos textos. E essas coisas aprendemos estudando e praticando. A Gabriela de dezessete anos não tinha o conhecimento que a de vinte e sete tem hoje para desenvolver uma história complexa como queria, a de hoje sabe porque faz as escolhas que faz e entende porque elas são as melhores para o que deseja passar com a história.
Entender o universo que quer desenvolver
Quando eu decidi retornar para “No Man’s Land”, tive a ideia de trabalhar o seu universo antes de contar a história que queria contar. É um recurso usado por muitos escritores para entender melhor as personagens com quem vão trabalhar e o universo do qual elas fazem parte. “No Man’s Land”, apesar de ser inspirado no Velho Oeste (um trecho da história dos EUA que abarca ali mais ou menos o século 19), tomei a liberdade de criar um universo, porque eu queria essa experiência de criar um mundo sem necessariamente ser uma fantasia ou distopia. Então minha solução foi escrever pequenas histórias sobre esse universo e essas personagens, escrevi alguns contos aqui e outros ali e isso foi essencial para chegar na história que finalizei agora. O passado dessas personagens me ajudou a entendê-las no presente que eu queria focar.
E é engraçado pensar sobre essas coisas atualmente, porque na última vez que eu decidi parar de tentar fazer essa história acontecer, eu não desisti, não deixei de lado com a intenção de não voltar nunca mais. Me lembro muito bem de dizer a mim mesma que eu voltaria nessa história na hora certa, porque naquele momento entendi que ainda não era o momento paa desenvolver o enredo.
Escrever é um trabalho extremamente complexo, muitas vezes não entendemos muito bem porque uma coisa não está acontecendo como deveria. Todo mundo provavelmente tem aquela história engavetada, que em algum ponto apenas largou mão e não voltou a mexer nela nunca mais. Eu abri mão de “No Man’s Land” consciente de que não fazia isso porque queria apenas abandonar o livro, eu queria muito fazer ele acontecer, mas foi libertador entender que não estava pronta para encarar aquele enredo e aquelas personagens naquela horas. E hoje sou grata por isso, porque escrevi algo infinitamente melhor do que seria capaz de escrever no passado. Hoje eu consegui explorar o potencial real do livro.
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catscantwrite · 10 months
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Esse é provavelmente um dos posts mais dolorosos que eu vou escrever em minha vida, porque estou prestes a admitir publicamente a minha falha e a minha frustração. Sabe aquela história sobre crianças que sempre foram vistas como o orgulho dos pais, que nunca deram trabalho e todos esperavam grandes coisas, então elas crescem e têm dificuldade em lidar com seus erros e falhas? Eu sou uma dessas crianças e me dói no fundo da alma ter que dizer: eu falhei e me frustro todos os dias com o lançamento de Rainha da Califórnia.
Isso aqui não é um texto para ninguém sentir pena de mim e querer passar a mão na minha cabeça. Gaiman disse em uma de suas masterclasses “escreva sobre algo íntimo e que dói admitir para praticar as verdadeiras emoções”, pois estou aqui fazendo o que o mestre pediu e esse é um post declaradamente anti-romantização da escrita e da publicação de um livro. Publicar um livro é um trabalho exaustivo e, por mais que a gente dê tudo o que temos a oferecer, isso ainda pode não dar certo. E hoje, depois de sete meses do lançamento do meu primeiro livro, depois de esconder essa frustração no âmago do meu ser, acho que é a hora de abrir o coração ao público e dizer o que eu tenho vergonha de admitir.
Se tem uma coisa que não me falta é segurança em relação à escrita. Eu sei que escrevo bem, porque eu passei os últimos dez anos da minha vida praticando e estudando isso. Quando eu paro para escrever um texto, eu coloco todo o meu esforço e a minha alma nisso, e, ao final, tenho a segurança de saber que fiz um bom trabalho (sério, temos que praticar mais não sentir vergonha em admitir quando é bom em algo). Então isso nunca foi uma questão com Rainha da Califórnia, claro que tem uma coisa ou outra que se eu parar para olhar hoje, vou conseguir melhorar, mas olhando o geral, o livro está bem escrito. E aqui entra uma das minhas falhas: soberba.
Acho que quem convive mais comigo percebe que eu sou um pouco egocêntrica. Não vou negar que esperava que o meu primeiro lançamento fosse incrível, só porque eu me achava incrível. O erro da pessoa segura demais é achar que tudo está garantido. Me deixei levar pela minha própria imaginação de que voaria alto logo de cara, o que poderia acontecer, mas a gente esquece do “pode não acontecer”. Nada na vida é garantido além da morte, eu teria evitado metade das minhas frustrações se por um segundo tivesse enterrado bem os pés no chão e não deixado o ego me levar para as alturas.
Segurança e confiança são boas coisas, quando usadas na medida certa.
Mas eu não deixei apenas e encargo das pessoas descobrirem o quão incrível eu sou e divulguei o livro. Pelo menos nisso eu usei o cérebro e planejei a divulgação e aqui entramos no meu segundo erro, que todas as vezes que penso sobre eu me pergunto: mas que porra eu estava pensando?
Sou filha de Garota Best Seller, aka garota livrinhos, aka Raíssa Selvatici. Fiz um intensivão em todo o conteúdo do perfil dela e absorvi o máximo de coisas que seriam úteis para eu vender o meu peixe. Rainha da Califórnia tinha batido 100 mil visualizações no Wattpad, então por que não começar a divulgação do lançamento do romance da Amazon, se não publicando um livro de contos especiais do Wattpad? Não, apenas não Gabriela. Depois de ler um romance de 450 páginas do Word pelo menos cinco vezes, eu estava SATURADA, não aguentava mais ver os personagens, chegou no momento de cuidar dos contos para publicar no Wattpad, eu li qualquer jeito, porque eu não aguentava mais uma linha de Anne e cia. E esquecemos de um ponto importante: nem todo mundo que te acompanha no Wattpad, vai consequentemente te seguir na publicação independente na Amazon. São públicos diferentes, a galera do Wattpad procura por histórias gratuitas. Eles gostarem muito do que você escreve não significa que vão estar dispostos a pagar o preço que for para ler o seu livro na Amazon.
Eu queimei a largada do lançamento de uma forma catastrófica. O calendário de RDC era de três meses. Três meses de duas postagens semanais no Wattpad. Três meses de posts TODOS OS DIAS. Não estou brincando, de domingo a domingo. Nem quando eu estava trabalhando em um shopping, um dos lugares com os piores horários de trabalho, eu trabalhava toda semana de domingo a domingo. No começo eu consegui adiantar muita coisa, ainda faltando um mês para começar a divulgação, eu já tinha no mínimo 20 dias de conteúdo pronto, mas uma hora a produção diminuiu e eu alcancei aquilo que tinha pronto. No meio, eu mudei a estratégia, postando dia sim e dia não, porque eu não aguentava mais e ainda tinha metade da divulgação para ser feita.
Mas essa ideia de girico ainda não foi uma das minhas frustrações: a história das madrinhas de casamento.
Um dos conceitos de uma boa divulgação é criar um storytelling, uma narrativa para essa divulgação chamar atenção das pessoas. RDC fala sobre casamento, drama de madrinhas de casamento, várias autoras incríveis tinham me auxiliado durante todo o processo de produção do livro, então pensei: por que não criar uma narrativa sobre eu estar para casar e elas serem as minhas madrinhas de casamento? Eu juro, não estava dando nada para isso, achei que só ia ser uma coisa legalzinha. E justo o que eu não coloquei fé nenhuma, foi o que mais bombou nessa divulgação. Hoje eu tenho vontade de me socar por causa disso.
Foram 12 autoras no total, em um intervalo de quinze dias, elas foram recebendo convites e passagens de avião para o Texas (lugar onde se passa a história e onde teoricamente seria o meu casamento). A fanfic foi tão bem contada, que tinha gente jurando que eu ia mesmo me casar, as autoras foram criando histórias em cima da história sobre como ficaríamos presas nos EUA porque não tinha passagem de volta. O negócio fez sucesso, só que fez sucesso DOIS MESES ANTES DO LANÇAMENTO. Era essa a história que tinha que ter acontecido antes do lançamento, para chamar atenção para o livro. Todas as pessoas que foram impactadas pela narrativa criada, dois meses depois não estavam mais tão ligadas, eu perdi uma oportunidade incrível porque não pensei por dois segundos “isso pode dar muito certo”.
Não vou ser hipócrita e dizer que RDC foi um completo fracasso. Mas colocando os números na mesa, meu lucro até o momento foi de menos de R$100 reais e hoje, seis meses depois (que nem é tanto tempo assim), o livro quase não é mais lido no Kindle Unlimited. Poderia ter sido pior e o livro ter nem pago aquilo que gastei com ele? Sim, mas ele podia ter ido melhor também se eu tivesse pensado melhor sobre vários pontos (e não ter esperado que ele fosse se tornar um bestseller).
Eu espero que você não tenha chegado a esse ponto querendo desistir de publicar. Isso não é um post desmotivacional, pelo contrário: é de aviso. Eu errei nesse lançamento para não cometer os mesmos erros outra vez (porque para os novos eu não posso garantir nada), para os próximos livros estou blindada para esses problemas. E esse post existe para eu aprender a lidar com esse sentimento amargo e para te avisar de alguns obstáculos.
Temos que lidar com tanta coisa quando vamos lançar um livro, são detalhes demais para administrar, que é natural um erro ou outro acontecer, ainda mais quando estamos fazendo algo pela primeira vez. É a velha história de aprender com o erro. Eu preferia aprender sem precisar passar pela dor, mas as vezes é inevitável.
No fim, não vivemos apenas de acertos. E acho que estou mais leve de finalmente admitir o meu erro, às vezes o fardo de carregar esse problema é maior do que o fracasso mesmo.
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catscantwrite · 10 months
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"I was using you as a replacement for my best friend; I wasn't supposed to fall in love with you" AU
- (@yellowmagicalgirl)
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catscantwrite · 10 months
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Ter completo controle sobre a sua carreira e a sua obra é um dos maiores sonhos de qualquer artista e isso é possível. Essa é a vida do artista independente.
Observando o cenário artístico brasileiro, em especial o musical, o independente surge ali por volta dos anos 1980, quando, em meio a uma crise, as gravadoras focaram os seus investimentos em quem tinha grande potencial de venda (novidade, né?), e vale lembrar que até metade dessa década o Brasil ainda estava sob o domínio da ditadura militar. Dessa forma, muitos artistas não tinham oportunidade de serem representados e tiveram que buscar a sua forma de ganhar espaço no mercado, a forma encontrada foi tomar todo o controle de sua carreira e fazer tudo por contra própria.
Trazendo para o mercado editorial, quando dizemos que um autor é independente significa que ele não tem vínculo com uma editora tradicional ou agência de autores. Todos os processos da carreira do autor estão nas mãos dele mesmo, no máximo são terceirizados (por exemplo, contratar revisores e diagramadores), mas, no geral, o autor é o responsável por tudo, inclusive ir atrás de profissionais para cuidar do livro.
É quase de lei todo autor passar por sua fase independente. Embora o mercado esteja ficando mais aberto aos autores nacionais, começando a enxergar os independentes, ainda assim o mercado é fechado. É preciso ter contato, é preciso se colocar no radar dos grandes. É quase impossível você acordar num dia e descobrir que tem um contrato para publicação após um agente esbarrar com aquele livro que está esquecido num canto da internet.
Os prós
Temos que começar de algum lugar, certo? As chances de você escrever um livro, mandar o manuscrito para uma editora (quando ela não pediu por ele) e ganhar um contrato no dia seguinte porque promete ser a próxima *insira aqui o nome de qualquer autora de renome na atualidade*, são inexistentes. Acompanho alguns editores e agentes literários pelo Twitter e eu diria que é quase um consenso: eles ODEIAM receber manuscritos de livros que não foram solicitados. É muito mais provável você ser ignorado (até entrar na listinha de chatos), do que receber um contrato.
Então tomar as rédeas da sua carreira e começar publicando em plataformas como Amazon é uma ótima forma de colocar algo no mundo e ter o que mostrar para os editores (aí sim eles estão de olho, tem muito autor indie sendo descoberto pelo sucesso na Amazon). E como comentei, aqui você tem total controle de para onde vai o livro, você não precisa dividir os lucros com terceiros, a capa vai ser exatamente aquilo que você quer. Sonho dourado de todo artista, comandar todas as etapas das suas obras.
Os contras
Ter tudo sob o seu controle, também significa o dobro (triplo, quádruplo) de trabalho. Cada etapa depende de você, se não puder contratar alguém para fazer algo, é você quem terá que fazer. É correr atrás de orçamento, avaliar as possibilidades, ficar de olho em prazo, divulgar o livro, estar em contato com os leitores. Tudo aquilo que, dentro de uma editora tradicional, seria distribuído entre os setores, aqui você será o exercício de uma pessoa só.
E por termos que cuidar de tudo sozinho, tudo vai parecer acontecer mais devagar. Nossa função não será apenas escrever, então você não vai conseguir escrever todos os romances que tem vontade de escrever em um único ano, porque depois da escrita você tem que se preocupar com todos os outros processos de finalização, ao invés de só partir para a próxima história. Você não vai lançar as coisas no ritmo que pretendia.
Ainda temos o público. Hoje as pessoas estão tendo um pouco mais de abertura e recepcionando melhor os nacionais independentes, mas a luta ainda é imensa. Temos que competir com a atenção das grandes editoras, que entregam trabalhos impecáveis, que tiveram centenas de reais de investimento e uma multidão de profissionais cuidando. Infelizmente muitas pessoas vão exigir do autor independente o mesmo nível de entrega do produto de uma editora tradicional, quando às vezes a gente mal tem o dinheiro para uma revisão.
O preconceito das pessoas ainda existe, tomando o mercado nacional independente como algo extremamente inferior e de baixa qualidade. Assim como em qualquer outro meio, é claro que existem livros que pecam no quesito qualidade, seja de entrega do produto ou da própria história, mas também existem verdadeiras joias, que foram concebidas com todo cuidado e não perdem em nada para livros de autores internacionais renomados.
Quais as perspectivas do mercado
Com os contras, parece que o mercado independente é um caminho perdido, mas não é. Volto a dizer: temos que começar de algum ponto. Ninguém fica bilionário vendendo e-book na Amazon, só o Jeff Bezos mesmo. Mas um livro que você coloque lá já é alguma coisa, é uma grana a mais que entra por menor que ela seja e, como qualquer outro artista, é o seu portfólio. Designers gráficos não expõem suas artes para mostrar que eles dominam aquilo que vendem? Você, como escritor, precisa mostrar o que sabe fazer.
E as perspectivas para o mercado são positivas. O meio independente está sendo assistido pelas editoras tradicionais, porque é aqui que estão as pessoas que vão estar publicando com eles amanhã.
Durante a Bienal de São Paulo, em julho desse ano, tivemos uma porção de lançamentos de autores independentes pela editora Qualis. Raíssa Selvaticci, que foi um sucesso com Immaculatus na Amazon, lançou Garotas (Im)perfeitas que todos os dias esgotava no stand da editora, e ainda durante a Bienal anunciou que lançaria com a Planeta dos Livros em 2023. Arquelana, de Realidade Paralela, foi outro nome que lançou pela Qualis o romance Querida Penélope, e já anunciou que no primeiro semestre de 2023 chega seu primeiro romance pela Paralela, um dos selos da Cia das Letras, responsável por livros como Daisy Jones & The Six (Taylor Jenkins Reid) e a série Off Campus da Elle Kennedy.
As editoras tradicionais estão nos vendo, e mesmo dentro do meio independente, está tendo uma abertura maior por parte dos próprios leitores (pelo amor de Deus!). Tem se perdido aos poucos o preconceito sobre o independente ser inferior, ter menos qualidade; as pessoas estão enxergando todo o potencial das histórias que não perdem em nada na qualidade em relação aos grandes autores. As nossas perspectivas para o futuro são promissoras, ser um autor independente apresenta vários desafios, mas é a fase em que você mais vai aprender sobre mercado e produção de livro, porque você tem que colocar a mão na massa e aprender a fazer, afinal não terá quem faça por você.
Então não fique com medo não, se junte a esse lado da força.
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catscantwrite · 10 months
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agora que o twitter está indo de base, aparentemente as pessoas redescobriram o tumblr
bom, cá estamos nós
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catscantwrite · 2 years
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cara, que saudade de entrar aqui no tumblr
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catscantwrite · 2 years
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News about a living Neanderthal frozen in Antarctica rocked the world. The Neanderthal was able to tell us a lot about his age. One day, a scientist showed him a picture of a grey man alien as a joke. The Neanderthal looked on with horror. “It. kill. friends.” he said
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catscantwrite · 2 years
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You can time travel at the snap of your fingers. You mainly use this ability to get gas for your vehicle at $0.50 per gallon.
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catscantwrite · 2 years
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“Congratulations! Your god application has been accepted, please find enclosed, your universe…”
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catscantwrite · 2 years
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olá, boa noite gabes ❤ gostaria de perguntar se vc dá sugestões de nomes de fics? (mandando o plot tbm e tal) tenho muita dificuldade em criar um título bom... :(
Olá! Esses dias eu fiz um post lá no meu Instagram justamente com dicas sobre como criar título, ou ao menos como que eu faço para criar os meus hsuahuas
Tá aqui o post. Mas pode me chamar sim, que eu te ajudo como puder.
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catscantwrite · 3 years
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You are a long forgotten god. A small girl leaves a piece of candy at your shrine, and you awaken. Now, you must do everything to protect your High Priestess, the girl, and her entire kindergarten class, your worshipers.
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catscantwrite · 3 years
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Oi, sempre quis escreve algo no gênero fantasia e super-heróis, mas não sei como descreve os poderes nas cenas.
Poderia me ajuda? Obrigada!
Olá! Cara, a primeira coisa que eu posso te recomendar é ler livros que sejam desse assunto, por exemplo, a Marvel tem vários livros que foram adaptados de algumas séries de comics deles, como é o caso do Guerra Civil. Lendo esse tipo de livro, você acaba pegando a manha de como descrever poderes.
E, no geral, eu acho que não tem muito segredo em como descrever, é como descrever qualquer outra coisa, como descrever um cenário. Você tem que pensar na focalização, qual o ponto de vista da focalização em relação a cena que tá acontecendo. A questão é que você tem que caprichar um pouco mais pra descrever um poder do que uma mesa, por exemplo, porque a mesa a gente já tem uma imagem mais clara do que é, é uma coisa comum do nosso dia a dia, agora um poder dependendo de como ele for, a gente precisa que você construa a imagem de como acontece e como se manifesta esse poder.
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catscantwrite · 3 years
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queria começar dizendo que faz uns seis anos desde a última vez em que mandei ask pra alguém no tumblr. bateu um misto de nostalgia e curiosidade aqui e resolvi visitar os sites de escrita que eu tinha costume de acompanhar — acho que você é a única com posts mais recentes, de 2021, o que me deixou com o coração bem apertado, mas ao mesmo tempo muito felizinha. todo esse ambiente criativo da escrita fez parte do meu amadurecimento. enfim, não sei explicar, mas que bom ver você por aqui!
KKKKK eu não costumo entrar muito aqui pra falar a verdade, porque realmente a dash anda bem parada. Gosto de entrar aqui pra procurar uns prompts e ver se tem alguma coisa rolando na dash, mas no geral é tão parado, que entro poucas vezes durante a semana.
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catscantwrite · 3 years
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me: i want to be a published author one day!
also me when i remember i have to write to be a writer:
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