Tumgik
#e ainda assim só nesse ano que eu comecei a ler uma ou outra fanfic focada exclusivamente em ship
one-half-guy · 2 years
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Ok, I just discovered that Clove the Pronghorn x Conquering Storm is a ship among the people who read the post-reboot from Sonic's Archie Comics Series and it's named "Storm of Clovers"...
Soooo, now I'M in love with this ship now
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klimtjardin · 2 years
Note
fanfic de certa forma, é algo que vem com um estigma associado. ah é "coisa de menina de 13 anos na Internet.", "ah vem do wattpad", não é bem assim... já li coisas espetaculares no wattpad e eu própria comecei a minha jornada como escritora lá. hoje, já lá não estou mas as oportunidades que me abriu e as coisas que me fez ouvir é algo que sou grata. se a pessoa se dedicar e o material for bom, uma adaptação a livro é uma boa aposta.
Sim, é verdade, concordo com tudo isso!
Mas também acho que o buraco pode ser mais embaixo do que só "é coisa de menina de 13 anos". Pelo que vejo, quem comenta sobre ser contra, é o fato de que, quando a gente entre nesse mérito de quem consome esse tipo de literatura e quem escreve esse tipo de literatura... Você vai encontrar muitas minorias, às vezes. O que é ótimo! Mas essas minorias não são ouvidas (como sempre), elas viram produto! Rola muita fetichização em fanfic, e romantização de coisas que não são ok. Mas que no universo da fanfic é ok. Assim como anos atrás a gente achava de boas alguns tipos de comédias românticas e hoje em dia assistindo, elas são terríveis.
Vamos pegar o exemplo do famigerado 50 tons de cinza... a autora se apropriou de um universo ao qual não pertencia (o BDSM no caso), e ainda romantiza um relacionamento abusivo. E as pessoas leem isso e acham que tá ok (pelo menos na época, tanto que virou filme), não rola um senso crítico em cima da coisa. Depois usam a desculpa de que "foi uma mulher que escreveu" e por isso o preconceito. Se >dentro< da história mesmo houvesse uma problematização, perfeito. Mas não é o que ocorre na maioria das vezes. E aí a gente ainda entra em outra questão: a responsabilidade é mesmo de quem escreveu ou do fato de que a gente não tem uma boa educação pra senso crítico?
Resumindo os argumentos da galera que é contra: a maioria das pessoas que consomem esses livros acham que eles estão a salvo de problematização porque são fanfics e elas já vem com esse peso todo mencionado.
Mas como você disse, aí entra no critério de se o material for bom. Mas quem decide o que é bom, né? Como que rola isso?
(lembrando que isso é apenas uma discussão, quero ler mesmo as opiniões de vcs e dar as minhas pra gente conversar sobre de forma saudável).
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llewtalehcar · 1 year
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Sunday, November 20th, 4:13PM
A semana foi tão opressiva que acabou que eu nem vim aqui falar sobre minhas correntes humilhações, e o Enem é a da vez.
Fiquei bem triste e sobrecarregada semana passada, mesmo depois de ter feito a prova de qualquer jeito. Fui fazer a prova na UFBA, na mesma sala do meu irmão até, e em algum momento quando fui ao banheiro e tive que passar pelo detector de metais, percebi o quão ridículo era tudo aquilo.
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Quer dizer, eu tive que pegar uma fila e passar por um detector de metais pra poder ir ao banheiro onde eu vou TODOS OS DIAS DA MINHA VIDA sem fila sem nada, porque é simplesmente o banheiro da faculdade onde EU ESTUDO, enquanto fazia uma prova pra entrar NA FACULDADE.
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Me senti bem idiota e triste e desvalorizada. No caminho de volta pra casa, um carro passou por mim e um menino dentro dele, que deveria ter uns quatorze anos no máximo, colocou uma arma (que depois eu pressupus ser de brinquedo mas que era bastante realista) pra fora da janela e gritou "perdeu, perdeu!" mas eu tava tão morta por dentro que inexpressiva estava e inexpressiva permaneci.
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Anyway, fiquei remoendo isso a semana inteira, pensando nos sacrifícios que faço pela ilusão mínima de aprovação parental que no final das contas eu sei que nem vai resultar em nada. Aí fiquei pensando sobre como seria incrível que eu fizesse pra Deus o mesmo esforço que faço pelo meu pai humano que nem liga.
Daí fiquei me remoendo de culpa.
Nem fiz o devocional direito essa semana.
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Porém, foi isso o que me fez ir pra igreja ontem, aproveitando a carona de Gabriel.
E cara, eu ia ao culto de de manhã sempre sozinha, mas percebi ontem que eu nunca fui ao culto de jovens sozinha, o que só multiplicou toda a ansiedade que eu sinto.
Passei quase o culto inteiro com meus pensamentos acelerados e com o meu coração podre despejando tudo o que tinha de pior na minha cabeça, e não foi agradável.
Cheguei em casa super triste, embora eu não saiba exatamente porque, daí fui direto pra cama, chorei e depois fui ler fanfic.
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Aí hoje, antes de ir fazer a prova, eu tava falando com meu irmão sobre meus planos pra hoje.
Meu pai tá na cidade, então eu não quis ir pra casa logo depois de sair da prova, porque como chutei tudo eu saí assim que deu o horário permitido, e chegar cedo em casa pareceria muito suspeito.
Então coloquei um livro na mochila (aquele que estou procrastinando horrores pra ler) e meus planos era matar tempo no shopping até dar o horário aceitável.
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Acontece que, eu nem lembro a última vez que vim no shopping para motivos além de recarregar meu passe de ônibus, e sempre que eu ia fazer isso era tipo, uma quarta feira a tarde ou algo e o shopping sempre estava vazio, numa paz extrema e silêncio.
E eu esqueci de considerar que hoje é domingo, o shopping tá um CAOS cheio de gente e de crianças e de barulhos, e mal tem lugar pra sentar.
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Encontrei uma cadeira um pouco mais afastada da balbúrdia, mas de jeito nenhum vou conseguir ler.
E também tô meio cheteada porque derrubei a caixinha do meu fone novo e acho que quebrei e estou triste só por pensar nisso.
Mas enfim.
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Outra coisa super estranha aconteceu ontem depois que cheguei da igreja, meu pai perguntou se eu pretendia ir no culto de domingo a noite, porque se eu fosse ele iria comigo.
Fiquei sem entender nada porque já faz bem uns dez anos desde a última vez que lembro de ter visto meu pai ir pra igreja. Não sei se ele sentiu saudades ou o que, ou se tá tentando se aproximar de mim por algum motivo estranho, mas de qualquer maneira eu não vi como poderia dizer não.
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Eu só esqueci de considerar que o culto é as seis, e que nesse horário eu ainda deveria estar fazendo a prova.
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Agora estou presa no dilema de dizer a ele que saí cedo para que a gente vá a igreja ou permanecer aqui no shopping escondida até depois do horário de ir.
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Tomarei a pior decisão, é claro.
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Também tô tentando não me estressar com o fato de que tenho trabalho pra apresentar sexta e ainda nem comecei e não sei nem sobre o que vou falar.
Enfim.
Eu que lute.
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park-bae-bae · 3 years
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COISAS QUE QUERO FAZER ANTES DE MORRER
1 - Furar minha orelha
Eu sou apaixonada por piercings, já até furei minha orelha com gelo, uma garrafa de cachaça e um alfinete. Gelo e alfinete pra furar a orelha e a cachaça pra desinfetar e beber ao mesmo tempo... eu tinha 18 anos, obviamente que deu ruim né? Agora com um pouco mais de inteligência, sei que tenho que ir em um lugar especializado pra minha orelha não cair.
2 - Ir pra um show
Já fui e nunca vou esquecer da sensação. Em 25/05/2019, no show do BTS, fui com minha mãe e minha melhor amiga. Foi um dos melhores momentos da minha vida e lembro de ter chorado horrores ao ver Jeon Jungkook, alá Barbie Butterlfy, na apresentação de Euphoria. Valeu cada minuto das mais de cinco horas em pé, na fila quilométrica de uns dez quarteirões ou mais. A única lembrança triste que tenho é quando comecei a passar mal logo no começo do show, bem na apresentação do Hoseok. Ficou tudo preto e comecei a ficar com falta de ar, minha mãe e minha amiga começaram a tirar minha blusa de frio, enquanto eu ficava repetindo que estava tudo bem, pra não ter que sair da pista. Sério, quem passava mal era tirado pra fora da pista, e todo mundo se apertava pra poder chegar mais perto do palco, chegou ao ponto que nós três ficamos grudadas de braços cruzados pra não sermos separadas. E eu só repetindo "to bem, to bem", sendo que estava tudo preto, mas nem a pau eu saia dali. Foi uma das coisas mais doidas que já passei. Gostaria de poder ir de novo e assistir o show inteiro, sem o medo de desmaiar.
3 - Viajar com minha soulmate
Já viajei com minha soulmate, pro show do BTS mas minha mãe estava presente. Então, todos os nossos planos de conhecer a noite de São Paulo, ficarmos doidas e beijarmos estranhos, ou estranhas, não deu certo. Quero poder viajar sozinha com ela, tenho certeza que vai ser uma experiência única e que isso vai render ótimas histórias pro futuro.
4 - Viajar sozinha
Ainda não tenho muita certeza pra onde. Talvez seja pra Portugal, onde mora um dos meus melhores amigos. Fizemos a promessa de conhecer as baladas da Europa juntos, onde ele vai poder se jogar e ser a gay que ele sempre quis ser.
5 - Morar sozinha
Tá, isso é mais um sonho mesmo, porque com o salário que eu ganho, não consigo sair de casa e ter uma vida confortável. Não que eu queira morar num apartamento chique de frente pra praia, mas quero sair de casa pra viver! Poder gastar apenas R$ 100,00 por mês pro meu lazer, porque o resto do dinheiro vai pra pagamento de contas, não me parece ser muito atrativo. Então, enquanto eu não conseguir juntar uma reserva boa, e ter um salário decente, meus pais vão ter que me aguentar por mais um tempo, hahaha.
6 - Amar e ser correspondida
Sinto falta das tão conhecidas borboletas no estômago, do coração acelerado, da ansiedade ao receber uma mensagem, dos sorrisos bobos e apaixonados simplesmente de ver a pessoa. Nossa, vou chorar ali no cantinho em posição fetal, só um instante...
Eu sinto falta disso, mas mais importante, eu sinto falta de ser correspondida. A última pessoa que fez eu me sentir assim, achei que era recíproco, e acabei com meu coração em vários pedacinhos. Bom, acho que posso dizer que ele foi meu primeiro amor, e como as pessoas dizem, o primeiro amor dói e é difícil de esquecer. E nessa coisa de esquecer, já vou pro 3º ano tentando. É, não é fácil. Não que eu não tenha gostado de outras pessoas, mas sentir o que ele me fez sentir, ah, isso eu ainda não encontrei. E convenhamos, estamos no meio de uma pandemia, e apesar da lista de pessoas que se conheceram e casaram durante esse tempo ser enorme, dificilmente vou conhecer alguém por agora. Mas, como dizem, a esperança é a última que morre, né?
7 - Ter uma Kombi
Ninguém toca no meu sonho adolescente. Fala sério, quem nunca teve vontade de ter aquelas Kombis que aparecem nos filmes? Aquelas de filmes de praia, cheias de pranchas de surf em cima ou aquelas de pessoas aventureiras que cruzam o país? Acho elas lindas, e a sensação que me dá quando olho pra uma é de felicidade e liberdade. Eu PRECISO ter uma Kombi!
8 - Aprender 3 idiomas
O primeiro idioma que quero ser fluente é o que em quase todo lugar do planeta alguém vai saber falar, o inglês. Eu já consigo ler e entender, o problema é falar e escrever. Apesar de criar vários diálogos e discussões imaginárias durante o banho, duvido muito que se um gringo me escutasse ele iria entender. No mínimo iria achar que eu estou jogando uma maldição nele.
O segundo idioma seria o coreano, eu comecei a estudar com meus 16 anos, mas sempre paro, nunca consigo manter uma constância. E eu realmente quero voltar a estudar e ser fluente. Consigo ler, mas não consigo entender nem falar, e se consigo, são pouquíssimas palavras e são as mais básicas que aprendemos nos doramas ou programas de variedades.
O terceiro idioma é o meu favorito, inclusive o primeiro que tentei aprender, o japonês. Disseram que minha fase otaku iria passar depois dos meus 15 anos... Pois cá estou eu com 23, ainda tendo os mesmo surtos, ainda chorando, torcendo pra um time de vôlei ganhar uma partida ou surtando por causa de um garoto magricelo que usa um chapéu de palha, que já tem uns 20 anos que fala que vai se tornar o rei dos piratas. Meus amores, eu vou ter 90 anos e ainda vou tá esperando a continuação de Hunter x Hunter. Eu amo a língua japonesa, acho o Japão um lugar mágico e eu realmente quero muito conhecer o país e a cultura de perto. Acho tudo simplesmente fascinante lá.
9 - Ter meu corpo dos sonhos
Eu não gosto do meu corpo, eu não me sinto bem em sair de casa e não uso shorts faz mais de 3 anos. E o papo de "aceite e ame o seu corpo do jeito que ele é" não funciona pra mim. Se posso mudar ele, e eu sei que posso, então vou fazer de tudo pra conseguir. Acredito que essa jornada de ter o "corpo dos sonhos" vai ter muitos altos e baixos, mas tenho certeza que vai valer a pena no final.
10 - Cortar relações que não me fazem bem
Acho que todo mundo tem ou já teve um relacionamento tóxico, seja uma amizade ou um amor. Eu já tive vários, inclusive ainda tenho, e quero muito cortar essas pessoas da minha vida. Não é fácil, porque eu realmente gosto dessas pessoas, mas se toda vez que saio com elas me sinto mais pra baixo do que feliz, então não são amizades saudáveis. Com a pandemia, já consegui reduzir bastante o contato, mas depois que isso passar preciso me certificar de não voltar atrás. Minha avó já dizia, antes só do que mal acompanhada.
11 - Começar a faculdade
Eu me identifico muito com administração, e apesar de odiar no começo, quando meus pais me matricularam em uma escola em que o ensino médio era integrado com o técnico em administração, passei a gostar com o tempo. E trabalhar com a área administrativa é muito gostoso e gratificante pra mim.
Gostaria mesmo é de passar na federal, meu sonho estudar na UFES, mas se o ENEM não der certo, vou ter pagar mesmo.
12 - Escrever todos os plots de fanfics que tenho na cabeça
Eu AMO ler e escrever. O dom de criar um universo inteiro e desenvolver cada personagem dentro desse mundo, pra mim é o auge da criatividade. Tenho vários plots que começo a escrever, mas duas coisas me atrapalham sempre:
1º Tempo. Eu trabalho de oito às dezoito, de segunda a sexta, em outro município que pra chegar, dependo de 2 ônibus e de atravessar uma ponte maldita que sempre tem transito, então, tem vezes que chego em casa oito da noite. Como que vou escrever alguma coisa ou desenvolver um plot se quando chego em casa estou xoxa, capenga, manca, anêmica, frágil e inconsistente? Preciso arranjar tempo.
2º Bloqueio. Eu tenho picos de criatividade, fico pensando muito em um plot e até escrevo, mas se eu paro pra fazer qualquer coisa e depois volto, simplesmente não tenho mais criatividade, a escrita não fluí e ai acabo deixando de lado.
Tem uma moça no YT que faz vídeos sobre roteiros, narração e desenvolvimento de plots/personagens, preciso arranjar tempo pra poder assistir e estudar mais, tentar dar um jeito nos meus bloqueios e melhorar minha escrita. Quem sabe eu não escrevo um livro daqui uns anos?
13 - Parar de tomar energético e ter vergonha na cara pra cuidar do meu coração
Tem um supermercado na frente do meu trabalho, então, muitas vezes meu almoço é energético. Primeiro porque tem apenas 8 calorias e segundo eu AMO a sensação do coração acelerado, não é igual as crises de ansiedade, que é uma sensação ruim. Sei lá, eu realmente gosto da sensação do energético. Mas uns meses atrás eu tive uma sensação horrível de aperto no peito e coração acelerado, e eu sabia que não era a ansiedade porque nunca senti isso nas minhas crises, não era nada parecido. Eu achei que ia ter um infarto. Fui pro pronto socorro, fiz uns exames e a médica disse que eu precisava ir no cardiologista porque eu tinha uma alteração nos meus batimentos cardíacos (nesse época, eu estava uns 2 meses sem tomar energético por causa de um episódio parecido um tempo antes) e eu teria que ir no cardiologista porque poderia ser uma possível arritmia, mas precisava ir no cardio pra ter certeza. Fiquei uns 3 meses se tomar energético com medo de morrer e voltei a tomar de novo essa semana. E os exames tão lá, desde maio pra fazer...
14 - Ter a estante de livros dos meus sonhos
Eu realmente gostaria de ter uma biblioteca em casa, acho lindo aquelas estantes que vão até o teto, meu sonho de consumo real. Uma das coisas que me motivam a acordar as cinco da madruga pra ir trabalhar, é bancar a bookstan que habita em mim.
15 - Ler os livros e assistir os filmes de Harry Potter
Me chamo Cath, tenho 23 anos e nunca assisti os filmes de Harry Potter na minha vida. E olha que não foi por falta de oportunidade, mas sim de interesse. Pra mim parecia uma coisa exagerada todo mundo gostar e por isso nunca me interessei. Só que recentemente, no twitter, vi varias pessoas falando sobre os personagens, ai fui procurando saber mais, e quando eu vi já estava seguindo contas no tiktok e lendo fanfics. Sei quase tudo o que acontece, e isso só me deixa mais curiosa, então quero pegar um final de semana pra maratonar os filmes e juntar dinheiro pra comprar os livros, até porque o box dos livros É LINDO.
16 - Ver o pôr do sol na praia
Eu amo ver o pôr do sol, é uma coisa que me traz uma paz sem igual. Onde eu moro ele nasce na direção do mar, é lindo, mas quero ver ele se pondo na praia. Acho que vai ser memorável pra mim.
17 - Passar o dia inteiro no parque de diversões
Quando era pequena, eu ia muito com minha prima rica no Hopi Hari. Todo ano, quando eu viajava pra São Paulo, era certo que a gente iria lá. Mas desde quando ocorreu o infeliz acidente com a torre, nunca mais fui. E na minha cidade não tem nenhum parque igual, os que tem são aqueles que vão de cidade em cidade que parece que a qualquer momento a roda gigante vai cair, e nem a pau eu vou em um lugar desses. Já fui quando era criança, mas depois de velha tenho mais amor a minha vida, hahaha.
Inclusive, eu acho parque de diversão um ótimo lugar para primeiros encontros. Você consegue conhecer bastante alguém indo na montanha russa, na casa de sustos ou no carrinho de bate bate. Pena, que moro no fim de mundo e não tem umas coisas legais assim por aqui.
18 - Fazer tatuagem
Quero meu corpo todo tatuado, ou pelo menos fechar o braço. Acredito que tatuagens são uma ótima forma de lidar com os problemas da vida. Estou com uma crise de ansiedade? Vou fazer uma tatuagem. Terminei o relacionamento? Bora fazer mais uma tatuagem. Surtando, alá Britney Spears? Raspa o cabelo e fecha o braço de tatto. Viu, terapia pura.
19 - Aprender um instrumento musical
Eu sou apaixonada no violino. Queria muito aprender a tocar, mas além de ser caro, tem que ter muita paciência e disciplina. E eu escutei por ai que preciso praticar 40 horas por dia pra ser boa, então acho que vai ser apenas uma meta bem pro futuro.
20 - Ter filhos
Sei que sou nova, mas desde sempre quero ser mãe. E sou chamada de louca várias vezes por isso, sei lá, acho que é raro alguém da minha geração querer ter filhos. Não precisa ser necessariamente biológico, eu posso adotar, desde que eu seja mãe vou estar feliz. Obviamente, isso é quando eu estiver totalmente estável em todas as áreas da minha vida, não vou ser irresponsável com a vida de alguém, principalmente com a de uma criança.
Acho que isso é tudo o que eu desejo conquistar antes de morrer. Não é muita coisa, nem nada muito incrível, mas para mim, se eu conseguir conquistar metade dessa lista, estarei feliz.
Deveria estar trabalhando? Sem dúvidas, mas estava querendo escrever sobre isso faz um tempo já. É bom compartilhar isso, seja lá com quem for ler. O melhor de tudo é saber que são pessoas desconhecidas, então posso desabafar e ser eu de verdade. É uma sensação boa, vou fazer mais vezes ✨
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hikarishirohana · 5 years
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TAG: O Ficwriter Veterano
Regras:
• Só quem pode responder a tag é o ficwriter que possui a fanfic mais velha da conta atual postada a mais de um (1) ano atrás.
• Só poderão ser taggeados outros ficwriters que se adequem à primeira regra, isto é, que sejam veteranos também.
• É proibido taggear de volta.
• O mínimo de pessoas que podem ser taggeadas é três (3); não existe máximo.
• É obrigatório dar créditos à autora da tag @mushmellows.
• É proibido modificar a tag de qualquer forma sem permissão da autora da tag.
• A tag pode ser respondida de qualquer forma: podcast, texto, vídeo, etc.
Questões
1) Qual é seu nome de usuário? Qual é a história dele?
Well, sou e sempre fui HIkariMinami, que nada mais é que a junção do nome de duas personagens que muito estimo. A primeira, HIkari Yagami, é de Digimon Adventure, enquanto a segunda é Minami, fem!protag de Pokémon Rangers Guardian Signs. Amo-as com todo meu coração até hoje ♥
2) Quem é você como ficwriter? Como se apresentaria a um leitor?
A menina dos crackships e das fics em que nada acontece. Brincadeira.
Assim, é verdade, mas prefiro me descrever como o tipo de ficwriter que apresenta possibilidades — cenas curtas, ships inusitados... o potencial do que pode se tornar tantas outras coisas.
3) Em quais plataformas de publicação de fanfic e redes sociais você tem conta como ficwriter?
Spirit, Nyah, Ao3, Tumblr e Twitter.
E, como nunca decido onde vou postar (por que não em todos os sites? Uma ótima pergunta), existem algumas fics exclusivas de cada uma dessas plataformas. Mas não temam, pois organizei, com muito esforço, uma masterlist com todas as minhas fics!
4) Há quanto tempo escreve? Para quais gêneros e fandoms escreve, ou já escreveu?
Escrevo faz 6 anos (?). Assim, minha primeira fic é ainda mais antiga, mas como eu ainda não sabia o que era uma fanfic naquela época, acho que não conta. (Longa e embaraçosa história.)
Enfim, escrevo para Grand Chase, Pokémon Special, Fire Emblem Awakening e o que der vontade no momento, então tenho muitas fics de categorias perdidas. E meu gênero preferidos é fluffy, mas às vezes é legal revezar com um angst. Tenho algumas tentativas com comédia também, apesar de não ter certeza se elas deram certo.
5) Escreve para algum OTP? Se sim, qual? O que te levou a começar a escrever para esse ship?
LASS/ARME É OTPZÃO E EU POSSO PASSAR UM ANO ESCREVENDO SOBRE ELES
De fato, foi esse ship que me manteve no fandom de GC mesmo quando não passava mais uma alma na categoria. E não sei exatamente por que comecei a escrever sobre eles — só sei que foi uma das melhores ideias que já tive.
6) Das obras da sua autoria, quais as suas favoritas? Por quê?
Acho que a que mais aprecio é “Destroços”, porque é a melhor oneshot de personagem que fiz até hoje. Ela surgiu a partir de muito esforço, analisando cada uma das falas do Lass no gcm, e foi também uma das minhas fics mais bem recebidas. Orgulho define.
Amo também “Welcome Back”, visto que ela é a única fic em que consegui traduzir perfeitamente uma cena da minha cabeça em palavras. Sem falar que é sobre o Inigo e eu amo demais aquele menino.
Adoro muito “Aniversário”, minha única fic de Kaminai, que pessoalmente acho muito fofa.
E, por fim, “Serenidade”, porque foi a partir de reviews dela que descobri uma das minhas principais características como escritora: a minha fluidez. Sem falar que ela foi muito bem recebida, apesar de ser FeelingShipping, então isso me deixa ainda mais alegre.
(Só como um extra: tem também “Sobre lembrar, relembrar, esquecer e fingir”, uma fic que nunca postei, pois envolve uns OCs meus. Ela é um angst muito lindinho, e uma das minhas principais referências para construir a relação de dois determinados personagens.)
Talvez tenham sido muitas, mas quis colocar uma para cada “categoria” que citei acima. É que, no fundo, eu gosto bastante das minhas fics ksjadlkdsjksl
7) E sua primeira estória? Como foi criá-la?
Foi divertido, no mínimo. Era uma fic crossover de Fairy Tail com Grand Chase, com direito a OC mary sue. Enfim, aquela bagunça de criança. Apesar disso, até hoje tenho um amorzinho por aquele plot e por mais de uma vez já cogitei reescrever a fic e postá-la em uma outra conta em que eu finjo ter 12 anos
8) O que faria diferente hoje em dia?
Pensando no enredo, mudaria um ou outro detalhe e tentaria deixar a personagem principal menos nojentinha. De resto, só escreveria melhor mesmo. Inclusive, tenho todo o esqueleto do plot guardado até hoje, sem qualquer alteração, para quando quiser tentar de novo.
9) Qual das suas obras você recomenda para um leitor que nunca te leu? Por quê?
“Destroços”. É que o orgulho é muito. Mas slá, depende de quem é esse leitor também.
(E, sim, eu fiz um teste e dei “Destroços” para uma pessoa ler. O nervosismo tava a mil, mas acho que a pessoa gostou, então deu tudo certo?? aldbsldnkc)
10) Das obras que você escreveu, de qual capa você mais gosta? Por quê? Quem a fez?
A capa de “Schlemiel e Schlemazl”, talvez? Tipo, entre as capas que eu fiz, acho que é a minha preferida — tem alguma coisa nela que acho adorável. Mas slá, em geral minhas capas não são aqueeela coisa.
11) No que está trabalhando agora?
Um projeto de aniversário da Lire que, com muito esforço, sai.
E eternamente na minha longfic que nunca será finalizada.
12) No que quer que sua escrita melhore e como pretende alcançar esse objetivo?
Pensando na minha situação atual, eu quero primeiramente conseguir escrever. Falta tempo, falta inspiração, falta vontade até — tudo.
Mas em geral, quero ter uma escrita cada vez mais fluida. Por isso, tento sempre escrever um pouquinho, pelo menos uma vez por semana, conectando ideias e frases e sentidos.
13) Como lida com bloqueio criativo?
Eu não lido. Ele me consome até quando quiser dar uma trégua. Brincadeira. Ou não.
Mas tento sempre voltar à minha zona de conforto — e, com isso, refiro-me a fics de GC, que envolvem self-insert ou Lupus Wild. Ou os dois.
14) Que apps usa pra escrever e que sites te ajudam no processo?
Bear, Google Docs, Word — escrevo onde me der vontade e onde eu puder na hora.
Quanto aos sites, Tumblr tem muitos prompts legais, Twitter tem muitas fanarts lindas que me inspiram e sinônimos.com.br é o melhor site já inventado.
15) Que conselhos dá a um novo ficwriter?
Sai do fandom agora ou nunca mais. Brincadeira.
Aproveite. Aproveite como você quiser, na medida da legalidade. Seja feliz, erre, chore, se fruste, viva. Mergulhe nesse lugar novo. E, se alguém vier tentar estragar o seu momento, não permita.
A não ser que essa pessoa esteja te falando para levar uma vida mais saudável e talz. Aí você escuta ela e sai da frente dessa telinha. E, ó, é para beber água, viu?
16) E a um leitor novato no mundo das fanfics? O que diria? Bônus: recomende 3 fanfics nos gêneros que você escreve.
Primeiro, boas vindas. Depois: por favor, não se assuste com o que você ver por aí. Tem muita coisa esquisita, mas tem muita coisa boa também — uma bagunça. Espero que você consiga encontrar aqui um cantinho que te agrade e que te acolha nos dias difíceis. 
Ah, e, se possível, espalhe amor, ok? Deixe kudos onde puder, distribua favoritos e — se tiver tempo — semeie palavras de carinho. Prometo que isso dá bons frutos!
Quanto às recomendações:
Se quiser uma fic alegre e e bem-humorada, recomendo “Sing me something I need!” [Gekkan Shoujo Nozaki-kun];
Se estiver procurando uma leitura muito, muuuuito triste, encontrará o ápice do sofrimento em “Until at last we’ve got it right” [Les Misérables] (em inglês, porém);
E, se você gosta de Pokémon e de personagens cativantes, “Welcome to PokéTech!” [Pokémon] é com certeza uma das melhores escolhas nesse seu início de jornada no mundo das fanfics!
17) Mostre um meme que defina bem a personagem que você mais gostou de escrever até agora e fale um pouco sobre ela.
Olha, eu não sou muito de memes, então não posso contribuir nessa parte. Entretanto, a personagem que mais gostei de escrever até agora foi, com certeza, Lass Isolet. E, tipo, é horrível, porque o background dele é muito triste e de cortar o coração, mas ao mesmo tempo é muito bom escrever sobre ele. Porque desenvolver o Lass é basicamente ajudá-lo a superar esse passado. É fazê-lo mais feliz — a passos lentos e incertos, mas é.
E ele merece, com certeza, todo o amor do mundo (e a Grand Chase inteira tá logo ali, ajudando-o a perceber isso).
18) Pergunte algo a seus leitores! Pontos bônus se for relacionado a uma obra sua.
Dentre as minhas fics, quais as suas preferidas e por quê?
Ou, se for mais fácil: por acaso vocês me julgam por shippar Lire/Lupus?
19) Quem você mais agradece por ter te inspirado e/ou motivado a escrever?
Ok, tem muitas pessoas que eu queria mencionar aqui. Muitas mesmo. Tipo, a vontade é de marcar todo mundo que já deixou um comment em qualquer fic minha + os meus ficwriters preferidos (e a melhor parte é que tem gente que faz parte da intersecção entre esses dois grupos). 
Mas a pessoa a quem mais sou grata é aquela que escreveu a primeira fic que li, a @/stardustwink (não marcarei porque não tenho essa intimidade + sou uma menininha tímida às vezes).
Tipo, se não fosse aquela fic de Pokémon dela, eu nunca teria começado a escrever. E, se não fosse as tantas outras fics de outros fandoms que ela escreveu posteriormente, eu não teria continuado no mundo das fanfics.
Então digo com muita alegria (e um pouquinho de vergonha, porque vai que ela se depara com esse post algum dia) que ela é minha maior inspiração como ficwriter. Foi inspirada nela que comecei a escrever — e é na esperança de alcançá-la algum dia que tanto me esforço.
20) Para fechar com chave de ouro, diga algumas palavras para quem está lendo.
Beba água e se alimente bem! E, como sempre, muito obrigada por ler até aqui!
♥ ♦ ♣ ♠
Só por cerimônia, vou taggear a @kuuhakulumi, apesar de ela não escrever mais (ou, pelo menos, não me manda mais as fics dela). E é só, visto que não tenho mais quem marcar ksdlajklasjlkssd Sintam-se livres para fazer, caso quiserem (inclusive, marquem-me para que eu possa ver suas respostas, plz), contanto que sigam as regras! 
E... acho que é isso. Desculpa a demora para responder, Mira; luv ya ♥
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kazooblog · 6 years
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Vida...
Eu sumi né?
Essa postagem é unica e exclusivamente pra falar de forma superficial sobre coisas que tenho passado.
Eu meio que já uso volta e meia esse blog como uma especie de “diário” então tá tudo ok fazer mais um tipo de postagem desse tipo.
Muitos notaram meu sumiço repentino de tudo.
Redes sociais em geral, diminuição de postagem de tudo, frequência desregulada pra atualizar tudo...
Em quase 4 anos postando a fanfic, é a primeira vez que fico 2 meses sem postar(e ainda com atrasos quando posto).
Em 1 ano de Planet boy, a mesma coisa.
Ambos são coisas das quais amo fazer e servem de terapia ocupacional pra mim.
Mas...Nem tudo são flores.
Aos poucos fui cortando coisa por coisa da minha vida, e não porque eu quero ou porque preciso de tempo pra outras coisas, na verdade, preciso de tempo pra mim sim, mas... Eles não estavam atrapalhando meu tempo, longe disso.
Comecei cortando a fic, depois o Planet boy e quando notei, eu estava vegetando todos os dias na cama depressiva...
Quando você passa por problemas seguidos sem parar, começa a desanimar uma hora ou outra.
Sempre fui conhecida por ser MUITO positiva mesmo nos piores momentos, e ultimamente...Minha mente tem se quebrado mais e mais.
Emprego está difícil em nosso paí (só quem procura sem ter ‘contatinhos’ sabe) a 3 anos ninguém aqui consegue NADA. (digo não só familiares mas amigos também)
Incontáveis vezes fiquei sem comer por falta de comida, ter uma refeição por dia no literal, dormi por dias e dias seguidos só pra não sentir fome.
Minha avó é quem sustenta a casa com a pensão dela e ela é debilitada com alzheimer e mais uma penca de problema de saúde, ela me criou como mãe inclusive.
Eu mal consigo me aproximar dela, eu tenho agonia de interagir e olhar pra ela, eu passo mal, eu sinto uma bola na garganta só de OLHAR pra minha avó.
Ela é uma casca que se parece minha avó e tem fragmentos de memórias da minha avó, não é ela mais, esse é o nível que ela chegou.
Não consigo ajudar minha mãe a cuidar da minha avó, que fica em um pico de estresse constante gritando o dia todo, e isso me deixa ainda mais perturbada, ela não tem psicológico pra cuidar da minha avó, e eu mal tenho psicológico pra ME cuidar.
Thiago, meu namorado, a mesma coisa, ele ta tentando segurar tudo mas está começando a cair também.
3 anos procurando emprego...3 anos passando fome com a gente.
Uma pessoa de quase 2 metros pesar menos de 60kg é algo preocupante não acham?
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Meu psicológico é destruído já por natureza e meus incontáveis transtornos, com a vida caótica que eu levo, sinceramente, me espanta eu ter começado a surtar SÓ AGORA.
Eu NUNCA tive uma vida estável
NUNCA.
Sempre tentei rir de coisas mas minha vida sempre foi assim, inserta.
Pra quem lê minha fic, posso me definir como Armin com o magnetismo da Boreal.
Armin é um espelho perfeito de meus pensamentos em muitos aspectos e a forma como ele lida com problemas é basicamente a mesma que a minha: com humor e tentando levar tudo de forma lógica e engraçada.
Mas pra quem lê também, sabe que ele tem problemas sérios não só de aceitação mas uma batalha interna constante com ele próprio  pra se manter vivo.
Ele é um dos personagens mais fáceis de escrever sobre, porque eu concordo com ele em muitos aspectos (diferente da Boreal).
Agora pense no peso que minha mente está carregando, eu consigo as vezes ficar tranquila e relaxar pra fazer as coisas.
Basta um estopim, uma fagulha pequena serve de estopim pra que eu caia completamente atualmente.
Um grito da minha mãe, um ronco na barriga, um PC travando, coisas muito pequenas estão enchendo meu copo de água que está trasbordando e eu to dentro.
Sempre me mantive altamente ocupada pra não pensar nos problemas, pra não pensar no dia de amanhã e pra não pensar em... “o que não devo”...
Além de ser uma forma de correr atrás de meus sonhos (viver pra contar historias, escritas e desenhadas)
Impulsos de fala sobre suicidio são coisas constantes ultimamente.
Baixa estima, desespero, e tudo isso tem me assombrado mais do que nunca.
E tudo que eu sempre amei, tem sido difícil de fazer.
O wattpad ter deletado os arquivos atualizados da fic foi um balde de água fria, aquele castelinho sendo segurado por um palito caiu completamente e foi ali que eu abracei a tristeza e fui pro meu declínio total. (até hoje não me reponderam inclusive)
Se eu já estava caindo, ali eu cai de vez.
Dali foi ladeira a baixo.
Ultimamente peguei o habito de desenhar durante picos de sentimentos intensos.
Felicidade, tristeza, pensamentos, etc.
Servem como desabafo pra mim.
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Esse por exemplo, desenhei quando estava me sentindo sufocada com o tanto de coisa que eu fazia.
Normalmente coloco características de algum período meu, roupas que uso e tenho coisas do gênero.
Já tive cabelo de muitas formas e cores como sabem, então eu só mudo de acordo com o sentimento da vez.
Eu comecei a me afastar de todos, pensar em desistir de meu sonho de viver de desenhos, pensar em muitas coisas horríveis e só ficar deitada esperando o dia em que “vou embora”.
Nesse pico eu desenhei esse aqui:
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Foi basicamente um consolo pra mim mesma de que eu não devia desistir.
Sonhos podem ser dificeis e grandes e precisamos da isca certa.
Mas... Eu to tão cansada até pra levantar e ir beber água.
Eu odeio pensar pois sou o tipo de pessoa que questiona em excesso.
Aquela ideia e “ignorância é uma benção” é verídica.
Tenho desenhos que ainda não postei...Que são dos meus momentos de tristeza e odio.
São um tanto quanto pesados na verdade...
Facas, mortes e coisas do tipo são elementos deles.
Mas acreditem, quando os faço, é como e eu passasse aquele sentimento pro papel, e não, não gatilha algo em mim, pelo contrario.
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O que gatilha algo em mim é ficar parada e não fazer fic, comics, etc.
Me sinto inútil.
Eu quero voltar.
Eu vou voltar.
Mas preciso respeitar meu tempo...
Eu agradeço a quem se preocupa e pergunta por mim e minhas obras, infelizmente tem sido dificil pra mim até respirar.
E infelizmente, não adianta eu cuidar do meu psicológico e voltar pra essa casa caótica e essa situação caótica em que vivo.
Eu preciso mudar minha vida, porque posso conseguir ficar bem, minha vida vai me por pra baixo de volta.
Eu comecei um novo comic com a intenção de divulgar meu trabalho e assim conseguir quem sabe dinheiro e trabalho de alguma forma alternativa.
Zombie Alive
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E estou postando de forma serializada o Weather Child, um oneshot que postei no inicio do ano de 2018.
Weather child
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Estou arriscando novas áreas, infelizmente PB e a fic não me geram lucro, e eu não quero nem vou parar eles,  na verdade, PRECISO voltar, isso me mantem sã, mas...eu to tendo que deixar isso de lado um pouco pra tentar sobreviver...sendo que eles são parte necessária também pra que eu viva, afinal, sem meu psicológico...não tem como eu continuar viva, não tem como um dia eles acabarem se eu não existir mais né?
E ai?
O que faço ?
Não sei.
Eu escrevi esse texto em dias e horas diferentes...E agora, supostamente estava calma e tranquila enquanto terminava, mas bastou minha avó falar e o gato bater na porta pra eu chorar, entende como estou instável?
Tudo eu acho que vai ter grito, tudo eu acho que vai piorar, e não tem como eu me tratar.
Por isso, se eu ler alguém falando “procure um psicologo” eu sei que a pessoa não leu nada do que foi dito.
Pois repito: tratar o psicológico e voltar pra esse caos é em vão.
É tipo uma pessoa estar feliz fora de casa onde apanha e quando volta pra casa ficar depressiva
Minha vida está um caos nesse estilo.
Eu começo a ler a fic pra revisar e não entendo o que está escrito muitas vezes.
Eu começo a desenhar e fico com sono instantaneamente.
Preciso da bosta do dinheiro pra viver e do psicológico pra me manter viva.
Sem dinheiro morro porque fico sem comer, sem o psicológico...eu mesma quero tirar minha vida.
Eu realmente estou em um dilema diário, e por isso to tentando seguir um ritmo menos frenético até eu conseguir estabilidade mental, financeira e na vida em geral.
E aqui se encerra esse “diario”.
Acho que ele resume bem minha progressão mental, e espero de coração que entendam.
Cada mensagem que leio me deixa esperançosa, e de verdade obrigada.
Vocês são minha fonte de vida.
Pode deixar que vou continuar tentando escalar esse poço e não vou desistir de nada das coisas que posto ou faço.
Isso tudo faz parte de mim.
Não precisam ter pena nem nada do tipo, só...enviar energia positiva o/~
Desculpa por tudo.
Obrigada por tudo.
Por serem os vagalumes me guiando no escuro com suas mensagens de motivação.
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najaafrontosa · 3 years
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hoje foi desgastante pra caralho, eu sinto que se eu não escrever isso aqui e assim como a lara jean fazia com as cartas, exorcizar esses sentimentos ruins dentro de mim eu vou explodir ou sei lá, minha válvula de escape não foi o suficiente hoje, ler 30K de palavras no wattpad e dois capítulos de tmi3 não foram o suficiente porque isso meio que foi a putaria toda e os meus sentimentos ruins foram a consequência. meu dia começou ruim quando eu jurei que veria o sol nascer, às quatro da manhã na minha cama enquanto tentava dormir, porém era impedida pelas lágrimas que não paravam de rolar. chorando de exaustão novamente, sophia? com certeza. tive uma puta crise existencial e acordei às onze. só pra piorar com tudo bem depois, eu não vou me aprofundar nos porquês aqui porque isso vai os tornar mais reais e vai doer ainda mais em mim. eu só me sinto culpada por algo que não está no meu alcance, exatamente? eu sinto uma familiaridade bizarra com tudo que rolou hoje porque é claro que já rolou antes e vai rolar outra vez e sabe-se lá o quanto pior eu vou ficar na próxima vez. é tudo tão cansativo pra mim que sou uma leitora no meio de milhões, eu nem consigo imaginar pras autoras — culpadas ou não.
não tenho psicológico pra ouvir as críticas e os lacres de quem simplesmente não consegue separar a ficção da realidade, nem imagino elas. mas eu faço isso há seis anos. há seis anos eu leio fanfic e aprendi há muito tempo a separar as coisas, e ainda saio afetada pra caralho nessa porra. talvez porque quando comecei não tinha twitter, e quando fui ter, as estórias que lia não tinham esse engajamento ou tinha o rosto de alguém especificamente famoso assim. não sei bem. mas era mais fácil antes, às vezes é bem mais fácil ficar no escuro, dói bem menos. mas certas coisas são inevitáveis, certo? certo. então o pouco que li ferrou com a minha cabeça. deveria parado no primeiro post que resvalei meu olhar e talvez, só talvez, eu não fosse estar aqui agora. mas cá estou eu, desabafando para ninguém. e é melhor assim, não tem ninguém pra me julgar ou algo assim. eu já me sinto culpada o suficiente por algo que nem deveria. eu só sinto que tô exausta novamente, eu não tenho nenhum descanso, NUNCA. e eu tenho mascarar minha exaustão ouvindo música (o que estou fazendo agora), assistindo series/filmes ou lendo. mas tem dias como hoje, momentos como aquele em que eu não conseguia me concentrar em nada e a minha mente estava um turbilhão.
e acho que nesse exato momento tô passando um pouco mal. minha perna já tá mexendo incansavelmente, to tremendo de frio há algum tempo, to enjoada e com uma fraca dor de cabeça, to com a sensação de que quero chorar mas as lágrimas não vem, sinto que se tentar levantar dessa cama agora eu fico tonta. e isso tudo acima é o quão afetada eu fico com esse tipo de coisa, e olha que as coisas já se acalmaram, eu acho (caso não, eu não quero mesmo saber).
e eu sinceramente espero acordar amanhã um pouco melhor, sempre tento mentalizar zero o'clock nessas horas e pensar que amanhã eu estarei melhor. tenho que estar.
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Entrevista: Brendha (Lady)
E lá vamos nós para a nossa segunda entrevistada! Vocês devem conhecê-la pelo pseudônimo “Lady”, autora de Traiçoeiro e Nosso Último Verão.
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Agradecemos imensamente pela participação da Bre (como ela gosta de ser chamada) e suas respostas, mas também pelo carinho e esforço para fazer isso acontecer. Muito obrigada, querida.
Vamos lá?!
01. Em primeiro lugar, poderia se apresentar caso alguém não te conheça?! Fale um pouquinho sobre você, idade, suas fanfics...
Bom... Meu nome é Brendha, porém eu o detesto, então por favor, apenas de Bre. Provavelmente muitas pessoas me conheciam pelo pseudônimo que usava, que era o da Lady. Tenho a avançada idade de 21 anos e eu escrevi Traiçoeiro, Assombrado e Nosso Último Verão... Ah, teve uma one-shot, Entrelaços, que fiz especialmente para os leitores de Traiçoeiro, como forma para comemorar os dois anos que a fanfic foi concluída e agradecer por tudo.
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02. Há quanto tempo está no fandom de OUAT e quando começou a shippar CS?
Eu entrei para o fandom de OUAT e comecei a shippar CaptainSwan, mais ou menos na mesma época, já que eu maratonei a série depois de uma indicação de uma amiga e fiquei completamente LOUCA por eles, principalmente depois CS movie, foi ali que eu tive certeza que minha alma tinha sido vendida (risos). Isso foi em 2014, então são quatro anos, caramba!
03. Você se lembra do seu primeiro contato com uma fanfic CS? Se sim, qual e quando foi?
Foi também na época que terminei de assistir a terceira temporada e que eu estava com abstinência, então, como todo mundo faz eu fui dar uma catada para ver se me interessava por alguma. Não lembro qual foi a primeira, porque li muitas na época, então vou ficar devendo o nome de qual foi o meu primeiro contato.
04. O que te motivou a começar a escrever fanfics?
Hmm... Acho que o que me motivou a escrever fanfics foi o fato de eu precisar de algo para me manter, algo como um foco ao mesmo tempo para me distrair. Não só as fanfics, mas escrever no geral. Na época em que comecei a escrever Traiçoeiro, eu estava lidando com uma das piores crises de depressão que já passei, então eu precisava fugir de mim. Precisava achar algo que me desse algum tipo de prazer e achei isso na escrita. Então, acho que essa foi a minha motivação, me ajudava a passar por toda aquela turbulência que a minha vida estava.
05. Você comentou na nossa conversa anterior que "já faz muito tempo" (sobre as fanfics), então assumimos que você não tem criado nada nesse momento, estamos certas?! Mas, na época em que você postava, pode nos dizer o que te inspirava a colocar no papel suas histórias?
Sim, já faz algum tempo, certas coisas (pessoas), me desanimaram, então achei que o melhor era dar uma afastada... Hmm e sim, em relação a fanfics eu não estou produzindo nada no momento e para ser sincera, não tenho planos para isso. Contudo, eu estou criando algo. Estou trabalhando em uma original que é meu xodó, hahahaha. E o que me inspirava e o que me inspira até hoje... Na verdade eu não sei, as coisas simplesmente se desenrolam na minha cabeça e eu tenho uma imaginação muito fértil, daí junta que na maior parte do tempo as personagens simplesmente ganham vida e me guiam no que precisava/preciso escrever. Mas eu sempre tive em mente que se ninguém escreveu uma história que eu gostaria de ler, então eu teria que fazer isso. Provavelmente essa foi a minha maior inspiração para colocar as histórias no papel. O fato de querer lê-las.
06. De todas as suas criações CS, qual delas tem um lugar especial no seu coração? E por quê?
Traiçoeiro, sem dúvidas, hahahaha. Ela é minha filha e eu sempre volto para ela, não importa o que dizem. Como já mencionei, eu a escrevi no pior momento da minha vida, então ela me lembra que foi horrível, mas eu consegui passar por aquele período e se caso venha acontecer de novo, tenho a prova de que posso passar por ele novamente, ela me lembra de ter fé. Nela tem muito do que eu sentia na época, seja em personalidades, sentimentos ou cenários inclusos na narrativa. Traiçoeiro me ajudou muito e quando eu terminei de escrever, muitas pessoas vieram até mim para me agradecer por ajudá-las também, então é, não importa o que digam, ela é mágica e dona de boa parte do meu coração.
07. Você é uma leitora de fanfics? Caso positivo, pode nos dizer o que te atrai em uma história e que te chama atenção para iniciar a leitura? Além disso, qual seu idioma de preferência?
Quando eu tinha tempo eu costumava ser, hahahahaha, mas depois que a vida adulta me atingiu faz muito tempo que não leio nada. Mas o que me atrai e o que me convence a ficar até o final de uma história são N fatores. Uma boa estrutura e o mínimo de erros gramaticais ou ortográfico possíveis são bem atraentes. Mas geralmente o que me faz ficar é o desenvolvimento e a base em que ela é escrita. Na maioria das vezes nem abro uma em que o conteúdo é erótico, porque não é um gênero que me agrada muito. Acho muito válido e importante cenas eróticas, desde que os acontecimentos da história levem àquele momento, não apenas sexo apenas por ter. Pelo menos eu penso assim. Amo um bom romance com pitadas de dramas, que consegue mexer com nosso emocional, que ou você está chorando ou rindo, ou dois ao mesmo tempo enquanto ameaça a autora de morte.  Claro que fico feliz quando chega nos finalmente, mas se não tiver, por mim tudo bem também, porque não é algo que  faz falta e se aconteceu foi no tempo certo e necessário. Para ser sincera prefiro as preliminares do que a cena dos finalmente em si. E eu leio tanto em inglês quanto em português, mas tento ao máximo ler as nacionais, porque para mim é de extrema importância incentivar nossas escritoras.
08. Como autora, sabemos que você passava horas se dedicando aos capítulos e tudo mais, mas temos o pensamento de que, se você continuou nessa trajetória é porque gostou de algo. O que te faz olhar para trás e pensar que valeu a pena todo o seu esforço? Quais são as lembranças que você tira desse tempo?
Sem dúvidas, foi saber que ajudei alguém com minhas histórias de alguma forma. Muitas leitoras vinham até mim para conversar e desabafar. Nós nos ajudávamos. Eu fui recebida com tanto carinho, que realmente, eu levo cada uma delas no meu coração, porque elas se tornaram importantes na minha trajetória. Eu lembro que me faziam rir com os comentários e eu nunca vou ser capaz de agradecer o suficiente por tudo que fizeram por mim, mesmo sem saberem. Tenho muitas e muitas lembranças boas desse tempo. Foi algo que nunca esperei que acontecesse. Eu ainda não sei bem como tudo aconteceu. E disso, eu tirei algumas amigas muito queridas. Eu sou toda cheia de gratidão por tudo, tudo mesmo. Só espero que todas que leram saibam disso. Que sou grata a elas. A todas.
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E agora, se nos permite, temos algumas perguntinhas que as parceiras enviaram. Inclusive, essa é uma novidade: os próprios leitores vão nos enviar perguntas pra saber do "por trás da tela" dessas criações, espero que goste!
09. Até onde eu sei, a maioria das suas histórias são de época ou tem alguma relação mitológica/mística etc. Você pode falar um pouco sobre essa preferência e gosto?! De onde veio, como surgiu?
Gente, que pergunta difícil essa, hahahahaha... Eu creio que gosto dessas coisas desde sempre, menos a mitologia. Minhas fotos de criança são a prova viva disso. Eu sempre gostei de coisas antigas, coisas de época, minha mãe fala que fui enviada para o tempo errado e eu acredito nela, assim como sempre fui fascinada por coisas místicas. Existem costumes antigos que eu acho lindo e lamento terem sido perdidos, assim como acredito que certas coisas são para acontecer, porque tem hora que você faz uma escolha e o universo simplesmente retribuí, mesmo que você não quer ou não espera que aconteça. Agora a mitologia foi um amor que veio mais tarde. Foi uma amiga minha, ela AMA mitologia e ela panfletava tanto que comecei a ir atrás para entender o que ela estava falando. BOOM! Me vi completamente entregue a mitologia nórdica. De todas é a minha preferida e sigo pesquisando coisas sobre ela.
10. Onde você busca inspiração para escrever suas histórias? E que dica daria para ajudar as outras autoras?
Eu não tenho um modo de fazer para buscar a inspiração, acho que isso muda muito de autor para autor. Mas não tem inspiração melhor do que analisar tudo o que acontece a sua volta. Sério. Algo pequeno do cotidiano pode ser aquilo que você procurava. Uma conversa casual com seu amigo pode ser uma ótima fonte de inspiração. Alguma cena que você viu na rua. A coisa mais banal pode ser o que você precisava. Coloque-se no lugar de sua personagem, conecte-se com ela, com a história. Sinta-se dentro do ambiente que escreve, imagine os cheiros, os sons. Leia livros. Muitos livros, de todos os tipos, sei que essa fala é clichê, mas é essencial ler. Você ganha vocabulário, ganha conhecimento. Música é algo ótimo e que acho que a maioria dos autores usam. E quando forem escrever, não o façam por obrigação, é algo para ser divertido. Não tente imitar, se inspirar sim, imitar nunca. Nós podemos ter uma autores preferidos, mas não devemos tentar reproduzir da mesma forma, o que dá certo para um, não é o mesmo que vai funcionar para o outro. Não se desespere diante de um bloqueio criativo. Aprendi que quando ele vem, é porque em algum momento você se desconectou da história ou algo que escreveu não saiu do jeito certo e precisa ser revisto. Reserve um tempo para se dedicar a escrita. Meia hora, uma hora. Você faz o seu tempo. E principalmente: escreva para você. Claro que quando escrevemos queremos que as pessoas leiam, mas não dependa dos outros. Se você tiver um leitor, continue escrevendo para esse único leitor.  Só não desista.
11. Quando você terminou de postar NUV, li que você iria começar a escrever sobre outros personagens, um novo tipo de história fora da temática de Once Upon A Time, mas ainda não vi essas publicações, minha pergunta é: ainda podemos esperá-las?
Aaaah. Posso saber quem fez essa pergunta? [Opa, Rai!] Fiquei curiosa... Bom, de fato eu disse isso. E eu cheguei a postar, mas então excluí, sabe-se Deus o porquê, provavelmente não estava em um bom momento... Enfim: eu agradeceria se esperassem por elas se não for pedir muito, hahahahaha. Eu estou trabalhando em uma original, como já havia dito, e o primeiro livro espero ter pronto até o final do ano (será uma trilogia!!!). Na verdade essa original tem algo a ver com uma história que vocês já conhecem e eu estou muito animada, pois minhas betas só me dão bons feedbacks, então sim, vocês podem esperá-las (se quiserem, é claro) que elas irão vir. Adoraria poder falar mais sobre, mas se caso o fizer isso vai ficar enorme, hahahahaha.
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12. Qual o seu momento favorito em NUV e Traiçoeiro?
Olha... Que pergunta difícil... É vingança por tudo o que fiz nas histórias? Em NUV, eu acho que vou dizer... A conversa da Milah com a Emma no penúltimo capítulo. Acho que foi meu capítulo preferido de se escrever dessa fic. Meu Deus, em Traiçoeiro é complicado dizer... Quero saber quem fez essa pergunta também, hahahahaha. [Rai, você tá marcada, coleguinha! HEUHEUE] Ai, céus, acho que não sou capaz de escolher... Eu gosto muito do capítulo que o Killian beija a Emma na ilha dos Mouros e ela percebe que está apaixonada. Gosto muito do capítulo em que a Emma descobre a verdade sobre o que Killian escondia... Ah, mas acho que de todos os momentos, talvez fiquei com o capítulo 41 inteiro.
13. Quanto tempo você levou para publicar ambos os livros?
Traiçoeiro foi mais ou menos dois anos, porque eu dei uma pausa nela e NUV foi quase um ano.
14. Sem ser do ponto de vista de autora, você já leu suas histórias?
Hmm... Sim. Quando as críticas aparecem acho que é muito importante saber se distanciar da criadora e se colocar no lugar de leitora para ver aonde está errando. E hoje percebo alguns erros que passaram despercebidos, porque no momento não pareciam nada grave, mas que me incomodam um bocado hoje e que mudaria... Que estou mudando. Mas no geral, acho que não são tão ruins. Como eu disse eu escrevo aquilo que gostaria de ler. Muitas vezes me divirto e outras me repreendo. E me crítico muito também. Em momento algum acho que minhas histórias são perfeitas e livre de erros.  Mas estou sempre tentando melhorar e como leitora falando, talvez eu até desse uma chance para essas histórias hahahahah.
 Não sei se pode [Entrevistadas aqui podem tudo!!!], mas vou deixar aqui, qualquer coisa é só ignorar:
Agradeço mais uma vez por todo o carinho de sempre e muito obrigada por terem me incluído nesse projeto tão lindo. Fiquei surpresa, honrada e muito feliz por ter sido lembrada. Muito, muito obrigada de todo o coração por ainda me oferecerem um bom momento, porque me diverti muito enquanto respondia. Espero que estejam bem. Espero que continuem escrevendo. Espero sempre apenas o melhor para vocês.
                                                                                    ✖✖✖
Novamente, agradecemos a Bre pela disposição e por respondido às perguntas! Gostaríamos de agradecer também as nossas parceiras por terem nos ajudado com as perguntas que só fez enriquecer esse projeto. 
Esclarecendo algumas coisas:
- É um projeto novo, então a cada entrevista teremos ideias e formatos diferentes, afinal, tudo ainda é EXPERIMENTAL. Por exemplo, da primeira para essa, acrescentamos as perguntas das meninas do grupo de parceria, mas ainda aceitamos perguntas de fora, então depende da participação também.
- As entrevistadas são, geralmente, escolhidas via sorteio. E todos podem indicar autoras para o sorteio, basta nos enviar uma ask aqui, DM ou reply no Twitter.
- Continuamos aceitando sugestões de todos. E isso já aconteceu agora, por exemplo, teremos que editar a entrevista da Bruna por pedidos de postagem dos links das histórias citadas (como já fizemos nessa entrevista).
É tudo uma construção, ainda em modo experimental, e vocês são agentes disso e podem sempre nos ajudar!
Esperamos que tenham gostado dessa nova entrevista e até semana que vem com a próxima! ;)
/Lu & Ju.
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econversando · 4 years
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Querida Terapeuta.
Irei postar aqui alguns textos antigos que fiz. Eu acho eles bastante problemáticos, mas também importantes para futuras consultas com psicólogas, terapeutas e afins. Eu também quero refutar algumas afirmações do meu eu do passado.
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Agora eu entendo. Entendo o porquê das pessoas entrarem na terrível depressão. Um fato simples chamado: “Pare pra pensar você está rodeado de pessoas, você está triste, mas claramente tenta esconder isso.”
Um sentimento horrível e angustiante toma conta de você, isso acontece depois de muitos surtos de tristeza dentro. A vontade de chorar, mostrar que não é tão forte e que possui sentimentos. Esconder o que sente dói. Você finge ser alguém pra não preocupar os outros. Todo o sofrimento de vários anos acumulado dentro de você, ele te destrói, o pior é que ninguém liga verdadeiramente. (Eu devo concordar com meu eu, que guardar os sentimentos dói e que faz muito mal. Por isso não devemos escondê-los, mas sim sentir. Se estamos sofrendo o melhor é procurar alguém de confiança e colocar pra fora, até escrever o que sente e olhar de uma outra perspectiva dá uma ajudinha. Além de que essa história de que ninguém se importa com você é mentira. Sempre tem alguém que se importa. Às vezes a gente só não consegue ver mas têm.)
Existem algumas pessoas que inventam amigos imaginários para não se sentir sozinho. Isso pode parecer drama, mas a dor que é sentida somente quem sofre entende.
Quando você se deita na sua cama, embrulha-se em suas cobertas e abraça o travesseiro, essa sensação de alivio toma conta dê, então em sua mente chega o seguinte pensamento: “Como eu queria ter alguém.” E não pense que esse alguém é namorado ou namorada, mas somente uma pessoas que possa lhe ouvir, te entender, te aconselhar.
Eu não aguento mas essa mentira, mesmo sendo uma mentira linda, não passa de uma falsa afirmação. Uma que machuca a mim mesma. (Nessa parte eu tava falando sobre um negócio que eu tinha criado na minha cabeça pra não me sentir tão sozinha. Eu chamava isso de Universo Alternativo, onde eu podia ir nesse lugar e conversar com pessoas que eu admiro, normalmente famosos e tals. Eu sei que parece meio estranho, e pode até ser, mas me fez sentir um pouco melhor por um tempo. Até que eu comecei a não querer não estar nesse lugar que criei, e me sentir mal por ele não existir. Mas isso eu conto mais pra frente.)
Eu não sei o que é real e o que é mentira. A mentira se tornou algo tão comum que parece até verdade. Eu necessito da tristeza, eu sito que se não estiver triste eu fico exposta. A tristeza é uma droga, quanto mais eu provo dela mais a quero. (Hoje eu olho pra isso e penso: “Mas que diabos?”. Não faz tanto sentido pra mim agora. Eu acho que eu falava isso porque achava que ficava mais criativa quando estava triste, o que é mentira. Meus melhores textos são os que eu estou bem. Os que eu estou mal são... Deprimentes, causam tristeza em excesso. Resumindo, tem uma vibe ruim.)
Eu não sei mais se estou feliz, a felicidade se tornou algo superficial, eu não consigo me aprofundar nela, é como se uma parede densa que eu não consigo atravessar. Eu penso se todos os momentos felizes são falsos ou superficiais, como eu disse não consigo sentir cem por cento dela. Eu passei tanto tempo mentindo sobre os meus sentimentos que agora não sei mais quando é real. Eu não gosto mais da realidade, na verdade, eu não sei mais quando é real, toda a realidade é tão superficial, por isso eu gosto da ficção, meu universo é mais belo. Eu sei que buscar sua âncora nos outros é o piro dos erros, mas eu preciso de uma âncora, eu preciso ancorar em alguém. AssiM como o June em Love you to Death eu preciso de um Jinhwan, eu preciso de uma âncora. Eu preciso de tristeza, eu preciso ficar definhando em algum canto, porque eu sei lidar com isso mas os outros não. Eu sinto que se eu estiver feliz os outros vão estar tristes. (Bom as coisas por aqui ficaram bem confusas. Nessa época minha mente tava um caos. E esse June de Love you to Death é uma fanfic, eu invejava ele ter pessoas pra contar. Complicado. Eu não sei bem o que dizer, é só o que parece. Uma adolescente completamente confusa com os próprios sentimentos.)
Tem que haver um equilíbrio. As pessoas ao meu redor tem que ficar felizes e eu tenho que estar triste, esse é o equilíbrio. (Parando pra pensar, é meio que muito narcisismo achar que eu era o equilíbrio do mundo, mas não estou aqui pra falar o óbvio.)
Quando se conhece o benefício da irrealidade, da ficção, da mentira e da ilusão, voltar a realidade é tão deprimente. A realidade me quebra. Eu quero continuar na ilusão, quero continuar vivendo uma mentira. (Foi o que eu tinha dito, eu fiquei triste porque o que eu criei não era verdade. Complicado)
Somente eu posso ficar triste, pois eu sei lidar com a tristeza. (Tinha uma penca de gente passando por coisas ainda piores. Não tirando o valor dos meus sentimentos, mas já tirando. Tudo bem eu do passado. Seus sentimentos são validos, pois são seus sentimentos. Sim, estou consolando a mim mesma de uma época do tempo distante e inalcançável. Podem me julgar à vontade.)
Bom, eu tinha um texto da época que eu tinha muitas crises de pânico, mas eu fiquei com preguiça de digitar ele. Mas deixo aqui um para meu eu do futuro falar isso pra nossa futura especialista em saúde mental. Por favor, não esqueça de falar sobre essa época em que parecia que o mundo e eu não estávamos conectado e eu achava que ia morrer a cada minuto. Agora vamos para mais um.
Eu lembrei de todos os pedidos de ajuda esquecidos. Lembrei de quantas vezes eu chorei e quis acabar com minha dor. Quantas vezes eu pensei em apenas desistir de tudo. (Sinto muito, eu do passado, por você ter sentido isso. Mas olha, olha como estamos agora. Bem melhores.) Eu sempre ficava pensando o porquê de ser tão inútil e fazer tudo errado. (Cobrança pra caralho. Ainda tenho esse problema de me cobrar muito, tô tentando melhorar esse problema. Mas é realmente ver o quão ruim eu trato a mim mesma.) Eu gritava em silêncio e era acolhida pelo meu universo alternativo. (Num era ruim esse Universo Alternativo, era até bem reconfortante. Hoje em dia, quando estou no tédio ou tenho que esperar alguma coisa, eu crio uma história. É um método legal já que eu sou bem visual. Eu já pensei em histórias muito legais que eu queria muito escrever.) Nas aulas eu via as pessoas rindo e conversando entre si e pensava: “Por que eu continuo viva?”, eu sentia inveja deles estarem assim, é claro que também sabia que eles tinham seus próprios problemas também. (Inveja é uma parada complicada, mas comum.) Enquanto eu os observava, eu tentava ver se eles eram tristes e ficava me perguntando de suas vivências. (Um pouco stalker, bom dia?)
Têm um texto muito bom sobre como era minha relação entre esse Universo Alternativo e o Mundo Real. Porque como deu pra perceber teve uma época que eu fiquei confusa pra caramba e tive altas paranoias e crises existenciais. Eu tô com preguiça de digitar ele, mas vamos lá.
Eu quero voltar para a minha realidade alternativa. Uma coisa me faz pensar se eu não estou dentro de um pesadelo. E se tudo isso for uma mentira, e se essa história tiver um plot, e se eu estiver em coma, e se tudo for uma mentira. Tudo parece tão real, mas ao mesmo tempo falso. (Que plot mais clichê.)
E se minha realidade alternativa for a realidade concreta. E se forem lembranças de algo que eu já vivi e perdi. (Meu Deus! Mas que diabos é isso?) Eu não acredito tanto em ressurreição, e em outros universos e tals, eu não acredito no universo, mas eu acredito em uma coisa. Eu acredito que nossa mente pode nos pregar peças, que ela tem a capacidade de fazer as coisas parecerem reais, mesmo não sendo. (Olha que incrível. Hoje em dia eu adoro o Universo e tenho consciência que é muito possível existir inúmeros Universos Paralelos. Eu adoro sobre isso. Adoro essa parada de Universo. Essa coisa de ressurreição, de tipo vidas passadas. Eu acredito fielmente que existe Universos Infinitos. É muito legal pensar no tanto de possibilidade que vários Universos têm. Eu adoro demais isso. Aliás não tenho religião, sou agnóstica. Basicamente todas as religiões podem estar certas ou erradas. Eu na verdade não meu importo muito. Mas eu com certeza adoro esse mar de possibilidades. É muito incrível que a gente não conhece quase nada de nada. Eu depois quero fazer um notas aleatórias pra falar sobre esse meu fascínio.)
Minha mente está um confusão, e eu não sei mais quando estou sonhando. Talvez eu esteja absorvendo os sentimentos de outro alguém. Mas pode existir uma possibilidade que tudo isso seja uma mentira, que eu esteja em uma cama de hospital, a realidade não parece tão real. Ela parece a mais falsa das mentiras. O que é real? (Realmente uma época complicada. O negócio de absorver as coisas é real. Eu tenho um problema com isso. Eu sou sensível pra caramba.)
Bom, foi iisso. Eu fiz isso pra facilitar um pouco pra quando eu for numa sessão falar sobre isso, e também que, como eu já disse, eu gosto de ler coisas antigas pra saber como eu pensava e quem eu era no passado.
Eu fiquei muito chateada por essa imagem não ter uma resolução muito boa.
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whoisalana · 4 years
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Quem é Alana Andrade?
Prólogo
É um pouco difícil saber onde tudo começou. Não deveria ser, já que eu sou a Alana Andrade, contando a história de... Alana Andrade. Mas como fazer uma síntese de todos os acontecimentos que me fizeram ser quem sou? Viu?! Difícil.
Decidi começar pelo começo e ir desdobrando minhas vertentes à partir daí, e eu espero, caro leitor, que ao final desse breve texto, eu responda à pergunta: quem é Alana Andrade?
O começo de tudo. Bem... Quase tudo.
Resolvi pular a parte onde tudo começou de fato, porque seria nojento e totalmente bizarro narrar aqui o que meus pais fizeram para me conceber, e além do mais, eu acredito que todo mundo já saiba como essas coisas acontecem, né?! Então vamos direto para aquele momento lindo onde o milagre da vida finalmente acontece.
Eu nasci no dia 12 de dezembro de 2001, às 13h38, em São Paulo - SP. Mas eu quase não nasci.
Por um equívoco médico, eu já tinha passado da hora de nascer, meus batimentos cardíacos estavam muito fracos e eu estava quase morrendo, ainda dentro da barriga da minha mãe. O parto foi de emergência, e apesar do susto e do desespero de todos os envolvidos, ficou tudo bem.
Devido as complicações, eu precisei ficar no hospital por uns dias em observação, e acabei sendo levada pra casa no dia 23 de dezembro, o que a primeiro momento pode parecer uma data propícia, eu ia poder passar o natal em casa, com toda a minha família, meus parentes teriam tempo para me visitar, não poderia ter hora melhor! Mas deixa eu contextualizar um pouco a situação em que eu, recém nascida, me encontrava.
Assim que minha mãe engravidou, minha irmã do meio, Keyri, entrou em uma crise de ciúme que perdurou os 9 meses (e mais alguns anos, mas eu ainda vou chegar lá!) da gravidez, durante esse período ela se recusava a chegar perto da minha mãe, ela era, sem sombra de dúvidas, a pessoa menos animada pra me ter em casa, e ainda por cima, como se os 9 meses de gravidez já não tivessem sido ruins o suficiente, eu ainda iria arruinar o natal.
A minha irmã mais velha, Adna, por outro lado, nunca se incomodou com o fato de ganhar mais uma irmã, a animação na verdade era tanta, que foi ela quem escolheu nome, com todo o cuidado se atentando ao significado dele no livro dos nomes. Mas essa animação foi gradativamente indo embora, porque, veja bem: minha irmã nasceu no dia 14 de dezembro 1988, e eu decidi nascer dois dias antes do aniversário dela, aniversário esse que ela teve que passar seu meus pais, visto que eles estavam em tempo integral comigo na maternidade. Não dá pra julga-la diante dessa situação.
Eu era a pessoa menos bem-vinda na minha casa, e se eu soubesse disso tudo em 2001, eu provavelmente teria preferido passar o natal no hospital, mas essa é a vantagem de ser um bebê: eu não precisei lidar com nada disso.
Infância
Depois das complicações que eu tive ao nascer, todos achavam que o pior já tinha passado, mas a verdade é que depois de nascer, eu ainda quase morri mais algumas vezes. Tudo bem, talvez morrer seja um pouquinho exagerado, mas eu tive alguns imprevistos ao longo do caminho.
Minha mãe sempre foi muito cuidadosa, e não é só porque ela é minha mãe não, mas ela é provavelmente a melhor mãe do mundo. Visto isso, ela sempre cuidou muito bem de mim e das minhas irmãs, mas algumas coisas ela não conseguiu evitar, estavam fora de seu controle.
Eu tive alguns problemas de saúde, dentre eles, rinite, sinusite, estar abaixo do peso, pneumonia e anemia. Mas o que afetou (e ainda afeta) a minha vida de uma forma um pouco mais severa foi a asma.
Eu era uma criança que precisava evitar comer muito chocolate, rir demais, correr muito rápido, pular corda, e mesmo me privando dessas coisas, eu ainda conseguia fazer a proeza de ir para o pronto socorro pelo menos duas vezes na semana, por ter crises de asma muito severas.
Por conta dessas privações, minha mãe tinha medo que eu me tornasse aquele tipo de criança que passa o dia inteiro em casa mexendo no computador, - o que acabou acontecendo por um breve período, mas ter tempo ocioso acabou me incentivando a ler - então o médico recomendou que ela me colocasse na natação. Era um esporte, me ajudaria com a asma, e eu conheceria pessoas novas, iria interagir e viver em sociedade. O sonho de qualquer criança!
Então aos 11 anos eu comecei a fazer aula de natação, e ao contrário do que eu imaginava, eu acabei gostando, e como o médico disse, me ajudou com as crises de asma, eu conheci pessoas novas, dentre elas uma das minhas melhores amigas até hoje, e eu até mesmo peguei gosto pelo esporte.
E foi na natação que eu descobri um traço importante da minha personalidade: eu não sou competitiva.
Eu passei 3 anos na natação, e em um determinado ponto meu professor decidiu que eu deveria competir pela escola, e foi a pior coisa que me aconteceu. Toda a diversão e prazer que eu tinha nadar se esvaiu com o peso nas costas de competir pela escola, onde todo mundo conta com você e te pressiona a ser melhor que os demais. Essa atmosfera nunca me agradou, e alguns meses depois eu resolvi deixar a natação. É claro que hoje eu gosto de carregar o mérito de ter algumas medalhas e dois troféus por competir, mas se você me fizesse escolher, eu iria preferir ter continuado nadando, sem ganhar nada em troca, somente pelo prazer em fazer algo que se gosta.
Com a minha saída da natação, o tempo ocioso voltou e com ele meu interesse em me descobrir em outras áreas, e foi assim que eu fui para nas aulas de dança e teatro.
Logo na minha primeira aula de dança eu percebi que aquilo não foi feito pra mim, eu não tinha nenhuma coordenação e meu corpo parecia se recusar a seguir o ritmo de qualquer que fosse a música, mas eu adorava as professoras, adorava rir junto com a minha melhor amiga durante as aulas, o mais importante pra mim: ninguém esperava que eu fosse boa! Todos se ajudavam, se divertiam, e realmente não importava se existia grupos de dança por aí bem melhores do que nós.
Minha identificação com o teatro aconteceu de forma espontânea, e eu devo uma boa parte da bagagem que carrego comigo às minhas aulas de teatro. Sempre fui uma criança tímida - ainda sou um pouco, pra ser honesta -, e o teatro me ajudou a ser mais solta, falar em público, cativar amizades, entrar em contato com outros tipos de gostos, trabalhar em grupo, compartilhar ideias, respeitar opiniões e também saber dar a sua... O teatro sem dúvidas teve um dos papeis principais na minha vida, incluindo até a minha escolha em estudar algo relacionado a comunicação.
A minha infância foi boa, tive o privilégio de ter contato com artes, esportes, internet e livros. Eu vejo muito de quem eu sou agora, na criança que eu era.
Levo todas essas experiências como um capítulo muito importante no meio desses 18 anos.
Adolescência
Aaah o ensino médio... Aquela fase da vida do adolescente em que ele espera que seja uma mistura de High School Musical e algum outro filme clichê americano, com festas e um amor de verão épico. 
Bom, não sei se todos os adolescentes pensavam isso, mas eu que passei minha infância e pré adolescência assistindo Disney e lendo fanfics da McFly e da One Direction, certamente esperava pelo menos um pouco disso ao longo dos meus três anos do ensino médio. E se você, assim como eu, é uma pessoa que já teve essas expectativas, você já deve imaginar que eu quebrei a cara.
Olha, veja bem, não é como se meu ensino médio tenha sido um desastre total, ou um completo tédio. Eu fui para algumas festas, tive alguns amores (não de verão, no verão sou sempre solteira!), e em algum momento nós até dançamos High School Musical no meio da escola! Mas é como em qualquer outra situação em que se cria expectativas demais: você acaba se decepcionando.
Eu costumava descrever o ensino médio como ser tirado dos braços da sua mãe sem aviso prévio. Eu não sei dizer se essa descrição é culpa da minha personalidade dramática e exagerada, ou é a culpa de toda situação na adolescência tender a parecer o fim do mundo (talvez seja uma junção das duas coisas), mas o fato é que por alguns meses, foi assim que eu me senti.
Apesar do ensino médio não ter sido de todo ruim, seria desonesto da minha parte vir aqui contar que tudo que eu fiz foi beber e beijar na boca, porque você deve saber (ou pelo menos imaginar) que a escola não é assim.
Eu cursava ensino técnico integrado ao médio, o que me fazia passar mais tempo na escola do que em casa, e também me presenteava com o dobro de coisas para fazer. A grande quantidade de trabalhos, o curto prazo para entregas, a semana de provas que parecia interminável, e a constante luta em me adaptar a um curso onde eu não possuía muitas habilidades prévias, desencadeou inúmeras crises de ansiedade em mim. Toda essa situação e a minha falta de jeito para lidar com ela, me deixou muito dente, física e psicologicamente, e a minha lembrança mais vívida do meu primeiro ano de ensino médio foi: eu chorando sem parar por horas e fazendo meia refeição por dia por falta de apetite.
Eventualmente as coisas melhoraram - ou então foi eu quem me acostumei -, e apesar de todo o caos que é a ETEC, eu também me diverti muito, porque tem algumas coisas que só quem estuda na ETEC vive, e são memórias que eu irei carregar pra sempre e que fazem eu me sentir extremamente sortuda e privilegiada.
Em meio a toda rotina que os adolescentes vivem, de arrumar briga na internet, fazer lição de casa e tomar decisões erradas, eu consegui de alguma forma me tornar próxima da minha mãe! Não sei te dizer ao certo a razão disso, mas desde então minha mãe - e minha família, de modo geral - têm sido minha melhor amiga, e fico feliz que, no meio de tantas lições e coisas boas que eu tirei dessa fase da minha vida, ter uma ligação dessas com a minha mãe tenha sido uma delas.
Se eu pudesse resumir minha adolescência, aqui nesse parágrafo, eis o que eu diria: foi o meu momento de cometer erros, e de aprender com eles. Em três anos eu fui capaz de me colocar em situações que até Deus dúvida, tomei todas as decisões erradas possíveis e aprendi com cada uma delas, o que elas tinham pra me ensinar.
Ao fim dessa etapa maluca da minha vida, as situações que antes para mim eram o fim do mundo, se tornaram situações chatas, que no fim só precisavam me ensinar algo.
Fase adulta? Intermediária? Caos?
Bem, chegamos ao presente, agora que eu contei pra você toda a trajetória que me trouxe até aqui, acho que chegou a hora de contar um pouco o que eu já vivi nesses três meses, e de finalmente, depois de tanto falatório, encerrar o que era pra ser um texto breve.
Lembram que eu disse ali em cima que eu descrevia o ensino médio como ser arrancada dos braços da mãe sem aviso prévio? Pois bem, eu estava errada.
A verdade é que sair do ensino médio e ser jogada na faculdade onde todos te cobram uma postura que você ainda não aprendeu a ter, se parece muito com ser arrancada dos braços da mãe, mas surpreendentemente, o processo de adaptação foi muito mais rápido.
Acho que aceitação é a melhor solução né?! Digo isso como uma pessoa que sempre foi muito apegada ao passado, e que sempre teve a vontade de reviver momentos da minha vida, o que é natural, mas que em alguns momentos me deixava tão ligada ao que já passou que me impedia de viver o que estava acontecendo. Aceitar que as coisas se foram, e que essa é sua vida agora, e que por mais difícil que seja você é sim capaz de transforma-la numa aventura incrível e com memórias tão boas quanto as suas antigas, torna tudo muito mais simples, e te enche de uma esperança que você nem mesmo sabia que tinha.
Eu tive medo de pisar na Universidade São Judas por exatos 20 minutos, até me dar contar das oportunidades e portas que vão se abrir pelos próximos anos.
Chegamos ao final desse texto, e a pergunta continua em aberto: quem é Alana Andrade?
E eu acho que talvez eu nunca encontre a resposta, visto que quem somos é a soma de todas as coisas que vivemos, pessoas que conhecemos... E tudo isso está em constante mudança, nós estamos em constante mudança. Não há resposta para essa pergunta, não conseguimos resumir toda a nossa imensidão em apenas uma palavra, uma frase ou texto, por maior que seja.
O que nós podemos fazer é compartilhar com as pessoas parte do que somos, seja contando a vida inteira em um texto como eu fiz, ou mostrando uma música, dando um conselho que você leva consigo... Nós temos infinitas possibilidades de nos dividir com os demais, e eu espero que eu tenha conseguido fazer isso com você, caro leitor. 
Obrigada.
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aospoetasmortos · 5 years
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Tudo aquilo que eu sempre escondi
Cuidem com quem vocês se relacionam, mesmo na internet, pode ser terrível e trazer coisas que nunca se imaginam.
Tudo começou com uma criança gordinha e cheia de complexos. Eu via todas as minhas amiguinhas com crushs e eu era a amiga gordinha. Meus problemas com auto-estima começaram na infância, eu sempre senti que ninguém nunca ia gostar de mim.
Quando eu tinha 12 anos, eu gostava de um colega meu. Ele era meu melhor amigo, o nome dele era Vitor. Foi o meu primeiro amor e eu era apaixonada demais por ele. Eu não era mais a criança gordinha que eu era, mas nunca fui tão magra como todas as outras meninas da minha idade. Entendam, não acho que o peso vai te fazer atraente pra alguém ou não, mas eu era novinha demais e com auto-estima de menos. Eu não gostava do meu cabelo também, ele era cacheado e eu não sabia arrumar, ninguém falava de empoderamento de cachos na época, mais uma razão pra me sentir inferior. Voltando ao menino, ele namorou todas as minhas melhores amigas. E mesmo isso me fazendo mal, eu me sujeitava a estar sempre em volta dele sendo chamada de "irmãzinha" porque ele se sentia bem assim. Detalhe, ELE se sentia bem. E eu, mesmo que não quisesse me afastar, sabia que aquilo me fazia mal.
Ok, minha vida "real" era ferrada então decidi começar minha vida virtual. Criei uma personagem e comecei a viver por ela, um fake no orkut, era comum na época. Aí eu já tinha 14 anos. E eu conheci um "cara", ele era mais velho e a gente tinha um relacionamento "no fake". Mas aquilo era parte de mim, e é óbvio que meus fantasmas iriam me assombrar de novo. Mesmo que ele não visse meu rosto, eu me sentia insuficiente. E aceitava que ele fizesse o que queria comigo. Eu tinha 14 anos e a gente fazia sexting, ele era mais velho que eu, tinha mais de 18 já. Eu era menor de idade, uma criança, e eu era meio inocente essa época e um adulto fazia esse tipo de coisa comigo. E eu aceitava a forma que ele me tratava, porque eu achava que só assim pra ele ficar perto de mim e pra que eu não me sentisse tão carente.
Nessa mesma época, conheci um guri chamado Eduardo. Eu tive várias paixonites por ele no decorrer dos meus 14 anos aos 20. Guardem esse nome, vai ser importante mais tarde.
Enfim, com 16 anos eu tive meu primeiro namorado. Eu era insegura e tímida com relação a mim mesma, não conseguia nem beijar ele de vergonha e medo de fazer algo errado, medo da rejeição. Ele me dizia constantemente: "Tu é gatinha, mas ficaria ainda melhor se emagrecesse". Detalhe que eu estava longe de ser gorda e se estivesse, ele não teria nada a ver com isso. Eu me sentia ridícula todas as vezes que ele dizia isso. Um dia marcamos de ir num aniversário, só que meus pais saíram pra uma viagem de um dia e me deixaram sem chave. Não pude ir na tal da festa, no outro dia ele terminou comigo. Nesse momento da minha vida, cheguei a conclusão de que, de fato, eu não era suficiente.
Com 17 anos eu comecei a sair com um guri, o nome dele era Lucas. E eu realmente achei que ele era diferente. Ele era gentil, educado, falava coisas bonitas. Nunca criticou nada em mim. Mas também não me levava a sério. Eu saía pra comprar presentes pra mãe dele com ele, fazia várias coisas pra agradar. No fim, ele foi lá e namorou com a minha "melhor amiga". Aqui eu já tinha começado a me acostumar. E pensei que já era, estava cagando pra tudo. A ansiedade começou a se fazer presente na minha vida, eu tinha compulsão alimentar e comecei a engordar. Nesse momento, nem auto estima eu tinha mais. Eu nem sequer gostava de mim e isso causou o próximo acontecimento.
Eu tinha 18 anos e comecei a gostar de um garoto chamado Bernardo. Ele foi uma das piores espécies de ser humano comigo. Ele ficava com a minha melhor amiga, mas propôs que a gente ficasse escondido. Eu achava que não merecia nada melhor do que isso, achava que nunca teria nada de melhor. Então eu aceitei. Ele ficava com ela na minha frente, enquanto abraçava ela, ELE OLHAVA PRA MIM, já que ela não podia ver. Ele podia estar comigo, se ela aparecia, ele LITERALMENTE me soltava e corria pra ela. Como se eu não fosse NADA. No final, essa menina largou dele e eu continuei SENDO A PEGUETE ESCONDIDA por mais uns 6 meses. Tem ideia do que isso vazia comigo? Pra mim, eu era uma ridícula, feia, sem graça, insuportável, nojenta. Como ele me escondia, eu achava que ele tinha vergonha de mim. Teve um dia que ele me mordeu no braço, ficou um roxo enorme, tive que usar blusa comprida no verão por dias. E eu achei, na época, que era lindo. Ele me apertava e deixava marcas roxas, também achava que era excesso de "tesão", ridículo né?No fim, ele me deu um fora e foi namorar outra pessoa.
Aqui eu já manifestava alguns sintomas sérios. A ansiedade tava pior, tinha dias que eu não conseguia levantar da cama e viver. Nesse momento eu conheci mais o kpop que foi uma válvula de escape, porque as coisas poderiam ter chegado no fundo do poço bem antes.
Ok, aqui entra o Eduardo. Eu tinha 18 pra 19. Ele foi o melhor amigo que eu tive na vida, mas também foi uma das piores coisas que me aconteceu. Ele tinha uma noiva. E ela foi fazer um intercâmbio de 1 ano e meio, ele ficou aqui. E nem preciso explicar o que aconteceu. Fui o "estepe" por todo esse tempo. E EU ME PERMITI SER. Porque eu REALMENTE amava ele demais, então aquilo parecia suficiente. Ele me fazia promessas, trazia chocolate pra mim quando eu não tava bem, me dava flores e me levava sempre em casa. A gente sentava na praça e ficava lendo juntos, ele me fez sentir como se a gente fosse um casal, por um ano e meio. Quando ela voltou, um dia antes, ele me deu uma rosa. Disse que me amava. Ela chegou e eles casaram.
Aqui eu desmoronei. Ele parecia a última esperança de que algo daria certo na minha vida.
Pra tentar provar algo, com 20 anos, comecei a namorar um menino chamado Gabriel. Meus pais amavam ele, meu pai principalmente. Mas ele era ridículo. Reclamava que eu usava maquiagem, falava mal de coisas no meu rosto, falava mal do meu cabelo (que desde os 15 anos passei a alisar) porque tinha frizz, vivia dizendo que eu era "chata", não prestava atenção em nada que eu dizia. Todos os dias, no fim da tarde, eu tinha que estar arrumada e cheirosa pra ele me buscar em casa porque ele queria sempre desfilar de carro e de namorada pela cidade. Ele me levava pra casa dos amigos como um troféuzinho, todos os dias eu voltava pra casa chorando pros meus pais que queria terminar. Meu pai chegou a me dizer (sabendo de todos os relacionamentos anteriores, mas sem saber o que ele me dizia pq eu tinha vergonha de contar) que eu nunca encontraria alguém tão bom quanto ele.
Nesse momento, meu psicológico já estava completamente ferrado e eu já tinha pensamentos estranhos. Graças a Deus, consegui terminar, porque num dia bom eu quis compartilhar com ele sobre algumas coisas que eu sentia, sobre meu psicológico e tal. Quando terminei de explicar, ele me disse "eu sempre soube que tu era louca". Terminei ali.
Mas o pesadelo nem tinha começado.
Eu tinha crises de ansiedade, tinha dias que não dormia, em outros eu dormia mais de 14h. Passava os dias deitada na cama, matava muitas aulas e me sentia o maior fracasso do mundo. Eu ficava o tempo inteiro repassando todos os fracassos que eu tive na vida (não só os amorosos, mas tudo que eu quis fazer e não deu) e pensava que minha vida era um lixo, que nada valia a pena.
Foi nesse momento que comecei a pensar em morrer. Na verdade, morrer parecia pouco. Eu queria deixar de existir, eu queria não ser nada. Eu fiquei mal por meses, até nos mudamos de casa porque novos ares me deixariam melhor. E de fato, ajudou um pouco.
Hoje, com 21 anos, eu ainda tenho vários momentos ruins e bizarros. Tava lendo uma fanfic e ela me fez pensar sobre tudo isso.
Tive uma semana difícil e provavelmente ninguém sabe. Nem sei se vou dormir essa noite.
Na verdade, nem sei se alguém vai ler isso e provavelmente vou me arrepender de ter postado. Não gosto de expor isso porque tenho vergonha, mas quando eu tô a ponto de explodir, preciso falar.
Eu me deixei viver todas essas coisas. Me permiti. Porque eu não tinha amor próprio o suficiente pra lidar com essas situações.
Hoje já me amo mais, já uso meu cabelo natural e tem dias, poucos, que amo meu corpo e a mim mesma.
É isso, tá foda.
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redlipclassic15 · 7 years
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Minha fanfiction favorita SasuSaku <3
“ON THE OTHER SIDE: DO OUTRO LADO” por Kitty Chan Kawaii
Sinopse: Existem pessoas no mundo que vivem perdidas em meio a multidão. Haruno Sakura, Bem sucedida, acreditava em horoscopo, tinha um cachorro e odiava sexta-feira. Mas qual seria sua surpresa ao olhar do outro lado? - Oneshot - SasuXSaku - Comédia RomânticaRated: 
Segunda-feira. Dia complexo, mas não pior que sextas, essas eu odiava. Pensei no fato dos ônibus serem sempre tão cheios, maldito dia em que o metrô entrou em greve. Me atrasei feio, e ainda por cima hoje, dia de reunião de fechamento da revista. Calma Sakura, repetia mentalmente, respira ainda são oito e meia, você só está meia hora atrasada, só isso, a reunião é as dez. Respirei fundo. Um homem estranho parou ao meu lado e ainda me deu uma olhada dos pés a cabeça, o que ele pensava? Que ia conseguir algo? Sou extremamente difícil, muito recatada e muito gata para um qualquer desses! Meu novo corte de cabelo devia estar funcionando, curto e charmoso, que nem o cabeleireiro disse. Somente ignorá-lo, essa era minha opção naquele ônibus lotado, mas isso não seria difícil, mais dois pontos e desceria.
Eu sempre perdida em meus pensamentos, nem reparei, o ônibus brecou violentamente, nunca soube andar de ônibus, não estou acostumada, acabei por cair ridiculamente para trás, todos olharam para mim, nada pior não? Porém não fui ao chão, alguém havia me segurado. Foi ai que o vi a primeira vez.
On the other side. (Do Outro Lado)
Ele tinha cabelos negros lisos na frente e levemente espetados atrás e olhos da mesma cor, seu rosto era branco e sua pele delicada, seus lábios eram donos de um tom vermelho intrigante, se assim posso nomear, suas mãos eram macias e eu sentia enquanto segurava-as, esse de certo modo me abraçou pelas costas, envolveu seus braços em minha cintura, a fim de evitar minha queda e eu segurei em suas mãos, ele depositou o queixo em meu ombro. Senti meu coração bater mais forte quando olhei por cima do meu ombro me deparando com o rosto lindo dele. Lindo até demais. Fiquei olhando-o sem me mover.
Ele tinha um ar serio, estava com um terno preto, discreto, lindo, repeti mentalmente outra vez, ele se focou em mim.
-Desculpe mas vou descer no próximo ponto - disse com a voz calma e que voz, tinha um ar todo arrogante.
Sim, estava segurando-o ainda, por isso ele foi direto em me dispensar de seus braços, afinal ele tinha que descer, e pensando bem.
-Também desço nesse ponto - gritei desesperada, não podia perder o ponto, me atrasar mais? Nem pensar.
Ele piscou calmamente e eu o soltei. Um sorriso escapou pelo canto de seus lábios. Que sorriso. Pensei em milhares de coisas que o envolviam, casamento, noites estreladas, jantares. Parei em frente à porta, e ele ao meu lado. Parecia que nada havia acontecido, ele nem olhava para mim, e eu, idiota, o olhava fixamente, suspirei apaixonada pela beleza dele. Me liguei que estava fazendo papel de boba, então olhei para frente, meu reflexo no vidro do ônibus.
Parei e foquei minha idéia, o vi olhando para mim pelo reflexo.
Meu deus, como fui burra, fiquei olhando-o achando que ele não havia percebido e ele ali me olhando pelo reflexo do vidro. Ele sorriu da minha infantilidade. Nota mental: Deixar de bancar a criança boba.
Assim o ônibus parou, comecei a torcer para que ele seguisse pelo mesmo caminho. Me dei mal. Ele atravessou a rua e o perdi na multidão. Olhei no relógio, quase nove da manhã, as ruas ali no centro estavam lotadas de pessoas engravatadas e eu, parada, esperando o que meu deus do céu?
Corri em direção a empresa, um quarteirão, dois quarteirões. Entrei sem ao menos dar bom dia ao porteiro, ele me desculparia mais tarde, com certeza na saída levaria-lhe uma rosquinha como agrado.
As catracas para a entrada do elevador estavam a alguns passos à frente, fiquei presa nelas de uma forma violenta!
-Droga por que sempre esqueço o cartão! - gritei fazendo o hall todo do prédio me olhar, tanto faz, eu e meu novo corte de cabelo não ligamos.
Segui para o elevador. Minha cabeça borbulhava de coisas para fazer antes da reunião que aconteceria em uma hora, na verdade precisaria de umas duas horas para fazer tudo.
Ao esperar pensei nele, nunca havia visto alguém como ele, com olhos como os dele, sorri que nem uma garotinha apaixonada.
-Térreo! - gritou animadamente o ascensorista me vendo parada que nem uma estatua em frente à porta, impedindo a saída das pessoas.
Sabe, talvez eu devesse fazer um tratamento para déficit de atenção, por que o meu é grande demais para uma garota tão pequena!
Entrei no elevador.
-Sétimo. - pedi educadamente, apesar do grito, ele ficou me olhando de uma forma muito estranha.
Primeiro andar, segundo, terceiro, quarto. O elevador parou. Quem era o idiota que havia chamado o elevador e me atrapalhado a manhã mais um pouco.
-Bom dia Haruno! - disse o homem de terno grafite.
-Bom dia chefe. - nada melhor do que encontrar seu chefe no elevador quando se está atrasada. Gafe certa.
-Greve de metrô né? - Muito educado para o chefe que eu conhecia, porem assenti com a cabeça, uma droga de greve.
Ele sorriu.
-Haruno vê se compra um carro logo! - gritou na minha orelha, ele era tão mal-educado, também pudera, eu trabalhava lá a quase 8 anos, já que comecei a estagiar lá com 17 e agora estava com meus, bom melhor mudarmos de assunto sobre minha idade. Intimidade.
Desci no sétimo andar, comecei a caminhar rapidamente, tentando não cair do salto, não, eu não sou destrambelhada, é que parece que o mundo conspira contra nós em dias difíceis, e aquele mês estava sendo difícil, já que era o mês do meu aniversário. Já comentei que quanto mais próximo do meu aniversário mais má sorte eu ganho? Bom, sempre foi assim, e faltavam somente 3 semanas, hoje era dia 10 de março, gostava do numero 10, mas nem sempre me dava sorte, meu numero da sorte era o 7, assim como o numero da minha sala e andar.
Entrei correndo na sala, a faxineira estava limpando tudo.
-Bom dia Sakura - sempre tão calma e acolhedora, me dava conselhos e batíamos muitos papos, o mais próximo que eu tinha de uma mãe já que a minha já não estava entre nós, queria juntá-la com meu pai, mas era sempre tão difícil arranjar tempo, quem sabe no meu aniversario já que eu sempre saia com meu pai pra jantar, talvez poderia incluí-la.
-Bom dia dona Keiko! - Sorri animada pegando todos os papeis possíveis.
-Vou deixar sua persiana aberta já que você sempre deixa tudo fechado! Você não sabe? Sol faz bem para as pessoas e plantas! - disse isso apontando para um vasinho de Violetas que possuía, já estava ficando murcho.
-Anh, mal consigo cuidar de mim quanto mais de uma planta. - brinquei sorrindo e me retirando da sala.
Ela gritou da sala enquanto eu corria em direção ao estúdio de arte finalização.
-Você ficou ótima com esse cabelo!
Nada melhor do que alguém reparar em você e te elogiar.
Sim, com a minha idade não tinha namorado, mal tinha amigos, o pessoal que trabalhava comigo eram somente colegas de serviço, só tinha meu pai e a dona Keiko para desabafar, mas estava realizada profissionalmente.
Abri a porta da sala de arte finalização e peguei tudo que precisava, agora era só ir para a sala de reunião e organizar tudo.
Passo atrás de passo, soltando muitos "Bom dia" para as pessoas enquanto passava naquele corredor extenso com um carpete azul marinho. Ao entrar na sala de reunião me deparei com ela.
-Bom dia Sakura! - gritou a loira, escandalosa deveria ser seu nome, mas infelizmente era outro.
-Bom dia Ino, por que está tão animada assim, lembra que hoje fecharemos a edição de março? - essas reuniões eram sempre cansativas e normalmente acabávamos ficando até mais tarde. Meu humor só estava bom por culpa do incidente do ônibus.
-Meu final de semana rendeu esse bom humor! Você deveria arranjar um namorado, faz maravilhas com o humor sabia? - sorriu - até a Karin está de bom humor desde que começou a namorar!
Ah, se aquilo era bom humor eu não queria ver o mal! Karin era a típica editora chata, sempre cortando os pobres jornalistas e menosprezando os outros setores, estava namorando há um mês ou algo assim, mas na minha opinião ela ainda continuava de mau humor, também, nunca nos demos bem. Ino era gerente de marketing e eu, bem, eu era a diretora de arte, sempre escolhendo as imagens e fazendo desenhos se necessário, um pouco diagramadora também, já que sempre mexia na colocação dos textos para fluírem com as imagens.
Meu chefe entrou na sala arrastando tudo e todos, sempre tão violento e espalhafatoso...
-Vamos começar essa reunião! - gritou animado, bom, até demais.
Horas se passaram, discussões e mais discussões, maçante.
À noite fui embora esperando encontrá-lo na rua, mas não aconteceu.
Fui de metrô já que a greve havia acabado, e também era mais rápido, sinceramente estava acabada de cansaço.
Será que algum dia ia encontrá-lo? E por que diabos eu pensei nele o dia todo, será que ele era minha alma gêmea? Parei e resolvi usar o cérebro, nada disso, tenho algo pendente com ele.
Era claro, eu não agradeci pela ajuda, era isso, estava pendente na minha mente, ou seja, nada de alma gêmeas, mas com certeza ele era de leão, com certeza. Parei e usei novamente o cérebro. Nota mental: Parar de ler revistas de horóscopo.
Terça-feira. Fui de ônibus é claro, mas somente para encontrá-lo e agradecer pela ajuda, só um "Obrigada". Mas não o encontrei. Talvez ele fosse de metrô todos os dias e só ontem veio de ônibus por culpa da greve. Fazer o que?
Não o encontrei na rua. Segui para a empresa e passei o dia todo na sala de arte finalização, deveria terminar tudo já que havia mudanças na revista por culpa da reunião. Mais um dia de cansaço e trabalho exagerado. Fui à cozinha pegar um café e ouvi a conversa da mulherada, todas falavam de seus respectivos casos ou namorados. Como eu me sentia uma encalhada nessas horas, me sentia mal.
Passei na minha sala antes de ir embora e a persiana continuava aberta, já era noite e as luzes do prédio da frente brilhavam, e eu ali, ainda trabalhando. Fazia um Mês que havíamos mudado para aquele prédio, algo assim, estava me acostumando. Peguei minhas coisas e fui para casa. Mais um dia.
Quarta-feira. Eu fui de metrô, na verdade isso é mentira, não queria admitir mas acabei indo de ônibus e não o encontrei, outra vez.
Às vezes me pergunto por que não consigo ser corajosa e fazer o que sinto vontade. Naquele dia tive vontade de perguntar-lhe o nome e chamá-lo para um almoço ou algo do tipo, mas não o fiz, nunca faço, sou uma medrosa. Meu animo estava abaixo do que o normal. Desci no ponto e decidi, amanhã vou voltar à rotina do metrô. Era mais rápido e menos cansativo, e já estava me acostumando com o fato de nunca mais poder vê-lo. Era meu mês de má sorte e eu esperava o que? Que ele do nada aparecesse na minha frente e nos chocássemos caindo juntos ao chão?
Pensamentos que adoram me atrapalhar, não prestei atenção e exatamente isso aconteceu, me choquei fortemente contra alguém caindo por cima da pessoa em meio à calçada movimentada. O olhei.
Não, não era ele. Não passava de um garoto, bonito, mas não era ele. Levantei e pedi desculpas para o dono dos cabelos loiros escuros. Esse sorriu, mas eu ignorei, não era ele que eu queria esbarrar. Droga. Segui meu caminho, sem nem olhar para trás, eu vi que ele ficou interessado em mim e no meu novo corte que ninguém reparou, bom, quase ninguém, mas não era com ele que eu queria conversar e passar a noite na cama.
Entrei no hall do prédio, cumprimentei o porteiro, antes que me custasse outra rosquinha. Não esbarrei na catraca, estava com o meu cartão magnético. Olhei para ela e disse mentalmente: "Dessa vez EU fui mais rápida"
Certo que era só uma catraca e com certeza tenho que controlar meus pensamentos sobre objetos. Nota mental: Parar de falar com coisas inanimadas. Será que isso incluía Hinata da área de pesquisa? Ela nunca falava nada com ninguém, talvez ela fosse animada somente com Naruto, a propósito o casamento deles era em dois meses e eu com certeza apareceria sozinha. Encalhada. Entrei no elevador e olhei o ascensorista, será que ele tinha compromisso para a data? Podia chamá-lo para me acompanhar, olhei novamente, aquelas sobrancelhas, aquele cabelo, crachá dizia: Lee. Agora sabia o nome dele, bom, faria assim, se até lá não conseguisse algo melhor eu o chamaria, melhor que nada não? Ele sorriu escrachadamente me vendo olhar o crachá. Acho melhor ir sozinha mesmo, pensei.
Meu andar, desci e caminhei soltando os famosos: "Bom dia". Karin passou por mim e me secou dos pés a cabeça, ela sabia que eu era mais bonita e bem mais apessoada, por isso me odiava. Sorri vitoriosa me jogando para minha sala. Olhei no relógio, bom, 8:10 da manhã. Caminhei até a janela que ainda possuía as persianas abertas, olhei a rua e a movimentação nos prédios à frente, era capaz de enxergar cada sala dali, a rua era estreita fazendo com que os prédios fossem próximos a ponto de ser possível enxergar dentro das salas, mas não tão próximos a ponto de conseguir pular para o outro lado. Odiava aquela movimentação. Lembrei, era por isso que nunca abria as persianas, movimento em excesso. Isso me deixava distraída do serviço, fechei tudo e me sentei na mesa. Passei um tempo analisando algumas fotos, perdida, comecei a desenhar em uma folha branca ao lado, olhos, boca, nariz, cabelos e assim por diante. Parei e olhei o desenho, não acreditei, acabei desenhando ele! Por que diabos eu só pensava nele e naqueles olhos e aquelas mãos e, bom, pelo menos os motivos para me chamar atenção eram grandes já que ele era...
-Lindo - disse dona Keiko enquanto olhava meu desenho.
Gritei de susto, obvio. Ela, como conhecedora da pessoa que sou, começou uma serie de risadas do meu desespero.
-Me assustou! - coloquei a mão no coração.- você gostou? - apontei para ele. Ela sorriu é claro.
-Seu namorado? - anh bem que eu queria.
-Não, só alguém que vi na rua um dia desses. - choraminguei virando o rosto.
Ela percebeu que eu não queria falar sobre isso e desviou o assunto.
-Já mandei deixar a janela aberta! - brigou e se dirigiu a janela abrindo novamente as persianas deixando o sol entrar na sala, deixando as violetas se animarem e eu desanimar, mesmo assim sorri e voltei ao trabalho. Ela passou em minha mesa me fazendo um carinho nos cabelos e saiu da sala. Ficamos somente eu, a violeta e a janela. Que trio.
Respirei fundo e segui até a janela, com certeza fecharia novamente as persianas.
Parei em frente aquele vidro e congelei. O sol era forte e na verdade eu deveria estar queimando, mas não, senti um calafrio, olhando para fora, em direção ao prédio à frente, na sala que dava de frente com a minha estava nada mais nada menos que ele. Sentado, olhando papeis, trabalhando tão compenetrado, era ele, só poderia ser, os cabelos levemente arrepiados atrás, e o rosto, mesmo assim por precaução corri até a sala de equipamentos e peguei a primeira câmera fotográfica profissional que achei. Voltei para a sala e a mirei em direção ao garoto. Abençoado seja o zoom dessas câmeras. Ele estava mais lindo do que o dia em que o vi, perfeito, tão concentrado em olhar aquele monte de papeis, e conforme mudava a folha esse mordia o lábio inferior, deveriam ser más noticias e por acaso naquele momento eu estava adorando más noticias.
-Haruno já na minha sala! - gritou meu chefe abrindo a porta violentamente e a fechando em seguida. Por que sempre usava o adjetivo violento ou alguma de suas variações quando se tratava do meu chefe?
Antes de jogar a câmera em cima da mesa bati uma foto dele. Por que não o vi de manhã? Segui pelo corredor rapidamente e cheguei à sala do meu chefe.
Ele me olhou e mostrou uma foto que eu não havia visto e que por acaso ficaria perfeita em uma das matérias. Certo.
-De onde saiu esta? - perguntei.
-É da secretaria. - respondeu.
-Mas por que ela não me disse ou passou... - certo que nem terminei o raciocínio e fui cortada.
-Por que você é chata. - disse.
Chata? Como assim? Qual a ligação? Ele reparou no meu semblante perdido.
-Você é chata, não fala com ninguém, nunca sai com o pessoal, você é chata. - amargo não?
Eu sabia que não era a mais sociável, mas era meu jeito, o que mais eu podia fazer. Fiz cara de quem não sabia qual porta escolher para a saída. A numero 1, a 2 ou a 3. E você ainda pode escolher o premio surpresa. Por que diabos escolhi o surpresa.
-Segue meu conselho. SEJA SOCIAVEL! - gritou de uma forma que consegui ouvir a empresa inteira parar pelo som, todos os dedilhar de teclados foram cessados e eu somente consenti, peguei a foto e vazei. Já comentei que ele era violento?
Segui pelo corredor de volta a minha sala, e todos fingiram não terem ouvido o grito. A secretaria me olhou.
-Desculpe Srta. Haruno. - disse com um tom calmo.
A culpa não era dela, sorri de volta e fiz um sinal positivo com a cabeça. Fazer o que?
Voltei à sala e me sentei, foquei o olhar na janela dele, mas ele não estava lá. Passei o dia todo entre olhar para a janela do outro lado da rua e trabalhar. Mas ele não voltou.
Antes de sair passei no laboratório e revelei a foto. Ele era muito lindo, mas o pior era que além da beleza havia algo nele que eu não sabia dizer o que era, mas me fazia flutuar, sorrir e sonhar. Eu costumo devanear, mas sonhar é uma coisa rara na minha vida. Suspirei e fui para casa novamente. Amanhã seria outro dia e hoje com certeza dormiria bem.
Quinta-feira. Eu sei que prometi, mas acabei indo outra vez de ônibus. Talvez depois de vê-lo eu retomei meu animo para reencontrá-lo, mas com certeza ele não ia de ônibus, já que ele não estava lá novamente. Mesmo odiando usar esse meio de transporte eu o usei por quatro dias, tenho que parar de ser tão persistente, ou talvez não devesse, quem sabe isso não é uma qualidade, mas se for uma qualidade só serve para os outros e não para mim.
Fiz o mesmo caminho de sempre, mas dessa vez enquanto andava na calçada tentei enxergar a sala, mas com certeza não ia dar pra enxergá-lo. Aposto que ele também era do sétimo andar. Passei pelo hall, hoje estava animada, então trouxe uma rosquinha para o porteiro sem nem ter feito nada, as vezes a vida é tão feliz. Olhei a catraca e não briguei com essa. Talvez fosse simplesmente meu animo ou talvez fosse o fato de ter parado de conversar com os objetos. Cheguei ao elevador e o esperei. Hoje estava tão feliz que não agüentei.
-Bom dia Sr. Lee. - acenei animada.
Erro. Esse sorriu e apertou o sétimo andar sem nem esperar meu pedido.
-Bom dia Sra. Sakura - os olhos dele ficaram maiores do que já eram, isso era fisicamente possível?
Que bom que a subida foi rápida e o elevador mal parou em algum andar, assim me livrei dele.
Hoje estava radiante, coloquei um vestido que gostava muito, era preto e possuía alguns detalhes rosados, sempre o usava quando estava feliz e deslizei no corredor da empresa, sai acenando como se fosse uma miss.
Fiz a parada dramática de modelo em frente à porta de minha sala e entrei. Isso já estava soando muito ridículo. Nota mental: Sem paradas dramáticas à toa.
Imediatamente olhei pela janela, mas a sala estava vazia. Como assim? Será que ele havia sido demitido? Colei o rosto no vidro e fiquei olhando para fora. Não era justo, não mesmo. Lembrei que dormi segurando a foto dele. Por que? Não acredito em amor à primeira vista e também não acredito que estou amando-o, mas acredito que tem algo nele que mexe comigo. Me estressei com a minha falta de sorte, com a cara colada no vidro comecei a fazer algumas caretas. Estava entediada e pensativa.
-Haruno o que você está fazendo? - gritou meu chefe parado na porta.
Cara chato e enxerido. Juro que já estava de saco cheio dele. Sem descolar o rosto do vidro o respondi.
-Estou sendo sociável senhor... - bufei.
Certo que ele não entendeu nada, mas percebeu que eu não estava bem humorada. Com certeza pensou: "Ela está naqueles dias" Bom, eu não estava, mas que deixe-o pensar isso, já que homens tem medo de TPM!
Saiu da minha sala fechando a porta. Desgrudei o rosto do vidro e me sentei à mesa. Fui checar meu e-mail e coisas aleatórias. Claro que dei uma olhada no site da empresa em que ele trabalhava. Será que tinha sido demitido mesmo? Ele poderia ter tirado férias também, ou sei lá, pode ter passado mal. Olhei novamente a janela apos um bom tempo, já eram nove horas e eu não tinha me movido da frente daqueles e-mails inúteis. Mas para a minha eterna felicidade ele entrou em sua sala. Como uma boba cai da cadeira tentando me esticar para olhar mais de perto. Ótimo que vidros assim são a prova de som... mas as divisórias da sala não, como precaução:
-Ta tudo bem! -gritei para se possivelmente alguém estivesse lá fora pronto para entrar e me ajudar.
Voltei para o vidro, colando novamente o rosto. Ele olhou para o lado, provavelmente visualizando a cara de uma louca qualquer colada na janela.
Disfaaaarça! Gritei mentalmente. Peguei a violeta em mãos e quase enfie na minha cara, que belo modo de disfarçar. Olhei novamente e ele estava em pé olhando para mim da janela dele. Estava com uma camisa branca e uma calça preta, as duas mãos nos bolsos e me olhando com um leve sorriso. Acho que ele me achava uma idiota. Fiquei sem graça. Ele fez um aceno com a cabeça para mim, meu coração acelerou, por que ele tinha que ser tão lindo. Sorri de volta deixando a flor cair ao chão. Burra. Pensei assim que o vaso sujou todo o chão. Peguei a flor e coloquei de volta na mesa. Nota mental: preciso de terra.
Sim, meu assunto pendente! Agora poderia por fim nessa confusão. Fiz um sinal com a mão para ele esperar, corri até minha mesa e peguei um canetão vermelho que eu normalmente uso para corrigir banners. Parei em frente ao vidro e escrevi em vermelho.
OBRIGADA!
Fechei o canetão e sorri apontando para a palavra. Ele começou a rir discretamente. Não entendi o por que, mas observei os movimentos dele. Podia imaginá-lo falando: "De nada" quando esse balançou a cabeça levemente para frente, como um cumprimento.
Esse ar que ele possuía, era encantador. Como alguém poderia ter chamado minha atenção desse jeito?
Parei e reparei. Burra! Esse déficit de atenção tem que ir embora. Ele riu por que acabou ficando ao contrario a palavra, para mim estava escrito OBRIGADA mas se fosse visto da visão dele ficaria ADAGIRBO. Eu deveria ter escrito ao contrario. Que merda de profissional da área de jornalismo comete uma gafe dessas? Eu e meu déficit de atenção. Apaguei as letras com as mãos.
Ele viu que percebi o erro e se demonstrou despreocupado.
Pareceu que o telefone dele tocou pois ele se virou por um instante e segurou o aparelho. Eu, como uma pessoa muito ocupada, comecei a mexer nos papeis disfarçando o fato de estar enrolando. Ele desligou e me acenou um tchau saindo pela porta, eu correspondi, mas toquei o vidro somente com as pontas dos dedos.
-Não vai... - sussurrei inutilmente. O que eu tinha em mente? Por que queria tanto ficar a olhá-lo? Suspirei incompreendida por mim mesma.
O dia passou rápido e quase que imperceptivelmente. Ele não voltou, e assim eu fui embora. Me estabeleci uma meta, o chamaria para sair semana quem vem! Não ficaria bancando a idiota, queria conhecê-lo, queria pelo menos saber seu nome.
Não o encontraria no ônibus, por meus cálculos lógicos ele entrava as 9:00 e eu as 8:00, por isso que o encontrei as 8:30 no ônibus e nunca mais. Fazer o que? Pelo menos o meu metrô terei de volta.
Sexta-feira. É, a maior parte dos trabalhadores de muitas metrópoles adoram esse dia, mas eu não. Sexta significa final da semana, significa dois dias inteiros em casa mofando, e agora, ali sentada em minha mesa que por acaso, que não é nada ocasional, estava mais próxima à janela, eu percebi que ficaria dois dias sem vê-lo.
Ele estava sentado em sua mesa trabalhando, eu estava alternando entre trabalhar e olhá-lo. Como ele ficava lindo enquanto abaixava a cabeça para escrever em algum papel e deixava sua franja lisa deslizar por seu rosto. E de vez em nunca ele olhava para mim, e eu só sorria quando nossos olhares se encontravam, ele mais serio espojava um leve sorriso em seus lábios. Como queria beijá-lo, chegava a ser ridícula essa minha vontade quase incontrolável. O que será que ele pensava de mim? Me achava feia ou bonita? Interessante ou chata? Animada ou irritante? Suspirei apoiando o queixo em minha mão.
-Só queria ouvir sua voz novamente. - fechei os olhos lembrando de quanto próximo estávamos no dia em que ele me segurou.
O telefone tocou. Atendi.
-Haruno Sakura - disse imponente, como se realmente fosse.
-Sakura-chan, vamos ao happy hour da empresa hoje? - Naruto como sempre.
Naruto era um amigo meu de faculdade, começamos a estagiar ali juntos e ele acabou, incrivelmente, virando o fotografo principal da revista.
Também suas fotos eram as mais inusitadas já que esse não media esforços e digamos que sempre cumpria suas promessas.
Toda sexta a galera da revista saia para ir a um bar ali próximo, e sempre Naruto me chamava e sem perder o jogo eu sempre recusava. Mas hoje faria diferente.
-Vou! - disse num impulso doido, sentia que ia me arrepender disso.
Ele ficou mudo na linha, acho que não estava acreditando, mas era isso ai.
-Nossa, então tá, tipo eu passo ai na hora da saída! - estava animado o suficiente para parecer que estava falando com uma coleguinha de escola, "te pego na saída"? Isso me lembrava à infância.
Desliguei e ele não estava mais lá, era sempre muito ocupado, era difícil ficar sentado em sua sala pelo visto.
Ele não voltou mais naquele dia.
Estava decidida a sair exatamente por isso, deveria manter minha mente ocupada para não morrer pensando em como seria passar a noite presa nos braços dele. Um calor extremo tomou conta de mim.
Mais tarde Naruto bateu em minha porta e eu peguei minha bolsa, parei em frente ao vidro e de certo modo me despedi do que não estava lá, mandei um beijo bobo.
Caminhamos, eu, Naruto, Hinata e Ino em direção ao bar. Olhei fixamente o prédio dele, mas a luz continuava apagada. Enfim, era isso, bom final de semana.
O Bar era calmo e todos estávamos sentados, claro que muitos não entendiam o que eu fazia lá, incluindo Ino. Essa depois de duas doses de tequila já não tinha mais vergonha na cara.
-Sakura, o que diabos você ta fazendo aqui hoje? - disse quase gritando.
-Deu vontade oras não posso? - eu também já estava animada depois do meu cosmopolitan. Era mentira claramente, mas o que eu podia dizer?
Lembrei do meu querido adorado chefe.
"SEJA SOCIAVEL!"
A imagem dele vestido com uma roupa de exercito me veio à mente, talvez era hora do segundo cosmopolitan, assim não teria mais espaço para o garoto do outro lado da janela.
Pedi a segunda rodada e logo eu e Ino estávamos cantando animadas. Mas era claro que alguém teria que acabar com a minha felicidade.
-Feiosa, você por aqui? - Esse garoto pálido que nem um morto era o infeliz do namorado da Ino.
-Conde Sai, você está sem sua capa de sugador noturno? - piada infame de bêbada sobre vampiros. Nota mental: Parar de fazer piadas infames.
Sai era assim, sempre me zoava, num passado quase distante tivemos um caso, mas não durou mais que uns meses. Ele era muito cínico e irônico para mim. Terminamos, mas agora somos amigos, certo que em uma bebedeira da Ino ela acabou me contando que ele chamou meu nome na cama, mas eles se acertaram. Eu acho.
Ele seguiu para o bar. Ahn, era um fresco, com certeza pediria uma bebida de fresco.
Eu, já alta, perguntei para a loira.
-Todos vão ficar com seus namorados e eu sozinha? - fiz bico.
-A Karin também vai, já que o namorado dela nunca aparece! - nos colocamos a rir.
Porem fomos cortadas.
-A Karin disse que vai trazer o namorado dela dessa vez. - Hinata falando? Era incrível, ela sempre se mantinha tão calada.
Foi só falar do diabo de cabelo vermelho que essa apareceu.
-Oi gente - me olhou cega de raiva, com certeza se perguntando o que eu fazia lá! - Boa noite! - Ah, queria me atacar, eu a encalhada. - Esse é meu namorado. - Ele deu um passo ao lado dela e parou encarando a mesa, mas fixou o olhar em mim. - Uchiha Sasuke.
Preciso dizer que meu mundo caiu ao vê-lo com ela? Isso me matou por dentro, então o nome do garoto da janela era Sasuke. Todos cumprimentaram. Eu só tive forças para dizer um "oi" recatado. Senti vontade de chorar. Talvez pelo excesso de bebida, mas foi muito perceptível. Eu ia chorar. Eu estava apaixonada, era isso.
Peguei o celular e fingi atendê-lo. Enquanto isso eles se sentavam ao redor daquela imensa mesa, ele se sentou bem a minha frente, coincidência não?
Disfarcei as lagrimas dos olhos.
-Oi fala, sim já vou querido... também te amo. -fingi desligar o celular, que se dane a socialização.
Naruto não conteve a língua.
-Anh Sakura! Sabia que o fato de você estar animada desde segunda era culpa de algum amor! - todos conhecidos riram, e eu falsamente ri junto, percebendo Sasuke me olhar desconfiado. Obvio não? Segunda o dia em que o vi pela primeira vez?
Me levantei e me despedi, sai sorrateiramente. Assim que pisei na rua as lagrimas começaram a rolar em meu rosto. Por que eu sempre tenho má sorte próximo ao meu aniversário?
Fui para casa.
Olhei a foto dele.
-Sasuke. - não me daria a chance de me magoar, estava só no começo esse sentimento, mais fácil de acabar com ele, e eu faria isso.
Sábado e domingo. Não fiz nada além de me lamentar por ter perdido pra Karin e levar o cachorro para passear. Meu apartamento era meu ponto de concentração, assim passei o final de semana me concentrando em esquecê-lo. Encalhada né? Eu sei. Nota mental: Desencalhar...
Segunda-feira. Cheguei e me coloquei a trabalhar. Quando o relógio marcou 9:00 ele apareceu em sua sala. Olhei é claro. Ele me deu um aceno, um "Oi" e eu correspondi. Por que ela e não eu? Passei a tarde trancada na sala de arte finalização, sem janelas.
Terça-feira. Trabalhei em minha sala, mas não fui forte, assim que o vi olhando para minha sala me senti incumbida a mofar no escuro. Sorri e fechei as persianas, como nunca deveria ter aberto. Odeio janelas.
Quarta-feira. Estava melhorando, por que não, agora não o via mais em ação, já que só enxergava o desenho e a foto. Coloquei um ao lado do outro e assim percebi que estavam diferentes. O redesenhei, e ele ficou lindo. Como uma adolescente apaixonada fiz um coração em vermelho na ponta da folha. Não conseguia para de pensar. Por que ela e não eu? Escrevi no papel, próximo ao coração. Assim sempre me lembraria de que não era a mim que ele queria.
Fui até a copa e peguei um cappucino, como todos os dias. Mas ouvi o que não queria entre as conversas alheias das mulheres.
-Vamos viajar esse feriado sabe? Três dias só para mim e para o Sasuke. - Karin cuspiu as palavras em minha cara, se ela soubesse como isso estava me ferindo ficaria alegre, bom que não sabia.
Segui para minha sala e voltei a olhar o desenho. Não me contive e abri com os dedos uma fresta na persiana. Qual não foi minha surpresa ao Vê-lo olhando para minha sala. Estava com um semblante serio e preocupado, o que será que este pensava?
Agora quem ligava, não? Fui embora mais cedo, disse que estava com dor de cabeça. Só se a cabeça ficasse dentro da caixa torácica ao lado esquerdo, mas ninguém precisava saber.
Quinta-feira. Pré-feriado, ou seja, Lê-se Sexta-feira para os trabalhadores. E como já disse antes, odeio sexta-feira. Faltam 8 dias para meu aniversário. Cheguei de mau-humor e me tranquei na sala. Passei o dia com as persianas fechadas como estava sempre fazendo. Minha violeta que estava ganhando vida agora morria novamente. Desculpe.
Decidi deixar a sala e fui no laboratório de fotografia, queria estudar umas imagens com Naruto, e assim o fiz. Não vou mentir, mas da semana aquele foi o dia menos miserável para mim, já que com Naruto consegui para de pensar no Sasuke. Ele me contou muitas coisas sobre os preparativos do casamento e eu amei ouvir cada uma. Amar deve ser esplendido não?
Quando 18:00 se formaram no relógio Naruto foi embora e eu fiquei.
Resolvi prolongar o trabalho já que esse final de semana com direito a feriado ia ser um terror. Muitos, como meu pai e a dona Keiko, dizem que eu sou Workaholic, ou seja, viciada em trabalhar. Mas acho que não sou... ou sou?
Cheguei em minha sala e as persianas estavam abertas. Isso era armação da dona Keiko, mas não liguei muito, já passava da hora de saída, e como ele iria viajar não ia se prolongar. Peguei um chá de morango. Sim, eu amo morangos, não por que meu nome era flor de cerejeira que eu gostava mais de cerejas! Olhei a rua movimentada, as luzes amarelas refletindo no escuro.
Não agüentei e olhei a janela dele.
Engraçado, tem coisas que ninguém explica. Ele estava lá, segurando uma xícara e olhando em minha direção com um olhar lindo. O que eu podia fazer? Encostei a testa no vidro e chorei olhando para ele, com certeza não repararia, estava muito longe.
Ficamos assim, nos olhando por um tempo.
-Me apaixonei por você não foi?- sussurrei esperando que esse me ouvisse, mas ele não fez nada a não ser encostar a palma de sua mão livre em seu vidro e apoiar a testa também.
O que ele sentia?
Sorri e acenei pegando minha bolsa e o desenho. Deixei a sala e segui para casa.
Andando pela rua parei para visualizar a sala dele. A luz estava acesa. Já passava das 20:00 horas e ele ainda ia ficar lá? O vento era forte, culpa do outono que teimava em se apresentar hoje, dia 20 de março. Olhei o desenho, mas o outono o arrancou de minhas mãos, levando-o com o vento.
Pra melhor ou pra pior não sabia, mas segui a rua. Assim que decidi virar a esquina me arrependi de deixar o desenho, mas olhando para traz vi que ele não era mais meu e sim de alguém que o pegou ao chão. Com os olhos embaçados, ainda, não enxerguei, olhei para cima e vi a sala dele com as luzes apagadas, mas continuei o caminho solitário de sempre.
Sozinha.
Sexta, sábado e domingo. Viajei com meu pai, fomos para o sitio. Levei a dona Keiko como amiga, essa foi à chance de colocar meu pai e ela na mesma pagina e, bem, deu certo. Pena que eu não dou certo. Passei um final de semana interessante, calmo e relaxante. Cozinhei o almoço na páscoa e me diverti quando vi que meu pai me comprou um ovo de chocolate. Com certeza ele sempre lembrava, no meu aniversario ele sempre me chamava para jantar, como um bom pai faz com seus filhos.
Dona Keiko reparou no meu estado, fez perguntas do tipo: "Por que você voltou a fechar as persianas?" e "é culpa do moço do desenho?". Certo que ela nem havia se tornado nada do meu pai, mas já estava soando muito materna.
Era chato e triste pensar que eu finalmente estava apaixonada. Pena que não era correspondida. Uchiha Sasuke. Esse nome combinava com seus lindos olhos.
Segunda-feira. Por que? Droga voltar para aquela sala, para aquela janela, para ele, não era justo. Mas era a verdade, cruel realidade não?
Segui para o meu trabalho, fui de metrô como sempre deveria ter ido, quando cheguei na estação olhei para todos aqueles que ali trabalhavam e de certo modo os amaldiçoei... se não fosse por eles terem feito aquela greve eu nunca teria pego o ônibus e não precisaria voltar agora lá e encarar aquela janela. Decidi. Nota mental: Pedir para trocar de sala.
Andei pelo hall, olhando tudo a minha volta, já teve a sensação de tudo estar em câmera lenta? Eu estava assim. Andei em direção a catraca e ali fiquei presa. Maldito cartão! Digamos que faltavam apenas 4 dias para o meu aniversário, ou seja, a má sorte só estava aumentando. Dia a dia. Passei por debaixo da catraca sem nem me importar com o fator "porteiro raivoso". Assim que ele me viu, veio correndo falar algo, mas por ser meu fiel escudeiro, Lee já estava com o elevador preparado para minha fuga. Corri e entrei.
-Obrigada! – sorri para ele.
Esse se encheu de esperanças, bom, quem sabe ele não acaba filando um buffet de casamento.
-Sakura-san, case-se comigo! – disse empolgado olhando com olhos apaixonados.
Oque? Ele só podia estar louco. Por que toda vez que eu pensava em talvez lhe dar uma chance ele bancava o estranho? Talvez fosse o destino!
Sai do elevador sem responder a pergunta. Acho que isso foi o suficiente para ele entender a resposta.
Minha sala, três dias sem vê-la. Sentei em minha cadeira e olhei para a rua já que na quinta, quando sai deixei as persianas abertas. Olhei em minha mesa e encontrei o primeiro desenho que eu fiz, passei os dedos por cima daquele papel.
- Senti sua falta... – como era boba, e apaixonada.
Dizem por ai que todos tem um momento na vida onde encontram alguém especial, mas e se quando o encontramos não podemos ficar com ele? O que devemos fazer? Naruto sempre disse que se for para ser seu, será. Ele não era muito sábio, mas esperava, do fundo da minha alma, que fosse verdade.
Fechei as persianas.
Fui para a copa cedo, queria pegar meu capuccino antes que a mulherada se enfiasse lá e Karin começasse a falar o quanto Sasuke devia ser bom de cama. E pior que ele deveria ser mesmo. Melhor não pensar nisso.
Cheguei e peguei minha xícara, não avistei Karin nenhuma ali, mas duas outras entraram já vomitando todas palavras possíveis sobre o incrível final de semana. Fiquei ali, sendo atingida por todas aquelas palavras que formavam frases ridículas sobre como todos eram felizes menos eu. Antes que eu deixasse o recinto ouvi algo que me fez voltar para pegar mais açúcar ou qualquer coisa.
-A Karin ta mal daquele jeito por que o namorado dela terminou tudo. – disse a fofoqueira numero 1.
-Pelo que ouvi ele disse que eles não tinham nada a ver e cortou a viagem no meio! – fofoqueira numero 2.
-Na verdade ele gosta de outra, essa é a verdade que ela não quer admitir! – Meu deus surgiu uma terceira fofoqueira? Como? Será que elas tinham um tipo de radar de fofoca ou algo assim, me lembravam aqueles bonecos de massa do power rangers, era ter briga e surgiam 10 do chão.
-Sakura você ta colocando sal no café? – sim, além dela chegar do nada, saber sobre o que estava rolando ela ainda conseguiu reparar que o pote que eu segurava era de sal.
Todas me olharam com um ar de reprovação, ou algo do tipo, esperando uma boa resposta, mas não conseguia raciocinar nada naquele momento.
-É que eu tenho pressão baixa sabe? – maldita boneca de massinha, peguei a xícara e sai antes que elas me atacassem, pro inferno com a sociabilidade! Eu queria mais era entrar na minha sala e arrancar aquelas persianas idiotas!
Naruto você é um gênio!
Corri até minha sala e abri a persiana toda, na verdade praticamente a arranquei do lugar, e lá estava ele, sentado em sua mesa. Ao perceber meu movimento esse virou o rosto bruscamente a fim de me enxergar, eu, para disfarçar fingi que estava abrindo a janela numa manhã comum, coloquei a mão na cintura e fingi surpresa ao vê-lo, e no melhor dos disfarces dei uma golada no meu café. Isso mesmo, café antipressão baixa. Cuspi o liquido todo na janela. Ele, que estava com uma carinha triste começou a rir, acho que isso era raro vindo dele, sabe quando você percebe que a pessoal não tem o costume de rir, bem eu percebi isso enquanto limpava a janela com a mão.
Ele colocou a mão em frente ao rosto para esconder que havia ficado levemente corado com as risadas. Lindo, lindo, lindo! Comecei a rir, estava feliz, feliz demais para perceber o quanto ridícula era minha situação.
Queria passar a tarde toda olhando para ele, mas tive que resolver alguns problemas que me impediram de ficar na sala.
Mas se ele gostava de mim com certeza ia ligar, já que o numero sabia, Karin trabalhava aqui oras!
Passei a tarde na sala de reuniões com a minha equipe, adivinha só se eles nem repararam a suposta diretora aqui viajando, talvez fosse culpa do café com excesso de sal.
Fiquei até mais tarde naquele dia. Não o encontrei. Mas amanhã era um novo dia! Segui para casa, cansada e com a pressão levemente alta, por que será não?
Terça-feira. Hoje seria o dia. Podia imaginá-lo abrindo o vidro da janela e gritando: "Sakura te amo!"
Ta, isso num dava para imaginar, mas ele tinha que me ligar, ou mandar e-mail, ou esbarrar em mim, qualquer coisa! Subi até a minha sala, pelas escadas, sabe o elevador de repente me pareceu tão assustador.
Sentei a mesa e esperei, 9:00 e nada dele, 9:30 e ainda nada, 10:00 onde ele estava? 11:00, vai ver que perdeu o horário. 12:00, anh saquei ele só chega depois do almoço. 13:00 Será que ele esqueceu que tem um emprego? 14:00, 15:00, 16:00, nada, nada e mais nada! Onde ele estava! Colei o rosto no vidro e ele realmente não estava lá. Meu coração murcho que nem a pobre da flor, que agora estava muito bem ensolarada.
A noite começou a tingir o céu em vários tons, o outono é uma época interessante, as folhas ficavam naquele tom marrom e vermelho com amarelo, algo bem peculiar. Bom, eu gostava da primavera, mas o outono também tinha sua beleza.
Cansei de esperar, olhei o relógio, 18:39. Assim acabava a minha terça de trabalho, poderia ter sido melhor, mas não foi, na verdade foi uma perda de tempo horrenda. Pensei e pensei. Jurava que tinha algo a fazer mas não lembrava o que exatamente, tanto faz agora. Nenhum e-mail, nenhuma ligação, nada.
Peguei minha bolsa e segui para o metrô, não poderia ficar me prolongando ali já que eu tinha um cachorro em casa que não sabia abrir a geladeira. Deveriam ensinar os cachorros a abrirem geladeiras, mas ai também teríamos que ter um curso de etiqueta para cachorros, ou seja, eles só abririam a geladeira depois de pedir? Certo, acho que eu precisava de cama ou algo assim.
Quarta-feira. Corri e como corri. Meu relógio não despertou, meu cachorro sentiu fome e resolveu comê-lo, por isso que eu não podia cuidar de mais ninguém a não ser eu! Lembrei o que tinha de ser feito, a foto da capa e do banner deveria ter pelo menos 3 variações da cor do bendito biquíni e eu não aprovei as três que iriam para a escolha. Tinha mais ou menos umas 20 fotos para tirar 3 boas do meio e tinha que fazer isso em minutos. Hoje meu chefe comeria minha cabeça.
Entrei correndo na sala, estava atrasada. Olhei pela janela. Parecia brincadeira. Apontei para fora, de certo modo diretamente para ele.
-Ahhh hoje você ta ai né? – gritei estressada, mas ele nem ouviu, também do outro lado da rua e com um vidro anti-som.
Passei o dia todo presa naquele trabalho e no final do dia presa à escolha da foto. Não pude vê-lo, nenhum minuto.
Pensei em cada parte da pele dele o dia todo, em seus olhos também e naquela boca tão bem traçada, como diretora de arte eu sabia avaliar traços, e os deles eram lindos. Lindos.
-Haruno! – ele sempre é tão violento.
-Ahhh sim sim sim! – acordei do transe, todos na mesa me olhavam, o que eles queriam, sou uma mulher apaixonada e boba.
-Onde você está com a cabeça? – gritou.
Na merda da sociabilidade que você pediu oras.
-Aqui senhor. – realmente, a outra resposta era muito forte e eu gostava do meu emprego.
Menos um dia. Status final:
Trabalho – Ok
E-mails - zero
Telefonemas – zero
Minha vergonha na cara pra parar de esperar e ligar – zero.
Peguei minha bolsa e segui para casa, mas antes comprei um despertador novo para mim, e de quebra comprei também ração, agora era só esperar chegar em casa. Nota mental: Ração para o cachorro e não o despertador.
Por que ele não me ligava, ou me mandava um e-mail, por que? Será que eu não era a menina especial? Meu sorriso estava murchando a cada dia que passava e ele não me dava atenção. Deitei em minha cama e pensei em como seria bom senti-lo ali ao meu lado, pensei também que deveria chamá-lo de Sasuke e parar de pensar "nele" e sim no Sasuke. Uchiha Sasuke. Será que se eu repetir 3 vezes ele aparece? Seria bom se fosse assim não? Dormi.
Quinta-feira. Era isso, eu não era A garota que o Uchiha gostava. Cheguei na copa para adiantar meu super café antipressão baixa e a Karin estava lá.
-Liguei para ele, mas ele não atende e foge do trabalho, com certeza está com a outra. – ela não estava magoada, parecia mais ferida com o fora do que triste pela perda de um amor. Talvez ela nunca o tivesse amado. E o que eu sei sobre amor também?
Segui para minha sala e compreendi, Sasuke e eu nunca existiria.
Olhei minha caixa de e-mails e meu coração disparou.
"Você tem 1 nova mensagem."
Se me desesperei? E como. Abri o e-mail, e me decepcionei duplamente.
1ª decepção: Não era um e-mail do Sasuke, era um e-mail daqueles que se manda para todo mundo da empresa sabe?
2ª decepção: Era um e-mail falando que amanhã era meu aniversário. Ah, obrigada pelo aviso, nuuuunca ia lembrar. Nossa nem para terem a decência de não me mandar esse e-mail, era só excluir meu nome na lista de remetentes. O pior era a observação no final do e-mail:
"Obs.: Sakura é a diretora de arte para quem não sabe! Uma meio anti-social"
Sim, todo mundo me jogava na cara o fato de eu não ser sociável. Já entendi. Vou abraçar todo mundo de manhã, só de raiva. Essa Tenten do RH era uma desleixada.
Olhei pela janela e ele estava lá, acenei, um "olá" simples e sem animo.
Esse acenou de volta. Por que nunca parei para avaliar a situação geral.
Se ele quisesse algo comigo já teria falado antes alguma coisa, mesmo namorando, por que se você se interessa por alguém você pelo menos tenta conversar com essa pessoa, nem que for só na amizade. Ele sempre ria de mim, às vezes não passava de uma palhaça, talvez ele gostasse sim de algo em mim, somente o fato de conseguir fazê-lo rir. Grande Sakura. Parabéns por que seu déficit de atenção acabou novamente com o charme sedutor que qualquer mulher de quase 25 anos deveria ter. Talvez ele pensasse que eu era uma estagiaria de 17 anos e isso seria pedofilia, já que ultimamente tenho me portado como uma adolescente. Meu dia foi variar entre ficar nervosa pela falta de educação de Tenten, ficar chateada com o fato de não ser A escolhida e trabalhar. Novamente na sala. Eu, a violeta e a janela. Me imagino velhinha num asilo, sozinha.
Antes de ir embora olhei para a sala dele, ele me olhou de uma forma diferente, levantou e caminhou até a janela. Acho que meu desanimo era tão grande que tinha conseguido alcançá-lo do outro lado da rua. Sasuke encostou um dedo próximo ao vidro, como se tivesse apontando para mim e fez um sinal simples levantando a mão. Ouvi mentalmente o que ele queria me dizer: "Se anime."
Sorri em retribuição a preocupação. Mas não Sasuke, não era isso que eu queria de você, queria que você me correspondesse, seria tão difícil assim?
Fui para casa e cama em seguida depois de um bom banho. Amanhã era o grande dia, deveria sair vestida com uma armadura e com quantos amuletos de sorte fosse possível, por que quando digo que tenho má sorte no meu aniversário não estou brincando! Mesmo!
Sexta-feira. 28 de março. Um raio de luz entrou pela fresta na minha cortina. Era cedo, 6:00 da manhã. Hoje só terei pensamentos bons. Pensar em coisas boas! Levantei e vi que meu cachorro não comeu meu novo despertador, ótimo!
Me arrastei, passo a passo até chegar no banheiro, olhei para o espelho. Cabelos bagunçados, olheiras e a cara de sono básica matinal. Ainda acho que o dia do meu aniversário deveria ser feriado, algo do tipo, ninguém é obrigado a pagar contas, trabalhar, como se fosse um feriado pessoal. Não que eu goste de ficar em casa, mas ninguém merece sair de casa para agüentar um monte de "parabéns" e "felicidades" de pessoas que só sabem que é seu aniversário por culpa dos e-mails do RH. Mas como eu tinha que ir trabalhar foi isso que fiz. Peguei um vestido social simples, em um tom de rosa bem escuro e com detalhes pretos. Sapato preto com uma fita que amarrava no tornozelo. Blazer preto e a bolsa também. Arrumei meu cabelo e passei uma leve maquiagem, já que hoje era um dia em que eu não escaparia da socialização feliz da empresa. Mal comecei a rotina e a má sorte começou.
Parei em frente ao elevador e li a placa:
EM MANUTENÇÃO.
Bufei, desci as escadas, nada contra escadas mas eu morava no 10º andar. Cheguei no térreo acabada, sentindo meus pulmões gritarem, foi quando vi o porteiro tirando a placa de manutenção do elevador. Não me conformei.
Mas como já esperava a má sorte não fiquei tão chocada. Sai à rua, tomei o cuidado de andar longe da guia para evitar possas de água ou algo do tipo. No metrô fiquei longe, bem longe da linha amarela. Pensei em muitas coisas durante o percursos das estações, como seria ter um namorado hoje?
Encostei a cabeça no vidro da porta do metrô.
Acho que vidros me atraiam. Lembrei dele, bom, dele não, lembrei de Sasuke, e de como me sentiria se esse fosse meu namorado, será que alguém me daria um dia com ele de presente hoje? Seria bom. Não sei por que, mas nunca havia me sentido tão vazia como estava naquele dia, faltava algo, e eu sabia que era Sasuke. Estava começando a achar que eu não passava de uma criança que queria muito um brinquedo. Não. Não era isso. Essa coisa toda que eu sentia era à vontade de conhecê-lo melhor, saber do que ele gosta, as musicas que ele ouve, o sabor de sorvete preferido dele, essas coisas, eu mal sabia da vida dele, mas algo lá no fundo do meu coração repetia incessantemente: "é ele".
Seria ele?
Cheguei à estação e quando fui sair à catraca travou. Como assim? Tenho que pagar para sair também?
-Desculpe senhora, acho que ela quebrou - disse um dos culpados pelo fato de eu ter conhecido Sasuke. Greves.
Sorri, nossa às vezes eu me achava tão social!
Sai pela outra catraca. Parei em frente à escada rolante, a olhei fixamente e essa parou de repente. Mas eu já esperava! Muito exercício feito, desci 10 andares de escada e agora subi aquela enorme escada, pelo menos no final da subida ela não voltou a funcionar.
Andei calmamente na calçada olhando fixamente para a janela da sala dele. E o déficit de atenção ataca novamente. Esbarrei violentamente em um banner da banca de jornal, fui ao chão, eu mais o banner. Fiquei ali caida pensando como o céu estava azul hoje.
-Senhorita se machucou? - O dono da banca me ajudou a levantar, e qual não foi minha surpresa quando reparei que o banner era da bendita foto de biquíni que me rendeu um dia inteiro perdido.
Olhei fixamente para o banner, sendo assistida pelo senhor da banca.
-Vai me perseguir é? - apontei para a foto.
Eu tinha prometido parar de falar com coisas inanimadas. Mas também prometi varias coisas, de certo modo eu sempre estava em debito comigo! Hoje seria declarado o dia do tanto faz! Isso mesmo, assim com certeza eu conseguiria chegar viva até a meia noite. Olhei para o homem de bigode que me encarava sem entender minha conversa complexa com o banner.
-Me da uma revista Horóscopo de hoje, por favor. - sim ia quebrar mais uma de minhas imposições.
Peguei a revista e folheei, parei e li meu signo:
"Situações imprevistas traduzem a necessidade de agir de forma diferente do habitual, nos relacionamentos, nas finanças e nos valores pessoais. Você pode se surpreender com algo que até então estava inconsciente. Atrações repentinas e talvez platônicas."
O que diabos aquilo queria dizer? Enfim, essa coisa de horóscopo era complexa, tentei interpretar, acho que deu para perceber sobre o que falava, tome cuidado com a má sorte. Agora à parte da surpresa com algo inconsciente e essa coisa de atração... bom isso eu não entendi, ou não quis entender.
Cheguei no hall do prédio, o porteiro veio até mim e me deu um abraço.
-Feliz aniversário Srta. Sakura. - esse era sincero.
Como presente ele me deixou subir sem ter que passar pelas catracas. Sorri.
Apertei o botão do elevador, hoje eu preferia me arriscar a subir de elevador já que estava enjoada de escadas. A porta se abriu revelando um homem de terno preto e com uma rosa vermelha em mãos.
-Parabéns Sakura-san! - Lee?! Claro que aceitei a rosa e agradeci. O elevador subiu calmamente e ele conversou comigo sobre o fato de que estava muito bonita hoje. Meu ego estava feliz, precisava de um elogio de vez em quando não?
Cheguei ao escritório e todos me olharam desfilar pelo tapete azul da sala. Ninguém disse nada. Já imaginava, eu ia abrir a porta da minha sala e todos iriam gritar: "parabéns" e por ai adiante. Parei em frente a minha porta, todos ficaram na expectativa. Enrolei, achava engraçado todos prontos para gritarem. Não prolonguei a piada. Rodei a maçaneta e abri a porta.
-Parabéns!! - todos gritaram e na sala estavam Ino, Naruto, Hinata, minha equipe e o Sr. Kishimoto, meu adorado chefe.
Fingi surpresa.
Uma enorme faixa estava pendurada e nela estava um Feliz aniversário colorido e feliz, algumas bexigas na sala e um bolo. Começou uma das piores partes do dia. Todos começaram a cantar parabéns e acenderam a vela no bolo.
Senti o momento em câmera lenta novamente. Olhei o bolo e as pessoas cantando, olhei pela janela, do outro lado, e sim, ele estava lá, olhando-me, com seu olhar misterioso de sempre. Senti tudo congelar a minha volta. Ficamos nos olhando, esmeraldas e ônix. Pareceu durar uma eternidade, mas foi apenas um minuto. Todos gritaram felizes e eu soprei as velas. Olhei Sasuke novamente. Esse saiu de sua sala. Me senti só de repente. Parecia que não havia ninguém ali comigo, mesmo a sala cheia. Por que? Você roubou meu coração, agora faça o favor de devolver.
Respirei fundo segurando o choro... mas não foi possível. Minha má sorte de aniversário começou quando eu tinha apenas 12 anos de idade. No dia de meu aniversário minha mãe e eu fomos comprar meu presente em uma loja caríssima de brinquedos, assim como eu havia insistido, e foi atingida por uma bala perdida em meio a um assalto, me lembro dela falando para mim:
"Não deixe de comemorar seu aniversário, nunca, não por mim, não por esse acontecimento. Isso não é azar, é uma má sorte, é o destino e todos temos o nosso tempo de boa sorte e de má. Continue e seja forte por que a mamãe te ama e sempre vai estar com você."
Nos abraçamos e depois de alguns minutos os paramedicos a tiraram de meus braços...
Para sempre.
Coloquei as mãos ao redor de minhas bochechas e não deixei de comemorar. Ouviu mãe?
Comi um pedaço de bolo, era de cerejas e chocolate. Não foi só por que eu disse que gostava mais de morangos que não poderia gostar de cerejas não?
Todos me abraçaram, até Karin, ganhei uma lembrancinha de cada um e agradeci todas.
Meu chefe me abraçou e sorriu.
-Você é uma boa moça do jeito que é, esqueça o papo de sociabilidade. - ah! Agora que já havia aderido à sociabilidade em minha vida ele dizia isso. Sorri.
A Sala ficou só depois de algumas horas. Eu, a violeta, a janela e os balões e faixas. Sim, hoje tínhamos convidados. Coloquei um dos chapeis de festa, aqueles em forma de cone. Olhei meu reflexo no monitor.
-Feliz aniversário - disse a mim mesma.
Sempre fui forte, e não adiantava ficar para baixo. Percebi um movimento e olhei para a outra janela. Ele sorriu.
Me levantei e segui até o vidro. Dei um "Tchau" e sorri. Como ele estava lindo.
Sasuke seguiu até sua mesa e pegou algo, parecia uma caneta. Olhei fixamente o que ele estava fazendo. Começou a escrever no vidro.
Quando ele terminou não contive o riso. Meu coração agradeceu o presente. Li novamente.
OIRÁSREVINA ZILEF --
DO SEU JEITO, AO CONTRARIO!
Rimos juntos. Parei e não agüentei. Levei os dedos aos lábios e os beijei, depois os posicionei próximos à boca e assoprei. Como se mandasse um beijo.
Sasuke parou de rir, colocou as m��os nos bolsos e olhando fixamente em meu rosto, podia sentir fixamente em meus olhos, sorriu de um jeito lindo que eu nunca havia visto, tão sexy.
Corei imediatamente. Meu coração disparou e senti minhas pernas tremerem. Respirei fundo controlando o ar.
-Srta. Haruno seu pai está esperando-a para almoçar. - assustei pulando imediatamente.
-Bate antes! Assim você me mata! - disse um tanto nervosa.
-Mas Srta. eu bati varias vezes e chamei seu nome também, até liguei em seu ramal, mas a Srta. não atendeu. - ok, estava perdoada.
O olhei e dei um tchau, ele respondeu o gesto com um similar. Peguei minha bolsa e sai para o almoço.
Eu, meu pai e a dona Keiko almoçamos juntos. Contei sobre a festa e tudo. Papai me disse que não tinha certeza se jantaríamos a noite juntos, mas disse que se fossemos me ligaria ou deixaria recado. Entendi plenamente.
Depois do almoço voltei ligeira para minha sala, mas Sasuke não estava mais em sua sala.
Sentei-me em minha mesa, olhei para tudo ao redor. Lembrei do sorriso que ele me mostrou. Senti minhas maçãs do rosto ficarem quentes. Seria esse o começo de algo? O horóscopo era bom não?
Minha tarde foi devagar sem ele ao outro lado. recebi inúmeros telefonemas, e-mails, presentes, como diretora de arte de uma revista tão grande seria normal esse tratamento. Mesmo soando falso.
O céu começou a escurecer, era uma noite calma e gostosa. O pessoal me chamou para sair, mais afirmei que sairia com meu pai, sendo que nem certeza eu possuía. Mas tanto faz, lembra?
A luz da outra janela estava apagada.
Peguei minha bolsa, deixei os embrulhos lá, amanhã, mesmo sendo sábado, voltaria lá de carro e pegaria tudo. Seria uma oportunidade de descobrir se ele trabalhava de sábado também.
Droga, agora só penso nele, ops, em sasuke.
O elevador chegou ao térreo, sexta-feira, tudo era tão calmo nos prédios empresariais. Caminhei pelo hall ouvindo o som do meu salto tilintar no chão.
-Srta. Sakura - gritou o porteiro.
Parei e o olhei. Será que ele queria um pedaço do bolo?
Esse veio caminhando até mim com um buquê de flores, era lindo, flores de cerejeiras. Nossa aquilo deveria ter saído caro, era minha flor preferida, só meu pai sabia disso, mas um buquê desses era difícil de se ver. Olhei o cartão, simples e branco.
ME ENCONTRE AS 20:00 NO RESTAURANTE NA ESQUINA DA PRINCIPAL COM A SEGUNDA. MESA 19.
Era ali onde, por acaso, tinha o ponto de ônibus que eu desci com Sasuke. Se papai soubesse sobre Sasuke me perguntaria quando eu pretendia ter filhos. Ele era tão apressado, mas eu não queria ficar grávida tão cedo. Parei e voltei à atenção para o cartão.
Às vezes acho que puxei meu pai na questão do déficit de atenção, por que ele também vivia esquecendo as coisas, no caso esqueceu até de assinar o cartão. Olhei no relógio, 19:30.
Segui para o banheiro ali e fui retocar minha maquiagem já que iria jantar fora não? Arrumei também meu cabelo, estava bagunçado depois de tantos abraços. Peguei meu lindo buquê rosa e segui a rua calmamente, parei e olhei a janela dele. Estava acesa. Será que ele voltou ou será que era alguém da limpeza? Bom, agora era impossível de saber.
Caminhei calma pela rua pensando no status do dia:
Bolo - Ok
Presentes - ok
Jantar com pai - ok
Sorriso lindo do garoto lindo da outra janela - ok, com muita certeza.
Má sorte - digamos que essa resolveu fugir de mim! Não quebrei nenhum braço ou perna, não fui assaltada, nenhum chiclete no cabelo ou salto quebrado. Estava tudo ótimo!
Cheguei ao restaurante, o relógio marcava 19:56. Cheguei somente 4 minutos antes, mas parei e olhei o ponto de ônibus, lembrei do dia em que ele colocou as mãos em minha cintura e eu o olhei. Suspirei.
Entrei e me sentei na cadeira, olhei o numero. 19. Estava no lugar certo. Coloquei as flores em uma cadeira ao lado e fiquei olhando a porta, esperando meu pai aparecer. Nada.
Bufei um pouco nervosa. Ele sempre foi pontual.
Senti duas mãos deslizarem das maçãs de meu rosto em direção a meus olhos, impedindo assim minha visão. Gelei. Que tipo de brincadeira era aquela que meu pai estava fazendo... e se não fosse meu pai?
Deslizei minhas mãos por cima daquelas. Conhecia aquela pele tão suave, meu coração apertou as batidas. Meu ar sumiu. Tremi.Não acreditei.
Encostou o queixo em meu ombro delicadamente e respirou próximo a minha orelha. Senti um frio na barriga.
Suas mãos deixaram meus olhos, mas eu não os abri. Virei o rosto a fim de me aproximar e senti, leve, os lábios dele tocando os meus, tão suave, nossas respirações se misturaram. Abri meus lábios um pouco e senti o lábio inferior dele se encaixar entre os meus.
Nos beijamos.
Um beijo lento e quente, carinhoso, o primeiro, senti sua língua tocar a minha e meus lábios se perderem entre os dele. Era delicioso.
Deixei minhas mãos tocarem o rosto dele, deslizando por sua pele até encontrar seus fios negros de cabelo. Me separei procurando ar, tomei coragem e abri os olhos. Encontrei seus olhos negros e profundos me observando.
Era um sonho, um lindo sonho. Como o queria e agora ele era meu, ali, aquele momento, era nosso. Sorri ainda sentindo os lábios de Sasuke tão próximos aos meus.
-Feliz aniversário... - sussurrou com a voz levemente rouca entre seus lábios vermelhos.
Fechei os olhos para aproveitar melhor o momento.
Entendi o horóscopo.
Era assim que se sentiam as pessoas apaixonadas e correspondidas? Era maravilhoso, não queria nada mais, queria mergulhar naquele sentimento.
Levantei deixando a cadeira cair atrás de mim e o abracei. Afundei meu rosto na curva de seu pescoço. Ele tinha um perfume delicioso.
Correspondeu meu abraço, envolvendo minha cintura com suas mãos e as deslizando até minhas costas. Me arrepiei.
Como fui boba, me deixei enganar pela pequena distancia que havia entre nossas salas, pelos problemas que me rodeavam, pela minha má sorte que não passava do destino me colocando nesse caminho. Tudo que aconteceu, era apenas uma peça que o universo pregava em nós, talvez a historia de almas gêmeas pudesse ser verdade, talvez Naruto sempre teve razão ao dizer que quando tem que ser seu, será!
Ele podia estar do outro lado, mas agora estava ali, comigo e somente comigo. Não gastaria aqueles minutos pensando no depois, por que, bem, o depois tanto faz não é?
Nota mental: Não odeio mais sexta-feira.
Nunca mais.
FIM
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kyungsoofest-blog · 7 years
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FANFIC #2 - LEIS DE NEWTON (1/1)
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Título: Leis de Newton
Plot-#: #95
Couple(s): KriSoo
Classificação: +18
Contagem de palavras: 5.894
Avisos: Homossexualidade, sexo, linguagem imprópria.
Sinopse: Conheci Yifan em circunstâncias que podem ser consideradas "coisa de filme de cinema", porém me recuso a acreditar que um casal de apaixone ao trombarem por aí. Este homem me fez sair com ele e acabou me ensinando a aplicar as Leis de Newton no dia a dia. 
-
Física.
Matéria que assombra os adolescentes do ensino médio, que retêm alunos e muitas vezes uma das disciplinas mais odiadas, porém é simplesmente o que eu mais amo nessa vida.
Não, essa história não vai ser aquela típica do nerd apaixonado no popular, afinal eu estou na faculdade. Quando você entra nessa instituição de ensino, perceberá que ninguém se importa com você, e isso não é tão ruim. Você pode ser inteligente, pode ser mais lerdinho, gordo, magro. O que as pessoas realmente querem é passar de semestre. As desocupadas que se importam com esses pormenores logo logo deixam o curso.
De qualquer modo, me apaixonei por física aos 15 anos, e hoje temos um Do Kyungsoo com 22 anos no penúltimo ano do curso desta disciplina.
Posso parecer sério e focado, mas amo perder meu tempo com livros de comédia romântica, acho tão engraçado ver as pessoas se apaixonando pelos motivos mais bestas. Minha única paixão é ela, a física.
Para contar isso direito, dividirei a história em três partes: Lei da Inércia, Lei da Ação e Reação, Lei da Impenetrabilidade.
= = =
Lei da Inércia
A lei da inércia é bem simples de ser explicada: Dois corpos não ocupam o mesmo espaço. Todo corpo permanece em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em linha reta, a menos que seja obrigado a mudar seu estado por forças impressas nele, OU SEJA, se um corpo está parado, ele só vai se mover se alguém o empurrar.
Estava lá eu, no cantinho da biblioteca devorando mais um livro incrível sobre Newton e suas teorias excepcionais, quando um homem trombou comigo, e não, não foi nada romântico e engraçado, nossos olhares não se encontraram e souberam que fomos feitos um para o outro, eu apenas fiquei irritado.
– Olha por onde anda! – Eu disse enquanto pegava o livro que ele tinha derrubado.
– Desculpa pequeno, não te vi aí.
– Eu não sou pequeno! Você que é um monstro perambulando por um corredor estreito.
– Que gracinha você todo bravo! Parece um chihuahua latindo.
– Aish, vai pro inferno – Dei mais uma olhada no homem e já tinha entendido tudo, sua camisa dizia que ele era da Atlética, ou seja, fazia curso de Educação Física - Tinha que ser um troglodita da Atlética, nem me surpreendo.
– Tinha que ser o nerdzinho de física!
– Como sabe meu curso?
– Lendo o livro sobre as leis de Newton... ou era química ou física. Pelo porte pequeno, sem cara de maluco e palavras grandes, só pode ser física.
– Isso é um estereótipo.
– E você falando “Tinha que ser da Atlética” não é?
– Talvez seja.
Parei pra olhar bem o homem que tinha me atropelado, ele era realmente alto, tinha lábios mais fartos que os meus, seu corpo parecia ser bem malhado e o perfume que ele usava era bem gostoso.
– Alô, que mundo que você tá pequinês?
– Falou comigo?
– Sim, eu perguntei seu nome.
– Do Kyungsoo.
– Prazer, sou o Wu Yifan, mas meu apelido aqui é Kris.
– Você não é daqui?
– Não, sou chinês.
– Bem-vindo ao meu país, agora já pode me deixar estudar.
– Por que está tão estressado em? Posso te pagar um café ou um suco?
– Estou estudando Kris. O que diabos você quer comigo?
– Achei você uma gracinha, é um homem tamanho de bolso, gostei de você. Me deixe pagar o café. Não é assim que funciona nos livros que você lê?
Kris apontou para o meu livro de comédia romântica, eu rapidamente o enfiei na bolsa e com toda certeza desse mundo estava parecendo um pimentão de tão vermelho, afinal é um tanto embaraçoso ele ter visto esse meu livro que eu apenas leio para me divertir.
– O livro não é meu. Peguei emprestado...
– Como mente bem! Nada contra seu livro, meu amigo nanico. Me deixe pagar o café e eu paro de encher o saco. Só assim vai se livrar de mim.
– Ok, que inferno. Vamos logo.
– Agora eu tenho compromisso. Que tal você me encontrar lá na porta da academia do campus em uma hora? Dessa forma você termina de ler e eu de treinar.
– Ótimo, agora olhe pra baixo antes de ferir as pessoas que tem tamanho normal.
– Ok miudinho, até mais tarde.
Numa breve conversa com este homem fui chamado de pequeno, miúdo, pequinês, nanico, ou seja, já odeio esse Kris, mas conheço esse tipo de cara, só vai parar de perseguir se eu realmente sair com ele uma vez. Então era isso que eu tinha planejado.
Mergulhei no meu livro mais uma vez e me deixei levar. Coloquei o celular para me avisar quando uma hora tivesse passado, afinal eu tinha a mania de me perder no tempo ao estudar. Deixei o livro na estante e atravessei o campus para encontrar o chinês.
A verdade era que eu estava numa das melhores faculdades do país. Consegui com muita sorte um alojamento só meu, afinal não gostaria de dividi-lo com alguém. Tudo bem que era o menorzinho de todos, mas ainda sim não era obrigado a conviver com alguém que odeio. Enfim, além do alojamento, o campus fornecia o necessário para todos os cursos, ou seja, um curso de química tinha laboratórios e o de educação física, uma academia.
Fui até o lugar combinado. 5... 10... 15... 20 minutos se passaram e nada naquele trambolho aparecer. Entrei na academia e comecei a procurar por ele, então quando o achei, Kris estava apenas com seu shorts e seus tênis, ele usava um equipamento para fortalecer os braços, então estava de pé. Seu tronco desnudo era todo marcado pelos músculos e algumas pintinhas. Sua pele orvalhada em suor me fez quase babar.
Não era segredo pra ninguém que eu gostava de homens, de estar por cima deles, por baixo. Na verdade, não tive muitos parceiros sexuais, mas aproveitei os que eu tive. Então, não teve como não notar Yifan.
– Desculpe a demora, vou tomar um banho bem rapidinho e nós vamos – Ele disse interrompendo meus pensamentos.
– O-Ok, não se apresse, tome um banho direito porque não quero ninguém fedido do meu lado.
Ele riu, eu cruzei meus braços e saí de lá. Fiquei esperando fora da academia, sentado num banquinho enquanto lia mais um pedacinho do meu livrinho. Desta vez, eu lia “Melancia” da Marian Keyes e estava dando boas risadas.
Ao entender mais uma das besteiras que a personagem disse eu sorri e em seguida senti uma sombra na minha frente.
– Ave maria, de repente ficou escuro aqui! – Eu falei para provocá-lo – Cortou minha luz, Yifan.
– Se levante, preciso perguntar.
– Perguntar o que?
Me levantei e ele veio em minha direção, se abaixou bem e deixou seu pescoço rente ao meu rosto.
– Estou cheiroso o suficiente para te levar o pro café?
– Que tipo de pessoa enfia o corpo na fuça de outro ser humano? – Me afastei dele rapidamente e me recompus para não ser obrigado a dizer que ele estava cheiroso pra inferno – Vamos logo Yifan.
– Meu nome fica tão bonito quando sai dos seus lábios.
– Para com isso!
Ele riu novamente, eu cruzei os braços e fomos juntos até a pequena cafeteria do campus. O moreno adquiriu um hábito de me passar cantadas ruins para me ver ficar sem jeito. Ele dizia gostar de observar minhas reações.
– O que está achando do nosso primeiro encontro? – Ele perguntou.
– Encontro? Eu apenas aceitei o seu café como desculpas do acontecido. Você quase passou por cima de mim na biblioteca.
– Eu gostaria de passar por cima de você, de outras formas.
– Wu Yifan, eu juro que se você continuar com isso, eu vou embora.
– Não se preocupe tanto Kyungsoo, é apenas uma brincadeirinha.
Ficamos conversando mais um tempo, ele me acompanhou até meu dormitório quando escureceu e me passou seu número.
– Quero te ver mais vezes – Kris falou – Se me ignorar eu vou atrás de você na biblioteca.
– Aparentemente não posso fugir.
– Você não quer fugir. Até outro dia.
Ele se virou e me deixou sozinho com meus pensamentos sobre o quão divertido o moreno era, divertido e convencido.
Depois disso, uma boa amizade nasceu entre nós, sim amizade. Não pretendia sair pulando pra cima dele. Yifan brincava com suas cantadas e se entretinha comigo lendo os romances. Nós dividíamos alguns lanches tarde da noite e segredos quando ninguém podia nos escutar. Descobri que ele era meu hyung, e desde então passei a chamá-lo assim.
Mesmo tendo aula com as mesmas pessoas todos os dias, eu não tinha muitos amigos, mas Kris estava sempre rodeado de pessoas. Eu não me incomodava de ficar sozinho, mas toda vez que ele me encontrava nessa situação, seu corpo enorme me fazia companhia.
– Está tudo bem Fan hyung, eu estou apenas estudando – Falei enquanto estava encostado numa árvore e lia novamente sobre as Leis de Newton.
– Mesmo assim, é gostoso ter alguém perto de vez em quando, te farei companhia por um instante, depois vou malhar.
Yifan deitou sua cabeça na minha coxa e eu continuei lendo, não me perturbava por aquele contato. Normalmente eu não gosto que toquem em mim toda hora, mas com umas boas semanas de amizade, eu deixe Yifan ficar mais próximo.
– Ah Soo, tenho uma novidade.
– Diga, vai arrumar pra minha cabeça?
– Sim, você me conhece tão bem! – Fechei o livro e ele se sentou – Eu fui convidado para a balada que vai estrear nesse sábado. Ganhei dois convites e open bar, vamos?
– Convide seus amigos, tenho certeza que algum deles realmente ama isso. Você sabe que eu não sou muito de ficar no meio do povo.
– Ah, mas eu queria ir com você! Te embebedar um pouco pra ver um Do Kyungsoo mais relaxado.
– Hyung...
– Vamos! Vai que você conhece alguém interessante lá. Muitas garotas vão.
– Nem disso eu gosto.
– Ah... pensei que... tanto faz. Garotos também estarão lá.
– Pensou que eu fosse hétero?
– Bom... você nunca comenta nada, não sai com ninguém. Cogitei a possibilidade sim.
– Não tem um osso hétero nesse meu corpo Yifan. Nada contra quem é, até tenho amigos que são...
Ele deu risada. Eu sabia que meu amigo de hétero também não tinha nada. Além das provocações comigo, um dia ele pediu para que eu emprestasse o livro que eu lia. Fui até seu alojamento e ouvi: “Ahh Yifan, assim mesmo hmmm, mete assim” E por ser uma voz grossa tinha duas opções, ou ele estava com um homem, ou com uma mulher um tanto masculina. Então eu voltei para o meu quarto e entreguei o livro outra hora.
– Você vem comigo, ok?
– Hyung... não gosto muito dessas coisas. Às vezes a gente só quer curtir e tem aqueles caras chatos que não se tocam.
– Olha o meu tamanho, você acha que se nós estivermos juntos alguém vai mexer com a sua pessoa?
– É, você realmente é grande e assustador, feito o homem das neves. Não use branco senão vão achar que é festa fantasia.
– Como você é hilário. Está combinado então, vou te pegar umas 22 horas, se vista bem, quero te ver muito gostoso. Até depois.
Ele se despediu e foi para o seu treino. Nunca vi homem que gostasse de malhar tanto. Yifan não era aqueles doidos que viviam apenas de batata doce e peito de frango. Ele realmente se cuidava, sem dietas malucas.
Em todo caso, lá estava eu de compromisso marcado para um dos lugares que eu tentava evitar a todo custo: balada.
= = =
Lei da Ação e Reação
Esta lei não tem muito mistério, é um tanto óbvia. Toda ação gera uma reação. Se você empurra uma parede com uma força x, esta parede fará a mesma força x em você. Se por acaso alguém chuta uma bola, esta não permanecerá em repouso e sim será obrigada a reagir.
Foi exatamente o que aconteceu comigo. De uma forma mais metafórica, eu fui obrigado a reagir por conta de uma certa ação, mas vamos por partes, como dizia o esquartejador.
– Vam’bora Kyungsoo – Kris batia na minha porta 22 horas.
– Você me mandou ficar gostoso, eu não sei como faz isso!
– Veste uma calça justa e uma camiseta e pronto.
– Como você está vestido?
– Calça preta e camisa preta.
– Vai pra um funeral ou uma balada?
– Vamos logo Kyungsoo!
Vesti a calça mais justinha que eu tinha, ela era preta. Calcei um sapato e coloquei uma camisa branca. Penteei rapidamente meus cabelos lisos, não tinha muito o que fazer com eles. Passei meu perfume e abri a porta, então Kris começou a rir.
– O que está errado?? – Eu perguntei me olhando.
– Você fechou os botões até em cima, onde pensa que vai? Abre um pouco isso.
Meu amigo se aproximou e deixou os primeiros botões abertos. Era meio estranho não vestir a camisa corretamente, mas iria me acostumar.
Ao entrar na balada, percebi que a camisa branca foi um erro. Aquele lugar era um forno, quase amostra grátis de inferno, então eu já puxei as mangas pra cima e Yifan fez o mesmo com a camisa dele.
Nunca fui muito de beber, mas aquele convite era open bar, recebemos até duas pulseirinhas que brilhavam no escuro para saberem que poderíamos beber o que quiséssemos.
– Trouxe um pra cada – Kris veio com dois copinhos.
– O que é?
– Shot de vodca.
– Não posso Fan hyung, eu apago com vodca.
Kris bebeu os dois shots e foi buscar algo mais leve pra mim. Passei a beber algumas cervejas aromatizadas que eram misturadas com outras bebidas, mas pelo menos não tinham aquele gosto amargo.
No instante que eu fiquei sozinho um homem começou a dançar atrás de mim, eu tentei escapar, mas ele me agarrou. Yifan estava lá no bar conversando com um amigo, então viu minha carinha de “socorro”. O maior apenas veio em nossa direção, me abraçou e fez que não para o cara, que imediatamente entendeu o recado e não quis competir com o armário que era o Yifan.
– Obrigado, você me salvou.
– Quer ir se sentar um pouquinho na área vip? Tem ar condicionado lá – Ele disse no meu ouvido.
– Quero.
Kris começou a ir na frente, eu agarrei em sua camisa, na altura da cintura e deixei ele guiar o caminho. Acabou que o mais velho pegou mais duas cervejas e me acompanhou até o único sofá disponível.
– Está se divertindo? – Ele perguntou e me deu a cerveja.
– Até que sim! Estou totalmente bêbado – Falei e dei risada feito um idiota.
– É bom ver você menos tenso.
– Gosto de beber, mas nunca dá certo.
– Por que não? – Eu dei mais um bom gole da bebida e senti ela descendo queimando pela minha garganta.
– Sempre acabo pegando alguém no banheiro. Fica de olho em mim?
– Fico – Yifan riu e bebeu mais um pouco.
Ao fim daquela cerveja meu estado era completamente insano. Puxei Yifan pela mão e comecei a dançar com ele. Sempre fui meio desengonçado, mas para aquele tipo de movimento não tinha muito mistério. As mãos dele estavam em minha cintura, eu estava de costas para seu peito e me movia contra seu corpo. Meu amigo se abaixou um pouco e eu senti a respiração dele no meu pescoço, me deixando arrepiado, afinal era bem sensível ali.
– Não rebola assim – Ele disse e suas mãos desceram um pouco, tentando parar meu quadril.
– Mas está tão gostoso!
– Você vai me deixar duro no meio de todo mundo.
– Eu já estou sentindo um pouco. Você parece ser grande.
Me virei pra ele e escondi meu rosto em seu pescoço, deixei alguns beijinhos lá. Sabe deus porque eu fico tão assanhado quando eu bebo, mas fico e Yifan era a única vítima que me interessava ali.
– Kyungsoo... – Ele disse em tom de aviso.
– Só um pouquinho, só pra eu apagar meu fogo.
Continuei dançando e Yifan se afastou. Na hora fiquei um pouco chateado, mas depois suas mãos vieram até meu pescoço e seus lábios se chocaram com os meus. Eu soltei um gemido pelo susto, minha reação foi primeiro fechar os olhos e deixar aquele contato evoluir de um selar para um beijo de verdade. Seus lábios grossos puxavam os meus, às vezes os chupavam com vontade. Eu queria me entregar por inteiro com apenas um beijo.
Kris me empurrou até a parede. Ele se separou apenas para olhar pra mim e eu fiquei na ponta do pé, tentando alcançá-lo novamente.
– Mais – Eu pedi, então ele sorriu e diminuiu a distância de nossos corpos.
Eu estava ficando excitado pois ele estava movendo seu quadril conta o meu, depois eu senti sua ereção esfregando na minha perna e quando a língua dele invadiu minha boca, um gemido de satisfação deixou meus lábios.
– Vamos parar Kyungsoo.
– Deixa eu te sentir – Passei minhas mãos no peito dele e as levei até seu membro rijo.
– O Kyungsoo de amanhã ficará assustado com os acontecimentos de hoje.
– Vai nada, ele só finge ser certinho – Kris passou a beijar meu pescoço e gemeu quando eu apertei seu pênis – Isso, geme gostoso.
– Quem é você e o que fez com meu amigo Kyungsoo?
– O outro Kyungsoo está dormindo agora. Aproveite.
Yifan respirou fundo e se afastou. Ele me colocou para sentar no sofá e disse que voltava em breve. Dali alguns minutos, o mais velho voltou com uma garrafinha de água. Eu só lembro de beber a água e o resto simplesmente sumiu da minha mente.
Na manhã seguinte eu acordei na cama de alguém. Minha primeira reação foi levantar o lençol e ver se eu estava de cueca. No caso, eu estava com as vestes íntimas, graças a deus. Olhei ao redor com os olhos semicerrados e tentei adivinhar onde estava, então a porta do banheiro se abriu e Kris saiu usando apenas uma cueca.
– Bom dia flor do dia.
– Amém! É no seu quarto que eu estou.
– Não se lembra como veio parar aqui?
– Não, menor ideia.
– Se lembra de algo da noite anterior?
– Oh deus, nós transamos?
– Não – Ele riu – Não se lembra de nada?
– Bom, eu bebi... muito. Nós dançamos juntos e... oh Deus, nós nos beijamos, não? Me desculpa hyung!
– Não tem problema Soo. Bom, depois disso você tomou uns dois goles da água que eu trouxe, então quis a minha bebida, derramou em si mesmo e apagou no sofá. Eu te trouxe aqui, tirei suas roupas e dormimos na mesma cama porque meu colega de quarto estava aí.
Eu estava totalmente envergonhado. Tomei um banho no quarto do Yifan mesmo, ele em emprestou algumas roupas, me deu remédio pra ressaca e eu voltei para o meu alojamento. Passei o domingo inteiro jogado na cama, no escuro. Kris veio ver como eu estava algumas vezes, mas eu mal conseguia olhar na sua cara sem se lembrar do meu comportamento.
– Me desculpe de novo – Eu pedi quando ele veio trazer jantar pra gente.
– Não se preocupe, eu gostei.
– Mas foi um erro, não era pra ter acontecido.
– A gente pode fingir que nunca aconteceu se você for se sentir melhor...
– Jura? Obrigado hyung, eu não quero perder sua amizade. É importante demais pra mim.
– Uhum, ok então. Melhor assim... eu acho. Vou pro meu quarto, estou cansado.
– Obrigado por cuidar de mim.
– Disponha, amanhã eu te vejo.
Kris saiu do quarto e me deixou a sós, fiquei feliz por estar tudo resolvido, mas essa felicidade durou muito pouco.
Naquela balada, eu reagi exatamente como esperado por aquela ação de Yifan. Ele depositou uma força em mim e eu respondi com a mesma, então nossos corpos não saíam do lugar. Eu só conseguia pensar naquele maldito dia, naqueles malditos beijos e toques.
Na segunda feira Kris ficou com os amigos, eu senti ciúmes porque um deles até sentou no colo do maior. Então eu percebi que esse sentimento não tem nada a ver! Por que diabos eu estava com ciúmes? Kris e eu não tínhamos nada.
Já na terça, ele passou o dia comigo. Trouxe um lanche, pois disse que eu estava estudando demais para as provas que viriam na semana seguinte.
Quarta e quinta ele sumiu, mandou mensagem dizendo que estava enrolando com um trabalho, e sexta ele apareceu no meu quarto.
– Oi...
– Fala hyung, estou ocupado.
– Você não gostaria de sair comigo?
– Adoraria, mas estou estudando. Minhas provas são na semana que vem, estou tão estressado.
Eu estava sentado na cama, Kris se posicionou atrás de mim e começou a massagear meus ombros. Era pra eu dizer ���O que diabos você está fazendo Yifan?” Mas essas palavras não saíram da minha boca, eu deixei que ele continuasse. Depois de algum tempo, eu senti o peito dele colando nas minhas costas e me arrepiei.
– Kris, estou estudando...
– Uhum.
Aquela boca cheinha parou no meu pescoço e começou a beijar ali. Eu pensei que ele estava passando dos limites, mas não disse nada, então ele chupou o lóbulo da minha orelha e eu me levantei.
– Estou tentando estudar!
– Que desculpa esfarrapada.
– Mas você viu que eu estou estudando de verdade! Por que fez isso?
– Você diz que somos apenas amigos, mas olha torto se estou com outro alguém, sente minha falta quando eu sumo e cede aos meus carinhos. Acha que eu não percebo? Não sou idiota.
– Você entendeu tudo errado.
– Eu entendi errado Kyungsoo? Bastou um pouco de álcool pra você vir pra cima de mim.
– Eu iria pra cima de qualquer um, não se sinta tão especial!
– Ótimo, era o que eu queria ouvir. Que eu não sou especial. Você fica me rejeitando, uma hora vai me perder pra sempre.
Meu hyung saiu batendo a porta e eu enfiei a cara no travesseiro, então gritei em frustação. Por que eu tinha rejeitado? Estava bom, estava realmente bom! Eu queria que ele me tocasse daquela forma.
Minha noite de estudos foi para o brejo, não conseguia me concentrar depois daquilo. Mandei uma mensagem pedindo desculpas e ele respondeu “Ok” Existe algo mais seco que esse “ok”? Provavelmente não.
No final de semana ficamos sem nos falar, a semana seguinte eu tive prova todos os dias, então estava enfiado na biblioteca e no meu quarto.
Eu [Segunda – 8:00]: Estou indo pra minha primeira prova, estudei muito, espero que dê certo.
Eu [Terça – 10:00]: Terminei a prova de hoje, você não me respondeu ontem... está tudo bem? Vamos nos resolver por favor.
Eu [Quarta – 18:00]: Te procurei na academia hoje, estou me sentindo mal. Por favor responda.
Eu [Quinta – 22:00]: Porra Yifan! Se é assim que você quer ok. Vai a merda.
Depois de quinta feira eu não enviei mais mensagem alguma. Segui minha semana estudando. Sábado, o pessoal da sala ia comemorar que as provas acabaram, mas eu não quis ir, então fiquei literalmente olhando pro teto.
– Você é patético Do Kyungsoo. Vai ficar se remoendo por causa dele?
Me levantei e fui ao lugar que eu me sentia mais seguro, obviamente na biblioteca. Escolhi novamente o livro de Newton, que ainda não tinha terminado de ler. Após passar a tarde lá, deixei este em seu lugarzinho e comecei a caminhada para o meu dormitório, fiquei pensando no meu amigo e como eu sou estúpido por rejeitá-lo, quando a única coisa que eu sabia fazer era pensar nele. Ao chegar no meu quarto, Yifan estava na porta.
– O que você quer? – Perguntei.
– Meu celular quebrou, acabei de pegar ele do conserto. Te mandei várias mensagens, achei que tinha me bloqueado.
– Estava na biblioteca.
Entrei no meu dormitório e deixei a porta aberta. Kris entendeu o gesto e entrou, e a trancou. Eu estranhei o barulho da tranca, já tinha me sentado na cama e olhava curioso pra ele. Yifan caminhava devagar até mim, era um tanto intimidador.
= = =
Lei da Impenetrabilidade
O nome dessa lei pode ser um tanto feio, mas ela não é nem um pouco complicada de ser compreendida. Dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo. Se você tem um tijolo no chão, nenhum outro objeto consegue ocupar o mesmo lugar que este tijolo. Simples, certo? Certo.
– Você vai me rejeitar? – Yifan me perguntou enquanto vinha até mim.
– Não, nunca mais.
– Ótimo.
– Por que trancou a por-
Minha frase foi cortada pois meu amigo me beijou. Fui me ajeitando na cama e ele fez seu corpo empurrar o meu até que estivéssemos deitados. Dessa vez eu não abriria a boca para dar um pio que fosse para reclamar. Minhas mãos tremiam pelo nervosismo, ele sentiu isto e chegou bem pertinho do meu ouvido.
– Se acalme, sou eu. Por que está nervoso?
– Faz tempo pra mim.
– Vou cuidar de você. Não se preocupe.
Kris tomou meus lábios novamente, dessa vez com mais calma. Sua língua brincava com a minha. Ele foi se posicionando entre minhas pernas e seus beijos saíram da minha boca fazendo um caminho desde o maxilar, até meu pescoço, o qual era marcado e me fazia suspirar. Numa dessas, ele lambeu minha pele e mordiscou o lóbulo da minha orelha.
– Hmm, Yifan.
– Gosta?
– Uhum... hmm! – Eu gemi ao sentir sua destra apertar de leve meu mamilo por cima da blusa.
– Tão sensível, eu preciso ver.
Minha camiseta foi a primeira peça a ser retirada, ele beijou meu peito e tratou de cuidar de ambos os meus mamilos que estavam vergonhosamente durinhos pra ele. Enquanto o moreno ouvia minhas lamúrias baixinhas, seu quadril se movia conta o meu, e mesmo com tantos panos, eu já sentia vibrações percorrem meu corpo.
Kris se afastou, eu já estava sem os sapatos, então ele tirou minha calça e minhas meias. Ao invés de ir direto ao ponto, sua boca veio beijando minhas panturrilhas, subiram até minhas coxas e se demoraram mais na parte interna das mesmas. Minha pele branquinha recebia beijos e chupadinhas, ele me fez apoiar meus pés na cama e abrir as pernas.
Com toda certeza do mundo, eu estava vermelho. Fiquei envergonhado dos sons que eu fazia com alguns beijos. Senti sua boca ir direto nos meus testículos e os chupando, me fazendo gemer mais alto, então a pontinha do seu nariz percorreu toda extensão do meu membro já marcado na última veste.
– Fan hyung...
– O que foi?
– Não me faça pedir.
Kris sorriu e beijou minha barriga, então suas mãos finalmente foram até a barra da minha cueca, a puxando pra baixo. Suspirei por finalmente ser liberto daquele aperto e meu falo já apontava pra cima.
– Você é tão lindo, todo perfeito.
– Não fala essas coisas – Eu tentei me esconder, mas ele não deixou.
– Essa é a hora de falar essas coisas, você tem que entender o quão bem eu me sinto ao estar com você.
Ele pegou no meu membro e lambeu com a pontinha da língua minha glande inchada, que já tinha pré-gozo.
– Mais hyung, por favor – Empurrei a cabeça dele um pouquinho pra baixo, ele deu uma boa chupada na cabecinha do meu pau e passou a língua no freio – Aaah deus, isso é bom.
Meus gemidos aumentavam de volume à proporção que ele enfiava mais meu pênis em sua boca. Eu sentia que podia gozar a qualquer instante.
– Fan! Ah Yifan, não faz rápido assim, eu vou... – Só porque eu falei, ele aumentou a velocidade em que me chupava e eu me contorcia na cama, agarrava os lençóis até os nós dos meus dedos ficarem brancos.
– Não goze Kyungsoo.
– Então para. Aaaah Yifan, Yifan! – Antes que eu pudesse gozar, ele se afastou e minha respiração já estava descompassada – Você é o capeta!
– Não foi bom?
– Foi perfeito – Ele veio pra cima de mim novamente e passou a me beijar – Você está com muita roupa... – Falei.
– Tira pra mim.
Me ajoelhei na cama e tirei a blusa dele, depois desabotoei sua calça e ele saiu da cama para tirar. Seu membro estava rijo sem eu nem tê-lo tocado. Isso me deixou animado, mais do que eu estava. Kris voltou pra cama e se deitou, eu sentei sobre a ereção dele e comecei a rebolar, a única coisa que nos separava era o pano, e ele gemia.
– Tão grande... não vai caber hyung.
– Vai sim, tenho certeza que vai. Ainda mais que você tem essa bunda gostosa – Ele deu um tapinha na minha bunda e eu fiz mais pressão no falo dele.
Me levantei e tirei sua cueca. Seu membro colou o abdômen, eu passei a língua pelos lábios. Comecei devagarinho, só o tocando, depois me aproximei e beijei toda a extensão de seu falo. Ele estava ficando impaciente e empurrava seu quadril para ter mais contato, então eu coloquei o máximo que coube na boca e masturbei o resto.
Seu membro pulsava na minha boca, eu parei o que fazia e comecei a dar atenção só para a glande vermelhinha e inchada, enquanto olhava pra ele da forma mais inocente que eu podia.
– Não faz isso Soo.
– O que? Hmmm – Eu gemi com o pau dele na boca e Kris agarrou meu cabelo.
– Kyungsoo! Hmm, já está bom.
Eu sentia uma urgência jamais sentida antes, eu precisava testar essa teoria que dois corpos não conseguiam ficar no mesmo lugar. Precisava dele pra mim. Kris se sentou e eu me sentei em seu colo, então apenas nos abraçamos por um segundo.
– Estou apaixonado por você Kyungsoo.
– Isso é muito clichê Yifan hyung.
– Te amar?
– Não, falar isso no meio do sexo.
– Eu gosto de clichês.
– Eu também estou apaixonado por você.
Eu peguei uma camisinha e o lubrificante, os dedos grandes dele me preparavam com uma calma que eu jamais pensei que ele tinha. Um entrou após o outro e esse corno estava se divertindo em me ver gemer e rebolar contra seus dígitos.
– Yifan! Aí, bem aí, faz de novo. Isso Yifan hyung! Aaah deus, a-assim mesmo.
Fiquei envergonhado por quase gozar com os dedos dele em mim, mas aquilo era incrível. Em seguida ele colocou o preservativo e passou muito lubrificante. Porém, contudo, todavia, eu comecei a dar pra trás. Não literalmente dar, apenas desistir.
– Não vai caber, Yifan, sério, vai doer demais.
– Calma Kyungsoo.
– Calma? É grande e grosso, estou nervoso, muito nervoso.
Ele se deitou sobre mim e começou a beijar meu pescoço, então foi até meu ouvido e começou a dizer:
– Outro dia eu fui na biblioteca e peguei aquele livro do tal do Newton. As leis dele são tão interessantes. “Dois corpos não ocupam o mesmo lugar”. Eu quero ocupar exatamente o mesmo lugar que o seu corpo, me deixa tentar. Se você não gostar, a gente para. Essa frase define como eu me sinto por você, quando estamos juntos, parece que somos um só.
Esse maldito tem tanta lábia, ele estava me convencendo com física, e eu amo física. Kris penetrou apenas a glande em mim e foi ok. Ele beijava meu pescoço e com uma mão, maltratava meus mamilos. Pouco a pouco ele foi entrando. Toda hora eu perguntava se ele já estava inteiro dentro, e ele dizia que não. Eu sentia uma dorzinha chata sim, mas era porque eu realmente estava nervoso.
– Pronto Soo, coube tudo. Você está bem?
– Hmm, dói.
– Quer que eu tire?
– Não. Só... me beije mais um pouquinho.
O moreno me distraía da dor como podia. Eu estava me acostumando e pedi pra ele se mover devagar, então ele gemeu baixo bem rente ao meu ouvido. Sua voz grossa me deu um arrepio, então mandei ele fazer como queria.
Kris pode ter a cara daqueles comedores que não tem dó nem piedade, mas ele era basicamente um anjo. Se importava mais comigo que com ele. Ao me sentar em seu colo, enquanto ele estava deitado, eu percebi que era a posição mais confortável pra mim.
Eu coloquei as mãos dele na minha cintura, enquanto eu rebolava, ele me estocava com força. O mais velho apoiou seus pés na cama e eu pude segurar em suas coxas. Numa dessas estocadas mais brutas, eu senti meu corpo amolecendo.
– Pelo amor de deus Yifan.
– O que houve?
– Acerta aí de novo, aaah, assim, Fan, me faz gozar por favor.
Com a próstata sendo estimulada e meu pênis na mão dele, eu não durei muito mais e me desfiz. Yifan me deitou na cama novamente e foi a vez ele. O moreno foi bem rápido e a expressão dele quando atingiu o ápice foi a coisa mais linda que eu já vi. Sua boca formava um “o”, ele nem conseguiu gemer, seus olhos reviraram e ele segurava com força na minha coxa, dando mais algumas investidas intensas até a sensação do orgasmo o abandonar.
O chinês – ainda dentro de mim – me abraçou e eu retribui. Recebi mais alguns beijos no rosto e na boca, então ele se levantou e jogou a camisinha no lixo.
– Vai ficar apertado – Me deitei de lado, tentando dar espaço para o corpo nada singelo dele.
– Eu gosto apertado.
– Você malicia com tudo.
Yifan riu e me abraçou. Eu estava começando a ficar cansado e ele também. Senti meu lençol me cobrir e os braços fortes dele me segurando.
Acordei no meio da madrugada sentindo calor. Kris ainda me abraçava. Eu empurrei o lençol e me levantei para ir ao banheiro. Voltei pra cama e me deitei sobre ele.
– O que foi Soo?
– Despertei.
– Tinha que me acordar também?
– Nome disso é solidariedade.
Coloquei minha cueca e joguei a dele para que ele se vestisse também. Kris encostou na cabeceira da minha cama e eu me deitei em seu peito, ficando entre suas pernas.
– Sabe hyung, eu nunca fui de me apaixonar.
– Percebe-se.
– Shiu, deixa eu falar. Acho que para matérias físicas, Newton estava certo. Dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar.
– Bem que a gente tentou – Ele riu e beijou minha cabeça.
– É, mas para coisas imateriais, ele estava errado – Peguei nas mãos ele e estiquei em nossa frente, então entrelacei nossos dedos – Nós ocupamos o mesmo espaço, quem se ama de verdade se torna um só.
– Viu, eu te falei que isso seria possível. Pra mim todas as teorias dele estão erradas.
– Todas? – Eu me virei pra ele e arregalei os olhos.
Yifan me prensou na cama e deixou seu corpo pesar sobre o meu.
– Estou aplicando uma força maior que você aplica em mim, nós dois somos um só. E veja, você vai se mover sem que eu aplique tanta força.
Ele esfregou seu membro no meu e parou, então eu empurrei o quadril pra cima para senti-lo novamente, portanto ele riu.
– Viu, você estava inerte, agora está em movimento, embora eu tenha aplicado uma força bem curta.
– Assim não vale! Não tem como contrariar Newton.
– Então vamos concordar em discordar.
Ele me deu um beijo rápido e voltamos a nos deitar na cama.
= = =
Após começar o namoro com Yifan, as comédias românticas não pareciam tão bestas, as músicas do rádio eram sobre nós e algumas teorias da física se aplicavam em nossas situações.
Obviamente nada são flores, ele ama me provocar e eu perco a linha facilmente, mas depois meu hyung me abraça e diz “É brincadeirinha Soo, perdoa seu hyung vai”. Eu sou o idiota que me derreto todo por isso.
Não, ele não é o popular e eu o nerd, ele não é a água e eu sou o vinho e não, nossos olhos não se cruzaram num lugar cheio de gente e soubemos que nascemos para nos conhecer. Somos apenas duas pessoas que tiveram a sorte de se trombarem por aí, e nos damos bem.
Graças as Leis de Newton, eu pude me apaixonar e me entregar completamente, pela primeira vez.
Notas finais: Minha primeira KriSoo, espero que tenham agradado <3
Descrição do plot: Kyungsoo estudava física e sabia muito bem que dois corpos não ocupam o mesmo espaço. Ou assim pensava até se apaixonar. 
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Cativante pela narração detalhada e emotiva, Everything is Blue ganhou o segundo lugar do concurso abordando o tema transgênero , a homossexualidade e também a face cruel do preconceito.  Com personagens cativantes, Blue - antes Jamie - tem um desafio natalino de ir visitar sua família após um longo tempo de distância, uma distância cruel causada pelo preconceito, pela intolerância e incompreensão. 
Layse é autora de Her, Fora dos Holofotes, Real, Compatiblidade e outra infinidade de histórias postadas em sua conta no Wattpad. Ela detalha em Everything is Blue a forma como o preconceito se enraíza nas pessoas e também como ele se desconstrói com o amor.
1. Faça uma apresentação:
Bem, eu me chamo Layse Amaral, mas eu sempre prefiro que as pessoas me chamem de Lay desde a adolescência. Tenho 23 anos, nasci e moro em Belém do Pará – e eu espero que não seja assim para sempre. Haha Eu escrevo fanfics desde 2010, mas só em 2016 eu resolvi realmente me dedicar às minhas histórias. O que não me impediu de acumular no decorrer dos anos várias publicações, mesmo que não tivessem um produto final dos melhores. Eu tive uma fanfic que começou a ser conhecida, na época que escrevia no NYAH, mas abandonei por um longo período e quando a concluí, só uma pessoa a lia ainda, e essa é a minha grande história como autora, até o momento. UHASUH Atualmente me dedico a escrever histórias sobre personagens há muito tempo existentes em minha mente, fazendo-os ver a luz do dia e representar alguns dos meus tantos dilemas e confusões através de suas vidas.
2. Qual foi sua inspiração para escrever Everything is Blue?
EIB foi uma mistura de várias influências e um dia em específico. A Blue tem muito da minha percepção sobre a Amanda Guimarães – a youtuber Mandy Candy: o alto astral dela, o jeito dela superar tudo com muito bom humor, eu queria muito transmitir tudo isso na minha protagonista. Já a relação da Blue com a Donatella nasceu de um ponto que é muito falado em discussões sobre identificação de gênero (inclusive, é comentada de forma bem didática em um documentário chamado Questão de Gênero, disponível no YouTube): orientação sexual, gênero e sexo não são a mesma coisa. É algo que surge também em Sense8 e eu me inspirei um pouco na Nomi e na Amanita, admito. Mas o plot principal saiu de um dia normal, em família. Quando ouvi de gente que admiro o mesmo tipo de coisa que sai da boca dos Allen e me senti completamente, não sei, acho que em choque não é nem o começo da sensação. Foi um evento que me rendeu alguns desentendimentos entre eu e algumas pessoas do meu convívio, e também algo que me fez pensar que não dá pra ficar calada diante de demonstrações de ódio. Quando eu escrevi o conto, eu queria muito combater preconceito com informação, e foi o que me motivou a criar a história.
3. Na sua conta do wattpad há muitas obras publicadas, na hora de escrever as ideias simplesmente fluem ou você tem algum processo de inspiração?
Ah, bem, eu tô sempre pensando em alguma coisa. Uma música me faz pensar em uma cena, uma frase de série me faz criar um personagem, uma situação gera um texto de desabafo que no fim acaba na boca de alguma protagonista. Então enquanto tô por aí passando pelo meu dia a dia, eu meio que vou pegando inspiração que viram algo no fim do dia, nem que seja um breve conto que vou achar que precisava ser melhor trabalhado no final das contas.
4. Quais são seus autores e livros favoritos?
Sendo um pouco clichê, acho que a primeira a ser citada como autora favorita é a J.K. Rowling. Muito da minha vontade de escrever surgiu graças à Harry Potter, então não tem como deixa-la fora da lista. George R.R. Martin é outro que adoro muito o trabalho, assim como o Bernard Cornwell. E de autores brasileiros, eu adoro a forma de escrever do Gustavo Magnani. Quanto a livros favoritos... Nossa, eu tenho vários. Tenho um amor enorme por A Menina Que Roubava Livros, venho relendo trechos dele desde 2009, mais ou menos. As Vantagens de Ser Invisível é também um dos meus favoritos para todo o sempre, assim como O Teorema Katherine, do Green.
5. Além do tema LGBT, você trouxe para o conto o tema da religião. Você acredita que esta seja a base para determinados preconceitos ou que a religião é apenas um meio de justificativa?
Acredito que as pessoas são ensinadas a odiar desde muito cedo e a religião acaba atuando como um disfarce para as ações. Eu venho de uma família tradicionalmente católica, em uma cidade aonde a Igreja tem uma forte influência sobre as pessoas. Já conheci gente que é cristã praticante e prega o respeito entre todas as pessoas, independentemente de gênero e orientação sexual, mas no meu cotidiano o que eu mais vejo são pessoas que teoricamente tem uma grande espiritualidade e praticam o preconceito. Pessoas que falam que “tudo bem que o padre/pastor disse para amar a todos como irmão, mas não dá pra aceitar *insira alguma classe que sofre discriminação* porque não é algo normal”. É o tipo de pessoa que sabe que não é certo, sabe que se deve pregar o amor e a igualdade, mas escolhe pelo caminho do preconceito, e diz que faz isso “porque Deus fez Adão e Eva e não só Adão e Adão”. Então não vejo como o problema a pessoa seguir alguma religião e sim se esconder atrás dela para praticar ódio ao próximo.
6. Quando e por que começou a escrever?
Eu não lembro bem quando foi que eu comecei. Eu me lembro de escrever pequenos contos em meus cadernos do colégio, quando ficava entediada, na época da sétima, oitava série. Eu lembro de criar historinhas com clima de conto de fadas em folha A4 quando ainda era bem pequena, então realmente eu não sei precisar um “quando”. Mas eu sempre tive essa vontade de colocar no papel as ideias que passavam pela minha mente, desde as mais simples observações até os meus maiores conflitos internos. Foi mais ou menos assim que eu comecei a escrever a minha primeira long: eu queria botar para fora todos os meus devaneios de adolescente, ao mesmo tempo em que compartilhava parte de minhas angústias daquele período.
7. Quais são as suas maiores dificuldades na hora de escrever uma história? 
Manter o foco. Acho que é por isso que eu tenho tanta coisa publicada na minha conta do Wattpad, afinal. Porque eu começo a trabalhar em um projeto, mas tem outro me incomodando no fundo da mente, aí paro de escrever o atual pra rascunhar o novo, e quando retorno pro primeiro eu já estou um pouco fora da sintonia. Sem contar com a questão da minha rotina. Desde que eu entrei na faculdade as coisas ficaram bem loucas e desorganizadas pra mim e quanto mais perto do fim eu chego, mais sem horário fixo eu fico. Aí meus horários de escrever ficam confusos e isso me atrapalha bastante também.
8. Você pretende levar a escrita como profissão ou apenas como hobby?
Era um grande sonho meu. Tem vezes que eu me apresento como escritora ao invés de falar da minha futura profissão. Pretendo publicar um livro, algum dia na vida, é algo que quero há uns bons anos. Mas não acho que levarei a escrita como profissão.
9. Há algum gênero ou tema que você não consegue desenvolver por nada? Conte pra gente!
Eu não consigo escrever nada de terror. Eu tenho esse bloqueio enorme para escrever sobre coisas sobrenaturais ou que metem medo. Eu tentei, duas vezes. E nas duas o resultado saiu algo tão leve que nem parece que a intenção era criar uma história que desse medo. Eu tive que criar um conto de terror pra uma aula do curso que faço. Todo mundo foi criando histórias tensas, de terminar de ler e você dar uma risadinha nervosa. O meu foi o de classificação 13 anos de tão tranquilo que era. Definitivamente não sei como escrever histórias desse tipo.
10.  Deixe um recado para os leitores:
Primeiramente quero agradecer a todo mundo que leu meu conto pro concurso. Agradeço demais pela atenção e pelos comentários, a quem pôde deixar. Obrigada a quem torceu, obrigada por me acompanharem nesse começo de carreira no mundo das fics. Tô sempre disponível pra trocar ideia no meu twitter (@layiswriting) e no meu ask (@its9intheafternoon), então podem chamar à vontade. E, sei lá, eu só consigo dizer que sou grata pela companhia de vocês, de todos vocês. Nos vemos por aí, entre os tantos projetinhos de 2017. Beijos! Lots of love, Lay.
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