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🏵️Rachel 🏵️

Nico Robin... É um nome muito conhecido dentre marinheiros e piratas, envolvidos com o governo ou não, uma criminosa, que carrega um nome perigoso. Nico Rachel, é o meu nome, ninguém conhece, ninguém nunca ouviu, isso é por que eu nunca existe... Nico sempre foi um nome que me deixou com o pescoço na forca, isso me causou problemas, e para minha irmã também.

Robin e eu sempre fomos unidas, uma cuidando da outra, bom, ela cuidava muito mais de mim.

Eu me separei de Robin quando tinha 10 anos, foi quando Spandam me achou e me prendeu em uma cela fria, com uma risada debochada, diariamente me perguntava coisas que eu não fazia questão de responder, perguntava sobre minha irmã e coisas do tipo, Olivia também era uma assunto bastante citado por ele, o meu silêncio foi tudo que ele conseguiu.

10 anos... Faz tanto tempo que estou na mão do governo, sobre o olhar impiedoso deste homem tão cruel, que tudo que passa pela mente é poder... Noites e noites imaginando os braços quentes de Robin me envolvendo, um beijo no topo da cabeça e uma frase que eu amava ouvir.

"Eu amo você, Rachel, no fim vamos ficar bem." - Robin sorria sobre a luz do luar, meus olhos vidrados no rosto dela, e eu estava feliz... Ao lado da pessoa mais importante da minha vida.

Agora tudo que eu tenho é uma sala escura, uma coleira de Kairoseki e pensamentos suicidas... Tudo que uma garota de 20 anos deseja, não?

[...]

Um fragmento de luz entrou a sala escura, e foi direto para o meu rosto, estava sentada em um canto, a fresta se estendeu, e então a porta ficou escancarada.

Spandam me encarou com um sorriso, e então jogou as folhas desgastadas em minha frente, era o papel de procurado de Robin.

- demorou... - ele começou, e então eu mordi o meu lábio inferior. - mas finalmente eu consegui... - encarei ele despejando ódio, ele sorriu ironicamente. - não é um sonho? As irmãs Nico finalmente morrendo juntas. - um sorriso brotou no meu rosto, e ele desmanchou o dele.

- as irmãs Nico lhe mataram juntas! - senti algo ir de encontro ao meu rosto, foi o pé de Spandam, que abriu um sorriso superior. - Robin sabe? Ela sabe? - perguntei desesperada.

- Sabe... Ela sabe finalmente que você está viva. - ele continuou com o seu sorriso, senti as lágrimas desceram do meu rosto, não por tristeza, e sim por alegria, Robin sabia, eu estou viva Robin, respirando por você.

- Robin! - Um grito aliviado saiu da minha garganta, assustando o FDP a minha frente, uma risada estérica foi o que eu deixei escapar em meio a lágrimas.

- comemore muito, será por pouco tempo. - Spandam saiu batendo novamente a porta com tudo, novamente a sala ficou escura.

Eu estava eufórica, meu coração estava a mil, tenho que me controlar, ou terei um infarto.

[...]

Tinham se passado dias, e cada dia que passava era uma esperança, esperava por Robin com euforia, tudo que eu mais queria era ver ela depois de 10 longos e sofridos anos.

A porta foi aberta, meu olhar nunca se direcionou a ela tão rápido, vi a figura de Lucci, fazia tempo que não o via, ele me lançou um olhar e logo alguém foi jogado ao meu lado, Lucci fechou a porta novamente sem falar nada.

O homem soltou um gemido, e logo se levantou sentando afastado de me, nos encaramos curiosamente, ele era alto, e algo me dizia que não era humano, em sua cabeça tinha um grande e arrumado topete azul, ele usava uma camisa totalmente colorida, e apenas uma sunga, ele me analisava tão curioso quanto eu.

- quem é você? - ouvi a voz dele pela primeira vez, engoli um seco, talvez ele conhecesse Robin, ele continuou me encarando, esperando eu falar algo, ou responder a pergunta que ele fez com tanta curiosidade.

- Rachel, sou Nico Rachel. - minha apresentação deixou ele confuso e surpreso. - e você?

- Franky. - ele se ajeitou, e exitou por um segundo. - é parente de Nico Robin. - eu abri um grande sorriso, o que respondeu a resposta dele, senti as lágrimas descendo pelo meu rosto. - é por você que ela está aqui? Agora faz sentido! Por isso abandonou seus companheiros sem exitar.

- companheiros? - perguntei olhando para ele agora seria, Robin tinha amigos e os abandonou? Por quê? Franky assentiu.

- o Spanda levou ela para um algum lugar. - Franky disse o nome de Spandam errado, mas não era como eu, ele não errou de propósito, abaixei minha cabeça.

- eu não queria isso... - senti o olhar dele sobre me. - Spandango fez de propósito, atraiu Robin para algo que lhe lembra o passado, um passado tão sofrido. - olhei para Franky novamente. - Robin devia tá tendo uma vida boa agora, eu novamente estou no caminho dela, a irmã mais nova fraca. - apertei meus punhos com ódio, as lágrimas que eram de felicidade agora eram por tristeza. - nunca servir pra nada, apenas para atrapalhar ela e...

- Monkey D Luffy. - fiquei confusa com a intromissão de Franky, meu olhar ficou fixo no rosto dele. - Luffy do Chapéu de Palha, é o nome do Homem que Robin segue. - deixei um sorriso escapar.

- Mugiwara?!

[...]

Franky e eu conversamos durante um tempo, sobre coisas normais, tive uma conversa civilizada com um humano, ou quase.

Franky era um homem engraçado, além de ser um Cyborg, quando eu disse que achava isso incrível, ele ficou se achando e até chorou.

A porta se abriu e por ela passou dois membros do CP9, uma mulher e o homem de nariz quadrado, a mulher veio até me, e me puxou para se levantar, eu levantei e saí com ela que me deixou andar livremente.

Eu seguia ela pelos grandes corredores, com meus braços algemados nas costas, e a coleira de Kairoseki ainda no meu pescoço me impedindo de usar Akuma no mi.

Vi um grande buraco na parede, era pra lá que eu era guiada, vi uma mulher de longe, ela estava falando com alguém, foi quando percebi, era ela, Robin... Ela estava diferente, mais velha, com mais curvas e com certeza mais bonita, Lucci estava logo ao lado dela com Spandam e o resto do CP9, puxei o ar dos pulmões e prendi, foi quando o meu grito ecoou por aquele corredor vazio e com eco.

- ROBIN-NEE-SAN!!! - Robin no mesmo momento se virou, e ali estava... Duas mulheres se encarando, com surpresa e saudade estampadas no rosto, se não fosse a mulher que me segurava eu já estaria envolvida nos braços da minha irmã.

- Rachel! - ela foi puxada por Spandam, ele estava fazendo a pior tortura que podia fazer, nos separar mais uma vez, eram apenas alguns passos para eu está nos braços da minha tão amada Nee-San, e ele estava me privando! Senti o empurrão da mulher para eu continuar andando, e foi o que eu fiz, andei até o local, e vi a luz do sol depois de muito tempo, eu fiquei afastada de Robin, entre a gente tinha Franky também, ele chorava por nós, eu chorava também, tristeza, alegria, emoção, raiva... Não sei distinguir a emoção.

Todos estavam olhando para algo lá embaixo, então olhei também, um garoto, ele olhava para nós com o dedo no nariz, ele estava de chinelo, uma bermuda preta, uma regata vermelha de botões dourados, ele usava... Usava um chapéu de Palha.

Monkey D Luffy!

- escuta aqui, Robin! - Luffy disse e o teto ao seu redor tremeu, em seguida várias pessoas saíram dele, devem ser os companheiros que Franky me disse, eles vieram salvar a minha irmã? - agora a gente já tá aqui! A gente vai te resgatar, e depois se você quiser morrer...

Ele não era nada do que esperava, acho que a única coisa que acertei foi o Chapéu de Palha, era um garoto aparentemente comum e magrelo, mas também parecia levar essa coisa de companheirismo bem a sério.

- nenhum bando de piratas chegou tão longe! - Spandam estava assustado, eu diria que prestes a ter um troço

- eu te imploro, Robin! - minha cara de espanto era nítida, a minha irmã era amada?! Eu... Eu estou orgulhosa. - se quer mesmo morrer...

- Nani? - gritei chamando a atenção de todos, tenho certeza que o bando de Robin só me deu atenção agora com meu grito estérico. - morrer?! Nem a pau.

- agora não, Rachel! - Robin abaixou a cabeça, ela parecia envergonhada.

- você não vai morrer! - disse, Robin estava surpresa por receber um sermão da irmã mais velha. - Privar você de ter amigos? Companheiros? Está ficando louca, eu prefiro morrer, Spandango, me mate antes que eu presencie maior decepção. - Os companheiros de Robin estavam confusos com toda a certeza.

- Calada? Isso não se trata somente de você, deles também. - Robin disse agora frente a frente comigo, esquecemos todos ao redor, tanto tempo sem se ver e estávamos brigando.

- seus companheiros vieram te salvar, basta, aceite a salvação dele, ponto! - gritei com todo meu pulmão. - eles te amam!

- eu te amo! - ela gritou no mesmo tom, e então encostou sua testa a minha, era o único contato que tínhamos, já que nossas mãos estavam algemadas para trás. - você já sofreu demais.

- VOCÊ já sofreu demais. - dei ênfase na palavra, e senti as lágrimas desceram pelo meu rosto. - você é tudo que eu penso.

- você foi tudo que eu sempre pensei. - ela chorava também, nos encaramos.

- depois de tanto tempo...

- não podemos morrer aqui...

- não assim. - terminei a frase com um sorriso.

Ouvi um coçar de garganta, era Spandam, ele estava com o caracol dourado na mão, ele sabia que Robin e eu sabíamos o que aconteceria se ele apertasse o botão, sem salvação quando o botão for apertado, marinheiros chegaram, e tudo se torna mais impossível.

- Pare, Spandango! - gritei enquanto sinto os braços de Lucci me envolverem para eu não avançar nele.  - filho da Puta! Deixa a gente em paz.

- agora vê, Nico é um sobrenome amaldiçoado, Filhas do Demônio! - apertei meu maxilar. - as duas irmãs Nico nuca terão um dia de paz enquanto eu pisar na terra.

- Rachel, chega! - Robin disse me fazendo parar de me debater, agora entendi, ela realmente os protegia, era horrível ver minha irmã privada daquilo que deseja, o que aconteceria aqui é a mesma coisa que aconteceu na nossa ilha antiga, perdemos todos aquele dia, Robin não queria perder seus companheiros, ou pior... Me perder. - Você disse que Ohara foi apagada do mapa... - levei o olhar para Robin que tremia inteiramente. - é possível ver humanos num mapa? É assim que vocês veem o mundo, por isso, puderam fazer o que fizeram!

- aquele dia perdemos tudo! - me soltei de Lucci e fiquei ao lado da minha irmã. - e tudo que nos sobrou foi uma a outra! - nos olhamos com um sorriso tristonha. - mas até isso vocês conseguiram tirar de nós, tiraram o direito de vivermos juntas. - me aproximei de Spandam que se distanciou. - estão tirando algo de nós novamente, estão tirando algo da Nee-San novamente, estão fazendo ela chorar novamente... Eu não gosto! - olhei para a mão de Spandam, e cai de joelhos. - não estrague a vida dela novamente!

- gostei! É a primeira vez que se curva pra mim, implorando pela vida de meros desconhecidos. - Spandam estava com um sorriso superior no rosto, e aquilo me deixava com raiva.

- Há 20 anos atrás, tudo foi tirado da Robin, eu era um bebê, mas... Ela sofreu, tiraram a nossa mãe... Nosso lar, nossa ilha, nossas liberdades. - me levantei e olhei para baixo, diretamente para o Mugiwara. - Robin ficou sozinha, com um bebê para cuidar e dá comida durante 10 anos. - Todos os companheiros de Robin estavam surpresos, com certeza não sabiam que ela tinha uma irmã. - Mugiwara. - em sinal de respeito eu me curvei para o garoto. - muito obrigada! Á todos vocês, vocês trouxeram a Robin que eu não tive o prazer de conhecer de volta.

- Já chega! - Robin gritou me assustando. - eu morrerei hoje! - ela disse relutante, estava claro, aquilo não era o que ela queria.

- vejam esse símbolo pirata idiotas! - Spandam apontou para a bandeira que estava ali pendurada, ele me irritava tanto, nunca quis tanto matar alguém. - esse símbolo representa a união de 170 nações, percebem o quão impotentes vocês são perante dele? Percebem o quão forte é a organização que persegue essas mulheres? - mordi meu lábio inferior, aquilo era verdade.

- eu sei bem quem é o inimigo da Robin, vamos salvar as duas. - Luffy disse quase inativo, fiquei surpresa por ele me incluir. - Sogeking! - Luffy chamou pelo companheiro de máscara que ali estava. - senta o dedo na bandeira! - o atirador assentiu, e apontou seu estilingue para a bandeira, em um segundo a bandeira pegou fogo.

- seu capitão é bem rebelde, não? - brinquei com Robin que estava assustada ao meu lado, Monkey D Luffy acabou de declarar guerra ao governo, e ganhou minha admiração e respeito.

- vem pro pau! - Luffy gritou, e Spandam ficou assustado, esse vagabundo é apenas um ratinho em meio a Pitbull, os Pitbull protegem ele, claro, enquanto os Mugiwaras são gatos caçando sua presa. - Robin! - Robin olhou para Luffy, e eu também. - ainda não escutamos! Diga que quer viver! - olhei para minha irmã que chorava, dei um sorriso, quando ela se tornou tão mole? As coisas não são como antes, tenho certeza, a minha irmã... Ela está diferente, e isso me orgulha pra caramba.

- Robin! - ela olhou para mim e eu abri um grande sorriso. - fale o que você quer!

- o que eu quero? - ela perguntou, e eu assenti, pela primeira vez a escolha era a dela, Robin queria viver, a minha irmã tinha encontrado amigos por quem queria lutar e dá a vida, isso é tão... Incrível!

- filhas do Demônio é o caralho! - gritei rindo, Spandam me olhou com ódio e medo. - Robin, se junte aos seus companheiros! - gritei e então Robin chorou mais do que antes.

- Eu quero viver! - Robin gritou com todas as forças, e então eu sorri mais ainda. - levem-me para o mar com vocês!

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