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#Análise Politica
clacouto · 1 month
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Revolução dos Cravos: 50 anos | com João Paulo Avelãs Nunes | 224
Neste último 25 de abril completaram-se 50 anos da Revolução dos Cravos, que instaurou em Portugal, pela primeira vez, uma democracia.  Além de derrubar a mais longeva ditadura da Europa Ocidental – o Estado Novo português –, o Movimento das Forças Armadas (MFA) inaugurou a terceira onda de democratização. Em seu âmbito ocorreram as transições à democracia noutros países do sul da Europa…
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antoniodatsch · 2 months
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ntgospel · 2 months
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Ato petista em Lisboa: Desmobilização histórica
Confira a novidade em https://ntgospel.com/noticias/politica/ato-petista-em-lisboa-desmobilizacao-historica
Ato petista em Lisboa: Desmobilização histórica
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Em contraste com a expressiva mobilização no ato de Bolsonaro (750 mil pessoas), o PT reúne apenas 26 manifestantes em Lisboa, evidenciando uma desmobilização histórica em um evento da sigla.
Motivações
O protesto reivindicava a defesa da “democracia”, posicionando-se contra a anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023, em prol do povo palestino e em memória dos 60 anos do golpe militar de 1964.
Isolamento política
Sem a participação do presidente Lula e de membros do governo, o ato em Lisboa representou o menor da mobilização “Ditadura nunca mais”, evidenciando o isolamento político do PT neste momento.
Desmobilização geral
Segundo o Gospel Prime, as manifestações do PT registraram baixa adesão em diversas cidades brasileiras, corroborando a desmobilização histórica da sigla. Imagens publicadas pelo próprio partido em suas redes sociais comprovam a falta de engajamento popular.
Análise
O contraste entre a baixa adesão ao ato do PT em Lisboa e a grande mobilização no ato de Bolsonaro evidencia a perda de capital político do PT junto à população.
A ausência de Lula e membros do governo reforça a percepção de isolamento político da sigla.
A desmobilização em outras cidades brasileiras indica um problema estrutural de engajamento do PT com sua base.
Considerações
A desmobilização histórica do PT em Lisboa e em outras cidades brasileiras é um sinal preocupante para a sigla, que precisa reavaliar suas estratégias de mobilização e comunicação para recuperar a conexão com a população.
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ocombatente · 3 months
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POLITICA & MURUPI
  SABE AQUELA HORA EM QUE A GENTE PARA E PENSA SE VALE A PENA? Sabe aquela hora em que você ouve a história sobre o erro médico que causou a morte do paciente ou sobre o prédio que desabou por erro de cálculo e você pensa sobre a falta de qualificação técnica dos dois e imagina o que pode ser feito para consertar o estrago? No caso do prédio pode-se pensar em material ruim e no caso do médico nas tais “intercorrências”. Mas e se o caso for um erro judicial? Esta semana a ONG Innocence Project depois de se debruçar sobre um processo judicial que ao final condenou a 47 anos de prisão Francisco Mairlon Aguiar como partícipe da chacina de um juiz do TSE, junto com a esposa e empregada num caso rumoroso em 2009. A justiça em Brasília agiu bem rápido e Francisco ainda está preso, mas não deveria, segundo diz a ONG depois da análise de 16 mil páginas e vídeos do processo. O caso nos leva a refletir sobre o sistema de investigação, devido processo legal e responsabilidade objetiva do agente público (Ver MP 966 de maio de 2020). A indenização neste caso irá recair como soe sobre a sociedade e se tudo correr como dantes, nada será apurado e zéfini! Sabe aquela hora em que você pensa sobre erro judicial e faz uma analogia com o erro do médico e do engenheiro e descobre que um bacharel em direito ou advogado pode causar prejuízos nas mesmas proporções? O caso envolve figuras da Suprema Corte. Sêo Fachin anulou em 8 de março de 2019 as condenações impostas pela Justiça Federal do Paraná a Sêo Lula pela Lava jato e em 15 de abril por 8 votos a 3 a corte engatou uma ré no processo e disse que Curitiba só poderia julgar casos da Petrobrás. Porteira aberta! Como os processos contra Sêo Lula foram anulados, Sêo Toffoli ficou com a tarefa de fazer o aceiro e tacar fogo na mata. Os custos financeiros processuais da Lavajato foram jogados fora em ações recorrentes da corte e chegou a hora de passar pano em empresas e figuras como Sêo Cabral – 400 anos de prisão – para que o Brasil melhore a percepção sobre a corrupção no país. Se não deu certo é porque diz Sêo Gilmar “a questão exige exame mais aprofundado, a fim de evitar conclusões precipitadas”. O STF tem poucos juízes de carreira. Logo analogia com erros de engenheiros e médicos que estão a anos luz dos advogados em termos científicos fica prejudicada e restam os extraordinários prejuízos aos cofres públicos que se não matam o cidadão, prejudicam sobremaneira os serviços que deveriam ser prestados por obrigação e transparência visto que o pagador de impostos fez sua parte. Sabe aquela hora em que você puxa o extrato bancário e descobre que uma dívida enorme foi paga e que a sua conta engordou e você já faz planos de viajar, trocar de carro, recauchutar os predicados da patroa numa clínica estética e tirar 15 dias de férias pescando? E se de repente você descobrir que foi tudo um erro, que aquela maldita dívida vai continuar nas mãos do seu advogado, que você ainda vai penar para receber, correndo o risco de não ver nenhum centavo e pior, depois de ter visto o saldo bancário tão gordinho? É dureza, mas “o que dá pra rir dá pra chorar” e seu devedor deve estar rindo pois a justiça recuou da própria decisão que lhe era favorável e ordenou que o banco estornasse os valores creditados. Se você acha que isso é impossível de acontecer, garanto que não e assim como eu garantem também os dirigentes da J&F, da Novonor (ex-Odebrecht) e o autor da canetada que moeu a Lava jato. Lembram que o Brasil já havia depositado em seu cofrinho uma grana preta surrupiada do país por corruptos e corruptores? Lembram da figura simpática que de maneira franciscana reformou o triplex e o sítio de um importante figurão da república, o Sêo Léo Pinheiro? E ele cantando “mamãe eu quero” - é carnaval -, disse que se deram para J&F e Odebrecht a OAS tá dentro e a Lava jato “sifu”! 4-Sabe aquela hora em que você imagina que o ideal seria ter algum seguro como esses de carro, para cobrir eventuais prejuízos em casos de sinistro? E se esse tal sinistro for mais previsível que natal no mês de dezembro e for mais inevitável que pagar imposto ou morrer? Pois é, eu me senti assim depois de ler a notícia que o Ministério Público Federal (MPF) decidiu arquivar inquéritos que investigaram o governador Ibaneis Rocha que chegou a ser afastado por dois meses do governo do DF, cargo para o qual acabara de ser reeleito em primeiro turno. Junto foi preso o ex-secretário de Segurança Anderson Torres, ambos em razão do fuzuê do 8 de janeiro. Anderson inclusive estava fora do Brasil na data do fuzuê. Falei de seguro porque a conta vai chegar a nós. Possivelmente e com razão, os dois devem ir à justiça buscando a indenização pelo constrangimento causado, pelos danos morais e materiais visto que como se supunha e como tudo levava a crer à época, eram inocentes. E isso é só o começo do que está sob o tapete na sala da justiça. Os presos naquele dia, dizem os dados da supimpa corte, foram 1.430 pessoas na primeira leva e dentre elas o Clezão morto na Papuda. E nós vamos pagar essa conta e continuar aplaudindo a eficiência e a eficácia da justiça que salvou a nossa tenra democracia relativa. O ÚLTIMO PINGO Sêo Dino passou o bastão para o Sêo Lewandowski na presença de um seleto público comprometido com a justiça e a segurança do povo brasileiro, como os ex-presidentes Collor e Sarney. Quanta ironia. O chefe dos dois, Sêo Lula, aproveitou para deitar falação e afinar o discurso sobre o crime organizado. Ouvir Sêo Lula falar que o crime organizado está presente em toda estrutura da sociedade e que estão roubando dinheiro público foi impagável. O estranho é a nova ideia disseminada pelo governo de que é preciso humanizar os pequenos crimes. É claro que tenho ideia diferente, mas tenho medo de entrar nesta conta dos dirigentes brazukas revelando o que eu penso. Nesses tempos bicudos do Brasil pensar pode dar cadeia e como tem ensinado o Zé de Nana, “quem não sabe conversar é minhó calá”. Calei. PONTO FINAL Em algumas cadeias ainda estão os presidiários remanescentes do 8 de janeiro. Em casa outros com as tornozeleiras eletrônicas e nas ruas, com anuência do Judiciário, ladrões, homicidas, criminosos de diversos tipos e (des)qualificações, alguns tidos e tratados com desvelo pela “tchurma do tadin deles” como “vítimas da sociedade” que receberam desde ontem o “liberaí mano” para cometer mais crimes com o primeiro saidão do ano. Ontem em Brasília 1.853 presos foram liberados para brincar o carnaval. Read the full article
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jornale · 6 months
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#ensinomedio #auxilio #alunos #camaradosdeputados #senado #politica #brasil #baixarenda #educacao #news #noticias #jornale
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avozdotempo · 1 year
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Para criticar o marxismo eu tenho que ler a obra de Marx, não completamente, mas o bastante para entender, além de ver a opinião de especialistas. Um dos maiores contrapontos ao pensamento de Marx é o pensamento de Adam Smith, considerado o pai do liberalismo econômico, se eu crítico Marx, é interessante ler ou entender sua obra também. Por qual motivo devemos ver dois pontos distoantes? Para fundamentar o pensamento crítico. A História infelizmente está sofrendo um grande ataque por vários lados, impulsionado pelo sentimento de que "meu vô viveu essa época e sabe o que foi!" Hoje todo mundo tem uma opinião sobre conteúdo de História porque parece algo simples e em alguns casos algo próximo quando algum familiar diz ter vivido, mas é por isso que esse post foi feito. Uma informação nunca é tão simples! Uma análise bem embasada é primordial, pois sempre há dois lados de uma verdade, vejamos um contexto de guerra, para os homens pode ser algo valoroso, patriótico, épico e memorável, mas para muitas mulheres pode ser fome, frio, choro dos filhos, desespero e medo do futuro. É claro, isso pode variar e é nesse ponto que entra o papel do Historiador para realizar uma análise contextualizada e que passará pela análise de pares na academia. É muito fácil alguém dar uma opinião sobre algo histórico, é algo até muito bom, desde que seja calçado em fontes confiáveis. A História é algo fácil de questionar, dificilmente alguém duvida de uma opinião de um engenheiro, mas no caso do Historiador existe um fator de questões políticas com intencionalidade incentivadas por grupos intolerantes. Debatam, pesquisem, mas acima de tudo procure fontes confiáveis e não tendenciosas. ⚠️ Publicação original de 2021. #busquemconhecimento 🖖🏼 #historia #educacao #estudos #enem #politica #brasil #fatoshistoricos #opiniao #escola #conhecimento #polemica #marx #adamsmith #economia #aula #guerra https://www.instagram.com/p/Cpd7Gyct_FL/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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rickmantovani · 1 year
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https://gazetabrasil.com.br/mundo/2023/01/26/crise-politica-na-bolivia-oposicao-faz-campanha-por-referendo-para-reforma-do-judiciario/ A população lutando para recuperar seu poder de Decisão! A Justiça vem sendo usada como meio político parcial, sofrendo de Cegueira e audição, mas elevando o tom da Voz contra quem quer que seja, mesmo se for para descumprir a Constituição! Necessário tirar poder de Descondenados indicarem comparsas e despreparados para a côrte Nacional, Só juízes concursados, ilibados, de carreira, com análise da ideologia defendida! #BrazilWasStollen https://www.instagram.com/p/Cn4XlLZutlR/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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tcaldas · 1 year
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O documentário “Varig - A caixa preta do Brasil” é um ótimo exemplo da necessidade de uma gestão financeira eficaz e que leva em consideração os cenários dinâmicos que podem ocorrer. Mostra claramente como a falta de análises de cenários, atenção aos competidores, políticas econômicas e, controle aos custos internos, vão corroendo mesmo empresas gigantes que não se preparam para mudanças. Muitas vezes a “arrogância corporativa” destrói de forma lenta a solidez da organização que, em determinado momento, não consegue mais se recuperar. Controlers e gestores financeiros precisam atuar de forma consistente como “advisors” para direcionar e desenvolver estratégias financeiras sólidas que suportem as empresas nos mais dinâmicos cenários. #empresas #gestão #financas #controladoria #politica #estrategia #cenarios (em Friedrichshafen) https://www.instagram.com/p/CnuljLZIJtN/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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monicacampello18 · 1 year
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Super recomendo o livro “Psicologia das massas e a análise do eu” de Sigmund Freud. Tem tudo a ver com a atual conjuntura política dicotômica. Eu defendo um lado, você defende outro, mas o que de fato está por trás de tudo isso?!. . . . . #dicotomia #politica #política #escolhas #presidente #monicacampello #quartafeira #quarta #bomdia #bomdia🌞 #bom #bomdiaa #leitura #livros #livro #freud #psi #psicologia (em Psicologia) https://www.instagram.com/p/CnjqhU_u7xk/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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jornaldopovao · 2 years
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PL pedirá ao TSE anulação das eleições 2022 O PL, partido de Jair Bolsonaro, vai pedir a anulação das eleições de 2022 ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A sigla de Valdemar Costa Neto trabalha em uma ação, que está sendo finalizada, baseada em duas supostas auditorias sobre as urnas contratadas pelo próprio partido. A informação é do site Antagonista. Um dos relatórios de fiscalização diz que não foi “possível validar os resultados gerados em todas as urnas eletrônicas de modelos 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015”. O documento é assinado por Carlos Rocha, presidente do IVL (Instituto Voto Legal);  Márcio Abreu, vice do instituto e engenheiro eletrônico, e Flávio Gottardo de Oliveira, engenheiro aeronáutico. As análises dizem que houve mau funcionamento das urnas eletrônicas antigas e apontam que estudos estatísticos teriam identificado “interferência indevida nos percentuais de votação dos candidatos”. “Para encontrar evidências de que este grupo de urnas não teria funcionado corretamente, foi realizada uma análise inteligente dos dados contidos nos arquivos Log de Urna de todos os modelos de urna eletrônica, utilizados nas eleições de 2022″, afirma o relatório. A ação do PL ainda vai reclamar da decisão de Alexandre de Moraes, presidente do TSE, que arquivou denúncias da suposta falha em inserções de rádio. A alegação é que houve parcialidade do tribunal. Fonte: DCM #brasil #politica #bolsonaro #eleicao2022 #lula #minasgerais #jornaldopovao #ultimasnoticias https://www.instagram.com/p/Ck_-V56s9Mb/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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terraformer7 · 2 years
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Controle de narrativa e informação: A farsa das "agências de checagem" - Financiadas pela elite
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O mais engraçado é que as agências de checagem quase sempre são ligadas a grandes corporações que querem se blindar ou jornais da velha imprensa decadente como Globo, UOL, Folha e outros jornais que perderam relevância e dinheiro e que agora querem promover uma caça às bruxas, no caso, caça a outros jornais que os substituíram. 
Agência de checagem Aos Fatos é condenada por publicar fake news
https://revistaoeste.com/brasil/agencia-de-checagem-aos-fatos-e-condenada-por-publicar-fake-news/
Ao proferir a sentença, o juiz Diego Diel Barth, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, argumentou que o posicionamento do Google sobre o caso “fez cair por terra” a acusação da Aos Fatos. O magistrado decidiu ainda que a agência de checagem tem de tirar do ar as matérias acusando o jornal.
[...]
Agência de checagem Aos Fatos é condenada a indenizar Oeste
O juiz Marcelo Augusto Oliveira, da 41ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), condenou a agência de checagem Aos Fatos a pagar uma indenização no valor de R$ 50 mil à Revista Oeste por danos morais depois de ter classificado duas reportagens como fake news.
Uma das reportagens censuradas pela Aos Fatos tratava do desmatamento na Amazônia, em julho de 2020, e informava que o número de focos de incêndio na região era menor que na Argentina naquele momento. Oeste usou imagens da Nasa para fazer a comparação.
Justiça condena agência de checagem a indenizar site de direita por acusação falsa
https://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/justica-condena-agencia-de-checagem-a-indenizar-site-de-direita/amp/
Agência que apura “fake news” fabrica “fake news” contra o PCO
https://www.causaoperaria.org.br/rede/dco/politica/agencia-que-apura-fake-news-fabrica-fake-news-contra-o-pco/
Essa é a função de agência com a Lupa, que presta serviço até mesmo para o Tribunal Superior Eleitoral, chancelar de maneira arbitrária, mas de acordo com seus interesses, ou seja, os da burguesia golpista o que é e o que não é verdadeiro, verdadeiro nesse sentido é o que serve aos interesses da burguesia, falso é o que os contrária.
Agências de checagem estão extrapolando os limites, diz jurista
https://revistaoeste.com/brasil/agencias-de-checagem-estao-extrapolando-os-limites-afirma-jurista/
“As agências de checagem estão extrapolando sua função, misturando muita coisa e indo além de uma mera regulamentação, ocasionando em censura”, afirmou o jurista Dircêo Torrecillas Ramos, membro da Academia Paulista de Letras Jurídicas, ao comentar  duas reportagens  da Revista Oeste classificadas como fake news pela Aos Fatos. Na sexta-feira 23, o juiz Marcelo Augusto Oliveira, da 41ª Vara Cível de São Paulo, determinou a  exclusão dos textos da agência de checagem . Na ação, a primeira do gênero no Brasil, ficou provado que elas atuam como controladoras do que é publicado nas redes sociais e em órgãos da imprensa, decidindo o que pode ou não ser lido.
O rosário do Papa, a Agência Lupa e a censura 2.0
https://revistaforum.com.br/blogs/blog-do-rovai/2018/6/13/rosario-do-papa-agncia-lupa-censura-20-42934.html
Análise: Quem checa os checadores quando disseminam fake news?
https://lifestyle.r7.com/patricia-lages/analise-quem-checa-os-checadores-quando-disseminam-fake-news-15082022?amp
Agência de checagem divulga comparativo equivocado de índices de inflação entre Brasil e Argentina e faz afirmação falsa
Dois dias atrás, a Lupa voltou a errar. Desta vez, ao afirmar falsamente que a inflação brasileira é 36% maior que a da Argentina. Em seu Twitter, a Lupa utiliza o índice mensal da Argentina (7,4%) e o compara com o IPCA acumulado nos últimos 12 meses no Brasil (10,07%). Ao comparar um índice mensal com um acumulado de 12 meses, a informação induz o leitor ao erro e ainda faz a afirmação falsa de que a inflação no Brasil é superior à da Argentina. O número real da inflação acumulada na Argentina, para quem quiser checar, é de 71% nos últimos 12 meses, o que é quase sete vezes maior do que a inflação brasileira.
Mas o objetivo desse “ministério da verdade” não seria justamente checar os fatos antes de publicá-los? Ou seria confundir números reais para disseminar desinformação? Não fossem as redes sociais, quem saberia que esses fatos supostamente “checados” não passam de “fake news”? A questão é que quem tem checado os checadores é a própria população, que, por meio das redes sociais, ganhou voz e vez. Porém, essas ditas agências estão trabalhando fortemente junto às redes para ridicularizar e até calar quem as expõem.
A Agência Lupa se define como “um hub de soluções de combate à desinformação por meio do ‘fact-checking’ e da educação midiática”. Trata-se de um braço do Grupo Folha que, assim como outras agências similares, coloca-se como disseminadora da verdade absoluta, mas que já divulgou diversas informações falsas.
Uma delas foi no Dia da Consciência Negra, quando a Lupa divulgou falsamente a origem de diversas expressões da Língua Portuguesa como sendo racistas. Após uma enorme repercussão negativa, em que especialistas, linguistas, professores e educadores confrontaram a informação, a própria Agência postou em seu Twitter: "A publicação tinha erros; demoramos para corrigir e não fomos transparentes".
Outra informação falsa que repercutiu bastante foi a afirmação de que o presidente Jair Bolsonaro “mentiu” ao apontar erro na tradução de uma matéria do jornal espanhol El País para o português no ano passado. Porém Bolsonaro postou em suas redes sociais as duas matérias, nas quais se vê claramente que a versão em espanhol dizia “Bolsonaro anima a los ejecutivos de Davos a invertir en el nuevo Brasil”, e o título em português foi traduzido para “O breve discurso de Bolsonaro decepciona em Davos”. Não é preciso ser fluente em espanhol para perceber que não houve tradução, mas, sim, a criação de uma versão brasileira bem diferente.
Both Judge and Party? An Analysis of the Political Leaning of Fact-checkers
https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=4030887
I provide the first statistical study of political differences between fact-checkers. I collect a comprehensive dataset of articles published by the 6 main French fact- checkers until July 2021 and identify the political affiliation of entities fact-checked. I find that fact-checkers are both less likely to fact-check ideologically close entities and more likely to agree with them. Moreover, fact-checkers with connections with the State fact-check less the party in office. Finally, political differences increase before elections.
[...]
Thus, fact-checkers are relatively less likely to fact-check politicians close to their ideology.
[...]
Both approaches confirm the intuition of Figure 1: fact-checkers are less likely to publish articles concluding that ideologically close entities are wrong.
Invasion of the Fact-Checkers
https://www.tabletmag.com/sections/news/articles/invasion-fact-checkers
Who are you going to believe, the Democratic Party’s new official-unofficial, public-private monopoly tech platform censorship brigade, or your misinformed, disinformed eyes?
[...]
What’s wrong with facts, you say? Fueled by a panic over misinformation, the fact-checking industry is shifting the media’s primary obligation away from pursuing the truth and toward upholding vague notions of public safety, which it gets to define. In the course of this transformation, journalists are being turned into rent-a-cops whose job is to enforce an official consensus that is treated as a civic good by those who benefit from—and pay for—its protection
[...]
Google and Twitter have similar rules to bury posts. In reality, America’s new public-private “Ministry of Truth” mainly serves the interests of the tech platforms and Democratic Party operatives who underwrite and support the fact-checking enterprise.
[...]
Last month,  Instagram placed a warning label  on an American human rights lawyer’s post blaming rising inflation in the United States on “corporate greed.” Certainly not! Independent fact-checkers duly found the statement was “missing context and could mislead people.”
[...]
“Another driving force behind the growth of the fact-checking complex is the necessity of enforcing loyalty to progressive ideas that can’t survive on their own.”
[...]
The IFCN’s initial funding came from the U.S. State Department-backed National Endowment for Democracy, the Omidyar Network, Google, Facebook, the Bill & Melinda Gates Foundation, and George Soros’ Open Society Foundations.
With no formal membership, the IFCN acts as the high body for the dozens of fact-checking organizations grouped under its umbrella that have endorsed its code of principles. According to the organization’s website, its mission is “to bring together the growing community of fact-checkers around the world and advocates of factual information in the global fight against misinformation.”
The IFCN’s fact-checking operation offers something different to all of the various players who directly and indirectly shape its mission. For government officials, it provides a means to outsource both political messaging and the responsibilities of censorship. For technology companies, it’s a method of exercising control over their own regulators by putting them on the payroll. And for journalists, watching their industry collapse and their status erode as the public turns on them, its steady work in one of the media’s only remaining growth fields, as information regulators.
[...]
The pandemic would shine an especially harsh light on the role of fact-checkers as information cops for America’s power elite—and the dangers of that role. Far from identifying “dangerous misinformation,” fact checkers were instrumental in the multipronged effort to suppress inquiries into the origins of the global pandemic that has killed nearly 6 million people. In February 2020, The Washington Post chided Arkansas Sen. Tom Cotton for promoting a “debunked” “conspiracy theory” that COVID-19 had escaped from a lab. In May 2020, the Post‘s Glenn Kessler, who is a member of the IFCN advisory board, said it was “virtually impossible” for the virus to have come from a lab. Those were the facts ... until a year later, when Kessler published a  new article  explaining how the “lab-leak theory suddenly became credible.”
How to understand the epistemological process that could lead a seasoned fact-checker to do a 180 on a matter of utmost public importance in less than a year? The simple answer, which has nothing to do with Kessler’s individual character or talents, is that when it really counts, the fact-checker’s role is not to investigate the truth but to uphold the credibility of official sources and their preferred narratives. Kessler’s mind changed at the very moment when the Democratic Party machinery began charting a new course on an issue that was hurting the party at the polls.
Essa palhaçada começou a crescer no Brasil em 2018, veja o texto: 
Agência Lupa, Facebook e a armadilha mortal da novilíngua
https://www.institutoliberal.org.br/blog/politica/agencia-lupa-facebook-e-a-armadilha-mortal-da-novilingua/
Facebook estabeleceu uma parceria com duas agências verificadoras de notícias no Brasil, prontas a checar diariamente o conteúdo noticioso publicado na rede social. Os perigos de distorções e seletividade nas investidas da caça histérica às “Fake News” já foram exaustivamente denunciados; este é mais um preocupante capítulo dos esforços de implementação dessa agenda internacionalmente.
[...]
Um deles, nosso prezado Rodrigo Constantino,  publicou um vídeo  em que resume muito bem todo o contexto da problemática. Ele ressaltou que a credibilidade dos supostos analistas das notícias “não é muito boa”, pois “são quase todos de esquerda ou extrema esquerda”, com uma linha geral “adotada pela própria rede social”, que “claramente tem um lado, um viés ideológico”.O conteúdo que for julgado “falso”, inadequado, sofrerá penas que incluem a diminuição do seu alcance e a proibição do recurso da página a anúncios de promoção.
A ideia é clara: como tais fiscalizadores serão dificilmente fiscalizados na mesma proporção com que fiscalizam, a adoção de critérios vagos de avaliação das publicações faz com que seja fácil entregar às agências checadoras – “Aos Fatos” e “Lupa” – tudo de que precisam para perseguirem quem quiserem e usarem o poder do Facebook, impossível de ser efetivamente confrontado por outra rede social em pouco tempo (ainda mais tão às vésperas das eleições), para limitar a proliferação do conteúdo de direita e favorecer a do conteúdo de esquerda.
[...]
Queremos modestamente contribuir ressaltando um detalhe curioso, que observamos na rede social da Agência Lupa: o atrevimento, tão próprio das esquerdas, de explorar o malfadado recurso da “novilíngua” orwelliana, a adulteração do significado dos termos, de acordo com as conveniências.
Toda vez que um usuário questionava a Agência Lupa  em sua publicação sobre a nova política do Facebook , recebia a mesma resposta padrão:
“Oi, Fulano. Você teve a oportunidade de ler o conteúdo completo no nosso site? Lá explicamos detalhadamente como irá funcionar. A parceria não levará à censura de conteúdos. Os posts que receberem etiqueta negativa não serão removidos do Facebook. Apenas terão sua distribuição orgânica reduzida de forma significativa. Nos Estados Unidos, onde o produto foi lançado há algum tempo, o mecanismo permitiu diminuir em até 80% o alcance de notícias consideradas falsas por agências de verificação parceiras por lá. Só são removidos do Facebook os conteúdos que violam os Padrões da Comunidade.”
Pergunta sincera: é possível ler uma asneira hedionda como essa e não lançar, no mínimo, a mais veemente suspeição sobre a iniciativa? O que a equipe da Agência Lupa faz aqui é tão-somente pegar a palavra “censura” e brincar com a sua definição.
Que é a censura senão o controle, sustentado em critérios vagos e de conveniência, da circulação de informação ou conteúdo? Que relevância tem se o Facebook irá excluir uma publicação ou massacrar sua circulação, dentro de seu intrincado algoritmo, a ponto de ninguém a ver? Se redigirmos um texto em um papel e ninguém rasgá-lo, mas ao mesmo tempo impedirem de toda forma que seu conteúdo chegue às pessoas, não há censura da mesma forma?
Não há outra maneira de entender o posicionamento da Agência que não seja pela chave do mau-caratismo – caso não dos funcionários, porque não se pode desprezar a hipótese de serem analfabetos funcionais, dos responsáveis por conceber essa estratégia discursiva ardilosa.
Se não podemos ficar apenas esperando que milagrosamente advenha algo de bom disso tudo, é importante que estejamos unidos, mais do que nunca, em vigilância às tentações autoritárias de uns e outros e na proteção dos nossos esforços.
Fato ou Fake: grupo Globo começa checar Fake News
http://www.abi.org.br/fato-ou-fake-grupo-globo-comeca-checar-fake-news/
Jornalistas farão um monitoramento diário para identificar mensagens suspeitas muito compartilhadas nas redes sociais e por aplicativos como o WhatsApp. Participam da apuração equipes de G1, O Globo, Extra, Época, Valor, CBN, GloboNews e TV Globo.
[...]
Também haverá um “bot” (robô) no Facebook e no Twitter que responderá o que é falso ou verdadeiro, caso o assunto já tenha sido verificado pelos jornalistas da Globo. Além disso, por meio de um número de WhatsApp, usuários cadastrados poderão ver os links das checagens realizadas.
G1 lança Fato ou Fake, novo serviço de checagem de conteúdos suspeitos
https://g1.globo.com/google/amp/fato-ou-fake/noticia/2018/07/30/g1-lanca-fato-ou-fake-novo-servico-de-checagem-de-conteudos-suspeitos.ghtml
A velha imprensa está por trás das agências de checagem - tática para sobreviver.
As agências de checagem e o seu papel no fornecimento de informações verdadeiras
https://www.voitto.com.br/blog/artigo/agencias-de-checagem/amp
"A Agência Lupa foi fundada em 2015 e ganhou visibilidade na parceria entre o site da Folha de São Paulo e o UOL.
[...]
Comprova
Comprova é também uma agência de checagem que surgiu através da parceria entre meios de comunicação renomados no Brasil. Entre eles, a Revista Exame, a plataforma Nova Escola e o Estadão verificam a procedência de reportagens e informações.
[...]
Estadão Verifica
Outro site disponível para os usuários possam averiguar se uma informação é falsa ou não, é o Estadão Verifica.
Comprova reúne 42 veículos de comunicação para checar desinformação nas eleições presidenciais
https://politica.estadao.com.br/blogs/estadao-verifica/comprova-42-veiculos-eleicoes-2022/?amp
Meta Journalism Project e Google News Initiative  ajudam a financiar o projeto, e ambas as empresas estão fornecendo suporte técnico e treinamento para as equipes envolvidas
Media Ownership Monitor fala sobre o oligopólio midiático da elite brasileira
Brazil
http://www.mom-gmr.org/en/countries/brazil/
Power in Brazil means family business, both traditionally and to this very day. Dynasties of landowners known as “Colonels” extend their territorial claims to the airwaves, combining economic and political interests with tight control of public opinion. Neither digital technology and the rise of the internet nor occasional regulatory efforts seem to pose a serious challenge to these oligopolies.
The World of Globo
https://brazil.mom-gmr.org/en/findings/concentration/
Hegemony of limitless concentration
Sobre o oligopólio midiático no Brasil.
Oligopólios absurdos:
https://terraformer7.tumblr.com/post/685414309200887808/oligopólios-absurdos
Muitas megacorporações bilionárias dão dinheiro para jornalistas e agências de checagem para se blindar de críticas e cultivar uma imagem positiva de si e dos seus empreendimentos através de financiamentos obscuros, usando esses jornalistas e agências para esconder suas pilantragens e impor suas agendas políticas e sustentar narrativas impopulares, criando a possibilidade de atacar adversários através dessas agências e jornais. É basicamente a criação de uma estrutura jornalística e de checagem de fatos para servir a eles como um escudo e uma espada. Esse é o caso de Bill Gates (dono da Microsoft), um sujeito que tem um histórico bem estranho e recentemente se envolveu com Jeffrey Epstein, um traficante sexual e pedófilo que circulava entre bilionários, atores de Hollywood, intelectuais e políticos. Donald Trump tomou várias pedradas da mídia por suas antigas fotos com o Jeffrey Epstein, já Bill Gates saiu praticamente ileso. Porque George Soros é tão protegido mesmo tendo um modus operandi podre? Porque ninguém fala de megacorporações como a BlackRock? Ou fala a respeito do financiamento de partidos, organizações e jornais que estão a serviço da elite bilionária? Porque será, né? 
Bill Gates financiou jornais e mudou o roteiro de seriados para fazer propaganda de si próprio e dos seus empreendimentos
https://terraformer7.tumblr.com/post/688949938987614208/bill-gates-financiou-jornais-e-mudou-o-roteiro-de
Who is going to Fast Check the Fast Checkers?
https://www.researchgate.net/publication/343962629_Who_is_going_to_Fast_Check_the_Fast_Checkers
The International Fast-Checking Network is a forum for fast-checkers worldwide hosted by the Poynter Institute for Media Studies. The Poynter Institute is largely funded by George Soros´ Open Society Foundations, Google, The Bill and Melinda Gates Foundation, the National Endowment for Democracy, Ebay´s Omidyar Foundation, and others.
[...]
Poynter ́s journalists are funded by George Soros’ Open Society Foundations, The Bill & Melinda Gates Foundation, the National Endowment for Democracy (which has financial links to the State Department), Ebay’s Omidyar Foundation, and Craig Newmark, the founder of Craigslist who donated a massive $1 million to Poynter to create this  ̋anti fake news ̋ mechanism. Craig Newmark is also a Clinton campaign donor. As is George Soros and Bill Gates, both big time supporters of the Clinton Foundation as well as Hillary’s election campaign fund. Another Poynter donor, Ebay founder Pierre Omidyar, is also a massive donor to Clinton, giving millions of dollars to the Foundation.
Danish journalist Iben Thranholm said:
"It gave me goosebumps to hear those names because they have actually a very strong political agenda. It ́s like there are a lot of people who think that it ́s dangerous not to be able to control the media, so to sort out what is supposedly the real news and the fake news is actually a way to control the narrative. So if you want to be in opposition to these political powers then you are going to be censored. Of course this is a kind of censorship. ̋
IFCN (International Fact-Checking Network) recebe dinheiro da elite que quer se proteger.
O próprio IFCN admite isso:
https://www.poynter.org/international-fact-checking-network-transparency-statement/
$1.3 Million in Grants from Omidyar Network, Open Society Foundations Will Expand Poynter's International Fact-Checking Network
https://www.prnewswire.com/news-releases/13-million-in-grants-from-omidyar-network-open-society-foundations-will-expand-poynters-international-fact-checking-network-300481553.html
Fact-Checkers Get $1.3 Million from Liberal Billionaires Soros, Omidyar
https://www.newsbusters.org/blogs/business/aly-nielsen/2017/07/06/fact-checkers-get-13-million-liberal-billionaires-soros
The Omidyar Network is likewise linked to liberal journalism. It was started by ebay founder Pierre Omidyar who also founded The Intercept, a left-wing site that launched ahead of schedule to  publish NSA leaks  from Edward Snowden in 2014.
[...]
But more alarming is Soros’ influence in the media. He gave more than  $103 million  to media organizations between 2002 and 2014. Of that, $61 million went to groups that promoted Clinton’s agenda during the 2016 election.
IFCN and its history of motivated fact checks: An effort by Hillary supporters to regain their failing grip over public discourse
https://www.opindia.com/2021/05/how-ifcn-was-propped-up-to-maintain-leftist-hold-over-public-discourse-fact-checkers/amp/
It is also to be noted that the Poynter Institute, which owns the IFCN, also  owns  the Tampa Bay Times, a media outlet which endorsed Hillary Clinton for the Presidency of the United States of America in 2016.
Tampa Bay Times mostra que é propriedade do Poynter (Poynter que é dono da IFCN [International Fact-Checking Network])
https://company.tampabay.com/our-company
Times Publishing Company is owned by the  Poynter Institute for Media Studies . This unique ownership structure makes the Times one of the few locally owned, fully independent news organizations in the country.
World Economic Forum Publishes Article Calling for Global Censorship Using AI and Human Intelligence
https://www.theepochtimes.com/mkt_app/world-economic-forum-publishes-article-calling-for-global-censorship-using-ai-and-human-intelligence_4660694.html
World Economic Forum Panelist Demands 'Recalibration' Of Free Speech.
https://panatimes.com/world-economic-forum-panelist-demands-recalibration-of-free-speech
Até mais! Fiquem bem.
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globafsm · 2 years
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Fórum Social Mundial: como um espaço educador
O fórum social mundial (FSM) nasceu dentro do contexto dos grandes movimentos antiglobalização do final do século XX, como um espaço educador que se baseia nas metodologias da educação popular. Em resumo, o FSM, nasceu em 2001 na cidade de Porto Alegre, Brasil, com a intenção de não só se opor ao capitalismo de vertente neoliberal mas para propor alternativas ao modelo econômico vigente, que vinha produzindo consequências sociais gravíssimas.
O FSM é caracterizado pelos sociólogos como um espaço aberto para aprendizagem e troca de experiências principalmente de jovens de diferentes partes do mundo, propondo uma nova forma de se fazer politica, um espaço que tem como referência a ideia de rede, estruturada horizontalmente, não possui uma pirâmide hierárquica, de modo a reduzir os pontos de disputa e potencializar a dinâmica do encontro, diálogo e colaboração.
Entre suas atividades, o FSM levanta algumas pautas especificas que são oriundas de pesquisas temáticas e levantamentos, para que a cada edição sejam identificados lutas, problemas, propostas e desafios considerados relevantes á discussão.
O caráter educador do FSM, está ligado ás raízes da tradição da educação popular, que além da sua intencionalidade política, lida com o conteúdo e método. de modo geral o FSM, toma como método a produção de aprendizagens coletivas por meio do diálogo.
O FSM é um espaço aberto ao pluralismo e á diversidade de engajamento e atuações, ou seja, movimentos que não tem um líder, somos nós cidadãos civis que administramos nossas ideias e damos nossas opiniões. Em 2004, quando o evento foi realizado em Mumbai na Índia, asa atividades culturais foram interligadas ás demais atividades, em caráter de educação popular, metodologias, métodos didáticos como filmes, poesias e rodas de conversa reunindo pessoas de diferentes partes do mundo.
Em resumo, essa natureza dos movimentos sociais contemporâneos, em suas características de atuação com mecanismos de emponderamento e construção de conhecimento em defesa dos seus direitos, encontram-se no FSM desde os seus primeiros anos de existência. Um fato interessante ainda em Mumbai, foi a inclusão de setores populares nas discussões, o FSM de 2004 marca a presença da casta mais excluída da sociedade indiana os dalits.
Os espaços de estudo geralmente são caracterizados por atividades que baseadas no cotidiano das lutas individuais e na coletividade, realizando suas análises e impressões a partir da inserção local, regional, nacional ou internacional.
Dessa forma, o FSM representa uma congregação considerável de pessoas, entidades e movimentos que lutam contra a ordem hegemônica do capitalismo contemporâneo que atende aos objetivos do neoliberalismo. o FSM não organiza lutas ou movimentos, apenas potencializa o que existe, aquilo que é construído na diversidade de resistências, e busca combater por meio da educação popular e na integração, injustiças, opressões, exploração e utopias pelo mundo.
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beto1berto-cf88 · 2 years
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Esta análise merece ser conhecida e amplamente divulgada. As recentes decisões, do Sr Ministro, podem abrir um caminho sem volta. #STFeoRiscoDoImpeachment https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2022/06/03/maierovitch-nunes-marques-deu-um-passo-largo-em-direcao-ao-impeachment.htm https://www.instagram.com/p/CeW9YZ4L8n-/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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ocombatente · 3 months
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POLITICA & MURUPI
  SABE AQUELA HORA EM QUE A GENTE PARA E PENSA SE VALE A PENA? Sabe aquela hora em que você ouve a história sobre o erro médico que causou a morte do paciente ou sobre o prédio que desabou por erro de cálculo e você pensa sobre a falta de qualificação técnica dos dois e imagina o que pode ser feito para consertar o estrago? No caso do prédio pode-se pensar em material ruim e no caso do médico nas tais “intercorrências”. Mas e se o caso for um erro judicial? Esta semana a ONG Innocence Project depois de se debruçar sobre um processo judicial que ao final condenou a 47 anos de prisão Francisco Mairlon Aguiar como partícipe da chacina de um juiz do TSE, junto com a esposa e empregada num caso rumoroso em 2009. A justiça em Brasília agiu bem rápido e Francisco ainda está preso, mas não deveria, segundo diz a ONG depois da análise de 16 mil páginas e vídeos do processo. O caso nos leva a refletir sobre o sistema de investigação, devido processo legal e responsabilidade objetiva do agente público (Ver MP 966 de maio de 2020). A indenização neste caso irá recair como soe sobre a sociedade e se tudo correr como dantes, nada será apurado e zéfini! Sabe aquela hora em que você pensa sobre erro judicial e faz uma analogia com o erro do médico e do engenheiro e descobre que um bacharel em direito ou advogado pode causar prejuízos nas mesmas proporções? O caso envolve figuras da Suprema Corte. Sêo Fachin anulou em 8 de março de 2019 as condenações impostas pela Justiça Federal do Paraná a Sêo Lula pela Lava jato e em 15 de abril por 8 votos a 3 a corte engatou uma ré no processo e disse que Curitiba só poderia julgar casos da Petrobrás. Porteira aberta! Como os processos contra Sêo Lula foram anulados, Sêo Toffoli ficou com a tarefa de fazer o aceiro e tacar fogo na mata. Os custos financeiros processuais da Lavajato foram jogados fora em ações recorrentes da corte e chegou a hora de passar pano em empresas e figuras como Sêo Cabral – 400 anos de prisão – para que o Brasil melhore a percepção sobre a corrupção no país. Se não deu certo é porque diz Sêo Gilmar “a questão exige exame mais aprofundado, a fim de evitar conclusões precipitadas”. O STF tem poucos juízes de carreira. Logo analogia com erros de engenheiros e médicos que estão a anos luz dos advogados em termos científicos fica prejudicada e restam os extraordinários prejuízos aos cofres públicos que se não matam o cidadão, prejudicam sobremaneira os serviços que deveriam ser prestados por obrigação e transparência visto que o pagador de impostos fez sua parte. Sabe aquela hora em que você puxa o extrato bancário e descobre que uma dívida enorme foi paga e que a sua conta engordou e você já faz planos de viajar, trocar de carro, recauchutar os predicados da patroa numa clínica estética e tirar 15 dias de férias pescando? E se de repente você descobrir que foi tudo um erro, que aquela maldita dívida vai continuar nas mãos do seu advogado, que você ainda vai penar para receber, correndo o risco de não ver nenhum centavo e pior, depois de ter visto o saldo bancário tão gordinho? É dureza, mas “o que dá pra rir dá pra chorar” e seu devedor deve estar rindo pois a justiça recuou da própria decisão que lhe era favorável e ordenou que o banco estornasse os valores creditados. Se você acha que isso é impossível de acontecer, garanto que não e assim como eu garantem também os dirigentes da J&F, da Novonor (ex-Odebrecht) e o autor da canetada que moeu a Lava jato. Lembram que o Brasil já havia depositado em seu cofrinho uma grana preta surrupiada do país por corruptos e corruptores? Lembram da figura simpática que de maneira franciscana reformou o triplex e o sítio de um importante figurão da república, o Sêo Léo Pinheiro? E ele cantando “mamãe eu quero” - é carnaval -, disse que se deram para J&F e Odebrecht a OAS tá dentro e a Lava jato “sifu”! 4-Sabe aquela hora em que você imagina que o ideal seria ter algum seguro como esses de carro, para cobrir eventuais prejuízos em casos de sinistro? E se esse tal sinistro for mais previsível que natal no mês de dezembro e for mais inevitável que pagar imposto ou morrer? Pois é, eu me senti assim depois de ler a notícia que o Ministério Público Federal (MPF) decidiu arquivar inquéritos que investigaram o governador Ibaneis Rocha que chegou a ser afastado por dois meses do governo do DF, cargo para o qual acabara de ser reeleito em primeiro turno. Junto foi preso o ex-secretário de Segurança Anderson Torres, ambos em razão do fuzuê do 8 de janeiro. Anderson inclusive estava fora do Brasil na data do fuzuê. Falei de seguro porque a conta vai chegar a nós. Possivelmente e com razão, os dois devem ir à justiça buscando a indenização pelo constrangimento causado, pelos danos morais e materiais visto que como se supunha e como tudo levava a crer à época, eram inocentes. E isso é só o começo do que está sob o tapete na sala da justiça. Os presos naquele dia, dizem os dados da supimpa corte, foram 1.430 pessoas na primeira leva e dentre elas o Clezão morto na Papuda. E nós vamos pagar essa conta e continuar aplaudindo a eficiência e a eficácia da justiça que salvou a nossa tenra democracia relativa. O ÚLTIMO PINGO Sêo Dino passou o bastão para o Sêo Lewandowski na presença de um seleto público comprometido com a justiça e a segurança do povo brasileiro, como os ex-presidentes Collor e Sarney. Quanta ironia. O chefe dos dois, Sêo Lula, aproveitou para deitar falação e afinar o discurso sobre o crime organizado. Ouvir Sêo Lula falar que o crime organizado está presente em toda estrutura da sociedade e que estão roubando dinheiro público foi impagável. O estranho é a nova ideia disseminada pelo governo de que é preciso humanizar os pequenos crimes. É claro que tenho ideia diferente, mas tenho medo de entrar nesta conta dos dirigentes brazukas revelando o que eu penso. Nesses tempos bicudos do Brasil pensar pode dar cadeia e como tem ensinado o Zé de Nana, “quem não sabe conversar é minhó calá”. Calei. PONTO FINAL Em algumas cadeias ainda estão os presidiários remanescentes do 8 de janeiro. Em casa outros com as tornozeleiras eletrônicas e nas ruas, com anuência do Judiciário, ladrões, homicidas, criminosos de diversos tipos e (des)qualificações, alguns tidos e tratados com desvelo pela “tchurma do tadin deles” como “vítimas da sociedade” que receberam desde ontem o “liberaí mano” para cometer mais crimes com o primeiro saidão do ano. Ontem em Brasília 1.853 presos foram liberados para brincar o carnaval. Read the full article
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As políticas do lugar de fala – um contraponto
          Um esclarecimento é muito importante antes de iniciar esse ensaio: quando me refiro à “política do lugar de fala”, aqui, não estou falando de protagonismo (que eu defendo com unhas e dentes) e também não estou falando do “conceito de lugar de fala”, ou seja, do entendimento de que construímos nossos discursos a partir da nossa localização em uma estrutura de opressão, com todas as implicações que isso trás.
         Esse entendimento, e é muito importante que isso fique absolutamente claro, não poderia estar mais correto, e eu tenho profundo respeito pelas autoras que o desenvolvem e o defendem, assim como tenho concordância. “Política do lugar de fala” é, nesse texto, um termo usado para se referir especificamente a um uso prático e muito difundido atualmente do “conceito de lugar de fala”, uso esse que considero deturpado e esvaziado, e que considera que a localização na estrutura e tal somente ela é imperativa para determinar se um discurso é ou não legitimo, ou seja, que cria uma hierarquia na discussão de ideias na qual essa propriedade está acima de qualquer outra. Portanto, conforme você lê esse ensaio, se você discordar de um apontamento porque pensa que “isso não é o que o lugar de fala é”, eu peço que antes de qualquer coisa se pergunte se está pensando no conceito ou na politica; porque vou estar, salvo quando explicitamente dito ao contrário, falando da segunda.
          É importante dizer que o foco da minha preocupação não é com os homens individuais que não podem falar por conta dessas políticas, ou, vamos dizer, com seu bem-estar, e não estou dizendo aqui que mulheres feministas estão “oprimindo” homens. Esse absolutamente não é o caso. Afinal de contas, esses homens podem deixar os micro universos onde essa politica está vigente a qualquer momento e sair pelo mundo onde serão ouvidos e legitimados o tempo todo. As minhas preocupações são três; que essa seja uma aplicação tirana do “conceito de lugar de fala” que é fundamentalmente masculinista e inerente à mesma ordem e hierarquia que buscamos destruir; que essa política esteja minando uma atmosfera questionadora e nos custando o debate de liberação das mulheres, assim como ideias e pontos de vista que poderiam ser valiosos para nós; que ela esteja provocando uma série de efeitos colaterais que estamos falhando em identificar.
          Esse texto é uma verborragia de ideias e análises. Vou abrir parênteses pra me aprofundar em muitas delas e sair um pouco do tema principal, pelo que ele pode parecer um pouco confuso. Me esforcei ao máximo para manter uma ordem que faça sentido e que flua. Vou abordar aqui, respectivamente: a minha própria experiência com essa política, porque acredito que ela tenha se tornado tão comum, o que acredito que ela é, quais são suas problemáticas, quais são suas consequências e quais são as minhas proposições pessoais.  Tudo aqui está aberto a discussão, e nenhuma frase pode ser entendida fora do contexto do texto ou, no mínimo, de um parágrafo.
NUM DESPERTAR FEMINISTA
         Embora eu tenha defendido as políticas do lugar de fala por muito tempo, não me lembro de utilizar essa defesa como forma de encerrar discussões em que verdadeiramente me engajei, embora tenha usado disso como deboche muitas vezes. Não é que nunca tenha ouvido de homens coisas que me fariam subir nas paredes, ou que nunca tenha tido dificuldade de explicar racionalmente algo que eu soubesse de forma empírica. Isso aconteceu mais vezes do que posso contar.  
          Essas instâncias passaram a me despertar um ímpeto não de desautorizar o locutor mas de provar que ele estava errado. Eu conhecia a minha realidade de atravessar o mundo como mulher, num corpo de mulher, com uma história de mulher. Eu sabia que o sexismo era uma realidade evitável. Nada disso era intuição, mas sim constatações feitas a partir de experiência e o debruçar sob estudos das ciências sociais.
         O anseio por retrucar um questionamento, na maior parte das vezes, falava mais alto do que o reflexo de me esquivar da questão. E se eu não soubesse respondê-lo, então isso significava que eu precisava repensar minha opinião, fosse para aperfeiçoá-la ou para descartá-la (ainda que lá atrás isso viesse com um sentimento muito amargo de orgulho ferido). Saber respondê-lo, do contrário, não significava ser capaz de satisfazer os critérios do outro e, consequentemente, convencê-lo; o mais importante, para mim, era que eu conseguisse satisfazer os meus critérios, uma dinâmica de debate que Marilyn Frye explicou em Politics of Reality e com a qual me identifico muito. O importante era que eu pudesse, no meu íntimo, sossegar sabendo que não precisaria fugir desse questionamento, qualquer que ele fosse, dentro da minha própria cabeça.  
          Com o tempo, reparei que uma parte importante das minhas próprias opiniões foi moldada no seio dessas discussões. Conversar com essas pessoas, que discordavam radicalmente de mim ou que tinham uma experiência no mundo radicalmente diferente da minha, me obrigou a resolver todas as eventuais pontas soltas e contradições contidas na minha visão de mundo. Esse desafio me obrigava a aperfeiçoar o conjunto das minhas ideias e torna-las mais inteligíveis.  
          Essa foi uma realização difícil porque, no feminismo, estava buscando, devagar e sempre, me referenciar a mulheres e construir a minha intelectualidade junto a elas. Parecia que reconhecer a importância dessas discussões era roubar ou diminuir a importância daquilo que eu vinha construindo unicamente entre as minhas. Demorei a entender que essa realização e essa busca podiam andar lado a lado. A verdade é que continuei a extrair a maior parte da sabedoria e aprendizado das minhas discussões com feministas, e virtualmente poderia ter chegado ao mesmo lugar que estou hoje se tivesse me limitado a essas discussões. Mas teria chegado depois. Dos homens, o que aproveitei foi ora sua vontade de me desprovar, ora a incapacidade natural e recíproca, mesmo do homem mais bem-intencionado, de enxergar o mundo pelas minhas lentes, o que me obrigava a articular aspectos que eu tomava como certos nas minhas discussões com outras mulheres. Em alguns casos, levei também provocações filosóficas que me foram absolutamente úteis. Tudo isso impulsionou o meu pensamento de forma significativa no seio de debates onde essa política não estava em vigor. Como eu poderia defender uma política (política, não conceito!) que ignorava a minha própria experiência? Esse foi o despertar.
UMA TENTATIVA DE EXPLICAR A DIFUSÃO DESSA POLÍTICA
          Eu ainda passei muito tempo apegada às políticas de lugar de fala por motivos, no mínimo, justos. Acredito que muitas mulheres tiveram ou têm motivos parecidos, que explicam em parte sua manutenção. Como mulher, essa política era talvez a única em vigor (ainda que em vigor somente especificamente em discussões feministas em espaços de esquerda) que reconhecia a minha autoridade em um assunto. Era graças a ela que eu podia, pela primeira vez, descansar da necessidade de provar meu domínio de um tema e simplesmente falar sobre ele. Ela deslocava os agentes da opressão a um lugar de ouvinte e/ou aprendiz a qualquer custo. Ela também dava algum sentimento de revanchismo pelos quais muitas de nós compreensivelmente ansiávamos. Era a única resposta a uma ferida e um ressentimento profundo que crescia conforme crescia a minha própria consciência. Na prática, ela podia também desculpar e encobrir a minha incapacidade de traduzir a minha experiência em argumentos convincentes, como uma mãe que intervém numa briga de irmãos e, sem fazer muitas perguntas, dá razão ao filho preferido. Ainda que eu não fizesse uso dela, era bom tê-la ali, e também não me sentia no direito de, mesmo que somente no meu discurso ou imaginário, privar outras mulheres disso.
         Hoje, olhando para trás, acredito que a naturalização dessa política tenha acontecido também por motivos mais obscuros e profundos. Quem debate feminismo por necessidades básicas de sobrevivência e dignidade o faz, primordialmente, buscando a discussão mais produtiva e assertiva possível. Idealmente, não o faz por vaidade, ego ou orgulho. Esses sentimentos têm solos mais férteis para se criarem em círculos, ou no âmago de indivíduos, em que o debate de feminismo é um jogo de quebra cabeças a ser resolvido pela satisfação de solucioná-lo, não porque ao fim do dia alguém pode sair daquele encontro e ser estuprada no caminho pra casa. Veja bem; não estou propondo que isso nunca aconteça naturalmente entre as mulheres, ou que a vaidade, o ego e o orgulho são estritamente masculinos, mas que faz sentido dizer que, no feminismo, um lado pode recair nessas armadilhas com muito mais segurança que o outro. Talvez esse modelo de debate, o modelo da “lacração”, possa ser explicado por isso – que ele tenha ganhado tanto espaço porque a lógica e os sentimentos mais basais na qual ela se ancora permeiem com frequência as discussões masculinas, e nós aprendemos a existir na política observando o macho conduzir suas discussões. Essa é só uma hipótese.
         Pra além disso, no meu caso, e talvez no de outras mulheres, me chamou atenção como a arrogância e o autoritarismo marcantes desse uso eram incompatíveis com a forma como eu abordava minhas outras relações interpessoais que não as políticas. O ambiente político era o único em que eu reproduzia esse tipo de comportamento precisamente porque era o único ambiente em que estava em constante disputa de espaço com os homens e sentia necessidade de copiá-los para ser ouvida, ou mesmo um ambiente em que eles eram o único exemplo para as mulheres (isto é, porque mesmo quando eu usava uma mulher como referência, muitas vezes a referência dela própria eram homens).
         O patriarcado é um sistema de opressão que não é marcado, diferente dos outros, pela segregação da classe opressora e da classe oprimida, mas pelo convívio intimo entre as duas, com criação de laços e de uma intimidade que facilita a subjugação da mulher. É importante para esse sistema que essa relação se dê de forma aparentemente amistosa, e isso é garantido por meio de uma definição cuidadosa e altamente específica dos papéis da mulher e do homem em todas as esferas da sociedade de forma que coexistam e se complementem, mesmo que hierarquicamente. Mas a política – não era para termos chegado lá nunca. Que nós estejamos nesse ambiente é uma derrota para esse sistema. Isso é muito conflituoso e tenso. As mulheres que vieram antes de nós garantiram nosso direito de estar aqui, mas ainda estamos nos acostumando com a ideia, nos adequando e entendendo como se portar, buscando garantir que a nós seja concedido o direito de não só estar aqui como também – imagina só! – sermos ouvidas. Nós temos feito isso, em grande parte, olhando para os homens desse ambiente e copiando-os. De uma certa forma, a implementação dessa política foi, ironicamente, a maneira que as mulheres encontraram de sobreviver aqui – aprendemos a lógica de debater masculina e fizemos dela uma regra contra o próprio homem.
         Por muito tempo eu falhei em enxergar isso porque pensava que essa imitação era, na verdade, uma expressão do meu empoderamento; que conforme eu avançava nos espaços políticos e tomava essa discussão nas minhas próprias mãos, eu ia crescer pra caber no comportamento dos homens nesses espaços. Que eu ia falar alto, bater na mesa e me exaltar e que essas eram demonstrações da minha auto confiança e de como eu era uma mulher que deve ser ouvida. Isso é absolutamente estúpido. Isso também não é pra endossar o coro conservador de que uma verdadeira líder feminina é recatada e reservada, uma mulher firme mas dócil que convence os outros com charme ou outra besteira do tipo. Ambos estão profundamente errados. Uma liderança ou mesmo um coro político feminista não vai se definir pela feminilidade e também não vai se definir pela masculinidade – nós o fizemos por todo esse tempo por uma questão de sobrevivência, de conseguirmos ser ouvidas nesse espaço em que os homens falam grosso e alto. Mas as mulheres não querem sobreviver nos espaços políticos – elas querem existir. A existência feminista rejeita a feminilidade mansa e subjugada e rejeita toda a estupidez masculina da política de debate marcada pela violência e exerbação, uma eterna política do meu é maior que o seu.
         Um modelo verdadeiramente revolucionário descarta esse molde por inteiro e resgata critérios muito mais fundamentais para um espaço de debate político realmente interessado na construção de uma sociedade justa, igualitária e saudável. Não vou me estender nisso agora – vou voltar nisso mais a frente.
O QUE É O QUE É
         Meu ponto com tudo isso é dizer que foi necessário algum nível de frieza para mudar de lado nessa discussão. Eu o fiz porque, no meu entendimento, o feminismo tem sim um caráter de acolhimento importante no seu diálogo enquanto teoria para com seu sujeito – a sensação de lugar no mundo e legitimação que ele proporciona às mulheres que chegam ao movimento é imprescindível para a revolução feminista porque, e isso é algo especifico do patriarcado (e tem a ver com o que eu disse antes, sobre esse ser o único sistema de opressão que não é baseado na segregação das classes opressora e oprimida), as mulheres tem uma dificuldade enorme de se reconhecer como classe. Esse acolhimento naturalmente também valida e alimenta o ego dessas mulheres, e isso não é em si problemático – o que é problemático é se a função do feminismo for reduzida a isso.
         Se ficamos estagnadas nessa fase de acolhimento e nunca avançamos para as partes mais dolorosas e recompensadoras da tomada de consciência feminista, ou seja, se esse acolhimento custa a liberação das mulheres, então ele é um falso acolhimento. Nas políticas do lugar de fala, no entanto, isso estava acontecendo o tempo todo.** **
         No que eu acredito que consista essa política? No meu entendimento essa é, fundamentalmente, uma política de poder. Não um poder sistêmico porque, claro, só opera nesse micro-universo específico dos debates feministas em âmbitos de esquerda, mas, eu diria, um experimento com o poder, com a inversão das estruturas de poder nas políticas de discurso – não sua abolição. Ela (lembre-se: a política, não o conceito!) não busca destruir a lógica dominante que legitima ou não uma mensagem com base no locutor e qual grupo ele pertence, mas do contrário busca realocar os indivíduos nessa mesma lógica. Há alguns anos eu teria lido esse parágrafo que eu mesma escrevi agora e revirado os olhos, pensando, bom, não é a mesma coisa. E é verdade – não é. Não é possível comparar o que o patriarcado faz com as mulheres em uma escala global com o que uma militante faz com um homem numa reunião de coletivo, e se a segunda é uma reação ou uma tentativa de corrigir a desigualdade que a primeira cria, não é justo igualar os dois perpetradores. Mas a lógica por trás desses dois modus operandi é a mesma, independente disso, e ela é igualmente problemática em ambos os casos, porque determina o que pode ser dito não a partir de uma curadoria das ideias colocadas, mas dos sujeitos que falam.
         O que eu vi acontecer foi a aplicação por via de regra dessa política para conservação dos espaços de discussão como ambientes em que os indivíduos objetos da opressão jamais se sentem questionadas pelos indivíduos agentes da opressão (mesmo quando esses questionamentos são justos e saudáveis). Era uma total despolitização do feminismo – o movimento estava sendo reduzido a função acolhedora que descrevi antes e perdendo sua função política para virar um clube da Luluzinha. Uma armadilha liberal.  Essa preservação estava acontecendo por motivos tão fúteis quanto a vaidade de um único individuo, tão justos quanto a ferida aberta das mulheres oprimidas, mas  acontecendo, muito frequentemente, em detrimento da qualidade crítica importante para a nossa liberação.  
         O que eu percebia era que, quando se constrangia o outro com as políticas do lugar de fala, garantia-se o monopólio da discussão. Quando um grupo monopoliza uma discussão, duas consequências são inevitáveis; primeiro, o critério crítico aplicado às conclusões resultantes só pode ser tão rígido quanto o critério crítico do mais rigoroso individuo desse grupo (que pode ou não ser o critério mais rigoroso disponível). Em segundo, essa discussão só pode ser travada a partir de um único locus no mundo, o que agrava aquilo que Chimamanda Adichie chamou de “o perigo da histórica única”. Preste bem atenção no uso das palavras: não estou dizendo que a “narrativa opressora” deve ter tanto espaço nos movimentos sociais quanto a “narrativa do oprimido”, ou que uma narrativa completa deva dar espaço de defesa para os agentes da opressão. Estou dizendo sim que certas proposições que podem ser ricas para o movimento de libertação das mulheres podem emergir de certos tipos de homens e justamente da experiência de navegar o mundo como um homem, acessando espaços exclusivamente masculinos e desfrutando de todos os privilégios que isso traz - é claro, se esse homem for um aliado.
          Quando percebi isso pela primeira vez fiquei tentada a me rebater dizendo que, em debates feministas, as críticas e contribuições mais aguçadas vão sempre partir de mulheres, e que a política do lugar de fala parte dessa certeza funcionado, portanto, como uma ferramenta para silenciar o ruído numa discussão e deixar com que só as ideias importantes passem. Em outras palavras, dizer que filtrar o sujeito é filtrar o conteúdo das ideias. Mas isso simplesmente não é verdade. Não há nenhuma garantia. Se o local que o sujeito ocupa numa estrutura de opressão afeta sua visão de mundo, e isso é uma verdade absoluta, existem também várias outras propriedades individuais que tem um peso tão grande quanto ou mesmo maior ainda. Se não fosse assim, não teríamos mulheres anti-feministas e homens de esquerda que apoiam e pensam o feminismo. Mais que isso; não teríamos feministas inconscientemente liberais e homens de esquerda que por vezes fazem apontamentos cirúrgicos e revolucionários para causa. As outras propriedades individuais são importantíssimas porque, principalmente no campo teórico, são elas que guiam a forma como um indivíduo significa e articula a sua própria experiência, para não falar que um homem e uma mulher que possuem todas as propriedades individuais idênticas, a não ser pelo local de fala,  provavelmente teriam acréscimos diferentes a fazer uma mesma discussão, pelo que calar um dos dois seria empobrece-la.  
         Na verdade, minha experiência diz que essa política faz exatamente o oposto de diminuir o ruído e deixar que só mensagens importantes passem – ela é muito frequentemente empregada como um artificio ao qual recorremos quando, confrontadas com uma crítica aguçada que não conseguimos responder, entramos em pânico. Ela desloca a incompetência do debatedor e diz, “não sou eu que não consigo explicar esse argumento, essa experiência ou rebater esse questionamento; é você que, por ser quem é, está condenado a pensar assim ou jamais conseguiria entender o que eu digo”. Ela é quase um niilismo militante fajuto. Essa reação não vem de um interesse pela liberação das mulheres, mas de um senso de vaidade mesquinho, egoísta que surge muitas vezes quando nossas opiniões são postas em xeque. Ela toma a forma da política do lugar de fala quando o outro debatedor é um homem mas nas discussões entre mulheres feministas ela vem aparecendo de outras maneiras, porque estabeleceu-se que o movimento social é um lugar em que esses sentimentos podem ser cultivados, mesmo que isso tenha sido estabelecido inconscientemente. Essa reação é compreensível, muito humana, mas não é função do feminismo acobertá-la, muito menos tornar seu acobertamento uma política estabelecida, mesmo quando ela parte de mulheres.
O DANO COLATERAL
         Essa política tem uma série de efeitos colaterais, uns mais e outros menos importantes, uns mais e outros menos reversíveis.
         Em primeiro lugar, essa política criou uma atmosfera de medo que desestimulou os aliados de tomarem responsabilidade na questão da libertação das mulheres, porque o receio de estar pisando fora dessa linha tinha se tornado uma preocupação muito central para essas alianças que frequentemente se sobrepunha a todo resto. O temor da resposta, do “cancelamento” que um indivíduo poderia sofrer se desrespeitasse essa política, intencionalmente ou não, estava produzindo um único tipo de aliança que, no melhor dos dias, servia como uma câmera de eco para o que dizíamos, de forma robótica e desengajada. Mas também não se engane – os aliados continuaram a selecionar aquilo que queriam ecoar e decidir onde por seu apoio, influência e dinheiro. A pior parte é que ali era o único lugar que essa preocupação verdadeiramente existia – como o Prof. Wilson Gomes apontou em um de seus escritos, essa mesma política nunca serviu para coibir a fala de masculinistas declarados, homens de direita ou do senso comum. Por ser a política de um micro universo, é preciso que você primeiro escolha adentrar esse micro universo para que ela se aplique a você. Você pode dizer que esse medo não é nada comparado com o medo que as pessoas oprimidas sofrem, e eu vou estar de acordo com você. Mas legítimo ou não, ele existe e está produzindo efeitos reais. Minha preocupação, como eu disse no início do texto, não são homens amedrontados, mas esses efeitos e suas consequências para a liberação das mulheres.
         Outras pessoas talvez digam – o papel do aliado entre nós é ouvir, falar ele fala tão somente entre os seus. Mas como podemos incumbir alguém de propagar um conjunto de ideias que essa pessoa não pode estar confortável pra questionar? Essa é a morte do senso crítico e o autoritarismo mais auto-indulgente possível. Ele diz; somos moralmente superiores e mais qualificados para falar sobre esse tema do que você; a você cabe somente repetir nossas opiniões; se você nos questionar ou questionar as nossas conclusões, entenderemos que está, necessariamente, contra nós.
         Nas redes sociais, especificamente, conforme essa politica se tornava mais e mais corriqueira, ela se consolidou como a politica da preguiça. O senso crítico, a construção coletiva partilhada por cada indivíduo de um entendimento bem estruturado do que era o patriarcado, ele simplesmente desapareceu. O desengajamento das mulheres cujo principal contato com o feminismo se dava online assolou o movimento - esses espaços feministas virtuais faziam as mulheres se sentirem bem, pura e simplesmente, a absolutamente nenhum custo. As mulheres permaneciam neles mas não haviam esforços conjuntos de estudar, pensar, dar continuidade ao trabalho daquelas que vieram antes de nós. Esse aparente avanço do movimento que fez com que muitas mulheres passassem a reivindicar o feminismo não se traduziu numa maior consciência política ou engajamento político das mulheres enquanto classe. Elas já tinham a razão e não precisavam de mais nada (exceto que, como toda mulher vivendo no patriarcado, elas precisavam, sim).
          O efeito colateral dessa política para os próprios indivíduos do objeto da opressão também foi o pior possível. A premissa da qual essa política parte – de que o local do qual o seu discurso parte é o aspecto mais relevante para esse discurso, senão o único – tornou qualquer mulher uma faladora profissionalíssima das questões relativas a opressão. Por um lado, tudo que qualquer mulher falasse passou a ser entendido como feminismo se essa mulher assim quisesse, o que abriu espaço para as maiores armadilhas liberais que já vimos nesse movimento. Do outro lado, ficamos condenadas a falar única e exclusivamente sobre essas questões – afinal, é ali que damos nossas melhores e mais brilhantes contribuições. Sempre. A armadilha de tornar o local de fala a propriedade mais importante de um discurso é que o local do homem branco sempre foi, no imaginário coletivo, um de inteligência, sabedoria e intelectualidade – e, não curiosamente, nos ambientes de esquerda, continuam a ser eles que monopolizam o debate de todos os outros tópicos para além de sexo e raça.
          Por conta desse entendimento, essa política ficou consolidada como A política de retificação dos ambientes de discussão, como se ela desse conta de corrigir todos os desequilíbrios da relação de co-existência de homens e mulheres no âmbito político. Óbvio, essa consolidação está relacionada diretamente ao que eu falei acima; nós só precisamos de retificação no debate de sexo porque esse é o único que vamos travar.  
          Agora, por exemplo, quando um homem age de forma desnecessariamente incisiva e agressiva com uma mulher num debate sobre a revolução cubana, se ele demonstra um paternalismo sutil e impaciente, a mulher muitas vezes sequer tem ferramentas para nomear essa violência, quanto menos um mecanismo de proteção bem estabelecido nesse meio ao qual ela pode recorrer. Ela fica a própria sorte – se conseguir articular, sozinha, seu próprio desconforto e acuamento, entender que aquilo é resultado da violência que sofreu, entender o que é aquela violência, de onde ela vem, para onde ela vai, se sentir segura o suficiente para vocalizar todos esses entendimentos e der a sorte de estar cercada de companheiras e companheiros que compreendam tudo que ela diz e decidam vocalizar seu apoio, ai então, talvez, aquela injustiça pontual será corrigida – o que também não garante que ela vá ser corrigida se isso acontecer de novo amanhã, em uma discussão sobre a revolução russa.
         Nesse sentido, em específico, a política do lugar de fala, que parece, no seu uso no debate de sexo, ser uma política de garra e auto-determinação das mulheres, é na realidade uma armadilha que garante que a mulher permaneça mansa - se a política fosse um almoço de familia, o movimento feminista estaria agora se sentindo muito feliz e poderoso porque os adultos nos deixaram gerir a mesinha das crianças, com seus copinhos de plástico e a faquinhas sem serra.
DAS PROPOSIÇÕES
         Requer um pouco de prepotência escrever um ensaio, mas não pretendo extrapolar isso sugerindo que tenho todas as soluções pro problema que busquei trazer. Também não me sentiria confortável de problematizar uma política como essa sem ser minimamente propositiva. Então, de forma bastante objetiva, queria sugerir alguns caminhos. Meu entendimento é que essa política costuma ser aplicada em seis instâncias diferentes - por vaidade, por ressentimento, por defesa, por falta de conhecimento para rebater um argumento, por inabilidade de articular argumentos a partir de saberes empíricos, pelo entendimento de que o protagonismo esta sendo atacado.
         Para o uso que parte do ressentimento – eu penso que precisamos fortalecer os espaços de acolhimento. Não o que temos visto nos últimos anos, um acolhimento despolitizado, mas sim um acolhimento que parta do significar dessa revolta e do desenvolvimento de maneiras saudáveis de lidar com esses sentimentos. Isso pode significar instrumentalizá-lo, mas ás vezes pode significar uma auto-preservação que pede, ás vezes, um afastamento temporário das discussões mistas.
         Para o uso que vem pela necessidade de defesa e blindagem das mulheres – eu penso que precisamos de politicas mais inteligentes. Precisamos fazer um esforço coletivo da esquerda (mulheres e homens) de destrinchar, dissecar, catalogar os moldes de debate masculinos e nomear tudo que há de tóxico nele, para que quando uma mulher se sinta ameaçada, ela possa identificar essa amea��a e todas as suas implicações, o que não só suaviza o impacto da violência mas facilita sua coibição, e poupa a energia política das mulheres. Essa seja talvez a proposição mais urgente e sem a qual não é possível constranger nenhuma mulher por fazer uso da politica do lugar de fala. Se tiramos a política do lugar de fala sem colocar isso no lugar, o que fica é um vácuo de proteção para as mulheres em espaços absolutamente desiguais. Eu ainda prefiro uma política hipócrita a vulnerabilizar ainda mais as mulheres.
         Pela falta de conhecimento – eu penso que devemos investir o fortalecimento e a disseminação de espaços de formação, no movimento mas também pra fora dele. Isso não significa que todo grupo de feminismo precise estudar livros de 300 páginas sobre conceitos complexos e exaustivos. Isso é frutífero e deve ser estimulado sempre que for possível, mas não é sustentável, ao menos não com consistência, na realidade da maioria das mulheres. Mas significa que precisamos, principalmente as mulheres que tem o privilégio, ora no sentido mais teórico ora no mais corriqueiro da palavra, de ter tempo, acesso à educação, acesso a internet, liberdade de se organizar com outras mulheres, etc, investir parte da nossa energia política justamente na criação de materiais didáticos, sintetizados mas ainda assim críticos. O movimento feminista radical se dedica a isso há anos com a construção de zines, bibliotecas colaborativas, tradução de materiais estrangeiros e muitas outras iniciativas, mas esses esforços ainda podem ter um alcance muito maior se a esquerda como um todo se engajar.
         Pela inabilidade de articular argumentos a partir de saberes empíricos – seu penso que cabem as discussões em espaços exclusivos. Isso começa, primeiro de tudo, na proteção e no fortalecimento desses espaços. Em organizações maiores, esse fortalecimento significa também um apoio financeiro. Em organizações menores, esse fortalecimento perpassa esforços coletivos também dos homens para viabilizar, facilitar e garantir que esses espaços sobrevivam - a titulo de exemplo, isso significa que em algumas organizações os homens vão ter que se responsabilizar inteiramente pelo revezamento da gestão da creche algumas vezes por semana, quando todas as mulheres estarão em reunião e o rodízio não poderá inclui-las.
         Pela necessidade de protagonismo – novamente, o fortalecimento dos espaços exclusivos é fundamental, não só como já apontado acima mas, especificamente no caso do protagonismo, de maneira a reconhecer esses espaços dentro das organizações mistas como espaços importantes de deliberação. Esse reconhecimento precisa se traduzir num poder real desses espaços nas decisões dessas organizações em todos os outros níveis, não só no debate que é claramente de sexo, não só na interseccionalidade dos outros debate com o debate de sexo, mas em absolutamente todos os debates. Isso também colabora para o exercício profundo e frutífero do lugar de escuta entre os homens. Essa necessidade também é honrada por mulheres que se auto-gestionam em organizações exclusivas e por aquelas que escolhem o separatismo como estratégia.
POR FIM
         Tudo é um debate em movimento, principalmente esse tema. Não existem aqui ideias totalmente fechadas, mas espero que algumas delas inaugurem certas provocações. Precisamos re-questionar a base de uma política que estamos solidificando no nosso movimento e entender com muito cuidado sua lógica e consequência. O que está em jogo é a liberação das mulheres - com isso não se brinca.
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avozdotempo · 1 year
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Publicação original de 24 de fevereiro de 2022. ✔️ Russia e Ucrânia - uma breve análise sobre a repercussão imediata para o nosso país. #ucrania #russia #conflito #guerra #historia #politica #russiaxucrania #eua #brasil #diplomacia # paz https://www.instagram.com/p/CpB4RSzNynu/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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