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architectnews · 2 years

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Ten notable projects by Spanish architect Ricardo Bofill

Following the news of Ricardo Bofill's death, we've rounded up 10 stand-out projects created by the Spanish architect over his six-decade-long career.

Bofill was the founder of Ricardo Bofill Taller de Arquitectura (RBTA), which he established in 1963. He passed away on 14 January at the age of 82.

The esteemed architect was famed for his monumental housing projects, which often made use of geometric forms and referenced Mediterranean and Arab architecture.

Read:

Spanish architect Ricardo Bofill dies aged 82

These have proven popular backdrops for movies and music videos, as well as photography series by the likes of Laurent Kronental and Sebastian Weiss.

Alongside housing, Bofill's portfolio spanned public buildings, transport infrastructure and urban design. He created his own office and home from the remains of a cement factory, which featured in Marc Goodwin's photography series spotlighting architecture studios in Barcelona.

Read on for 10 key projects by Bofill:

Walden 7, Spain, 1975

One of the best-known projects by RBTA is Walden 7, a giant terracotta-coloured apartment building in Sant Just Desvern on the outskirts of Barcelona.

Set on the site of a former cement factory, the 14-storey building comprises 450 modular apartments that are linked by footbridges and arranged around courtyards. Their modular design is intended to serve the changing needs of its occupants.

La Muralla Roja, Spain, 1973

La Muralla Roja is a fortress-like apartment building overlooking the Mediterranean sea. Its design nods to North African kasbahs.

The apartments are arranged in a geometric plan, connected by courtyards, staircases and bridges. The predominant bright red finish of the building was chosen to contrast with the surrounding landscape, while some areas are painted blue to blend with the sky.

La Fábrica, Spain, 1975

Built within a dilapidated cement factory on the same site as Walden 7 is La Fábrica, a complex containing the RBTA offices and Bofill's family home.

Bofill's renovation celebrates the original concrete details of the factory but brightens it with green roofs, planted terraces and lush gardens. Its centrepiece is The Cathedral (above) – a large meeting and exhibition space held in the old factory hall that has 10-metre-tall ceilings.

Les Espaces d'Abraxas, France, 1982

Les Espaces d'Abraxas is a monumental complex in Noisy-le-Grand consisting of three apartment buildings. They feature prefabricated stone and cement facades and reference baroque architecture.

The most famous of the three buildings is the Le Théâtre (above), which is a semicircular structure that encloses an amphitheatre. This has been used as a set for Hollywood blockbusters such as The Hunger Games.

Mohammed VI Polytechnic University, Morrocco, 2016

Terracotta-hued buildings arranged around semi-covered arcades define the Mohammed VI Polytechnic University, which RBTA won a competition to design in Ben Guerir in 2011.

Extending over 55 hectares, the university combines teaching facilities with residential units. It takes its cues from Moroccan architecture in cities such as Fez and Marrakech and is geared towards pedestrians.

Castell de Kafka, Spain, 1968

On a hill overlooking Sitges bay is Castell de Kafka, a dark blue apartment building that is built from clusters of cubic volumes that plug into central stair cores.

The cubes contain the apartment living spaces and are lined with flexible partitions that allow occupants to adapt them. According to RBTA, the building is intended to embody the ideas of the experimental British architecture group Archigram.

W Barcelona Hotel, Spain, 2009

One of Bofill's most famed projects of the 21st century is the W Barcelona Hotel, which was designed as part of the renewal and expansion of the Port of Barcelona.

Set on reclaimed land, the sail-shaped hotel is covered in glass skin intended to blend with the sky. Every guest room has views of the sea or city.

Les Arcades du Lac, France, 1982

RBTA's first major project in France was the Les Arcades du Lac, an ensemble of gridded apartment blocks with ornate concrete facades, surrounded by gardens and an artificial lake.

The studio's goal was to create a garden city, which favours pedestrians and hides parking underground. Its most celebrated feature is Le Viaduct (above), a building containing 74 apartments over the lake that nods to castles on bridges in the Loire Valley.

Houari Boumedienne Agricultural Village, Algeria, 1980

In 1980, RBTA completed a village for the government in Algeria. Located in the semi-desert area of Abadla, it was intended to encourage agriculture in the area.

The development comprises family homes arranged around courtyards and a large central square that serves as a marketplace. It is completed with the studio's trademark geometric forms, which draw on both Arab and Mediterranean architecture.

Meritxell Sanctuary, Andorra, 1978

Following a fire that devastated the ancient Romanesque Sanctuary of Meritxell – a chapel on a mountainside in Andorra – Bofill's studio was tasked with restoring the site.

The replacement features stone and slate walls that are animated by white arches. According to the studio, the redesign references Romanesque imagery to honour the original structure.

The imagery is courtesy of Ricardo Bofill Taller de Arquitectura.

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#Architecture – Dezeen

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herederosdelkaos · 2 years

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Hospital, 29 poemas de un noviembre que se rompió', de Mario Dux Castel

La Literatura y el Arte no han sido extraños a la vida de Mario Dux, quien nace en la Cd. de México en el año del 1971, a la edad 12 años inicia su actividad leyendo autores como Kafka, Poe y Baudelaire, quienes le sirven de inspiración para escribir cuentos cortos y poemas breves. Bajo éste marco en el año de 1989 se une a la banda Post-Punk:” Ninguna me mira”, con lo que da rienda suelta a su inquietud musical. Para 1991 enfoca su trabajo al quehacer literario, generando una significativa producción.

#literatura #cultura #poesías

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cunhacruz2 · 4 years

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Poder sobre a vida, potência da vida

Por Peter Pál Pelbart. Publicado originalmente na revista Lugar Comum nº 17, pp. 33-43. Para acesso integral, clique aqui.

O Império contemporâneo, diferentemente do Império chinês do conto de Kafka, já não funciona na base de muralhas e trincheiras, e os últimos acontecimentos demonstraram cabalmente a falência da lógica da fortaleza. O Império se nomadizou completamente. Ou melhor, ele é a resposta política e jurídica à nomadização generalizada. Ele mesmo depende da circulação de fluxos de toda ordem a alta velocidade, fluxos de capital, de informação, de imagem, de bens, mesmo e sobretudo de pessoas . Claro que nem tudo circula da mesma maneira por toda parte, e nem todos extraem dessa circulação os mesmos benefícios. O novo capitalismo em rede, que enaltece as conexões, a movência, a fluidez, produz novas formas de exploração e de exclusão, novas elites e novas misérias, e sobretudo uma nova angústia - a do desligamento. O que Castel chamou de desfiliação, e Rifkin de desconexão. A ameaça de ser desengatado - sabemos que a maioria se encontra nessa condição, de desplugamento efetivo da rede. O problema se agrava quando o direito de acesso às redes, como o diz Rifkin (e agora trata-se não só da rede no sentido estrito, tecnológico e informático, mas das redes de vida num sentido amplo) migra do âmbito social para o âmbito comercial. Em outras palavras: se antes a pertinência às redes de sentido e de existência, aos modos de vida e aos territórios subjetivos dependia de critérios intrínsecos tais como tradições, direitos de passagem, relações de comunidade e trabalho, religião, sexo, cada vez mais esse acesso é mediado por pedágios comerciais, impagáveis para uma grande maioria. O que se vê então é uma expropriação das redes de vida da maioria da população pelo capital, através de mecanismos cuja inventividade e perversão parecem ilimitadas.

Mas não deveríamos deixar-nos embalar por um determinismo tão apocalíptico quanto complacente. Parafraseando Benjamin, seria preciso escovar esse presente a contrapelo, e examinar as novas possibilidades de reversão vital que se anunciam nesse contexto. Pois nada do que foi evocado acima pode ser imposto unilateralmente de cima para baixo, já que essa subjetividade vampizada, essas redes de sentido expropriadas, esses territórios de existência comercializados, essas formas de vida visadas não constituem uma massa inerte e passiva à mercê do capital, mas um conjunto vivo de estratégias. A partir daí, seria preciso perguntar-se de que maneira, no interior dessa megamáquina de produção de subjetividade, surgem novas modalidades de se agregar, de trabalhar, de criar sentido, de inventar dispositivos de valorização e de autovalorização. Num capitalismo conexionista, que funciona na base de projetos em rede, como se viabilizam outras redes que não as comandadas pelo capital, redes autônomas, que eventualmente cruzam, se descolam, infletem ou rivalizam com as redes dominantes? Que possibilidades restam, nessa conjunção de plugagem global e exclusão maciça, de produzir territórios existenciais alternativos àqueles ofertados ou mediados pelo capital? De que recursos dispõe uma pessoa ou um coletivo para afirmar um modo próprio de ocupar o espaço doméstico, de cadenciar o tempo comunitário, de mobilizar a memória coletiva, de produzir bens e conhecimento e fazê-los circular, de transitar por esferas consideradas invisíveis, de reinventar a corporeidade, de gerir a vizinhança e a solidariedade, de cuidar da infância ou da velhice, de lidar com o prazer ou a dor? Mais radicalmente, impõe-se a pergunta: que possibilidades restam de criar laço, de tecer um território existencial e subjetivo na contramão da serialização e das reterritorializações propostas a cada minuto pela economia material e imaterial atual? Como reverter o jogo entre a valorização crescente dos ativos intangíveis tais como inteligência, criatividade, afetividade, e a manipulação crescente e violenta da esfera subjetiva? Como detectar modos de subjetivação emergentes, focos de enunciação coletiva, territórios existenciais, inteligências grupais que escapam aos parâmetros consensuais, às capturas do capital e que não ganharam ainda suficiente visibilidade no repertório de nossas cidades?

Há alguns anos no Brasil eram visíveis configurações comunitárias diversas, ora mais ligadas à Igreja, ora ao Movimento dos Sem-Terra, ora às redes de tráfico, ou provenientes de movimentos reivindicatórios e estéticos diversos, como o hip-hop, ou modalidades de 'inclusão às avessas' proporcionado pelas gangues de periferia, mantendo com as redes hegemônicas graus de distância ou enlace diversos. Eu não saberia dizer o que está nascendo hoje nos centros urbanos brasileiros, muito menos nas demais cidades do planeta. Mas há um fenômeno que me intriga, entre outros. No contexto de um capitalismo cultural, que expropria e revende modos de vida, não haveria uma tendência crescente, por parte dos chamados excluídos, em usar a própria vida, na sua precariedade de subsistência, como um vetor de autovalorização? Quando um grupo de presidiários compõe e grava sua música, o que eles mostram e vendem não é só sua música, nem só suas histórias de vida escabrosas, mas seu estilo, sua singularidade, sua percepção, sua revolta, sua causticidade, sua maneira de vestir, de "morar" na prisão, de gesticular, de protestar, de rebelar-se - em suma, sua vida. Seu único capital sendo sua vida, no seu estado extremo de sobrevida e resistência, é disso que fizeram um vetor de existencialização, é essa vida que eles capitalizaram e que assim se autovalorizou e produziu valor. É claro que num regime de entropia cultural essa "mercadoria" interessa, pela sua estranheza, aspereza, visceralidade, ainda que facilmente também ela possa ser transformada em mero exotismo étnico de consumo descartável. Mas a partir desse exemplo extremo e ambíguo, eu perguntaria, também à luz dos nômades de Kafka a quem me referi no início, se não precisaríamos de instrumentos muito esquisitos para avaliar a capacidade dos chamados 'excluídos' ou 'desfiliados' ou 'desconectados' de construírem territórios subjetivos a partir das próprias linhas de escape a que são impelidos, ou dos territórios de miséria a que foram relegados, ou da incandescência explosiva em que são capazes de transformar seus fiapos de vida em momentos de desespero coletivo.

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fabioferreiraroc · 4 years

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20 livros obrigatórios para ler antes dos 50

A Revista Bula elencou em uma lista 20 livros que todos deveriam ler antes de completar 50 anos. As obras escolhidas são marcos da literatura e abordam temas como envelhecimento, escolhas, arrependimentos e morte. As sinopses foram adaptadas das originais, divulgadas pelas editoras.

A Revista Bula elencou em uma lista 20 livros que todos devem ler antes de completar 50 anos. As obras escolhidas são marcos da literatura clássica e contemporânea, e abordam temas como envelhecimento, escolhas, arrependimentos e morte. Os protagonistas, independentemente da idade, fazem reflexões profundas e sábias sobre a passagem do tempo. Entre os livros selecionados, estão títulos como “A Morte de Ivan Ilitch” (1886), de Lev Tolstói; “A Redoma de Vidro” (1963), de Sylvia Plath; e “Homem Comum” (2007), escrito por Philip Roth. As sinopses foram adaptadas das originais, divulgadas pelas editoras. Os títulos estão organizados de acordo com o ano de lançamento: do mais antigo para o mais recente.

Memórias do Subsolo (1864), de Fiódor Dostoiévski

Considerada uma obra precursora do existencialismo e da psicanálise, “Memórias do Subsolo” apresenta as memórias de um homem aposentado que vive em São Petersburgo. Esse protagonista, que não menciona o próprio nome em nenhum momento, é um sujeito amargo e isolado. Na primeira parte do romance, “O Subterrâneo”, tenta envolver e comover o leitor com hipóteses sobre si mesmo, alegando ser uma pessoa de bem, que procura um motivo para dar sentido à vida. Na segunda parte, intitulada “A Propósito da Neve Derretida”, narra, numa espécie de “fluxo de consciência”, as duras lembranças de situações em que foi encurralado e humilhado pelos discursos de uma sociedade opressora.

Oblómov (1877), de Ivan Gontcharóv

Iliá Ilitch Oblómov é um rico senhor de terras que não sai do sofá e passa os dias admirando o teto e fazendo planos que nunca põe em prática. Embora tenha muitos e graves problemas, principalmente relativos à sua fazenda, ele não age, pois a simples ideia de deixar sua poltrona lhe causa angústia. Apesar de ser jovem, sua vida transcende entre uma refeição e outra, cochilos e algumas visitas ocasionais que trazem notícias do mundo, pelas quais Oblómov não demonstra interesse. Nem a paixão por Olga Sergueievna, que fez de tudo para ajudá-lo, foi capaz de arrancar Oblómov da inércia. Pela figura do protagonista, o autor quis retratar a elite russa às vésperas do fim da servidão.

A Morte de Ivan Ilitch (1886), de Lev Tolstói

Nesta novela, Tolstói narra a história de Ivan Ilitch, um juiz de instrução que, após alcançar uma vida confortável, descobre que tem uma grave doença. A partir daí, ele passa a refletir sobre o sentido de sua existência e percebe que poucos momentos que viveu realmente tiveram significado e que seu desempenho durante a vida foi superficial, tanto no trabalho quanto nas relações sociais. Preso ao leito, diante da morte iminente, o juiz tem a oportunidade de meditar sobre sua vida, algo que as preocupações corriqueiras o impediram de fazer antes. Ivan Ilitch quer morrer para dar um fim à dor, mas seu instinto de sobrevivência insiste em fazê-lo lutar pela vida.

O Castelo (1926), de Franz Kafka

O agrimensor K. chega a uma aldeia coberta de neve e procura abrigo num albergue perto da ponte. Ele foi chamado para prestar seus serviços num castelo ali perto. No dia seguinte o herói vê, no pico da colina gelada, o castelo: como um aviso sinistro, bandos de gralhas circulam em torno da torre. No entanto, K. nunca consegue chegar até o alto, os donos do poder não permitem que o faça. Em vez disso, o suposto agrimensor recorre aos moradores da vila, para que o ajudem a entrar em contato com os funcionários do castelo. Enquanto espera, ele aceita trabalhar na aldeia, imerso em um ambiente de indiferença, burocracias e dificuldades.

O Lobo da Estepe (1927), de Hermann Hesse

Harry Haller acredita que sua integridade depende da vida solitária que leva em meio às palavras de Goethe e as partituras de Mozart: um intelectual próximo aos 50 anos, tentando equilibrar-se à beira do abismo dos problemas sociais e individuais, ante os quais a sua personalidade se torna cada vez mais ambivalente. Haller sente um permanente mal-estar, cuja fonte é sua inadequação à sociedade e à vida burguesa. Ele aluga um quarto na casa de uma senhora, onde pretende se isolar e se matar quando fizer 50 anos. Mas, ao conhecer Hermínia, Maria e Pablo; Haller embarca em uma viagem de autoconhecimento que pode levá-lo à redenção.

O Amanuense Belmiro (1937), de Cyro dos Anjos

Em “O Amanuense Belmiro”, Cyro dos Anjos constrói um diário íntimo de um burocrata belo-horizontino de 28 anos, amanuense (copista) do Ministério da Agricultura. Ele narra suas lembranças e situações cotidianas, num período que se estende do carnaval de 1935 até o do ano seguinte. Belmiro mantém uma paixão platônica por Carmélia Miranda, uma bela jovem da alta sociedade, que acaba se casando com um médico conceituado. Passam pelo dia a dia do amanuense outros personagens e amigos, como a atraente Jandira, o anarquista Redelvim, o filósofo católico Silviano e o seu colega de repartição Glicério. Com essa obra, Cyro dos Anjos foi comparado a Machado de Assis e entrou para o panteão dos maiores escritores brasileiros.

Nada (1945), de Carmen Laforet

Andrea é uma jovem órfã e solitária que se muda para Barcelona para morar na casa da avó e cursar a faculdade de Letras. Ela chega à cidade cheia de expectativas, mas a realidade a assusta logo no primeiro dia. O cenário logo após a Guerra Civil Espanhola é desolador. Os familiares, empobrecidos, amontoam-se em uma casa decadente e discutem incessantemente por motivos mesquinhos. Na faculdade, ela tem poucos conhecidos e vive num clima de falsas aparências, em que as pessoas escondem suas verdadeiras intenções. Em meio a escândalos e intrigas, Andrea terá de aprender a viver e a encontrar a felicidade sozinha.

O Túnel (1948), Ernesto Sabato

A trama é iniciada com a confissão de um assassinato. O artista plástico Juan Pablo Castel revela ter matado María Iribarne, mulher por quem cultivava uma estranha obsessão, a única que fora capaz de compreender um quadro seu. “Existiu uma pessoa que poderia entender-me; mas foi precisamente essa pessoa que matei”, diz Juan Pablo. Em primeira pessoa, ele conta todos os acontecimentos que antecederam o crime. “O Túnel” foi escrito, segundo o autor, “a partir de uma subjetividade total”. Em 1953, Sabato comentou: “Enquanto eu escrevia esse romance, muitas vezes me detinha, perplexo, para avaliar o que estava saindo, tão diferente do que havia previsto”.

Diário de um Velho Louco (1962), de Jun Tanizaki

Entre o senhor Utsugi, um homem de 77 anos, e sua nora, surge um sutil jogo de poder. De um lado, o ancião se empenha em burlar uma vida regrada por remédios, médicos e hospitais. Do outro, a bela ex-dançarina de casas noturnas, Satsuko, faz uso de seus talentos naturais para fascinar e controlar Utsugi, seu sogro, manipulando-o em prol de seus interesses pessoais. A idade do idoso, em vez de coibi-lo, acaba por libertá-lo. Mas, à medida que se envolve cada vez mais com Satsuko, Utsugi vê suas dores e doenças piorarem. Consciente de que a morte se aproxima, ele rompe com as convenções sociais para se entregar aos prazeres da vida.

A Redoma de Vidro (1963), de Sylvia Plath

Dos subúrbios de Boston para uma prestigiosa universidade para mulheres. Do campus para um estágio em Nova York. O mundo parece estar se abrindo para Esther Greenwood, que agora trabalha na redação de uma revista feminina e possui uma intensa vida social. Mas, um verão aparentemente promissor é o gatilho da crise que leva a jovem do glamour a uma clínica psiquiátrica. Único romance da poeta Sylvia Plath, “A Redoma de Vidro” é repleto de referências autobiográficas. A narrativa é inspirada nos acontecimentos de 1952, quando Plath tentou o suicídio e foi internada. Assim como a protagonista, a autora foi uma estudante exemplar que sofreu uma grave depressão.

Stoner (1965), de John Williams

Stoner, de John Williams (Rádio Londres, 320 páginas)

“Stoner” conta a história da vida de um homem entre as décadas de 1910 e 1950: William Stoner, filho único de camponeses, está destinado a cuidar das terras da família, mas descobre sua paixão pelos estudos literários e se torna professor universitário. A partir desse ponto, narram-se o progressivo afastamento de Stoner da própria família, as relações complicadas com os colegas, as amizades tragicamente marcadas pela guerra, a difícil vida conjugal, o impossível amor clandestino por uma professora mais jovem e o encontro com a morte. Stoner reage às provações da vida com aparente impassibilidade e silencioso estoicismo, emergindo como um trágico herói da vida cotidiana. O livro, publicado pela primeira vez em 1965, foi lançado no Brasil em 2015.

Medo de Voar (1973), Erica Jong

Isadora Wing é uma escritora nova-iorquina casada pela segunda vez. Aos 29 anos, ela acaba de publicar um livro de poesias eróticas e se torna uma grande sensação. Isadora é uma mulher sonhadora, mas insegura, que costuma ir atrás de psiquiatras para tentar resolver seus problemas. A escritora viaja para Viena para acompanhar o marido, Bennet, em um congresso de psicanálise. Lá, ela se envolve com um outro psicanalista participante do evento, Adrian Goodlove. Isadora sente que Adrian lhe oferece tudo o que ela deseja, mas não encontra em seu casamento: paixão, desejo, excitação e perigo. Assim, ela começa a trair Bennet. Durante os encontros, Isabela relata para Adrian os excêntricos relacionamentos afetivos que já viveu.

Correio do Tempo (1999), Mario Benedetti

“Correio do Tempo”, é uma coletânea de contos dividida em quatro partes: Sinais de Fumaça, Correio do Tempo, As Estações e Colofão, que, em sua etimologia, significa “o fim de uma obra”. Os contos tratam dos mais diversos tipos de encontros e despedidas, do distanciamento, da ressignificação e da passagem do tempo: uma criança que passa alguns dias na casa do pai separado, um homem doente que escreve ao amigo pela última vez, uma visita inesperada de um preso político ao seu algoz, sobreviventes de naufrágios que se encontram acidentalmente em uma ilha deserta e o relato de um homem preso por matar quem amava. Mario Benedetti é considerado um dos maiores escritores uruguaios, seus livros foram traduzidos para mais de 20 idiomas.

Dias de Abandono (2002), de Elena Ferrante

Mario e Olga vivem uma relação de 15 anos, com altos e baixos de um casamento normal, sem nada que justifique um término abrupto. Mas, de repente, Olga é abandonada por Mario. Presa ao cotidiano estilhaçado com dois filhos, um cachorro e nenhum emprego, Olga relembra os momentos críticos do passado com Mario e se dá conta de que foi humilhada e enganada. Em um mergulho existencial, com raiva da justificativa mentirosa do marido ao tê-la deixado, ela procura novos sentidos para a sua vida. Assinado pela autora cuja verdadeira identidade é mantida em segredo, “Dias de Abandono” colocou Elena Ferrante no panteão dos maiores autores da literatura atual.

Homem Lento (2005), de J. M. Coetzee

Quando o fotógrafo Paul Rayment, um homem de 60 anos, perde a perna em um acidente de bicicleta, sua vida solitária é completamente transformada. Em meio a crises de desesperança e resignação, surge Marijana, uma enfermeira croata por quem ele se apaixona. Enquanto Paul analisa como conquistar o coração dela, recebe a visita da misteriosa escritora Elizabeth Costello, personagem de outros livros de Coetzee, que o desafia a assumir um papel ativo na própria vida. “Homem Lento” é uma profunda meditação sobre o que significa envelhecer. A luta de Rayment contra sua própria humanidade resulta em uma história sobre amor, sexo e mortalidade.

Homem Comum (2007), de Philip Roth

Numa narrativa direta e íntima, nesta obra Philip Roth retrata o encontro inevitável do homem com a morte, explorando o tema do arrependimento. O leitor acompanha o destino do protagonista desde os verões em praias idílicas durante a infância, passando pelos conflitos e pelas realizações da idade adulta, até a velhice, quando ele fica dilacerado ao constatar a deterioração de seus contemporâneos e dele próprio. Artista comercial de sucesso, ele tem dois filhos do primeiro casamento, que o desprezam, e uma filha do segundo, que o adora. É amado pelo irmão e é também um ex-marido solitário, tendo destroçado todos os seus relacionamentos. No final, é um homem que se transformou naquilo que não queria ser.

A Visita Cruel do Tempo (2011), de Jennifer Egan

Da São Francisco dos anos 1970 à Nova York de um futuro próximo, Jennifer Egan tece uma narrativa que alterna vozes e perspectivas, cenários e personagens para contar como os sonhos se constroem e se desfazem ao longo da vida. A obra é composta por histórias curtas, 13 faixas sobre relações familiares, indústria fonográfica, jornalismo de celebridades, efeitos da tecnologia, viagens e a busca por identidade versus o esfacelamento de ideais —, interligadas pelas memórias de um grupo de personagens em diferentes pontos de suas vidas. A obra deu à Jennifer Egan o Prêmio Pulitzer de Ficção em 2011.

O Mundo Pós-Aniversário (2007), Lionel Shriver

O livro aborda o relacionamento aparentemente sólido de um casal de americanos que mora em Londres. Lawrence é um disciplinado pesquisador de um instituto de estudos estratégicos, um homem sério e muito culto. Irina é uma acomodada ilustradora de livros infantis que se depara com uma vontade incontrolável de beijar outro homem: Ramsey, um velho amigo do casal e um dos jogadores de sinuca mais famosos da Inglaterra. A partir desse único beijo, a autora escreve duas histórias para oferecer ao leitor desdobramentos diferentes do futuro e explora as consequências e as motivações mais íntimas da escolha de Irina.

O Gigante Enterrado (2015), de Kazuo Ishiguro

A história se passa em uma terra fictícia, há séculos. Em algumas zonas, aldeões vivem em abrigos cavados nas encostas dos montes, ligados uns aos outros por passagens subterrâneas. É numa dessas cavernas que mora o casal de idosos, Axl e Beatrice. Um dia, eles decidem que irão procurar o filho que não veem há anos, de quem pouco se recordam. Durante a viagem, eles enfrentam muitos perigos, conhecem pessoas maldosas e temem os boatos sobre a existência de um dragão. Eles também percebem que uma estranha condição está acometendo aos poucos pessoas de todos os lugares: a perda de memória. Kazuo Ishiguro, escritor nipo-britânico, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 2017.

O Peso do Pássaro Morto (2017), de Aline Bei

Romance de estreia da brasileira Aline Bei, “O Peso do Pássaro Morto” narra a vida de uma mulher dos 8 aos 52 anos, desde as singelezas cotidianas até as tragédias que persistem em sua família. Essa mulher, que já na infância experiencia a dor da perda, cresce em um ambiente hostil e, aos poucos, vai esquecendo-se de seus sonhos. Inicialmente de maneira inconsciente, ela se afasta de tudo e de todos, até que abandona a si mesma. Aline Bei nasceu em 1987. É formada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e em Artes Cênicas pelo Teatro Escola Célia-Helena. Foi a vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura de 2018 na categoria Melhor Romance de Autor com Menos de 40 anos.

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sidigame20g · 4 years

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luiscarmelo · 5 years

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A história da caverna negra

A 6 de Dezembro de 1947, Jorge Luís Borges deu em Harvard uma conferência no contexto das “Palestras Norton”, intitulada “Contar o conto”. A passagem mais significativa do texto compara a épica com a tradição moderna do romance. Referia o autor que a diferença não se situa “entre verso e prosa”, nem “entre cantar uma coisa e dizer uma coisa”.

A diferença de fundo era outra. Cito: “O que é importante no poema épico é um herói – um homem que sirva de modelo a todos os homens. Ao passo que a essência da maior parte dos romances está na falência de um homem, na degenerescência do carácter. Hoje, quando as pessoas pensam em final feliz, pensam-no como concessão ao público ou pensam-no como estratagema comercial. Contudo, durante séculos os homens puderam muito sinceramente acreditar na felicidade e na vitória, embora sentissem a dignidade essencial da derrota.”

Pode resumir-se esta duplicidade, aliás já bastante estudada, do seguinte modo: ao imaginar-se o homem a dialogar e a respirar no meio dos deuses, é natural que os relatos tendam a elevá-lo quase a deus. Por seu turno, ao imaginar-se o homem livre e capaz de tomar conta de si próprio, é natural que os relatos tendam a dar conta da sua queda. As histórias de Ulisses, Jesus, Gilgamesh, Alexandre ou Sindbad nada têm que ver com as personagens presentes nos enredos criados por Kafka, Poe, Roth, Rubem Fonseca ou Houellebecq. O mundo antigo e o mundo moderno chocam, de facto, neste ponto seminal.

O caso fez-me relembrar um romance de Ernesto Sabato, O Túnel, escrito quase na mesma altura em que Borges esteve em Harvard (1948).

O livro começa por anunciar do que trata logo no início: “Bastará dizer que sou Juan Pablo Castel, o pintor que matou Maria Iribarne”. Aparentemente, o leitor é imediatamente lançado contra a parede. Nas páginas que se seguem, a ficção abre-se ao jeito de um desdobrável, dando conta da inauguração de uma exposição de pintura (o Salão da Primavera de Buenos Aires de 1946) em que uma mulher, Maria Iribarne, se apaixona por um pequeníssimo detalhe de um dos quadros expostos (uma janela de milímetros inscrita no fundo de um óleo onde contracenam uma mãe e um filho).

Este facto viria a mudar a vida do pintor Castel. Apesar de ter observado a mulher verdadeiramente extasiada apenas durante alguns minutos, nos meses que se seguiriam – cito – “só pensei nela, na possibilidade de a voltar a ver. E de certo modo só a pintei a ela. Foi como se a pequena cena da janela começasse a crescer e a invadir toda a tela e toda a minha obra”.

O ponto de viragem é habilmente explorado por Sabato, pois dá origem a uma série de contingências mais ou menos inesperadas que conduz ao encontro dos dois e à sua inevitável (e fatal) atracção. Há cartas, telefonemas, idas de comboio a uma casa de campo, ciúme e toda uma encenação fantasmática que transformará a aventura em tragédia.

No final, a regra cumpre-se. Diz o protagonista: “Quando me entreguei, na esquadra, eram quase seis horas. Através da janelita do meu calabouço, vi como nascia um novo dia, como um céu sem nuvens. Pensei que muitos homens e mulheres começariam a acordar e logo tomariam o pequeno-almoço e leriam o jornal e iriam ao emprego, ou dariam de comer aos filhos e ao gato, ou comentariam o filme da noite anterior. Senti que uma caverna negra ia aumentando dentro do meu corpo”.

Percebe-se que a literatura visa uma simples brecha ou um lapso premeditado. Talvez nos queira só ensinar a morrer, nobre tarefa que enche toda a história da filosofia. A janela de Maria Iribane terá sido o simples pretexto para que um ponto de viragem pudesse dar acesso à “caverna negra”, ou à queda, que tanto atraiu os modernos e que tanto continua a cativar os contemporâneos.

Borges fez o diagnóstico elementar e Sabato cumpriu-o com um plot inventivo. A Argentina é um país maravilhoso, claro está. Mas estávamos ainda no plano dos livros, objectos que se abrem e fecham, quando viajamos de comboio no primeiro dia de verão, sabendo que antes contaram com editores, críticos, leitores devotados, filtros qb.

Há quatro anos, neste mesmo mês de Junho, Umberto Eco esteve em Turim para um doutoramento ‘honoris causa’ e testemunhou o desígnio da actual “caverna negra” com as seguintes palavras: “No nosso tempo, as redes sociais dão o direito à palavra a uma legião de imbecis que, antes destas plataformas (mesmo com romances debaixo dos braço), apenas falavam nos bares, depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a colectividade”.

Se os humanos nunca se habituaram a viver fora de mediações razoavelmente restritivas, fossem elas proféticas, épicas, jornalísticas, científicas ou literárias, o actual cenário parece estar a recuar para um tempo pré-mitológico, dir-se-ia mesmo primitivo, e, portanto, anterior à noção de herói, configurando-se naquilo que Rudolf Otto designou por “numinous”. Mas este recuo alia-se ao poder da tecnologia, o que significa que o seu impacto poderá ser letal.

Sem alardes de pessimismo, parece claro que a “falência do homem” e a “degenerescência do carácter”, realçadas por Borges, estão prestes ou, pelo menos, caminham no sentido de atingir uma espécie de cume. Esperemos, contudo, que seja um cume de Sísifo.

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satalaiadesromani · 5 years

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Dormitori a Zlatá ulička, la “Golden lane” de Praha on es diu que van viure personatges com en Kafka o en Seifert Jaroslav entre d’altres. #Praha #Prague #Castell #CatedraldeSanVito #EsglésiadeSantJordi #GoldenLanePraha #històric #viatge #viatges #records #memòria #Txèquia #czechrepublic #timeout https://www.instagram.com/p/Bq9op4tBVKm3gEuN_tKEmPkISuftCNADFr7Hs80/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=6ox9ae2jogt6

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my-claudio-gobbi · 6 years

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1 MERANO, UN’ETERNA VACANZA FIORITA DA VIVERE AL GALOPPO e a OSTACOLI

“Io qui ci vivo bene (…), immerso in un giardino rigoglioso di siepi (…) in pieno sole. .“ A Merano l’ippica è sublime spettacolo e si vive in una città-giardino unica e spettacolare”. (Franz Kafka)”

Guardandosi attorno, si ha come l’impressione che qui, nel cuore delle Alpi, il tempo si sia fermato. L’architettura della città vive su due momenti soltanto, il Medioevo e l’Ottocento. Ovvero, “gotico” e “Jugendstil”.

Ogni cosa qui s’immerge nel verde, persino l’ippodromo così unico nel suo genere, 37 ettari dedicati al cavallo d’ostacoli inseriti, quasi, nel cuore della città. E che città, guardando all’indietro, nel tempo.

Merano, dalla Belle Époque…

L’ippodromo di Merano inizialmente era costituito da un anello che verso il 1868 ospitava corse al galoppo e al trotto. Via via, era frequentato dallo zar Nicola II nonché l’imperatrice Sissi e dagli Arciduchi viennesi, così come dall’élite del turismo mondiale, che vi giungeva persino da New York e Singapore. Richiamati non solo dal fascino di una conca più simile ad un giardino botanico che non ad un punto d’incontro vacanziero ed esclusivo, ma anche dalle corse, culminanti con il Grande Steeple Chase Internazionale. La corsa, nel volgere di qualche decennio, si sarebbe trasformata nel Gran Premio Merano. La sua prima edizione era stata vinta dal barone von Ludwigsdorf, premiato ovviamente da Sissi d’Asburgo. Oggi, entrando a Merano dal Ponte della Posta, il visitatore è accolto proprio dalla statua dell’imperatrice Sissi; poco oltre il ponte, sempre sulla destra, ecco il bronzo equestre di Aligi Sassu, “Il cavallo di Maia”, donato a Merano dalla Società di corse e dall’Unire. Due monumenti importanti, entrambi sintesi della straordinaria storia della città-giardino, adagiata ai piedi delle Alpi.

…all’incanto di Maia

Da allora, sono trascorsi molti decenni e l’ippica meranese, sulla “pista più verde della speranza”, ha acquisito sempre più fama e importanza, grazie al suo Gran Premio di cui il mondo del “turf ”, ma non solo quello, parla ovunque pàlpiti l’amore per il cavallo. Il Gran Premio di fine settembre è uno spettacolo da non perdere: qui, i migliori saltatori del mondo sono impegnati in un percorso di 5000 metri, disseminati di 24 terribili ostacoli. E lanciano il cuore oltre l’ostacolo, fieri di trasformare in spettacolo il fascino del rischio, ardimentosi nel gesto atletico per conquistare un traguardo fiorito che sintetizza un’intera carriera, dal momento che il “Merano” è reputato la “corsa della vita”.

Spazi verdi, cavalli, bella gente. Già, quando si nomina Merano viene spontaneo abbinarne l’immagine della cittadina al Gran Premio Merano-South Tyrol fino a qualche anno fa abbinato alla più antica Lotteria nazionale (dopo quella automobilistica di Tripoli), che sviluppava un movimento di oltre 30 miliardi di lire.

Una curiosità, relativa all’anno della fondazione di Maia e del suo Gran Premio: nel 1935, il Derby reale aveva una dotazione di 400.000 lire ed il Grand Prix de Paris di 700.000, mentre il “Merano” vantava già un milione di lire (1.000.000) al traguardo. Cifra astronomica per quei tempi, in cui si era pensato di realizzare un complesso votato soprattutto agli ostacoli ed al rilancio d’un turismo reso sospettoso dagli anni comprensibilmente incerti, anzi bui. Quante storie e quanti campioni, da allora.

Da Roi de Tréfle ad Al Bustan, passando per Ermellino, Lokifepsscht, Cogne, Pigalle, Tatti Jacopo e Trapezio per poi fare un salto incredibile, fino alla tripletta a seguire dell’immenso Or Jack. Che galleria avvincente, nello scontro sempre tremendo tra i saltatori di Francia ed Italia, cui negli anni si sono aggiunti i neozelandesi, i tedeschi, i belgi e gli irlandesi, gli inglesi e persino gli steepler dell’Est, dall’Ungheria alla Polonia e alla Repubblica Cèka. Sarà ancora un crocevia di campioni, Maia? Certamente sì, nonostante i tempi difficili, il Gran Premio Merano-South Tyrol sarà sempre più un “grande evento” e, più di sempre, richiamerà su di sé i riflettori del gran mondo e migliaia di appassionati, provenienti da molti Paesi sparsi in ogni continente.

La settimana precedente il Gran Premio Merano, all’ospite che ama i cavalli e le corse è offerto un “pacchetto speciale” e la città frizza di tante manifestazioni. Le curiosità sono molte, dai castelli ai musei, dai parchi all’Orto botanico. Per questo, chi conosce Merano e il suo Gran Premio attende con ansia l’ultima domenica di settembre. Lo dice, del resto, la tradizione stessa, se si guarda alle Settimane Musicali Meranesi ed a Friederich Goulda, il massimo interprete di Mozart dell’ultimo secolo, oppure all’immenso Misha Majsky così come alla sublime Cecilia Bartoli – tre fra i grandi protagonisti invitati a Merano – così come alle Orchestre: sinfoniche e filarmoniche d’ogni dove, purché le più prestigiose al mondo….Personaggi infiniti quasi di casa a Merano, dove sono approdati tra l’altro persino i “Solisti di Mosca”.

A Merano, dove l’ippica è spettacolo e “si vive in uno spettacolo di cittadina”, ogni anno si rinnova il rendéz-vous tra campioni nel suo teatro verde e ricco di gesta immense. Basti pensare a due sauri importanti quali Aegior ed Or Jack, gli unici a vincere tre edizioni ed Or Jack, il bombardiere dorato dei Pirenei, addirittura per tre edizioni a seguire.

Terme in giardino

«Io qui ci vivo bene. Il corpo mortale difficilmente potrebbe sopportare più cure. Il balcone della mia stanza è immerso in un giardino rigoglioso di siepi (strana è qui la vegetazione, se penso a Praga dove con un tempo del genere le pozzanghere son ghiacciate, mentre davanti al mio balcone le gemme pian piano si schiudono) e questo in pieno sole…».

Così Franz Kafka descriveva, nel 1920, una delle molte cose che l’avevano colpìto di Merano, la città-giardino “perla” dell’Alto Adige. Ma perché Merano, la capitale vacanziera e culturale della Mitteleuropa, viene celebrata in tutto il mondo come città-giardino? Sicuramente, per l’indiscussa fertilità del su terreno, che per millenni è stato nulla più d’una palude; poi, perché la sua posizione invidiabile di apertura verso sud, con una protezione naturale offerta dalle Alpi a nord, le garantisce un fattore climatico che, fin dal 1700, ha suggerito a persone illuminate di compiere proprio qui esperimenti di tipo botanico, dato che ogni cosa impiantata cresceva e resisteva. Persino piante tipiche della riviera e delle isole, della California e dell’Australia. Si spiega così la scelta della nobiltà che, fin dal lontano 1300, aveva eletto Merano “capitale” del Tirolo.

L’incanto nel verde

Merano, terra di vacanza e di cultura, vanta una miriade di hotel ed alberghi, circa 180, con quasi 6000 posti letto. La città del Passirio conta hotel a 5 e 4 stelle, ma sono numerose le Case di gran decoro che hanno fatto dell’ospitalità una sorta di tradizione familiare. Ed il turismo elitario sta nuovamente innamorandosi di questi luoghi, da quando sono stati vitalizzati la superstrada e l’aeroporto di Bolzano.

Tetto viennese Ohmann, vero e proprio “monumento mondiale” allo Jugendstil proprio di fronte alle nuove Terme. Già, le cure termali: Merano ha una lunga tradizione in merito, ed il complesso che sorge in pieno centro è mèta di frequentatori provenienti da tutta Europa, che si sono riappropriati dell’antica consuetudine meranese nel quartiere termale interamente rinnovato. Del resto, Merano è un luogo che privilegia la salute anzi l’ecologia del corpo, in una conca circondata dalle Alpi in cui fin dall’800 c’era la consuetudine di realizzare “case fra gli alberi e non alberi fra le case”, come recita l’antico motto di Merano. È bello passeggiare e rilassarsi, curiosando tra i giardini ed i parchi meranesi, frugando tra il verde pubblico e quello privato (soprattutto a Maia Alta), nella città giardino che per decenni ha celebrato l’ “arte del verde” con meravigliose edizioni della rassegna “Meranflora”, per due volte ospitata all’interno dell’ippodromo.

Oggi, il tema del verde e dei fiori s’è trasformato in un… invito permanente. Infatti, vale la pena di salire fino a Castel Trauttmansdorff, dove in una cornice straordinaria su un’estensione di 12 ettari è stato realizzato un orto botanico, appunto “I giardini di Castel Trauttmansdorff ”, unico nel suo genere e ricco di oltre 170.000 varietà di piante. Lì è possibile trascorrere una giornata intera fra meraviglie fatte di verde e di fiori, di terrazze e laghetti, di storia e dotato persino del suo Museo del turismo.

E nessuna paura se al Castel Trauttmannsdorff si perde la cognizione del tempo perché, se la visita può durare fino a sera, all’interno di questo gioiello voluto dalla Provincia di Bolzano un grazioso ristorante è sempre a disposizione del visitatore, così come i frequenti intrattenimenti anche musicali.

Settimane musicali e tanto altro

Sempre in tema di castelli e di verde, il turista – e quello ippico è sempre fra i più attesi , a Merano – può visitare il Museo provinciale di Castel Tirolo e sotto di questo anche un entro Avifauna e, ancora, effettuare visite guidate al Gruppo Tessa nell’omonimo Parco Naturale. Oppure, salire fin sul tetto di Merano, quel “Merano 2000” che di anno in anno vive ed accoglie gli ospiti quattro stagioni su quattro: d’inverno un piccolo paradiso per gli sciatori che recentemente s’è arricchito di altre piste ancora, mentre nelle altre stagioni propone mille itinerari, fra i più divertenti e vari.

Attrazioni e divertimenti nel cuore delle Alpi significano le offerte di “Merano nelle sere d’estate”, con le Settimane Musicali Meranesi a fare da classicissimo incentro di eccelso livello, attorno al quale ruotano molte altre iniziative dagli appuntamenti con la cultura fino ai martedì lunghi”. Che attraggono moltissimo, senza interrompere la quiete composta della città di cura.

Inoltre, nella nuova sede realizzata presso la Banca Popolare merita la visita il “Museo della donna”, in cui son racchiusi oltre 200 anni di storia al femminile non solo in quanto a cultura materiale, ma anche alle conquiste sociali. Questo museo è forse tra i più completi d’Europa.

SPECIALE GRAN PREMIO MERANO 1 1 MERANO, UN’ETERNA VACANZA FIORITA DA VIVERE AL GALOPPO e a OSTACOLI “Io qui ci vivo bene (…), immerso in un giardino rigoglioso di siepi (…) in pieno sole.

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gigiglorious · 7 years

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r/fantasy bingo is this awesome reading challenge that happens over on reddit each year. 2016 was the first year I joined and it was a great way to expand my SFF reading habits. The 2017 bingo challenge is now live and will be running from April 1, 2017 – March 31, 2018 if anyone is interested in joining.

I didn’t actually think I’d finish this challenge. I was on track to do so, planning to knock out the last three books while recovering from a minor surgery. Then I got a horrific cold, had trouble getting into one of the books and started to panic about graduating. Technically I only needed to finish 25 books for the challenge but I’d made a goal of 75 and was feeling down about failing to reach it. But the last day of the challenge I finished a book I’d put down for two months, realized it counted for my unfilled square and quickly rearranged everything.

In 2016 I’d just gotten out of a three year reading slump and was trying to find books I enjoyed. r/fantasy bingo seemed like a fun challenge and so I jumped in part way through the summer. The thought process behind this overly large amount of books was that I wanted to really diversify my reading so I did a full card of books written only by women and a full card of books written only by people of colour or Indigenous people, plus an additional card of random books (which will turn into a card of small press books in 2017).

An additional rule was that a minimum of 50% of books must be written by people of colour and Indigenous authors. I met that goal with 47% (35/75) of books by people of colour and 4% (4/75) of books by Indigenous authors, for an total of 51%. Gender wise the books broke down to 28% men (21/75), 67% women (50/75), and 5% both (4/75), either in the 2+ authors square or short story anthologies.

I loved this bingo challenge. I learnt so much about my reading preferences (deep characterization all the way), discovered so many good books I might have passed up or never gotten too, had a lot of good conversations and got so many great recommendations. This was such a great experience and I’m looking to expand the 2017 bingo with a small press/indie/self-published card and a queer and trans characters/authors card.

Top Six Books (2 for each card although it was very hard to choose)

Senlin Ascends by Josiah Bancroft: Senlin Ascends is exactly the type of fantasy I love, cultural mashups filled with mythology and blending genres, and well-written characters that develop and grow over the course of the book. I could barely put it down near the end.

The Devourers by Indra Das: Every time I try to describe this book it ends up getting boiled down to werewolves in India. But it’s so much more than that, it’s a compilation of history and mythology all wrapped up in beautiful and brutal prose.

The Enchantment Emporium by Tanya Huff: I know this book isn’t going to be everyone’s favourite but it took me completely by surprise. It’s a fast-paced, paranormal romance urban fantasy full of genre tropes set in Calgary with deadpan Canadian humour. The sequels weren’t as solid as the first book but The Enchantment Emporium was one of the best and weirdest books I read last year.

The Golem and the Jinni by Helen Wecker: I couldn’t believe how much Wecker brought The Golem and the Jinni to life. Every character was compelling and I could have sworn I was walking down the streets of New York in 1899.

Ninefox Gambit by Yoon Ha Lee: It’s really hard to explain just how much I love Ninefox Gambit. I’m new to reading sci-fi and never though I would come to enjoy a military space opera but wound up crying uncontrollably half-way through the book, unable to put it down.

Ancient, Ancient by Kiini Ibura Salaam: This was just such an original, beautiful, weird, compelling collection short stories. It grabbed me from the first page and didn’t let go until the end.

Honourable Mentions

A Stranger in Olondria by Sofia Samatar

Kalpa Imerial: The Greatest Empire That Never Was by Angélica Gorodischer

King’s Shield by Sherwood Smith

Top Three Disappointments

The Well of Ascension by Brandon Sanderson: Sanderson appears to be almost universally loved and so I had a really hard time figuring out why I didn’t enjoy Mistborn until I realized that his characters tend to be very cardboard-like. One of the benefits of reading so much SFF over a year is learning your reading tastes and unfortunately/fortunately I need deep characterization and Sanderson just doesn’t do it.

Octavia’s Brood, edited by by Adrienne Maree Brown & Walidah Imarisha: I was really excited for this anthology but found in the end it just fell flat. The concept was really cool, to have a collection written by activists from social justice movements, many of which were first time writers. But that was also its downfall in my opinion. A lot of the stories just didn’t go anywhere or left me hanging in a bad way and months after reading it I can’t remember a single story from the collection that stood out to me.

A Book of Tongues by Gemma Files: Normally when I don’t like books it’s due to the writing style, but my dislike for A Book of Tongues is purely content related. I had to finish this one because I was using it for two reading challenges and was running out of time, but would have put it down immediately otherwise due to the colonial racist genre tropes and anti-semitism. Do not recommend.

Magic Realism – Kafka on the Shore by Haruki Murakami/ What is Yours is Not Yours by Helen Oyeyemi/ Beauty is a Wound by Eka Kurniawan

GR Book of the Month – Assassin’s Apprentice by Robin Hobb/ The Golem and the Jinni by Helen Wecker/ Who Fears Death by Nnedi Okorafor

Romantic Fantasy/PNR – The Decoy Princess by Dawn Cook/ Spirit Caller 1-3 by Krista D. Ball/ Tangle of Need by Nalini Singh

Self-published/Indie – Accessing the Future: A Disability-Themed Anthology of Speculative Fiction, edited by Kathryn Allan & Djibril al-Ayad/ Kalpa Imperial: The Greatest Empire That Never Was by Angélica Gorodischer/ Octavia’s Brood: Science Fiction Stories from Social Justice Movements, edited by Adrienne Maree Brown & Walidah Imarisha

Published in 2016 – Saint’s Blood by Sebastien de Castell/ The Rose and the Dagger by Renee Ahdieh/ Ninefox Gambit by Yoon Ha Lee

AMA Author – Senlin Ascends by Josiah Bancroft/ A Blight of Mages by Karen Miller/ The House of Shattered Wings by Aliette de Bodard

Dark/Grimdark Fantasy – The Library at Mount Char by Scott Hawkins/ The Obelisk Gate by N.K. Jemisin/ The Ballad of Black Tom by Victor LaValle

<3000 GR Ratings – Son of a Trickster by Eden Robinson/ The Gaslight Dogs by Karin Lowachee/ This Strange Way of Dying by Silvia Moreno-Garcia

A Wild Ginger Appears – A Game of Thrones by George R.R. Martin/ A Darker Shade of Magic by V.E. Schwab/ A Stranger in Olondria by Sofia Samatar

Female Authored Epic Fantasy – A Wizard of Earthsea by Ursula K. Le Guin/ Kushiel’s Dart by Jacqueline Carey/ Into the Dark Lands by Michelle Sagara West

Science Fantasy/Sci-Fi – Sleeping Giants by Sylvain Neuvel/ The Long Way to a Small Angry Planet by Becky Chambers/ Nostalgia by M.G. Vassanji

Five Fantasy Short Stories – The Sea is Ours: Tales from Steampunk Southeast Asia, edited by Jaymee Goh & Joyce Chng/ The Bloody Chamber and Other Stories by Angela Carter/ Filter House by Nisi Shawl

Graphic Novel – Saga by Brian K. Vaughan/ Through the Woods by Emily Carroll/ SuperMutant Magic Academy by Jillian Tamaki

Published The Decade You Were Born – Hogfather by Terry Pratchett/ The Goblin Mirror by C.J. Cherryh/ Brown Girl in the Ring by Nalo Hopkinson

Written By 2+ Authors – Crux by Moira Rogers/ The Golden Key by Melanie Rawn, Jennifer Roberson & Kate Elliot/ Devil’s Wake by Steven Barnes and Tananarive Due

Published In The 2000’s – The Well of Ascension by Brandon Sanderson/ The Enchantment Emporium by Tanya Huff/ Arrival (Stories of Your Life and Others) by Ted Chiang

Weird Western – A Book of Tongues by Gemma Files/ Silver on the Road by Laura Anne Gilman/ Are We Having Fun Yet? – American Indian Fantasy Stories by William Sanders

Non-Western Myth Or Folklore – The Devourers by Indra Das/ The Ghost Bride by Yangsze Choo/ Redemption in Indigo by Karen Lord

Military Fantasy – King’s Shield by Sherwood Smith/ A Secret History by Mary Gentle/ The Grace of Kings by Ken Liu

Non-Fantasy Novel – Half a Lifelong Romance by Eileen Chang/ The Vegetarian by Han Kang/ Homegoing by Yaa Gyasi

Award Winning Novel – Doomsday Book by Connie Willis/ Uprooted by Naomi Novik/ Ancient, Ancient by Kiini Ibura Salaam

YA Fantasy Novel – Lady Midnight by Cassandra Clare/ Ink and Bone by Rachel Caine/ The Interrogation of Ashala Wolf by Ambelin Kwaymullina

Protagonist Flies – Agatha H and the Airship City by Phil Foglio/ The Invisible Library by Genevieve Cogman/ Wild Seed by Octavia E. Butler

Someone Read For 2015 Bingo – The Sorcerer of the Wildeeps by Kai Ashante Wilson/ The Philosopher Kings by Jo Walton/ Sorcerer to the Crown by Zen Cho

Sword and Sorcery – Imaro by Charles Saunders/ Green Rider by Kristin Britain/ Throne of the Crescent Moon by Saladin Ahmed

[Wrap-up] r/fantasy bingo 2016 r/fantasy bingo is this awesome reading challenge that happens over on reddit each year. 2016 was the first year I joined and it was a great way to expand my SFF reading habits.

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