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#direito neoliberal
adriano-ferreira · 9 months
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Neoliberalismo e crise do Direito Social
1. Transformações econômicas no último quarto do século XX O último quarto do século XX foi um período de transição econômica marcado por inovações tecnológicas, globalização e mudanças substanciais no modelo de produção capitalista. Aqui, dissecamos essas transformações: a. Terceira Revolução Industrial e Pós-Fordismo: A Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Digital,…
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orsassur5 · 1 month
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Ascensão do Esquerdismo no Brasil: Um Olhar Investigativo
Nos últimos anos, o Brasil tem testemunhado um ressurgimento notável do esquerdismo político, moldando o cenário nacional de maneiras profundas e multifacetadas. Esta ascensão, marcada por uma série de eventos e tendências, tem despertado tanto apoio fervoroso quanto acalorado debate entre os cidadãos.
Uma das principais razões por trás desse fenômeno é a crescente desilusão com as políticas de centro e de direita, que não conseguiram resolver problemas crônicos como desigualdade social, corrupção e falta de acesso a serviços básicos. A crise econômica, agravada pela pandemia global, também desempenhou um papel crucial ao expor as vulnerabilidades do modelo neoliberal adotado nas últimas décadas.
Além disso, a polarização política intensificada tem alimentado um terreno fértil para o ressurgimento da esquerda. Movimentos sociais, sindicatos, grupos estudantis e ativistas têm se unido em torno de bandeiras progressistas, demandando políticas mais inclusivas, redistributivas e voltadas para o bem-estar da população.
O surgimento de lideranças carismáticas e populares, como figuras proeminentes dentro do Partido dos Trabalhadores (PT) e outros partidos de esquerda, também tem impulsionado essa tendência. Com discursos focados na justiça social, igualdade de gênero, direitos humanos e proteção ambiental, esses líderes têm conquistado o apoio de uma parcela significativa da população, especialmente entre os mais jovens e marginalizados.
No entanto, a ascensão do esquerdismo não tem sido livre de desafios e controvérsias. Críticos argumentam que as políticas de esquerda podem ser economicamente inviáveis e levar a um aumento da intervenção estatal, resultando em instabilidade e retrocesso. Além disso, há preocupações sobre a possibilidade de polarização ainda maior na sociedade brasileira, com a radicalização de ambos os lados do espectro político.
À medida que o país se prepara para as próximas eleições, o papel e o impacto do esquerdismo no Brasil continuarão a ser temas centrais de debate e análise. Enquanto alguns celebram essa ascensão como um sinal de renovação e esperança, outros permanecem céticos quanto aos seus reais efeitos e consequências a longo prazo. Em última análise, o futuro político do Brasil será moldado pela interação complexa de forças sociais, econômicas e culturais, refletindo a rica diversidade e dinamismo deste país de dimensões continentais.
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brasilsa · 2 months
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editoriadors-blog · 3 months
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CAPITALISMO, ANTI DEMOCRACIA e FACISMO.
Claro que o capitalismo é compatível com a democracia eleitoral, mas isso é superficial. No capitalismo contemporâneo, você pode se tornar fascista para apoiar as prioridades da economia. Foi o que aconteceu na Itália sob Mussolini, no Chile sob Pinochet e é o que está acontecendo .
Em outros países não é tão diferente, se você olhar para a necessidade de proteger as decisões econômicas da interferência das pessoas. E isso é feito com a , com a ideia de colocar orçamentos equilibrados na Constituição, com mecanismos técnicos que têm o mesmo efeito de desdemocratizar a economia.
Há uma tensão entre capitalismo e democracia. Os governos fascistas, obviamente, são antidemocráticos. Mas o que é generalizável é que as supostas democracias liberais também têm tendências antidemocráticas que se associam muito mais ao fascismo do que se costumava pensar.
o livro "A Ordem do Capital" propõe uma nova maneira de enxergar as situações usadas só para reduzir o déficit orçamentário em momentos de maior desequilíbrio nas contas públicas, mas como "o sustentáculo do capitalismo moderno", segundo a italiana Clara Mattei.
Em entrevista à Folha , ela diz que "as decisões econômicas são em grande parte decisões políticas", mas que o "capitalismo é incompatível com a democracia no sentido de participação das pessoas nas decisões econômicas".
E qual o ganho analítico dessa perspectiva?
Em sua definição, Clara Mattei diz: " tem a vantagem de ser uma definição política, na qual fica claro quem ganha e quem perde com as políticas de austeridade. Essa definição tenta ir além da ideia de que a austeridade seja apenas a redução do tamanho do Estado."
é uma maneira muito ideológica de entender a história do capitalismo e nossa situação econômica atual. O ponto não é ver se o Estado gasta menos, mas onde o Estado gasta. Porque austeridade não significa menos Estado, mas Estado gastando a favor das elites em detrimento da maioria da população.
A trindade de políticas de austeridade —fiscal, monetária e industrial— tem o objetivo de enfraquecer os sindicatos e manter os trabalhadores sob controle. E isso enquanto o Estado gasta , por exemplo, ou subsidiando e desonerando investimentos privados em energia verde, .
O que explica o surgimento desse receituário?
A austeridade não é um produto da exceção do sistema neoliberal. O que tento mostrar é como, na verdade, a austeridade é funcional e estrutural para o capitalismo. Ela é particularmente útil quando as pessoas querem um sistema econômico alternativo, querem mais direitos sociais. Aí a austeridade é muito importante para a elite, a fim de preservar o status quo.
Após a Primeira Guerra Mundial [1914-1918], isso ficou muito claro, porque foi um momento em que, no coração do capitalismo, os cidadãos estavam exigindo sociedades pós-capitalistas, rompendo com as relações salariais, rompendo com a propriedade privada dos meios de produção em favor da democracia econômica. Ou seja, as pessoas queriam a participação dos trabalhadores no processo de produção e distribuição. Foi aí que a austeridade nasceu.
O subtítulo do livro faz uma ligação forte entre austeridade e fascismo, mas a Inglaterra não teve um governo fascista. É possível generalizar a conexão?
A questão é mostrar que porque ele era muito bom em implementar a austeridade, exatamente as mesmas políticas que os liberais na Itália, nos Estados Unidos e no Reino Unido estavam patrocinando.
A capacidade de subjugar os trabalhadores, de fazê-los aceitar salários mais baixos e parar com as greves; a capacidade de privatizar, de cortar gastos sociais e revalorizar a lira: tudo isso fez de Mussolini quem ele se tornou, um ditador fascista que permaneceu no governo por mais de 20 anos.
O capitalismo é bastante incompatível com a democracia no sentido de participação das pessoas nas decisões econômicas e na distribuição de recursos.
Claro que o capitalismo é compatível com a democracia eleitoral, mas isso é superficial. No capitalismo contemporâneo, você pode se tornar fascista para apoiar as prioridades da economia. Foi o que aconteceu na Itália sob Mussolini, no Chile sob Pinochet e é o que está acontecendo .
Em outros países não é tão diferente, se você olhar para a necessidade de proteger as decisões econômicas da interferência das pessoas. E isso é feito com a , com a ideia de colocar orçamentos equilibrados na Constituição, com mecanismos técnicos que têm o mesmo efeito de desdemocratizar a economia.
Há uma tensão entre capitalismo e democracia. Os governos fascistas, obviamente, são antidemocráticos. Mas o que é generalizável é que as supostas democracias liberais também têm tendências antidemocráticas que se associam muito mais ao fascismo do que se costumava pensar.
Que lições podem ser tiradas em relação à extrema direita hoje?
Os governos de extrema direita são muito bons em implementar a austeridade e, por esse motivo, ganham a confiança do mercado e são vistos com bons olhos pelos tecnocratas internacionalmente.
Mas o contexto agora é muito diferente. Quando Mussolini chegou ao poder, ele estava lá explicitamente para esmagar quem estava se mobilizando. Hoje, as pessoas votam em governos de extrema direita porque foram desempoderadas por um século de políticas de austeridade.
O sucesso da austeridade está em nos individualizar, nos tornar muito precários, nos tornar muito inseguros, para que não sintamos que estamos unidos como trabalhadores. A razão pela qual esses governos de extrema direita chegam ao poder é porque, em última instância, representam a expressão da insatisfação com o atual sistema econômico, que as pessoas entendem como um sistema a favor dos ricos e poderosos.
O problema é que as pessoas votam na direita, mas a direita é melhor em implementar a austeridade.
No Brasil, políticas de austeridade não são exclusivas de governos de direita. Por que isso acontece?
Essa é outra lição muito importante que podemos tirar do estudo histórico: infelizmente, . É a expressão do falso pluralismo na economia que nossas democracias eleitorais apresentam. Elas nos dão a impressão de que, se votarmos em Lula em vez de Bolsonaro, teremos uma completa mudança nas políticas econômicas, .
Sob o capitalismo, a prioridade de qualquer governo, de direita ou de esquerda, é garantir os fundamentos para a acumulação de capital, o que significa não perturbar os investidores privados.
Então não podemos pensar que votamos uma vez a cada quatro anos e nosso trabalho está feito, porque existem pressões muito fortes vindas do mercado. Se o povo brasileiro, como qualquer outro povo, quiser uma mudança social séria, precisa lutar por isso.
Se você olhar historicamente, perceberá que há muito mais potencial para sistemas econômicos alternativos do que estamos acostumados a pensar, porque o objetivo principal dos economistas no poder é nos dizer que não há alternativa possível.
As alternativas existem, mas, para obtê-las, não basta eleger alguém que diga que fará algo diferente. Precisamos de uma participação maior do povo na economia.
Mas como escapar da lógica que comanda a economia em escala global hoje em dia?
A mensagem principal que emerge do livro é que as decisões econômicas são em grande parte decisões políticas, no sentido de que não há nada que seja uma necessidade técnica. São decisões políticas que acontecem dentro de um sistema que funciona sob pressões específicas.
Você pode ir contra essas pressões, mas terá de arcar com as consequências. Essa mudança não acontecerá suavemente. Se você quiser realmente subverter o Estado capitalista de dentro, você precisa entender que não vai ser fácil.
Clara E. Mattei, 35
Formada em filosofia, mestre na mesma disciplina e doutora em economia, é professora associada do Departamento de Economia da New School for Social Research (Nova York)
A ordem do capital - como economistas inventaram a austeridade e abriram caminho para o fascismo
Autoria Clara E. Mattei
Editora Boitempo
Tradução Heci Regina Candiani.
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diariodesabado · 1 year
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25/04/2023, terça-feira
"Novo Ensino Médio: consequências e perspectivas para a formação dos jovens."
Diferente da discussão de segunda, o foco dessa análise eram os alunos, como eles se sentem mediante a reforma do Ensino Médio.
A partir de agora, vou citar trechos que me chamam a atenção e comentar alguns:
o NEM acoberta velhos discursos e velhos propósitos: parece a educação da ditatura, escolhendo as áreas, limitando o conhecimento;
é um projeto neoliberal, financiado pelo BM e o FMI durante a década de 90, uma resposta dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento, já que o mundo (mundo de quem né?) emergiu na terceira revolução industrial e essa cultura precisava ser difundida.
objetivo político de democratizar a escola depende da realização de uma profunda reforma administrativa do sistema escolar orientada pela necessidade de introduzir mecanismos que regulem a eficiência, produtividade e eficácia, ou seja, a qualidade dos serviços educacionais: educação transformada em mercadoria.
Dessa maneira, a estratégia do neoliberalismo consiste em transferir a educação da esfera política para a esfera do mercado, questionando, assim, seu caráter de direito e reduzindo-a à sua condição de propriedade.
Dentre as mudanças anunciadas a partir da aprovação da Reforma do Ensino Médio, destaca-se a alteração curricular composta por itinerários formativos: sério, mesmo lendo e lendo, ainda não entendo direito sobre os itinerários, imagina o aluno então?
compondo 40% carga horária do currículo e ficando à escolha dos jovens a opção entre um destes. sendo a Língua Portuguesa e a Matemática disciplinas obrigatórias. As demais estão diluídas em áreas de conhecimento, ou seja, perdem a autonomia e a especificidade. Caramba, muito grave, nem preciso dizer que a exclusão principalmente das humanas é para cortar o estímulo ao pensamento crítico.
Dessa forma, as reformas curriculares se adequam cada vez mais à lógica das demandas engendradas pelas mudanças organizacionais do mercado e do mundo do trabalho.
Pedagogia das competências.
Requer o desenvolvimento de competências para aprender a aprender, saber lidar com a informação cada vez mais disponível. pra que escolha se tem internet? o conhecimento agora é muito mais acessível e isso desmotiva os alunos a aprenderem da maneira antiga, assim dizendo.
A BNCC destaca o agir de forma resiliente, autônoma, responsável, flexível e determinada como uma das competências a serem desenvolvidas no processo formativo da educação básica. Discurso PURAMENTE meritocrático.
Com forte crítica à pedagogia tradicional, enfatiza-se a necessidade de superar a posição passiva, de mero receptor de conhecimento do estudante. O foco das atividades passa a ser o jovem. Esse talvez seja um ponto positivo. Mas o que o jovem acha disso?
Sob o discurso do protagonismo juvenil, projeta-se um jovem adaptado à ordem social burguesa e na qual tem-se a ilusão de autonomia e liberdade de escolhas. Cruel. apenas cruel despertar o sentimento em alguém que ele vai ascender de classe social apenas por estudar e se ele não conseguir, é porque ele não foi bom o suficiente. Eu sou uma dessas vitimas e talvez por isso eu seja tão insegura e frustrada comigo mesma.
Reduzem a educação a um insumo econômico.
século XXI marca a constituição do novo proletariado, informal ou digital, do setor de serviços, ocorrendo assim, uma espécie de devastação das condições de trabalho, bem como dos próprios trabalhadores. No fim de tudo, o problema é sempre o capitalismo e a solução é sempre o coletivo, organização e a luta de classes. VIVA LA REVOLUCION!
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radiorealnews · 1 year
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(in) segurança, subjetividade e políticas públicas
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No processo civilizatório, há uma luta constante contra as inseguranças: as intempéries ambientais, a fome, os predadores e, principalmente, o inimigo humano. Na luta de classes ao longo do tempo, a insegurança é presente em todas elas. Por isso, somos marcados filogeneticamente pelo mecanismo de luta e fuga, também conhecido como "sequestro emocional", um impulso que vai do tronco cerebral até a amígdala, como Daniel Goleman explica em seu livro "Inteligência Emocional". Lidar com desafios que precisam ser superados, de acordo com o desenvolvimento psicossexual psicanalítico, envolve o processo de castração. Esse processo tem início desde que nosso cordão umbilical é cortado, passando pelo fato de que nem sempre somos "a majestade do bebê", como Freud dizia. Nossa mãe não é só nossa: ela é, em relação ao afeto, também dos irmãos, do pai, da vida e dela mesma. No desenvolvimento humano e na individuação, a escola tem uma importância enorme na socialização e no aprendizado para enfrentar o mundo, consolidando a alienação/separação que acontece na elaboração edípica em relação aos pais, que Lacan considera como perda e divisão para que o sujeito se constitua como um desejante, não subjugado ao desejo do outro. Aprendemos a dividir brinquedos e espaço. E, com sorte, a empatia pode ser construída. O psicanalista Winnicot acreditava em um ambiente de aprendizado transicional que passava pela solidariedade. Com essa base, podemos pensar sobre a necessidade de uma distribuição solidária de papéis para todos, especialmente para a infância em fase de aprendizado. No campo dos cuidados, é importante lembrar do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que garante o direito das crianças de serem protegidas de agressões, negligências e violências de todo tipo. Isso nos leva a um entendimento mais amplo da segurança que buscamos contra a violência escolar, que tem nos assustado também no Brasil, e do papel dos múltiplos atores na educação. No governo Bolsonaro, a violência contra os direitos humanos não poupou as crianças, que foram literalmente usadas em sua campanha armamentista. Além disso, o lado "neoliberal" do presidente, que armou milícias, retirou da população o direito constitucional de segurança pelo Estado. Ainda hoje, existem clubes de tiro infantis, o que é aviltante. Existe uma aposta de luz em tudo isso: justamente pelo investimento real, intersetorial, para garantir às escolas segurança. E não fica só nisso: uma visão de trabalho e educação integrada, interministerial, está sendo organizada com o governo Lula. Com isso, não ficamos apenas nas saídas individualizantes, como os pais revistarem mochilas. As críticas aos danos violentos que o próprio policiamento pode causar são ponderações relevantes. Porém, temos urgência que isso seja feito de modo contido, acreditando que, na nova ordem, uma nova polícia vai se edificando, sem violência e corrupção, bem vigiada, denunciada e investida. O governo está convocando a sociedade civil para se unir no combate à violência escolar e isso é muito importante, levando em consideração o suporte familiar, dos órgãos de segurança e de educação. Quanto a "puxar brasa para o meu assado", fico sem constrangimento nenhum: retomando a visão winnicottiana, é bom lembrar que atos antissociais respondem ao desamparo que acontece na infância, forjando adoecimento mental, inclusive graves, como a psicopatia. O midiático não tem como fugir de apontar as tragédias sofridas nas escolas, buscando entendimento e segurança, também, com especialistas. Está abrindo o debate, apontando caminhos que psicologicamente previnam os riscos violentos. Psicologicamente, se faz necessária intervenção que procure tratar e evitar a formação de sujeitos fóbicos, evitando a evasão escolar que já tem seus tradicionais problemas. Freud superou a teoria do trauma e sedução, nos trazendo algo útil para a discussão em questão: não existe uma "psicogênese", mas uma rede de eventos e afetos, no "só depois" que é psicopatológica, demandando um comprometimento mais amplo. Esse acolhimento deve se estender aos demais atores: aos pais que enfrentam e promovem atos violentos no seio familiar; aos professores, já tão desvalorizados, que têm que ser escudo e dar a própria vida; aos funcionários das escolas, que não tiveram nenhum aumento salarial aqui no estado, e por aí afora! Alguém seria capaz de achar que, investindo em políticas públicas para combater a violência nas escolas, não precisaríamos de psicólogos escolares, bem como na Rede SUS, principalmente no PSF (Programa de Saúde da Família), numa atuação territorial envolvendo UBSs, escolas e lares? Read the full article
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umapena · 1 year
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BATISTA, V. M.
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https://anovademocracia.com.br/no-184/6825-vera-malaguti-sao-as-prisoes-que-produzem-as-faccoes 
Depois do grande encarceramento
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p. 10
Partimos do pressuposto de que a política criminal predominante em uma sociedade se faz a partir de uma reflexão sobre o sentido do crime e as maneiras de evita-lo, sempre vinculada a uma ideologia predominante no momento histórico em que as políticas criminais serão aplicadas.
1930 - A vinculação com o SISTEMA PRODUTIVO de cada momento histórico aparece pela primeira vez de maneira clara no artigo GEORGE RUSCHE e OTTO KIRCHHEIMER  
“A TRANSFORMAÇÃO em sistemas penais não pode ser explicada somente pela mudança das demandas da luta contra crime, embora esta luta faça parte do jogo. Todo SISTEMA DE PRODUÇÃO tende a descobrir formas punitivas que correspondem às suas relações de produção. É, pois, necessário PESQUISAR A ORIGEM e a força dos sistemas penais, o uso e a REJEIÇÃO de certas punições e a INTENSIDADE das práticas penais, uma vez que elas são DETERMINADAS POR FORÇAS SOCIAIS, sobretudo pelas forças ECONÔMICAS e, consequentemente FISCAIS.
DE GIORGI
“A necessidade de superar uma dimensão teórica da criminologia enquanto ciência da criminalidade, como SABER-PODER sobre as causas individuais e sociais do desvio, e de construir uma crítica histórico-econômica da formação dos sistemas repressivos.”
NÃO É POSSÍVEL ENTENDER A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO CRIMINOLÓGICO SEM ENTENDER O CONTEXTO HISTÓRICO  
Do iluminismo aos dias atuais
HIPÓTESE - existe uma profunda relação entre os momentos históricos nos quais ganha peso na discussão teórica a valorização da liberdade individual – e, portanto, RESPONSABILIDADE DO INDIVÍDUO sobre suas ações - em detrimento do papel do Estado e o aumento do peso do Direito Penal como principal instrumento da política criminal.
SUPERAR O QUE LOIC WACQUANT chama de aparente contradição entre a falta de regulação econômica e a hiper-regulação penal nos dias de hoje.
ANALISAR-SE-Á o surgimento do Direito Penal MODERNO exatamente no momento em que os teóricos ILUMINISTAS tinham como tema central a LIBERDADE INDIVIDUAL.
“Posteriormente, serão tratados o aparecimento da sociologia e do Estado de bem-estar social e a diminuição da importância do Direito Penal como PRINCIPAL INSTRUMENTO DA POLÍTICA CRIMINAL. Finalmente, o texto abordará a vinculação do ideário neoliberal, com a retomada da pena como elemento central da PREVENÇÃO AO CRIME.”  
APARECIMENTO DO DIREITO PENAL MODERNO
p. 11
XVIII e início XIX – aparecimento do Direito Penal moderno (codificado, com penas atribuídas a crimes específicos, mecanismos de garantia para aplicação da lei de forma equilibrada) - reflexão por filósofos iluministas
CONTRATUALISMO – fonte do direito penal moderno
Justificativa dos primeiros castigos na modernidade – LOCKE – ideia de punição deriva do CONTRATO SOCIAL.  
“a opção pela saída do estado de natureza se faz em função do “exercício irregular e incerto do poder que todo homem tem de punir as transgressões dos outros”
Assim os CIDADÃOS cederiam seu poder de punir, a fim de ele ser unicamente exercido por aquelas pessoas, que para isso foram eles escolhidas, e de ser dirigido somente por aquelas regras, que a sociedade ou os autorizados
O DIREITO ORIGINAL se consiste nisso (acima) e o princípio do poder Legislativo e Executivo
BARATTA – visto pela escola liberal clássica como violação do PACTO SOCIAL que estava, segundo a filosofia política do liberalismo clássico, na base do Estado e do Direito”
Qual a importância da VINCULAÇÃO entre o nascimento do DP moderno e o CONTRATUALISMO?
CONTRATUALISMO – uma das principais expressões da crença no indivíduo, carregamos até hoje o conceito de liberdade individual que vem desse momento histórico.  
DUMMONT com base em OTTO GIERKE - é nesse período histórico que o conjunto das pessoas deixa de ser tratado como universitas (termo utilizado por escolasticos) e passa a ser designado como societas.
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blogdotarso · 2 years
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Por que Bolsonaro é fascista?
Oi, eu sou Tarso Cabral Violin, advogado, Pós-Doutor em Direito pela USP, Doutor pela Universidade Federal do Paraná, professor universitário e autor do livro Bolsonarismo: o fascismo-neoliberal brasileiro do século XXI, que pode ser baixado de graça aqui. Por que Bolsonaro é fascista? O fascismo e Bolsonaro defendem a ditadura; são contra a justiça social, a diversidade e as políticas públicas…
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sentimentosdemim · 2 years
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Fotografia mostrando mineradores em um elevador superlotado deixando uma mina de carvão na Bélgica no ano de 1900, depois de uma longa jornada de trabalho.
Na época dizia-se que um minerador nunca mais veria a luz do sol depois que começasse a trabalhar em uma mina, a não ser que faltasse ao trabalho: quando ele entrava para a mina ainda não tinha amanhecido e quando saía já tinha anoitecido, de segunda a segunda, sem folga semanal.
Não se iluda, os direitos sociais, incluindo os direitos trabalhistas, foram conquistados pelos trabalhadores com muita luta e sofrimento. Não se deixe enganar pelo discurso neoliberal. Estude história por sua conta através de fontes confiáveis e perceberá que a justiça social jamais será fruto de uma concessão. Ela precisa ser conquistada, o que exige de nós luta e dedicação. Isso passa por várias esferas, inclusive pela esfera política.
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aspalavrasmalditas · 2 years
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o que me incomoda é essa tensão constante no maxilar sinto que durmo com eles tensos e isso me dá enxaqueca. gostaria de poder viver como aquele moço do vídeo falou que a verdadeira arte é viver em harmonia com todas as pessoas ao seu redor. realmente, precisa de um bom jogo de cintura pra isso. percebo que fico tensa porque acho que fico me projetando para as coisas que gostaria de ser. outros momentos fico pensando que deveria me resignar ao que já sou e ser feliz com isso. em outros, fico pensando que não vou conseguir me perdoar por não ter seguido meus sonhos artísticos, meu sonho de sair do direito, que também me é sufocante. só que daí vem a consciência de que a idéia de viver trabalhando com aquilo que se gosta na verdade é uma fantasia totalmente neoliberal que pode conduzir ao esgotamento mental e físico. de certa forma, já experiencei momentos de colapso, justamente pelo excesso de estímulos e de conflitos internos e externos e fico pensando que talvez eu devesse apenas pensar em relaxar. mas é muito difícil, é realmente muito difícil. é como se eu realmente quisesse entrar mais pra esse meio artístico por mais difícil que ele seja, porque eu gosto de artistas, me sinto bem no meio dessa galera estranha. mas quem sabe eu deveria me permitir percorrer também o espaço da performance. a impressão que tenho do meu corpo também é que ele é feito de carne e decadência, e que de repente o tempo passou de um jeito muito muito mais veloz e cruel do que eu imaginei. eu tinha meus vinte e tantos anos quando me apaixonei e de repente eu tenho mais de 30 e ainda tentando superar a frustração de uma relação infeliz. e aí de repente parece que quero compensar todo esse tempo que não vivi e que não pude fazer nada além de trabalhar com algo que odeio. mas agora tenho conseguido trabalhar menos e isso tem me feito estudar mais. é bom também, mas sei lá, as vezes parece tudo tão vazio e irrelevante, parece risível nossa tentativa de tentar construir algo. me sinto perdida em burocratizações, sinto que simplificar seria melhor. 
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medley-posts · 2 years
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Fotografia mostrando mineradores em um elevador superlotado deixando uma mina de carvão na Bélgica no ano de 1900, depois de uma longa jornada de trabalho. Na época dizia-se que um minerador nunca mais veria a luz do sol depois que começasse a trabalhar em uma mina, a não ser que faltasse ao trabalho: quando ele entrava para a mina ainda não tinha amanhecido e quando saía já tinha anoitecido, de segunda a segunda, sem folga semanal. Não se iluda, os direitos sociais, incluindo os direitos trabalhistas, foram conquistados pelos trabalhadores com muita luta e sofrimento. Não se deixe enganar pelo discurso neoliberal. Estude história por sua conta através de fontes confiáveis e perceberá que a justiça social jamais será fruto de uma concessão. Ela precisa ser conquistada, o que exige de nós luta e dedicação. Isso passa por várias esferas, inclusive pela esfera política. (em Estaleiro Jurong Aracruz) https://www.instagram.com/p/CiNHjb6ud2GA3PbGLBnoJ8dYt53B8oWuOikePI0/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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brasilsa · 1 year
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mariofonseca_adv
Sou totalmente favorável à indicação do Dr. @cristianozaninmartins para o STF. Posso até me colocar simpático e favorável a outras (do Dr. Lênio Streck ou da Dra. Soraia Mendes, por exemplo), mas não tenho como não ver como legítima a indicação desse grande advogado brasileiro. Que Globo, Veja, Folha, Estadão e fascistas (lavajatistas e bolsonaristas) sejam contrários, entendo, mas são inaceitáveis objeções ao Dr. Zanin porque é homem e branco! As duras lições recentes não ensinaram nada? Às favas o identitarismo neoliberal, que distorce, segrega, fragmenta, manieta, enfraquece e corrompe lutas por identidade, a princípio libertárias e de sentido revolucionário - deixo claro que combato essa ideologia malsã, não as necessárias lutas contra o patriarcado e o racismo. Adoraria ver o STF repleto de mulheres, negros e mulheres negras. Representatividade importa, mas não basta. Já pagamos alto preço quando esse critério compareceu isoladamente em relação a outros: Joaquim Barbosa, Carmen Lúcia e Rosa Weber, que contribuíram fortemente com o lawfare, que o digam. Também não bastou a ligação anterior com movimentos sociais e a esquerda, como foram os casos de Fachin e, o pior de todos, de Tofoli. Precisa ser temperado no fogo, como o aço, como foi o Dr. Zanin. Mesmo humilhado na Vara do Ensaio de IV Reich de Curitiba e sofrendo derrotas posteriores no Supremo Tribunal Federal, nunca agrediu o Poder Judiciário e sua mais alta corte. Lutou com as armas da Constituição, da lei e do nobre ofício da advocacia. Tem muito mais qualificação do que os jagunços que Bolsonaro guindou à corte. Muito mais que o fora da lei Sérgio Moro, que fez uma sentença sob encomenda para tirou o adversário do vencedor da corrida presidencial, ganhando em troca o cargo de "superministro" da Justiça e da Segurança Pública e a promessa de ser indicado posteriormente ao STF. O Dr. Cristiano Zanin qualificaria a corte. Representaria uma vitória do Estado democrático de direito contra os desmandos do ativismo do tenentismo de toga que corromperam o Judiciário e quase feriram de morte a nossa democracia, conquistada a duras penas, mesmo com o sangue derramado por muitos compatriotas. (Mario Fonseca)
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📚 DICA DO ERNESTO📚 . O conceito de necropolítica, portanto, trata da gestão da morte no controle dos excedentes do capitalismo neoliberal. É neste diapasão que o Sistema prisional passa a ser um controle político, consubstanciado em diversas medidas de exceção. . Salve este post!!! . Gostou da dica? ✍ . ❤ Deixe seu like 👥 Marque seus amigos 🗣 Compartilhe. 🔔 Ative as notificações para receber as dicas. 👊🏽📚 💾 Salve este post para estudar. . #professorleandroernesto #leandroernesto #direitopenal #penal #processopenal #coach #concurso #concursopublico #concurseiro #concurseira #granonline #grancursosonline #alfacon #jusconcursos #jus #oab #carreiraspoliciais #examedaordem #direito #advogado #advogada #eusougran #tecnicasdeestudo #dicadoernesto #necropolitica #pf #racismo  #uniprojeção #uniprojeçãosobradinho #capitalismoneoliberal (em Brasília, Brazil) https://www.instagram.com/p/ChkQZwbt1Ha/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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o-luquinhas · 2 years
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Uma opinião sobre Trabalho
Estava fazendo uma redação sobre o desenvolvimento do mercado de trabalho e o caráter progressivo ou retrógrado desse processo. No texto defendi como mais uma questão problemática, apesar de também ver um lado positivo nesse desenvolver. Acredito que processos como a uberização do trabalho, a inflação do terceiro setor - sobretudo na categoria dos sub-empregos -, e da forte característica neoliberal da nossa política, que nos condena à supressão de direitos trabalhistas - necessários aos empregos da base social -, são fatores que dificultam a vida de muitos trabalhadores, deixando esses sem uma remuneração justa quanto aos empregos flexíveis, uma competitividade desproporcional aos níveis de oferta e procura, quanto aos empregos subterrâneos, mais a insegurança do empreender nessa área específica, e também do processo injusto de retirada de direitos e condições de trabalho que dignificam a função desses indivíduos, como a salubridade, a previdência como direito, o acesso a atendimento médico eficiente, a salários mensais (que permitem uma expectativa de controle financeiro ao indivíduo indepentente de sua produtividade), além de um ambiente de trabalho com qualidades sociais, como o pertencimento a uma equipe de trabalho e as possibilidade desenvoltura pessoal nos processos de rede de contatos, na acumulação de experiência, no conforto relativo �� infraestrutura adequada ao trabalho, setorização e todo o contexto de autonomia e relacionamento que envolve um emprego.
Por outro lado, na perspectiva de cliente, de usuário de serviços, é muito confortável utilizar aplicativos que tem todo o trâmite de pedido com fácil acesso e rastreio do desenvolvimento à palma da mão, sem ter necessidade de um gerente, de uma fila de atendimento, de locomoção e de interação via telefone - tudo de forma objetiva, fácil e clara. Nesse sentido, o desenvolvimento do trabalho mostra-se muito benéfico quanto à eficiência de autoatendimento, a rapidez, o que dá ao próprio cliente o conforto via tecnologia com auxílio da internet. Ademais, no âmbito da produção, máquinas mostram-se desde as primeiras revoluções mais eficientes que os humanos, pois conseguem fazer as funções básicas dos empregos de base em uma velocidade e quantidade que necessitaria uma equipe inteira para processos industriais e artesanais de preenchimento, corte, limpeza, movimentação e manuseio dos materiais. Sejamos sinceros, as máquinas são um avanço produtivo, assim como a tecnologia crescente que torna o mercado de trabalho tão competitivo pela redução das vagas, numa época em que a especialização é fator de maior probabilidade de sucesso, mas não garantia desse sucesso. Muitos recém-formados e trabalhadores de experiência mas sem diploma sofrem com a mesma rejeição nas candidaturas a empregos. Quando a substituibilidade não é o fator de negação, a falta de experiência, e a falta de conhecimento técnico ou conceitual podem ser. Ninguém está salvaguardado da chance de desemprego (a não ser os empreendedores, que já correm seus outros tantos riscos mercadológicos). Então, não podemos ser levianos e dizer que o Trabalho em desenvolvimento com os excessos da tecnologia, e a crescente demanda por conhecimento exclusivo são problemas remediáveis com mais educação e com supressão da compulsividade mercadológica por tecnologia. Defendo a ciência e a inovação como meio para a melhoria de muitas questões. Cabe a nós, candidatos não somente ao mercado de trabalho, mas à autosuficiência financeira e à autonomia social, a responsabilidade de escolher o que é mais coerente ao contexto, a escolha de uma profissão prudentemente, ao estudo aplicado e direcionado ainda enquanto empregado, e mesmo à renúncia da relativa seguridade de um emprego fixo mas sem o atendimento à satisfação e desenvoltura de vida - resta mudar ou se autodesenvolver. A proposta de “trabalhadores autônomos” não é ruim, só é incoerente para um país em que a maioria dos empregos não dependem somente das condições individuais e das vontades pessoais. O que o atendente de mercado vai fazer com a proposta “autônoma” de receber 3 salários mínimos em troca de uma renovação do serviço de empacotamento do caixa? Simples, não vai haver adesão empresarial. Em boa parte dos empregos o custo de serviço e de produção é o que determina as qualidades desse serviço e dos produtos. Então, é muito injusto medir a sociedade com uma autonomia de trabalho que é ignorante à grande maioria. Isso sim é o que pode e deve ser mudado, quanto às conformidades legais e políticas do emprego, a regulamentação e a garantia dos direitos. Não tem outra, o Trabalho necessita de intervenção para uma justa medida. O neoliberal está preocupado com o boleto a ser pago, assim como os trabalhadores de base tem os seus boletos a pagar, mas para sobrevivência. Nesse contexto, é necessário sim que a mediação política e legislativa seja defenssora da maioria em número, sem deixar a desejar, entretanto, nas tributações que são determinantes da taxa de empregabilidade. A justiça no Trabalho é essencial para o equilíbrio do mercado de trabalho e para a seguridade da população.
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📰 COLUNA AVESSO DO DIREITO ⚖️ Nessa semana, o juiz e integrante da ABJD e AJD, José Carlos Garcia analisa a gravidade e a abrangência das denúncias de prática de assédios sexual e moral na Caixa Econômica Federal e trata do alarme que deve soar em todos nós, a partir das acusações. 📍 As denúncias envolvendo o alto escalão da Caixa, mais claramente, talvez, do que vários outros casos, explicita a profunda vinculação entre patriarcado ancestral e neoliberalismo pretensamente “moderno”, pois cose e entretece os tenebrosos fios que unem violência sexual, violência no local de trabalho e violência como gestão pública e como ação política que caracterizam o capitalismo em geral, sua fase autoritária-neoliberal em particular, e suas facetas nos países marginais do sistema global, muito especialmente. 🔗 Leia no Brasil de Fato: https://bit.ly/3PbQvuu (em Aposentos Reais da LOIRA) https://www.instagram.com/p/CfxFdGrOt8S/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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radiorealnews · 1 year
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