Tumgik
#que responsabilidade foi escrever essa fic!
navstuffs · 1 year
Note
Depois de descobrir seu blog, suas fanfics (que são maravilhosas, aliás) e que você é brasileira, eu tive que tomar a liberdade de vir aqui fazer a request em português, é tão difícil achar ficwriter brasileiro que compartilhe do mesmo fandom, evento raríssimo hshssj enfim! Se tratando de request agora, como você está escrevendo para o Assassino que é simplesmente l'amore della mia vita, me peguei imaginando como seria uma reader escritora/poetisa que teria o Ezio como fonte inspiracional, aquele romance bem bocó sabe? Com ela escrevendo detalhes que se encaixam nele e ele todo bocó de amor descobrindo, chega a manteiga derrete só de imaginar shshsh meu Deus isso aqui tá enorme, desculpa, me empolguei, enfim, continue fazendo seu trabalho incrível e que me tirou sorrisos enquanto lia, beijocas de morango <3
Cartas de Amor
Casal: AC2!Ezio x Leitora
Sumário: Você manda cartas para Ezio, como forma de acalentar seus corações.
Avisos: escrita em pt-br, melhores amigos à namorados, dois bobos apaixonados, namoro à distância, descrição da leitora não é mencionada, sem uso de s/n
Notas da Autora: primeiramente, quero pedir desculpas pelo tempo que demorei a escrever seu request. eu queria fazer o mais perfeito que eu pudesse e eu devo ter uns 3/4 rascunhos dessa fanfic. segundo, eu me sinto honrada pelo seus elogios. eu fui lendo sua ask e meus olhos foram enchendo de lágrimas pq apesar de eu escrever em inglês agora, eu iniciei em português. só quero te agradecer pelo pedido e a grande responsabilidade que foi escrever . essa fanfic já é meu xódo só por ser em português. espero que você goste! <3
Você e Ezio se conheceram ainda crianças em Florença. Sabe quando você vê uma pessoa pela primeira vez e fica momentaneamente sem palavras? Foi assim que Ezio sentiu. O garoto de dez anos estava calado e envergonhado, algo extremamente raro para Ezio.
Vocês se tornaram bons amigos e era muito engraçado para você a maneira que Ezio se encabulava. Aos dezesseis, Ezio pediu aos seus pais se ele podia cortejá-la, o que eles aceitaram. Após a morte da família e a fuga de Ezio de Florença, você achou que seria esquecida. Ezio retornou a cidade na mesma noite para buscar você e seus pais, que eram considerados também traidores.
Ezio admitiu que iria se vingar de todos que haviam matado sua família, e que não iria te culpar se você quisesse continuar sua vida. Você negou veemente, dizendo que iria ajudá-lo com a vingança e nunca desistiria dele. Ezio, obviamente, não aceitou sua ajuda por razões óbvias.
— Não vou conseguir me concentrar sabendo que você pode estar em perigo, tesoro.
Você até tentou argumentar, dizendo que podia cuidar de si mesma, sem sucesso. Você estava presa a Vila Monteriggioni. Pelo menos, você tinha Claudia Auditore como amiga e confidente. A ideia de mandar cartas para Ezio partiu dela, na verdade.
— Você tem certeza? Não quero incomodar. 
— Incomodar? Meu irmão está apaixonado por você. Acho que vão mais ajudar do que incomodar.
Naquela mesma noite, você decidiu escrever sua primeira carta. Ezio só foi receber dois dias depois, estranhando o envelope estranho no pombo mensageiro. Ele ficou mais surpreso ainda quando reconheceu sua caligrafia, os olhos percorrendo rapidamente pelo papel.
Querido Ezio,
Como você está? Espero que bem. Claudia me deu a ideia de escrever para você, mas realmente não sei o que dizer. Tudo está bem por aqui. Eu tento ocupar minha mente com livros ou em ajudar Claudia, mas tirando isso não sei bem o que fazer.
Eu sei que vai demorar um pouco para nos vermos, por isso, gostaria que você soubesse que sempre o guardo nos meus pensamentos. Se você está bem, se está ferido, se está dormindo bem, se está comendo bem. Queria tanto estar com você para poder ajudá-lo de alguma forma...
Aliás, não precisa se apressar a responder essa carta. Sei o quão ocupado você deve estar, mas espero que possa transmitir só um pouco do meu amor por você. 
Se cuide por favor,
Sua bella.
Ezio sentiu seu coração batendo mais forte a cada palavra lida. Era sempre assim quando o assunto era sobre você: como se tudo que tivesse acontecido até então, desaparecesse. Toda tristeza, mágoa, raiva não existiam mais e e um sentimento muito bom instalava-se em seu peito.
Era como se ele tivesse dezesseis anos novamente e tudo estava bem. Seu pai e seus irmãos estavam vivos, Maria e Claudia estavam felizes e ele teria pedido sua mão em casamento. Ezio fechou os olhos, dobrando a carta e guardando perto de seu coração. Assim, talvez, não doeria tanto ficar longe de você.
A segunda carta chegou três semanas após a primeira, em San Gimignano. Você não sabia se ele tinha recebido pelo menos a primeira e se tivesse, se Ezio poderia responder. 
Você também se sentiu mais confiante em sua escrita dessa vez. Era confortante e até ajudava um pouco com a angústia de não vê-lo.
Querido Ezio,
Como você está? Espero que esteja se cuidando. Seu tio me avisou que você está em San Gimignano agora, por isso espero que essa carta tenha chegado corretamente. Claudia está bem, sua mãe está bem. Eu e minha passamos algumas tardes com ela, falando sobre qualquer coisa e acho que vi ela sorrindo uma vez, mas pode ter sido uma ilusão.
Enquanto a mim, fico procurando ser útil. Durante o dia, estou sempre realizando tarefas, me ocupando. A noite, bom, não é fácil. Sinto tanta saudades de você, mio amore. Às vezes, subo no seu quarto e fico aguardando você aparecer de repente.
Quero tanto sentí-lo, tocá-lo. Me jogar em seus braços e esquecer de todo mundo lá fora. Quero beijá-lo. Sinto até falta dos seus flertes bobos. Mas principalmente, do seu sorriso. Aquele que me fazia me sentir a pessoa mais especial do mundo. E da sua risada! Céus, a sua risada é meu som favorito desse mundo! Acho que porque é tão bom te ver feliz, Ezio.
Estou aguardando seu retorno. Volte para mim inteiro, por favor? 
Sua bella.
Ezio dobrou o papel, encarando a San Gimignano a sua frente, a cidade se prepando para dormir. Havia sido um dia bom: ele tinha conseguido matar Bernado Baroncelli, conspirador da tentativa de assassinato de Lorenzo de' Medici. Ezio tinha até tentando te responder, mas as últimas semanas tinham sido tão ocupadas.
Ezio te entendia perfeitamente: as noites eram sempre mais difíceis. Ele não conseguia dormir, e nas poucas vezes que se obrigava a descansar, tinha pesadelos de seu pai Giovanni e seus irmãos sendo enforcados. Ezio acordava suando e tremendo, com terríveis pensamentos em sua mente. Ele se via procurando por sua carta, que ele sempre deixava embaixo do travesseiro e a segurava inconscientemente enquanto se acalmava. 
Por mais que Ezio quisesse voltar para você, ele sabia que não podia. Não agora, pelo menos. Guardando a carta em seu peito, Ezio pulou na escuridão.
BÔNUS: 
Você tinha acabado de entrar na mansão Auditore, quando ouviu Claudia chamando seu nome com urgência. De início, você ficou apreensiva, esperando que fossem más notícias, mas ao vê-la acenando com um pequeno envelope na mão e um sorriso feliz nos lábios, você engoliu em seco.
— Finalmente o idiota do meu irmão respondeu! Chegou hoje de manhã. Eu pedi pra irem te procurar, mas não te encontraram!
— Fui levar ums sacola pesada de frutas para uma senhora até fora da Vila — Claudia te ofereceu a carta, sorrindo animada e você pegou, as mãos tremendo. 
Você segurou a carta por alguns momento enquanto Claudia te olhava com expectativa. Quando você não fez nenhuma menção de abrir a carta, Claudia revirou os olhos.
— Vai, vai abrir a carta! Não quer ler o que o seu precioso Ezio tem a dizer? O quanto ele sente sua falta? O quanto ele quer te bei—
— Tá bom, tá bom — Você se virou para sair, mas antes, virou-se de novo — Obrigada Claudia.
Claudia fez como um não-há-de-quê com as mãos e você correu para a parte favorita da mansão, ou seja, o quarto de Ezio. Você subiu as escadas e sem fôlego algum, sentou-se na cadeira. Sem paciência, você rasgou o envelope, os olhos percorrendo cada linha da carta.
Mia cara,
Espero que não tenha ficado chateada pelo tempo que levei a te responder. Estou ocupado, mas o medo de não te responder do jeito que você merece foi o que segurou. Por isso, me desculpe. 
Estou em Veneza agora e a cidade é linda. Lembra que me dizia que um dia você queria vir para cá? Pois, eu entendo agora o porquê você gostava tanto dessa cidade. Mal espero poder trazer você aqui, num futuro próximo.
Como você está? Como estão suas noites? Não se engane, eu entendo perfeitamente o que disse sobre as noites. Elas são vazias e frias sem você ao meu lado. Veneza ajuda a matar um pouco dessa saudade: a cada esquina, eu me lembro do seu sorriso, sua presença, seu amor. 
Você não sabe o quanto dói ficar longe de você. Sei que você gostaria de ficar perto de mim, tesoro, mas a possibilidade de algo acontecer com você e ser minha culpa seria demais para mim. Eu não saberia viver em um mundo no qual você não existesse.
Paciência nunca foi o meu forte. Suas cartas ajudam tanto. Eu as guardo perto de meu coração como uma promessa para voltar para ti. Quando estou fraco, ou em um momento ruim, eu me lembro de você e continuo. 
Por favor, não me odeie tanto. Você é a coisa mais preciosa do mundo para mim. Mal espero em tê-la em meus braços novamente. 
Com todo meu amor,
Ezio
As lágrimas começam a percorrer seu rosto e você engole em seco, limpando-as com a palma da mão. Você se sente impotente, inútil por não estar lá para ajudá-lo. Principalmente, porque você sente tanta saudades de Ezio que dói dentro do seu íntimo. 
Mas, você entende que deve ser paciente. Você aperta a carta em seu peito, desejando que talvez no futuro, vocês poderão viver tranquilamente. Nada de assassinatos, templários ou qualquer coisa do tipo. Só você e Ezio, vivendo uma vida simples e feliz. Você fecha seus olhos, imaginando esse futuro, um sorriso tímido aparecendo em seus lábios. 
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PRIMEIRAMENTE EU ESPEREI MUITO POR ESSE MOMENTOOOOO😛😛😜😜
SEGUNDAMENTE VOU COMENTAR O CAPITULO KKKKKKKKKK VAMO LÁ
cara eu ja comecei com raiva da gemma pq ela tem uma parcela de culpa nisso tudo SIM pq ela ajudou o timmy a fazer o pedido e afins (E ISSO AINDA N ME DESCEU)
AGORA PQ CARACAS ELA BEIJOU O NICK????????? SERIO VONTADE DE DAR NA CARA DESSA GAROTAAAA
“S/n, entenda eu não quero passar minha vida me perguntando e se Harry voltar? E se Harry à querer de volta? E se Harry largar tudo por ela? Pois, eu sei que assim seria nossa vida juntos.”
NICK EU TE AMOOOOOO SENSATO NUNCA TE CRITIQUEIIII
E EU QUE ESTAVA JÁ COM ODIO DA EMMA FIQUEI ATÉ SATISFEITA PELA FORMA QUE ELA TERMINOU COM HARRY AAAAAAAA MEU CASAL AINDA PODE VOLTARR
AGORA A PARTE DA FIC QUE EU MAIS ESPEREI E SUPLIQUEI PARA QUE ACONTECESSE OU SEJA MEU MOMENTOOOO
serio quando ela abriu a caixa e viu as musicas e tudo que tinha lá dentro, eu esqueci como se respirava ainda bem que eu li o capitulo antes de tomar banho que aí eu chorei e ngm ouviu pq olha eu acho que nunca chorei tanto na minha vida
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"S/n fechou os olhos, desejou nunca tê-lo perdido, desejou ter voltado no tempo e dito sim! Sim para amá-lo! Casar com ele e sim por ter finalmente entendido que ela nasceu para ser dele.Um ano se passou, ela disse a seus amigos que já o esqueceu. Ela declarou para meio mundo que não sentia mais nada. Ela sorria e fingia não se importar mais quando falavam dele. Ela lembrou a todos, diariamente que ele não a afetava mais. Ela não procurou ou ligo mais para ele. Ela esqueceu tudo o que veio dele; os textos, apelidos carinhosos, momentos, risadas, brigas. Ela já não pensava tanto nele antes de dormir ou ao acordar. Ela conseguiu convencer a todos de que já superou. Mas a verdade era que tudo isso não passava de uma enorme mentira, ela nunca parou parar de sentir, nem um dia, nem uma hora ou segundo que passou longe de Harry. Ver todas essas memórias e sentir o que sentiu foi a prova disto, prova que seu amor nunca se foi e agora ela precisava tentar consertar mais uma vez! Uma última vez."
AQUI EU PERDI MINHA DIGNIDADE
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"Depois do que você fez eu não posso mais negar, eu menti, eu não estou bem, sinto falta de você, e sinto falta de tudo."
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA O MEU MOMENTO O QUE EU MAIS ESPEREIIIII ELE ADMITIU MEU DEUSSSSS EU ESQUECI COMO QUE SE RESPIRA
"mas todo esse ressentimento é em vão quando eu sabia que no final de tudo eu sempre vou querer que seja você que me ajude a reconstruir cada parte que nós dois quebramos."
EU ACHO QUE VOU M*RRER AAAAAAaaaaaaAAAAAA
E assim pelo menos alguma parte minha teve o seu final feliz
"Harry e S/n sabiam que tinham um longo caminho a percorrer quando se tratava de seu relacionamento, mas apesar desse  caminho longo e traiçoeiro eles finalmente se sentiram confiantes de que não apenas ficariam bem, mas que desta vez seu amor sobreviveria para sempre."
mds...ta dificil processar que acabou, eu esperei muito por esse momento vc sabe que eu esperei. Foram meses de muito choro vendo vc expor a maior parte dos meus sentimentos sem ao menos saber, obrigada por desenvolver sentimentos e personagens tão complexos. NOVAMENTE MUITO OBRIGADA (agora eu peço desculpas pelo meu surto desses últimos meses com o meme que eu to guardando há meses kk)
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ACHO NUNCA MAIS VOU ME EXPOR DESSE JEITO NESSA REDE SOCIAL BJS FAMÍLIA😜✌
CARA VOCÊ SABE QUE EU TE AMOOOOO NÉ????!!!! ACHO QUE VC GANHA O TROFÉU DA MENINA MAIS INSTENSA DESSA FIC!! TU E HARRY COMPETE HAHAHHAA MAS EU AMOO SEU JEITO ♥️ E VAMOS LÁ !!
Acho que Gemma se redimiu dando a caixa para ela ♥️ E vou defender ela pq ela só soube depois que Timothe era um merda(que eu amo♥️)
NICK É TUDOO QUEM NÃO BEIJARIA???? O homem é perfeito sempre fez tudo por ela ❤️ porém não era Harry em um universo paralelo certeza que eu colocaria ela com Nick no final !!
NICK EU TE AMOOOOOO SENSATO NUNCA TE CRITIQUEIIII ( Mentira que todo mundo não gostava dele até chegar o Timmy hahahahaha )
Olha escrever o término de Emma com Harry amei e fiquei com dó né hahahha imagina ver um anel e pensa que seria pedida em casamento mas não deu !!!
Olha eu não sei se todas gostaram dessa parte da caixa mas eu amei ter escrito ela é foi de todo meu coração 💓E a sua reação fez meu dia e vc sabe!! Pq acho quer senti ainda mais com responsabilidade então me sinto aliviada por ter gostado tanto!!!! E a fotinha 😍😍🥺🥺🥺
mas todo esse ressentimento é em vão quando eu sabia que no final de tudo eu sempre vou querer que seja você que me ajude a reconstruir cada parte que nós dois quebramos." ESSA FRASE É TUAA!!! OBVIU QUE TIVE QUE USAR ELA E ME INSPIRAR NOS SEUS TEXTOS INCRÍVEIS !!!
POR ÚLTIMO EU SÓ TENHO AGRADECER POR TER GANHADO UMA AMIGA ♥️ E POR VC SER ESSA GURIA INCRÍVEL E SEMPRE ME OUVIR E ENTENDER ♥️♥️ MUITO OBRIGADA POR CADA ASK, MOMENTO E SURTOS QUE EU AMOOO EM TODOS ESSES MESES! Acabou mas ainda tem muito coisa boa e nova que ainda quero compartilhar com vocês e espero que você esteja junto comigo ♥️
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miluescreve · 7 years
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AJUDA PARA ESCRITORES
Abaixo do read more vocês vão encontrar 226 matérias relacionadas a escrita dos mais variados temas. Nenhuma delas foi escrita por mim, eu apenas as reuni nessa postagem. Dê like/reblog caso seja útil de alguma forma.
Ultima atualização feita em 28/06/2020
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A responsabilidade de quem produz
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Recursos para escrever sobre realeza
Como não ser prejudicado pelos sites que você posta suas histórias?
Dicas para cenas de flashback
Sites com imagens livres de direitos autorais
Entrevista para personagens
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sehunfest-blog · 6 years
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10 - #35 Maldito crush que não passa
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Título da fanfic: Maldito crush que não passa
Sinopse: Oh Sehun percebeu que as coisas estavam ficando um pouco estranhas quando o irmão do seu melhor amigo veio morar em Seul e aquele pequeno crush que tinha em Baekhyun começou a tomar proporções maiores que o previsto.
Couple: SeBaek
Número do plot: #35 Sehun é amigo do Chanyeol, que é irmão mais velho do Baek amorzinho. Uma vida legal de amigos legais, festeiros e pegadores... Até que o Baekhyun chega levando o coração do nosso Hun-Hun, fazendo ele arrastar um caminhão, ficar com os pneus arriados, completamente xonado nessa fofura de pernas grossas.
Classificação: Dezoito anos
Aviso: Homossexualidade, Linguagem Imprópria
Quantidade de palavras: 4239
Nota do autor(a): Eu só gostaria de agradecer a deus que pôs a mão na minha cabeça e disse: escreve!, porque eu já tava jogando tudo pro ar e chorando pro computador esperando que a fic se escrevesse sozinha. Eu coloquei o Baek com 17 anos e o Sehun com 20, assim como o Chanyeol. A doadora do plot talvez pudesse querer uma outra idade, mas eu não estava me sentindo confortável com essa diferença, então resolvi não colocar. Assim como não coloquei lemon também, me desculpe por isso, mas sério, não deu. Espero que eu não tenha decepcionado taanto assim e que você goste pelo ao menos um pouquinho, porque foi difícil vencer o bloqueio pra escrever a fic. ❤❤❤
 Sehun bateu na porta com os nós dos dedos, sentindo o nervosismo começar a lhe tomar dos pés à cabeça. Era irracional que estivesse agindo daquela forma, afinal de contas, Chanyeol e ele eram amigos há muito tempo e essa só seria uma de suas visitas rotineiras, mas desde que o irmão mais novo do Park havia chegado, as coisas não pareciam mais as mesmas.
Chanyeol abriu a porta sorrindo de orelha a orelha, vestindo uma regata branca e uma calça de moletom preta e larga que caia em seus quadris. E não... Aquilo definitivamente não era algo agradável de ver — e não era como se Sehun já não estivesse habituado a cenas como aquela.
— Cara, você demorou! — foi a primeira coisa que ouviu enquanto tirava os tênis e os segurava para entrar na residência dos Park-Byun.
— Foi mal. Tinha esquecido que iríamos sair hoje — respondeu meio acanhado, coçando a nuca.
— Tá, tanto faz. Entra aí. — Chanyeol abriu mais a porta e deu espaço para ele entrar, fechando-a logo em seguida.
Enquanto caminhava para o quarto do amigo, Sehun esquadrinhava os cômodos que sua visão alcançava, procurando por Baekhyun. Era sábado de tarde, normalmente o garoto costumava estar em casa.
— Baekhyun foi fazer prova. — Chanyeol explicou ao perceber o olhar curioso do amigo. — São as últimas provas do ano e ele está subindo pelas paredes de tanto nervosismo. Como se ele já não soubesse que vai passar.
Sehun riu e o amigo revirou os olhos, resmungando sobre o irmão estudar demais e coisa e tal.
Era engraçado como Chanyeol e Baekhyun tinham uma boa química. Era uma relação de irmãos bem legal que fazia Sehun querer parar de implicar tanto com a irmã mais nova. Pena que a fedelha era irritante demais pra colaborar com isso.
— Quando ele chega? — perguntou tentando soar o mais desinteressado possível.
Chanyeol se virou para o amigo com um sorriso malicioso no rosto. A mão já estava na maçaneta da porta do quarto, mas ele não podia perder a chance de tirar uma com a cara de Sehun.
— Por quê? Tá querendo ver o Baek? — ah, como Sehun odiava aquele panaca.
— Claro que não, otário. Só estava curioso. — empurrou o amigo para o lado e abriu a porta, entrando sem pedir licença e ouvindo a risada escandalosa do Park ecoar pela casa.
Park Chanyeol era um ótimo irmão, mas sempre fora um péssimo melhor amigo.
Ficaram se estrepando durante todo o tempo em que passaram juntos, e quando Baekhyun chegou já era noite.
Chanyeol estava na cozinha comendo, já completamente arrumado para sair, e Sehun terminava de pentear o cabelo e se ajeitar em frente ao grande espelho do quarto do amigo, mas quando a porta da sala fez barulho, ambos olharam para o corredor para ver quem era, mesmo que já soubessem, já que Baek era o único além do Park que tinha a chave do apartamento.
O garoto estava com o uniforme escolar perfeitamente alinhado e os cabelos bagunçados de tanto passar as mãos por ali. Na realidade, ele parecia um caco de tão cansado, e Sehun teve vontade de carregá-lo até o quarto e fazer uns chameguinhos na cama até que caísse no sono.
Baekhyun avistou a cabeleira de Sehun na porta do quarto, sorriu e acenou, sendo prontamente retribuído, e o coração do Oh deu um solavanco por causa daquele sorriso bonito.
— Como você voltou? Falei para você me ligar pra eu ir te buscar. — Chanyeol perguntou apoiado no batente da porta da cozinha, observando Baekhyun que tirava os tênis antes de entrar.
— Peguei carona com o pai do Minseok, ele me deixou aqui — explicou enquanto caminhava para a cozinha.
Sehun jogou o pente na cama e foi para lá também.
— Deveria ter me ligado. Fiquei preocupado. — Chanyeol resmungou, voltando a sentar-se à mesa para terminar de comer seu sanduíche.
Sehun sentou-se também, colocando um pouco de café para si enquanto observava os dois irmãos.
— São só trinta minutos de carro daqui até Incheon, Chanyeol, relaxa. — Baekhyun tranquilizou enquanto abria a geladeira e pegava queijo, alface e carne para preparar um lanche.
— Não deixa de ser outra cidade. — Chanyeol retrucou.
— Como se eu já não estivesse acostumado a vir sozinho para passar os fins de semana com você — ripostou Baekhyun.
— Agora é diferente.
— Diferente por quê? — perguntou o mais novo enquanto fritava a carne.
Sehun sabia o porquê, e Baekhyun também sabia, mesmo que estivesse disposto a fingir que não apenas para dar alguns fios de cabelo esbranquiçados ao irmão.
Baekhyun morava com os pais em Incheon, mas agora que ele havia terminado o ensino médio — considerando que só precisaria finalizar as últimas provas e pegar o diploma — viera para morar no apartamento do irmão em Seul, já que esse era um combinado na família desde que Chanyeol havia entrado na faculdade de Pedagogia e saíra de casa para morar no apartamento que tinham na cidade.
— Porque agora você está na minha responsabilidade, e qualquer coisa que te aconteça vai pesar na minha consciência, moleque tapado. — Chanyeol levantou e deu um pescotapa no Byun, fazendo-o resmungar alguns palavrões. — Eu e Sehun vamos sair hoje, topa?
Baekhyun desviou o olhar do fogão para dar uma olhadela em Sehun, que ainda estava sentado à mesa, bebendo seu café tranquilamente.
— Nah, dispenso a oferta — recusou com a voz suave, desligando o fogo e começando a preparar o pão. — Vou descansar um pouco e fazer alguma maratona na Netflix. Aproveitem a festa!
— Iremos. Qualquer coisa me liga, ok? — Baekhyun assentiu e Chanyeol saiu da cozinha.
— Até mais, Baek! — Sehun despediu-se e se levantou apressado para seguir o amigo, mesmo que sua vontade fosse ficar para maratonar alguma coisa com o Byun, apesar de não ser tão ligado a séries.
 ●
 Sehun acordou no outro dia sentindo a cabeça doer por causa da noitada anterior.
Olhando para o lado, percebeu que Chanyeol não estava na cama, o que poderia significar duas coisas: ou já era muito tarde, ou ele não viera para casa. Torcia para que fosse a segunda opção, porque não queria ter perdido metade do domingo dormindo.
Levantou-se meio grogue e saiu do quarto. Estava distraído e não percebeu que o chão estava úmido, fazendo-o ter de se apoiar na parede para não cair de bunda. Seria bem doloroso.
— Cacete, que susto — resmungou ao passo que levava a mão ao peito, conferindo os batimentos cardíacos. Não percebeu, porém, que estava sendo observado, e Baekhyun prendia fortemente os lábios para não rir alto.
— Seria um tombo e tanto. — ele disse depois de se acalmar, fazendo Sehun se sobressaltar no lugar e ruborizar ao perceber que tinha plateia.
E droga!, Baekhyun estava tão bonitinho vestindo um avental azul marinho e com a franja amarrada no topo da cabeça que ele quis gritar, porque uma visão tão linda àquela hora da manhã era muito prejudicial ao seu coração, que não sabia bater devagar perto do Byun.
— Não vi você aí — comentou e ajeitou a postura, tentando esquecer a cena besta que havia protagonizado segundos atrás.
O que era meio bobo, porque Sehun não podia contar quantos finais de semana já havia convivido com Baekhyun e quantas coisas bestas já devia ter feito perto do garoto, mas desde que ele viera morar com Chanyeol tudo parecia meio diferente.
— Tudo bem, eu não fiz barulho. — Baekhyun deu de ombros e pegou o rodo com o pano que estava encostado na parede. — Passe que eu tenho que limpar o chão.
Sehun prontamente obedeceu, saindo do corredor e indo para a cozinha preparar algo para comer.
— Onde está o Chanyeol? — perguntou em voz alta para Baekhyun enquanto revirava os armários procurando pelo sal.
— No mercado — respondeu o outro. — Ele ficou de fazer as compras enquanto eu arrumo a casa, e aí no mês que vem nós invertemos.
Sehun riu baixinho da combinação feita pelos irmãos e foi para a mesa com o pacotinho de sal em mãos, para poder colocar na comida já pronta. A sopa de Chanyeol era ótima, mas ele nunca acertava no tempero, o que era uma lástima.
— Hey, Sehun — Baekhyun apareceu com a cabeça no vão da porta. —, Quando você terminar de comer, venha me ajudar a arrumar a casa, por favor.
— Tudo bem — respondeu de boca cheia mesmo e o garoto riu, balançando a cabeça e voltando a limpar o chão.
A verdade é que Sehun estava animado com a perspectiva de fazer algo com Baekhyun, mesmo que fosse uma coisa tão chata e cansativa como limpar a casa.
Balançou a cabeça para si mesmo. Estava parecendo um adolescente na sua primeira paixonite, mas não conseguia se conter, o que era uma merda, porque várias coisas contribuíam para Sehun colocar em mente que não deveria se envolver com o irmão do seu melhor amigo, porque primeiramente, ele era irmão do seu melhor amigo.
           Terminou de comer e respirou fundo, recolhendo as louças e as colocando na pia para lavar durante a faxina.
— Não aja como um idiota, Oh Sehun. Contenha-se — murmurou consigo mesmo enquanto lavava as mãos. Fechou a torneira e caminhou para fora do cômodo, encontrando Baekhyun na sala com o controle da TV em mãos. — Terminei.
— Tudo bem. — Baekhyun virou-se para si e sorriu. — Vamos começar a faxina mais divertida que esse apartamento já teve.
Sehun riu e pegou um esfregão que estava encostado na parede enquanto Baekhyun pegava o celular e abria o youtube na TV.
— Hey girls — Baekhyun perguntou teatralmente para si quando o MV de ‘Party’ começou a reproduzir na tela. — Do you know what time it is?
— It must to be party time — continuou a fala, entrando na brincadeira de ser uma soshi da faxina. — Here we go!
E como se fosse ensaiado, Baekhyun e ele começaram a esfregar o chão, com o mais novo fazendo uma dancinha ridícula com os quadris no ritmo da música.
Sentindo-se contagiado, Sehun começou a dançar também, nem percebendo quando a música passou para ‘The Boys’, e enquanto as meninas do SNSD chutavam poeira no MV, as soshis da faxina chutavam a poeira do apartamento.
Sehun nunca havia imaginado que limpar a casa pudesse ser tão divertido.
A cada música que passava, Baekhyun soltava o esfregão por um momento para poder dançar o refrão da coreografia. Ou então ele usava o cabo como microfone e dublava de uma forma muito dramática, as partes das garotas. Era tudo muito hilário.
Quando ‘You Think’ começou a tocar, Sehun achou que fosse ter um ataque cardíaco, porque Baekhyun, em uma atuação muito parca e confiante, colocou ambas as mãos na cintura e aproximou o rosto do seu de uma forma muito, mas muito perigosa. Não parecia saber a gravidade da situação, porque continuou dublando até se afastar, ainda com as mãos na cintura e mexendo o pescoço, mas Sehun tinha certeza de que seu coração podia sair voando do peito de tão rápido que batia.
Mas depois disso, as soshis da faxina seguiram o show sem maiores problemas. Exceto quando em ‘I Got a Boy’, Baekhyun cantou o refrão olhando diretamente para Sehun e ele acabou escorregando e caindo bem de bunda no chão.
Chanyeol chegou e encontrou a casa perfeitamente limpa e cheirosa, enquanto que no chão da sala, em meio a um tapete felpudo e travesseiros, dois marmanjos dormiam embalados pelo som de ‘Lion Heart’.
 ●
 A semana passou em um piscar de olhos, e então no sábado, Baekhyun estava novamente fazendo provas, e dessa vez seriam realmente as últimas do ano e ele logo estaria livre do ensino médio para todo o sempre.
O rapaz havia estudado como um condenado para conseguir bons resultados e poder logo fazer as provas para a faculdade que Sehun e Chanyeol frequentavam, então estava confiante. Iria atingir sua meta.
Sehun estava novamente na casa de Chanyeol, como o bom melhor amigo que era.
Ambos estavam deitados na cama de casal do Park, olhando para o teto e com as mãos cruzadas sob a barriga. Podia parecer estranho para quem estivesse de fora, mas cenas como aquela eram comuns aos amigos, que adoravam ficar em silêncio juntos.
— Sehun... — começou Chanyeol, tendo a atenção do amigo que deixou de olhar o teto para encará-lo. — Você sabe que pode falar pra mim se estiver gostando mesmo do Baekhyun.
Sehun voltou a encarar o teto, pensando a respeito. Ele gostava mesmo de Baekhyun?
— Achei que fosse um crush, que logo passaria, mas... — deixou no ar.
— Mas não passou, né? — Chanyeol completou, sorrindo compreensivo quando Sehun balançou a cabeça em afirmação. — Entendo.
— Só isso? — Sehun sentou-se, olhando para Chanyeol com o cenho franzido. — Não vai vir com todo aquele papo dizendo pra eu ficar longe do seu irmão ou ameaçando cortar meu pinto caso eu o magoe se um dia viermos a ter algo?
— Cara, você é o meu melhor amigo. Eu não poderia querer uma pessoa melhor para gostar do Baekhyun.
— Eu ainda posso magoá-lo — argumentou.
— Claro que pode. O mundo inteiro está suscetível a mágoas — afirmou Chanyeol, sentando-se também, de frente para o amigo —, Mas eu sei que você não é filho da puta o suficiente pra fazer isso de propósito.
— Então você está ok caso eu queria tentar algo com Baekhyun? — Sehun perguntou e Chanyeol concordou com a cabeça. — Mesmo que eu possa magoá-lo?
— De todas as pessoas que um dia poderiam vir a magoar meu irmão, você é a mais indicada. — Chanyeol se levantou e começou a sair do quarto.
— Por quê?
— Porque mesmo que exista essa possibilidade, eu não acho que você vá fazê-lo — respondeu antes de sair do quarto.
Sehun não teve muito tempo para pensar a respeito, porque logo depois a porta havia sido aberta pelo Byun, que chegava cansado de mais um dia de provas — o último, felizmente. Não teve tempo de recepcioná-lo, pois do quarto conseguia ouvir a discussão acalorada dos irmãos, onde Chanyeol obrigava Baekhyun a irem festejar o último dia de provas e o outro argumentava estar cansado demais para tal.
Chanyeol acabou ganhando a discussão, no final das contas.
 ●
  — Uma boate? — perguntou Baekhyun para o irmão ao perceber onde levava a fila em que estavam. — Sério isso, Chanyeol?
— Pare de reclamar — Chanyeol estalou a língua no céu da boca. — Às vezes acho que você tem 70 anos e não 17.
— E às vezes eu acho que você tem 2 anos ao invés de 20 — ripostou Baekhyun. — Chanyeol, tira essa ideia da cabeça, eu tenho 17 anos, eles não vão deixar com que eu entre. É idiotice tentar. Vamos poupar a humilhação de sermos expulsos e ir pra um lugar mais legal.
— Mas eu quero vir aqui. É nova, a galera da faculdade disse que é super legal — argumentou Chanyeol.
— Mas eu não quero vir. Pouco me importa se é legal pra galera da faculdade, não gosto desse tipo de coisa. — Baekhyun estressou-se, cruzando os braços na altura do peito.
— Por que não fazemos da seguinte maneira — Sehun, que até o momento só observava, decidiu interferir. — Você vai pra boate e o Baek e eu vamos fazer outra coisa. Depois eu deixo o Baek em casa e volto pra cá.
Chanyeol encarou o amigo, pensando a respeito. Claro que não seria tão legal assim sem ele lá para beber e zoar consigo, mas ele entendia o que Sehun estava tentando fazer e não o julgava.
Baekhyun por outro lado, sorria de orelha a orelha, animado com a possibilidade de passar um tempinho a sós com Sehun e fazendo algo legal, algo que vinha desejando há muito tempo.
— Ah cara, pode ser. Qualquer coisa vocês me ligam — Chanyeol disse e os outros dois concordaram.
Saíram Baekhyun e Sehun pelas ruas escuras de Seoul, distanciando-se da boate sem um destino certo.
— E aí, o que você quer fazer? — Sehun perguntou enquanto caminhavam.
Havia um quê de estranheza no ar. Talvez o fato de que fosse Baekhyun ali ao seu lado o deixasse meio acanhado, mesmo que já devesse ter se acostumado com a presença constante do Byun. Algumas coisas comuns se tornam estranhas quando você passa a gostar de alguém.
— O que você acha de um lanche? Sério, sinto que posso matar alguém por um hambúrguer. — Baekhyun sugeriu, juntando ambas as mãos e olhando para Sehun quase em súplica.
Como se ele fosse negar algo para aquela pessoa ao seu lado.
— Bom, então vamos atrás desse hambúrguer antes que você me mate. — Sehun falou e Baekhyun riu.
— Ah, eu não te mataria por isso — resmungou Baekhyun, enlaçando o braço ao de Sehun, seguindo em passos rápidos pela rua. — Estou tããão animado!
Não era pra tanto, mas Sehun ficava feliz por Baekhyun estar feliz em fazer algo consigo.
Caminharam por um longo tempo até verem um trailer perto de um parque. O local parecia bem agradável e várias pessoas se reuniam nas mesas ao redor enquanto comiam.
Além do mais, as luzes de fim de ano, que ainda estavam dispostas pelas árvores do parque, deixavam tudo ainda mais bonito e claro.
Pediram os lanches e decidiram se sentar em um dos bancos do parque enquanto esperavam eles ficarem prontos. Deixariam para pegar uma mesa quando tivessem a comida em mãos.
— Estou feliz que você tenha sugerido isso — Baekhyun disse após um tempo em silêncio.
— De sair com você?
— É. Na verdade, era algo que eu estava considerando há um tempo, só estava tomando coragem, mas você acabou por facilitar o meu trabalho. — deu um sorriso nervoso, torcendo para não parecer um babaca em frente ao amigo de seu irmão.
— Você estava planejando me chamar pra sair? — Sehun perguntou meio abobado, tentando digerir aquela informação.
Nunca, nem em seus sonhos mais loucos, poderia sequer pensar que Baekhyun tinha algum mínimo interesse de passar algum tempo a sós consigo.
De qualquer forma, isso não queria dizer que o Byun estava interessado em si, certo? Não podia iludir-se com pequenas coisas como aquela ou acabaria de coração partido no final.
— Sim, foi o que eu disse — Baekhyun respondeu com o cenho franzido. — Quer dizer, eu sei que você é amigo do Chanyeol e tudo o mais, mas você é alguém interessante, então eu achei que... sabe, seria legal... sairmos juntos e tudo o mais.
Aquilo realmente era algo. Sehun não podia estar mais impressionado com as palavras proferidas pelo menor. Não querendo se iludir, claro, longe disso.
— Baekhyun, na verdade eu...
— Companheiro, seu pedido tá pronto. — uma voz interrompeu a fala de Sehun, fazendo-o respirar fundo, recobrando a consciência que parecia ter sido momentaneamente perdida.
— Você o quê? — incentivou o Byun.
— Eu vou buscar os lanches — Sehun respondeu e levantou-se apressado, se afastando dali o mais rápido possível.
Onde Sehun achava que estava com a cabeça? Só podia estar ficando louco! Esteve a ponto de contar para Baekhyun que gostava dele. Céus, aquilo com certeza assustaria o garoto.
Estava parecendo um idiota que não media a consequência de seus atos, era isso.
Mas também, não adiantava ficar guardando aquilo para si. Precisava de uma resposta para seguir em frente. Talvez não fosse uma ideia tão ruim assim se confessar.
Pegou os lanches e os refrigerantes, percebendo que Baekhyun já havia escolhido uma mesa para eles e o esperava mexendo no celular.
“Vamos Sehun, seja corajoso e diga logo!”, o mais velho pensou consigo mesmo, respirando fundo ao sentar-se à mesa, de frente para Baekhyun.
Byun não perdeu tempo ao atacar seu hambúrguer, dando mordidas generosas, sem se preocupar se estava se sujando todo ou não. Era engraçado até. Satisfatório de se observar.
Passaram o tempo conversando sobre várias coisas enquanto comiam. Baekhyun adorava contar piadas ruins que deixavam Sehun sem graça por não achar engraçado, o que só fazia o Byun rir ainda mais. Ele não se importava de rir sozinho.
Conversaram também sobre faculdade e sobre o aniversário de 18 anos do Byun naquele ano, dali alguns meses. Chanyeol já estava logo planejando secretamente de levá-lo a uma boate para comemorarem.
— Aliás Sehun, o que você pretendia me falar àquela hora, mesmo? —Baekhyun perguntou casualmente após terminar seu hambúrguer. Ele encostou-se no encosto da cadeira e pegou um guardanapo para limpar a boca.
— Ah sim, àquela hora — Sehun murmurou meio desconcertado. — Por favor, não se assuste, tudo bem?
— Não irei. — Baekhyun sorriu, parecendo completamente relaxado.
— Ok, não se assuste e eu sei que vai parecer estranho, mas eu meio que gosto de você. — despejou Sehun, de uma vez só, apressando-se a completar. — Mas isso não quer dizer que você tenha que me retribuir. Eu estou ok com esse sentimento unilateral e não vou te pressionar a nada. Sério, está tudo bem.
— Hmmm, ok então. — Baekhyun respondeu, seu sorriso alargando-se ainda mais. — Então eu meio que tenho um crush em você. Claro que acho que não na mesma intensidade, mas é isso… Eu sinto algo por você que não posso simplesmente ignorar.
Ok, aquilo sim era algo inesperado. Nunca havia passado pela mente de Sehun que pudesse ser correspondido e ele estava feliz. Tá certo que Baekhyun não sentia nada profundo, mas já era um começo. Ele estava radiante.
— Uau — comentou, fazendo Baekhyun rir.
— Essa é a sua única reação? — ele perguntou, divertido.
— Ah me desculpe, não sei bem como reagir a isso. Sempre achei que fosse platônico — respondeu Sehun, meio envergonhado. — Então, o que fazemos agora?
— Agora? Deixe-me ver... — Baekhyun pôs o dedo no queixo, fingindo pensar. — Agora nós continuamos normalmente e deixamos as coisas seguirem como devem. Quer dizer, gostamos um do outro? Sim. Isso quer dizer que devemos tomar uma atitude agora? Não. A não ser se quisermos.
Sehun quis perguntar se Baekhyun queria fazer algo, mas achou melhor deixar pra lá. Ele estava certo, afinal. Tudo era muito recente, talvez eles devessem mesmo deixar as coisas seguirem o seu próprio rumo e ver aonde chegariam.
Não estava se iludindo pensando em algo como um namoro logo agora. Só o sentimento de saber que era correspondido até certo ponto o confortava.
— É, acho que devemos deixar as coisas acontecerem mesmo.
— É, também acho.
Levantaram-se e pagaram a conta, voltando a caminhar pelas ruas movimentadas da madrugada de Seul.
Estavam em silêncio, sem todo aquele divertimento da ida. As palavras de Baekhyun pesavam na mente de Sehun. Claro que as coisas deveriam acontecer naturalmente, mas ele devia contribuir para que elas, pelo menos, chegassem a acontecer.
— Ah, que se foda também. — Baekhyun resmungou, chamando a atenção de Sehun, fazendo-o se virar para si.
O que aconteceu depois foi muito rápido. Num momento ele olhava para Baekhyun em dúvida, no outro estava com as costas num muro sujo qualquer e os lábios de Byun sobre os seus. As mãos grandes do outro seguravam na barra de sua jaqueta com força e os lábios começavam a se mover.
No início, Sehun não soube como reagir. Sequer tinha se dado conta de que caramba, estava sendo beijado por Baekhyun. Ao se dar conta desse fato, logo deu jeito de retribuir, segurando a nuca alheia com suavidade, dando passagem para a língua do Byun — que por sinal parecia ser bem experiente no quesito beijo.
Merda, era muito gostoso. Sehun não conseguiria se sentir culpado por estar beijando o irmão de seu melhor amigo daquela forma.
O beijo que havia começado bem afoito, foi se suavizando aos poucos, até terminar em alguns selinhos castos.
— As coisas estavam demorando muito a acontecer, decidi dar uma forcinha.
 ●
 O tempo havia passado relativamente rápido. Talvez fosse o efeito Byun, que fazia Sehun achar que todo o tempo com Baekhyun passava muito rápido.
Não podia evitar, claro.
Naquele momento, Sehun e Baekhyun estavam aos amassos na cozinha enquanto Chanyeol esperava na sala. Claro que o Park imaginava que ambos estivessem apenas fazendo pipoca.
Desde o primeiro beijo que trocaram, há um mês, ambos passaram a dar umas ficadinhas casuais aqui e acolá, completamente na brotheragem — que querendo ou não já estava evoluindo para algo mais —, tudo à surdina. Havia algo de emocionante no perigo de serem pegos.
— Caras, vai demorar muito para ficar pronto? Vocês parecem estar fabricando a pipoca, credo — Chanyeol gritou da sala, fazendo o casal se separar minimamente para rir.
Pegaram o balde de pipoca que já haviam preparado e voltaram para a sala, tentando parecer o mais natural possível, sentando-se cada um ao lado de Chanyeol.
— Vocês são péssimos em fingir. — Chanyeol resmungou, pegando o balde só para si.
— Por quê? Do que você está falando? — perguntou Sehun com o cenho franzido.
— Vocês acham que eu sou cego? Ou burro? — Chanyeol se levantou do sofá, parecendo indignado com as mãos na cintura. — Não me respondam, por favor.
— Não faço a mínima ideia do que você está falando. — Baekhyun fez-se de desentendido.
— Estou falando de vocês dois se pegando pelos cantos da casa sem me contar nada, achando que eu, Park Chanyeol, não vou descobrir. Vocês são mais do que óbvios, façam-me o favor.
— A gente ia te contar, juro — argumentou Sehun, parecendo um pouquinho só arrependido, ou quase nada.
— Claro que iam, quando já estivessem no altar para o casamento — ripostou o Park, cruzando os braços na altura do peito. — Quer saber, vou pro meu quarto dormir. Aproveitem o tempo sozinhos.
— Cara, fica aqui, vamos terminar o filme — Sehun pediu, tentando amenizar o drama do amigo.
— Não, já deu pra mim. — Chanyeol começou a caminhar para o quarto. — Só não façam nada no sofá.
— Não podemos prometer isso. — Baekhyun disse com humor.
— Eeeew, vocês são nojentos — Chanyeol gritou lá do quarto.
— A gente também te ama, Chanyeol. — Sehun gritou de volta.
Bom... mais ou menos.
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Capítulo 24 - Não se esqueça da chuva.
Notas do Autor
Perdoem os erros, dêem suporte a fic e boa leitura 💙
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Virando vagarosamente as páginase em busca de sentidos.
W. S. Merwin
O VERÃO CHEGOU NOVAMENTE. VERÃO, VERÃO, VERÃO. Amava e odiava verões.
Verões tinham um ritmo próprio e sempre revelavam algo de mim. Verão deveria significar liberdade, juventude, nada de escola e muitas possibilidades e aventura e exploração. Verão era esperança. Por isso amava e odiava verões. Porque me faziam acreditar.
Estava com aquela música do Alice Cooper na cabeça.
Tinha decidido que aquele seria o meu verão. Se o verão fosse um caderno em branco, eu escreveria algo bonito nele. Com a minha própria caligrafia. Mas não fazia ideia do que escrever. E a história já estava sendo escrita para mim. Já não era muito promissora. Já consistia em mais trabalho e compromissos.
Comecei a trabalhar em período integral no Charcoaler. Nunca tinha trabalhado quarenta horas semanais. Mas gostava do horário, das onze da manhã às sete e meia da noite, de segunda a quinta. Isso queria dizer que eu podia sempre dormir até mais tarde e, se quisesse, podia sair à noite. Não que houvesse algum lugar para ir. Às sextas, entrava mais tarde e fechava a loja às dez. Não era ruim —  e  tinha  os  fins  de  semana l livres. Então, até que era o.k. Mas era verão. E minha mãe tinha me inscrito para ser voluntário aos sábados à tarde. Não reclamei.
Minha vida ainda não era ideia minha.
Acordei cedo no primeiro sábado de férias. Estava na cozinha, com meu short de corrida, tomando suco de laranja. Olhei para minha mãe, que lia o jornal.
— Preciso trabalhar hoje à noite.
— Pensei que você não trabalhasse aos sábados.
— Vou só cobrir para o Wonho por umas horas.
— É seu amigo?
— Não.
— Legal da sua parte cobrir o horário dele.
— Não vou cobrir de graça. Vão me pagar. E, em todo caso, você me criou para ser legal.
— Você não parece muito feliz com isso.
— Que felicidade traz ser legal? Pra falar a verdade, queria ser um bad boy.
— Um bad boy?
— É. Che Guevara. James Dean.
— E quem o impede?
— Estou olhando para ela.
— Isso, jogue toda a culpa na omma — ela disse, rindo.
Já eu tentava decidir se estava falando sério ou brincando.
— Sabe, Jaebum, se você realmente quisesse ser um bad boy, já seria. A última coisa de que um bad boy precisa é da aprovação dos pais.
— Você acha que preciso da sua aprovação?
— Não sei responder.
Trocamos olhares. Com a minha mãe, eu sempre acabava em conversas que não queria ter.
— E se eu saísse do emprego?
Ela me encarou.
— Ótimo.
Eu reconhecia o tom de voz. “Ótimo” significava que eu estava pensando besteira. Conhecia o código. Nos encaramos por uns cinco segundos que pareceram eternos.
— Você é velho demais para receber mesada — ela declarou.
— Talvez eu viva de cortar grama, assistência de Lan house.
— Quanta imaginação.
— Coreano demais pra você, omma?
— Não. Só incerto demais.
— Fritar hambúrguer, isso é seguro. Não é o emprego dos sonhos, mas é seguro. Pensando melhor, é perfeito para mim, que sou seguro e sem sonhos.
Ela balançou a cabeça e perguntou:
— Você vai passar a vida se pondo para baixo?
— Você tem razão, omma. Talvez eu tire o verão de folga.
— Você está no colegial, Jaebum. Não está em busca de uma profissão. Só quer um jeito de ganhar dinheiro. Você está em fase de transição.
— Fase de transição? Que tipo de omma coreana é você?
— Sou uma mulher formada. Isso não me descoreaniza, Jaebum.
Senti raiva em sua voz. Eu adorava vê-la com raiva. Sua raiva era diferente da minha ou da raiva do meu pai. Sua raiva não a paralisava.
— Tudo bem, omma, entendi sua posição.
— Mesmo?
— Mais ou menos. Sempre tenho a sensação de ser um estudo de caso perto de você.
— Sinto muito — ela se desculpou, embora não sentisse muito. Ela virou para mim e continuou:
— Jaebum, você sabe o que é ecótono?
— Uma área onde dois ecossistemas diferentes se encontram. Em um ecótono, a paisagem apresenta elementos de dois ecossistemas distintos. É como uma fronteira natural.
— Garoto esperto. Transição. Não preciso falar mais, preciso?
— Não, omma, não precisa. Vivo em um ecótono. O emprego deve coexistir com a vagabundagem. A responsabilidade deve coexistir com a irresponsabilidade.
— Algo assim.
— Tirei A na disciplina Pais e filhos I?
— Não fique com raiva de mim, Jaebum.
— Não fico.
— Com certeza fica.
— Você é tão professoral.
— Olha, Jaebum, não é culpa minha você ter quase dezoito anos.
— E quando eu fizer vinte e um você ainda será professora.
— Nossa, essa foi maldosa.
— Desculpe.
Ela ficou me olhando.
— Desculpe mesmo, omma. De verdade.
— Sempre temos que começar o verão com uma discussão, não é?
— É a tradição — respondi. — Vou correr.
Ao virar de costas, senti sua mão em meu braço.
— Também peço desculpas, Jaebum.
— Tudo bem, omma.
— Conheço você — ela disse.
Pensei o mesmo que queria dizer a Hirai Momo: Ninguém me conhece.
Então ela fez o que eu sabia que ia fazer: penteou meu cabelo com os dedos.
— Você não precisa trabalhar se não quiser. Seu appa e eu lhe daremos dinheiro de bom grado.
E era verdade. Eu sabia.
Só que não era o que queria. Eu nem sabia o que queria.
— Não é pelo dinheiro, omma.
Ela ficou quieta.
— Apenas aproveite o verão, Jaebum.
O modo como essas palavras saíram de sua boca… Às vezes havia tanto amor em sua voz que se tornava insuportável.
— Tudo bem, omma — falei. — Talvez eu me apaixone.
— Por que não? — ela disse.
Às vezes, os pais amavam tanto seus filhos que romanceavam a vida deles. Achavam que nossa juventude era capaz de superar  qualquer  obstáculo. Talvez  pais  e mães esquecessem que fazer dezoito anos às vezes era difícil, doloroso e confuso. E fazer dezoito anos às vezes podia ser um saco.
Não foi exatamente por acaso que Perninha e eu corremos até a casa de Jackson. Eu sabia que ele ia voltar, embora não soubesse ao certo quando. Ele tinha enviado um postal no dia em que deixara Hong Kong.
Pegamos a estrada hoje, passando por Jiangxi. Meu appa quer ver uma coisa na Biblioteca do Congresso. Até daqui a pouco. Com amor, Jackson.
Chegando ao parque, soltei a coleira de Perninha, embora não devesse. Adorava vê-la correr por aí. Adorava a inocência dos cães, a pureza do afeto. Eles não escondiam sentimentos. Simplesmente existiam: um cão é um cão. Eu invejava a elegância simples de ser cachorro. Chamei Perninha de volta, botei a coleira e retomei a corrida.
— Jaebum hyung!
Parei e dei meia-volta. E lá estava ele, Wang Jackson, de pé na varanda, acenando para mim, abrindo um sorriso honesto e sincero, o mesmo de quando me perguntou se eu queria aprender a nadar.
Acenei de volta e caminhei na direção de sua casa. Ficamos lá, nos olhando por um minuto. Era estranho não termos o que falar. E, então, ele simplesmente saltou da varanda e me abraçou.
— Hyung! Olha só você, de cabelo comprido! Parece Che Guevara sem bigode.
— Legal — falei.
Perninha latiu para Jackson.
— Você precisa fazer carinho nela — expliquei. — Ela odeia ser ignorada.
Jackson se ajoelhou e a acariciou. E depois a beijou. Perninha lambeu seu rosto. Era difícil dizer qual dos dois era mais carinhoso.
— Perninha, Perninha, muito prazer em conhecê-la.
Ele parecia tão feliz que cismei com isso, com sua capacidade de ser feliz. De onde vinha?
Existia algum tipo de felicidade dentro de mim? Eu tinha medo dela?
— Onde você arranjou esses músculos, hyung?
Encarei Jackson. Ele e suas perguntas descaradas.
— Os pesos velhos do meu appa que ficam no porão — respondi, para em seguida perceber que ele estava mais alto do que antes. — Como você cresceu tanto?
— Deve ter sido o frio — ele disse. — Estou com um e setenta e quatro, quase a altura do meu appa.
Jackson me olhou e concluiu:
— Você não é baixo, mas seu cabelo o faz parecer maior.
Comecei a rir sem saber por quê. Ele me abraçou de novo e sussurrou:
— Senti tanto a sua falta, Im Jaebum.
Como de costume, não sabia o que dizer, então fiquei calado.
— Vamos ser amigos?
— Não seja louco, Jackson. Somos amigos.
— Seremos sempre amigos?
— Sempre.
— Nunca vou mentir pra você sobre nada — ele disse.
— Talvez eu minta pra você — rebati.
Então nós rimos. E pensei:
Talvez este seja o verão em que não haverá somente o riso. Talvez este seja o verão.
— Entre para dar oi aos meus pais — ele convidou. — Eles querem ver você.
— Eles não podem sair? Estou com Perninha.
— Perninha pode entrar.
— Acho que sua omma não vai gostar.
— Se é sua cachorra, pode entrar. Confie em mim.
Ele baixou a voz até virar um cochicho:
— Minha omma está longe de esquecer aquele episódio na chuva.
— Isso é passado.
— Minha omma tem memória de elefante.
Mas nem precisamos fazer o teste do cachorro com a mãe de Jackson. Bem naquele momento, o sr. Wang apareceu na porta da frente e gritou para a esposa:
— Soledad, adivinhe quem está aqui?
Os dois me cobriram de abraços e elogios, e eu tive vontade de chorar. Aquele carinho era tão real, e por algum motivo não me sentia merecedor ou tinha a sensação de que abraçavam o cara que salvou a vida do filho deles.
Queria que me abraçassem simplesmente por eu ser Jaebum, mas para eles eu nunca seria apenas o Jaebum. Mas eu tinha aprendido a esconder meus sentimentos. Não,  não foi assim, não precisei aprender. Nasci sabendo esconder o que sentia.
Eles estavam tão felizes em me ver. E a verdade é que eu também estava feliz em vê-los.
Lembro de contar ao sr. Wang sobre meu trabalho no Charcoaler. Ele abriu um sorriso irônico para Jackson e comentou:
— Trabalho, Jackson, veja que boa ideia.
— Vou arrumar um emprego, appa. Sério.
A sra. Wang parecia diferente. Não sei, era como se ela tivesse o sol dentro de si. Nunca tinha visto uma mulher envelhecer e ficar mais bonita.
Ela parecia mais jovem do que da última vez em que a vira. Mais jovem, não mais velha. Não que ela fosse velha. Eu sabia que ela havia tido Jackson aos vinte anos. Então devia ter uns trinta e oito, mais ou menos. Mas parecia mais jovem à luz da manhã. Talvez fosse isso — a luz da manhã.
A voz de Jackson soou enquanto eu conversava com seus pais sobre o tempo que passaram em Hong Kong:
— Quando vamos dar uma volta na picape?
— Que tal depois do trabalho? — perguntei. — Saio às sete e meia.
— Você precisa me ensinar a dirigir, Jaebum.
Notei a expressão no rosto de sua mãe.
— Isso não é função do seu appa?
— Meu appa é o pior motorista do Universo.
— Não é verdade — falou o sr. Wang. — Apenas o pior de Seul.
Ele era o único homem que eu conhecia que chegou a admitir ser mau motorista. Antes de eu sair, a mãe de Jackson deu um jeito de me puxar de lado.
— Sei que mais dia, menos dia você vai deixar Jackson dirigir sua caminhonete.
— Não vou — neguei.
— Jackson sabe persuadir. Só prometa tomar cuidado.
— Prometo. — Algo nela me deixava totalmente confiante e à vontade. Eu não me sentia assim perto da maioria das pessoas. — Já percebi que vou ter que aguentar duas ommas neste verão.
— Você é da família — ela disse. — Não adianta lutar contra isso.
— Tenho certeza de que vou desapontá-la algum dia, sra. Wang.
— Não — ela disse, com uma voz que, embora fosse firme, naquele momento soou como a da minha mãe. — Você se cobra tanto, Jaebum.
— Talvez eu só funcione assim — expliquei, dando de ombros.
— Jackson não foi o único a sentir saudade — ela disse, sorrindo.
Foi a coisa mais bonita que um adulto — tirando meus pais — me disse. E eu sabia que havia alguma coisa em mim que a sra. Wang via e gostava. E mesmo que eu achasse isso bonito, também considerava um peso. Não que a intenção dela fosse tornar isso um peso para mim. É que o amor sempre me foi pesado. Algo que eu precisava carregar.
Notas Finais
Bummie
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💙
Espero que consigam ver:
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