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#theia acesa
amamaia · 4 years
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Toda mulher é Fonte
Alma alimentada, feliz da vida, energizada pros desafios que se seguem e não são poucos. Disse lá e digo agora: valorizem e vivam com absoluta sinceridade o momento de estar com as amigas-irmãs de vocês.
É tão extraordinário o que ocasiões assim proporcionam, a cura chega quando nos ouvimos e compartilhamos e desejamos o melhor e dizemos daquilo que realmente acreditamos. Sororidade é sobre como você ouve e compreende sobre o que não é seu mas poderia ser porque estamos TODAS em risco dentro dessa sociedade que nos quer dóceis, submissas, adoecidas, fracas.
Toda mulher é FONTE. Somos tão diferentes e tão parte uma da outra pois estamos todas conectadas a Ela. Fazemos parte Dela, planeta que habitamos.
Há muitas histórias falaciosas sendo contadas pra que estejamos sozinhas e assim mais vulneráveis e apartadas dessa grande conexão.
Não existe o sobrenatural, o Sagrado está em nós e não longe. Intuição é remédio e solução. Somos uma imensa e poderosa teia e precisamos nos proteger e expandir.
É nisso que acredito e por isso que sigo caminhando pra frente, defendendo e nutrindo as manas que encontro e dessa forma, também aprendendo e crescendo. Agradeço. Desejo. Vou.
.xxx.
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lobamariane · 2 years
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Notas sobre Burnout: Corpos adaptados
Relato de uma investigação em andamento
Em 2020 começamos a estudar sobre corpo. Era interessante e curioso tratar desse assunto justamente no momento em que a grande urgência do mundo era a de manter a máxima distância entre os corpos, única forma viável de conter ou ao menos desacelerar o avanço do vírus responsabilizado por tantas mudanças em nossa sociedade.
Corpo é lugar. Abriga o vírus assim como abriga pensamentos. É comunicação transmitindo doenças e ideias. É festa de hormônios, emoções, conexões e é através dele que assimilamos todo e qualquer aprendizado. O que Descartes tinha na cabeça - e no corpo todo - quando resolveu dizer que devíamos separar corpo e mente?
Essa fragmentação dicotômica absorvida por nós ao longo de gerações é a raiz de inúmeros acordos feitos muito, muito antes da gente nascer. Nascer com um pênis ou com uma vagina, por exemplo, é informação suficiente para que decidam intelectualmente por você boa parte da sua trajetória de vida, isso se não defini-la por completo. Quanto do que me acontece, acontece "só" porque sou uma mulher? Quanto do que fazemos, quanto do nosso comportamento vem do que nos foi ensinado por um discurso sem rosto sobre o que é ser mulher?
Ao "ser" (ou me tornar) mulher nesse mundo me percebo na obrigação de corresponder a uma série de expectativas, refinadas e adaptadas com o avançar dos séculos. Batom vermelho já foi considerado algo vulgar e impróprio para mulheres ditas de respeito, assim como já foi sinal de ousadia e afirmação de empoderamento (e enquanto isso o Mercado continua lucrando vendendo batons).  Ambos os significados correspondentes ao batom vermelho são na realidade condicionantes do corpo da mulher: ou você é vagabunda, ou você é rebelde, ou você é fashion, ou você é {insira aqui o novo padrão criado para encaixotar mulheres que usam batom vermelho}. A mídia também tem um papel fundamental no processo de combustão de um corpo: cada manchete sobre feminicídio, cada celebridade queimada publicamente, cada história de "sucesso" pautada na entrega de toda a sua magia e energia vital em troca de dinheiro é um tijolo na construção do espaço de terror em que nossos corpos são inseridos.
Com o afastamento incentivado em combate a pandemia, vê-se novas formas adaptadas para manter o controle. Uma onda de autoexposição foi estimulada nas redes sociais, em especial a rede dos quadradinhos, seja para exibir uma felicidade fabricada, seja para reclamar do cansaço por "precisar estar sempre conectado" e se não é possível levar os corpos até os escritórios, inventam-se formas de trabalhar em qualquer lugar, seja na praia, na beira de um penhasco ou no próprio quarto,basta ter um smartphone e conexão de internet. Se por um lado as fogueiras contemporâneas atuam criando um espaço de terror, por outro são capazes de gerar desejos ilusórios para que caminhemos até a fogueira por "livre e espontânea vontade".
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lobamariane · 2 years
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fazer pra saber
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relato • acontecimento • 01.02.2022 • terça-feira de marte • novilúnio em aquário • lunação aquário-peixes 
Fizemos o caminho mais longo até a Theia Acesa, a primeira de seu nome, tão desejada mesmo quando não sabíamos nada sobre ela. Movida sim pelas urgências desse agora mas também pela saudade dos momentos de partilha entre mulheres, grande tesouro que vi Amanda encontrar, é que me coloquei em movimento e caminhei até a noite de 25 de janeiro de 2022.
Foi um caminho longo até entender (ou apenas começar a compreender) a chave que abre a carta enviada às mulheres notórias, convidadas para o evento. Perder o medo de ser real, pra mim, envolve o reajuste de foco da nerdice e o desapego de afetos vazios em capas de revista e sites bonitos.
E dessa vez tinha algo mais, um espetáculo inteiro, um altar a ser construído. E talvez seja essa a maior revolução da Theia, desde a sua primeira manifestação, em 2018. Havia muito o que desaguar naquelas conversas longas, mas não havia o teatro pra unir as potências de tantas águas num encontro único e que não se repete. O rio é uma "água que não volta", como disse Bethânia em alguma canção, e Amanda já tinha me contado que o solo do teatro é água.
Ver o pátio da Casa Anansi tão cheio de mulheres era uma novidade. Depois de dois anos de pandemia, me sinto mesmo reaprendendo a entrar em contato com o mundo externo para além das virtualidades. Não fui tão bem sucedida nessa interação, apenas no final troquei abraços e palavras com algumas das convidadas. Queria muito o Altar, não com ansiedade paralisante, mas com concentração profunda, queria fazer pra saber.
O que viam as convidadas nos espelhos que subiam até a casa do sonho? Eu via o mundo lá fora se fechando enquanto o Barco Alado abria portais protegidos pela Medusa que desenhava a Medusa na noite escura.
Fui buscar minha carteira e encontrei Amanda no corredor com seu baú. Sorri como quem via tudo brilhar e segui para resgatar Zeddy. 
Duas moças me assistiram, para além de Larissa que me aguardava virar Luiza e Jonatas que estava na sua estação. As duas moças me olhavam com atenção, queriam saber e busquei puxar cada uma o mais perto possível porque eu também queria que elas soubessem, que aquilo não podia ser um segredo, tinha que reverberar.
Zeddy foi embora, as duas moças desceram para o tapete vermelho enquanto eu e Larissa subimos para o muro-sofá-branco. Antes dali apenas uma conversa rápida entre nós foi ajuste de combinados, nem todos seguidos até o final. Ainda assim, me diverti trocando palavras e olhares e rascunhos de toques e dança com Larissa. E esse é outro ponto sobre essa noite. Senti que um fio novo reforçava o laço entre as aprendizes de demonauta do Barco Alado. Não vi mas ouvi um ou dois sorrisos das moças que assistiam.
Depois de descer do sofá voltamos para a varanda e para a noite advento festa de bruxas. Arthur veio explicar as mudanças no roteiro, Jacquelline apareceu para informar os dois grupos que aguardavam a cena do Abacateiro. Não senti quebra de fluxo, mesmo na espera. Tudo estava acontecendo, eu ouvia a casa falar por todas as bocas.
Subimos todas pra encontrar Celeste. Me surpreendi com o vazio de elementos, revi Celeste como quem reencontra alguém realmente marcante então mesmo sem nada ali eu a via andar por cima de cacos fazendo a porcelana tilintar. 
E nenhum filme de bruxas conseguiria reproduzir o acendimento total da fogueira na plenária após a mostra caótica. Indo direto ao ponto, como pedia a lua escorpiana, vi Amanda alcançar as convidadas tão rapidamente. Aquela foi a prova de que toda mulher sabe do que estamos falando, o que estamos fazendo é mostrar as fogueiras que elas já sentem, em queimadura ou calor.
Mesmo tão diferente de tudo o que veio antes, consegui sentir aquela sensação familiar de Theia, de mulheres completamente diferentes conversando sobre, hoje nós sabemos, suas interseções incendiárias. Era impossível imaginar algo como o que aconteceu. A gente precisava fazer pra saber.
{nos olhos encantados de Izabella, fios de serpentes e o fogo aceso ao centro}
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amamaia · 1 year
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O Capitalismo não pode ser algoz e conselheiro ao mesmo tempo
Eu selvagem? Sacrifício? Divino feminino? Quem disse? Quem determinou? Quem te disse o significado do que você sente? Você acreditou? Acreditou por quê? O que é sagrado pra você?
Algumas indagações andam norteando meu olhar nos últimos tempos.
Vejo, ouço, leio muito determinismo oportunista disfarçado de pensamento descoladão. Ninguém nasce iconoclasta, torna-se. leva tempo e porquês. Maneiristas e imitadores desconhecem territórios que sangram.
Vejo moças machucadas, mutiladas emocionalmente, abrindo portas no espírito sem saber como fechar, por que abrir, o que fazer, pra onde rumar.
A fome dos consumistas é infinita.
Orgulho e paranoia são faces da mesma desgraça.
O Capitalismo não pode ser algoz e conselheiro ao mesmo tempo.
Decidam-se.
.xxx.
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