Tumgik
#tudo limpo e perfumado
ofertasnaweb · 8 months
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agressivieandrophilia · 2 months
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Masculinity is getting in touch with the primal energy that emanates from your balls. Masculinity is getting in touch with your instinct to hunt, to fight, to power, to dominate. Muscles are physical expressions of the power of masculinity, as muscles have the strength of the male body. The larger the muscles, the more expression of virile strength. Building muscular strength is shaping the body for virility. And this is not something clean, it is not something fragrant. You need to get dirty, sweat, and not be afraid of pain. Being manly means going against everything that is easy, against everything that is weak, going against everything that is delicate. Being masculine means getting in touch with your primitive nature of aggression, sweat, strength and domination.
A masculinidade é entrar em contato com a energia primitiva que emana de seus colhões. A masculinidade é entrar em contato com seu instinto de caça, de luta, de poder, de dominação. Músculos são expressões físicas do poder da masculinidade, pois os músculos que têm a força do corpo masculino. Quanto maiores são os músculos, mais expressão força viril. Construir força muscular é moldar ao corpo para a virilidade. E isso não é algo limpo, não é algo perfumado. É necessário se sujar, suar, não ter medo da dor. Ser másculo é ir contra tudo que é fácil, contra tudo que é fraco, ir contra tudo que é delicado. Ser másculo é entrar em contato com sua natureza primitiva de agressividade, de suor, força e dominação.
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goya-brasilleiro · 1 year
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CASA ARRUMADA.
Casa arrumada é assim: Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não centro cirúrgico, um cenário de novela. Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas... Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar. Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha. Sofá sem mancha? Tapete sem fio puxado? Mesa sem marca de copo? Tá na cara que é casa sem festa. E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde. Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda. A que está sempre pronta pros amigos, filhos... Netos, pros vizinhos... E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.
Arrume a casa todos os dias... Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo para viver nela... E reconhecer nela o seu lugar.
📚
Carlos Drummond de Andrade
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tecontos · 2 years
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De uma loucura
By; Daniele
Sou a Daniele, tenho 29 anos, solteira, tenho um corpo atraente.
 Que vou contar aconteceu a cerca de 2 anos, e hoje somos noivos.
Foi assim;
Sou voluntária numa ONG que cuida de moradores de rua.
No centro da cidade todas as noites, é feita uma doação de alimentos e roupas para os moradores de rua. Com o tempo fui conhecendo a todos. Entre eles tinha um rapaz moreno, auto e de fácil diálogo. Aparentava uns vinte e pouco anos (ele tinha 24 anos).
Um belo dia ele disse que não aguentava mais ficar sem tomar banho, realmente é difícil para eles. Estava cabeludo, barbudo e tinha um cheiro desagradável, sua roupa estava muito surrada. Foi então que resolvi fazer uma surpresa.
No sábado cheguei de surpresa convidei ele pra ir ao barbeiro, na hora ele aceitou, então cortou o cabelo, fez a barba, e logo depois convidei a ele que fosse a minha casa tomar um banho.
(Então aqui parece uma loucura, mas eu via naquele rapaz uma pessoa boa, que com todas as dificuldades que a vida lhe deu, continuava com educação e bondade)
Chegando em minha casa, dei as roupas novas pra que vestisse ao terminar o banho. Quando ele saiu do banheiro minha surpresa foi tão grande que fiquei paralisada. Pois pude notar como ele era bonitão, agora limpo e perfumado.
A bermuda que comprei ficou um pouco apertada e podia ver o grande volume entre suas pernas. Fiquei imaginando o que teria alí dentro, e a quanto tempo estaria sem ser usada.
Começamos a conversar sobre a vida, e ele me contou como foi parar nas ruas. Resolvi então fazer o que pudesse para ajuda-lo a sair daquela situação. (aqui vem a segunda parte da minha loucura)
Como meu apartamento tem dois quartos resolvi ceder um para ele enquanto não resolvia sua situação. Assim ele ficaria fora das ruas, e teria mais chances de consegui um emprego. Então comprei mais roupas e tudo que ele precisava.
O tempo foi passando e uns quinze dias depois ao chegar em casa notei que ele tomava banho e estava com a porta do banheiro aberta. Não era de costume eu chegar naquele horário. Sem pretensão quando passei em frente pude vê-lo nu. Foi uma imagem que não esquecerei nunca.
Ele lavando seu pau com muita espuma e todo cuidado. Era lindo de se ver. Fiquei ali parada como se estivesse hipnotizada. Não consegui parar de admirar aquela cena.
Meu corpo trêmulo, um calor que vinha de dentro pra fora, e um tesão quase incontrolável.
Ele muito calmo fechou o chuveiro assim que me viu, veio caminhando em minha direção, parou a centímetros de mim, deu um belo sorriso, me pegou o queixo e beijou minha boca. Seu corpo molhado e sua boca tão quente, me senti no paraíso. Não resisti e retribuí o beijo.
Agora estavamos abraçados e nos beijando loucamente. Suas mãos começaram a correr por todo meu corpo. Quando me dei conta eu já estava nua e ele me acariciando toda.
Sem deixar de me beijar ia fazendo carinho por todos os lugares do meu corpo, mais quando sua mão chegou na minha bucetinha foi uma realização.
Já estava toda molhadinha e minha bucetinha pedia por ele. Não demorou muito até que estivessemos na cama nós esfregando. Seu pau era muito grande e bonito. Logo cai de boca e mamei ele todinho.
Ao mesmo tempo ele retribuía com umas dedilhadas na minha bucetinha o que me deixou com mais tesão. Eu já estava no ponto certo quando ele abriu minhas pernas e se colocou no meio encostando a cabeça do seu pau bem na portinha.
Quando senti que a cabeça entrou já gozei pela primeira vez. Ele foi me invadindo e logo estava todo dentro, então ele começou a bombar me fazendo gozar várias vezes.
Em um determinado momento me colocou de quatro e começou a meter por trás, podia sentir ele bem fundo socando como doido.
Mais a realização maior foi quando ele tirou da minha bucetinha e encostou a cabeça no meu rabinho. Quando começou a forçar sua entrada, me senti tão bem que me abri toda pra ele entrar. Foi entrando e socando fundo me fazendo gozar outra vez.
Transamos a noite toda, e várias vezes ele comeu minha bucetinha e cuzinho.
Ele conseguiu um emprego otimo, nossas transas era diarias, dormíamos toda noite junto, passamos a namorar oficialmente e agora casamos.
Enviado ao Te Contos por Daniele
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aime-salathiel · 5 months
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PRIMAVERA
Ah, Primavera! A estação das flores. Nesta época, a paisagem fica tão linda e colorida. É a estação mais bela do ano.
Mas como toda mulher, estava sobrecarregada. Ela ficava sempre com o mais pesado. Era responsável pelo florescimento das flores, distribuía o perfume para deixar tudo cheiroso, preparava o clima para o acasalamento de muitas espécies de animais e começava a elevar a temperatura para entregar a próxima estação em ordem para o Verão.
Porém, a tarefa mais pesada dela era limpar a bagunça dos seus três irmãos. O Verão tinha uma luz própria, muito brilhante e um temperamento quente. Fã de altas temperaturas, por vezes, precisava de muitos banhos para refrescar-se, por isso tanta chuva na sua estação. Seus dias eram mais longos, pois dormia mais tarde. Ao final do seu período, tudo ficava bagunçado e revirado de tanto alternar sol e chuva.
Já o Outono, amava uma sujeira! A chuva diminuía, pois não precisava de tantos banhos como o Verão, já que amava temperaturas mais amenas. O que ele tinha de personalidade moderada, ele não tinha de limpeza. Deixava as folhas caírem todas no chão, não as recolhia de forma alguma. Para isso, era de cabeça fresca.
Inverno era muito frio e seco. Ia direto ao ponto sem rodeios, gostava muito de clima frio e de pouquíssimos banhos, chuva era coisa rara. Por dormir cedo, seus dias eram curtos. Era mais organizado que o Outono, mas gostava muito de brincar com floquinhos brancos. Eram lindos de se ver, mas incomodavam bastante se em muita quantidade e com baixa temperatura!
Enfim, com tudo isso, Primavera resolveu dar um basta. Chamou seus irmãos e comunicou sua decisão:
- Eu os reuni aqui para comunicar que vou tirar umas férias por tempo indeterminado.
- Como assim? - perguntaram todos em uníssono e incrédulos.
- Estou cansada de arrumar a bagunça de vocês. Eu limpo, deixo tudo arrumado, perfumado, para quê? Para bagunçarem tudo que arrumei na vez de vocês. Todo ano é a mesma coisa. Como cheguei no meu limite, comuniquei minha decisão para mamãe, vou cuidar de mim antes que seja tarde demais e eu tenha um colapso.
- Mas o que faremos sem você? Precisamos de alguém para coordenar tudo aqui e você é a única que consegue - disse o Outono extremamente preocupado.
- Não sei e não quero saber. Que resolvam entre si. Fiz minha parte e comuniquei a vocês.
- Mas você vai sair de férias assim, de repente, faltando alguns dias para começar sua vez? - perguntou o Inverno com a maior cara de desespero, justamente naquele momento em que estava terminando o período dele.
- Sim, estou saindo neste exato momento. Até logo e boa sorte para vocês.
Primavera virou as costas e foi embora sem olhar para trás. Os três ficaram embasbacados!
Durante alguns minutos, eles ficaram mudos olhando um para o outro. Até que o Verão quebrou o silêncio:
- Ela já foi e não adianta chorar. Agora é com a gente.
- Ok, mas a gente vai fazer o quê? Você tem alguma ideia? - perguntou o Inverno com o jeito seco dele.
- Eu é que sei!? A gente que vai ter que resolver – respondeu o Verão com o jeito esquentado dele.
- Calma crianças, vamos pensar juntos – disse o Outono tentando ser equilibrado.
Ficaram mais um tempo em silêncio pensando, até que o Verão veio com uma sugestão:
- Vamos chamar El Niño e La Niña para cobrirem juntos o período da Primavera. Eles trabalhando juntos podem fazer uma estação equilibrada.
- Ah tá bom, justos nossos primos que vivem brigando porque ele gosta do calor do inferno e ela do frio da Antártida. Impossível aqueles dois se entenderem. É mais fácil botarem fogo ou congelarem o planeta. Sugiro prorrogar o meu período. Sou mais equilibrado, dou conta melhor – sugeriu o Outono.
- Até parece que consegue, com sua limitação de fazer as flores florirem. Você pode até subir a temperatura no início, mas no final ela cai…
- É porque você, com seu jeito esquentado, entrega-me tudo muito elevado e tenho que fazer milagre para baixar as temperaturas. Nem para reduzir um pouco para facilitar.
- Como é? - perguntou o Verão na cara do Outono como se desafiando para uma luta de MMA.
- Parou, parou! - disse o Inverno afastando os irmãos um do outro – acho melhor fazermos um sorteio. Quem for sorteado, cobre o período da Primavera. Depois fazemos uma escala mais organizada.
Um olhou para o outro e assim concordaram com o sorteio. Cada um escreveu seu nome em um pedacinho de papel, dobrou, colocou em um recipiente e convocaram o El Niño para sortear e a La Niña para fiscalizar. E Verão foi o sorteado.
Sete anos depois, a Primavera voltou de seu tempo sabático e o que ela encontrou no seu retorno deixou-a de boquiaberta.
Após Verão substituí-la, eles haviam acordado se revezar para cobri-la. O resultado foi uma confusão tal que as floradas se adiantavam, atrasavam ou até não ocorriam. E as espécies de animais não sabiam quando se acasalar, hibernar e até em que local ficar, pois onde era frio estava quente e vice-versa.
O Verão até que começou bem e sem muito alarde. Mas na primeira briga que teve com o Inverno sobre temperatura ideal, esquentado como era, não baixou. Ao contrário, o que era para ser primavera, virou verão antes da hora. E como estava com muita raiva após a briga, subiu demais, até para os padrões dele, comprometendo o desenvolvimento das plantas e animais.
O Outono, que sempre fora equilibrado, entrou em pânico quando viu o que o Verão fez. Na sua vez, tentou colocar ordem na casa, em vão. Ora baixava demais, ora subia muito o clima. Por conta disso, por vezes, ele prolongou o período do verão ou antecipava o período do inverno.
E o Inverno, sem saber o que fazer, continuava a onda que o precedia. Portanto, se recebia muito quente ou muito frio, ele mantinha como recebia.
- O que vocês aprontaram na minha ausência? Vocês conseguiram piorar tudo!
- Nós avisamos que não sabíamos o que fazer sem você – lembrou o Outono.
- Ainda bem que consegui descansar bastante nestes anos! Porque, como sempre, terei que botar ordem na casa!
- É… não desta vez irmãzinha – disse o Verão com tom meio baixo e todo acanhado de vergonha.
- Como assim, não desta vez? - perguntou a Primavera indignada.
- Por causa da confusão toda que a gente fez, a nossa mãe Natureza determinou que nós todos sejamos subordinados aos El Niño e a La Niña – respondeu o Inverno.
- Mas… mas, os nossos primos são extremos!
- Sabemos, mas não precisa preocupar-se Primavera. Eles entraram em acordo. A cada sete anos, eles trocam. Durante um período, a Niña que manda. No outro, o Niño, simples assim – explicou o Verão com um sorriso de constrangimento.
O máximo que ela pode reagir foi colocar a mão na testa, cair sentada na cadeira em desespero!
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mpedrinhas · 9 months
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Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.
CASA ARRUMADA - Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
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aloneinstitute · 1 year
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CASA arrumada é assim: Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz. Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não centro cirúrgico, um cenário de novela. Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas... Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar. Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha. Sofá sem mancha? Tapete sem fio puxado? Mesa sem marca de copo? Tá na cara que é casa sem festa. E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde. Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto... Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda. A que está sempre pronta pros amigos, filhos... Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia. Arrume a casa todos os dias... Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo para viver nela... E reconhecer nela o seu lugar...❤️
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kytannaf · 1 year
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TEXTO SENSACIONAL!!! Casa arrumada é assim: Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz. Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não centro cirúrgico, um cenário de novela. Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas... Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida... Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar. Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha. Sofá sem mancha? Tapete sem fio puxado? Mesa sem marca de copo? Tá na cara que é casa sem festa. E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança. Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde. Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto... Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda. A que está sempre pronta pros amigos, filhos... Netos, pros vizinhos... E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia. Arrume a casa todos os dias... Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo para viver nela... E reconhecer nela o seu lugar. Texto "CASA ARRUMADA" [Carlos Drummond de Andrade] #kytannaf #acasadavinha #2022 https://www.instagram.com/p/Cl0hAoJOItB/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas…
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida…
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto…
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos…
Netos, pros vizinhos…
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias…
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela…
E reconhecer nela o seu lugar.
Carlos Drummond de Andrade
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marianabananana · 3 years
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Se essa rua fosse minha
Estava andando por aquela rua comercial quando resolvi abrir minha própria loja.
As vitrines brilhavam com diferentes tipos de amores, fachadas chamativas e anúncios de promoção. Estavam sempre lotadas, mas nenhuma me parecia boa o suficiente. Eu sempre encontrava algo que faria de outro jeito, falaria de outra forma, e de tanto acumular achismos, construí a confiança de que podia fazer melhor.
Meu amor era vendido incrustado em joias brilhantes, esculpido em diamantes, lapidados pelas minhas próprias mãos. Com afinco eu o refinava repetidamente até que ficasse perfeito, nenhuma irregularidade era permitida. Os vidros da minha vitrine eram tão limpos que pareciam espelhos e a decoração cirurgicamente arrumada em simetria. Ainda assim, poucos clientes entravam na loja.
Menos ainda compravam alguma coisa.
Os dias passavam devagar comigo atrás do balcão jogando candy crush.
Então, um dia, um moço entrou com um grande sorriso.
Analisou todos os produtos com atenção, sem falar uma palavra, e abriu mais o sorriso a cada peça que seus olhos desbravaram.
Ele futucou a loja até encontrar minha pedra mais bonita, que ficava escondida na última gaveta, protegida não sei muito bem de que. Uma que foi guardada com tanto cuidado, e por tanto tempo, que poeira e algumas teias de aranha enfeitavam seus infinitos lados.
- Quanto custa? - Perguntou para mim, estendendo a peça no balcão.
Eu abri a boca, mas hesitei. Não esperava que alguém encontrasse aquela pedra, então, não me dei ao trabalho de estipular o seu valor.
- Sinceramente, não sei. - Respondi enfim.
Meu cliente soltou uma risadinha.
- Posso fazer uma oferta?
Ele abriu uma maleta de couro, onde bolos incontáveis de dinheiro descansavam.
Eu tomei um susto.
De onde tinha saído tudo aquilo?
Cerrei os olhos desconfiada, de certo era fruto de uma ilegalidade, ou, no mínimo, imoral. Tratei de pegar a pedra do balcão, enfia-la no bolso e informar que não estava à venda.
Meu cliente se espantou:
- Não é o suficiente?
Eu respondi dizendo, apenas, que não o conhecia.
Ele me convidou para conhecer sua loja.
- Assim resolvemos o problema. - Disse.
Eu fui. Não me lembro muito bem do que vi, mas era brilhante, perfumado, nada imoral. Confiei.
Vendi meu amor, mas me tornando ruim das vistas e do nariz, gastei tudo o que ganhei para comprar pequenos amores do moço, que eram vendidos tão caros... Tão, absolutamente, imorais.
A cada vez que o moço voltava na minha loja ele me convencia a cobrar menos pelos meus melhores produtos, dizia que estavam arranhados ou tortos, feios, não eram mais como antes, e um dia, segurando um dos meus enormes diamantes, ele colocou uma única moeda solitária sobre o meu balcão:
- O que é isso? - Perguntei.
- É tudo o que tenho para te dar.
Eu analisei a roupa cara que ele vestia, as joias em seus anéis, algumas feitas com partes de mim.
- Você... Tem certeza? - Perguntei.
- Vai vender ou não? - Ele perdeu a paciência.
Eu não queria perder o moço, sua vinda era o único evento que movimentava meu ambiente e meu coração, então, deixei que levasse o diamante e pendurei a pequena moeda em uma corrente, me agarrando a ela como quem não tinha mais nada no mundo.
Mesmo assim, ele parou de aparecer.
Quando fui em sua loja perguntar o que havia acontecido, ele pegou a moeda de volta e me proibiu de voltar.
Talvez fosse assim que o moço conseguia tanto dinheiro. Imoral, enfim.
Na minha loja, apenas os buracos vazios esperavam. Não conseguia mais fazer meus amores. Não queria.
Joguei meus restos de qualquer jeito na vitrine, agora bagunçada e suja. Pouco a pouco, eles foram apodrecendo e só as cinzas restaram em minhas prateleiras.
Até que, outro dia, outro moço apareceu.
Ele ficou olhando a minha vitrine vazia por um tempo, depois desenhou uma carinha feliz na poeira do vidro e foi embora.
Voltei a vê-lo várias vezes, sempre do lado de fora, observando.
Para a minha surpresa, depois de algumas semanas ele resolveu entrar.
Se ajoelhou na vitrine e cavucou o amontoado de cinzas, pescando lá no fundo um pequeno diamante que eu mesma já não via mais.
Ele limpou a pedrinha com cuidado na camiseta, então, andou encolhido até o balcão e me estendeu algumas notas velhas:
- Sei que é pouco, mas foi tudo o que consegui juntar. - Ele disse.
Em ruína, tomei o brilho minúsculo de sua mão e joguei na rua, enquanto o moço observava boquiaberto ele se perder na sarjeta. Não me importava quanto ele oferecesse, eu não entregaria mais nada a ninguém:
- Essa loja fechou. Por favor, vá embora. - Respondi enfim.
Ele foi, mas não antes de passar alguns minutos procurando no chão o que antes foi minha pedra. Agora, sendo apenas lixo na sujeira, não cabia a mim saber o que lhe acontecia. Fui embora eu.
Nunca mais voltei.
_M
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ofertasnaweb · 3 years
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A vida é muito mais do que isso… A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.’ Casa arrumada é assim: Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz. Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela. Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas… Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida… Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar. Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha. Sofá sem mancha? Tapete sem fio puxado? Mesa sem marca de copo? Tá na cara que é casa sem festa. E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança. Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde. Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto… Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda. A que está sempre pronta pros amigos, filhos… Netos, pros vizinhos… E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia. Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente. Arrume a sua casa todos os dias… Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela… E reconhecer nela o seu lugar.
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poesiajunta · 4 years
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"Casa arrumada é assim: Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz. Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela. Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas… Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida… Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar. Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha. Sofá sem mancha? Tapete sem fio puxado? Mesa sem marca de copo? Tá na cara que é casa sem festa. E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança. Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde. Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto… Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda. A que está sempre pronta pros amigos, filhos… Netos, pros vizinhos… E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia. Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente. Arrume a sua casa todos os dias… Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela… E reconhecer nela o seu lugar." Carlos Drummond de Andrade #poesiajunta — view on Instagram https://ift.tt/2RO7asW
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bruxurso · 4 years
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Erzulie Freda Dahomey
A preguiçosa, coquete e mimada deusa do amor, da beleza e da riqueza. Ezili Freda (também escrito como Erzulie Freda) é uma das Loas mais dificeis de se trabalhar, mas uma das mais famosas e amadas no culto. É uma deusa casada com três maridos, Danballah, Ogou e Agwe, mas ao mesmo tempo é solitária, chorosa, sofrida de amor. Mas tudo isso é misturado à sua arrogância, autoridade auto-imposta e sua tendência conquistadora. Ezili Freda é uma deusa Lunar e também Venusiana, ela representa o feminino em seu auge da juventude e desejo, mas não em maturidade.
Embora tenha "três maridos" e seja cobiçada por todos os homens do mundo, Freda é solitária por ser a eterna amante, ela representa a mulher que é amada por sua elegância, sensualidade e beleza, mas é um símbolo de uma mulher vazia. Não me refiro com isso que a deusa seja assim, mas esse é o simbolismo oculto por trás de Freda, que muitas vezes se manifesta em lágrimas sendo enxugadas com um lenço fino, rosa e perfumado.
Muito diferente do padrão de uma religião afro-descendente, Freda é vista como uma mulher branca, de cabelos loiros, claramente europeia. Em algumas casas, no entanto, vemos Freda sendo mostrada como uma mulata da classe média alta, mas com uma peruca loira e o rosto branco com pó de arroz (maquiagem). Aqui nos abre a duas questões: Freda não aceita suas origens negras, a relação disso com a pobreza, a escravatura e o sofrimento ou Freda quer nos dizer com isso que ela é superior a qualquer coisa imposta à sua raça?
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Longe do sincretismo cristão, Freda está mais próxima de uma linda Bruxa europeia, cheia de encantos, do que qualquer imagem católica ligada a ela. É uma visão um pouco pessoal, claro, peço que não levem de forma muito literal. Mas já que toquei neste ponto, Freda de fato é vista como uma Bruxa, uma deusa muito poderosa, com a qual não devemos brincar. Seu jeito doce, fino, preguiçoso e todo mimado engana muito, fazendo com que algumas pessoas (fora do Vodu) a subestimem. Freda não é vista somente como uma Bruxa (no sentido popular da palavra), mas também como uma Mambo, o maior cargo dentro do Vodu, uma conhecedora de todas as magias. Quando Ezili decide trabalhar por seus seguidores, ela os levanta de qualquer buraco, ela os salva de qualquer tormenta, tal é seu poder. Ela pode se mostrar surpreendentemente rápida e eficaz em suas magias. Quando bem servida por seus seguidores, ela os recompensas com muita frequência, dando-lhes sua beleza, elegância e abundância financeira.
Freda é conhecida por não se afeiçoar pelas mulheres. Quando incorporada em seu médium, ela não gosta de ser tocada por mulheres, a menos que a própria Freda vá cumprimentá-las. Normalmente, ela cumprimenta as mulheres com o dedo mindinho, cruzando-o com o das servas, de uma forma bem sutil. Mas quanto aos homens, Freda os adora, sempre flerta com todos os homens presentes no templo, costuma abraçá-los e, quando está manifestada em uma médium mulher, costuma até dar selinhos nos rapazes. Mas tudo sem a maldade sexual, é mais uma forma simbólica de carinho.
Por causa dessa paixão pelos homens, é muito comum que várias mulheres culpem Freda ou culpem magias feitas pelas mãos de Freda quando suas vidas amorosas estão arruinadas. Ainda que exista uma grande parcela de fãs mulheres que servem Freda fielmente, sua rivalidade com as mulheres é muito clara. Claro que se ela for bem servida e for devidamente respeitada, não haverá nenhum problema com a deusa. Toda essa rivalidade com as mulheres tem um caráter muito mais simbólico, não deve ser levado tão literalmente e deve se considerar as muitas exceções. Outra questão bastante polêmica é sobre Freda reger e ser protetora dos homossexuais homens. A maioria dos sacerdotes, inclusive eu, concordam com essa afirmativa. O Gay tende a unir duas realidades que Freda ama, são homens e são conhecidos por sua elegância, bom gosto e estilo de vida cara (sem generalizações, claro!). O estereótipo do Gay, sem ter a intenção de ser verdade absoluta, é daquele homem usando o melhor perfume, a melhor roupa, livre dos gastos com filhos e esposa, sempre no meio de uma vida de ostentação. O "pink money" (dinheiro vindo do público Gay) tem muito valor no mercado e o "pink bussines" (marcas e empresas voltadas ao seguimento Gay) são as que mais faturam. Podem cobrar caro que o estereótipo Gay vai pagar. Isso tudo é da alçada de Freda, o luxo, o caro, a ostentação. Por essa razão, muitos Gays cultuam Freda. Entretanto, alguns Sacerdotes e Sacerdotisas discordam, não toleram essa visão e acham que mancha a imagem da Deusa. Esses que discordam também não aceitam que Freda se manifeste na cabeça de homens, considerando-a exclusiva das mulheres.
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Trabalhar com Freda é de uma complexidade imensa. Ela é uma deusa cara, enjoada e muito exigente. Tudo precisa estar muito limpo, tudo tem que estar perfeito, do contrário ela vai ignorar os melhores esforços. Com Freda, o mínimo detalhe pode fazer muita diferença. Além de todos os cuidados com suas oferendas e local de culto, Freda exige que seu servo esteja impecavelmente limpo e perfumado. E não é só as exigências físicas que dificultam o culto à Freda, mas ela exige que a pessoa tenha uma postura religiosa, fé e sinceridade verdadeiras. E mesmo com tudo perfeito, não é impossível que Freda ignore seu servo e decida não trabalhar por ele. Nestes casos, subornar ou até coagir a deusa é uma boa ideia, mas tenha o cuidado para não agir de forma ofensiva, Freda não é de aceitar desaforos. Freda, quando desafiada ou ofendida, é uma das poucas coisas que você vai querer experimentar na sua vida. Aqui temos outra questão complexa a respeito de Freda. Ela gosta de ser mimada e de receber belos e caros presentes, mas se você exagerar no mimo, poderá ser ignorado por ela, que receberá seus presentes, mas terá preguiça em trabalhar. Assim, mimá-la demais ou de menos, ambas serão coisas ruins na sua relação com Freda. O ideal é manter um dia específico para o culto dela normalmente à quintas-feiras, e se a situação exigir, diga não a ela, suborne ou faça acordos, nada de mimar em excesso.
As cores sagradas de Freda são rosa pink e branco, mas também vemos o pink com azul pastel, bem clarinho. Suas velas são rosas ou brancas, ela gosta de bebidas finas e caras, perfumes bons e lindos pedaços de bolos enfeitados, frescos e de ótima qualidade. Em seu altar, sempre vemos maquiagens, perfumes, flores e três alianças, símbolo de sua parceria com Danballah, Ogou e Agwe.
No Vodu Tradicional (Sincrético), Freda está associada à Mater Dolorosa.
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☽О☾ Que os Deuses nos abençoe ☽О☾
♡☆Meus Estudos☆♡
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Obrigado por olhar!
Até a próxima
(◡ ω ◡)
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amor-por-palavras · 4 years
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“A vida é muito mais do que isso… A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.’ Casa arrumada é assim: Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz. Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela. Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas… Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida… Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar. Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha. Sofá sem mancha? Tapete sem fio puxado? Mesa sem marca de copo? Tá na cara que é casa sem festa. E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança. Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde. Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto… Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda. A que está sempre pronta pros amigos, filhos… Netos, pros vizinhos… E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia. Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente. Arrume a sua casa todos os dias… Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela… E reconhecer nela o seu lugar.”
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yaboythommy · 4 years
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closed to @thar-girl​
Thomas nunca soube jogar limpo, e também nunca teve a curiosidade sobre como fazê-lo. sempre que possível, trapaceava, subornava e comprava o seu sucesso, assim como a própria avó o tinha ensinado. dessa vez, não seria nada diferente. na verdade, seria até pior. sua vida, dinheiro, carreira, família: resumindo, tudo que ele possuía, amava e prezava, TUDO dependia em sua capacidade em conquistar a princesa Octavia. por isso, não mediu esforços em colocar sua inteira assessoria para descobrir qualquer coisa que pudesse maximizar sua eficiência na seleção. era um trabalho tortuoso, demorado e difícil: aprender detalhes sobre outra pessoa, moldar-se, policiar-se o tempo inteiro para que esta enxergasse em si um par perfeito, impecável, sem qualquer falhas. era um jogo psicológico, um o qual o loiro estava completamente imerso em ganhar.
ele tinha descoberto várias coisas. dentre elas, algo que o chamou a atenção justamente por ser de seu comum interesse: leitura ‘a woman after my own heart’, pensou. um livro, em particular, chamado Pietro (que deveria ele dizer, tinha sido muito difícil e caro de conseguir), parecia ter um lugar de carinho no coração duro da jovem nobre. Tom passou a noite inteira lendo até os olhos começarem a embaralhar as palavras-- era interessante a escolha do romance. Octavia parecia ser dura por fora, mas talvez, se ele conseguisse apertar os botões certos, ela o daria uma brecha para entrar em sua vida. e a partir daí, tudo seria mais fácil. era só o que ele precisava: uma brecha. ele sabia que não poderia dirigir a palavra à princesa caso ela não o permitisse, mas seus planos culminavam para que ela o notasse. depois disso, o trabalho seria inteiramente seu. na manhã particular, já nos jardins, o loiro trajava uma blusa social clara, casualmente desabotoada nos primeiros botões e dobrada na altura dos cotovelos, extremamente galante e perfumado como sempre. Thommy checou o relógio, alternando o olhar entre as páginas abertas e a entrada dos jardins. como prometido pelos assessores, lá vinha ela, especialmente bonita no dia de hoje (apesar de ele fingir não a notar). tentando parecer o mais relaxado possível, com uma perna cruzada em cima da outra, ele fingia estar totalmente imerso à narrativa. as sobrancelhas franzidas em confusão enquanto ele lia. “eu realmente não entendo..” o jovem nobre murmurou. pelo que se lembrava de encontros anteriores, Octavia poderia ser bem mandona e gostava de saber. demonstrar que necessitava de ajuda em algo que ela dominava seria uma ótima base para o desenrolar de seus planos. 
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