Tumgik
#mas no pc ela tá horrível
a-go-ni-a · 3 months
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Tumblr media
[PT] Dia 4 – Aprender
Ninguém disse que aprender a ser Miranha seria fácil.
[ENG] Day 4 – Learn
No one said learning to be Spiderman would be easy.
@fluffyfebruary
[ESP] Día 4 – Aprender
Nadie ha dicho que aprender a ser Spiderman sería simple.
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lonelykiwiclub · 2 years
Note
Comecei a editar esse ano e queria saber como você entrou nessa área. Fez algum curso? Aprendeu por conta própria? O que você indica para quem quer aprender?
eu comecei entre 2010 e 2011, ainda era mt criancinha e nessa época o nosso cérebro é uma esponja e tu acaba aprendendo qualquer coisa em dias, e tudo que eu aprendi eu tirei aqui do tumblr. antigamente a comunidade brasileira do tumblr era muito mais ativa, imagina a onda de projetos do spirit só que versão tumblr onde o que mais tinha era tumblr de html, todo mundo queria ter um. eu também tive o meu e foi assim que comecei, naquela época eu usava algo similar ao o que o photopea é hoje em dia, só que bem mais defasado. nunca cheguei a usar photoscape e eu fico TÃO TRISTE por causa disso pq sinto que uma etapa do mundinho edições br eu pulei. MAS fiquei usando o cs4 por anos porque ele é um neném e eu sempre me recusei a pular pro cs5 ou cs6, até decidir de vez ir pro cc que inclusive é horrível pra quem tem um pc da xuxa como eu. se rodar os mais baixos no pc, usa eles. tem o portable do ps até hoje disponível e tu sequer precisa instalar ele, só colocar num pendrive e sair por aí usando em qualquer pc.
num modo geral, capas, capas mesmo, aprendi por conta própria, fazendo coisas pra mim pq ninguém nunca gostou do que eu fazia. por isso me limitava a me esconder dos olhos do público e editava banner de capítulo em todos os blogs que entrava, a insegurança é fogo. FIQUEI ANOS ASSIM, até que 2018 chegou e eu me obriguei a fazer algo decente pra ladysharingan nos styles (sim, culpem a vic, é tudo culpa dela)
VAMOS AO QUE INTERESSA. O QUE EU INDICO PARA QUEM QUER APRENDER?
hmm "quero fazer tal coisa na capa", procura no youtube. só isso. é assim que você vai aumentando o seu domínio na ferramenta. harmonização, ter noção se tá aceitável, cores e etc etc tu só vai ter conforme o tempo vai passando. tu não vai acertar de primeira, nem na segunda, nem na terceira, nem nas vinte primeiras vezes, pensa que eu to tentando editar consideravelmente bem desde 2010, em 2014 eu ainda era péssima, em 2018 eu fazia coisas horríveis, em 2019 eu melhorei. é tudo questão de treino e dominar a ferramenta que vc ta usando é o primordial pra qualquer capista. "quero aprender a fazer distorção de perspectiva de um elemento pra dar mais profundidade na capa" procura no yt como fazer distorção de perspectiva. sei que parece uma resposta preguiçosa, mas tu aprende as coisas quando mais precisa delas. e ainda pode replicar depois porque não vai precisar pesquisar de novo. ficar vendo diversos vídeos sem objetivo nenhum não vai adiantar, vc PRECISA da ferramenta pra saber sobre ela, precisa ficar marcado no seu cérebro. tirando situações específicas, claro, como em vídeos de tiktok que se eu me lembro bem, dão umas dicas mt boas e vc se sente na vontade de replicar de alguma forma.
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neogotmycity · 3 years
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oi anjinho, eu amei de coração as locks chenji as gumball & darwin 😔💚
ficaram lindas demais, as com pngs do desenho são uma coisa que eu não tava esperando mas eu amei tanto :((((((
agora eu vou ter que passar 700 anos decidindo qual vou usar primeiro, pois todas ficaram perfeitas hehe
muito obrigada por ter feito elas com tanto carinho, amei elas do fundo do coração 💚
oieeee aaah que bom que gostou, eu realmente estava na dúvida kfkdksksk fico feliz que tenha achado isso 🥺🥺🥺
eu ia postar sem elas, porque eu tinha programado a postagem, aí literalmente no último minuto eu mandei pro rascunho de novo. eu tinha tentado fazer uma colagem com png deles né, da época we young com boom e algo mais kidcore com alguns stickers de gumball etc, mas minha irmã tá usando direto o pc e eu não pude pegar pra fazer a tempo. ainda mais porque eu comecei a tentar fazer pelo celular (bom e velho picsart), mas estava ficando horrível kfksksksks. eu meio que desisti aaa ;(((
fiquei com a sensação de que precisava colocar mais alguma coisa, por isso tirei a programação e tentei fazer outros diferentes. fico feliz que tenha gostado, porque foram diferentes do que você pediu.
e ahndkkkkfkdksksksk está tudo bem, foi uma prazer. qualquer coisa tô aqui. sorry por alguma coisa. tenha um ótimo dia e cuide-se! byeeee 💞💞💞💞💞💞💞
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lluvate · 7 years
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(perdoem os erros de pontuação e tals..)
não estou aqui escrevendo/criando/repetindo uma história fictícia não, eu estou aqui tentando desabafar sobre o que sinto e como esse sentimento surgiu.
mês passado me senti distante, superficial, mesmo sendo normalmente cheia das gargalhadas. me senti longe de tudo e todos, só estava perto dele: felipe. eu JURO a você que, mês passado (julho), por duas semanas, eu acordava e dormia já chorando praticamente por lembrar dele. eu JURO a você que foi desgastante, foi doloroso! e eu JURO, mais uma vez, que antes dele não houve ninguém que fosse tão puro.
VOU CONTAR *EXATAMENTE* COMO NOS CONHECEMOS
nos conhecemos como? num jogo. SIM, NUM JOGO. no ano de 2016, no mês de junho (ou julho, na época das férias, lembrando q sou de salvador e ele de recife) entrei numa sala e logo depois ele chegou, sentou lá do meu lado (na verdade foi na minha frente, pois a sala em que estávamos era tipo um restaurante, estávamos numa mesa) e falou comigo. tá certo... brasil, polo norte e china, por essa eu não esperava. óbvio que não iria deixá-lo no vácuo, não é mesmo? okay, falei com ele, puxei assunto e lá estávamos nós, conversando sobre tudo e nada há não sei quanto tempo. aí ele me chamou em outra sala, sendo essa BEM DIFERENTE da outra KKKKKK era cheia de ursos, puffs rosas e tudo mais... ele começou a ir nas poses, em cima dos ursos, nas cadeiras e eu lá parada observando a cena e claro, rindo. aí do nada ele foi numa pose lá que era de beijo, me chamou pra ir... eu fui. enfim... começamos a namorar e como eu estava sem celular a gente começou a se falar pelo skype. lembro que quando passei meu skype pra ele a primeira mensagem que ele mandou foi “coisaaa <3” kkkkkk também lembro que a partir daí a gente se aproximou bem mais. como a gente tava de férias, acordávamos todos os dias já no computador(ele no celular) dando bom dia um pro outro, o dia todo conversando, falando sobre séries, filmes... sobre tudo, assunto não faltava! ah, também lembro que eu chamava ele de hobbit kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk pq ele tinha 1,64 de altura e eu tinha 1,73 tlgd kkkkkkkkkkkkkkkkk... a gente foi parando de jogar com o tempo e se falando mais pelo skype. 
teve um dia que ele me perguntou “eu posso ter alguma chance ctg na real?” aí eu respondi que sim e ele disse “sério? pq vc tinha me dito que antes gostava de um amigo seu daí de salvador”. isso foi uma das muitas coisas que me deram esperança, entende? só que eu tinha medo de corresponder demais e acabar me ferrando, como sempre. a gente gostava muito um do outro. ele dizia “eu te amo e espero que um dia você chegue a sentir o mesmo por mim” e eu não queria dizer que amava ele também pq não queria que ele achasse que era mentira. aquelas duas semanas de férias foram incríveis, sabe... só que como tudo nessa vida, o famoso “volta as aulas” chegou. isso foi horrível, pra nós dois. eu estava sem celular e só pegava o computador final de semana. QUE CARALHOS EU IA FAZER DA MINHA VIDA AGORA? nada... eu só disse “tchau e boa noite” como sempre, sem diferença alguma. eu tinha medo, entendeu? eu tenho medo. mas eu nunca entendi o pq desse medo. eu não havia passado por nenhuma situação grave de não correspondência, não havia passado por nada que tivesse fudido tanto cmg pra eu ter medo daquele jeito. eu não achava motivo pra esse medo. 
então né... a hora de dormir chegoou, nos despedimos, desliguei o pc e fui dormir pensando nele e em como seria minha rotina dali pra frente. acordei pensando em chegar na escola e procurar alguém que tivesse um celular com skype instalado pra me emprestar, não achei. na terça, a mesma coisa... dessa vez, achei! esntrei na minha conta e quando já ia mandar mensagem ele já havia falado cmg KKKKKKKK respondi td e expliquei pq n tinha falado com ele na segunda. okay, ele ficou de boas, a gente começou a conversar como antes. o intervalo acabou, de novo eu me despedi e fui pra aula. fui dormir melhor que o dia anterior, acordei na quarta, fui até o colégio esperando pegar emprestado o celular da minha amiga de novo pra falar com ele mas ela faltou no dia. okay, era só mais um dia. eu aguentei na segunda, podia aguentar na quarta também, né? fui tentar de dispersar, pensar em outras coisas... o dia de quarta passou, o de quinta, o de sexta... sábado! no sábado era dia de fazer trabaalho com o pessoa do colégio. 
RESUMINDO A PORRA TODA...
aconteceu uma confusão e eu perdi o direito do computador nos finais de semana também. a primeira coisa que pensei: e felipe? se já tava difícil assim, E AGORA? o que vai ser?!?! eu passei quase um mês (UM MÊS) sem falar com ele!!! quando eu consegui pegar no computador em agosto e mandei mensagem pra ele, ele respondeu dizendo que não dava mais. e eu disse o quê? brasil, polo norte e china, eu disse “tá”. eu não sei o que me deu, NÃO SEI MESMO! juro por tudo de valor nessa vida que eu não sei qual o meu problema. hoje eu tô aqui sofrendo, um ano depois, quando a gente nem se fala mais. mas eu acredito q a gente ainda vai voltar a se falar e a gnt vai se ver pessoalmente.
depois da minha resposta de idiota... voltamos a nossas vidas. eu voltei a minha vida mesmo, como se nada tivesse acontecido. me convenci de que estava tudo certo, em seu lugar, e que eu já tinha esquecido ele. “gostei de outro menino”, me humilhei por esse, mas continuei minha vida sem lembrar do tal felipe. nenhum pensamento em relação ele veio a minha cabeça. mas chegou o mês de outubro... o que aconteceu? foi como se ele tivesse renascido na minha cabeça. só pensava nele o tempo todo, de novo isso! passei novembro assim tbm, dezembro... mas aí, 1 de janeiro(BEM NA VIRADA NO ANO NOVO, EU JURO) do nada lembrei que eu tinha salvo o número dele no celular de minha vó (pois é, nem sei pq). fui lá olhar, tinha mesmo. fui correeeeendo mandar mensagem pra ele! mandei textãaao dizendo que era eu, pedindo desculpas e tudo mais. ele falou que de boa se a gente voltasse a se falar. fiquei mtmtt felizzz, pra completar ele ainda disse que amava meu sorriso(do mesmo jeito que falava antes...) a esperança cresceu no peito novamente. voltei pra casa dia 3 fim da tarde, peguei meu celular de volta, add ele e a gente voltou a conversar. não voltou a ser como antes, a gente não conversava todos os dias e quando a gente conversava era pouquíssimo tempo. não tinha mais assunto, quase não tinha risada... era assim. durante esses dias eu tentei criar coragem e admitir que ainda gostava muito dele, mas não fiz.
dia 17 de janeiro (de 2017 ne) ele sumiu. sumiu! no meio de uma conversa, ele evaporou! mandei um “oi” ele respondeu, dps mandei um “tudo bom ctg?”, ele não recebeu e não leu. não insisti mais na conversa, estava cansada de levar vácuo. dois dias depois mandei um “oi” e disse tbm q tava preocupada. ele ainda não tinha recebido a mensagem de dois dias atrás. 
e continua assim... desde 17 de janeiro eu não tenho notícias dele, não tenho nada. não sei se ele morreu, se está em coma(n sei se está certo, perdão) ou se ele só perdeu o celular ou quebrou. sei lá... acontece que foi muito repentino, entende? e eu não aguento mais isso. não tenho notícias dele há meses!!! o pior... é que eu sei que tudo isso foi culpa minha. 
PS: NÃO O DEIXE IR. NÃO SEM SABER A VERDADE!
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Diário do dia 12 de Janeiro de 2017
O grande fato do dia de hoje é o medo que eu to sentindo de ter perdido uma coisa que amo e a saudade que eu aprendi que tenho do meu naminho.
ah como eu gosto daquele moleque chato. Passei o dia com ele me enchendo para voltar a jogar um lolzinho maroto. Mas é aquela história de vida de violeiro, violeiro passa metade da vida afinando a viola e a outra metade tocando ela desafinada. Eu arrumando o pc para jogar foi metade do meu dia. 
Tirando isso foi um dia chato como outro qualquer.
Outra coisa, descobri que só gosto de piqui de conserva igual pêssego, só é bom se for de conserva. 
Aqui tá fazendo um certo frio,o que é em parte bom e em parte ruim. Mas o balanço climático continua o mesmo. O clima daqui é horrível. 
Até amanhã.
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sunrisenow · 3 years
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1: Já dormiu descoberto?
- Sim, quando estava na casa de um casal juntos com uns amigos, dormiu todo mundo lá, eu acabei dormindo no sofá com bastante frio kkkk.
2: Comida preferida?
- SUSHI 🍣
3: Gosta de Nutella?
- Amo, mas dificilmente como.
4: Prefere suco ou refrigerante?
- Suco, óbvio.
5: Ta namorando?
- Não.
6: Quem foi a última pessoa que disse “eu te amo” pra ti?
- Me pegou, realmente não lembro, mas creio que foi a minha irmã agradecendo quando fiz algo para ela.
7: Já contou quantos passos deu quando estava andando na rua?
- já, contando tudo mentalmente e tentar disfarça com fones de ouvidos.
8: Gosta de banana?
- Sim, porque não ? Uma vitamina de banana com nescau que mãe faz é muito bom ❤️
9: Toma algum remédio?
- não, espero nunca precisa.
10: Tem alguma doença?
- Não que eu saiba, talvez ansiedade aguda com uma Pitadinha de depressão kkk.
11: Qual foi a última vez que você foi no dentista?
- Quando sofri um acidente, que cortei a língua e quebrei 3 dentes kkkk, e aí a minha irmã que é médica me atendeu e hoje esta tudo bem.
12: Sabe dançar?
- Valsa ❤️ a única que sei realmente dançar e até gosto.
13: Qual a música que você não suporta ouvir?
- Não tenho nenhuma em mente agora, mas em geral Funk com músicas depravadas.
14: Já fez fofoca quando pediram pra você guardar segredo?
- Não.
15: Qual foi a última coisa que desenhou?
- Uma cidade com pistas, desde criança sempre gostei de dançar cidades e ruas, isso me relaxa demais, quem sabe depois eu faça mais isso e eu tirarei foto para registrar.
16: Um momento que jamais vai esquecer?
- 2 triste: quando eu era criança e a minha avó faleceu, ainda lembro do rosto dela no velório.
E quando a garota que eu amava na escola, mentiu pra mim olhando no fundos dos meus olhos.
- 2 felizes: ter visto o dia amanhecer da sexta para o sábado quando era criança💙 pelo meu quarto deitado na rede, depois de ter virado a noite jogando GTA San Andreas com amigos.
Um passeio na praia de fim de tarde com uma ex namorada..
17: Uma música que marcou sua vida?
- Coldplay - Charlie Bronw
18: Um filme que te fez chorar?
- 500 dias com ela
19: Gostaria de ter quantos anos hoje?
- 13 anos, quando não existia amor, tristezas, responsabilidade nada disso, apenas jogos, filmes, músicas, violão, skate..talvez algumas dores de Curvelo por alguma garotinha, mas nada demais kkkk
20: Que dia faz aniversário?
- 29 de abril.
21: O que gostaria de ganhar de presente?
- uma viagem para Nova York.
22: Seu sabor de Trident preferido?
- Morango.
23: Sente falta de algo? O que?
- sim, de não me senti sobre pressão o tempo todo.
24: Uma pessoa que marcou sua vida e foi embora?
- minha avó, Marlene 😔
25: Nome da sua primeira namorada?
- Lethicia.
26: A quanto tempo tem tumblr?
- Acho que desde 2014.
28: Gosta de churrasco?
- não muito.. só tem carne, mas não recuso comida 🌚
29: Gosta de sanduíche de presunto?
- e quem não ?
30: Já assistiu todos os episódios de Chaves?
- Creio que sim kkk
31: Prefere dar ou receber?
- Os dois, amo dar e recebe reciprocamente sem pressão.
32: Qual o dia da semana que você prefere?
- sexta-feira/sábado
33: Domingo é ótimo para…
- morrer, que dia chato, odeio domingos kkk
34: Nome da última pessoa que conversou hoje?
- Meu primo mario Eduardo
35: Quem foi que roubou o pão na casa do João?
- provavelmente eu com fome.
36: Uma música que não sai da sua cabeça?
- 009 sound system With a Spirti( me lembra minha infancia, todos os vídeos de tutoriais, jgoos e coisas do tipo n YouTube em 2010 só tinha essa música kkkk)
37: O nome de uma pessoa que você não suporta?
- William, insuportável.
38: Um motivo para terminar um relacionamento com seu namorado?
- mentira, falta de carinho, reciprocidade e etc
39: A melhor hora do dia?
- noite, 1:20.
40: Praia ou campo?
- campo.
41: O que se comemora dia 25 de dezembro?
- Natallll ❤️❤️
42: Uma matéria que não suporta?
- matemática, química e física
43: O nome da professora mais legal que você já teve?
- Graziely e Glauce
44: Qual o melhor motivo que alguém poderia lhe dar para conquistar você?
- Sinceridade e humor e boa qualidade de música.
45: Maior prova de amor que já recebeu?
- um surpresa de pedido de desculpas em meu quarto, cheio de balões e corações e etc, foi lindo e chorei claro, a disgraça colocou até música de Coldplay kkkksksks
46: Pior momento que já passou?
- 2015
47: Algo que lhe deixa triste?
- lutar muito, seja por alguém ou por algum objeto e no final não conseguir.
48: Algo que lhe deixa feliz?
- comer sushi vendo um bom filme ou série.
49: Sábado é o melhor dia para…
- ver filmes, transar, viajar, pra tudo..
51: Já sofreu por alguém que não merecia?
- sim, todos na vida, em algum momento.
52: Quem é a pessoa mais importante pra você?
- Minha família
53: O que faria se sua mãe morresse?
- de verdade... Não sei, só sei que e estarei completamente, toralme perdido, fora de si.
54: Cantor que mais gosta?
- Michael Jackson.
55: Alguém que você admira muito?
- Ayrton senna
56: Já fumou maconha?
- não
57: Bebeu vodka?
- experimentei, horrível igual outras bebidas.
58: Qual o nome da pessoa que te inspira?
- AYRTON senna
59: Um livro que já leu e releu várias vezes?
- só uma vez, Nárnia.
60: Um ator que você gosta?
- Kienu Reeves e Asthon Kutchen
61: Quanto tempo aguentaria viver sem a pessoa que você ama do seu lado?
- não sei, já vivo.
62: Namoraria a distância?
- provavelmente não.
63: Já traíram sua confiança?
- kkkkkkk já
64: Qual a flor que você mais gosta?
- não sei flor, mas tem uma árvore que tem folhas rosas, acho linda, creio que o nome é Sakura.
65: Como gostaria de morrer?
- Velhice, deitado em uma rede como se estivesse dormindo.
66: Qual as bandas que você curte?
- Coldplay, Switchfoot, Blink 182, Matter Walters, Queen, two feet, syml e etc
67: Sua maior qualidade?
- Lealdade/sinceridade
68: Seu maior defeito?
- possessivo
69: É virgem?
- Não
70: Já comeu formiga?
- não... Orx
72: Vem ni mim
- Copa do mundo 2022 ❤️
74: Sabe falar outro idioma?
- inglês
76: Uma pessoa que estava afim de você e você não imaginava?
- sei lá
77: Qual o significado da sua url?
- nascer do sol, resumo, amo ver o dia amanhecer.
78: Tem celular?
- não, tô escrevendo isso aqui pela minha imaginação... 🙄
79: Um motivo para você desistir de viver?
- no final de tudo, não vou alcançar porra nenhuma do que tanto almejo.
80: O que tem a dizer sobre Deus?
- supremo, sabio, inexplicável, justo.
83: Já gastou dinheiro com algo que não precisava?
- creio que não, normalmente penso muito sobre o que vou compra e pra que vou usar.
85: Última vez que disse “eu te amo” pra sua mãe?
- de verdade não lembro 😔
87: O nome mais horrível que já viu?
- Dorgistre kkkkk
89: Conte-me uma piada.
- o que um escorregador disse para o outro ?
Aqui os "ânus" passam depressa skskkssk
90: Do que você mais brincava quando era criança?
- pega se esconder, dono da rua e ninja
91: Sabe andar de skate?
- sei, mais nunca aprendi a fazer manobra 😔
92: Uma pessoa que te faz sorrir?
- meu primo Eduardo com nossas idiotices
95: Sabe fazer miojo?
- com muita maestria, e faço altas misture as com ele kksksks
96: Sabe cozinhar?
- só ovo kkkk
97: Já tomou choque?
- sim
98: Em quem você pensa antes de dormir?
- normalmente muita gente não apenas 1, seja familiares e amores fracassados
99: Nome de alguém que você ama?
- Mariluce e Carlos (família)
100: Se você estivesse em uma ilha, com seu pai e sua mãe, e o resgate chegasse mas só tem espaço para uma pessoa, quem você salvaria?
- eu ficaria, sobrando assim uma vaga para os dois entrarem 😉
102: Algo que quer muito comprar, mas tá sem dinheiro.
- Um Pc ultra mega bastle Power pontente com teclado, mouse, monitor e etc tudo gamer ksksks
104: Quanto tempo durou o relacionamento mais longo que você já esteve em?
- incríveis 5 meses.
105: Você já mudou por alguém?
- mudei por mim.
106: Como é sua relação com seu ex?
- creio que bem...
107: Você já foi traído?
- Creio que sim... N sei, mas corno é o último a saber kkkk
108: Você namoraria alguém que é conhecido com fama?
- claro.
109: Você acredita na frase “a idade é apenas um número”?
- de uma certa maneira sim, o que importa não são os anos, mas as coisas que acontecem durante esses anos.
110: Você acha que as pessoas que já namoraram podem ser amigos?
- Creio que sim, mas provavelmente nunca mais será como antes.
111: Você acha que o amor pode durar para sempre?
- sim.
112: Você quer se casar um dia?
- sim.
113: Você já deu/recebeu rosas?
- já recebi kkkk
114: Você já esteve na “friendzoned”?
- que eu saiba não..
115: Você é bom em dar conselhos?
- sim.
116: Alguma vez você já “destruiu” um relacionamento?
- não kkk e espero NUNCA fazer isso.
117: Você acha que é bobagem pensar em suicídio por causa de um coração partido?
- não, apenas cada uma sabe a sua dor que carrega, as pessoas tem a mania de achar que uma dor e menor que outras só porque elas assim, a dor de cada um é diferente e as vezes até às simples coisas pode nos mata ou até pior, nos torturar mentalmente.
118: Já afirmou não ser virgem quando ainda era?
- não, nunca tive vergonha sobre mim, sempre me coloquei a acima.
119: E se você chegar aos 40 solteiro(a)?
- é... Provavelmente muita coisa deu errado.
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emagrecendo-anaemia · 7 years
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⁠⁠⁠⁠30/6/2017⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠ As mensagens que você enviar e as ligações que você fizer nesta conversa estão protegidas com criptografia de ponta-a-ponta. Clique para mais informações.⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[16:03, 30/6/2017]  ⁠⁠⁠Renata, é a Alessandra. Esse número abaixo é teu?⁠⁠⁠⁠16:03⁠⁠⁠⁠⁠Renata - Lvto⁠⁠⁠⁠16:03⁠⁠⁠⁠⁠Enviar mensagemAdicionar a um grupo⁠⁠[16:13, 30/6/2017] Renata - PoA: ⁠⁠⁠Oi Alessandra. Sim, ambos são meus números.⁠⁠⁠⁠16:13⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[16:14, 30/6/2017] : ⁠⁠⁠Ok! Entrei em contato contigo pelo outro, ontem. Mas conversamos melhor dia 8. Bjs!⁠⁠⁠⁠16:14⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[19:36, 30/6/2017] Renata - PoA: ⁠⁠⁠Não recebi nada no outro celular... o Wi-Fi dele não está bem.⁠⁠⁠⁠19:36⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[19:37, 30/6/2017] Renata - PoA: ⁠⁠⁠Como tu preferir, conversamos dia 08. Bjs!⁠⁠⁠⁠19:37⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[19:42, 30/6/2017] Fiz uma autoavaliação sobre obtem e percebi que algumas coisas eu não consigo contar pessoalmente, queria propor de te enviar o tópico em questão por aqui anteriormente aos atendimentos, se for tranquilo pra você. E aí podemos aprofundar durante a consulta.⁠⁠⁠⁠19:42⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[19:43, 30/6/2017]  ⁠⁠⁠Ontem te enviei um textão, inclusive hahaha, é algo que já funcionou pra mim, mas entendo se não for a tua metodologia ou algo do tipo.⁠⁠⁠⁠19:43⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[19:43, 30/6/2017] + ⁠⁠⁠*ontem⁠⁠⁠⁠19:43⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠1/7/2017⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[16:29, 1/7/2017] Renata - PoA: ⁠⁠⁠Oi Alessandra. Lamento que o outro celular não esteja bem.⁠⁠⁠⁠16:29⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[16:30, 1/7/2017] Renata - PoA: ⁠⁠⁠Sempre que quiseres, por favor, mandes para este WhatsApp de Porto Alegre.⁠⁠⁠⁠16:30⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[16:32, 1/7/2017] Renata - PoA: ⁠⁠⁠Sim, se funcionar para ti, estarei disponível para receber.⁠⁠⁠⁠16:32⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[16:33, 1/7/2017] Renata - PoA: ⁠⁠⁠No próxima consulta conversamos detalhadamente sobre o material, como tu escrevestes acima.⁠⁠⁠⁠16:33⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[16:33, 1/7/2017] Renata - PoA: ⁠⁠⁠Bjs!⁠⁠⁠⁠16:33⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[21:20, 1/7/2017] + ⁠⁠⁠Combinado. Depois te encaminho o que enviei para o outro número. Bjs e até sábado!⁠⁠⁠⁠21:20⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠2/7/2017⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[11:36, 2/7/2017] Renata - PoA: ⁠⁠⁠ bjs!⁠⁠⁠⁠11:36⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠3/7/2017⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[12:01, 3/7/2017]  ⁠⁠⁠Depois que conversamos eu me senti horrível, mas escrever tudo isso e conseguir me abrir assim, melhorou 90%, então não precisa se preocupar. Inclusive, estou te contando isso para conversarmos depois. É um monólogo, tá? Tu não precisa (e eu nem quero) que tu responda a isso porque acho o whatsapp extremamente impessoal. Ah, eu PRECISAVA falar tudo isso agora, percebi que tem muita coisa do meu passado me atrapalhando, sempre fingi que nada tem acontecido quando na verdade, tudo está desmoronando e não posso mais fazer isso. Eu me autossaboto muito e tenho tido comportamentos autodestrutivos. Eu mandei mensagem pra umas 10 pessoas dessas que a gente tem o contato salvo e sabe que toparia sair a qualquer momento, porque eu decidi que não iria sofrer essa semana, decidi que iria sair, beber, transar sem me preocupar com nada. Mas quão tóxico isso pode ser, sabe? Até que ponto isso é bom? Conheci a Rafaela (que é a dentista) e ela tem 34 anos, no primeiro encontro já falou que queria casar e um amor pra vida. Se mostrou extremamente manipuladora, com jogos de interesse e eu logo percebi que seria um relacionamento abusivo. Ela queria que eu saísse do muay, que não prestasse concurso e morasse com ela. Ela ganha quase 20mil e queria minar qualquer expectativa de ascensão profissional pra mim. Queria que eu aos 20 anos, adotasse uma criança com ela. Era óbvio que o projeto de vida dela é encontrar alguém que dependa social, financeira e emocionalmente dela. Começou a me tratar mal quando reclamei dos jogos de manipulação. Me levou pra casa dela e tentou me convencer que precisava mostrar que me importava com ela por meio de uma amizade antes de qualquer envolvimento. A todo tempo tentou me desqualificar para se sentir mais culta ou mais inteligente. Enfim, se demonstrou elitista, racista e até tinha uma homofobia internalizada. Claramente uma pessoa horrível. E mesmo sabendo de tudo isso, eu decidi me envolver. Mesmo sabendo que o projeto da vida dela é destruir qualquer pessoa com que se relacione por meio do poder e da necessidade de controlar. Ela viu que eu não iria me submeter e se afastou, sábado eu a chamei pra sair e ela disse que estaria ocupada. Vendo isso hoje, ainda bem. Vou falar dos pontos que eu escondo inclusive de mim mesma, porque acho que muito de mim se espelha negativamente nisso. A minha família paterna sempre repudiou qualquer contato e a minha mãe foi por muito tempo apaixonada pelo meu pai, mesmo após o término. Em 2011 eu acabei me aproximando um pouco mais deles, meu avô paterno -que já faleceu- foi o único que me recebeu de braços abertos. O resto da família foi extremamente tóxica e a minha mãe se culpa muito, porque ela estava em SP na época e não acompanhou isso, eu tinha 13 anos e hoje, não teria permitido tudo que permiti e não teria me envolvido. Não quero parecer uma vítima do universo porque não acredito que alguém seja, sei que tive uma grande parcela de culpa, mas por causa disso tive a minha primeira tentativa de suicídio. Eu menti muito e ainda minto sobre isso, principalmente para a minha mãe, porque não consigo encarar. Acho que é uma daquelas coisas que não me cabe resolver sozinha nesse momento. Ano passado, mais precisamente entre outubro e dezembro, eu me prostitui. Só a Débora e outra amiga (a Shai, que me tirou dessa história) sabem sobre isso, sendo que a Débora sabe muito superficialmente porque num dia, entrei numa crise de pânico e liguei pra ela as 6h da manhã. Um cara colocou uma arma na minha cabeça e esse foi o start pra uma das piores fases da minha vida. Eu não precisava disso, eu nem precisava do dinheiro, eu me coloquei em situações de risco, eu me machuquei e violentei porque eu não conseguia lidar com as minhas questões. Ali, por pior e por mais tóxico que fosse, eu tinha alguma autoestima, eu me sentia desejada, porque eu "valia" o suficiente para pagarem pela minha companhia. Foi um cara que eu saia que me levou pra lá, uma casa noturna de um amigo dele, e inclusive me chamou pra sair semana que vem, porque eu obviamente o procurei nesses últimos dias. Mas isso me fez muito mal, nessa fase que eu chegava bêbada todas as manhãs e dizia que estava saindo com um cara pra ninguém suspeitar. Algumas pessoas acabaram descobrindo e a minha mãe desconfiou, brigamos e ela jogou na minha cara, eu inventei uma história absurda falando que um conhecido nosso (que foi quem contou pra ela) inventou isso e na hora, ela acreditou. Hoje eu acho que ela aparenta acreditar, eu nunca mais toquei no assunto e sumi de lá. Foi uma das piores fases da minha vida, eu sei que sou inteligente o suficiente pra não fazer essas merdas, mas eu sempre faço porque sei que isso vai me machucar. Inclusive, mudei pra Porto Alegre por causa disso e durou uma semana, lá eu vi o quanto a realidade nesse mundo era difícil e estava no apto de umas amigas, fumamos maconha (não fumo por causa da depressão que sempre piora e de alguns concursos que exigem o toxicológico, mas sou total a favor da legalização) e eu tive um insight, percebi que não podia destruir a minha vida assim e voltei pra casa. Nunca parei em lugares pesados porque universitária nunca cai nos buracos da prostituição né, mas tive vivências horríveis e o sexo pago só foi a pior delas. Eu finjo que isso nunca aconteceu, mas ainda me dói. E esses detalhes eu nunca contei pra ninguém. E outra coisa que nem a Débora e nem ninguém sabe, porque como te disse, o universo decidiu que seria melhor assim. Eu percebo isso desde a minha pré-adolescência e há no mínimo 7 anos eu tento me convencer que essas "evidências" são neuroses da minha cabeça doente. A minha mãe sempre foi muito apaixonada pelo meu pai e quando eu comecei a crescer, acredito que ela tenha o visto em mim, isso também se relaciona com o fato da dependência emocional insana que ela tem comigo. E eu ainda não tinha descoberto a minha sexualidade, era da igreja na época e etc, mas eu me sentia muito incomodada com o toque, sentia que ela me "invadia", ela tentava me beijar na boca, sentia que sempre tentava um toque mais íntimo, queria ver eu me trocar e coisas assim... Além de uns contos eróticos que foram acessados e ficaram salvos na memória do pc e eram bem controversos, também teve uma vez esquisitíssima que ela dormiu comigo e eu acordei de madrugada, ela agiu mega estranho e eu não sei até hoje se tinha alguma relação comigo. E nessa época, eu a chamava de lésbica e tentava ofender com homofobia pra ver se aquilo parava. Me trancava no quarto todos os dias e com o tempo isso diminuiu significativamente. Ainda hoje ela tem uns comportamentos sazonais que me deixam extremamente desconfortável, mas antes do abuso era pior e depois do abuso, tentei jogar na cara dela que eu percebia e ela ficou possessa, disse que eu estava enlouquecendo. No ano passado a gente brigou e eu falei que ela já tinha passado do ponto comigo, sem entrar em detalhes, mas ela teve um ataque de fúria como eu nunca tinha visto. Muito do meu interesse pela psicologia desde pequena veio disso, porque eu queria entender como algo assim poderia acontecer. E eu fiquei de 2011 até 2015 (quando aconteceu o estupro) muito insegura perto dela, nossa relação foi horrível por muito tempo porque eu me sentia constantemente invadida e só diminuiu com o abuso, porque eu precisei dela enquanto fortaleza e desde então, eu escondo essa história de mim mesma. Eu preciso dela e da minha família e eu vou precisar enquanto estiver viva, eu não encaro isso por medo de que essa história me cause alguma repulsa e estrague a pseudo-relação que temos hoje, como fiz com a Débora. Prefiro acreditar que isso tudo não passou de N sinais que o meu eu infantil internalizou de forma errônea, prefiro acreditar que foi um delírio que acompanhou a minha adolescência do que enxergar as inúmeras evidências de que algo errado estava acontecendo. Porque já tenho problema demais pra procurar mais um. Mas isso tudo se reflete fortemente em quem eu sou hoje. E quando aconteceu o estupro (que em algum momento eu precisarei te contar melhor), eu fiz o mesmo: tentei fortemente fingir pra mim mesma que ele tinha se enganado ou que eu tinha dado algum sinal, ou que eu poderia ter tentado fugir com mais "garra", ou que ele pode ter entendido os meus gritos e nãos como uma forma de me fazer de difícil. E foi muito difícil aceitar que a culpa não foi minha, ainda hoje eu me pego pensando que talvez tenha sido. E eu sei que isso acontece com toda vítima de abuso, mas parece que em toda a minha vida, a minha consciência/o meu racional, não concatena com as minhas emoções. E eu também sei que isso que rolou com a minha mãe não chega aos pés do abuso, sei que são coisas incomparáveis... Mas parece que atualmente me dói mais do que o próprio estupro e a humilhação que veio com ele. Namorei uma menina há um tempo, ela tinha claros sinais de cleptomania e eu estava muito apaixonada, ou ao menos, achava que estava. E permitia, mesmo sabendo que isso poderia me atingir infinitamente, a minha mãe nem sonha com isso e felizmente a Debora (que era psicologa dela também) acabou me abrindo os olhos em determinado momento. Terminamos, mas eu finjo pra mim mesma que isso nunca aconteceu, que ela nunca fez nada tão errado e que eu não vivia na aflição de um inquérito policial, nunca participei de nada mas ela já me colocou em algumas situações de risco. Quando tu perguntou se eu achava que tu poderia se apaixonar pelo caso, eu não consegui me expressar, mas a Débora se apaixonou pela história porque viveu algo muito parecido, inclusive, esse foi o motivo de não conseguir exercer a profissão... E claro, eu a idolatro, mas algumas pessoas que acompanharam a história a crucificam por alguns pontos, hoje eu tô bem chateada com ela porque na última noite conversei com a Shai, que acompanhou toda a história e acabei lembrando de algumas coisas bem ruins, sei que não foi tudo maravilhoso e que também me fez muito mal, mas no fim, eu achava que o saldo positivo compensou qualquer malefício, eu só consegui melhorar quando a psicóloga Debora virou o porto-seguro Débora. E isso foi bem errado, porque eu não te contei, mas além de minha psicologa, ela era a psicologa jurídica do processo de estupro e quando abdicou do acompanhamento, não pôde abdicar do serviço público (isso quase ninguém sabe) e esse é um dos motivos para a minha mãe e outras pessoas ao meu redor, não gostarem nem um pouco dela. Mas na minha perspectiva, ela me protegeu do judiciário, do mundo e de mim mesma. Eu escondo de mim mesma todos os pontos negativos, mas foram vários e foram absurdos, porém, eu sinto que lidar com eles fará com que eu me afaste dela e hoje sinto a necessidade de saber que existe alguém no mundo que não vai me julgar por pior que eu possa vir a ser, alguém que vai me acolher apesar de qualquer coisa e que não vai me abandonar. A Débora errou em muita coisa nessa relação e me prejudicou em alguns setores mas acertou em muito mais e eu sou extremamente grata a quem ela é na minha vida e devo muito de quem sou a essa presença. A amo e confio plenamente nela. Mas agora percebo que teve muita idealização aí, eu a pintei melhor do que ela é, não só como profissional mas como pessoa. Em algum momento te conto tudo e até te mostro uns áudios. Ontem conversando sobre ela, percebi que ela me fez muito mais mal do que bem. E hoje eu não preciso desse apoio, hoje eu preciso de um método, de uma base científica, não acredito que o apoio unicamente emocional poderá resolver tudo, por mais que ajude. Quando ela disse que queria conviver comigo com mais frequência e sem a relação psicólogo - paciente, fiquei desamparada, senti que ela tinha me abandonado ou desistido de mim e realmente não quero passar por isso novamente. Não quero passar por isso contigo, por isso falo tanto da Debora, não consigo me permitir criar outra relação assim, precisar passar por uma sexta psicologa e ter que começar tudo de novo, não aguento. Sei que a Debora foi essencial mas hoje eu não acho que isso funcionaria novamente. Por mais que tenha me feito bem, também me fez muito mal (e eu finjo que não), não sinto que precise de carinho, de palavras amorosas ou apelidos fofos, nem de abraços ou filmes quando não tô bem... Eu me sentia um lixo e o abraço dela me acolhia, ela me falava o quanto eu era maravilhosa e o quanto ela me admirava e amava, ela me socorria em qualquer dia e qualquer horário... Mas dessa vez eu preciso da ciência, preciso da psicanálise, da psiquiatria e de uma rede multidisciplinar de atendimento de saúde. Eu sempre deixo claro que não vou me matar porque a Patricia sempre ficava extremamente preocupada ao fim da consulta, ela me falava que não sabia como agir frente a isso e exatamente por essa experiência, eu quero que tu saiba que não estou correndo nenhum risco. Eu não me mataria porque eu ainda tenho medo de me arrepender e eu não tentaria sem a certeza de que daria certo, porque eu sei como o sistema funciona e entrar numa entidade de tratamento psiquiátrico com internação, seria o meu fim. Sei que sairia de lá 100% disposta a acabar com tudo, sem pensar em outra hipótese. E não podemos ser hipócritas quanto a isso, mesmo com a Lei da Reforma Psiquiátrica, a internação ainda é absurdamente prejudicial pra qualquer indivíduo. Por muito tempo escondi as coisas da Débora por causa disso, só consegui contar quando não corria o risco de um pedido de internação, só me abri após uma viagem pra um congresso sobre a Luta Antimanicomial e conversando, percebi que ela jamais faria algo assim. Ainda faço planos, tô estudando pra mais um concurso, ainda tento por mais que não veja motivos. E não ter motivos me assusta. Eu sei que só há uma linha a ser rompida pra que isso aconteça e essa linha é a CERTEZA que não vale a pena e que não tem mais jeito. Mas como te disse, o que é mais egoísta: cometer suicídio ou forçar pessoas a viver num mundo que são tão infelizes? Por mais que eu não tenha quase nenhuma esperança, eu estou tentando o máximo que eu posso. Eu queria mesmo conseguir me ver com os olhos de outra pessoa, eu tenho consciência de que estou muito perto de tudo que eu sempre quis e que aos 19 anos, eu sou incrível por estar nessa fase da vida e que quando atingir minhas metas, aparecerão metas ainda maiores e melhores. Mas eu não consigo me ver assim, eu não consigo ver a pessoa que racionalmente eu sei que sou. E eu me questiono muito, por que isso tem acontecido? Antes era o abuso, o cara me perseguindo, mas isso já passou. Qual é a desculpa da vez? Qual o motivo do sofrimento? E claro, tem gente passando por coisa muito pior, mas eu já passei por coisa pior do que estou passando, por que não consigo lidar com tanta facilidade dessa vez? Por que motivo está mais difícil? Por que isso voltou agora? Por que dessa vez eu não consigo enxergar razão para a existência humana? Dessa vez, eu vejo que a vida é só ter algumas metas, se envolver com pessoas (coisa que eu nem tenho conseguido fazer) e envelhecer. A vida me parece extremamente superestimada. Sinto que sou a antagonista da minha vida e quero MUITO ficar bem. Quando passei contigo na segunda, achei que o maior problema era a solidão social e amorosa, os problemas para me relacionar romanticamente, o medo de não ser o suficiente e de não ser amada e o medo da rejeição, além das questões com o corpo. Hoje eu vejo que isso é o de menos num contexto geral. Te contar as coisas me faz ver que o passado ainda afeta muito o meu dia-a-dia. E espero que tu não desista do tratamento, porque eu tô tentando de verdade, contando coisas que ninguém sabe e eu não acho que aguentaria começar de novo com outra profissional. Ao mesmo tempo, tenho medo que tu (ou qualquer psicóloga que estivesse no teu lugar) abandone o caso, porque sinto como se você (ou qualquer outra psicóloga que estivesse no teu lugar) não consegue lidar, como eu vou? E isso me deixa bem insegura. Tenho muito medo de mais uma vez interromper o tratamento, não acho que eu estive em remissão, acredito que eu passei por uma fase em que tudo ainda desabava mas eu fingia não ver.⁠⁠⁠⁠12:01⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠9/7/2017⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[14:20, 9/7/2017]  ⁠⁠⁠Eu não ia te contar porque não queria colocar a Débora em risco, mas não acredito que ela esteja. Rolou um envolvimento no banheiro de um barzinho, estávamos bêbadas e ela é muito amiga de umas amigas minhas. Depois disso, seguiu me atendendo porque era responsável pelo caso da internação (eu tive que ter acompanhamento psicológico porque foi decretado pela justiça no processo do abuso), terminou com o marido que estava casada há 14 anos e disse que foi por minha culpa, que eu a confundi e etc. Sempre falava que todo mundo era bissexual e que a psicanálise enxergava isso, mas me culpou por experenciar. Rolou uma viagem a Santa Maria e nessa época que discutimos sobre a internação, até porque eu apresentei um trabalho de iniciação científica sobre a Luta Antimanicomial e com isso tudo, nos aproximamos muito e paramos de nos ver no consultório. Me buscava na faculdade quase todo dia e tínhamos muito em comum, eu me apeguei mt. Ela sumiu do nada, parou de me responder e um dia, apareceu na minha casa falando que estava confusa e por isso sumiu, disse que estava precisando de um tempo, tinha medo porque eu tinha 17 e ela era a psicóloga responsável pelo caso, não queria estragar as coisas pra nenhuma de nós. Tivemos contato novamente, mas isso me fazia muito mal e aí acabamos nos afastando de vez. Acho que eu a idealizei demais e quem soube da história sempre me diz que eu deveria tirá-la da minha vida. Agora que já contei tudo, não quero mais falar sobre isso. Acabei me reaproximando dela na última semana e percebi que precisava enterrar essa história. Isso nós podemos conversar mais tarde: Sobre a bulimia, tu disse que acredita ser consequência de outro problema. Qual? E sobre ter certeza de seguir o tratamento contigo: eu procurei algumas profissionais na cidade e li muito a respeito de todas, pedi referências e etc. Não cheguei até o primeiro atendimento porque tu está perto da minha casa ou qualquer outro motivo assim. Costumo pesquisar muito e faço uma análise completa antes de tomar uma decisão e como te disse, esperei algumas consultas para ter certeza, mesmo sendo antes do esperado. E isso é um hábito que eu tenho devido a tudo que já lidei nesse meio, hoje sou mais flexível, mas teve uma época que até a posição política da profissional afetava qualquer escolha. E o fator inicial determinante foi tu ter me ligado no sábado antecipando a consulta para segunda, te achei muito preocupada e disposta a um atendimento emergencial mesmo eu não sendo tua paciente. E depois de expor minhas inseguranças quanto ao profissionalismo, concordei com as tuas posições e me senti segura/acolhida.⁠⁠⁠⁠14:20⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠12/7/2017⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[21:44, 12/7/2017] : ⁠⁠⁠Pensei sobre mantermos uma relação saudável e em como eu faria isso sendo que acredito que realmente não tenho base nenhuma nisso. Não acho que tenha um relacionamento saudável, exceto os que distancio absurdamente. E pensei muito sobre precisar confiar em ti, mas percebi que você precisa confiar em mim. Principalmente quando eu disser que estou bem, não quero (e nem posso mais) manter uma relação psicólogo-paciente que envolva alguma mentira em relação ao meu bem-estar. E eu só escondo as coisas quando me sinto ameaçada. E ter medo das tuas opiniões/atitudes ou etc (inclusive pelos traumas que já tive em relação a isso), fará com que eu não consiga participar ativamente do meu processo de melhora. Então, estou assumindo o compromisso de expressar como estou de forma que condiza com a realidade, mas você precisa confiar em mim e acreditar que o que eu verbalizo, é o que eu sinto ou acredite sentir. Só para esclarecer sobre a relação com a psicóloga do colégio: não acredito que eu tivesse como enganá-la da forma que era necessário naquele momento, foi a Débora que me instruiu sobre o que falar e como agir e por mais que eu ache errado, funcionou e foi necessário. Sobre o muay thai: não me acho capaz. Sinto que perdi quase duas semanas de treino porque não estava bem. Falta menos de um mês pra luta e eu acho que a guria vai me matar, não me sinto pronta pra disputar numa categoria nova, tenho medo de não bater o peso e preciso estar focada em treinar muito pra isso. Sei que será muito difícil mas não tenho dado 100% de mim e agora caí na real que preciso fazer valer as oportunidades que tive e toda a confiança que depositaram no meu potencial. Preciso atropelar essa mulher e para isso, preciso treinar mais que todo mundo. Vejo o Chino (e outros alunos - nenhum deles de competição) e penso que quero ser assim um dia, aí o Mutuca me diz que sou muito melhor que isso, que tenho muito mais técnica, resistência e força. Mas eu não acredito. Hoje eu tive um treino mental surpresa, quase desmaiei, quis chorar e no fim, consegui superar os limites psicológicos (coisa que há tempos não conseguia). Repetirei esse estilo de treino na sexta-feira junto com o calejamento nas taquaras. E foi essencial ter sido surpresa, eu estava no fim de um treino com o personal quando fui informada que teria mais um. Se eu soubesse antes, teria fugido da situação. E sinto (num lapso de sanidade) que eu tenho capacidade física e técnica para ganhar essa luta, mas o mental/psicológico tem sido meu ponto fraco. Ao menos, o treino de hoje fez com que as pessoas que me treinam e que estavam potencialmente acomodadas com o meu desempenho, mudassem drasticamente suas opiniões (e são opiniões que importam muito). Saí de lá muito incentivada e com novos planos de treino porque consegui surpreender a todos (inclusive a mim). E eu sei que tenho muito mais oportunidade porque sou muito alta, tenho uma das maiores envergaduras possíveis no muay thai, sou nova, tenho uma equipe multidisciplinar focada na minha ascensão, tenho facilidades genéticas em relação ao tipo de estrutura óssea e sou mulher, o caminho é dezenas de vezes mais curto porque o muay feminino ainda é novidade. Mas ainda me desmotivo e a autossaboto. Essa semana tive que focar nos meus projetos, tenho treinado no mínimo 4h por dia e estou estudando pra concurso, tem um processo seletivo agora dia 16 que não é muito importante, TJRS no fim de agosto, DPE-RS em setembro e muitos outros. O plano era estudar 5h por dia e hoje mesmo consegui fazer 9h. Vou aproveitar essas férias pra me dedicar muito nesses dois setores. E todos esses planos são consequências de uma recente melhora da depressão e de tudo que a envolve. As vezes sinto que por já ter chegado ao meu limite inúmeras vezes, a recaída se tornou frequente, porque algumas situações não tão problemáticas e traumáticas sempre são como a gota d'água que transborda um copo cheio. É como se algum problema mínimo me fizesse pensar: "não aguento viver isso de novo". Mas ao mesmo tempo, meu poder de superar esses episódios, se tornou cada vez maior. Estou bem, não 100%, mas muito próxima disso (mesmo achando que ninguém possa alcançar os 100%). Eu acredito que a motivação seja intrínseca (mesmo com a Teoria do Reforço participando ativamente da minha vida) e felizmente, as experiências que eu tive me fizeram desenvolver métodos para me automotivar. Mas preciso resolver as minhas questões para evitar que esses episódios depressivos retornem, porque em algum momento, a minha capacidade de melhorar (e respectiva vontade) vai se esgotar. Apesar disso, não tenho dormido nada bem, tenho tido flashbacks e pesadelos a noite inteira, com tudo que te relatei no primeiro texto que te enviei. Inclusive, com a divulgação daquelas informações. E eu conheço a minha depressão muito bem e melhor do que qualquer pessoa no mundo porque convivo com ela há muito tempo. Isso faz com que eu saiba que os pesadelos são o primeiro sintoma de que as coisas estão prestes a piorar. E eu não quero isso agora.⁠⁠⁠⁠21:44⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[21:51, 12/7/2017] ⁠⁠⁠Ah, esqueci de falar: eu tenho aquele atestado psiquiátrico que me permite ter as avaliações quando me sentir bem e não ser reprovada por falta, mas não uso desde 2015 e pretendo não usar novamente, mesmo a faculdade me adoecendo. Isso faz com que eu precise (e queira) frequentar as aulas, em sua totalidade. O que será mega difícil pra quem costuma ir 2x na semana, quando muito. Mas a curto prazo, preciso resolver essa questão e a forma com que a faculdade me faz mal. Esse é o menor dos meus problemas, se realmente podemos chamar assim, mas é o mais urgente porque as aulas voltam no 31.⁠⁠⁠⁠21:51⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠20/7/2017⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[02:14, 20/7/2017]  ⁠⁠⁠Desculpa o horário, estou com a rotina bagunçada e enfim, espero que isso não te acorde. Quero que tu saiba que estou bem e falo a verdade quando digo isso, mas tenho medo que tu te assuste e tenha alguma atitude que possa me prejudicar... Sei que combinamos de conversar antes de qualquer coisa, mas depois de tudo que aconteceu, me sinto MUITO insegura. E sei que te pedi para que isso fosse um monólogo, mas dessa vez, se algo estiver te preocupando, eu preciso saber. (talvez nada te preocupe assim e eu só esteja pirando porque escrever sobre o abuso me faz pensar sobre ele e aí começa um processo de autodestruição -que passa, mas acontece-) Eu escrevo uma vez e depois vou atualizando durante a semana, isso eu te escrevi na quinta (13) e estou modificando/incrementando na quinta (20): Quase tudo na minha vida tem relação com o estupro e eu nunca contei muito dele pra ti, vou tentar explicar ao máximo, mas não consigo abordá-lo em sua totalidade porque me machuca muito... Os detalhes do instante eu não consigo compartilhar e muitos deles, eu só lembrei muito tempo depois. Hoje parece que não foi comigo, me distanciei emocionalmente da história e por mais que doa bastante, parece que não vivi (eu bloqueei muito disso, como mecanismo de defesa). Eu tinha 16 anos, estava numa crise depressiva desde novembro de 2014, quando a automutilação começou. Contextualizando: em maio de 2014 eu conheci uma mulher 17 anos mais velha por um grupo do whatsapp, isso fez com que eu me assumisse bissexual para alguns amigos e a minha mãe, mesmo sem ter experimentado nada. Mas essa já era uma questão presente na minha vida desde janeiro do mesmo ano, quando comecei a me questionar e logo depois conheci a Vicky. Enfim, essa mulher foi o meu primeiro amor (ou primeira idealização amorosa) e obviamente que foi extremamente problemático, quando a minha mãe soube, quis denunciá-la e terminamos em dois meses de pseudo-relacionamento. Até hoje a minha mãe não sabe que nunca sequer nos vimos, na época ela me pediu pra dizer que tínhamos um relacionamento há quase dois anos e que era o momento de assumir, eu aceitei a história e é o que a minha mãe realmente acredita até hoje. Entrei num processo autodestrutivo depois disso, fiquei com algumas pessoas de forma bem irresponsável, fiz sidecut, coloquei alargador, pintei o cabelo de todas as cores possíveis e me assumi pra muita gente. Era a única menina que divergia do padrão dentro do Santa Teresa (porque a Vicky, que detinha do posto, já tinha saído do colégio) e repeti muito do que a Victoria era. O Bernardo, que foi o abusador e era um dos meus melhores amigos, tinha 23 anos na época e nós nos conhecíamos do CLJ (um fase que passei na igreja em 2012/2013 e um grande erro). Ele já tinha se declarado apaixonado por mim algumas vezes e eu sempre disse que nunca rolaria algo porque eu era lésbica (e na época eu acreditava realmente que era), mas ele também viajava muito por causa da igreja e ainda fazia trabalho voluntário no STJ com a pastoral da juventude. No dia do abuso, nos encontramos no colégio e ele me chamou pra passar na casa dele porque teria uma galera lá e eu topei. Frequentava a casa dele e essas pessoas que supostamente iriam lá, eram do meu convívio. Teoricamente, mais um dia normal. Fui e não tinha ninguém, quando entrei, ele trancou a porta, pegou meu celular e aconteceu. Tentei fugir, gritar, nada funcionou. Ele machucou meu braço, me imobilizou e eu me lembro até da música altíssima que ele tinha colocado. A penetração não foi completa porque eu só tinha tido relação com uma guria antes disso, ele sabia e não quis gerar mais provas. Foi estupro corretivo. A todo momento ele dizia que era pra me fazer gostar de homem. Ele tinha quase o dobro do meu peso e eu tentei fugir, mas não deu. Isso foi determinante na minha dedicação ao muay thai, tive (e ainda tenho) muito medo que algo assim se repita. Na hora que ele me deixou ir embora, disse coisas como: "tu gostou?", "espero te ver mais vezes" e "eu estou apaixonado por ti". Durante o abuso, logo que vi que não tinha escapatória, eu tentei ao máximo me desconectar da situação e fingir que não estava acontecendo, me lembro de olhar pro teto e tentar ficar tranquila, repetia na minha cabeça que aquilo não era importante e que tudo ficaria bem. E quando ele me disse essas coisas, eu concordei e fui embora, porque tinha medo do que ele poderia fazer caso se sentisse ameaçado. Denunciei quase uma semana depois. A todo tempo fui revitimizada na delegacia, com perguntas do tipo: "tem certeza que tu não queria?" e coisas do gênero. O exame de conjunção carnal só atesta algo em até 11 dias após o abuso. Coincidentemente, o exame foi marcado para quase um mês após e obviamente não atestou nada. O conselho tutelar proteu o colégio, a conselheira ameaçou a minha mãe e por no minimo 15x, o conselho e a diretoria do STJ me trancaram numa sala sem acesso ao celular e me atacaram, me ameaçando dentro da instituição e dizendo que eu merecia passar por tudo aquilo, que eu provoquei e fui a casa dele porque quis. Saia chorando, extremamente desestabilizada, toda manhã. No fim de abril, eu relatei isso para uma suposta amiga, que tinha irmãs no STJ (como forma de aviso) e ela divulgou numa frente feminista bem famosa de Porto Alegre sem retirar os nomes dos envolvidos, a cidade e o colégio, obviamente sem a minha autorização. Em pouquíssimo tempo, isso tudo desmoronou na minha cabeça. A conselheira tutelar foi na minha casa a serviço do STJ e disse coisas absurdas, disse que esperava que eu me matasse e etc. A Flor (uma amiga que viu que isso não ia pra frente) denunciou àquele disque-denúncia de proteção a criança e adolescente e isso caiu no Ministério Público. Fui chamada lá, a promotora e a delegada colocaram o processo em sigilo e não autorizaram as vistas nem a advogada (isso é ilegal), quando tivemos acesso, lemos diversas acusações do STJ dizendo que eu era adolescente infratora, que tinha roubado o celular de uma colega, que discriminava uma professora por ser deficiente física e etc, a justiça não me possibilitou o direito ao contraditório e ampla defesa, também ilegal. (Esse caso caiu nas mãos da Ana Paula, quando eu fui encaminhada coercitivamente a acompanhamento psicológico pois a Patrícia não podia mais me atender), além de tentarem me fazer assinar um acordo dizendo que eu iria ao jornal local dizendo que menti e que o STJ não tinha nenhum envolvimento, anulando aí uma possível denúncia contra mim (o que também é ilegal, porque nos casos de injúria/calúnia, usa-se o mesmo meio, portanto elas deveriam me convencer a postar no facebook, que foi a origem da história). A promotora se conteve mais, a delegada me atacou e até marcou uma reunião (a qual disse que era parte do inquérito) e lá estava a diretoria do STJ acompanhada de advogados, onde fui novamente desacreditada. Felizmente esse processo sobre saúde mental caiu nas mãos da Carine Labres, na vara da infância e da juventude e a Ana Paula devia responder sobre a minha saúde mental somente para ela. A Ana Paula encaminhou os laudos para o colégio sem a autorização de ninguém e negou isso, mas a Débora a denunciou após ela ter assumido isso pra Débora (o que não deu em nada). A Carine, após receber o caso do MP, o laudo MENTIROSO da Ana (ela disse que eu relatava sentir prazer em passar por todo o processo e que era excitante me cortar e chamar atenção, transcrevendo isso como se fossem palavras minhas) e a denúncia do colégio sobre a minha saúde mental, solicitou a internação compulsória com o uso da força coercitiva do Estado que se deu em duas tentativas: na primeira, um enfermeiro foi encaminhado a minha casa e quando chegou (inclusive com sedativos), eu estava me arrumando pra sair com uns amigos. Ele respondeu a juíza que eu estava saudável e com um discurso ordenado; com isso, a Débora foi encaminhada para lidar com o caso, ela e a Dr. Silvia (que já me conhecia, eu era colega da filha dela) foram a minha salvação de qualquer internação ou laudo absurdo, e na época, pareciam as únicas pessoas que tinham alguma noção e viam a violência institucional que tinha se estabelecido. Isso fez com que após quase 2 anos, o processo fosse dado como encerrado devido aos laudos da Débora, que relatavam uma saúde mental ok, sem colocar em risco a mim mesma e a qualquer outra pessoa. Eu sei que a conduta da Débora foi problemática em algum momento e sei que tu pode acreditar (como muita gente que acompanhou isso, acredita) que foi pior que a da Ana Paula, mas a Ana Paula deveria prezar pelo meu bem-estar e ela não fez isso, muito pelo contrário. E eu tenho certeza absoluta que não foi somente um erro de julgamento, há muita prova de que ela estava extremamente mal intencionada. Além disso, nenhum advogado criminal quis aceitar o caso por vínculo com o STJ, a advogada do caso nos recomendou solicitar apoio da Defensoria Pública e as duas defensoras do município no momento, se negaram (ilegal também). A advogada do caso foi a Ana Luíza, que depois disso contou com o apoio de outra advogada, ambas de Porto Alegre. Com isso, a Ana se tornou a minha melhor amiga e é dela que quase sempre falo contigo. Como tu deve imaginar, sofri inúmeras violências em ambientes sociais, de comentários a tentativas de agressão física, tudo devido a denúncia. Saí do STJ e com a morte do Bernardo no dia 12 de março desse ano, o processo de estupro foi anulado. Depois da minha denúncia surgiram algumas outras, como a da Laura que foi abusada por ele em 2007. E também surgiram algumas denúncias contra outros funcionários do STJ, mas não sei a situação delas. Eu realmente não sei como eu não me matei nessa época, eu não sei da onde tirei tanta força pra lidar e penso que se fosse hoje, eu teria desistido antes mesmo da denúncia. Não lembro se tem mais coisa, mas provavelmente tem. Eu me convenço que muito disso não aconteceu porque se eu enfrentar de uma vez, definho. Vejo que meu relacionamento com homens se baseia muito nisso. Por muito tempo não tive contato algum com eles, depois disso, tive sexo e até hoje, não consigo me envolver emocionalmente, mesmo aceitando que sinto atração. Não os acho sequer interessantes e sei que muito provavelmente isso seja reflexo do abuso. Hoje estou disponível para tentar, mas ainda tenho muitos medos e desconfianças quanto a algum envolvimento. Estou aberta a possibilidade de ser bissexual homorromântica, mas não acredito que seja, acho mesmo que é um bloqueio do trauma. Sempre me questionei se quando sentia atração por homens, não era uma heterossexualidade compulsória e também acredito que não seja. O beijo, toque e carinho é muito melhor com mulher, mas o sexo com homem, é tão bom quanto. E isso me faz questionar a forma com que me relaciono com eles. Na última quinta, li umas conversas antigas com a Débora porque estava apagando umas coisas no celular e isso me fez muito mal. Eu sei que ela me fez muito mais mal do que bem, que ela foi abusiva e controladora, mas sinto muita falta das coisas boas, me sentia extremamente protegida do mundo (e fui extremamente protegida do mundo!). Aí eu penso: por que ela falou tudo aquilo pra sumir depois? por que me fez mais mal do que bem se sempre disse que me queria feliz? Eu sinto muita falta de poder ser eu mesma com alguém, sem máscaras sociais, expondo meus medos e frustrações. Tem uma frase que era muito nossa: "seu caos ainda é meus cais"... E me dói não ter esse carinho recíproco, porque sei que ela se sentia tão livre ao meu lado quanto eu me sentia quando estava com ela. Sinto falta de alguém que não me julgue, por mais absurda que eu possa parecer e que siga me amando com toda a minha instabilidade. Ela foi a única pessoa capaz de me tocar sem me machucar (não só fisicamente) e sinto que nunca terei isso novamente. E sim, eu sei que quando a situação passa, nós tendemos a idealizá-la como melhor do que realmente é. E eu já tenho um histórico de idealização bem grande. E eu também sei que sempre busco essa proteção nos meus relacionamentos, sempre me encanto pela estabilidade (e talvez por isso me relacione tanto com pessoas mais velhas). É muito importante pra mim ter um ponto de equilíbrio absoluto, mas sei que transfiro essa ideia de segurança para uma pessoa, sempre. E quando falo de um local seguro e alguém que me proteja, isso não inclui o acompanhamento psicológico. Te conheço a menos de um mês e tu é quem mais sabe da minha vida (assustador!), isso significa que eu estou REALMENTE tentando. Mas não te vejo como uma pessoa, no conceito amplo da palavra, e sim como uma profissional (e prezo muito por essa visão). PS: não sabia que eu era TÃO INSEGURA com a relação psicólogo-paciente, achava que já tinha superado tudo que aconteceu, mas me pego lendo isso uma semana depois e percebo o quanto eu me esforço pra te convencer de que tu não pode ser como elas em hipótese alguma, mesmo tu me falando que será profissional (e tendo mostrado ser)... Inclusive, sei que transferência e contra-transferência fazem parte do processo e podem ser extremamente benéficas, mas tenho uma visão tão distorcida pelas minhas vivências com isso (precisamos concordar que anteriormente houve uma perda de controle da situação) e essas possibilidades me assustam absurdamente, então, se tu perceber que isso acontece, me avisa. Mas seguindo: o porto-seguro que tenho buscado incessantemente é emocional, é um ser completo. E eu sei que enquanto procurar isso em alguém que não em mim mesma, vou me envolver em relacionamentos abusivos (e quando digo isso, quero dizer que a responsabilidade recai sobre mim). E ok, o conceito de maternagem já foi abordado quando falei sobre meus relacionamentos (não só amorosos) com outros psicólogos e acredito que isso faça o mínimo de sentido, por mais que eu não entenda muito. Enfim, nessa última segunda o meu mundo desabou, ao menos por alguns instantes. Descobri que a Débora está se mudando para Cruz Alta a trabalho. E ela não tem conexão alguma com Livramento, isso é um adeus. Chorei muito porque sinto que agora essa história acabou e de uma vez por todas (e eu sei que isso deveria me deixar feliz, mas só me dói). Torço pra que ela fique bem, fico feliz de ver que ela trabalhará com o que ama... Esse ano foi muito difícil pra ela nesse sentido, sei que estava extremamente infeliz com o novo trabalho e espero que esse seja um recomeço. Mas me dói... Sei que é logo ali e eu sabia que em algum momento os nossos caminhos iriam se distanciar, mas me pegou de surpresa. Percebi que ainda sou muito apegada a ela e talvez seja isso que bloqueie tanto a minha vida afetiva. Me segurei pra não vê-la essa semana, pois sabia que ela voltaria para resolver as últimas pendências. Mas sinto que não tivemos um fim, uma última conversa e um último contato (e sim, eu tenho consciência de que um momento desses só me afundaria mais). Ela tentou falar comigo algumas vezes nas últimas semanas, agora acho que era pra se despedir, mas eu não respondi. Me sinto culpada por não tê-la dado uma última conversa. Porém, prefiro que ela acredite que eu não sinto nada, assim o contato termina de uma vez (é o certo, né? Não quero me machucar mais). Mas ela segue sendo muito importante pra mim, por mais que hoje seja só uma projeção nada saudável que eu fiz. Espero que isso seja o que faltava para eu me desvincular totalmente dessa história. Eu nem escrevi sobre ela, nem sobre nada disso, o que já é um começo. E ela percebeu, andou curtindo umas coisas antigas no tumblr, só pra eu notar que ela estava lá. (Escrevo no tumblr quando não consigo digerir algo, só a Débora conhece a minha página lá, é onde eu posso dizer qualquer coisa e é pra onde eu corro quando nada está bem ou não consigo me expressar -não tenho escrito nada, mas escrevia muito quando tudo que te contei estava acontecendo-). Precisamos falar sobre tudo que te contei em relação a minha mãe. Sempre fingi que nada acontecia e funcionou por muito tempo, mas abordar isso contigo (mesmo que por mensagem) me fez ver que não aguento mais. Nosso relacionamento está horrível, nós conversamos e eu não abordei a questão diretamente, mas disse que tinha medo que um dia eu me afaste o suficiente pra nunca mais manter contato... Eu não quero isso. Ela diz que não enxerga o que está errado, mas fez alguns comentários pesados durante a semana e no último, de cunho sexual, percebeu o que falou e tentou se corrigir. Mas isso não é o suficiente. Durante anos internalizei uma repulsa que agora não consigo mais esconder. Tá bem difícil, eu a amo e ela é a pessoa mais importante da minha vida, mas acho que se não resolver isso agora, em pouco tempo ela perderá esse valor que eu atribuo. Eu não tinha compulsão alimentar (nessas proporções) antes de reiniciar a terapia. Isso me faz ter muito medo: não sei se a análise vai fazer com que eu me cure ou me destrua... E acredito que haja uma linha tênue entre ambos, o que pode ser perigoso. Meio que quero morrer depois de um episódio de compulsão alimentar e me sinto maravilhosa quando estou com muita fome. Desde que nos vimos, emagreci 4kg, engordei 6kg e ontem reiniciei o processo de emagrecimento. Tive um episódio de compulsão absurdo na segunda e em seguida, comecei a chorar porque me enxerguei muito gorda, como se tivesse 100kg. Espero controlar essas compulsões, mas minhas táticas não têm funcionado. Terça eu quis muito vomitar e acho que só não provoquei porque estávamos com visita. Em compensação, voltei a usar aquele aplicativo que te contei e apresentei uma melhora significativa nos sintomas da depressão (tenho controlado a alimentação com um método parecido e espero ter bons resultados). E acredito que a depressão e tudo o que vem com ela (exceto as questões alimentares) estão controladas, não apresentam nenhum risco e nem sei se podemos dizer que ainda estou num episódio depressivo, tenho conseguido lidar com muito mais facilidade e rapidez do que das últimas vezes. E tenho passado ilesa pelas férias! (nem acredito nisso hahaha.... Achei que seria uma fase bem trash, felizmente consegui lidar sem maiores problemas). Mas a tua opinião importa significativamente, né... Talvez tu enxergue algo que eu não consiga perceber e é ESSENCIAL que tu me diga, sempre. Tenho medo de nunca ficar realmente bem, de ter ciclos de remissão e recaída, de nunca ser saudável e melhorar de verdade, não entendo porque eu me machuco tanto mesmo tendo vívido tudo isso... Era pra eu me preservar e amar, era pra eu ser feliz porque já ultrapassei meus limites algumas vezes e todo problema que eu tenho agora, jamais se comparará aos que eu já tive. Por que essas coisas tão pequenas (se comparadas a outras tantas que já aconteceram) têm me machucado tanto?! Pela primeira vez desde que trabalhamos juntas nisso, não tenho tido nenhuma ideação suicida, o que já é um grande passo. Espero que tu também veja assim. E juro que tento ser sucinta, mas quando vejo já digitei tudo isso.⁠⁠⁠⁠02:14⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[11:59, 20/7/2017] Renata - PoA: ⁠⁠⁠Recebido. Conversamos no sábado! Até lá!⁠⁠⁠⁠11:59⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠DOMINGO⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[14:32, 23/7/2017]  ⁠⁠⁠Acho a transferência importante, vejo que em algum ponto a conexão (vinda de ambas as partes) se faz necessária, mas eu ainda não estou pronta para te ver como algo além de uma projeção... É como se eu só conseguisse me expressar enquanto tu só existe na minha mente, como se você não fosse um ser humano real e completo que existe além da terapia. E acredito que isso faz com que eu consiga falar sobre tanta coisa e me expressar de forma clara (se comparada as outras tentativas de análise, esta é  que mais tem dado certo). Mas entendo que em algum momento eu precise te enxergar como uma pessoa, até para desenvolver uma relação saudável. Fico insegura demais quando falo das relações passadas contigo porque parece que a todo momento eu vejo alguma psicóloga fugindo do processo, por exemplo: ontem a noite eu estava falando com a Martha (que é psic��loga aqui em Livramento) e ela comentou que iria parar o atendimento com uma mulher porque elas estreitaram laços e agora devem manter uma relação de amizade. Isso me assusta porque me lembra toda a instabilidade que já tive nesse meio (e que nunca foi causada por uma transferência minha, mas sim da profissional) e aí sempre penso que em algum momento, seja qual for o motivo, tu possa estar indisponível permanentemente para o acompanhamento (não necessariamente por causa de alguma transferência) e eu não quero mesmo ter que começar isso tudo novamente. Sobre a Débora: sinto que se algo muito ruim acontecer ou se eu estiver correndo risco de cometer suicídio, vou procurá-la... Mesmo ela não sendo a minha psicóloga, ainda é em quem eu encontro abrigo. Ela me pressionava muito durante o processo terapêutico (o que me machucava, mas funcionava incrivelmente bem) e sei que quando não estiver bem, ela fará isso na dose certa, sempre. E fiquei com a impressão de que tu acha que a relação que era psicólogo-paciente se tornou algo amoroso e talvez tenha sido isso, para ela. Mas para mim, o interesse surgiu pela mulher em si, não pela psicóloga. Eu me apaixonei por alguém que coincidentemente era minha psicóloga mas agora acho que ela se apaixonou por uma paciente, alguém que antes de qualquer coisa, era um caso clínico. Mas não quero mais falar dela. Enfim, tive a minha luta cancelada. Na verdade, toda a minha equipe foi cortada do evento, mas espero lutar com essa guria ainda esse ano. Isso me desmotivou muito no muay thai e até nos estudos, sinto que nesses últimos 5 dias eu estou bem (na questão psicológica), mas não consigo fazer nada porque não tenho tido muita motivação.⁠⁠⁠⁠14:32⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠HOJE⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠[09:22, 26/7/2017]  ⁠⁠⁠Tive um leve insight de que a minha vida inteira se resume a minha busca por uma pessoa responsável por mim. E acho que isso se reflete nos meus relacionamentos. Consigo ver que desde pequena eu estou procurando quem me proteja e cuide, no sentido real da palavra, porque parece que quem deveria ter feito isso, não fez. E é assustador ter que ser adulta agora, porque desde o abuso, eu tive que assumir uma outra postura e cuidar de mim mesma, coisa que eu claramente não sei fazer. Tenho estabelecido uma rotina e tenho assumido responsabilidades mas sempre caio na questão: pra quê? A vida se baseia só em obrigações? Vale a pena ter 10% de prazer e 90% de compromissos? É isso mesmo? Talvez eu esteja numa crise existencial, sei lá, não sei se sou quem quero ser ou quem a minha mãe projetou. Sobre a minha sexualidade, antes do abuso eu tinha paixões por homens, as reais e as platônicas... E hoje, não sinto isso. Mas acho que a raiz do problema é anterior ao abuso, eu já me abalava com isso antes de 2015 e já tinha medo dos homens mesmo que expressando-o de outra forma. E não sei mesmo se o que eu sinto hoje não é só uma forma de me encaixar socialmente, porque eu já assumi uma posição social de mulher adulta e relacionamentos com outras mulheres podem abalar essa imagem. Sim, eu sei que esse pensamento é ridículo e parece mesmo que eu estou regredindo, porque aos 16 eu não pensava assim. Parece que quando estou aí, as coisas se maximizam absurdamente. Consigo ver as minhas inseguranças com muita clareza, mesmo que representadas de outra maneira. Eu não sou uma pessoa extremamente complexada como quando estou aí. Por exemplo: socializo bem com crianças e animais. E quando estou aí, me sinto extremamente insegura com a imprevisibilidade deles. Eu sequer tinha percebido isso antes da análise. E nisso fica claro um pensamento que tenho tido de forma recorrente: tenho controle sobre mim, não sobre os outros. Quando cheguei a Ana Paula, eu não falava sobre quase nada e ela usava muitos métodos diferentes para que eu pudesse me expressar, como a escrita (que nunca era clara e pontual como é atualmente) e o desenho. E eu não gostava nem um pouquinho porque achava que estávamos perdendo tempo. Mas em algum ponto nós conseguimos fazer uma ligação com essa história da minha mãe, que eu obviamente não contei pra ela, mas a pressão da situação me abalou significativamente e eu chorei bastante depois daquilo. E olha que eu não sou do tipo que se emociona ou entra numa bad na frente de outras pessoas. Mas enfim, te contei isso porque agora eu percebo que é uma questão que se fez (e faz) muito presente na minha vida e eu sempre atuei como se não importasse ou como se não fosse real. Até porque as vezes eu me pego pensando que talvez ela não faça por mal, mas acho que isso é um mecanismo que eu desenvolvi para protegê-la. Como te disse, é um toque que me dói profundamente e parece que ultimamente tem me machucado mais. A Ana e outras tantas pessoas mantém um contato físico comigo sem nenhum problema, por mais que eu seja bem fechada pra isso, me sinto confortável e ter essas pessoas por perto me faz muito bem, mas quando é com a minha mãe, que eu deveria ter uma intimidade maior, eu não consigo. E eu não acho que algum dia eu vá conseguir. Exemplo: a minha mãe teve câncer de mama e há uns dois meses eu estava sentindo uma dor muito forte no seio direito, a Ana deu uma olhada pra gente decidir se valeria a pena ir ao médico. A Ana! (e eu pediria pra outra pessoa do meu convívio, não necessariamente tão próxima quanto a Ana, sei lá... Uma colega, uma professora, tanto faz) mas não pediria para a minha mãe. Porque eu me sinto extremamente invadida até se ela tocar no meu cabelo! (e não estou dizendo que isso é necessária e unicamente culpa dela). Enfim, as vezes eu penso que viveria até em lugares precários (em outro aspecto) para não ter que conviver com ela. E talvez a prostituição tenha sido uma tentativa disso. Sei lá, é como se isso estivesse piorando muito. Ou talvez já estivesse muito ruim mas eu não enxergava até falarmos a respeito. E sim, eu sei que não sou uma filha maravilhosa também. Faço tudo que ela quer porque eu não tenho disponibilidade psicológica para mais conflitos. Mas percebo que desde que tudo isso começou lá por 2010, eu tive uma fase extremamente rebelde que se confundiu com a adolescência, mas que não passou. E eu não acho que tenha sido pela adolescência em si, ao menos, não só por isso. Acho que foi uma forma que eu encontrei para tentar afastá-la logo quando ela se tornou invasiva. Hoje a gente ainda briga muito, quando eu estava em remissão, conseguia ignorar mais. Eu sei que sou cruel com ela quando discutimos mas eu sinto que a atinjo propositalmente, porque quero que ela se magoe e se afaste. Mas não funciona tão bem e no fim, ela faz com que eu me sinta culpada. Talvez ela tenha complexo de jocasta ou algo assim, a vida dela é viver e manipular a minha. Chegamos num momento em que ela não mantém amizades, não cuida da própria saúde (não faz exercício físico, se alimenta mal, não cuida de si mesma, não vai ao médico nunca e isso tem se refletido em uma pessoa doente o tempo inteiro) e quando digo isso, não falo só de autoestima e coisas como pintar o cabelo, emagrecer e etc, mas falo de ter abandonado os remédios da tireóide e até do câncer. Ela não liga! Ela não se importa nem um pouquinho com ela e manipula toda a minha vida, desde quem convivo até a minha carreira profissional, implicando com QUALQUER relacionamento amoroso ou sexual que eu tenha. E eu sei que ela tem os problemas dela mas se ela não procura ajuda, eu não posso mais me preocupar. Eu não tenho sanidade mental pra cuidar de mim e de outra pessoa (principalmente quando essa pessoa não quer melhorar). Eu sei que ela é minha mãe mas eu não vou me afundar por causa de ninguém, já fiz muito isso e chega, não tenho essa disponibilidade, não vou me permitir adoecer pelo comportamento alheio. Já tenho os meus problemas. Sobre mim: os dias que eu estava de férias foram os piores em relação a compulsão e os dias que tenho menos compromissos, são os mais tristes. Consigo fazer a relação entre isso, acho que ter uma rotina cansativa é essencial para minha saúde física e mental, por mais que seja paradoxal quando penso no porquê de exigir tanto de mim. Sendo uma pessoa saudável, preciso ingerir algo em torno de 2000 a 2700cal por dia, devido a intensidade dos exercícios que eu pratico. Atualmente, num episódio de compulsão, ingiro 1500cal. E num dia bom, fico entre 250 a 400cal. Meu corpo está acostumado com isso e se eu não tiver nenhum episódio de compulsão, chego no meu peso mínimo limite até o fim de setembro, conservando a minha musculatura. E precisarei manter esse peso me alimentando bem, tenho medo de engordar novamente e de não conseguir ter uma alimentação saudável. Acho que tô pirando por coisas não tão importantes, inclusive. O muay me abala muito, eu empreguei a minha vida inteira nisso, eu não me conheço sem o muay thai e aí, começar a análise e ter o pensamento, mesmo que breve, em desistir, me destrói. Porque eu SOU isso, não é parte de mim, mas é quem eu construi por muitos anos. Sai com uma menina segunda, aquela guria ótima que te falei. No fim, encontramos a Bruna Gutierrez. Isso não é mais relevante na minha vida e por isso não te contei, mas agora fiquei bem chateada. A Bruna Gutierrez namorava a Bruna Segala, em março do ano passado a Segala mentiu que elas não estavam juntas, nós saímos várias vezes e nos apaixonamos e aí, a Segala terminou com a Gutierrez. A Gutierrez é tri complexada com essa história e comigo, diz que a Segala só ficou comigo porque eu era mais alta, mais bonita, mais magra, mais nova e mais inteligente que ela e por isso, tentou nos separar de toda forma. Como tu deve imaginar, foi um relacionamento abusivo. E eu tive minha parcela de culpa. Eu tive crises de automutilação nessa época e acho mesmo que foi a última crise dessas, mas não lembro muito. Não me cortava pela Segala, me cortava pela forma com que ela fazia eu me sentir. E quando isso começou a ficar pesado, decidi terminar porque eu não aguentava viver aquilo. Aí, elas voltaram e decidiram me odiar e difamar pra Livramento inteira. É sério, no mínimo umas 20 pessoas que tinham algum interesse em mim, se afastaram porque elas espalharam coisas horríveis a meu respeito e que não eram verdades. Concordo que não sejam pessoas que eu queira manter por perto, porque elas espalharam boatos e muita gente tirou conclusões disso sem ter nenhuma prova. Mas enfim, a Segala chegou a falar mal de mim até para a Débora! (e olha que ela nem sabia que nós tínhamos algum envolvimento). Em Janeiro desse ano ela acabou me procurando mas não tivemos nada. Achei que isso tinha acabado, sabe? Eu evito ir nas mesmas festas que elas porque quando esse tipo de coisa acontece, a minha vontade é de arrebentar a cara das queridas. Enfim, não fiquei com a menina segunda porque a Gutierrez chegou e ficou um clima pesadíssimo, mas falei pra guria que a gente não se dava muito bem mas que eu não tinha nada contra ela e nem guardava nenhuma mágoa. Fui embora e ontem mandei mensagem chamando pra sair de novo (só pra não ser meio vaca com a guria, porque eu não tenho interesse nela, nem que seja só pra curtir um dia). E ela não me respondeu. O Igor, que estava com a gente, contou que depois que eu fui embora a Gutierrez acabou comigo, falou absurdos e etc. Eu sinto raiva dela, a minha vontade é de quebrar ela no meio. Mas sei que eu seria a mais prejudicada da história. Depois disso, eu sinto pena dela, porque tu precisa ser uma pessoa muito mesquinha e ruim pra não conseguir superar um fora (da segala e meu, porque ela era encarnadíssima em mim e tentou me beijar em toda oportunidade que teve), sabe? Bah, desejo que ela evolua. Mas deu de me afetar, já tá ficando chato isso de não parar nunca. Enfim, isso não tem muita relevância, tô contando porque é recente e quero que ela desapareça. Mas falar dessa experiência me fez perceber que sempre há um contexto de pertencimento nos meus relacionamentos, todo mundo que eu me relaciono se torna meu dono e me separa de mim mesma. E talvez isso não seja culpa das pessoas que eu me relaciono, não somente. Talvez eu tenha uma grande parcela de culpa. Acho que agora não vou precisar mais te contar as coisas por aqui, usei isso como mecanismo para te contar o PIOR e o que mais me dói, o que eu provavelmente não contaria pessoalmente. E usei isso como uma forma de te fazer abordar os assuntos durante a análise, sinto que preciso dessa pressão, porque eu não consigo abordá-los voluntariamente e sei que preciso enfrentará-los. Por mais dolorido que seja, a hora é agora.
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