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ojeffcouto · 3 years
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Admirável Mundo Novo, Totalitarismo, Capitalismo e Felicidade.
“ - Mas eu gosto dos inconvenientes.   - Nós, não. Preferimos fazer as coisas confortavelmente.   - Mas eu não quero conforto. Quero Deus, quero a poesia, quero o perigo autêntico, quero a liberdade, quero a bondade. Quero o pecado.”
 Admirável Mundo Novo é uma obra densa, possui uma leitura diferente para quem nunca leu ficções cientificas mais antigas, e eu mesmo tive de tentar ler de novo nesse ano de 2021, pois minha primeira tentativa que acho que foi por volta de 2016 não foi muito satisfatória e acabou comigo desistindo.
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  O livro foi escrito por Alduos Huxley e publicado em 1932,  o que é importante saber quando, pois esse livro é assim como qualquer obra de arte um reflexo de seu tempo, e o tempo dele é qual? Um período entre guerras. A Primeira Guerra mundial começou em 1914 e acabou em 1918 e a Segunda Guerra Mundial começa em 1939 e acaba em 1945, e nesse período entre eles temos grandes movimentos fascistas surgindo e ganhando força como Hitler na Alemanha nazista por exemplo, e é sobre isso e muito mais que essa história fala.
 O mundo está em 2540 e é controlado em 10 setores administrativos que seriam as regiões, e o governo é baseado em Fordismo, sim aquele Ford dos carros, que criou a linha de produção e é um dos marcos no capitalismo, essa sociedade é baseada nisso. temos bebês sendo criados em o que são basicamente fábricas e condicionados em que devem acreditar e como viver e até como ver a morte.
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 Neste universo existe uma forma de colocar informações na mente chamado hipnopedia, aas crianças escutam repetições de frases sobre o governo, suas castas, e comportamentos que devem ter, tudo isso enquanto dormem, então quando passa um tempo e começam a interagir falam estas frases e fixam o conhecimento. Assim o governo condiciona pessoas a aceitarem sua realidade, não questionar as informações e acima de tudo, estar sempre satisfeito.
 Mas o que acontece quando não se alcança tal satisfação, sempre há momentos em que coisas podem nos frustrar, irritar ou preocupar, e isso não são sentimentos acolhedores e bons. Para isso existe a fuga que é o SOMA, uma droga sintetizada com reações mínimas quando bem administrada via oral por comprimidos, estes que são distribuídos para trabalhadores após o fim de seus turnos, então não há nada de ruim neste mundo se pode até se escapar dele quando não estiver satisfeito. 
 Há um momento onde é descrito um condicionamento com livros, as pessoas de castas inferiores eram condicionada com choques em sua infância para não gostar de livros e assim crescerem ser exercer leitura, estudar e questionar. Isso junto com o fato dos livros banidos na sociedade, a Bíblia por exemplo é um dos livros banidos da sociedade, mesmo que alguém tenha acesso a leitura não será estimulante para ela, reforçando o controle do governo sobre seus cidadãos. Além disso é dito que uma sociedade plena como essa não necessidade de ser condicionada a acreditar em Deus, não há sofrimento (sem comentar do controle que a religião proporciona, mas aqui o controle é feito de outra forma.) então não há vantagens.
 Tudo até agora lembra muito um governo opressor e totalitário, mas veja bem há uma crítica ao capitalismo também, as crianças ainda cedo são induzidas a não gostar de natureza por exemplo, pois natureza é grátis, os jogos são sempre com os mais complexos com equipamentos que você deve comprar e até as roupas e produtos são feitos para durar menos e serem substituídos, costurar suas roupas caso rasgue ou descosture é uma vergonha imensa. Uma sociedade hiperconsumista achando felicidade em produtos e serviços. 
“As flores do campo e as paisagens têm um grave defeito: são gratuitas. O amor à natureza não estimula a atividade de nenhuma fábrica.”
 Cada pessoa é um trabalhador perfeito, desde seu nascimento é condicionado ao que deve fazer e aprender sobre aquilo, mas não sabendo nada além disso, por exemplo uma mulher que deve dar injeções aos fetos em desenvolvimento sabe os efeitos e quantidade de cada químico, mas quando questionada não sabe de onde vem os químicos, ou sua seringa, só sabe que haverá mais quando for buscar no estoque. Sendo um perfeito instrumento para o capitalismo, o trabalhador que não se incomoda ou questiona sua tarefa ou superior. 
 O Personagem do Selvagem se vê como contraparte disso tudo, prefere viver de outra forma e tenta mostrar as pessoas como é viver de forma livre. chegando no final do livro temos o confronto entre o Selvagem e o Administrador, onde os dois discutem sobre essa realidade. O Administrador em pessoa diz que todos não devem ser iguais, isso cria uma sociedade sem estabilidade, as pessoas que tem trabalhos inferiores mas necessários iriam querer subir e tomar controle de fabricas, criar sindicatos etc, por isso existe o condicionamento físico e mental diferente e as variadas castas. 
 Já o Selvagem se vê diante do fato que estas pessoas não sofrem, só vivem de forma diferente, realmente até fogem da tristeza, mas nunca saberão o que é a verdadeira felicidade se não houver tristeza, e ele por ser de fora vê isso e o administrador concorda, não é o mundo mais belo mas é mais estável, melhor administrado. Uma pessoa pode nascer e morrer sem nunca ser feliz de fato, mas nunca sofrerá também, mesmo a morte é condicionada com algo normal e não há oque temer. 
  Dor e desigualdade geram arte, filosofia e ciência mas isso não existe nessa sociedade constantemente entorpecida pelo prazer ou todos reprimidos e substituídos por produtos baratos e de qualidade duvidosa sendo entregues a pessoas que não questionam sua realidade e são perfeitos trabalhadores, que nunca conhecerão felicidade verdadeira e liberdade.  
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ojeffcouto · 4 years
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Criação, Criador, Baco Exu do Blues e Sapiens.
“ O mundo é fruto da nossa imaginação
Será que somos deuses ou sua criação “  
 Em Esú disco do rapper brasileiro de 24 anos e nordestino Baco Exu do blues lançado em 2017 e aclamado pela crítica em geral e indicado a vários prêmios, Baco canta em sua Faixa Esú sobre a criação, deuses, criadores e homens e o ciclo que permeia tudo isso, além de outros assuntos. 
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 Esú começa com: 
“Sinto que os deuses têm medo de mim
Medo de mim
Metade homem, metade deus e os dois
Sentem medo de mim”
 Baco aqui coloca se em posição de criador, um deus como seria em seu nome artístico, e também se coloca como homem, a criação feita, produto de um ser divino e de poderes inimagináveis. Essa dinâmica de criador e criação e o que vai permear a música. 
“ A dor some ao ver que os deuses têm inveja dos homens
O mundo é fruto da nossa imaginação
Será que somos deuses ou sua criação”
 Os deuses têm inveja dos homens pois os homens os criaram, deuses não são nada mais que produtos da imaginação humana para suas necessidades e para fechar o ciclo os deuses criaram os homens, por isso baco termina a faixa se questionando “Será que somos deuses ou sua criação”.
 Os deuses gregos não fogem de ser deuses contudo, são extremamente humanos, eles falham, são arrogantes, e possuem impulsos primitivos(zeus transa com tudo, não precisa nem ser vivo), talvez seria por isso que Zeus quis tanto destruir os humanos(seus criadores) pois via neles a si mesmo, as mesmas falhas e impulsos.
 Como dito em Sapiens uma breve história da humanidade, livro de Yuval Noah Harari com sua primeira publicação em 2011, o Animismo foi o que precedeu os Deuses, politeísmo e monoteísmo, os humanos tinham fadas, animais, plantas, fantasmas e etc; e agiam dividindo o mesmo espaço, comunicando entre si e negociavam as regras.
Quando os humanos passaram a criar assentamentos e a revolução agrícola suas dinâmicas com entidades passam a mudar, surgem as entidades como deuses e eles são divididos em diversas categorias e existe uma entidade suprema a eles desinteressada, então os deuses fazem o intermédio entre o homem e os desejos.
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O homem passou a usar deuses para tentar moldar o mundo, fazer seus desejos se tornarem realidade quer sucesso em uma guerra? Uma colheita próspera? Conquistar o amor?  Os Deuses nascem da necessidade do homem de solucionar problemas, uma criação superior a humana para lhes ajudar.
  “Deus só tem forças se a gente acreditar nele, e a gente só tem força se acreditarmos em si mesmo. Então, nós somos deuses.” 
Baco diz em entrevista para Genius Brasil, 2017. 
Mesmo com todo esse malabarismo de criação, criador o homem não foge mesmo em sua criação do Destino, como disse Thanos,  "Sinta medo, fuja, o destino chega de qualquer jeito.” pois em esú baco cita diversas mitologias como a nórdica e a grega, mas mesmo assim, mesmo os deuses como dito antes tem uma força maior sobre eles. 
 Na mitologia nórdica o Ragnarok é inevitável, o destino não pode ser mudado, ou na grega onde temos as moiras que tecem o destino de todos. Mesmo o homem criando os deuses eles ainda são fracos em um ponto tão mundano, um reflexo de seu criador?
 Novamente citando, quando o homem chegou a revolução agrícola ele tinha mais controle, podia plantas, reproduzir animais, ter mais alimento e controlar melhor o mundo, mas mesmo assim o homem ainda cede ao destino, seu controle é fraco, e mesmo os deuses que ele cria para poder lhe ajudar são submissos ao destino também. 
 Será que um dia o homem criará algo definitivo, um deus que possa se provar muito mais, algo tão perto da perfeição, será que somos capazes de imaginar algo assim para um dia existir? Até lá o homem luta criado e sendo a criação e criador, moldando o mundo da forma que pode  e é submisso a uma força grande que não necessariamente é uma entidade como Deus.  
 Link da entrevista 
Ouça a Faixa citada, link do spotify 
Sapiens, link na Amazon
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ojeffcouto · 4 years
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O Ciclo do ódio, Naruto e Attack on titan.
-> Texto contém spoilers <-
Ódio é um sentimento comum na humanidade, infelizmente esse sentimento desencadeia diversas reações como dor e violência, já que é um assunto tão recorrente diversas histórias nos trazem várias adaptações e abordagens para nos fazer refletir sobre o assunto que é mundano e corriqueiro.
O ciclo do ódio é comum em histórias, diversos tipos de violências infligidas em nossa realidade causam ódio de diversas formas, quando alguém nos diz algo horrível e violento, quando alguém nos agride fisicamente, quando mentem para nós, a lista é enorme, e o ódio que vem com isso pode destruir aos poucos tudo ao nosso redor.
Recentemente o mangá de Attack on Titan chegou a seu ápice e trouxe uma grande revelação, o protagonista Eren decidiu dar fim ao ciclo do ódio, mas não como somos acostumados a ver em outras histórias, ele decidiu pelo caminho da chacina.
Eren começou como um garoto comum no seu mundo com poucas diferenças notáveis, seu amigo Armin que lhe abriu os olhos em relação ao mundo fora das muralhas e o espírito de luta por liberdade começou a crescer nele, sempre tentando e tentando mas que aparentemente se perdeu no caminho? Como o autor mostrou Eren sempre foi o Eren, sempre teve seus impulsos de liberdade e loucuras que agora estão mais claros que nunca.
Decidido a terminar o ciclo de ódio que cai sobre seu povo Eren decidiu exterminar tudo fora das muralhas e ilhas de Paradis onde reside seu povo os Eldianos, ironicamente tornando a o Paraíso no processo pois os titãs colossais vão pisotear toda forma de vida que acharem no caminho, levando exércitos de outros países que perseguem Eldianos, Eldianos fora das muralhas em guetos largados pelo mundo sofrendo também, e pessoas inocentes, tudo vai cair para as mãos de Eren e assim que ele eliminar tudo que representa o perigo para seu povo ele terá dado fim ao ciclo de ódio, mas ao custo mais pesado possível.
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Não podemos esquecer também de outra obra tão influente recentemente finalizada, Naruto. A obra traz o protagonista de mesmo nome que é odiado pela sua vila por coisas que não fez, excluído e abraçado pela tristeza, até que alguém lhe resgata, seu mentor que deveria lhe odiar percebe que ele é igual a Naruto e o salva, lhe dá esperança e quebra um ciclo com ele.
Quase todo vilão de Naruto é convertido pelo seu poder de empatia, e a obra não deixa de citar o ciclo do ódio, causar mal a alguém vai trazer dor, e dor vai gerar apenas mais dor, Naruto sempre escolhe quebrar esse ciclo trazendo seus inimigos para seu lado, lhes dando esperança ou compreensão, o ápice disso é quando Naruto traz Obito de volta pro lado da aliança durante a guerra, Naruto perdoou o homem que causou a morte de seus pais, criou o motivo pelo qual é tão odiado na vila e ocasionou a guerra ninja. Mesmo assim foi "convertido".
E Naruto passa a fazer isso com os outros, ok ele “converte” as pessoas, é um fato, todo mundo se vê nele de alguma forma e ele se vê nos outros, a conexão e assim ele vence o ciclo do ódio, ele aceita sua dor e abraça e carrega a dor alheia também, Naruto escolhe o caminho mais "difícil" que é perdoar, dar uma nova chance, acreditar as pessoas e no progresso.
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Mas então qual seria a abordagem correta? A resposta seria em maneira éticas a de Naruto, trazer seu inimigo para seu lado, criar um laço e cortar o ciclo do ódio e evitar mais tragédia, contudo o de Eren também é "certo", pois ao final o resultado será um mundo onde não há ninguém mais para odiar seu povo porque além deles nada mais existirá o ciclo do ódio será quebrado da mesma forma.
Perdão é algo muito complexo, não pode ser dado como uma simples bala, é algo construído com tempo e dedicação, digamos que você está em um relacionamento longo e duradouro, anos com o mesmo parceiro(a) e você descobre uma traição recente, qual seria a reação mais comum? Raiva, ódio e tristeza. Sua vida mudou por causa da pessoa, vivem em conjunto e confiam em si planejando o futuro e ela te entrega isso? Ódio é a resposta mais fácil quando falta racionalidade. 
 Naruto cede ao ódio algumas vezes, mas o que ele faz com seus inimigos e companheiros é muito irreal assim por dizer, Eren por outro lado tem uma abordagem mais real, as circunstâncias são mais reais, segregação, ódio, política tudo em uma grande trama que mesmo tendo “magia” acaba sendo muito realista com desenvolvimento de personagens, Eren é muito real e provavelmente você e eu acabaríamos fazendo o mesmo que Eren. 
 Pare e pense quantas vezes você já perdeu o controle em situações simples ou até de maior complexidade, o resultado momentâneo pode ser gratificante, entregar aquele ódio para a pessoa que a causou, se libertar disso sem ter a visão de o que pode vir a seguir, a longo prazo sua decisão foi a melhor? A mais ética? 
 Em Attack on titan temos eren em busca da liberdade para seu povo, mais essencialmente para si, é dito que o titã principal de Eren é o de ataque, o mesmo possui um histórico de luta por liberdade, quando Eren vê o que ele teoricamente deve fazer ele tem noção do que vai causar, ele sabe que vai matar inocentes, ele até se desculpa com eles como no caso do garoto que tinha a esperança e lutava por uma vida melhor para ele e a família dele, um personagem que já havia aparecido e Eren havia se encontrado com ele, mesmo assim com toda a dor ele segue o caminho e causa a morte do garoto e todos ao redor dele sendo pisoteadas. 
“As pessoas só irão entender umas as outras quando sentirem a mesma dor.”
 Para finalizar em Naruto pain diz que o mundo ideal seria onde todos conhecem a dor, e assim ninguém gostaria de provocar isso em outra pessoa, essencialmente uma forma de pular a etapa de empatia e quebrar o ciclo do ódio com mais ódio, no entendo naruto lhe mostra que o caminho não é esse, ele só vai criar mais ciclos, e propagar mais ódio, dor e sofrimento. uma coisa não podemos negar, se Eren acabar com todos que podem odiar ele e o povo dele o ciclo está quebrado. 
O intuito dessas narrativas é simples, mostrar o bem o ruim, mostrar superação e vingança, o ciclo do ódio vai existir em narrativas ficcionais e em nossas vidas comuns. E quem você vai ser,  Eren ou Naruto?
Obs: Não pretendo deixar claro se alguém está certo ou errado, afinal todas são visões de mundo causadas por diferentes ações mas que causa a mesma coisa, ÓDIO.
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ojeffcouto · 4 years
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Guerra do Velho e o controle de informação.
 Uma das coisas mais legais de ficção cientifica é poder pegar temas atuais e transportar para novos meios e de comunicar eles sem os alterar na sua essência, até trazer como por exemplo questões filosóficas no meio do processo, e é exatamente isso que a série de livros Guerra do Velho faz. 
 Recentemente finalizei a leitura da atual trilogia até esse momento no Brasil de Guerra do velho, os livros da série se estendem por mais alguns incluindo spinoffs que ainda não foram traduzidos, mas no geral guerra do velho tem um encerramento digno em A Última Colônia.
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 John Scalzi(alguém sabre pronunciar isso?) Cria um universo novo, mas não tão distante para quem é f�� ou no mínimo acompanha algumas obras de sci-fi, ele usa a ficção cientifica de forma presente e constante, mas não se aprofunda tanto nos temas, ele usa-a para criar e fazer a sua história girar de forma que esses temas poderiam muito bem se passar na terra hoje em dia de certa forma adaptando, mas claro é muito mais legal velhos lutando contra aliens em planetas desconhecidos. 
 O Governo no seu universo é a grande questão a ser explorada, nos primeiros livros temos assuntos mais discutidos como colonialismo, o que é ser humano, maldade, imortalidade, valor da vida, família, vingança, destino e papel no universo (uau!!), mas o mais interessante e o que permeia todos os livros e culmina no final do terceiro livro é o controle de informação exercido pera UC (União Colonial, em inglês a sigla fica CU hihihihi) sobre as suas colônias espalhadas pelo universo.
 A União Colonial e as Forças Coloniais de Defesa controlam a informação levada as colônias, e as tecnologias que elas possuem, pois, detêm o monopólio da tecnologia de viagem espacial, a Terra mesmo deixou de ser o lar da humanidade, foi isolada e não recebe informações e tecnologias novas da UC, somente quando ela quer, assim mantendo o planeta como a principal fonte de soldados que se alistam cegamente sem saber como vão lutar mesmo sendo idosos e para onde vão.
“Todas as informações se concentram na União Colonial. Quando se controla a comunicação, pode-se ocultar qualquer coisa.”                               
 O controle de informação durante os livros usado pela UC causa diversos conflitos, personagens sofrem ou são usados por isso, e em grande escala privam a sua própria raça e planeta natal de se unir as suas colônias, as pessoas são levadas a creditar apenas no que é dito a elas, e tem de levar aquilo como verdade absoluta ou duvidar em segredo, pois você não pode chegar para as pessoas que lhe oprimem e questionar elas quando elas têm controle do maior e mais poderoso exército da humanidade. 
 Além de impedir a Terra de se comunicar com as colônias a UC também controla a informação passada as colônias, esses planetas se comunicam através da tecnologia da UC que verifica as informações enviadas antes de repassar e decidem até se vão enviar. Planetas inteiros são usados assim, pessoas são cegadas da sua realidade acreditando em outra coisa, tudo isso vale a pena? 
 Em uma guerra fazer sacrifícios pode ser necessário de acordo com a FDC, escolher quais planetas defender pois não há tropas suficientes, escolher deixar morrer uma colônia inteira e depois informar que foi um ataque surpresa sem possibilidade de ajuda e por esse motivo foi impossível ajudar seria uma ótima maneira de unir povos com uma mentira e conseguir mais tropas. 
Na escala menor personagens são usados de diversas formas, a FDC parte as informações que repassa, assim manipulando pessoas ou grupos para cumprir seus objetivos, essa questão do governo durante os livros culmina em uma grande jornada no terceiro livro, personagens que amamos se vêm obrigados a enfrentar isso pois estão sendo usados, se vem obrigados a informar os outros e quebrar esse controle.
Essa questão toda não acaba te lembrando algo atualmente relacionado a informação e mentira?
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Informação é poder, conhecimento é poder, quando se tira esse poder de um povo, grupo ou uma pessoa há consequências, e há também a manipulação e controle da realidade destes.
Simples assim guerra do velho traz muitos outros temas em seus livros, todos muito bem explorados em seu devido tempo quando convém a história, junto do maravilhoso mundo de ficção científica que fascina os fãs do gênero e sendo de fácil leitura para apenas leitores em busca de algo novo.
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