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#filósofa Sueli Carneiro
edsonjnovaes · 2 months
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O QUE É SER “PARDO”?
O QUE É SER “PARDO” ? Chavoso da USP A dívida histórica deveria ser paga com a elevação do nível do ensino básico nas escolas públicas para igualar jovens de todas as procedências étnicas e sociais na disputa de uma vaga nas universidades. A essa afirmação óbvia, os defensores das cotas respondem com a seguinte pergunta: e a urgência de sanar as injustiças que já estão aí? Mario Sabino –…
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mmagnesio · 1 year
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AMANHÃ TEM CORTEJO DO ILÚ OBÁ DE MIN! SÓ VEM!! CORTEJO 17/02 (SEXTA), concentração às 18h, na Praça da República CORTEJO 19/02 (DOMINGO), concentração às 13h, na R. Conselheiro Brotero, 195 Retirado do Instagram do @iluoba: Depois de três anos longe das ruas de São Paulo, no Carnaval de 2023 o Ilú Obá de Min retorna com 'Akíkanjú: Pensamento e Bravura de Sueli Carneiro" Nossa femenageada, Sueli Carneiro, é preta mulher, gigante, ativista, filósofa, escritora, uma das fundadoras de Gelédes Instituto da Mulher Negra e referência de ação política e luta do movimento social negro, e por sua vez, para todas nós. ••••••• #iluobademin #ilúobádemin #blocoafro #afro #carnaval2023 #carnavalderua #blocodecarnaval #fotografiaderua #streetphotography #street_badass #lensculturestreets ©Magnesio 2023. Fotografias protegidas pela Lei de Direitos Autorais - Lei nº 9.610. (em Vale do Anhangabaú) https://www.instagram.com/p/CovQGFSPBVd/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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brasilsa · 1 year
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almapretajornalismo 
A questão racial brasileira na perspectiva do pensamento antirracista e decolonial é foco da série de TV “Coleção Antirracista”. Com curadoria e direção da cineasta Val Gomes e realizada pela produtora Olhar Imaginário, a obra está disponível gratuitamente no Youtube e no Spcine Pay, a primeira plataforma de streaming pública do Brasil.
Com oito episódios, que duram entre 11 a 14 minutos, Coleção Antirracista apresenta figuras negras históricas ainda pouco conhecidas, que atuam em diversas áreas do conhecimento. A produção conta com depoimentos da psicóloga Cida Bento, da filósofa Sueli Carneiro, da escritora Cidinha da Silva, do historiador e multiartista Salloma Salomão, da publicitária e ativista Neon Cunha e entre outros intelectuais e figuras negras de extrema relevância.
Coleção Antirracista foi construída com consultoria do historiador Bruno Garcia uma e equipe de criação e produção extensivamente negra. Formatados para dialogar com público adolescente, foram utilizadas no seriado fotografias, iconografias e filmes brasileiros de diretores renomados e da produção recente de diretores negros.
Junto da série, foi lançado o álbum da trilha musical por QRCode, e um banco de samples curtos com faixas breves. A proposta é que o material, livremente disponível, estimule jovens produtores musicais e beatmakers.
Assista a série através do link em nossos stories.
Fonte: Olhar Imaginário Adaptação: @giovanneramox 📸 Olhar Imaginário/Instituto Unibanco/Divulgação
#ColeçãoAntirracista#Cultura#Série#CardNoticias#AlmaPretaJornalismo
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Aparecida Sueli Carneiro aos 71 anos foi agraciada com o Título Honoris Causa concedido pela Universidade de Brasília na tarde de ontem. Sueli Carneiro é filósofa, escritora e ativista antirracismo do movimento social negro brasileiro. Fundadora e atual diretora do Geledés — Instituto da Mulher Negra e considerada uma das principais autoras do feminismo negro no Brasil. Só temos que parabenizar a UnB e a laureada! https://www.instagram.com/p/CbRqpT0uLpr/?utm_medium=tumblr
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blackavalanche · 3 years
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A filósofa e escritora Sueli Carneiro (@carneiro956 ), pediu o seu desligamento do conselho editorial do jornal Folha de S. Paulo. A informação foi divulgada pela Folha, após reunião do conselho, nesta quinta-feira (7). A saída de Sueli Carneiro ocorre dias depois do jornal publicar uma artigo do colunista Leandro Narloch, em que ele relativiza a escravidão de mulheres negras, em texto intitulado “Luxo e riqueza das ‘sinhás pretas’ precisam inspirar o movimento negro”. Na coluna, Narloch argumentou que o movimento negro de hoje deve se inspirar nos negros escravizados que ascenderam socialmente. Em um trecho ele diz: “os negros foram escravizados, assassinados e estuprados no sistema escravocrata, mas olhem para o lado bom: meia dúzia de sinhás ascenderam socialmente dentro desse sistema”. LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO SITE LINK NO STORY Texto: @julia.orodrigues #noticiapreta #negritude #mulheresnegras #jornalismo #açãoantiracista #atitudesfalammaisquepalavras https://www.instagram.com/p/CUwCtKsszeg/?utm_medium=tumblr
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recantodaliteratura · 4 years
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Dia internacional da mulher negra latino-americana e caribenha e diáspora. Neste que também é o dia do escritor, nossa homenagem a estas mulheres incríveis que abrilhantam o universo literário é nos emocionam, nos fazem refletir e ver o mundo com outros olhos. 👏👏👏 Angela Davis (1944, 76 anos): professora e filósofa socialista estadunidense; Carolina Maria de Jesus (1914-1977): escritora brasileira; Paulina Chiziane (1955, 65 anos): escritora moçambicana; Chimamanda Ngozi Adichie (1977, 42 anos): ativista feminista e escritora nigeriana; Jarid Arraes (1991, 29 anos): escritora, cordelista e poeta brasileira; Maya Angelou (1928-2014): escritora e poetisa estadunidense; Buchi Emecheta (1944-2017): escritora nigeriana; Maria Firmina dos Reis (1822-1917): escritora brasileira; Sueli Carneiro (1950, 70 anos): filósofa, escritora e ativista brasileira; Djaimilia Pereira de Almeida (1982, 38 anos): escritora portuguesa; N. K. Jemisin (1972, 47 anos): escritora norte-americana; Alice Walker (1944, 76 anos): escritora e ativista feminista estadunidense; Ryane Leão (1989, 31 anos): poeta brasileira; Roxane Gay (1974, 45 anos): escritora, editora e comentarista social norte-americana; Igiaba Scego (1974, 46 anos): escritora italiana; Joyce Ribeiro (1979, 41 anos): jornalista e escritora brasileira; Angie Thomas (1988, 32 anos): escritora estadunidense; Scholastique Mukasonga (1956, 64 anos): escritora tutsi de Ruanda; Conceição Evaristo (1946, 73 anos): escritora brasileira; Tomi Adeyemi (1/08/1993): escritora norte-americana; Djamila Ribeiro (1980, 39 anos): filósofa, feminista negra, escritora e acadêmica brasileira; Octavia E. Butler (1947-2006): escritora estadunidense; Toni Morrison (1931-2019): escritora, editora e professora estadunidense; Ana Paula Maia (1977, 42 anos): escritora brasileira; Ana Maria Gonçalves (1970, 50 anos): escritora brasileira; Bianca Santana (1984, 36 anos): escritora, jornalista e taróloga brasileira; Noémia Soares (1926-2002): poetisa, tradutora, jornalista e militante política moçambicana; e bell hooks (1952, 67 anos): autora, professora, teórica feminista, artista e ativista social estadunidense https://www.instagram.com/p/CDE_0j_jwr6/?igshid=1jvvy680mp1to
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gifsdefisica · 4 years
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CIÊNCIA PARA QUE(M)? A ciência foi utilizada na construção do racismo no Brasil, mas tem um papel essencial na mudança desse cenário. Foi o que mostraram as discussões sobre diversidade com a filósofa Sueli Carneiro e a historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz durante o 4º Encontros Serrapilheira.  @gifsdefisica: https://is.gd/7OymkQ #Ciência #Racismo #Negritude #CiênciaParaQu(e)m? https://www.instagram.com/p/B6VrB0HHwgD/?igshid=1gtspgb92uway
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Política, imaginário e representação: uma nova agenda para o século XXI? Por Rosana Borges
As vias por onde caminha a transformação política contemporânea
Um ligeiro recenseamento em torno das pautas de grupos historicamente discriminados, com destaque para o protagonismo das mulheres negras, nos permitirá observar o quanto as reivindicações vêm girando na órbita do estético e da visibilidade, orientadas por outra lógica de representação, incidindo no tecido social de modo a reconfigurar a política. Infatigavelmente, os exemplos, extraídos do chão do mundo vivido, onde se cultiva a experiência de produzir novos sentidos, não cessam de germinar: a enxurrada de artigos sobre a anacrônica figura da “Mulata Globeleza”; as reações contundentes à proposta “insólita” da Loja Reserva, cujo sócio é o apresentador global Luciano Huck (a título de lembrete: a loja pintou manequins de preto e os pendurou de cabeça para baixo); o flagrante fotográfico no casal que desfilou todo pimpão com seu filho adotivo, um menino negro com fantasia do macaquinho Abu, o melhor amigo de Aladdin. A cena transcorreu no carnaval de Belo Horizonte.
Sob certos aspectos, esses movimentos de contraposição a práticas que teimam em permanecer na cadeia discursiva, conectadas pelo racismo e pelo sexismo, respondem ao incômodo acima transcrito. Para Lélia Gonzalez, o confinamento da mulher negra às figuras da mulata, da empregada doméstica e da preta velha reclama por outras rotas de análise e intervenção, visto que parte significativa da tradição teórica, sequiosa em desvelar o problema racial brasileiro sob a chave socioeconômica, mostrou-se insuficiente para alcançar o drama experimentado pela população negra em todas as dimensões de sua existência. Prevaleceu nos círculos de investigação o entendimento do racismo como exclusivamente um epifenômeno do capitalismo, o que perpetuou certa “naturalização” do lugar do negro na sociedade.
Sabe-se que o espanto intelectual é, a rigor, um motor importante para o desvelamento social, porém, diante das ocorrências cotidianas (morte aos borbotões de jovens negros pela polícia, pouca ou nenhuma presença de mulheres e homens negros na política institucionalizada em suas diversas esferas), não cremos que sem espanto ético as cordas da compreensão realmente vibrem.
Essas discussões habitam o coração dos antes chamados “movimentos de minorias” (negros, mulheres, gays, lésbicas, trans) que apontaram a indissociabilidade entre política e representação e propugnaram uma ação transformadora capaz de encontrar maneiras de (re)inventar um mundo possível, numa perspectiva estética, ética e política. Assim como Lélia Gonzalez, outras pensadoras do feminismo negro, a exemplo da ex-ministra Luiza Bairros, da filósofa Sueli Carneiro e da médica Jurema Werneck assinalaram, de modos diversos, que as antigas ordens de representação, agora em crise, mostravam-se incapazes de abarcar o “mosaico possível de acepções do humano”, o que supunha a tarefa de fundar uma nova gramática política, livre das orientações de um pensamento oxidado. Não se pode reduzir a questão ao par univesalismo e particularismo, onde muitos quiseram alocá-la.
Marcadores históricos indicam parte da trajetória percorrida pelo tema. O discurso do reconhecimento é obra da aventura moderna, e a reivindicação de novos/outros regimes de representação/visibilidade destinados a grupos historicamente discriminados é fenômeno cuja fisionomia deita raízes desde o início do século XX. O edifício moderno suplantou a noção de honra para tornar legítima a de dignidade, concebida num sentido universalista e igualitário.
O exercício do visível passou a atuar em conformidade com um novo padrão: tudo o que havia de hierárquico no reconhecimento social teria de desaparecer, de contrariar as antigas marcas da “eleição privilegiada”, característica da aristocracia. Porém, as desigualdades inerentes ao capitalismo acentuaram as assimetrias com fundamento racial e de gênero, para ficarmos em dois exemplos. A permanência de hierarquias, só que desta feita sob outro viés, suscitou, já no alvorecer do século XX, uma explosão de críticas referentes à dinâmica das representações dos agrupamentos humanos; estas críticas não pararam de se expandir e adentraram o século XXI com força expressiva, puxadas pelo anzol da hipervisibilidade. Sob o curso de movimentações em fluxo contínuo na plataforma da transparência, reavivam-se as reivindicações por reconhecimento público. De acordo com Muniz Sodré, “a visibilidade – o plano das aparências – não é um requisito simples, pois suscita os problemas do reconhecimento social e do valor humano. Logo, é uma questão de natureza ética”.
E essa disputa pelo valor humano, como se testemunha, promove, de maneira decisiva, a insubordinação dos corpos “imperfeitos”, “indesejáveis” (negros, mulheres negras, obesas, gays, lésbicas, trans) frente aos signos visuais que teimam em estigmatizá-los, deformá-los, ignorá-los, excluí-los da paleta que representa cada um(a) e a todos(as). A feminista negra estadunidense, Patricia Hill Collins, refere-se aos corpos negros como imagens de controle (controlling images) que se prestam a fazer dos estereótipos um mecanismo que naturaliza o racismo, o sexismo, desigualdades de classe e outras formas de injustiça social (2000). Uma trincheira cada vez mais compacta, constituída em sua maioria por jovens, transborda os espaços materiais e digitais em reação as essas imagens calcificadas. Se toda transformação corresponde a uma mudança de sentido, de sua relevância e de seu valor, quais os sentidos que a negação das imagens estigmatizantes vem instaurando? Que novos sujeitos poderão surgir desses deslocamentos, já que o visível vem cada vez mais conformando nossa existência?
Rumores (in)discretos da subjetividade:* signos contra signos
Segundo o filósofo Gilles Deleuze, “o pensamento clássico mantinha a alma afastada da matéria e a essência do sujeito afastada das engrenagens corporais. Os marxistas, por sua vez, opunham as superestruturas subjetivas às relações de produção infraestruturais. Como falar da produção de subjetividade hoje?” (2010, p. 32).
Os slogans “Vai ter negra e gorda na universidade!”, “Vai ter preta periférica e trans na pós-graduação!”, “Respeitem meus cabelos, brancos!” sinalizam para novas formas de elaboração e exploração do político, onde o ético e o estético se imbricam em benefício da projeção de outras subjetividades, do reposicionamento das engrenagens corporais em lugares de prestígio da luta social e da reflexão crítica. Signos emergentes/insurgentes rebatem signos “estáveis”, enrijecidos, carcomidos por visibilidades que não cabem mais nos estereótipos de outrora. Perspectivas teóricas diversas se reinvestem de outras balizas capazes de responder aos apelos de problemas recorrentes. Vejamos algumas posições entre as mais consistentes.
Alex Ratts e Osmundo Pinho, professores de geografia, da Universidade Federal de Goiânia (UFG), e de ciências sociais, da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), respectivamente, empreenderam análises em que as corporeidades ocupam posição central na dinâmica das hierarquias socioespaciais. Para ambos, os corpos de homens negros são geralmente racializados, subdivididos, sexualizados, desumanizados, o que interfere diretamente nas formas em que esses corpos são inseridos nos desdobramentos da política. Em seu mais recente livro, O circuito dos afetos: corpos políticos, desamparo e o fim do indivíduo, o professor de filosofia da USP, Vladimir Safatle, na tentativa de apresentar novos paradigmas políticos, já que nem as utopias de esquerda tampouco o capitalismo conseguiram auscultar o contemporâneo, questiona qual o sentido da política no mundo de hoje. Safatle vê no circuito dos afetos uma dimensão importante para uma teoria política da transformação, uma vez que as mudanças significativas não atingem apenas as formas de circulação de bens e de distribuição de riquezas, mas:
São modificações na estrutura dos sujeitos, em seus modos de determinação, nos regimes de suas economias psíquicas e nas dinâmicas de seus vínculos sociais. Pois uma transformação política não muda apenas o circuito dos bens. Modifica também o circuito de afetos que produzem corpos políticos, individuais e coletivos. Por isto, se quisermos ver a força de transformação de acontecimentos que começam novamente a se fazer sentir, é necessário que nos deixemos afetar pelo que pode instaurar novas corporeidades e formas de ser. (2015).
Embora partam de lugares diferentes, motivados por angulações diferenciadas, as proposições destes autores são solidárias entre si, bebem num poço comum, equilibram-se sobre elementos de uma mesma equação: despossuir os sujeitos de velhas identidades impostas, desobstruir vias para que se abram às novas corporeidades, adotando o capital relativo aos afetos (entendidos como aquilo que sinto, vejo e percebo) como fonte para o “esclarecimento da natureza dos impasses dos vínculos sociopolíticos”. (Safatle, 2015).
Imaginário: a orquestra que nos rege
Esses rearranjos só são possíveis se acrescentarmos às nossas estratégias de reflexão e intervenção o exercício permanente de interrogação das incidências imaginárias, vistas como uma matriz, uma atmosfera, uma fábrica que nos aloja no que faz laço social. Política, representação e imaginário formam um tripé incontornável, ainda que sobre ele pesem resistências justificadas pela crença de que a conquista do poder se dá pela disputa de espaços institucionalizados. Um pesquisador do campo das relações raciais publicou recentemente artigo em que empresta sua voz a este discurso: para ele, ao invés de segmentos da militância negra se aterem a denúncias de casos de racismo na publicidade e em outros espaços midiáticos, deveriam se preocupar em conquistar o núcleo do poder em diversas áreas da institucionalidade brasileira. Parece não saber o pesquisador que a conquista do poder passa necessariamente por agenciamento de imagens, por visibilidades (não fosse assim, o marketing político não seria a menina dos olhos das campanhas eleitorais). O pensador Dominque Colas encerra a questão: “toda a imagem do poder corresponde a um poder da imagem”.
As campanhas e os slogans que brotam nas redes sociais e nos espaços materiais conseguem, assim, interpelar as imagens de grupos subalternizados, questionando as regras que ordenam as visualidades, a sintaxe que lhes dá estrutura, flagrando o fantástico descompasso entre as trajetórias múltiplas e diferenciadas desses grupos e as imagens redutoras que insistem em representá-los (no que concerne às mulheres negras, para além de desenvolvermos funções subalternizadas, somos professoras, artistas, empreendedoras, escritoras, médicas…). Claro que não estamos cegas à sombra de melhora que se projeta nas formas de representação dos “tradicionalmente excluídos” dos códigos visuais, mas é inegável a persistência de discursos vinculados a arquétipos cristalizados no passado, reconhecíveis e normalmente aceitos, sancionados pelo imaginário, de onde provêm.
Não nos cabe aqui mergulhar nas definições intrincadas de imaginário. Interessa-nos pôr em relevo, de forma sucinta e banal, a ideia de que o termo recobre um repositório cultural de onde extraímos, sem saber, as referências (racismos e sexismos inclusos) que dão sentido às nossas vidas. O imaginário teria, assim, um papel precedente, o que não é estranho às várias tradições teóricas que consideram o ser humano resultado de antecedências: na letra foucaultiana, à exceção do psicótico, nascemos alienados no discurso vigente; para os teóricos da linguagem e da semiótica, ao falar, somos falados (Julia Kristeva), o humano já nasce como um efeito do outro, um intertexto (Bakhtin); no abecedário psicanalítico, o inconsciente desautoriza qualquer tentativa de proclamarmos um sujeito consciente, racional, senhor absoluto de si. Enfim, “o ser humano é pensado, em vez de se pensar soberanamente”.
Qual a lição que devemos tirar dessas espessas referências? Estariam elas induzindo a uma conformação frente às desigualdades e iniquidades do mundo? Teríamos de abdicar da ação política e nos resignar em ver a boa rotina do mundo em sua assombrosa imutabilidade? Deveríamos oferecer indulgência aos racistas, sexistas, homofóbicos e praticantes de todo tipo de discriminação?
Ao contrário. Considerar as incidências imaginárias como recursos que nos antecedem não corresponde a eliminar “a potência do indivíduo” (Sodré), a rebaixar importância da política no seu papel de reinterpretar, reelaborar e intervir no mundo tal qual se nos apresenta. Considerá-las, corresponde, antes, à adoção de uma tarefa política que também requer movimentos antecedentes tal como o funcionamento do próprio imaginário, ou seja, no território das sub-representações ou das visibilidades fraturadas mais do que promover a assunção de imagens positivas de grupos estigmatizados (o que já é uma conquista de envergadura) é preciso que produzamos outra ortografia do visual, com novas regras que possam acolher a pluralidade do universo. Como disse Judith Butler, não basta apenas disputar reconhecimento social, mas é preciso mudar as normas que atribuem reconhecimento diferenciado. Eis o nosso desafio. Se “cada um que nasce (re)inaugura consigo a humanidade inteira”, a responsabilidade pela construção de outra história, pela instauração de uma nova ordem de sentido e pelo declínio do fixo, do inalterável supõe um enfrentamento das regras não escritas que atribuem, de forma desigual, valor aos seres humanos.
Costuma-se afirmar que cada tempo possui desafios políticos específicos. Arriscaria dizer que a nossa época está sendo marcada por embates na ordem do imaginário, por guerra de imagens e signos, por sede de representação e visibilidade (até análises sobre o Estado Islâmico buscam no estatuto da visibilidade e da sociedade do espetáculo as chaves de compreensão desse fenômeno complexo). Pierre Bourdieu advertiu que “talvez não exista pior privação, pior carência, que a dos perdedores na luta simbólica por reconhecimento, por acesso a uma existência socialmente reconhecida, em suma, por humanidade”. (2001). E a luta simbólica, especialmente das mulheres negras, vem obtendo vitórias parciais, pois mesmo com o ônus histórico da representação, vem facultando a elas a possibilidade de exercerem papeis e funções fora do escopo dos arquétipos da empregada doméstica, da mulata e da mãe preta. Na condição de “fazedoras” de mundos possíveis (A marcha que reuniu mais de 20 mil em Brasília no ano passado disso dá prova), tecem o manto da vida em suas múltiplas formas de existir e resistir.
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Comissão Arns: momento de 'estado de alerta' por democracia e direitos humanos
 Quase ao final da instalação da Comissão Arns de Direitos Humanos, o presidente do colegiado, o ex-ministro Paulo Sérgio Pinheiro, pediu que todas as entidades que atuam na área "mantenham-se em estado de alerta" para combater o autoritarismo e a violência. "O momento do Brasil é crítico", afirmou Pinheiro.
"Conquistas postas em xeque aprofundam um processo de 'desdemocratização'", acrescentou, enfatizando o caráter plural do colegiado, que tem 20 fundadores (confira os integrantes ao final do texto). "A Comissão não tem partido. Não somos uma frente política", lembrou, ao manifestar a preocupação de se contrapor "aos horrores presentes".
Os discursos não citaram explicitamente o governo Bolsonaro, mas muitos fizeram referências claras ao que apontam como ameaça real de retrocessos políticos e institucionais, citando a Constituição e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que em 2018 completaram 30 e 70 anos, respectivamente.
A procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, por exemplo, cunhou o termo "necropolítica" ou "tanatopolítica": "Há de fato uma gestão da vida coletiva que se organiza a partir da morte". Deborah citou o decreto sobre armamento e o projeto de lei do governo que "hiperdimensiona o Direito Penal", falou em "certa leniência com a tortura" e apontou um "discurso muito forte da autorização para matar".
Também lamentou, como outros, a extinção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar. Ao destacar a existência de uma Carta que apostou na igualdade, acrescentou que "já estamos vivendo um regime que eu diria quase de ruptura com essa Constituição".
·         Agressão a direitos humanos
O decano do grupo, o também ex-ministro José Gregori, responsável pela leitura do estatuto e pela instalação formal, reforçou a característica da Comissão Arns, com sua "multiplicidade de visões" e que pode comportar, inclusive, adversários políticos. "Cada um terá sua militância partidária, seus julgamentos históricos, suas preferências. Mas quando o presidente Paulo Sérgio Pinheiro abrir a sessão, aí os adversários políticos se tornam parceiros."
Para Gregori, a Comissão é "auto-explicativa", diante do momento que vive o país, com os direitos humanos sendo "agredidos, distorcidos, atacados, e não se diga que foi apenas com palavras". Segundo ele, qualquer Estado democrático de direito precisa ter dois orçamentos: um econômico-financeiro e outro "institucional, democrático e civilizatório".
"Não podemos falhar na defesa desse patrimônio", completou, lembrando sua condição de ex-estudante da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), no Largo São Francisco, centro paulistano – a Comissão foi instalada, nesta quarta-feira (20), na histórica Sala dos Estudantes da instituição.
O objetivo declarado da Comissão Arns "é dar visibilidade e acolhimento institucional a graves violações da integridade física, da liberdade e da dignidade humana, especialmente as cometidas por agentes do Estado contra pessoas e populações discriminadas, como negros, indígenas, quilombolas, pessoas LGBTs, mulheres, jovens, comunidades urbanas ou rurais em situação de extrema pobreza".
Segundo o jurista Belisário dos Santos Júnior, o grupo começou a ser formado no ano passado, após seguidas reuniões. "Diante de tantos casos de ódio, (os participantes) entenderam que era preciso continuar juntos", lembrou, considerando que a força da Comissão vem justamente de sua diversidade.
·         Valores fundamentais
Ex-presidenta da Comissão Justiça e Paz, da Arquidiocese de São Paulo, referência no ativismo dos direitos humanos a socióloga Margarida Genevois tornou-se presidenta de honra da Comissão Arns, referência ao cardeal-arcebispo Dom Paulo Evaristo Arns, que ela conheceu bem. Prestes a completar 96 anos, em março, ela falou em "articulações" para implementar retrocessos e defendeu a preservação de valores fundamentais da sociedade, citando os "mortos e desaparecidos de Brumadinho", a recente chacina no Rio de Janeiro e o que chamou de "cotiano de violência no país".
"Vejo companheiros de tantos anos e também muitos jovens", disse Margarida, dirigindo-se à plateia. "Nós precisamos de vocês", acrescentou, pedindo apoio dos estudantes. "Poderemos sentir medo e insegurança, mas sempre lembraremos da voz firme dizendo: coragem!", concluiu Margarida, lembrando de um brado constante do cardeal, que morreu em 2016.
Para o presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos, Leonardo Pinho, o país vive "tempos de negação, de afronta à democracia" e precisa de "uma democracia de alta intensidade". Ele também fez referência a "autoridades públicas tentando negar e reescrever a história do país".
Outro convidado da sessão de abertura, o ativista Toni Reis, primeiro presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), fez a citação mais explícita a um integrante do governo, no caso a ministra Damares Alves: "Nossas cores são muito mais que o azul e o rosa. A gente tem de compor esse arco-íris livre". Em "tempos de banalização do mal", ele defendeu o entendimento. "Diálogo não é adesão, constrói pontes e derruba muros. Vamos dialogar com todo o campo progressista", pediu, acrescentando também ser contra "a destruição da família", mas ampliando esse conceito.
Reis lembrou o julgamento, em curso nesta quarta, de ações que pedem a criminalização da homofobia. "Somos a única minoria que não tem proteção jurídica específica", afirmou. Depois do ato, o ativista seguiria para Brasília, a fim de acompanhar a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF).
·         "Nunca se matou tanto"
O advogado Rafael Custódio, da ONG Conectas afirmou que "nunca se prendeu tanto, nunca se matou tanto no Brasil" e falou em "nova onda obscurantista" no país. E acrescentou que o país tem "um dos sistemas de segurança mais letais do mundo", além de sistema criminal "seletivo". Integrante da Comissão Arns, o reitor da Universidade Zumbi dos Palmares, José Vicente, citou os snipers, atiradores de elite defendidos, por exemplo, pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. "Não queremos fuzis. Queremos escola", afirmou, citando a "onda tenebrosa que ameaça a sobrevivência de todos nós".
Presidenta do Centro Acadêmico XI de Agosto, a estudante de Direito da USP Laura Arantes destacou o simbolismo do local de instalação da Comissão Arns, a chamada Sala dos Estudantes, com um cutucão à instituição. Segundo ela, enquanto os alunos se reuniam ali para discutir a resistência a ditadura, "na sala dos professores desta casa era escrito o Ato Institucional número 5".
Vice-presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Luiz Viana foi um dos últimos oradores – e também falou em tempos "sombrios". "Não há democracia se não há eficácia real de direitos humanos, e não há direitos humanos sem democracia", afirmou. "Nunca sociedade violenta e excludente, só podemos esperar exclusão e violência".
Já no início da tarde, quando o ato terminou, o jurista e professor emérito Fábio Konder Comparato comentava, com humor, as circunstâncias históricas de criação do colegiado. "Eu não esperava essa espécie de ressurreição, voltando a nos animar depois do desastre político. Acho que é fundamental trabalhar com a juventude", acrescentou o advogado, que completará 83 anos em outubro. Ele acredita em reação aos retrocessos: "Acho que nós vamos reagir".
·         Conheça os integrantes da Comissão Arns:
* Paulo Sérgio Pinheiro, presidente da Comissão, professor e pesquisador, foi secretário de Direitos Humanos (governo Fernando Henrique Cardoso) e comanda comissão independente da Organização das Nações Unidas (ONU) de investigação sobre a Síria
* Margarida Genevois, presidenta de honra, socióloga e ex-presidente da Comissão Justiça e Paz, da Arquidiocese de São Paulo
* Ailton Krenak, líder indígena e ambientalista
* André Singer, cientista político e jornalista, foi porta-voz da Presidência da República durante o governo Lula
* Antônio Claudio Mariz de Oliveira, advogado criminal, ex-secretário estadual da Segurança Pública em São Paulo
* Belisário dos Santos Jr., jurista, ex-secretário estadual de Justiça e Defesa da Cidadania, membro da Comissão Justiça e Paz
* Claudia Costin, professora, ex-ministra da Administração Federal e Reforma (governo Fernando Henrique Cardoso), ex-secretária estadual de Cultura em São Paulo e ex-diretora de Educação do Banco Mundial
* Fábio Konder Comparato, jurista e professor emérito da Faculdade de Direito da USP
* José Carlos Dias, jurista, ex-ministro da Justiça (governo Fernando Henrique), ex-secretário estadual da Justiça em São Paulo e ex-presidente da Comissão Justiça e Paz
* José Gregori, jurista e ex-secretário nacional de Direitos Humanos (governo Fernando Henrique)
* José Vicente, advogado, reitor da Universidade Zumbi dos Palmares
* Laura Greenhalgh, jornalista
* Luiz Carlos Bresser-Pereira, economista e professor, ex-ministro da Fazenda (governo Sarney), ex-ministro da Administração Federal e Reforma e da Ciência e Tecnologia (ambos no governo FHC)
* Luiz Felipe de Alencastro, professor e historiador
* Maria Hermínia Tavares de Almeida, cientista política, professora e pesquisadora
* Maria Victoria Benevides, socióloga e professora universitária
* Oscar Vilhena Vieira, professor e cientista político
* Paulo Vannuchi, jornalista, ex-ministro dos Direitos Humanos (governo Lula) e e ex-integrante da Comissão Interamericana de Direitos Humanos
* Sueli Carneiro, filósofa e ativista do movimento negro, diretora do Geledés – Instituto da Mulher Negra
* Vladimir Safatle, professor e filósofo
##Confira o manifesto de lançamento:
 ·         Comissão de Defesa dos Direitos Humanos D. Paulo Evaristo Arns
A história brasileira é marcada por graves violações dos direitos humanos mais fundamentais. Apesar dessa violência nunca ter sido objeto da devida atenção por parte do país, houve inegáveis avanços sob a égide da Constituição de 1988. Não podemos permitir, agora, que ocorram retrocessos.
O desrespeito aos direitos humanos, cuja incidência pode crescer graças às características do processo político recente, atinge de maneira cruel os setores mais discriminados da população, com suas características de vulnerabilidade econômica, social, de raça, religiosa, de orientação sexual e de gênero.
Em outros momentos difíceis, o Brasil percebeu a importância dos organismos de defesa de direitos humanos compostos de forma plural por membros da sociedade civil. Tais entidades demonstraram, mesmo em conjunturas dramáticas, a vigilância necessária para dar visibilidade e processamento jurídico a crimes cometidos por agentes do Estado.
A instauração da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos D. Paulo Evaristo Arns – Comissão Arns quer ajudar na proteção da integridade física, da liberdade e da dignidade humana dos que possam estar ameaçados neste novo período duro da história brasileira.
Com a presença de participantes de entidades anteriores, pretendemos recolher a experiência do passado com vistas a preservar o futuro. Este o motivo, também, de homenagear o Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns (1921 – 2016) que, acima de diferenças religiosas, políticas, sociais e ideológicas, foi capaz de juntar forças variadas em favor dos direitos humanos na hora mais difícil do regime ditatorial instaurado em 1964.
A partir da reunião de velhos e novos defensores da dignidade humana, o objetivo da Comissão Arns será o de contribuir para dar visibilidade e seguimento jurídico, em instâncias nacionais e internacionais, a casos de graves violações dos direitos humanos. A comissão vem para trabalhar de forma articulada com os inúmeros organismos de defesa e pesquisa em direitos humanos já existentes no Brasil.
A unidade plural de todos os que sustentam a inviolabilidade dos direitos humanos, no quadro dos tratados e convenções internacionais que o Estado brasileiro se obrigou a respeitar, é o nosso norte e fundamento comum.
São Paulo, 20 de fevereiro de 2019.
70 ANOS DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
30 ANOS DA CONSTITUIÇÃO DE 1988
 Fonte: RBA
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ferminismo · 3 years
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O Curso online  Sueli Carneiro – Vida, Obra e Legado. Venha conhecer mais sobre uma das principais vozes do feminismo negro no Brasil nos tempos atuais. Sueli Carneiro é filósofa, escritora e ativista do movimento social negro e feminista. É fundadora e diretora do Geledés — Instituto da Mulher Negra e uma autora central na luta antirracista da atualidade. A Programação 28/06 (Segunda-feira) - 19 horas Sueli Carneiro – Vida 29/06 (Terça-feira) - 19 horas Sueli Carneiro – Obra 30/06 (quarta-feira) - 19 horas Sueli Carneiro – Legado Professora VERA RODRIGUES é antropóloga e docente na UNILAB- Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira. Informações Gerais Inscrições Abertas Valor do Ingresso R$25,00 Reais.* Aulas pela plataforma Zoom Materiais disponíveis no Drive do curso Certificado incluído Link de inscrição: www.sympla.com.br/coletivo Informações @grupoleliagonzalez (em São Paulo, Brazil) https://www.instagram.com/p/CPjWL5lD57v/?utm_medium=tumblr
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Prêmio Vladimir Herzog contempla diversidade racial e de gênero na escolha dos homenageados
Prêmio Vladimir Herzog contempla diversidade racial e de gênero na escolha dos homenageados
A comissão organizadora do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos definiu na semana passada (7), em decisão histórica, os homenageados de sua 42ª edição contemplando diversidade racial e de gênero.
A cartunista Laerte, o advogado Luiz Gama (in memoriam) e a filósofa Sueli Carneiro foram os escolhidos de forma unânime pelo colegiado composto por 14 entidades ligadas à…
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ibidemfavs · 4 years
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Mais uma indicação do podcast Tecnopolítica, organizado por @samadeu. O episódio desta semana tem participação de Sueli Carneiro, filósofa e ativista antirracismo, e @tarciziosilva, pesquisador da UFABC. ⁣⁣ ⁣⁣https://t.co/OwqRrbm5kA
— MediaLab.UFRJ (@medialabufrj) July 10, 2020
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brenopereira42 · 4 years
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9 livros de autoras negras que abordam o racismo
Escravidão, silenciamento, violência, abusos e desigualdades são alguns dos temas presentes em nove obras escritas por mulheres negras sobre racismo que você precisa conhecer. Lembrando que é extremamente importante analisar esse tipo de preconceito pelos olhos de quem já viveu ou vive essa realidade.
Essas autoras são referências no Brasil e em algumas no mundo sobre o assunto. Ter contato com essas obras irá permitir que você expanda seu panorama do assunto. Confira.
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Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus
O livro Quarto de Despejo é um diário biográfico de Carolina Maria de Jesus, lançado em 1960. Moradora da favela do Canindé, em São Paulo (SP), e catadora de papel, Carolina registrava seu dia a dia em cadernos que encontrava enquanto trabalhava. 
Desses textos surgiu o livro que reúne um retrato da vida na comunidade pelos olhos de quem estava lá todo dia, enfrentando dificuldades e miséria. O trabalho se tornou um best-seller, vendido em dezenas de países e traduzido em mais de 15 idiomas.
  Quem tem Medo do Feminismo Negro?, de Djamila Ribeiro
O livro é um ensaio autobiográfico que também reúne uma seleção de artigos publicados pela filosofa no blog da Revista Carta Capital, entre 2014 e 2017. A autora relata acontecimentos da infância e da adolescência para discutir o que chama de silenciamento, um processo de apagamento da personalidade, resultado da discriminação. 
Apenas no final da adolescência Djamila entrou em contato com autoras que a fizeram ter orgulho de suas raízes, como Chimamanda Ngozi Adichie, Sueli Carneiro, Alice Walker e Conceição Evaristo. Os textos também abordam temas como o aumento da intolerância às religiões de matriz africana e os ataques a celebridades e jornalistas, como Maria Júlia Coutinho, da TV Globo.
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A Cor Púrpura, de Alice Walker
Vencedor do Prêmio Pulitzer, a Cor Púrpura conta, por meio de cartas dirigidas a Deus e à irmã da protagonista, a história de uma mulher negra no sul dos Estados Unidos nos anos 1930, que foi abusada desde criança pelo pai e, posteriormente, pelo marido.
O livro também virou um filme dirigido por Steven Spielberg e estrelado por Whoopi Goldberg. Apesar das muitas indicações, a obra não conquistou o Oscar em nenhuma categoria, o que foi extremamente criticado na época e serviu como mais um argumento contra o racismo presente na Academia. 
Um Defeito de Cor, de Ana Maria Gonçalves
Um Defeito de Cor é uma recriação ficcional da história de Luísa Mahin, mãe do poeta Luís Gama, que participou da Revolta dos Malês (1835), na Bahia. A narrativa gira em torno da personagem Kehinde, uma mulher africana, idosa, cega e à beira da morte que viaja para o Brasil em busca de seu filho. O livro faz um retrato da formação do povo brasileiro, chega a se entrelaçar com fatos históricos e aborda temas como escravidão e violência.
Olhos d’Água, de Conceição Evaristo
Vencedor do Prêmio Jabuti em 2017, Olhos d’Água reúne 15 contos que abordam a miséria, a desigualdade social, a violência urbana e dilemas sobre o amor, a vida e a ancestralidade africana. Sem idealizações ou sentimentalismo, o foco da obra está em mostrar as dificuldades enfrentadas pela comunidade afro-brasileira.
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Racismo, Sexismo e Desigualdade no Brasil, de Sueli Carneiro
O livro reúne alguns dos melhores artigos produzidos entre 2001 e 2010 pela ativista e feminista negra Sueli Carneiro, fundadora do Geledés Instituto da Mulher Negra. Além de proporcionar uma reflexão à sociedade brasileira, a obra mostra como o racismo e o sexismo estruturam as relações sociais, políticas e de gênero no país.
Mulheres, Raça e Classe, de Angela Davis
Esta é considerada uma das obras mais importantes de Angela Davis, professora e filósofa que integrou o movimento dos Panteras Negras nos EUA. O livro faz um panorama histórico e crítico das relações entre capitalismo, feminismo, racismo e escravidão, passando pelos dilemas contemporâneos da mulher.
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Eu Sei Por Que o Pássaro Canta na Gaiola, de Maya Angelou
Eu Sei Por Que o Pássaro Canta na Gaiola é o primeiro dos cinco volumes da autobiografia de Marguerite Ann Johnson, ou Maya Angelou, poeta, escritora, cantora e ativista. Nascida em 1928, ela foi criada no sul dos Estados Unidos por sua avó paterna. O livro aborda as dificuldades e preconceitos que enfrentou principalmente durante a infância. 
Quando Me Descobri Negra, de Bianca Santana 
Neste livro, a autora Bianca Santana apresenta uma série de relatos sobre experiências pessoais ou ouvidas de outras mulheres e homens negros. Ela explicita o racismo velado na nossa sociedade e fala sobre as dificuldades e o que sentiu em seu processo de descoberta e desconstrução. 
9 livros de autoras negras que abordam o racismo Publicado primeiro em https://guiadoestudante.abril.com.br/
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rabiscos-rascunhos · 5 years
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Genocídio do pensamento = epistemicídio (Sueli Carneiro)
“A gente tá falando desse genocídeo do pensamento, ta falando do que Sueli Carneiro, nossa grande filósofa das relações étnico-raciais, chamou de epistemicídio. Isso é parte do que o pensamento negro tem trabalhado há um bom tempo sobre o assassinato do nosso pensamento, que eu sempre aplico para a população trans. O nosso pensamento tem sido, tem tentado né, se tenta assassinar há uns bons séculos, desde que no século XVI nos deram o nome de travesti”.
“A gente tem muita circulação de pensamento, mas que é apagada, invisibilizada, principalmente para populações como aquelas que eu represento: eu como voz daquelas que já foram assassinadas, que foram estupradas, que não se permitiam entrar como lugares como esse, se não para limpar o espaço, um espaço como esse. Trabalhar aqui eu não vi tanta gente negra, mas para ocupar esses espaços. Populações negras e populações trans, exceto em exceções como a do Queer Museu que nós temos pessoas trans trabalhando, isso já é um grande avanço. Quantos pessoas trans além de eu e Amara vieram falar aqui? Vocês sabem? (Plateia responde/inaudível) [...] Sim, muito bom. Isso faz a diferença. A gente estar aqui não só como assunto, mas também como protagonistas, isso é um começo de mudança. É isso que a gente chama de representatividade.”
“Em política o silenciamento significa morte, já falava Audre Lorde, é morte.[...]” [Palavras que matam, silêncios que matam todos os dias]
“É ligada ainda com a ideia de que essa experiência, eu citei rapidamente a homossexualidade, ela é uma experiência desviante, não uma experiência como outras e que ela deve ser estudada. É um paradoxo. Ela deve ser estudada. [...] Essa é uma questão também pra gente pensar das experiências trans. Por que a gente fala tanto dos estudos sobre as experiências trans? [...] Por que que a gente não foca muito nos estudos da cisgeneridade? Como funciona os privilégios cis? E quais são os efeitos deles, da cisgeneridade, não só na gente, nas pessoas trans, mas nas pessoas cis também”
“A gente não foi estimulada ao longo da vida, como pessoas trans, a termos relacionamentos, a sermos amadas, Afetividade é um tema político pra gente, principalmente para as mulheres trans e pros homens trans gays. Porque a afetividade pra gente não é visto da mesma forma que é para as pessoas cis. Vocês acham que o patriarcado estimula a afetividade de pessoas trans? Acham? Não. [...] Mas é muito comum que se tente aplicar às pessoas trans também essa peça, que nós temos que ser sempre contra a binariedade, contra a cisheteronormatividade, contra o patriarcado. Mas tem que tomar muito cuidado com essa lógica porque a gente dificilmente se enquadra nesses padrões [...] 
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Sônia Nascimento faz parte da história do empoderamento negro
On:
Em abril, o instituto fez 30 anos. O nome Geledés reverencia o poder feminino das deusas, na cultura ioruba. É uma ong feminista, sim, combate o sexismo e a objetificação da mulher. Mas com seu vigoroso fôlego briga por uma sociedade justa. Sem exceção, todos os avanços recentes que pretos e pardos conquistaram têm o empurrão do Geledés – e da advogada Sônia Nascimento, 66 anos, parceira da filósofa Sueli Carneiro na fundação da organização sediada em São Paulo. A dupla começou antes. Era o ano de 1972, ditadura militar, quando se conheceram trabalhando na Secretaria da Fazenda. Sônia ia ao clube dos negros, gostava na música negra, mas ainda não havia politizado o discurso. “Sueli já falava da necessidade de criarmos um grupo para discutir os problemas específicos da raça, o preconceito, as dificuldades que para nós eram muito maiores”, lembra.
Sônia Nascimento (Foto: Silvana Martins)
O raciocínio fazia sentido. Sua mãe ficou viúva aos 22 anos, pôs no colo a caçula de 6 meses, deu a mão para Sônia, então com 1 ano e meio, e as levou a um internato, para ela poder trabalhar. Uma freira ia conduzindo as crianças portão adentro, mas a mulher, arrependida, arrancou as filhas, dizendo: “Elas estarão junto de mim onde eu comer e dormir.”
Empregou-se como cozinheira em um setor da Santa Casa de Misericórdia que abrigava bebês rejeitados pelos pais e criou as filhas ali. Exigia que estudassem muito por acreditar que negras só se emancipam com diploma. Aos 16 anos, Sônia recebeu da mãe folhetos de dois candidatos pretos às eleições. Ouviu: “Não conheço. Mas vamos ajudá-los a ganhar, e eles socorrerão os negros, depois”.
Choro pra valer quando vejo na rua essa garotada linda, com seus cabelos enormes, batendo no peito: ‘Sou preta, sim, com orgulho’. Elas sabem o que querem, andam com a autoestima lá em cima. Eu penso: ‘Tenho parte no empoderamento dessas meninas’
Sônia formou-se em direito. Na Ordem dos Advogados do Brasil entrou na comissão da mulher e ia à periferia dar cursos sobre direitos humanos. Acabou conhecendo o projeto de promotoras legais populares, levou a prática para o Geledés e segue capacitando interessadas em atuar nessa função e em tudo mais que empodera os negos.
O impacto do trabalho do instituto: em 1989 o racismo virou crime passível de prisão. “Muito antes, vínhamos discutimos o que queríamos colocar nesta lei, tentando influenciar deputados”, conta. A criação da primeira delegacia de crimes raciais também tem o dedo do Geledés. O mesmo aconteceu na elaboração do Estatuto Racial (2010) e na criação da Lei das Cotas (2012), que dá aos negros acesso às universidades. “Cotas ainda são muito combatidas. Para nós é questão de honra mantê-las”.
O Portal do Geledés fala recorrentemente delas entre inúmeros outros conteúdos sobre negritude, que são reproduzidos por milhares de blogs, discutidos nas escolas e universidades. “Isso me emociona. É a sensação de dever cumprido”, diz a finalista da categoria Sociedade Civil.
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