Tumgik
#open boat
betopandiani-mar · 4 months
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Carta do Makoto.
Estávamos todos conversando num clima super gostoso. Boa comida e o aconchego do Restaurante Chez Manu com a vista para as luzes do Ushuaia refletindo nas águas do Canal de Beagle havia sido uma escolha perfeita para o jantar de encerramento da Expedição Travessia do Drake.
Depois de uma sobremesa maravilhosa o Betão, como não podia deixar de fazer, pediu a voz para fazer um discurso. Com uma extrema delicadeza e modéstia ele agradeceu a cada um de nós que fizemos parte do projeto, ao patrocinador e a todas as pessoas que em algum momento se envolveu com o desenvolvimento dos acontecimentos.
Para não quebrar o protocolo, o Afonso, no papel de presidente da empresa patrocinadora, também falou um pouco da história de como foi seduzido pela primeira vez por um projeto comandado pelo Betão a 10 anos atrás, e a evolução do relacionamento ao longo deste tempo.
Notei nele um envolvimento e uma paixão pelo projeto que nunca havia visto antes nos meus anos de estrada. Na maioria das vezes o fechamento de negócios de patrocínio na área de aventura e marketing esportivo é uma decisão corporativa. No entanto neste caso era evidente que antes de pensar no retorno real e imediato, a decisão foi uma questão quase pessoal do próprio Afonso. E se querem bem saber o que eu penso, essa decisão veio do coração e não da razão. Isso fazia com que, em termos de projeto, o papel dele como presidente da empresa patrocinadora perdesse um pouco de relevância e o colocasse na posição de mais um dos integrantes da expedição. Ainda que num papel de bastidores ele era o integrante viabilizador do projeto e devido a sua discrição eu vim perceber isso apenas no jantar de confraternização.
Em seguida era natural que o Duncan encerrasse a noite para todos podermos dormir felizes com a sensação de missão cumprida. Tudo indicava que estava caminhando nesta direção.
A minha surpresa foi ouvir logo em seguida a voz do Betão me chamando para também discursar. O magrelo sem-vergonha havia planejado tudo, até veio com o discurso escrito. O Afonso e Duncan, ainda que menos munidos, também vieram preparados para isso. E depois de ter se livrado da sua obrigação o desgraçado estava me botando na fogueira numa mesa de 30 pessoas para discursar de sopetão. O consolo foi que todos os participantes da expedição acabaram entrando na dança sem exceção. Como finalizou o Igor: Nóis derrapa, mas nóis acerela.
No decorrer do processo comecei a analisar os acontecimentos tentando dimensionar os detalhes e os resultados. Participação de cada um de nós e o sentido de cada coisa e de tudo que fizemos.
Foi uma satisfação imensa ter tido a oportunidade de participar de um projeto onde quase tudo foi novo para mim. Conheci locais maravilhosos, me emocionei e me diverti. E acima de tudo fiz novos amigos com os quais aprendi coisas e tenho certeza de que estarei no futuro executando projetos juntos de novo.
O Betão havia conseguido montar uma equipe fantástica. Individualmente nenhum de nós éramos o melhor da área – aliás longe disso. Mas acho que conseguimos neste caso um típico exemplo de uma matemática onde o conjunto é maior do que a soma dos fatores individuais.Os resultados, mesmo parciais, mostravam isso muito bem.
Depois de 45 dias de convivência de 12 pessoas no espaço de 60 m2 não havíamos conseguido registrar sequer um único momento de desentendimento ou discussão. E mesmo com a reconquista da liberdade espacial em Ushuaia continuávamos marcando hora para almoçarmos e jantarmos juntos.
Do ponto de vista do trabalho, além da realização do feito em si, havíamos cavado nada menos que 10 matérias em televisão e publicação de matérias com foto em revistas especializadas de cerca de 10 países mesmo antes de retornarmos para casa.
No entanto, independentemente do entrosamento, competência ou eficiência da equipe, apenas 3 + 1 pessoa foram essenciais neste projeto: O Betão como idealizador e administrador. O Duncam como executivo técnico. O Oleg como um mestre consultor e a voz da ponderação e da razão. E por fim porém não menos importante o Afonso como viabilizador. Tão diferentes entre si mas ao mesmo tempo compartilhando o fato de serem sonhadores e empreendedores.
Nas épocas passadas houve outros, como uns que se lançaram ao mar aberto nas suas caravelas em busca de novas terras ou, caras como Santos Dumont que tiveram o culhão de levantar vôo numa frágil estrutura que poderia ter sido construído em fundo de quintal qualquer.
Muitos daqueles homens até morreram tentando realizar o inútil. Foram chamados de aventureiros e loucos, mas hoje todos nós viajamos e voamos de avião.
Falando-se do mundo das montanhas e montanhistas, alguém que escale o Everest hoje teria sem dúvida um reconhecimento mesmo que o faça como um integrante de uma expedição comercial. Num país como o nosso poderia até ganhar um bom trocado escrevendo livro e ministrando palestras.
Mas estes 3+1 foram mais atrevidos do que isso. No universo dos eventos como Volvo Ocean Race, America´s Cup e VG, foram buscar um desafio além da imaginação ordinária. Para isso eles não necessitavam de milhões de dórales que se gasta numa campanha de vela mundial. Nem oponentes com nomes conhecidos como Helen Macarthur e Pipin. Muito menos uma data marcada ou um recorde a perseguir.
O Betão talvez tenha apenas fechado os olhos para deixar a sua imaginação vaguear entre a eira e a beira da consciência do seu desejo em busca de um objetivo que fosse resultado de um valor pessoal real. Se ele tivesse despertado a voz da razão para analisar esse objetivo, auto-censura teria feito ele desistir de uma loucura inconseqüente.
Mas ele não deu chance à verdades históricas. Não deu atenção ao que a humanidade define como factível ou infactível. Digeriu o assunto e analisou as possibilidades. Consultou o Duncan e o Oleg. E com a conclusão de que haveria uma chance real de executar o projeto de forma segura e mais, com certeza de que poderia estar 100% preparado para aproveitar essa chance – por menor que ela fosse – apresentou a idéia para o Afonso. E assim nasceu o Projeto Travessia do Drake.
Participando deste projeto tive o privilégio de acompanhar de camarote um feito inédito, uma página na história da navegação mundial. Muita gente chama a Passagem do Drake de O Everest dos Mares. E se isso corresponde a verdade, existe um outro conceito também verdadeiro que deve ser dito. No mundo das montanhas, o que conta não é apenas chegar ao cume. O que conta é COMO chegar ao cume. E é este processo estilo e forma da conquista que se define o divisor que separa os homens dos meninos.
Se me perguntarem hoje o que representa a realização destes 4 homens para a civilização eu não saberia responder. Mas também tenho a certeza de que os homens que viram o Santos Dumond voar não poderiam prever que no futuro a humanidade dependeria da aviação.
Não que ache que a sociedade deva se preocupar em preparar os homens para cruzar o Drake em Hobiecat. Mas acho sim que a sociedade deva se preocupar em criar homens que consigam não apenas de sonhar, mas também que tenham força e capacidade para realizar estes sonhos. E nisso o Betão, Duncan, Oleg e o Afonso podem ser citados como exemplo em qualquer lugar do mundo.
Makoto Ishibe.
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galaxyinacup · 6 months
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howdy howdy! I offer: boat boys or ethubs :o)
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Howdy!!! You get both!!!! Because I am cool like that:))
Have DL animal smalletho and silly Bdubs being strong and Etho weighing the same as a handful of grapes
Close ups under cut!
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katydoodles · 1 year
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They bought a boat 🌊🛥️
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My friend on Instagram commented something about how they would buy a boat and I needed to draw this xD
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They would totally not know how to drive a boat but Chloe knows someone who does know ;)
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puppetmaster13u · 13 days
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Prompt 278
You know what I’ve gotten obsessed with and inspired by? Dredge. 
You know what is also fun? Merfolk. What’s even better? Lovecraftian corrupted merfolk. Especially if say, one goes with the Lazarus Waters being a form of ectoplasm. So, in this? Lazarus waters are like lakes, while Amity Park, thanks to the Portal, and the barriers? It is an entire sea. 
There are islands, small areas that were once the tips of buildings that have gathered more landmass around them. There are mangroves, trees not like anything on earth or anywhere else stretching up in canopies dark enough to block out the sun, yet lit by the green waters. 
It goes deep. Mariana Trench deep, despite it being impossible. The GIW have explored for caves or tunnels, they’ve tried to find some sort of explanation, but there isn’t one. 
Now all that ecto? That has an effect on people. They mutate, they change, they adapt. Anywhere else would have been a slow death- something the GIW might have even been counting on. But Amity Park? It was founded by witches, it was the hotspot for the supernatural, even before the Fentonwork Portal. They’ve been dealing with this sort of energy in microdoses from the moment they first began to live in the city in any generation. 
But they begin to adapt. Shift into something… other. Some stay contaminated, clinging to human forms as they form homes on the tiny islands, fishing and farming what they can. Others become Liminal, almost seeming to meld with fish, some similar to ones of the Living and others something just to the left. Similar yes, but not quite… right. And then there are those that have truly melded with the energy of the dead, forms torn asunder by it, ripped apart and made anew by it. 
The first sign back when the barrier was activated, when they could no longer leave and were trapped were the fish in the lake. And now they are the same, with gazes of something Else, with gnashing teeth and a hunger gnawing at where hearts once were. 
But they aren’t monsters. They’re still themselves. Just a little… Other now. 
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75th-hero · 2 months
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Sword master Joel vs ninja Etho cause them having the same build style this season makes me insane
(Joel design inspired by @twitchysparrow I've stared at it for so long I'm in love with it its canon to me)
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possiblyawesometmblr · 10 months
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me, slapping the roof of the Stupid Rich People Underwater Death Tube: you could get so many tma statements outta this bad boy
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wretchedspecimen · 4 months
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s06e21
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r-aindr0p · 3 months
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Aight last spam of the day, I have this sketch laying around that doesn't really fit with any other twst stuff I have in progress right now so here you go before I go to sleep aaa
Port fes stuff and Rook without his vest because his groovy card should have had no vest. Saying from a totally objective point of view yes...yes...
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derzhavinart · 5 months
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It's my birthday today!
So if you're seeing this you're now obligated to reblog this post!
(I also have commissions open ~wink~)
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ethosiab · 4 months
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warden etho ? pretty please
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did you. did you read my mind or something? because i started designing a warden etho for funsies and checked my phone and saw this notification mid way through gathering references
(vote boat boys and ill draw something for you)
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peony-pearl · 1 year
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"Iroh ignored Azula” Well what if I didn’t believe that and the greatest irony of Avatar is that Iroh was one of the folks who encouraged her strategic thinking that she would use to later hunt him down
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hockeylovee12 · 7 months
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Jacks recent post is just a Luke appreciation post.
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roach-works · 7 months
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guys i just have to complain for a second but the rough draft of Michigan Fleet novel number two has been spread across seven google docs, each of which are 40k, all of which need extensive edits, and the sum total of which needs to be divided into three volumes somehow because otherwise there's no way we can actually publish this even online.
google docs was not designed for this and neither was my brain and yet i persevere
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opendirectories · 5 months
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twistedshipper · 6 days
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youtube
In a land of myth, and a time of magic, the destiny of a great kingdom rests on the shoulders of a young boy. His name... Merlin.
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detentiontrack · 28 days
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I think. I just figured out where I’m going to go after graduation. I feel so relieved.
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