Amo essa cidade, o trânsito é caótico, não é fácil viver aqui é uma cidade cara mas não trocaria ela por nada. Amo São Paulo e para quem nunca veio recomendo, mas vá nos pontos turísticos de preferência em alguns lugares a noite.
O supermercado Honda na Av. do Cursino nº 521, Jardim da Saúde, zona Sudeste de São Paulo, em foto de março de 1975 que me foi gentilmente enviada por Flávio Honda, filho do dono deste estabelecimento que tanto marcou minha vida, já que ia com minha mãe fazer compras lá e passava defronte para ir à escola, o igualmente saudoso Antônio Alcântara Machado. No local hoje, totalmente modificado, funciona o Sanzaru, loja de produtos orientais pertencente à mesma família. Que bons tempos aqueles.
Recordações boas de uma São Paulo mais simples e calma. O Jardim da Saúde começou a ser formado em 1921 com a união de duas glebas de terra de cerca de 700 mil metros quadrados cada. A primeira ficava onde é hoje a Avenida Bosque da Saúde e pertencia a Oscar Rodrigues e Horácio de Melo. A segunda gleba foi comprada em 1938 por Paulo de Almeida Barbosa, Diogo de Toledo Lara e Antônio Toledo Lara Filho. O planejamento para a transformação das terras em bairro teve como base desenhos da Companhia City sendo idealizados pelo arquiteto e urbanista Jorge Macedo Vieira. A região teve um crescimento rápido graças ao transporte que facilitava o acesso ao centro. A primeira linha de bondes foi formada em 1925. A linha 30 saía do início da Av. Bosque da Saúde com a Av. Jabaquara, em uma antiga parada chamada Primeira Sessão, hoje Praça da Árvore. Entre os anos de 1950 e 1960, com o crescimento da industrialização em São Paulo, a região foi considerada de localização privilegiada. Não ficava muito distante do centro e era de fácil acesso à região correspondente ao ABC Paulista, que recebia boa parte das montadoras de veículos.
Condo o jesuíta Manuel da Nóbrega isteve im Santos, no ano de 1549, foi relatado u’a lenda indígena arrespeito de Sumé. Discrito como um home arto, branco, cum longos cabêlo i barba grisaio i que frutuava no ar, teria vino do céu, inviado pur Tupã, adonde tchegô à antonce Enguaguaçu p'ra bebê a áua du’a fonte, localizada nas proximidade da isquina da Av. Bernadino de Campos c’a Rua Floriano Peixoto.
Êle trazia um grande saco nas cacunda. Tchamô a dgente da região i, pinchano pelo tchão um delúvio de semente que inchia aquêle saco, mostrô a todos que do tchão brotava pranta que logo produzia cumida i riqueza, fartura p'ra tribo, deixano a êles arguns punhado dela p'ra que prantiasse. Cumeçô a sê visto cum scisma pelos cacique locá, os quá tentô matá cum frechada im certa menhã; tentativa essa fáia, visto que as frecha misteriosamente retornô i matô seus atirador. Era tamem u’a das habilidade do istrangêro: tirá frecha de seu corpo sem sangrá. Teve dois fiio, tchamado de Tamandaré i Ariconte, que se odiava mortámente.
Sumé antonce teria andado de costa inté o mar, suverteno im seguida n'um vôo sobre a Baía de Santos p'ra nunca mai vortá. Não sem antes tê deixado na bica adonde apareceu u’a série de desenho, cum distaque p'ra u’a inorme pegada, fora dos tamanho normá p'ra um ser humano. Relatos posterior dos jesuíta dão conta que o motivo da ispursão dele foi tê proibido a poligamia i o canibalismo, motivano a réiva dos cacique.
A estória pur tráis da lenda
Pesquisas mai recente cunseguiu traçá a estória do misterioso home que, adespois de sua saída da Baixada Santista, teria chegado a Assunção, no Paraguai, i aos inca, no Perú, teno aberto o famoso Caminho do Piabirú, que ligava Santos ao Oceano Pacífico i foi utilizado pelos índio p'ras tróca cumerciá i adespois nargu’as iscursão dos banderante. Os inca da região do Piabiru curtiva lendas im arrespeito da Viracocham que im suas aparição seria munto semeiante à Sumé, levano a crê que seria antonce a merma criatura.
Os colonizador purtuguêis levô a hipótese de Sumé sê o apóstolo São Tomé, que sigundo a tradição católica, adespois de presenciá a assunção de Maria, teria ido à Índia pregá o catolicismo. Sua passage é discrita n'um texto do ano 200 denuminado “Atos de Tomé.” Na Índia, teria participado da fundação de 8 eigreja na região de Paravoor Thaluk, no ano 52. Os purtuguêis aquerdita que, adespois de sua passage na Ásia, rumô p'ra América, adonde insinô as benfeitoria aos índio paulista i da região do Piabirú.
C’o advento do abastecimento de áua amuderno im Santos, a fonte foi caino im desuso, inté caí no abandono i tê sido infelizmente demolida im fins do século XIX p'ra proveitamento de suas pedra im lajes i carçada na cidade. Apesá disto, num cunseguimo incontrá ôtros registro ô maior informação sobre a merma, talequá quarqué risquício hoje no locar. O mito ao redor das figura de Sumé, Viraconcha i São Tomé persiste repleto de mistério i estórias na região pur adonde teria passado, representano um interessante relato da mitologia paulista.
Tarcísio quer transformar a CPTM em uma linha de trem de brinquedo. Não podemos permitir que ele transforme o transporte público em uma mera brincadeira de criança.
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A população paulista depende muito desse serviço e merece um transporte acessivel e de qualidade, e não um trem fantasma que só serve para enriquecer empresários.
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Tarcísio está brincando com o futuro do transporte público de São Paulo, enquanto a população sofre com as consequências, precisamos ficar atentos e exigir soluções concretas para melhorar o transporte em nossa cidade.
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